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Património anónimo (2)
É certo que o Vale de Lamaçães é um sistema de uma densidade e complexidade formal muito superior á do parque do Gerês, cujo único elemento estruturante que se apresenta são esses mesmos vestígios de ruralidade primordial. Lamaçães conta com uma infinidade de outras funções que operam numa mescla de tipologias, apresentando tudo desde grandes superfícies comercias, comércio em galeria, restauração, cafés, padarias, esteticistas, farmácias, comércio local, habitação em banda, vivendas unifamiliares, edifícios de habitação multifamiliar, moradias rurais, parques, campos de jogos, etc. Insto no entanto não inválida as lições que podem ser tiradas do modo como o património é tratado no Gerês. Argumento que estas questões assumem uma maior importância e urgência devido ao contexto em questão, de uma periferia urbano em rápido processo de consolidação, podendo as recompensas de ações conscienciosas ser exponencialmente maiores por surgirem em contraste com uma política de ordenamento do território deficiente que se estende já á várias décadas.
O dito património primordial ou tradicional a que me refiro é principalmente a água do Vale e consequentemente as diferentes expressões que assume no mesmo. Esta expressão estaria ligada a uma estrutura rural em que a água era conduzida e manipulada de modo a modelar a estrutura parcelar agrícola. A topologia e morfologia apresentavam, de grosso modo, duas configurações distintas, a primeira informando a segunda. O fundo do Vale, relativamente plano com grandes parcelas aproximadamente retangulares, e a zona da vertente, caracterizada pelos seus troços declivosos, o que obrigava a uma ocupação muito mais fragmentada e retorcida desenhada por taludes e muros de contenção que chegariam a ultrapassar os seis metros de altura. De qualquer maneira a configuração do vale surge de um esforço de conduzir e potenciar a distribuição e uso da água para benefício das práticas agrícolas que caracterizavam a realidade socio económica e cultural do vale até fins da década de oitenta.
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O património de Lamaçães existe num estado de constrangimento com a urbanidade moderna. Alguns exemplos são, o  canal de água contiguo á avenida Frei Bartolomeu dos Mártires, uma fonte sem nome em frente ao Media Markt e um antigo tanque numa travessa na Rua da Igreja.
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Exemplos da sinalização do Património no Gerês. Estas fontes estão em contacto direto com a estrada de acesso ao Miradouro da Pedra Bela e oferecem várias oportunidades de descanso e exploração.
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Património anónimo
A questão do anonimato do património primordial do Vale de Lamaçães tem que ser lidada com a formulação de um programa multidisciplinar de modo a potenciar os usos desses espaços, começando por torna-los visíveis ao peão. Isto não implicaria um simples exercício de sinalização que passaria por indicar a proximidade de uma ou outra fonte ou tanque, ruela ou parque mas um esforço prévio de identificação e um posterior plano de transformação e adaptação destes vestígios da antiga ruralidade Bracara á urbanidade moderna da periferia.
Recentemente numa visita ao parque da Peneda do Gerês, mais especificamente a área que engloba a “Pedra Bela” e as cascatas, assim como várias zonas de merendas e campismo, notei que o património natural gozava de uma visibilidade aparente. Ao longo do trajeto automóvel não havia uma fonte ou tanque que não estivesse devidamente sinalizado por uma das muitas placas marcadas com o brasão do parque. Mais impressionante era o facto de que toda a fonte estar dotada de um nome próprio e distinto. Ainda mais a evidencia destes espaços, em contacto direto com a via de acesso principal, e a colocação de um banco de pedra ou mesa, proporciona ao visitante uma serie de oportunidades para parar e descansar, beber água ou comer, e a possibilidade de enveredar por caminhos florestais a pé. Contrastando com Lamaçães o Gerês apresenta uma valorização e integração mais sofisticada do património primordial na sua morfologia.
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Introdução ao Vale
O Vale de Lamaçães situa-se a este de Braga. É enquadrado pelas avenidas João Paulo II, contigua com o rio Este, e Frei Bartolomeu dos Mártires no fundo do vale que se eleva mais 300 metros para o topo coroado pelos Santuários Cristãos do Bom Jesus do Monte e da Nossa Senhora do Sameiro, marcos distintos e incontornáveis da cidade. A zona de vertente em questão faz parte do que foi entre 1991 e 2001 o maior aumento do edificado urbano e crescimento populacional a Norte de Portugal.
Esta área engloba, mas não se limita a, (3) freguesias no distrito de Braga, Lamaçães, Nogueiró e Fraião. Estas atualmente formam a União de Freguesias de Lamaçães, fundada em 2013 no âmbito de uma reforma administrativa nacional. A área contemplada é de 8,4 km2 e conta com 13 054 habitantes (2011), o que se traduz numa densidade populacional de 1554 hab/km2.
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