Sejam bem vindos! Pagina de relatos de Patricia Sperb, graduanda de Licenciatura em Artes Visuais; Bolsista de Iniciação a Docência Pibid da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul - Unidade Montenegro. Escola Parceira: Escola Estadual Ensino Fundamental Dr Jorge Guilherme Moojen - Montenegro.
Don't wanna be here? Send us removal request.
Text
“O Começo da Vida”, direção de Estela Renner
Assisti “O Começo da Vida”, direção de Estela Renner, documentário brasileiro que trata da importância da formação de um ser humano em sua infância e tem a proposta de mostrar o quanto é importante os primeiros anos de desenvolvimento de uma nova pessoa trazida ao mundo.
O documentário entrevistou e retratou cenas do núcleo familiar de diversos modos em termos econômicos, étnicos e culturais.
Mostrou a importância dos diferentes papeis de cada responsável na vida da criança, iniciando por falar sobre a forte relação da criança com a figura da mãe, pulando para o pai depois dos avós e os irmãos e finalmente a importância da convivência comunitária, principalmente em centros urbanos onde as crianças passam tempo de mais dentro de casas ou apertamentos, abordando não só as relações humanas, mas também alguns aspectos didáticos e pedagógicos importantes, como a importaria da criança aprender e compreender o mundo de forma ativa, tateando, observando, testando e imaginado, se utilizando da criatividade para brincar tanto com brinquedos prontos quanto criar um brinquedo com materiais diversos.
Foram entrevistados também especialistas e cientistas das mais diversas áreas, salientando o que a ciência descobriu a respeito desses primeiros anos e as implicações do que anda sendo feito com as crianças da atualidade.
O documentário destaca as diferenças na figura da mulher e do homem, e a influencia que estes exercem sobre as crianças nas diversas composições de família existentes. O papel da “mãe” inicialmente seria o do gozo, da realização dos desejos, de entender as necessidades do filho, que ainda não sabe expressá-las por si só, e supri-las. A ligação mãe-bebê se não for interrompida acaba se tornando alienante, e então entra a importância do papel do “pai” como a lei, como o não, como o terceiro da relação que vai mostrar que o mundo da criança é muito mais que a mãe. Esses papeis não precisam ser exercidos necessariamente por uma mãe (mulher) e um pai (homem). Sim, a criança precisa de figuras de ambos os sexos como modelos, mas essas podem ser encontradas tanto em outros parentes da família como em um professor/professora (entre outros do meio social).
Documentário excelente carregado de aprendizado e inspiração, indico e de certa forma, passo a visualizar alunos de sala de aula com uma dose a mais de afeto e respeito sobre o que já aprenderam antes de adentrar ao meio escolar.

0 notes
Text
Homo Ludens de Johan Huizinga
Johan Huizinga escreveu Homo Ludens em 1938, e ainda hoje é referência para muitas linhas de estudo, seja tratando do jogo, que conceitualmente não diverge de brincadeira, seja tratando do lúdico, que no livro é exposto em várias formas de manifestações culturais. É necessário atentar para o fato de haver limite do contexto histórico que define a cultura, ou seja, passado o tempo de Huizinga, muito mudou. No entanto, sua obra é digna de reconhecimento, independentemente disso, ao que tudo indica, pois seja qual for a época, cultura ou classe social, os jogos e os brinquedos fazem parte da vida da criança, pois elas vivem num mundo de fantasia, de encantamento, de alegria, de sonhos, onde realidade e faz-de-conta se confundem.
O jogo está na gênese do pensamento, da descoberta de si mesmo, da possibilidade de experimentar, de criar e de transformar o mundo, onde se apresenta justamente o lúdico. A idéia de jogo é central para a civilização. O jogo vem como uma categoria absolutamente primária da vida, tão essencial quando o raciocínio (homo sapiens) e a fabricação de objetos (homo faber). O homem que brinca de Huizinga, não substitui o homo sapiens, que sabe, e raciocina, mas se coloca ao lado e um pouco abaixo deste, mais ou menos na mesma categoria que o homo faber, que trabalha.
O caráter de ficção é um dos elementos constitutivos do jogo, no sentido de fantasia criativa, imaginação. E ao contrário do que muitas pessoas podem admitir, é coisa muito séria e necessária, além de ser um direito. Enquanto o jogo dura, as regras que regem a realidade cotidiana ficam suspensas.
As atividades humanas, incluindo filosofia, guerra, arte, leis e linguagem, podem ser vistas como o resultado de um jogo, a título de brincadeira. A escrita alfabética surgiu porque alguém resolveu brincar com sons, significados e símbolos. A filosofia fica como um grande jogo de conceitos. As guerras ocorrem segundo certas regras que lembram jogos e não excluem gestos de cavalheirismo. O lúdico desempenha um papel fundamental no aprendizado. Mas, não é o único componente do jogo. Existem outras funções para o mesmo, como competição e passatempo, contudo, independentemente de isso ser bom ou ruim, o que deve ser visto no jogo são seus aspectos criadores e não os negativos. Assim, buscar-se eliminar quaisquer vestígios de banalização e vulgarização da existência, vendo no jogo a possibilidade do exercício da criatividade humana.

0 notes
Text
Filme “Uma Lição de Vida”
Sem palavras melhores para descrever as emoções e sentimentos que este filme me trouxe, segue:
O filme “Uma Lição de Vida ” ou “O Aluno” (The First Grader, direção de Justin Chadwick, Reino Unido, BBC Films, 2010) é um daqueles filmes que emociona e continua rodando na nossa cabeça depois que termina.
Baseado em fatos reais, conta a história de Kimani N’gan’ga Maruge, um queniano que lutou para aprender a ler e a escrever aos 84 anos de idade. Mas não se trata somente da história de um ancião, mas de um homem com um passado de lutas e resistência: ele era um ex-combatente do grupo dos Mau-Mau, no Quênia.
O grupo dos Mau Mau era uma organização clandestina formada pelos Kikuyus, grupo étnico do Quênia que foram expulsos de suas terras e destituídos dos direitos civis. Eles lutaram para libertar o país dos colonizadores britânicos que dominavam o pais desde 1888. A chamada Revolta Mau Mau (1952-1963) foi decisiva para a independência do Quênia, em 1963.
A repressão violenta dos britânicos à revolta Mau Mau, entre 1952 e 1963, resultou em milhares de mortes no Quênia, além de linchamentos, castrações, estupros, confisco de bens e propriedades. O filme apresenta em flash os horrores da guerra na qual Kimani Maruge (interpretado por Oliver Litondo) viu mulher e filha serem executadas pelas tropas britânicas e foi barbaramente torturado. Passados cerca de quarenta anos da guerra de independência, o país executa um programa de escolarização oferecendo ensino primário universal e gratuito – que Kimani Maruge entende incluir todos incluindo ele, um ancião.
O que se segue é sua luta para ser matriculado na escola primária junto com as crianças. Para isso, Maruge aceita todas as exigências, inclusive a de usar uniforme infantil. Sua motivação baseia-se no desejo de ler uma carta da Presidência que havia recebido.
A presença de um ancião em uma sala de aula infantil é tão incomum que vira notícia internacional e desperta a inveja da comunidade local, a ira de pais ignorantes e a ganância de burocratas que acham que Maruge estaria ganhando com a popularidade. Maruge tem o apoio da professora. As tensões revelam as rivalidades entre etnias e os oportunismos comuns em qualquer sociedade.
O filme emociona e é inspirador para refletir sobre a importância da educação, o ato pedagógico, a força da vontade e a convivência entre gerações. Filmado no vale do Rift, com crianças e adultos da região, ele mostra cenários e pessoas reais. A persistência de Maruge em frequentar a escola e aprender a ler e escrever desencadeia uma verdadeira aventura épica capaz de enfrentar autoridades e as pessoas da comunidade. Só não enfrentou as crianças pois estas não mostraram qualquer resistência à presença de um ancião entre elas.
Isso merece uma reflexão: nossos alunos reagiram da mesma maneira?
Persistência é a capacidade de continuar com os esforços mesmo frente aos mais desanimadores desafios ou obstáculos. Maruge, contudo, não é só persistente, ele é, também perseverante. Perseverança exige flexibilidade e alternativas na busca de soluções para conservar-se firme num propósito. Ele não somente insiste em entrar para a escola como busca outras estratégias para atingir seu objetivo. É a perseverança que faz Maruge vestir-se como uma criança e aceitar sentar-se entre elas mesmo com todo desconforto para um ancião. É a perseverança que o move até a cidade grande para falar com as autoridades e passar pela secretária constrangedora. Pela mesma razão, ele não aceita frequentar a escola para adultos: ela não o levaria ao objetivo almejado. A escola para adultos é caótica: alunos desatentos e desinteressados, e um professor que se limita a cumprir o seu papel. Alguma semelhança com a realidade de nossos cursos do EJA? Eles atentem ao que se propõem? O contraste entre a indiferença e o isolamento de Maruje na escola para adultos frente à terna receptividade das crianças na escola primária é avassalador. O que isso nos leva a pensar? Seria um mero jogo dramático do diretor ou uma realidade em nossa sociedade excludente com os anciãos? O desafio da professora Jane Obinchu diante da persistência e perseverança de Maruge traz outro ensinamento: a solução de um problema. Uma das recomendações das autoridades e educadores é que a educação nos prepare para resolver problemas. E isso não é (ou não deveria ser) só para os alunos. Quantos problemas nós, professores, enfrentamos em nossa prática pedagógica? Estamos encontrando solução para eles? A professora Jane Obinchu achou uma solução criativa: se Maruge não podia ser aluno, então ele seria o seu professor auxiliar. A decisão da professora implica, também, em um posicionamento político e isso remete a outra discussão, muito contemporânea: a educação é uma ação política e os professores são seus agentes. Querer eximir-se disso é aceitar o papel de mero funcionário transmissor de informações e fazedor de relatórios. Por esses ensinamentos e outros que certamente um olhar mais atento observará, o filme “Uma lição de vida” mereceu esse feliz título na versão brasileira.
Conforme Professora Joelza Ester Domingues.
Fonte: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/licao-de-vida-filme-inspirador/ - Blog: Ensinar História - Joelza Ester Domingues
0 notes
Text
Pedagogia da Autonomia. Paulo Freire
A Pedagogia da autonomia de Pulo Freire explica as razões para analisar a prática pedagógica do professor em relação à autonomia de ser e de saber dos alunos. Ressalta a necessidade de respeito pelo conhecimento que o aluno traz para a escola, já que ele é também um sujeito social. Inicia afirmando que não há docência sem discência. Dessa forma, deixa claro que o ensino não depende somente do professor, assim como aprendizagem não é algo apenas de aluno. "Não há docência sem discência, as duas se explicam, e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar, e quem aprende ensina ao aprender". Aponta também que o professor não é superior, melhor ou mais inteligente, porque domina conhecimentos que o educando ainda não domina, mas é, como o aluno, participante do mesmo processo da construção da aprendizagem.
Coloca como sendo necessário o rigor metódico e intelectual que o educador deve desenvolver em si próprio, como pesquisador, sujeito curioso, que busca o saber e o assimila de uma forma crítica, não ingênua, com questionamentos, e orienta seus educandos a seguirem também essa linha metodológica de estudar e entender o mundo, fazendo ligação entre os conhecimentos adquiridos com a realidade de sua vida, sua cidade, seu meio social. Para Freire, saber pensar é duvidar de suas próprias certezas, questionar suas verdades. Se o docente faz isso, terá facilidade de desenvolver em seus alunos o mesmo espírito.
Quanto aos saberes que considera necessários à prática docente, Paulo Freire orienta e incentiva os educadores a pensarem sobre suas ações pedagógicas, abrindo as mudanças que acharem preciso, mas especialmente aperfeiçoando o trabalho, além de escolher a cada dia a opção pelo melhor, não de forma ingênua, mas com certeza de que, se há tentativas, há esperanças e possibilidades de mudanças daquilo que em sua visão necessita mudar.
Nesse livro o autor descreve com muito amor as características do oficio docente, nos coloca a par de conceitos que se misturam e se complementam. Uma de suas principais mensagens é o significado objetivo e absoluto do que significa ensinar, e como este vem a ser um processo de troca entre professor e aluno, mais ainda, o quanto ambos aprendem, adquirem e sanam duvidas, crescem como seres humanos. Traz também o quanto precisamos ter consciência da importância e grandiosidade dessa tarefa e o quanto pode se fazer a diferença no sistema social apesar da falta dos meios financeiros para a disponibilização da cultural e informação.

0 notes
Text
10º dia - 31 de Outubro de 2018
Inscrição do meu projeto:
Inicialmente, conforme observação no pátio da escola, o que mais me chamou atenção foi o desenvolvimento da coordenação motora dos pequenos e as suas capacidades de comunicação entre colegas e professores. A criatividade para achar palavras e gestos, a forma com que se expressam me instigou a criar algo que me faça aprender e visualizar de forma mais especifica estas linhas de aprendizado e descoberta.
A atividade de amassar uma substância dentro das Artes Plásticas é o principio básico para introdução à escultura. Através desta brincadeira é possível descobrir novas formas, cores, combinações, possibilidades, diferentes texturas e movimentos. A modelagem também possibilita o desenvolvimento da coordenação motora, da criatividade e da observação. A criança ao brincar de massinha geralmente se comunica, pergunta, imagina, formula hipóteses, testa suas idéias, busca aperfeiçoar suas criações, se expressa e desenvolve a imaginação criadora, estabelece relações indo além da sua realidade imediata.
Na próxima semana então, adentro uma das salas de aulas para por em pratica essa minha curiosidade de como é a aplicação de um trabalhinho com as crianças.
💚💜💙💛🧡
0 notes
Text
9º dia - 24 de Outubro de 2018
Montei meu trabalho com base na confecção de massinhas de modelar caseira.
A idéia é fazer as crianças colocarem a mãozinha na massa. Vou levar os ingredientes e experienciar junto com elas do começo até o final o processo de transformar farinha, água e outros ingredientes, em massinha colorida.
Lembremo-nos de que a teoria é diferente da prática, então até a primeira semana de novembro quando a prática sera realizada, ainda existem níveis elevados de ansiedade no corpinho roliço desta aspirante a docente que escreve.
Vamos reforçar no pensamento positivo, e esperar que dê tudo certo no processo pratico dessa idéia.

1 note
·
View note
Text
8º dia - 17 de Outubro de 2018
Sabe no que eu tô pensando?

Um obrigada bem grandão paro colega Marcelo Giacobe 💚
1 note
·
View note
Text
7º dia - 10 de Outubro de 2018
Período de reflexão.
“Será que dá pra fazer assim ou assado?”
Tensão. Ansiedade. Dúvida. Falta de fé.
Hahaha.
Vai passar. Agora é erguer as mangas e mãos a obra.
O momento de euforia passou, e se eu tivesse tentado colocar tudo o que permeou meus pensamentos em pratica de uma só vez nos primeiros momentos, certamente os projetos estariam pela metade ou mau terminados.
Apesar das duvidas, estou confiante e já bolei uma idéia, falta o aval das profes que já estão em função e a par das realidades da escola. Seguimos. Força e foco.

0 notes
Text
6º dia - 3 de Outubro de 2018
Os dias passam a ficar cada vez mais tranquilos, é passado aquela euforia dos primeiros contatos com o ambiente escolar, professores e alunos. As idéias de projeto começam a ficar mais enxutas e a ganhar proporções menores devido a assimilação da realidade das salas de aula. Os professores são receptivos e na medida do possível me ajudam a pensar alternativas para pequenas ações em sala.
Vejamos os próximos dias o que os ventos nos trazem de idéias...
Obrigada Professora Vânia.

0 notes
Text
5º dia - 26 de setembro de 2018
Dia úmido e nublado, os estudantes ficam mais recolhidos. Nosso grupo também.
Estamos em construção de pensamentos para objetivar nossas ações.

2 notes
·
View notes
Text
4º dia - 12 de setembro de 2018
Os laços estão a cada dia mais estreitos. Algumas crianças já criaram vínculos, as idéias para projetos em escala micro já começam a surgir nas discussões do grupo. Os próximos meses serão de estabelecimento de metas.

1 note
·
View note
Text
3º dia - 05 de Setembro de 2018
As crianças e adolescentes se aproximam a cada dia mais. Uns mais, outros nem tanto, mas há curiosidade nas aproximações.

1 note
·
View note
Text
2º dia - 29 de agosto de 2018
Reconhecimento das dependências da escola e primeiros contatos com os alunos e professores.
Inspirações a mil, cheia de idéias....

1 note
·
View note
Photo

Dia 1 - 17 de Agosto de 2018
1º Visita a Escola Moojen.😎
Frio na barriga, mas muita vontade de experienciar. 😍
Nosso grupo: eu, Ana, May, João e Larissa e nossa supervisora Vânia.🧡💛💙💚💜❤
1 note
·
View note