poecitas - Tumblr blog

[poecitas]

No berço da memória, a mente não descansa.

Gravetos.

[poecitas]

Saudade é um sentimento que não tem alívio,

Pudera eu não sentir, e só seguir os caminhos fluindo nas águas dos meus sonhos,

Mas que sentido faria, se não poder me lembrar do que já fez meu coração pulsar,

A Saudade chega sem pedir licença, lançada como vento forte,

E não sei se ela quer me derrubar ou fazer voar,

Deixo-me levar, daqui consigo tocar o céu e o mar admirar,

Sempre com a esperança de seus olhos encontrar,

Mas a realidade sempre me puxa, e sinto a solidez da terra me consolar,

O profundo encontro do delírio a beira do abismo,

Em puro silêncio, ouço meus pensamentos como nuvens que pairam pelo o ar, se perdendo em devaneios,

E clamando por mais uma chance de voar,

No fim a saudade é uma velha amiga, que só quer nos levar para passear.

[poecitas]

[poecitas]

o atraso do ponto

o dia que eu dormi demais, quando eu tive medo de sair de casa, quando fantasiei minha realidade a tal ponto

que achei que estava tudo bem.

[poecitas]

Atualmente está tudo desarrumado dentro de mim.

Tainara, amorteava.

[poecitas]

Pequena história

Era um desconhecido. Virou colega. Simpatizou tanto que virou amigo. Quis ser mais que amigo, mas não teve coragem de ser. Se conformou. Se inconformou. Tomou coragem. Foi mais que amigo até cansar de ser. Foi inimigo. Foi mais que amigo. Foi inimigo. Foi mais que amigo. Foi inimigo. Caiu no limbo: já foi colega, já foi amigo, já foi mais que amigo, já foi inimigo mas não se sabe mais o que se é. Virou aquele tipo de gente que já foi o tudo e de quem já se soube tudo, mas que agora já não se conhece mais nada. Se conformou: era um desconhecido.

[poecitas]

O amor é um animal tão mutante, com tantas divisões possíveis. Lembra daqueles termômetros que usávamos na boca quando éramos crianças? Lembra da queda deles no chão? Então, acho que o amor quando aparece é em tudo, semelhante à forma física do mercúrio no mundo. Quando o vidro do termômetro se quebra, o elemento químico se espalha e então ele fica se dividindo pelos salões de todas as festas. Mercúrio se multiplicando. Acho que isso deve ser uma das cinco mil explicações possíveis para o amor.

[poecitas]

eu venho tentando colocar tudo o que me assombra pra fora. milhares de tentativas falhas. escrever por mais que pareça uma saída é sempre uma tortura. sentir cada palavra saindo de mim como uma lâmina rasgando meu pulso de dentro pra fora. e sangra, sangra tudo aquilo que eu sinto mas tenho medo de encarar. sangra toda carga emocional que eu carrego simplesmente por existir. sangra todos os demônios que me possuem quando eu tento esquecer quem eu sou. escrever dói, entretanto é a única coisa que ainda me mantém vivo. às vezes pra viver você tem que se matar aos poucos.

[poecitas]

Bonecos de plastico

A gente é criança, depois cresce E da a impressão de que tudo aparece Tudo transparece As mentiras, verdades Falsidades E a gente se pega questionando a realidade Realidades as vezes que parecem ser paralelas E que não da pra confiar nelas Neles Mas se a gente não confia como vive? Como sente que pode ser livre? Se você cai e não tem quem abrigue?

-Devaneios

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todo mundo fala que quando não se cabe em algum lugar, devemos ir embora

mas ninguém fala da dor de não caber.

do desconforto de querer pertencer mas não conseguir se encaixar.

hipermnesia

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te amo, mas preciso ir.

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Entre idas,

e vindas.

Eu decidi,

partir.

- Gabriela

[poecitas]

quantas coisas você não deixou que eu dissesse?

quantas coisas eu não disse?

quantas coisas eu quis dizer?

você acredita? na mentira contada?

na palavra dita?

no silêncio que ela carrega?

no desespero mudo que ela grita?

você não deixou que eu fosse...

eu não deixei que eu fosse.

que medo. que barulho. que ensurdecedor esse silêncio. que desespero

entre o que eu disse ou não

entre o que você ouviu e eu disse.

não existe verdade absoluta. que pena.

que pena.

pena?

deixo sem fim. deixo você acreditar.

você pode escutar o que não é dito?

ouça o barulho que não fiz.

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o atraso do ponto

o dia que eu dormi demais, quando eu tive medo de sair de casa, quando fantasiei minha realidade a tal ponto

que achei que estava tudo bem.

[poecitas]

Você sempre vai ser minha definição de amor. Confio em você como nunca confiei em ninguém, todo mundo pra mim é como um som de alarme, significa perigo, e você pra mim, é amor, apesar de todas as vezes que você me fez sentir insegura. Eu te amo tanto que se alguma vez você fez algo errado, eu juro que nem percebi. Porque pra mim, você sempre será a pessoa mais verdadeira e louca que já passou pela minha vida.

[poecitas]

É sexta à noite, amor. Põe teu pijama e esquenta meu lado da cama, estou atravessando a cidade pra te ver. Enquanto eles se divertem a gente se ama, ao fundo de algum som qualquer, enquanto as paredes balançam, e a noite fica quente como o dia. Me abraça, amor, sinta a ponta dos meus dedos traçando melodias nas tuas costas, meus lábios contando segredos em teus olhos. Me beije, se encaixe, e me ame até dormir bem, amor. É sexta à noite, amor. Tudo isso se foi, e eles me olham com pesar, alguns poucos choraram comigo. Mas não se preocupe, eles não sabem do coração estraçalhado, eu só abria esse peito pra você. Hoje Você atravessará a cidade, amor, em busca de um preenchimento qualquer. Se esconderá atrás da fumaça que sai da tua boca, e fará qualquer coisa que te faça não lembrar do pijama, do lado da cama, da gente se amando.

Esse não é daqueles que te fazem me procurar com raiva, amor. Esse é daqueles que você não se importa, daqueles que fala sobre saudade, que você insiste em dizer que é só mais um no meio de tantos. É sexta à noite, hoje não terá amor, e me lembro que nunca mais terá. As costas, a fumaça, os olhos, a pele, as paredes, o pijama, o gato, o computador, o sorriso, o encaixe. Tudo se evapora a cada segundo, não é mesmo, amor? Sente as lembranças sumindo? Mas ainda embrulha o estomago, ainda existem marcas tatuadas na pele. E mesmo que não lembre do seu rosto, da sua voz, do seu amor, eu ainda vou sentir essa falta, sexta à noite, amor.

- Entre garrafas de vinhos e antidepressivo.

[poecitas]

Estou esgotada de sentimentos não resolvidos e eles se acumulam em toda parte.

Amortangivel.