Dentre prosas e poemas cada um artista, autor e cientista cercados todos por prédios e florestas, à beira da avenida, no interior de um belo horizonte se reuniram, vindos dos cantos das minas gerais para os campos universais.
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Alex Gonçalves nasceu em Guanhães, leste de Minas, no início da primavera de 1992 — uma semana antes do impeachment de Collor. Passou toda a infância e adolescência nesta cidade, boa parte desse tempo em fazendas e na natureza e paradoxalmente outra parte em frente a computadores. Mudou-se para Belo Horizonte aos 18 anos, para cursar Ciência da Computação na UFMG. Tem grande interesse em dinâmica social e processos mentais.
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Alexandre Policarpo é mineiro, belo-horizontino e apaixonado por sua cidade natal, onde mora até hoje. Encontrou no Jornalismo uma forma de unir diferentes amores: a escrita, a política, a cultura, a arte, o social e o empreendedorismo. Depois de passar grande parte da sua infância e adolescência entre as paredes de um apartamento, hoje, aos 20 anos, Alexandre quer viver, se aventurar, andar pelo mundo e ver o que o mundo reserva para ele.
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Arryson Zenith nasceu em Bom Sucesso, sul de Minas, onde morou até os 18 anos, quando se mudou para Belo Horizonte. Em 2011 ingressou no curso de Psicologia da UFMG. Tem grande interesse pelo campo da Psicanálise e seu diálogo com a Literatura. Escreve poemas desde os 16 anos. Participou no ano de 2009 de um concurso de poemas da América Latina, tendo seu primeiro poema publicado na antologia dos poemas selecionados. Hoje, aos 24 anos, dedica-se a escrever um romance em prosa poética.
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Isadora D’Olaia nasceu em 1995, mas ainda acredita no fantástico. Mineira, adora cães, fotografia, livros e seriados. Não consegue ficar parada: estuda Moda na UFMG, acampa sempre que pode, faz aulas de jazz, ballet, coral, alemão e coreano. Pretende se formar em veterinária e jura que um dia ainda vai morar na Índia. Seu talento mais inútil é reconhecer inúmeros atores holywoodianos e em quê atuaram. Ama filmes da Disney e sabe cantar quase todas as músicas.
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Camila Félix nasceu no dia das mulheres do ano de 1993. Talvez pelo dia, talvez por falta de sorte, cresceu em um bairro afastado do centro de Belo Horizonte, protegida por paredes rosas e um jardim florido em uma vida como um conto de fadas. Atualmente estuda arquitetura e tenta mudar o mundo através da poesia.
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Thais Mollyen nasceu em Belo Horizonte, MG, no outono de 1994 — no mesmo mês em que Ayrton Senna morreu. Morou grande parte da infância em Vespasiano, onde passava as tardes brincando de bola e tomando banho de mangueira. Quando completou 10 anos, mudou-se para Belo Horizonte com a mãe, para estudar no Centro Pedagógico da UFMG — universidade em que estuda hoje, atualmente cursando Bacharelado em Literaturas de Língua Inglesa.
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Pedro Teixeira nasceu em Silvianópolis, MG, porque sua mãe tinha medo do hospital de sua cidade. Voltou para Pouso Alegre logo após o parto, onde viveu até os 18 anos, quando ingressou no curso de Psicologia da UFMG. Tem grande interesse pela Psicanálise, e sua experiência com produção de textos não acadêmicos é relativamente recente.
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Patrícia Coelho é estudante de Teatro na UFMG. Aventura-se por outras artes com frequência. Interessada em teatro popular, dramaturgia, cinema e fotografia, já experimentou um pouco de cada. Nascida e criada em Belo Horizonte, concorda absolutamente com MC Papo: BH é o Texas, mineiro diz que tá chegando e sai de casa correndo.
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Viva obsessão
Verte o coração a fomentar sentidos
Múltiplos.
Mientras a bebida liberta
Serena morte,
Serena a mente.
Imbuída sereia
De encantos e feitiçaria.
O lápis e o traçado
Costuram momentos.
Criação seduzida,
Vestida de sentimentos:
Glamour.
Coração: moenda de dor
Da janela ao precipício
Arryson Zenith
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Das tripas coração
Esperei que a poesia chegasse
De carona num vento distante
E me trouxesse na corcunda um luar
De inspiração, como num rompante.
E não veio.
Imaginei que pairasse num reino
De outra natureza, e fitasse
Sobranceira a minha ignomínia
Frente ao papel em branco e vazio.
Como se numa planície celeste
Um jardim suspenso verdejasse
Com feéricos metros e rimas,
Acreditei a mim revelado
Num diáfano movimento
Um poema.
Colhi as palavras do pé,
Ainda verdes sobre a relva
E as arrematei num verso,
Seja ele qual flor:
Mato sob verso.
E dessa revelação,
No hálito de inspiração exaurido,
Capturo a poesia, qual pássaro fugidio,
Na gaiola desse poema.
Ao dar às palavras o polimento caseiro
E o trabalho de manufatura
De mil esforços, mil fracassos,
Percebo que a poesia já habitava
Em mim desde outrora.
Não de mágico dicionário,
Vieram as palavras,
Mas sim de inato vocabulário
Que minha alma veio imbuída.
Esperei a poesia chegar,
Abri a porta para que entrasse.
Ela assentou-se no fundo de mim
E lá se fez epifania.
Esperei a poesia sair,
Abri a porta para que saltasse.
Ela precipitou-se no abismo branco
E lá se fez poema.
Arryson Zenith
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Lolita Pop
Nasci para sofrer a série mortificante dos homens, mas Deus quis-me entre anjos.
Sempre vivi uma vida relativamente tranquila ao lado de minhas quatro irmãs, no seio de uma família outrora mais numerosa. Vida tranquila embora profundamente marcada por tragédias, enigmas e infortúnios que nos assolaram.
Quanto a mim, eu não era como as minhas irmãs. Distinguia-me delas ligeiramente em estética e maneirismos, embora sob o olhar de nossa mãe eu me sentisse igualmente amada.
De todas as tragédias que se abateram sobre minha família, a última delas me foi terrivelmente real. O terror dos momentos que vivi ficou marcado para sempre em meu corpo. Depois desses dias, nada em mim ficou no lugar.
De repente eu me encontrava algemada em algum lugar escuro e cinzento, que imediatamente julguei ser uma casa de detenção. A sala tinha paredes foscas, o ar era mórbido e parecia estacionado num tempo eterno, e eu sentia que minha alma se petrificava frente ao horror que a imagem daquele momento me causava. À minha frente estava sentado um homem muito gordo, com um bigode negro à la Hitler que, recoberto por uma espessa camada de gordura, me causava náuseas permanentes. Ele esbravejava com ódio palavras em minha direção, as quais eu não conseguia entender, tamanha a quantidade de saliva que sua boca totalmente aberta atirava em minha direção, deixando entrever os dentes amarelos e encrustados de restos do desjejum. Eu estava completamente mortificada frente à mistura de nojo e pavor que aquela figura me infligia.
Em um canto da sala a máquina de escrever preenchia com batidas secas critérios sobre mim à minha própria revelia.
Nome: Marcos
Sexo: masculino
Flagrante delito
Fui levada para uma sala ainda mais hermética onde deram ordens para que eu me despisse e colocasse uniformes presidiários masculinos e que me juntasse aos homens no cárcere. Me recusei veementemente a aceitar tais ordens, a tirar as minhas roupas, meus acessórios e todo o resto que dava ao meu corpo um contorno. Entrar naquelas novas vestes apagaria de mim qualquer traço que me fizesse sentir viva. E na medida em que eu lutava contra a minha morte com a força da angústia e do medo que me tomavam, mais eu era violentada por um homem totalmente sem piedade. Naquele momento eu tinha certeza de que havia encontrado meu último algoz. O horizonte havia se tornado ali apenas um abismo absolutamente vazio. Então vertiginosamente desapareci.
Não sei quanto tempo permaneci fora de mim, porém agora me encontrava em uma sala completamente diferente. Olhei para o meu corpo, esperando nada encontrar, porém meu contorno permanecia intacto e eu ainda preservava meus trajes pessoais. À minha frente agora havia uma mulher, e senti que ela simpatizava comigo. No espaço entre mim e ela me foi dada uma oferta de fala. Através da palavra pude delimitar aos poucos a minha angústia e a minha sensação de morte iminente.
Ao final de todo um momento em que me esvaziei das ruminações mais terríveis, entendi o que eu havia feito e teria de consentir a um sacrifício. Concordei que minhas roupas fossem eventualmente retiradas, mas retive comigo minha presilha e meu batom 111 LolitaPop, presente de minha mãe.
Os dias em que vivi em cárcere foram de longe o meu pior abandono. Houve tempo suficiente para que eu revivesse todos os meus demônios em completa solidão. Lembrei-me de meus quatro irmãos mortos e de como eu nunca cheguei a conhecê-los verdadeiramente. Alguns morreram de desastre, outros pelos desígnios de erros fatais, inexplicáveis, ininteligíveis para mim.
Lembro-me agora de minha mãe ao leito de morte do último irmão a dizer: “Na minha família todos os homens morrem”. Eu tinha então cinco anos, e essas palavras enquistaram-se em meu corpo como a resposta para o enigma do desejo de minha mãe. Desejo que era o meu próprio, disfarçado, e do qual só consigo separar-me após longos anos enquanto escrevo.
Arryson Zenith
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VVV
Tac, tac,tac
Granizo na janela,
Onde estará
Mon amoureux?
Tic, tac, tic, tac
Quanto tempo
Passar-ô?
Tico-tico taca pedra
Pelo peito
Ruafora.
Espero tonto
Tique feito
Fique pronto.
De que é feito
O teu amor?
Arryson Zenith
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De Paulas
Olhava-se
via só o que ele mesmo via
Tentava-se
não conseguia
O espelho nunca mostrava
o que o outro via
De Paulas
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De Paula, criado em Brasília, se mudou ainda criança para sua cidade natal, Patos de Minas, onde passou a adolescência. Começou a escrever ali mesmo alguns textos de poucas linhas e vem escrevendo até hoje. Vive em Belo Horizonte, onde cursa Letras na UFMG.
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Seu
Theo é o nome que ele te deu
Teu e só teu
Não te esqueças
Inteiramente teu
E por mais que encontrais outros Théis
Teu Theo é só teu
Pois teu é o nome que ele te deu
Isadora Soares
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Frühling
Fru Lin vinha vindo
fruindo
abrindo
que lindo
sorrindo
assim
apenas
Fru Lin.
Isadora Soares
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contemporâneo, o tempo
Tatu que tramita no tempo
tem teto de teixo
no éter tresloucado
deste tempo terreno.
Tênue, intermitente
e teimoso,
traduz tabus
e telepatias também.
Tangerina, televisão
e transg��nicos,
todos trazem tatuagens transparentes
deste tempo traiçoeiro.
Isadora Soares
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