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“Sou mulher como outra qualquer. Venho do século passado E trago comigo todas as idades. Nasci numa rebaixa de serra entre serras e morros. "Longe de todos os lugares". Numa cidade de onde levaram o ouro e deixaram as pedras. Junto a estas decorreram a minha infância e adolescência. Aos meus anseios respondiam as escarpas agrestes. E eu fechada dentro da imensa serrania que se azulava na distância longínqua. Numa ânsia de vida eu abria o voo nas asas impossíveis do sonho. “Sendo eu mais doméstica do Que intelectual, não escrevo jamais de forma consciente e racionalizada, e sim impelida por um impulso incontrolável. Sendo assim, tenho a consciência de ser autêntica. Nasci para escrever, mas o meio, o tempo,as criaturas e fatores outros contramarcaram minha vida. Sou mais doceira e cozinheira do que escritora, sendo a culinária a mais nobre de todas as Artes......... Nunca recebi estímulos familiares para ser literata Sempre houve na família, senão uma hostilidade, pelo menos uma reserva determinada a essa minha tendência inata. Talvez, por tudo isso e muito mais, Sinta dentro de mim, no fundo dos meus reservatórios secretos, um vago desejo de analfabetismo. Sobrevivi, me recompondo aos bocados, à dura compreensão dos rígidos preconceitos do passado ......... Apenas a autenticidade da minha poesia arrancada aos pedaços do fundo da minha sensibilidade, e este anseio: procuro superar todos os dias minha própria personalidade renovada, despedaçando dentro de mim tudo que é velho e morto.”
Cora Coralina, quem é você?
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e os humanos são universalmente conhecidos como os únicos animais capazes de mentir, sendo certo que se ás vezes o fazem por medo, e ás vezes por interesse, também ás vezes o fazem porque perceberam a tempo que essa era a única maneira ao seu alcance de defenderem a verdadade
José Saramago, Ensaio sobre a lucidez
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publicado no exato dia do meu aniversario de 6 anos!

By Bill Watterson
Published on 20th May 1991
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A composição toda remete a algo que ele já teve e de que não sabe dizer se sente falta. Sente e não sente ao mesmo tempo. É menos a lembrança melancólica de uma ausência e mais um atestado reconfortante de que isso existe e segue fazendo parte do mundo.
Daniel Galera, num dos melhores trechos de “Barba ensopada de sangue” p. 212 (via porquesim)
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Watch (three times) a movie.
「僕は、明日昨日の君のデートする」
"My tomorrow, your yesterday"
2006、Kyoto
ロケ地: 京都
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Bacamarte espetara na pobre senhora um par de olhos agudos como punhais. Quando ela acabou, estendeu-lhe a mão polidamente, como se o fizesse à própria esposa do vice-rei, e convidou-a a ir falar ao primo. A mísera acreditou; ele levou-a à Casa Verde e encerrou-a na galeria dos alucinados
“O Alienista” - Machado de Assis
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Não há remédio certo para as dores da alma; esta senhora definha porque lhe parece que a não amo; dou-lhe o Rio de Janeiro, e consola-se.
Machado de Assis em “O Alienista”
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Céu azul, uma garota e uma viagem: canção-devaneio nasceu como mantra.
Um fim de semana comum na casa de parentes em Nova Era tinha gosto especial: era a primeira vez que os pais de Duca deixavam a garota viajar com Márcio, namorado recente. O parceiro de Milton Nascimento e irmão mais...
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Photo by @themikeb. British Columbia. #liveauthentic
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...saio daquela fossa de fim de namoro.
(by Fabio)
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Antes de tudo, a música preza portanto, o ímpar. Só cabe usar o que é mais vago e solúvel no ar sem nada em si que pousa ou que pesa. Escolher palavras é preciso, mas com certo desdém pela pinça; nada melhor do que a canção cinza onde o indeciso se une ao preciso. uns belos olhos atrás do véu, o lusco-fusco no meio-dia a turba azul de estrelas que estria o outono agônico pelo céu! pois a nuance é que leva a palma, nada de cor, somente a nuance! nuance, só, que nos afiance o sonho ao sonho e a flauta na alma! foge do chiste, a farpa mesquinha, frase de espírito, riso alvar, que olhe do azul faz lacrimejar, alho plebeu de baixa cozinha! a eloquência? torce-lhe o pescoço! e convém empregar de uma vez a rima com certa sensatez ou vamos todos parar no fosso! quem nos dirá dos males da rima! que surdo absurdo ou que negro louco forjou em jóia este toco oco que soa falso e vil sob a lima? música ainda e eternamente! que teu verso seja o vôo alto que se desprende da alma no salto para outros céus e para outra mente. que teu verso seja a aventura esparsa ao árdego ar da manhã que enche de aroma ótimo e a hortelã... e todo o resto é literatura.
ARTE POÉTICA - PAUL-MARIE VERLAINE (Tradução de Augusto de Campos) "Em 1866, VERLAINE publica os Poèmes Saturniens, nos quais se inclui a CANÇÃO DE OUTONO, cuja sugestão e musicalidade sintetizam perfeitamente a arte simbolista, pouco depois torizada com vigor no poema ARTE POÉTICA do próprio VERLAINE. Como amo música e adoro poesia, nada melhor do que a junção perfeita desse poema com musicalidade, feito por este que foi um dos primeiros poetas a musicalizar a poesia. Um dos maiores poetas simbolistas franceses, seu lirismo musical abriu novos caminhos para a poesia em seu país e no mundo. O lirismo musical e evanescente de Verlaine exerceu influência decisiva no desenvolvimento do simbolismo e abriu novos caminhos para a poesia francesa. Com Mallarmé e Baudelaire, Verlaine compõe o grupo dos chamados poetas decadentes. Paul-Marie Verlaine nasceu em Metz, França, em 30 de março de 1844." Angélica Brio
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Verde...
Tomado de súbita coragem pelo alto teor alcoólico em seu coração, resolveu mandar a mensagem que indagaria o insólito de seu senão. Disfarçada de dúvida filosófica, questionou porquê não estarem juntos. A demora quase claustrofóbica da resposta, transformou-se num minuto quando ela disse, sem meias palavras: É o que também me pergunto.
(Alemão)
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The Yas Yas Girl [= Merline Johnson]: Well it's blues in my house, from the roof to the ground, And it's blues everywhere since muy [sic] good man left town. Blues in my mail-box cause I cain't get no mail, Says blues in my bread-box 'cause my bread got stale. Blues in my meal-barrel and there's blues upon my shelf And there's blues in my bed, 'cause I'm sleepin' by myself.
Julio Cortázar em "Rayuela". Capítulo 106
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