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Mulheres relatam assédio sexual em transportes públicos, “essa foi a primeira vez, mas talvez não seja a última”
97% das mulheres dizem já ter sido vítimas de abusos em transportes, segundo pesquisa do Instituto Patrícia Galvão e Instituto Locomotiva
Vagões exclusivos para mulheres não são solução contra o assédio, segundo vítima | Foto: Luciana Paschoal
Mesmo com o vigor da lei federal contra a importunação sexual, mulheres sofrem assédio sexual em transportes públicos. Segundo pesquisa realizada em 2019, pelo Instituto Patrícia Galvão e Instituto Locomotiva, com o apoio da Uber, 97% das mulheres dizem já ter sido vítimas de abusos em meios de transporte. No início de fevereiro deste ano, Estefani Cavalcanti, 21, se tornou parte dessa estatística ao sofrer assédio sexual dentro de um vagão de trem, na estação de Nilópolis, no Rio de Janeiro.
A jovem estava indo para a faculdade quando foi surpreendida com ação de um homem dentro do vagão. Segundo a vítima, era horário de pico e o transporte estava lotado: “Um homem que entrou junto comigo, ficou atrás de mim e parou lá. Depois que umas pessoas saíram, eu fui um pouco ‘pro’ lado e ele me prendeu, ficando com as duas mãos entre mim e começou a se esfregar em mim”, relatou a estudante. “Então eu tentei de novo sair de perto e ir pro lado, mas na minha, sem falar nada, mas super assustada. Eu estava com medo de falar algo e ele vir ‘pra’ cima de mim ou algo do tipo”, detalhou a jovem.
A estudante contou ainda que uma mulher viu a situação e começou a gritar com o homem, pedindo para ele se afastar dela. O homem negou estar assediando Estefani dizendo que a mulher estava louca. “Após a reação dela, me senti confortável ‘pra’ sair do lado dele e ir ‘pra’ outro lado”, relatou Estefani.
O abusador foi expulso do vagão e foi agredido por outro homem na estação de Ricardo de Albuquerque. A jovem recebeu apoio de outros passageiros do trem: “Eu ainda estava em choque e comecei a desabar. Me ofereceram um dos bancos e eu me sentei aos prantos, toda me tremendo. Só que naquele momento minha ficha caiu e eu entendi o que estava acontecendo. O pior é saber que essa foi a primeira vez, mas talvez não seja a última”, concluiu.
Em 2018, após um homem ejacular em passageira no ônibus, entrou em vigor a lei federal contra a importunação sexual, que criminaliza a ação de ato libidinoso na presença de alguém e sem seu consentimento, como toques inapropriados ou beijos "roubados”. Quem pratica tais casos pode pegar de 1 a 5 anos de prisão. Mas a lei ainda não é o bastante para conter os assédios.
A estudante de nutrição Bruna Ferreira, 23, também foi assediada em um ônibus da linha Méier/Nova Iguaçu, no final de dezembro de 2021: “Peguei um ônibus cheio e um homem parou e ficou pressionando o corpo atrás de mim. Não saía de jeito nenhum. Eu pedi para se afastar, e ele insistiu. Gritei, pedi ajuda e ninguém fez nada. As pessoas me olhavam como se eu fosse maluca. Dei uma cotovelada nele e desci no ponto”.
A jovem registrou o caso na 53ª Delegacia de Polícia de Mesquita, mas ela conta que essa não foi a primeira vez que sofreu assédio: “Na primeira, eu devia ter uns 13 anos. Voltando do colégio de ônibus, um homem se sentou do meu lado, com uma mala no colo. Percebi que tinha alguma coisa estranha e vi que estava se masturbando, usava a mala para disfarçar. Fiquei com muito medo e a sensação de impotência. Não consegui fazer nada além de descer do ônibus e ir embora.”
Os casos diários de assédio reacendem a discussão sobre a criação de vagões exclusivos para mulheres em transportes públicos. Com o objetivo de diminuir o assédio e a importunação sexual, foi sancionado, em 2006 no Rio de Janeiro, a Lei Estadual 4.373/06, que destina o uso dos carros em com os adesivos rosas exclusivos para as mulheres, nos horários de pico (nos dias de semana, das 06h às 9h e das 17h às 20h). Porém, para Bruna, os vagões femininos não são uma solução: “Os vagões femininos não são respeitados. Eu vejo direto homens entrando neles e quando você olha de cara feia pra eles, eles acham que você que tá errada. E mesmo que você peça para eles saírem, eles não saem e ninguém fiscaliza”, desabafa.
A SuperVia afirmou, em nota ao O Globo, que atua para evitar que aconteçam abusos em espaços administrados pela concessionária e que orienta os agentes de segurança nas plataformas para impedir a entrada dos homens nos vagões destinados às mulheres. “A SuperVia repudia a violência em todas as suas formas e mantém campanhas informativas contra abusos nas dependências do sistema, além de vigilância permanente para o cumprimento da Lei Estadual 4.373/06 (Vagão Feminino)”, afirmou.
Ainda segundo o sistema de transporte, as vítimas e testemunhas de assédio são orientadas a sempre acionarem os agentes de segurança do sistema: “As mulheres podem utilizar o botão de segurança dentro dos trens para agilizar o atendimento. Os funcionários encorajam as vítimas a registrarem a ocorrência na polícia e fazem o acompanhamento durante todo o processo”.
Já a Rio Ônibus destacou que investe em campanhas de conscientização e orientação aos empregados: “Ressaltamos que todos os motoristas, bem como fiscais, são instruídos em treinamentos para atenção ao tema. Em caso de ocorrência, caso seja avisado, a instrução é o contato com autoridades policiais, na tentativa de proteger a vítima e facilitar a identificação do suspeito”, informou nota da concessionária ao G1.
Outras Medidas contra o assédio
A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou, este ano, o projeto de lei que visa prevenir o assédio em transportes coletivos públicos e privados, chamado ‘Meu corpo não é público’. O projeto, de autoria do deputado Átila Nunes (PSD), destaca que o foco é capacitar os profissionais do transporte a orientar as vítimas sobre como agir nos casos de abuso sexual e facilitar o registro da ocorrência na delegacia policial.
Em março deste ano, a prefeitura do Rio de Janeiro lançou o ‘Programa de Combate ao Assédio Sexual no Transporte Coletivo’, que tem como objetivos chamar a atenção para o alto número de casos de assédio sexual nos veículos do transporte coletivo; coibir o assédio nos veículos do transporte coletivo; e criar campanhas educativas para estimular as denúncias por parte da vítima. Além disso, o projeto visa conscientizar a população e a tripulação dos veículos do transporte coletivo sobre a importância do tema.
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Ginastas alemãs trocam collants por calças para protestarem
Gesto visa combater a sexualização no esporte
Foto: Getty images
Como forma de protestar contra a sexualização feminina no esporte, as atletas da equipe alemã de ginástica artística dispensaram os tradicionais collants, que deixam os seus membros inferiores expostos, e adotaram calças para competir nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, em julho deste ano.
A mudança foi apresentada pela primeira vez em abril, durante o Campeonato Europeu de Ginástica Artística 2021, na Suíça, pela ginasta alemã Sarah Voss. Durante os Jogos Olímpicos Tóquio 2020, as demais atletas da equipe alemã Pauline Schäfer, Elisabeth Seitz e Kim Bui, decidiram juntar-se à Voss e aderiram aos trajes compostos por collants e leggings que cobrem do pescoço aos tornozelos.
A utilização do traje de corpo todo para as mulheres está autorizada pela Federação Internacional de Ginástica (FIG), mas até então só tinha sido usado por motivos religiosos.
“É importante que possamos determinar como aparecemos a qualquer momento. A nova possibilidade de autodeterminação quanto à escolha das roupas nos dará ainda mais forças no futuro”, disse Sarah Voss no seu Instagram pessoal, junto a #ItsMyChoice, “essa é a minha escolha” em português.
A federação alemã disse que elas estão se posicionando contra a "sexualização na ginástica", acrescentando que a questão se tornou ainda mais importante para prevenir casos de abusos sexuais. Voss disse que, embora nunca tenha sofrido abusos, ela e suas colegas são exemplos para atletas mais jovens e por isso querem encorajar todos a se defenderem.
Nos últimos anos, a ginástica artística vem tendo que lidar com casos de abuso sexual e denúncias de assédio, especialmente depois que denúncias contra Larry Nassar, ex-médico da equipe nacional de ginástica artística dos EUA, vieram à tona em 2015.
Nassar foi julgado em 2018 pelo Tribunal Federal dos EUA e condenado a 175 anos de cadeia por molestar mais de 300 atletas durante os 20 anos em que foi médico da equipe nacional, dentre elas, Simone Biles, que, após depor contra Nassar este ano em setembro, diz querer falar abertamente sobre o abuso sexual no esporte e dar voz aos sobreviventes.
Elisabete Pinheiro
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A luta dos atletas para dar voz às manifestações raciais
Protestos contra racismo no esporte ainda geram represália
Com as cabeças abaixadas, luvas pretas e punhos cerrados para o alto, os velocistas norte-americanos Tommie Smith e John Carlos protagonizaram um dos mais emblemáticos protestos contra o preconceito racial, no pódio dos Jogos Olímpicos de 1968, no México.
A atitude, que era uma referência aos Panteras Negras, foi classificada como ‘controversa’ e provocou uma rápida reação do COI, Comitê Olímpico Internacional, que passou a proibir manifestações políticas em seus eventos. Os dois atletas foram expulsos das Olimpíadas, afastados da confederação americana e tiveram suas carreiras praticamente encerradas.
O gesto ficou eternizado na história do esporte e se tornou sinônimo de resistência na luta contra a segregação racial, mas a questão ainda está longe de ser solucionada. Hoje, mais de 50 anos depois, ainda há uma geração de atletas que sofrem com o racismo e lutam para dar continuidade a esse legado. Mas, assim como Smith e Carlos, enfrentam barreiras por se posicionarem.
Até pouco tempo atrás, associações esportivas como FIFA, UEFA, NBA, NFL ainda possuíam regulamentações rígidas com relação a qualquer tipo de protesto durante os eventos e punia os manifestantes.
Em 2016, antes de uma partida de pré-temporada da NFL entre San Francisco 49ers e Green Bay Packers, o quarterback Colin Kaepernick, que levou o 49ers ao Super Bowl, decidiu aproveitar a visibilidade do esporte para se manifestar contra o racismo.
O jogador se ajoelhou durante a execução do hino americano e se recusou a cantá-lo, como forma de se opor a violência policial contra pessoas negras. E, nos jogos seguintes, ele também usou meias que tinham imagens de policiais caracterizados como porcos.
A coragem de um homem negro em protestar perante a uma das maiores demonstrações de patriotismo entre os norte-americanos gerou controvérsia por parte do público e foi considerada um ‘ataque ao país’ pela imprensa americana, lhe rendendo cartas de ódio e ameaças de morte. A NFL também se opôs a atitude do atleta, lhe fechando as portas: Kaepernick teve o contrato rescindido junto aos 49ers, mesmo com a boa atuação na temporada. E até hoje, cinco anos após o protesto, o atleta não tem propostas para atuar em nenhuma equipe da liga. Apesar da represália que sofreu, ele se tornou um símbolo antirracista e passou a ser admirado por defender seus ideais, mesmo que isso tenha custado a sua carreira profissional.
O gesto de Kaepernick ecoou em outros esportes, principalmente em 2020, após a onda de protestos antirracistas pelo assassinato de George Floyd por um policial nos Estados Unidos. O futebol se uniu ao movimento ‘Black Lives Matter’ (Vidas Negras Importam), e jogadores começaram a se ajoelhar antes das partidas para chamar a atenção na luta contra o preconceito racial.
A adesão dos jogadores e dos clubes ao movimento, fez com que a FIFA cedesse às proibições contra manifestações raciais, permitindo que jogadores pudessem protestar no campo sem punição.
Mas durante a Eurocopa 2020, disputada em 2021, os jogadores enfrentaram oposição ao repetirem o ato, mesmo com o aval da federação. No jogo da Bélgica contra a Rússia, a equipe dos Diabos Vermelhos se ajoelhou antes do apito inicial, diferente dos russos, e foram inundados pela torcida rival com vaias e gestos ofensivos. A seleção inglesa também recebeu os atos agressivos contra o manifesto antirracista durante a competição.
A FA, Associação de Futebol inglês, chegou a emitir uma nota oficial, pedindo aos torcedores que não vaiassem os protestos feitos pela seleção. Já o técnico inglês Gareth Southgate, em uma carta publicada no site "The Players Tribune", pediu para que os torcedores respeitassem o direito dos atletas de se posicionarem sobre os assuntos que acreditam.
"Os nossos jogadores são modelos. E, fora do campo, temos de aceitar que eles podem desempenhar um papel na sociedade. Precisamos dar-lhes confiança para defender os seus companheiros e as questões que importam para eles. Nunca acreditei que devíamos falar apenas de futebol", escreveu.
"É dever deles continuarem a interagir com o público em questões como a igualdade, a inclusão e a injustiça racial, enquanto tiverem a palavra para ajudar a colocar os debates sobre a mesa, sensibilizando e educando", ressaltou o treinador.
Outro atleta que encarou obstáculos ao se manifestar foi o piloto Lewis Hamilton, quando usou uma camiseta pedindo a prisão dos policiais que mataram Breonna Taylor, jovem americana assassinada por policiais, na cerimônia do pódio no GP da Toscana, em 2020.
A FIA, Federação Internacional de Automobilismo, impôs novas regras na intenção de impedir manifestações durante a cerimônia de premiação, proibindo os pilotos de usarem outras roupas que não sejam os macacões de corrida fechados até o pescoço. Mas após o veto, o heptacampeão mundial apareceu com óculos personalizados no GP da Rússia com a frase ‘Black Lives Matter’ (Vidas Negras Importam).
“Não me arrependo em momento algum. Eu coloco meu coração no que acredito ser certo. As pessoas falam sobre esporte não ser um lugar para política, mas essa é uma questão de direitos humanos.”, afirmou o piloto.
Em vários momentos, o esporte tem deixado de ser apenas uma forma de entretenimento, e passado a ser um catalisador de transformações sociais importantes, combatendo o preconceito e levantando bandeiras necessárias.
A discussão não é nova, mas dessa vez, o grito está sendo mais forte, e tem sido ouvido e replicado em várias partes do mundo, mesmo com as represálias, o que ressalta a importância dos protestos.
E é somente com esse grito, provocado pela força e coragem dos atletas, que uma mudança sistêmica acontecerá, não só no esporte, mas na sociedade.
Elisabete Pinheiro
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Redes sociais influenciam na procura por procedimentos estéticos
Pandemia intensificou a preocupação estética, principalmente com o rosto
A exposição e a busca por estar sempre impecável nas selfies das redes sociais têm refletido na busca por procedimentos estéticos. Em fevereiro, a Academia Americana de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva Facial (AAFPRS) divulgou resultados de uma pesquisa realizada em 2020 com cirurgiões, para entender como a pandemia impactou as tendências da cirurgia plástica facial.
Segundo a pesquisa, a busca por cirurgias plásticas faciais teve um aumento de 33% e os cirurgiões participantes relataram que muitos pacientes aderiram a esses procedimentos estéticos para parecerem melhores nas selfies.
A AAFPRS citou também o fenômeno chamado de Dismorfia do Zoom, um distúrbio psicológico em que o indivíduo fica obcecado por uma falha percebida na aparência durante as reuniões remotas, pode ter contribuído para o aumento de procedimentos estéticos. O termo faz a menção ao famoso aplicativo de videoconferência, muito usado durante o home office na pandemia.
As ferramentas que eliminam imperfeições, como os filtros do Instagram, ganharam força no meio virtual e também estão estimulando jovens e adultos a recorrerem a mudanças estéticas. Cerca de 30% dos brasileiros procuraram por intervenções faciais durante a quarentena, aponta a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). As preferenciais foram principalmente na região dos olhos e do nariz. “Os pacientes passaram a trazer para o consultório, como referência do que querem, fotos de seu rosto modificado com esses filtros”, conta André Maranhão, membro da SBCP.
Para tentar minimizar os efeitos das redes sociais, o Facebook, dono do Instagram, chegou a tirar do ar os filtros que simulavam cirurgias plásticas, como o FixMe e o Plástica, e por um tempo parou de aprovar outros filtros similares, mas voltou atrás.
Elisabete Pinheiro
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O uso das redes sociais pode prejudicar a saúde mental, segundo estudos
O Instagram é apontado com um dos grandes vilões à saúde mental
Um estudo feito pela Royal Society for Public Health (RSPH), instituição inglesa de saúde pública, em parceria com Movimento de Saúde Jovem, identificou que as redes sociais provocam tanto efeitos positivos quanto negativos, principalmente para os jovens.
A pesquisa indicou que o Instagram, aplicativo focado principalmente na imagem, é um dos grandes vilões para a saúde mental dos jovens: ele está relacionado a problemas no sono, na autoimagem e podem gerar até mesmo ansiedade, depressão e distúrbios alimentares. Cerca de 70% dos jovens revelaram que o aplicativo fez com que eles se sentissem piores em relação à própria imagem. Para as meninas esse número sobe para 90%.
Já um artigo feito pela The Atlantic afirmou que o uso descontrolado das redes sociais pode estar relacionado ao aumento considerável de depressão e ansiedade no mundo.
Em casos extremos, quando pessoas passam 10 horas diárias em frente a tela, há forte incidência de anormalidades cerebrais, como Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade.
Cultura do Cancelamento e Saúde Mental:
O termo ‘cancelamento’, que vem ganhando cada vez mais força na mídia digital, ficou muito popular em 2019 e chama atenção por tratar-se de uma onda onde um grupo de pessoas deixa de seguir e apoiar outras pessoas ou empresas, seja elas famosa ou anônima, com a finalidade de puni-las em razão de um erro ou uma conduta reprovável. Porém, recentemente tais atos passaram de uma punição nociva para “linchamentos e massacres”.
Esses comportamentos de tirania e punibilidade que os canceladores geram em determinada pessoa, se aproximam de atos relacionados à violência e exclusão social, podendo chegar ao ponto de abolir alguém do mundo das relações sociais.
Especialistas apontam que é preciso tomar cuidado com a cultura do cancelamento, pois pode causar riscos para a saúde mental das pessoas que são canceladas, gerando desenvolvimento ou agravamento de transtornos mentais, como ansiedade, depressão, pânico com ou sem consumo de substâncias, entre outros aspectos.
Elisabete Pinheiro
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Aplicativo de transportes cria inteligência artificial para proteger passageiras
Para prevenir assédios, aplicativo 99 usa inteligência artificial (IA) que mapeia corridas solicitadas por mulheres
O aplicativo de transporte 99 lançou dois novos sistemas de inteligência artificial (IA) com o foco na proteção das mulheres que, segundo a empresa, representam mais de 60% dos usuários do aplicativo. As inteligências artificiais chamadas de Pythia e Athena são capazes de identificar situação de maior risco de assédio contra passageiras e selecionar para elasm otoristas mulheres ou condutores homens mais bem avaliados na plataforma de transporte.
Os novos sistemas mapeiam as corridas solicitadas por mulheres em situação de maior vulnerabilidade, como viagens à noite, de longa duração, chamadas por terceiros ou ainda partindo de regiões de grande fluxo, como bares e casas noturnas, para previr assédios.
A Pythia seleciona apenas motoristas femininas ou condutores com a melhor qualidade de atendimento para o envio às passageiras em situação potencialmente de risco.
A Athena por sua vez, envia mensagens de conscientização aos motoristas antes do embarque dessas passageiras. Essas comunicações incluem textos sobre a importância de manter o profissionalismo e o respeito.
Resultados:
Em quatro meses de testes antes do lançamento, Pythia diminuiu em 45% o número de ocorrências de assédio contra passageiras, enquanto a Athena reduziu os casos em 17% em apenas uma semana.
"Com essa tecnologia, somos hoje capazes de identificar as situações de maior risco e atuar antes mesmo que um problema aconteça", diz Pamela Vaiano, diretora de Comunicação da 99. "Usar inteligência artificial é o mesmo que ter especialistas em segurança feminina monitorando, 24 horas por dia, cada uma das corridas do app".
99 no combate à violência contra a mulher:
Antes da Athena e da Pythia, 99 já tinha lançado outra AI: A Artemis, que foi desenvolvida em parceria com a Think Eva, Consultoria de inovação social para questões de gênero.
A tecnologia tem como objetivo monitorar avaliações entre passageiros e motoristas após as corridas, a fim de identificar uma série de palavras e contextos que podem estar relacionados a assédios. Assim a tecnologia consegue identifica denúncias de assédio deixadas nos comentários, auxiliando no banimento de agressores e direcionando atendimento humanizado às vítimas.
A atuação da Artemis já possibilitou a identificação e o banimento por algum tipo de assédio de cerca de 730 pessoas por semana, tanto entre motoristas quanto entre passageiros. Além disso, a inteligência artificial é capaz de aprender sozinha novos termos, tendo passado de 350, em 2018, para mais de mil hoje.
Elisabete Pinheiro
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Evasão escolar aumenta durante a pandemia
Mais de 1,38 milhão alunos, entre 6 e 17 anos, abandonaram as instituições de ensino
Segundo pesquisas feitas pelo IBGE, cerca de 5,5 milhões de crianças e adolescentes, entre 6 e 17 anos, não tiveram acesso à educação remota em 2020. A quantidade de alunos que abandonaram as instituições de ensino foi de 1,38 milhão, o que representa 3,8% dos estudantes. Essa taxa representa quase o dobro da média de 2019, que ficou em 2%, segundo a Pnad Contínua.
O déficit no ensino fica ainda mais evidente por conta da desigualdade na conectividade dos lares brasileiros: 4,12 milhões de alunos, 11,2% dos matriculados no ano passado, não tiveram acesso a nenhuma atividade escolar, principalmente por não terem computadores ou telefone celulares em casa.
Levantamentos feitos pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) mostram que quase 40% dos estudantes da rede pública de ensino não contam com um computador e internet em casa, o que dificulta o acesso às aulas neste momento em que a educação está sendo feita de forma remota e contribuem ainda mais para a evasão escolar.
Dados mostram ainda que o menor índice de lares conectados à internet está no Nordeste, com 69,1%. Mais de 30% das residências da região estão offline.
Já na zona rural do país, esse quadro é ainda mais preocupante: menos de 50% dos lares possuem acesso à internet. No norte, 77% das famílias fora da zona urbana estão desconectadas.
Elisabete Pinheiro
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Quando a humanidade fala mais alto

Crônica Jornalística
O jogo entre a Dinamarca e Finlândia tinha tudo para ser apenas mais um jogo da fase de grupos da Euro 2020. Em campo, havia algumas estrelas do futebol europeu, entre elas Christian Eriksen, o camisa 10 que é o principal jogador da equipe dinamarquesa. O jogo corria normalmente entre as duas seleções. No placar zero a zero, com pressão dinamarquesa, até que, aos 42 minutos do primeiro tempo, após uma cobrança de lateral que favorecia os dinamarqueses, Eriksen caiu sozinho no gramado, completamente desacordo.
Rapidamente, Eriksen foi aparado por seus companheiros e pela comissão médica, mas principalmente pelo zagueiro Simon Kjaer, que foi fundamental ao prestar os primeiros socorros ao seu companheiro de equipe. Uma onda de comissão e desespero tomou a atmosfera do estádio. A princípio, se acreditava que Eriksen tinha tido apenas uma convulsão, mas o tempo e o atendimento médico acabaram criando temor e incertezas em quem acompanhava a cena.
O médico da Dinamarca, Morten Boesen, disse que quando se aproximou do jogador caído, ele estava deitado de lado, respirando e pulsando e que rapidamente, o quadro mudou. Então o staff começou uma corrida contra o tempo para salvar a vida de Eriksen. Eles começaram a fazer massagem cardíaca e com a ajuda de um desfibrilador, eles trouxeram o jogador de volta.
Enquanto isso, Kjaer, mostrando que a braçadeira de capitão estampada no seu esquerdo não é apenas uma mera formalidade, formou uma corrente junto de seus companheiros para preservar a imagem do camisa 10, e logo após, junto do goleiro dinamarquês, Kasper Schmeichel, consolou a esposa de Eriksen, Sabrina, que naquele momento já estava em campo.
Naquela hora já estava evidenciado no olhar agoniante da torcida, dos companheiros e dos rivais, que o mais importante era a vida. E não o jogo. O futebol foi feito para unir e não dividir. Naquele momento a vida ficou acima de qualquer rivalidade para nos mostrar que futebol vai além de ser apenas um jogo. Nada fala mais alto do que a humanidade.
Após a reanimação de Eriksen, que durou aproximadamente 15 minutos, os jogadores dinamarqueses, mostrando unidade e o companheirismo, continuaram com a corrente enquanto Eriksen era levado de maca para fora de campo e então, veio à esperança e o alívio. Eriksen estava acordado enquanto saia do campo e foi levado para o hospital mais próximo do Estádio Parken, em Copenhagen.
O jogo foi suspenso por cerca de 2 horas, até que a UEFA, União das Associações Europeias de Futebol, e a federação dinamarquesa divulgaram um comunicado que dizia que o jogador tinha sido estabilizado, estava bem e estava realizando novos exames. Então o jogador fez uma chamada de vídeo com seus companheiros os tranquilizando e pedindo para que eles voltassem para o jogo. O jogo foi retomado e a Finlândia marcou um gol com o jogador Joel Pohjanpalo, aos 14 minutos do segundo tempo. A Dinamarca, que tentou a vitória a todo instante, acabou perdendo a partido por 1 a 0. No final da partida, Christian Eriksen foi eleito o Man Of The Match, em homenagem da UEFA.
O futuro de Eriksen no futebol ainda é incerto. Como amantes de futebol, todos nós gostaríamos de ver o craque dinamarquês de volta aos campos, mas nada é mais importante do que a vida e o bem-estar do jogador de apenas 29 anos, que ainda tem muito mais para viver ao lado de sua família.
Elisabete Pinheiro
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