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eu me perdoo. nos dias em que eu não aguentava estar no meu próprio corpo, na minha mente e na minha alma. quando tudo o que eu sentia era desprezo e vergonha de mim. eu me perdoo. por todas às vezes que me comparava as pessoas e me trancava no quarto chorando. quando para mim, a automutilação era a única coisa que fazia sumir a dor. eu tinha medo de me olhar no espelho e encarar o que tinha feito. não aguentar o peso da própria mente e usar vários remédios. eu me perdoo. por ter sido tão descuidado comigo ao ponto de não querer existir nesse mundo. achar que o álcool e o cigarro era a saída de tudo. descontando a raiva e fazendo coisas que no fundo, eu sabia que me arrependeria. por ter humilhado meu próprio corpo e não ter enxergado o quanto ele era lindo. eu me perdoo. por não ter visto minhas qualidades e ter me rebaixado facilmente para aquilo que me consumia agressivamente. em que eu não acreditava no meu potencial e me sentia pequeno. eu me perdoo, por tudo que fiz comigo sem saber que me afetaria tanto.
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Nunca consegui expor meus sentimentos com facilidade. Quem sabe por mania da alma ou por não conseguir entendê-los e, por isso, incapaz de explicá-los a alguém. Existem dores que não quero mais sentir, então as deixo dentro de mim na esperança tola de desaparecerem uma hora. Gostaria muito de ser o tipo de pessoa que joga tudo pra fora, sem medo de abrir o coração e mostrar o que tem dentro. Mas a única coisa que sei fazer bem é me esconder, deixando os outros com uma grande incógnita sobre o que sinto e sobre quem eu realmente sou. Às vezes deixar a dor me consumir é o jeito que crio para fugir do que sinto de verdade. Me olho no espelho e consigo enxergar uma grande charada em meu olhar, uma que nem eu mesma consigo decifrar. É inaceitável, é cruel e eu choro só de pensar em não me abrir para mim mesma, ou até mesmo para outras pessoas. Às vezes até parece que é o fim, mesmo querendo que seja só o começo para que eu possa me ajeitar nessa bagunça que é meu coração. Enquanto uns descrevem-se como um livro aberto, eu me descrevo como um livro fechado, meus conteúdos são mantidos em um sigilo tão secreto que ficam fora até mesmo do meu alcance, isso é o que mais pesa dentro de mim. Se nem eu mesma sou capaz de entender tudo que há dentro de mim, como eu posso clamar por ajuda? Queria ser capaz de me autoajudar mas não me sinto competente o suficiente para isso e isso me deixa mais triste. Essas minhas tristezas acumuladas, elas se tornam um monstro enorme que me consome de dentro para fora. Sinto como se fosse desaparecer a qualquer momento graças ao meu monstro e eu não sei se devo temer isso ou ser grata a isso. Não sei se prefiro os momentos em que a dor me conforta ou os momentos em que não sei o que sentir. Não sou capaz de saber se um ombro amigo me ajudaria, não sou nem capaz de saber como eu gostaria de estar. Não sei. Absolutamente não sei. Não consigo abrir essa grande caixa de pandora que sou. Sei que isso me incomoda, mas não sei ser diferente.
- Escrito por Camila, Letícia Stéfani, Gabriella e Paula em Julietário.
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seus gemidos tímidos entram pelos meus ouvidos acariciando os tímpanos porque o que mais preciso é saber que você gosta de estar dentro de mim. a sua respiração ofegante não condiz com seu toque apressado que não quer de fato me passear. e no fim das contas sua porra desce pela minha garganta feito supercola que só tem o intuito de me calar em sigilo, vergonha e despeito. vesúvio.
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Tem dias que são escuros, mesmo que o sol esteja brilhando lá fora, dentro de mim sempre haverá uma escuridão. Pois tem amanhecer que não clareia o meu dia.
Caren B.
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“Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei.”
— Oswaldo Montenegro
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“Pensei que haveria um pouco mais de amor para mim.”
— Zélia Duncan.
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em um determinado momento eu parei de me importar com os finais.
você diz adeus, eu também.
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Quando você endeusa alguém, essa pessoa se torna capaz de te mandar direto pro inferno.
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Com o tempo eu entendi que precisava:
recomeçar,
me perdoar,
reescrever,
e principalmente a me amar e reamar.
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