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Oi meus queridxs! Tudo bem? Eu espero e desejo que sim. :) Para alegria de alguns (e tristeza de outros), estou reativando um espacinho para publicações de textos, poemas, poesias, rabiscos, verdades e mentiras... Como sempre foi aqui no Tumblr. Agora, farei isso fora desta rede e espero ver vocês por lá! Agora de início, estarei postando conteúdos novos mas também reavivando alguns antigos aqui do blog. Tem muita coisa que nem mesmo eu me lembro que escrevi, afinal, vai fazer 10 anos que este blog existe. <3 As atualizações e novidades também serão avisadas pelo Instagram que criei recentemente pra isso (@prefira.borboletas). Agradeço a todos por todas as mensagens, e realmente espero conseguir ajudar/inspirar/direcionar mais pessoas através da escrita. Um beijo, Mari Lobo.

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Destinados a quê?

Espera aí meu caro amigo, eu vou discordar de você. Ouvi dizer que estamos destinados a certas coisas, de que não podemos mudar o futuro e que o que o destino colocar na frente, devemos assinar embaixo; não mesmo. Um dia descobri que com o poder da mente, eu posso absolutamente tudo. Tudo bem, eu não consegui trazer coisas flutuando até mim, mas eu consegui visualizar desejos acontecendo duas vezes: na minha imaginação e na minha realidade. Você pode não acreditar, mas um dia nos deram esse poder; é claro que o manual não viria junto, até porque, perderia toda a graça. Nós temos mesmo é que dar com a cara nas paredes de vez em quando, e de repente sermos surpreendidos com flores em nosso jardim. Um dia descobri que até curar relações é possível com o poder da mente. Duvidas disto? Te proponho um desafio: sente-se em silêncio e pense em uma pessoa com que “o santo não bate”, sim, essa mesma! Agora, imagine uma cena onde se encontram e você a trata muito bem, e ela surpresa, te trata da mesma forma. Olha, sugiro que pratique isso até o dia em que encontrar essa pessoa por acaso nas ruas, e eu te prometo, você terá quebrado um elo desnecessário e purificado essa relação com a tua mente; não, essa pessoa não irá pular em você lhe pedindo abraços, mas as energias se cruzam e o coração sente. Balela? Pode ser... Talvez eu seja só mais um ser que acredita no poder da mente, só mais um ser humano ainda mais maluco que acredita nas linhas formalizadas pelo cientistas... Ah, meu caro amigo, eu sonho alto... Eu crio coisas, eu curo pessoas! Agora, não me venha com esse papo de que eu tenho que concordar com as circunstâncias... Eu as crio. Meu silêncio realiza. — Prefira Borboletas

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A pressão está vindo de todos os lados

Ei senhor, que horas são, por gentileza? Já passei da idade de ter certeza sobre o que quero ser pro resto da vida, mas prefiro essa inércia, sabe como é, fazer as mesmas coisas. Mas, antes que eu caia nessa teia, quem foi que definiu essa idade da decisão? Sabe-se lá, mas foi alguém extremamente egoísta que se sentiu no direito de gritar pro mundo que encontrou seu caminho e que isso deveria acontecer igualmente com todos, e pra já. Ouso dizer que a primeira pessoa a se encontrar por aí não devia ter menos que seus 20 anos de indecisão somado aos 30 da descoberta. Claro que foi um cinquentão; o destino não entregaria pistas rapidamente pra ninguém, senão, perderia toda a graça. Antes que eu caia nessa teia, quem foi que disse que destino é a gente quem faz? Sabe-se lá, mas foi um tremendo de um mentiroso, e por culpa dele, nós sofremos até hoje. Você já reparou como nos pegamos perdidos tentando traçar um caminho feliz e que faça sentido? Nós acreditamos que um destino poderia ser moldado, e os que não acreditaram nisso também estão sofrendo, pois qualquer maldade que aparece em seus caminhos é por conta do destino, como se fossem merecedores de alguma dor. Essa coisa de destino é de pressionar em qualquer fase, e o pior: a pressão tem vários trajes. Ela apropria-se de um executivo para te cutucar, ela entra no meios das palavras de amor que esperamos ouvir de pessoas próximas e mancha tudo, como um respingo de tinta na parede. Ninguém a chamou, mas ela é moda, a pressão precisa existir e marcar presença. Nós não passamos de reféns, das pressões e do destino... Eles nos apressam, nos fazem ter que adotar títulos repetidos quando na verdade gostaríamos de inventar um novo título, mais aberto e menos burocrático, mas isso nos exigira tempo, vivências... Ninguém tem tempo pra isso! A moda foi ditada. Aliás, apresse-se com este diploma e cole-o na parede de casa, é felicidade garantida. Logo ali na esquina, você consegue comprar um destino premiado por uma parcela de 100 reais mensais e um certificado ao final.  Você ainda não escolheu o seu traje? Que atraso. Mas calma, antes que eu caia nessa teia, só queria esclarecer que esses respingões de tinta que acabei de fazer na parede são resultantes de uma onda de pressão que vinha vindo por ali, mas sabe o que eu fiz? Nada. É isso que a mata. E infelizmente, é por isso que ela sempre volta. — Prefira Borboletas

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Fique triste sim

Nunca entendi a razão de esconder ou engolir o choro, e por isso mesmo é que sempre me tranquei no quarto para o fazer à vontade. As pessoas gostam de parecer fortes para que assim, as outras pensem duas vezes antes de machucá-las... Acham que as outras vivem querendo fazê-las mal, e se mostrarem que não se importam ou que se quer irão chorar, as outras desistam desse feito. A verdade é que você nunca pode estar triste, você deve sempre ter o “estou bem” na ponta da língua para qualquer “como vai você”. Um dia alguém fez a besteira de dizer que mentir é mais fácil, que poupa tempo e livra de explicações. Confesso, concordo em partes, porém costumo pensar e comprovar que há pessoas que realmente estão interessadas no seu estado de espírito, e ainda melhor, com as palavras mágicas de consolo na ponta da língua. Só a gente sabe como dói ainda mais quando se precisa esconder um medo ou uma tristeza, parece que a praga cria força e começa a balançar tudo lá dentro e é justamente por isso que incentivo o choro, incentivo o grito de desespero em meio a uma multidão contente. Alguns de nós precisa mostrar pra essa gente que estar triste não é um bicho de 7 cabeças, é completamente natural e muitas vezes preciso, afinal, é como dizem por aí: qual o gosto da alegria se nunca experimentamos a tristeza? Quero me pegar a chorar quantas vezes for preciso. Quem experimenta sabe que limpa a alma, e quem experimentou compartilhar suas dores, sabe que é o melhor remédio pra desatar aquele nó da garganta; nem pelo conselho, mas simplesmente por colocar pra fora. As tristezas ficam fortes quando as escondemos em meio a sorrisos e falsos “está tudo bem”, afetam não só a nós mesmos mas todos que estão por perto tentando nos ajudar... Nos tornamos bombas, prestes a explodir e ferir a todos a qualquer momento. Fique triste sim. Permita-se ser o mais humano que puder. Pessoas frias adoecem muito mais. Cure-se disso tudo. — Prefira Borboletas

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Mensagem de um ponto de ônibus

Olha aquele garoto ali. Ele pega todos os dias o mesmo ônibus que eu. Ele se quer imagina que eu reparei nisso, a não ser quando a gente bate os olhos rapidamente e desviamos logo em seguida como se fosse proibido olhar, mas é que a gente nem se conhece. E a gente nem quer se conhecer, senão teríamos achado qualquer razão pra puxar papo. Ele com certeza é mais novo do que eu.  Reparei que as vezes ele finge levar as mãos ao nariz para coçar, e logo as desce levando a manga do moletom até a boca e fica mordendo, como uma mania. Reparei também que ele está sempre de fone. Quando qualquer pessoa se aproxima, ele aperta o botão que segue no meio do fio; ele pausa, depois de um minuto, ele clica novamente, e a música volta a tocar. Parei pra pensar que talvez ele espere que alguém fale com ele. Qualquer coisa; um “com licença” para sentar ao lado, um bom dia engasgado de alguém que se importe em fazer média com desconhecidos, como eu. Nunca o dei bom dia por um motivo simples: ele não pausa a música quando me aproximo. Acho que os nossos santos não batem. O dele não bate com o meu. Ou talvez seja só medo. Eu falo bastante e com certeza ele já deve ter visto, pois chego conversando sobre qualquer besteira com o cobrador que já é um conhecido.  Dia desses, parei pra reparar em outras pessoas que encontro todos os dias fazendo o mesmo trajeto que eu; e pensei: será que alguém reparou em mim? Será que nos dias que não percebo se as pessoas que estão ao meu redor naquele horário são as mesmas, alguém percebe que eu estou distante e que talvez eu esteja com problemas demais para me importar com isso? Será que se eu der um bom dia carregado de sorriso para qualquer uma dessas pessoas o meu dia se enriquece ali mesmo? Com certeza. E eu o fiz. Que dia bonito! Nós somos as pessoas mais carentes do mundo, não é mesmo? E meu caro, às 7:00 AM mais ainda; ali, num ponto de ônibus, ninguém sabe o que o dia prepara, ninguém sabe o que lhe espera no destino que lhes é de direito... Talvez muitos ali estejam com medo ou até mesmo explodindo de felicidade, apenas esperando uma oportunidade para conversar com qualquer um que se aproxime, porque felicidade tem disso, ela pula da gente em palavras e gestos. Nós temos medo de dar espaço às pessoas, mas já pensou que delícia gostar disso? A vida de todos é como um ponto de ônibus (coração de mãe já está batido), cabe sempre mais um à esquerda ou à direita em qualquer momento, independente de qualquer parâmetro.  Olha aquela garota ali parada no ponto de ônibus, reparando delicadamente cada um que se aproxima de uma forma pura, mas como todos estão com medo dos julgamentos, a olham com a expressão “tá olhando o que?”. Que um dia a gente consiga acabar com isso; que reparar em alguém não seja sinônimo de crítica, mas de a conhecê-la para dar espaço, ou simplesmente para invadir o espaço que ela der para enchê-la de pequenas coisas boas. — Prefira Borboletas  

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22/06/2015 - O Prefira Borboletas completou 5 anos.

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Sorria, acabou.

Chora não, meu bem. A vida é este ciclo mesmo. E eu sei que você também sabe, e por isso, sorria. Talvez você esteja achando que essas coisas só acontecem com você, mas olha, a gente pensa isso tantas vezes e sempre tem gente na pior. Não, eu não quero te desanimar e nem mesmo te fazer comparar as derrotas com a vida alheia.  Ei, nós precisamos da derrota. Afinal, qual o gostinho de ganhar se não soubermos quão terrível é perder? Sim, eu também estou falando dos amores. Se ele acabou, sorria! Pode ser que esteja doendo agora, mas mais vale uma dor com data pra acabar do que uma dor que te arranca um pedacinho de pele todos os dias. Se não consegue sorrir, acabe com isso. Isso o quê? Isso que te trava o riso. Ninguém vai te contar piadas todos os dias pra que você sorria. Veja só, a grande piada é a própria vida... Piada mesmo, é você ficar em casa esperando ela passar, esperando pela grande felicidade, esperando pelo grande dia em que você terá o maior amor do mundo. Não, a felicidade está no agora. O agora constrói o futuro. Faça suas pequenas alegrias. Sorria para estranhos. Sorria quando alguém disser que algo acabou, encoraje-a e diga: Ótimo, você pode começar de novo. Começar de novo é revirar o passado e reciclar os acontecimentos usando só as coisas boas. Começar de novo é divino, e um começo só é possível quando algo termina. Esqueça as mágoas, esqueça o que poderia ser... Sorria pra quem te deu essa oportunidade de renovar os trilhos, o trem precisa viajar muito mais por mil caminhos... Sorria meu amor, acabou. — Prefira Borboletas

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Como é que faz?

E depois, como é que faz pra tirar o escudo? Como é que faz pra mostrar que de rumo certo na minha vida não tem nada? Como é que é contar que eu não quero estudar nenhuma das 6 coisas que pensei há 2 anos? Como é que faz pra cumprir as promessas que me fiz? Como é dizer que toda essa postura não existe e que apresso o passo pra chegar em casa e poder desmontar? Como é que se diz pra colegas de farra que você não suporta mais ver a cara deles, de segurar pessoas caindo bêbadas no seu colo e que você só queria estar em casa com alguém? Como é que se conta pra uma mãe que você é a má companhia, que de virgem não é nem o signo e que sempre soube que as fábulas eram mentiras porque seu cachorro nunca te respondeu?  Como é que faz pra desmontar as minhas verdades e começar novas porque as que montei eu não estou aguentando com o peso? Como é que eu acabo com essa carcaça de pessoa fria quando quero sair declarando amor até para pessoas desconhecidas? Como é que faço pra enxergar as pessoas como todos os outros e esquecer a figura maravilhosa que eu criei pra cada pessoa da minha vida? Como é que faz pra jogar tudo pro alto quando há até pessoas em suas mãos?  Como é que se diz na porta de uma igreja: eu tô pouco me lascando para todas as religiões! (?) Como é que faz pra começar o que eu nem comecei e pensar que eu tenho todo o tempo do mundo pra fazer tudo que quero? Como é que explico pra mim as coisas que eu quero fazer sendo que nem pro papel elas conseguem passar? Como resolvo essas equações de segundo grau sendo que me perco nas contas de divisão? Como digo pra garçonete que ela não merece o caixinha de R$0,50 porque ela não sorriu pro moço que entrou no estabelecimento com cara de quem não podia pagar nem uma bala? Como faço pra entrar na fila pra dizer pro Frejat que concordo com ele e que também procuro um amor que seja bom pra mim, que nessa eu vou até o fim? Como é que eu falo pro futuro que eu não quero estar no topo da empresa coordenando as festas da firma? Como é que eu conto pra alguém que eu penso em cada passo por ela, ao invés de pensar em mim? Como é que eu digo no espelho que me tornei um ser tão sem nada sendo que tive tudo pra ser tudo? Como é que eu tiro um budista do sério? Como é que eu digo pra essa pessoa que está lendo que ela se identifica com várias coisas desse texto mas que joga todas elas pra baixo do tapete? Como é que eu conto pra secretária da consultoria de profissões que ela deveria passar por uma sessão e sair de trás do balcão também? Como é que eu conto com coragem que eu tenho mil coisas pra fazer, e que todas elas estão ao meu alcance, mas que não faço nem 3? Como é que eu faço pra dar amor só pra quem quer recebê-lo? Como é que eu pratico o ditado "quem não bate, apanha"?

Como é que podemos ver tudo isso de forma alegre e leve sem se pegar no meio de surtos e crises existenciais? Queria eu responder só a última pergunta, pra resolver todas as outras. — Prefira Borboletas

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De vez em quando, o que é que tem?

De alma leve, cresci livre. Livre até pra sair de casa bem nova, mas mais do que isso, livre dentro de mim pra me permitir ser quem hoje sou, assim, com esse gênio nem tão ruim, mas que deve ser tratado com cuidado sim. Sendo livre, sigo sendo essa pessoa que acha que mudar de opinião faz bem, que isso não tem nada a ver com falta de caráter... A opinião é passageira, e ela não tem nada a ver com a certeza, já que cada ser humano carrega dentro de si uma verdade que para ele está acima de todas as coisas. De vez em quando me bate uma vontade de ser só, de ser vazia até de amigos só pra saber ver o mundo de outra forma. Eu tenho essa coisa de sentir pelos outros, de chorar pelos menos e posso dizer humildemente que também me alegro com os que eu amo em suas vitórias mesmo que não me envolvam em parte alguma. De vez em quando quero ter alguém. Alguém que eu sempre sei quem é. Sempre soube... Alguém que me chame numa sexta-feira pra um programa bem clichê... "Ei, topa ver um filme e comer alguma porcaria?" ... Mas sabe, de vez em quando quero ser a solteirona da turma pra sair sem dar satisfações na sexta-feita e voltar no domingo, de preferência na hora do almoço com cara de cachorro molhado, engolindo um Bom Dia, passando correndo pelo canto da cozinha onde minha família almoça. Ah, de vez em quando quero receber uma ligação no meio do dia, da mesma forma que de vez em quando, nem o modo avião é suficiente pra fazer com que eu fuja das notificações do celular. Minha alma leve não me deixa entender como algumas pessoas precisam viver de situações definitivas. Poxa vida, será que não lhes soa natural em um dia estar triste e no outro feliz? Somos humanos, galera. Vamos nos permitir. Essa mudança de desejos ao longo da semana, e de vez em quando até no dia, me faz um bem lascado. Ai de quem ainda não se permitiu.  Quero estar rodeada de pessoas onde eu possa ser leve. Onde num dia que eu queira pecar de todas as formas, seja pacientemente compreendido como um dia que eu queira me ajoelhar no altar da igreja e pagar de santa.  O que é que tem se permitir, de vez em quando? — Prefira Borboletas

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Sobre amar a si mesmo, antes de amar o próximo

Um certo dia alguém disse em algum canto do mundo que para amar o próximo, é preciso nos amarmos primeiro, e por algum motivo, eu repeti isso diversas vezes sem ao menos entender de verdade. A princípio pensei em me amar para que quando eu amasse alguém, e este alguém me machucasse, eu parasse pra pensar em mim e fugisse... Salvando a minha cabeça e o meu coração. Mas, cai entre nós... Não seria tremendo egoísmo? Está certo que quando alguém que amamos nos machuca, nem sempre estava com boas intenções, mas não é por conta de um erro que ela deve passar a ser vista como o pior ser humano do mundo, porque um dia nós a idealizamos dentro de uma bolha de cristal, transparente e perfeita. É fato que nunca conhecemos uma pessoa inteiramente, mesmo que vivamos com essa pessoa por 10, 15 ou mais anos... Há coisas em todos os seres que somente a eles diz respeito. Nós nunca nos mostramos integralmente pois como já fomos machucados algum dia nessa vida, precisamos guardar algo de escudo, mesmo que ele nunca precise ser usado, seja para consolo pessoal, ou até mesmo para vingança, pois somos rancorosos. Todo erro cometido pelos outros contra nós, simplesmente condenamos. Mas, quando a situação é ao contrário, nós vamos até o fim do túnel achando um motivo para amenizar o julgamento alheio e mostrar que tivemos razão para fazer aquilo e que por isto, merecemos perdão. Hipócritas, não? Porque pimenta no olho dos outros é refresco... Ou seja, a questão de aprender a amarmos a nos mesmos, diz a respeito de nos colocarmos no lugar das outras pessoas o tempo inteiro, não importa qual a circunstância. Para amar o próximo precisamos nos amar primeiro, pelo simples fato de compaixão, e não fazer disso um gesto de egoísmo.  "Eu me amo e preciso me salvar." Não! "Eu me amo, e assim consigo te amar, e por isso, consigo entender o meu e o seu lado, seja qual for a situação." — Prefira Borboletas

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Engraçado que sempre que entro aqui encontro uma frase para o meu dia. Quanto à esta que li hoje sobre esperar e continuar esperando, vale a pena?

A gente nunca sabe o que vale a pena ou não até que a vontade de esperar por isso tenha sido saciada ou tenha realmente passado… As coisas valem pro momento, da mesma forma que o que hoje te faz chorar, amanhã pode te fazer rir. Costumo medir o que vale a pena insistir na minha vida, pelo tanto que me é saudável. Se a espera me dói um tanto simplesmente por ser incerta, eu posso lidar, isso pelo imenso sentimento de bem que sinto por alguém, por exemplo, (contando que esse sentimento de bem só existe quando este alguém não me fez mal), pois isso me ajuda a suportar, então continuo nela, na espera. Mas, se não consigo lidar e isso trava meus dias, logo, não me é saudável, e se não me é saudável não tenho que correr atrás mais, nem esperar que venha até mim… E então deixo ir, mesmo que doa um pouco mais, mas pelo menos a pancada é uma só! :)

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Acredito que tu exploras muito bem teu Universo, mesmo que muitas vezes ele se resuma a tentar se infiltrar no de outra pessoa. Pois somos um tanto parecidas, por mais que o mundo exista e gire conforme a sua velocidade. Pessoas como nós conseguem flutuar pela imensidão de nossos próprios universos, podemos estar onde quisermos, pois nossa imaginação nos leva lá. Fecho meus olhos as vezes e consigo imaginar-me à voar. Assim são as tuas palavras que leio todos os dias, me fazem voar!

Essa é a intenção das palavras, fazer com que possamos ir a lugares (e pessoas) que talvez jamais iremos, não por falta de vontade, mas porque pra algo acontecer, todas as coisas precisam cooperar. Eu exploro meu Universo interior como exploro o externo. Não suporto economizar vida. Choro o dia todo se isso me fizer sentir mais viva, da mesma forma que posso rir e aproveitar o dia comigo mesma sem me sentir solitária. Essa é uma arma que temos e não sabemos usar: estar a sós com nós mesmos. Flutuar nessa imensidão que é o nosso próprio ser é um presente de paz pro próprio espírito. Ah! Eu fico extremamente feliz em saber que todos os dias, pessoas parecidas passam por aqui ler as minhas palavras. Me sinto rodeada de amor e paz! :)Gostaria de responder todas as asks e publicá-las, mesmo as anônimas, mas sei que fica chato. Quem preferir pode deixar um Email ao fim da mensagem que retornarei sem problemas, e será um prazer. Obrigada pela companhia! Leio todas as mensagens, sempre.

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O ponto da vida

Um ponto a ser resolvido, ou simplesmente observado. Da mesma forma que me peguei olhando pro nada, estava pensando em tudo. O tudo é assim mesmo, ele surge do nada, mas não vai embora assim tão fácil... Apenas se torna, permanece. Você se tornou, apenas permaneceu… sendo tudo, mesmo que hoje seja para todos, um nada, da forma que também deveria ser para mim. Ah, mas eu... Eu sempre fui me usar as desculpas mais mentirosas pra acalmar meu coração, pra me ver sorrir por uns 4 dias e guardar as saudades, crises de choro pra um ou dois dias da semana, aqueles que você decreta hibernação: cama, coberta e comida. Há um ponto que sempre me pego nele, distante... Lá eu vejo tudo, sinto tudo, mas ele é no meio do nada pois é nesses pontos que a vida costuma se resumir. Sei que vai andar quilômetros e quilômetros desse mundo procurando por algo em lugares e até em pessoas, mas a vida de todos resume-se num só ponto que não cabe a nós achá-lo, ele aparece quando quer e só deixa você sair dele depois de ver e sentir tudo. Rezo dia e noite para que você o encontre, pois como eu adoro me conformar com mentiras esfarrapadas, penso que talvez eu esteja lá e você encontre sentido nessa confusão, e que nesse ponto, eu seja uma das pontas que fecha o círculo. Perco as contas de quantas vezes passo por esse ponto, e lá, te vejo te todas as formas, te abraço, te pego pra sempre, mas nunca consigo te trazer pro lado de cá. A mente é mesmo uma arma, mas na sua, eu morreria da melhor forma. — Prefira Borboletas

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Silêncio escuro, mas transparente

Não consigo explicar o porquê de que quando penso em silêncio, me vem imagens de escuro na mente... Mas cheguei a conclusão de que deve-se ao motivo de remeter à solidão, e ela é escura, causa medo, terror... E convenhamos, nós fugimos o tempo todo do silêncio. Naquele canto silencioso da noite, de todos os cômodos da casa vazios, lá vamos nós coloca um "sonzinho".  A verdade é que morremos de medo de deixar espaço pra nos encontramos com nós mesmos. O silêncio faz com que todos os barulhos da mente gritem muio alto, a tal ponto de sentirmos vontade de chorar, e ali, no escuro e no silêncio, nos permitimos a esse maravilhoso feito que é chorar, mesmo que baixinho, e até escondido...  Essa "escuridão" que é o silêncio, é a forma mais clara de conhecimento de todas as coisas. O silêncio mostra, responde, imagina, cria e realiza. No nosso silêncio muitas coisas estão sendo planejadas e muitas já acontecendo em algum cantinho desse enorme universo, nada mais nada menos porque o silêncio verdadeiro é um estado mental, que tem poder para o bem e para o mau, diga-se de passagem. Já me peguei em completo silêncio em meio a uma multidão falante, da mesma forma que já me peguei gritando por dentro sentada num banco de uma igreja silenciosa. É bobeira nossa achar que o escuro envolve o silêncio, e pior é fugirmos dele, pois quando as luzes se acendem, nem tudo que refletir brilho vai nos fazer sorrir. Um dia, li em algum lugar que "o silêncio nos mostra que o todo o barulho era desnecessário", isso se captarmos sua essência e sabermos desfruta-lo sem mimimi existencial. O silêncio é tão nosso companheiro quanto nós mesmos. Lamentável é ver pessoas que ao se depararem sozinhas sentem-se abandonadas e solitárias. A partir do momento que aprendemos a fazer coisas que satisfazem somente a nossa alma, ficar sozinho não mais será um problema, mas um prazer. E no meio disso tudo, o silêncio será só mais uma melodia da sua playlist favorita. — Prefira Borboletas

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Estou em todos os lugares

Ah se soubessem como é difícil me prender... Eu vivo por todos os lugares, nunca estou aqui e nem lá. Não estou nem aí! Não tenho vergonha ao dizer e pensar que passando dos vinte e tantos, ainda não sei onde quero "criar raízes" pois sempre fui do tipo que quer tudo ao mesmo tempo. Hoje eu quero estar aqui no meu sofá, mas amanhã vou querer estar no Caribe pagando de rica, mas depois de amanhã já irei querer estar numa barraca no meio de uma floresta qualquer vivendo com pouca comida, e mesmo assim, jamais me sentindo pobre. Calma, eu prometo que não vou apelar pro clichê que eu sou rica por dentro. Tá, tudo bem, pode ser que sim (para alguns), mas essa mania de querer tudo e todos os lugares só me faz pensar de que estou completa. Ah, e aí você me pergunta: Completa de quê se nada está bom pra você? E é exatamente aí que você se engana. Essa coisa de querer todos os lugares, de querer ir e vir quando me dá na telha é o que me completa. Eu realizo todas as minhas pequenas vontades e isso me torna uma pessoa completa. Tudo bem que alguns até acham que eu nunca vou ser nada na vida, nunca vou ter uma família por ser maluca desse jeito, inconstante e nômade... Mas eu já tenho tudo isso, eu já sou alguém. Quanto a ter uma família, eu já tenho, se é essa a resposta que procuram. Ou quem me trouxe foi a cegonha? Façam-me rir. Claro que quero construir a minha família, mas é consequência das minhas rotas... Uma hora vai aparecer alguém, uma hora eu vou aquietar num cantinho e ficar ali, fisicamente, já que mentalmente eu estou em todos os lugares. Pobre de quem tentar me fixar num lugar só, terá stress e decepção. Deixei-me assim, livre... E eu sempre irei voltar.  Quero me completar nessa leveza de ser, de me permitir ser o que eu quiser na hora que eu achar que convém. Você pode até achar que eu sou uma rebelde sem causa, mas eu sou bem cuidadosa com tudo e todos. Eu só quero aproveitar os lugares, essa vida que é tão corrida. Pra quê parar num cantinho só quando tudo pode ser provado? Ah... Eu tenho certeza que Deus, ou o que vocês acreditarem, não criou esse universo gigante com bilhões de pessoas pra que cada uma escolhesse um buraco para entrar e ficasse ali até morrer. Ah, disso eu tenho certeza! — Prefira Borboletas