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Hi Mom! I'm married. || POV
A relação de Aisha e Serena não era algo fácil de ser explicado. Mãe e filha sempre foram muito unidas, mas, ao mesmo tempo, eram iguais demais para que não existisse qualquer tipo de conflito quando estavam juntas. Nada realmente grave, não era como se odiassem ou não pudessem se ver, contudo, as constantes mudanças de humor dentro da casa e a grande falta que sentia do pai fizeram com que Aisha quisesse sair do México e correr para os braços do pai no Líbano. Tinha quatorze quando chegou no país árabe, no começo havia sido um pouco difícil já que seu árabe estava completamente enferrujado e a total falta de noção do próprio pai em cuidar de uma garota adolescente, mas apesar dos pesares, os dois se davam muito bem e toda adaptação fora mais fácil com a ajuda de Samir.
Aisha falava com a mãe pelo menos uma ou duas vezes na semana, as vezes passavam horas no telefone, o que deixava seu pai levemente irritado por conta das tarifas internacionais, mas nada que Aisha não conseguisse amansar a fera depois, alias, a garota sempre conseguia colocar o pai no bolso e Samir não conseguia e provavelmente não gostaria de ter pulso firme com a filha. Sentia falta da garota mais do que conseguia imaginar sentir quando se divorciou de Serena, logo, tê-la novamente era mais do que qualquer tipo de regra inquebrável ou gastos a mais por causa do telefone no fim do mês. Aisha foi a primeira a concordar em se mudar para o Egito quando o Líbano não estava rendendo muitos frutos, tinha ideia de como teria que ser mais cuidadosa em relação ao seu comportamento já que o país ainda era um pouco parado no tempo em relação a religiosidade, mas tinha esperança de ver seu pai mais feliz visto que nos últimos meses em Beirute a face do homem estava sempre franzida como se exalasse preocupação a todo segundo. E ela não estava errada, não poderia ter feito melhor escolha, afinal, se o destino não existisse ela corria o risco de nunca ter conhecido o amor da sua vida na terra dos faraós.
Depois de começar a namorar Hassan, Aisha continuava a falar com a mãe, mas não havia contado que iria se casar. A garota sabia que ela não conseguiria ir até o casamento por tantos fatores que era até difícil admitir e, por isso, não queria magoar a mãe por se casar sem a mesma. Mas, a morena não queria passar mais um dia sem ser casada com Hassan, além de Samir e Dalila que insistiram até demais pra isso acontecer antes que os dois não segurassem mais os hormônios dentro das caixinhas, assim, acabou omitindo essa parte à mexicana e talvez fora uma das coisas mais dolorosas que fez até ali.
Agora, Serena estava esperando no aeroporto de Liverpool. Quase sete anos após terem se visto pela última vez. Aisha não conseguia segurar o imenso frio que sentia na espinha. Tanta coisa havia mudado, muito mais que o casamento, era tudo diferente no momento e a mais nova tinha certo receio do que sua mãe pensaria, se gostaria ou qualquer coisa do tipo, afinal, tinha criado certa expectativa na visita da mãe e temia que tudo fosse por água abaixo por uma inconsequência sua anos antes. Estava parada ao lado do carro que havia ganhado de Hassan, nada popular para dizer a verdade e era mais um dos motivos por Aisha estar ansiosa demais já que não sabia o que Serena pensaria que ela estava fazendo pra se manter daquela forma. Os olhos passavam para a tela do celular a todo minuto, hora olhando as horas, hora procurando alguma mensagem ou chamada da mais velha. Até que finalmente a notou saindo pelas portas com algumas muitas malas nas mãos.
Serena sempre fora uma mulher bonita, daquelas que irradiava confiança e qualquer outro tipo de sentimento que poderia ser confundido com arrogância. Era fácil notar porque Samir havia se apaixonado, até parecia andar em câmera lenta a medida que se aproximava de Aisha, esta que jazia com as sobrancelhas franzidas tentando segurar o nervosismo. “Achei que não ia chegar nunca mais, parecia que tinha entrado em um buraco negro.” Serena tagarelava enquanto deixava as malas no chão. Foi então que Aisha não segurou o choro preso na garganta quando a abraçou com certa urgência. Serena não havia mudado nada e ela não sabia que sentia tanta falta da mãe até aquele momento. “Talvez mais pra frente eles inventem o teleporte, não vai ter mais esse problema.” Aisha disse rindo depois de se afastar da mãe, ainda limpando as lágrimas do rosto. “Dios mio, Aisha, olha como você está!” Serena segurava o rosto da filha com as duas mãos como se estivesse apreciando o rosto de uma criança muito fofa. “Eu não sei se fico feliz por isso ou triste por notar a minha idade chegando.” brincou a mais velha. “Deveria estar feliz, não viu o tanto de olhos viraram pra você quando saiu daquela porta.” Aisha sorriu com o canto dos lábios. “Quem sabe não me caso de novo com um estrangeiro, não é mesmo? Nunca se sabe.” Serena ergueu os ombros divertida enquanto Aisha apenas franziu os lábios sem saber muito bem o que falar.
A filha ajudou a mãe a colocar as malas no porta malas gigantesco do carro antes de entrarem no veículo para, finalmente, sair do aeroporto indo em direção a casa de Aisha. Ela não havia comunicado a mãe seu casamento e muito menos quem era o marido, apenas disse que sua vida tinha mudado depois de chegar na Inglaterra e que iria explicar melhor quando as duas se vissem pessoalmente. Por todo o caminho, Serena tagarelava sobre o voo, sobre os últimos anos no México e qualquer coisa que viesse na mente. Aisha retribuía a conversa quando conseguia falar, mas não conseguia deixar de transparecer o nervosismo ao saber que a hora de contar a mãe que já era uma mulher casada e com um jogador de futebol. Serena parecia ter notado toda a tensão, mas não queria deixar Aisha ainda mais desorientada do que já aparentava estar e por mais que a curiosidade parecia transbordar em sua cabeça. Não demorou muito mais até chegarem em casa, a mulher estacionou o carro na frente da garagem da casa, saindo do carro em seguida para tirar rapidamente as malas da mãe do porta-malas do carro. Já a mãe estava um pouco encantada demais com a casa que via no momento, com certeza não era a maior que já havia visto, mas nem de longe imaginou que a filha morasse numa casa como aquela e foi nesse momento que Serena finalmente tocou no assunto da vida nova da filha. “Hum... o carro eu até entendo que poderia ser alugado, mas essa casa? Aisha, o que aconteceu com você?” se aproximou da mais nova, mais uma vez segurando o rosto alheio entre as mãos. “Eu não vou te julgar, minha filha, pode contar tudo pra mim.” o cenho da mais velha estava franzido quase como se quisesse ler a mente da da filha, não tirando os olhos dela. “Mãe, eu não sou prostituta. Nem traficante. Calma.” disse antes de qualquer coisa, Aisha conhecia a mãe bem demais pra ter certeza que ela estava pensando naquilo. “Eu não...” protestou. “Okay, eu pensei nisso sim. Mas se não é isso, como conseguiu? Não estou te desmerecendo, mas eu tenho certeza que seu pai não tinha nenhum tesouro guardado enterrado em alguma tumba daquele lugar.” Aisha riu com as palavras de Serena. “Não, meu pai não era um faraó que escondia um tesouro. Vem, mãe, a gente tem muita coisa pra conversar.” disse, entrando na casa.
Hassan não estava em casa aquela hora, ainda estava no Melwood e só chegaria perto do fim do dia, então a casa estava sozinha para as duas conversarem como bem entendesse, o que se dependesse de Aisha, duraria horas a fio. Os olhos de Serena pareciam atentos a tudo ali dentro, como a própria Aisha havia feito quando chegaram na casa nova, e notava que a mãe estava realmente impressionada com aquilo tudo. Contudo, a filha queria mesmo conversar com a mãe antes de perder a coragem, assim, teve que tirar a mais velha do transe antes de começarem a conversar. Assim, ela levou Serena até o sofá mais próximo, sentando-se ao lado dela para dar um tempo antes de começar a falar. “Mãe, antes de qualquer coisa, eu quero que não me odeie pelo que eu fiz.” talvez não fosse a melhor forma de começar uma conversa séria já que Serena parecia ter visto um fantasma, ao mesmo tempo, preferiu seguir calada dando espaço para que sua filha voltasse a falar. “Depois que fomos para o Egito eu te contei que tinha conhecido um certo rapaz, e aí começamos a namorar por um tempo, papai queria matar ele, mas seguimos firmes, ou quase isso.” engoliu em seco, mantendo os olhos na mãe, que a olhava de volta com uma enorme interrogação em cima da cabeça. “E depois do namoro teve o noivado e...” Aisha fez uma pausa quando Serena a interrompeu. “Você é noiva? E você não me contou?” nesta hora, Aisha parecia que iria desmaiar. “Não só um noivado... Eu quero que saiba que eu queria mais do que tudo que você estivesse junto comigo e eu queria muito contar, mas eu fiquei com medo do que você fosse dizer, ao mesmo tempo que tinha meu pai de um lado insistindo muito nisso sem falar que eu queria realmente agarrar o Hassan de uma vez por todas.” fechou os olhos e parou um segundo pra recuperar o fôlego depois das palavras terem saído como tiros de uma metralhadora. “E então eu casei. Faz três anos.” abriu os olhos devagar, tendo a visão aos poucos de sua mãe completamente paralisada. “Antes que fale qualquer coisa eu te amo e aqui a pena pra homicídio é perpetua.” deu um sorriso amarelo.
“Por que você não me contou? O que eu faria com você? Te enforcaria pelo telefone?” Serena tinha a voz baixa, era visível a mágoa em sua voz e por mais que Aisha tentasse contornar a situação, ela sabia que havia magoado muito sua mãe e sabia que dali para frente iria fazer qualquer coisa pra não chateá-la mais. “Mãe... eu não sei o que eu tinha na cabeça, eu fui morar no Líbano, você acha que eu tenho algum tipo de juízo?” suspirou pesadamente. “Realmente, juízo nenhum. Mas você tá me devendo muita coisa a partir de agora.” a mãe sorriu com o canto do lábio, abraçando a filha e a trazendo junto a si. “E eu queria ter te visto de noiva, você deve ter ficado tão linda.” Aisha sentou-se ereta novamente. “Nem tanto, mas eu tenho o álbum aqui, a gente pode ver.” lembrou. “Eu vou adorar ver enquanto você me fala o que tem de tão maravilhoso nesse Hassan.” Serena riu erguendo uma das sobrancelhas na direção da filha. “Mãe, Hassan é a melhor pessoa no universo. E ele tem um caráter enorme.” a moça riu. “Eu prefiro saber dos atributos abstratos mesmo, garota.” Serena gargalhou, escondendo o rosto nas mãos. “Eu não disse nada, você que não tem limites.” Aisha disse se afastando para pegar o álbum mencionado. O dia só havia começado e ela sabia que com certeza seria um dos melhores dias da sua vida quando a mãe finalmente conhecesse seu marido ‘misterioso’.
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pharaohhassan:
“Eu também adoraria conhecer esses lugares. Eu só estou conhecendo países novos agora, mas foi bem triste não ter você comigo na Itália, mas na próxima talvez você vá.” Hassan soube que os jogadores não costumavam levar as esposas e namoradas para não quebrar a tradição de zero sexo antes de jogos importantes como aqueles. Quanto mais pudessem manter os jogadores em abstinência melhor. Mas claro que Hassan não iria negar fogo a esposa. Tinha mais medo de Aisha mau humorada por falta de sexo do que do treinador depois de um jogo. “Tudo muito bem acordado e atento ao que iria acontecer. O Hassan Jr. nunca havia sido tocado por outra mão que não fosse a minha.” Riu-se pensando em uma garotinha. “Hum, imagina uma com cachinhos e olhos lindos como os seus… Os meus amigos do time levam os filhos para o treino e dá vontade de roubar todos eles, são crianças adoráveis.”
“Vamos levar, e eu queria muito que essa loja vendesse coisas de homem tipo meias. Ai eu poderia fingir estar indeciso entre soquete e meia normal enquanto você escolhe esses pedaço de renda que chamam de calcinha.” Viu a reação dela e não se aguentou. “Olha, o Hassan Jr. gostou muito e promete que vai esquentar bem a Aishinha quando ela usar essa camisolinha.” O fato deles conversarem em árabe era maravilhoso, assim não tinha como aquelas atendentes entenderem o que falavam, se sentia mais seguro assim. Será que alguém ali o havia reconhecido? Viu ela escolher as peças e assim que foram para o caixa, Hassan tirou o cartão de dentro da carteira e entregou para a caixa. Sequer viu a soma total da compra e respondeu a esposa. “Quero conhecer as lojas também, estou precisando de calças novas, uns casacos também. Mas acho que você está mais mal de roupa… Você tem quase tudo muito curtinho… Não que eu reclame.” Mordeu o lábio inferior, enquanto a caixa entregava o cartão e a sacola com a lingerie da esposa. Segurou a mão de Aisha e saiu da loja com ela, envolvendo o seu braço ao redor dos ombros dela, mantendo sua mão unida a da libanesa. Deixou um beijo em sua testa, carregando a sacola com as compras e olhando as vitrines ao redor deles. “Então, está tão tranquilo, não é mesmo? Pensei que ia ter mais tumulto. Talvez a gente consiga ter uma vida normal, ir no mercado, dar uma caminhada, essas coisas. Afinal ninguém imagina que alguém famoso faz coisas normais.” Comentou, passando os dedos pelos cabelos escuros da mulher e sorrindo. “Qual a próxima parada?”
Aisha também nunca havia tido nenhum tipo de relação com outra pessoa além de Hassan, nem mesmo no México e muito menos no Líbano, logo, tudo também era novo para a garota e se pudesse voltar no tempo, não faria nada de diferente do que aconteceu, afinal, foi todo o conjunto de fatos culminaram onde estão agora. “E espero realmente que seja a única mão alheia que tenha tocado...” estreitou os olhos por uns segundos. “Eu perdoo se for algum médico.” ergueu os ombros, soltando uma risada baixa. “É, eu tenho certeza que você tem vontade de roubar crianças por aí. Eu não sei se eu fico feliz por você gostar demais, ou de ser presa por sequestro.”
“Esses pedaços de renda? Isso é uma premonição do que vai acontecer com elas?” mordeu o lábio inferior em um meio sorriso. “Quase to com dó das rendinhas agora.” passou os olhos para a peça novamente. “Eu tenho certeza que ele vai gostar, eu vou me esforçar pra isso. Aliás, essa conversa realmente tá me dando calor, talvez eu queira um sorvete agora.” suspirou, abanando o rosto com a mão livre, tentando mais uma vez segurar a risada, mesmo sentindo seu rosto ardendo como nunca. Agradeceu a atendente com um aceno leve com a cabeça, segurando a mão de Hassan, sorrindo ao receber o beijo em sua testa. Aisha adorava as demonstrações de afeto do esposo e percebeu que sentiria muita falta delas quando ele tivesse que viajar. “Minhas roupas estão muito bem, obrigada, mas realmente não tenho roupas britânicas, não faz muito sentido usar roupas curtas num clima não tão quente assim.” acenou positivamente com a cabeça, tinha que concordar, não tinha costume de vestir nada muito ‘comportado’ dentro de casa. “Talvez por ser no meio da tarde, não se te dizer, o Cairo sempre foi cheio demais o tempo todo, não tenho muito comparativo. Eu lembro que os shoppings do México sempre foram cheios também, é bom andar sem esbarrar em ninguém o tempo todo...” entrelaçou os dedos nos dedos do esposo, passando os olhos pelas vitrines enquanto falavam. “... e você realmente anda bem convencido, estrela do rock. Eu gosto disso, gosto de ser casada com um cara famoso. É bem sexy.” sorriu para o esposo depois de falar. “Eu não sei... quer ir ver as suas calças? Sua vez de escolher as roupas. E depois a gente pode comer.”
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pharaohhassan:
“Mais uma, ué! Mais que merecida, na verdade só quero viajar com você, conhecer lugares novos. E não que tenha sido horrível, mas é que seria ainda melhor se tivéssemos tempo para nós.” Longe dele dizer que havia sido ruim, foi maravilhoso, calmo e mesmo que muito atrapalhado foi especial. Ser um homem casado já era um sonho para Hassan, mas ser um homem casado com a mulher que amava era ainda melhor. Era o começo de uma vida a dois na teoria que na prática se estendeu para uma vida a seis, contando com suas mães e irmãs. Aprenderam a ser companheiros, a dialogar, perderam o fogo inicial do começo de casamento, mas que Hassan concordava que foi o melhor, afinal agora sabiam conviver um com o outro e não haviam mais toalhas molhadas sobre a cama ou então sobrecarga de tarefas para uma pessoa só. Os dois concordaram em dividir sempre todas as tarefas de casa e o egípcio cumpria todas, mesmo que estivesse cansado. Mal podia imaginar como algumas mulheres trabalhavam fora e ainda faziam o dobro daquilo. “Hum, me lembro muito bem de como foi. Naquela noite eu não era mais do que um moleque assustado, não sei nem como não desmaiei com uma morena dessas dançando na minha frente.” Se recordou da dança e abriu um largo sorriso. “Sem falar que podemos passar por lá indo ou voltando do Egito. E eu já me perguntei sobre isso e você sabe muito bem que quero ser pai, mas não sei se estou pronto para isso. Podemos ir planejando aos poucos. E eu adoraria dois filhos, e em oito anos duvido que não vamos ter pelo menos um! Ia ser demais ter um casal.”
Hassan ficava ansioso perto da torcida dali, era contratado por eles e as pessoas que iam aos jogos pagavam uma parte, mesmo que pequena, de seu salário. E também não gostava de decepcionar ninguém, principalmente pelo valor que havia sido pago pela sua atuação no Liverpool. Mas tudo daria certo. Era preciso muito treino para tanto e Hassan estava disposto a se dedicar ao máximo. Passados aqueles momentos, voltou a se concentrar naquele universo que ainda era bem diferente para ele. Sabia que raros casais faziam aquele tipo de compra juntos, mas o fato de ser muçulmano e criado em um país conservador colaborava com a vermelhidão de suas bochechas. Imaginava a esposa dentro de cada peça, sentada na cama esperando pelo marido ou descobriria aqueles detalhes quando a despisse quando chegasse em casa. “Mas não precisa se casar de novo para usar…” Disse baixinho, n��o se atrevendo a tocar nada ali. O segundo conjunto era ainda mais bonito que o primeiro. “Eu gostei muito desse, combina com o meu uniforme, acho que deveria provar. Ou pode escolher o tamanho certo e provar na minha frente depois.” Sussurrou bem baixinho, no ouvido dela. O marido então tomou coragem e lhe mostrou uma camisola preta de seda que tapava muito mal a calcinha que lhe fazia conjunto. “Vai começar o inverno, acho essa uma boa escolha.” Beijou o rosto da esposa e então deixou separada aquela peça.
“Vendo por esse lado eu concordo, adoraria te mostrar onde eu nasci e te mostrar o Líbano. Beirute é linda.” balançou a cabeça positivamente, portando um sorriso alegre nos lábios. Aisha era muito ligada a lugares importantes, passou grande parte da vida em Cidade do México, depois em Beirut e logo depois no Cairo. Cada lugar guardava uma parte sua, chegava a hora de Liverpool ter uma parte sua e assim por diante. Mas a realidade é que a mulher suspeitava que depois de conhecer Hassan, todos os lugares que estivessem juntos seria o melhor lugar no momento. “Se tem uma coisa realmente não aconteceu foi você desmaiar, na verdade, tava tudo muito bem acordado para a felicidade da consumação do nosso casamento.” deu uma risada mais baixa. “Eu não quero engravidar agora, não se preocupe. Mas eu gosto da ideia de ter uma menina.” confessou.
Percebia o rubor no rosto do esposo, o que a fazia ruborizar igualmente e mais ainda, tinha vontade de dar risada a todo momento. Talvez ainda não tivesse maturidade o suficiente pra visitar uma loja de lingerie, ainda mais acompanhada de quem iria tirá-las. “Então vamos levar essa. E eu não sei se compensaria provar na sua frente já que teria que tirar imediatamente.” ergueu os ombros, separando a peça vermelha. Passou os olhos para a direção de Hassan, que lhe mostrava outro conjunto e com certeza ele tinha um ótimo gosto para aquilo também. “Com certeza ela deve aquecer bem, só não sei se do frio.” segurou a risada por um instante quando recebeu o beijo no rosto. Aisha se sentia mal por não conseguir ficar séria no lugar, não queria ter aquela postura de quem estava querendo se enfiar em um buraco pra fugir dos olhos dos vendedores. Estes que com certeza não estavam nem aí para o que estavam fazendo visto que o plano era realmente a venda que fariam ao final daquela cena toda. Voltou a procurar outras coisas no local, pegou um conjunto rosa já que adorava rosa e Hassan já havia lhe dito que a cor lhe caía bem. Em seguida pegou um espartilho preto, mas este, ela ainda tinha dúvidas se não era um pouco demais para um começo, acabou o devolvendo ao lugar. “Podemos voltar outro dia e comprar mais depois, queria visitar outras lojas antes de escurecer. O que acha?” estava ansiosa pra conhecer as outras lojas já que nunca havia de fato feito compras, e, por mais que no começo tivesse sido não tão animados, entrar no shopping acabou lhe ‘atiçando’ para visitar os outros lugares. Segurou as peças em uma das mãos, falando sem olhar para o marido pra ver se escolheria mais coisas antes de caminharem até o caixa, passando os olhos para a atendente que os aguardavam com a expressão mais neutra possível, o que acabou deixando Aisha mais a vontade. “Okay... eu preciso me acostumar ao fato de que as pessoas aqui dentro sabem que eu vou usar isso contigo e que não é numa ocasião formal...” franziu os lábios, colocando a mão livre na de Hassan.
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pharaohhassan:
O rapaz riu com o comentário da esposa, realmente ele entendia daquelas marcas porque via seus colegas conversando sobre o assunto no vestiário. Normalmente presentes para irmãs, mães e namoradas ou então para si mesmos. Mas sempre que queriam algo mais caro, era certo de se achar em Manchester ou em Londres. “Estou ficando sim, mas pior que não vejo porque pagar uma fortuna por um tênis que não parece ter nada demais. Agora um terno ou um relógio…” Comentou. Tinha um gosto menos refinado, para sair, jeans e uma camiseta estava ótimo, talvez por ter passado muito tempo não escolhendo roupas - por falta de opção mesmo - não se interessava, afinal jeans combinava com tudo. “Hum, Paris me parece uma boa. Dizem que é uma cidade incrível e dá pra ir de trem se duvidar. Ou podemos ir de avião, assim que tiver uma folga podemos ter a lua de mel merecida, afinal acho que passar a noite de núpcias no meu quarto não contou muito bem como uma.” Quando se casaram, não tinham dinheiro para passear e acabaram fazendo tudo de uma forma mais simples. “Quando fizermos dez anos de casamento, prometo uma festa de renovação de votos em grande estilo, em Dubai.” Riu-se. Mas ela sabia que mesmo que demorasse, tudo que Hassan prometia, ele cumpria.
“Vai se surpreender, sou ótimo em combinar roupas. Aquele lance de cinto com o sapato, sou expert.” Ele brincou, mas falando a verdade seu senso de estilo era quase nulo, além de que não abria mão do conforto. Se pudesse, vivia a vida toda de moletom e chinelos, ou então de bermuda nos dias quentes. O comentário de Aisha o fez entender o porque a esposa sempre andava tão descoberta dentro de casa, era até estranho para ele a ver mais vestida como hoje, mas não podia negar o quanto Aisha era uma mulher bonita. A mais bonita do mundo na opinião dele. Envolveu ela com um abraço, gostava tanto daquele contato, ali podiam até trocar beijos na rua que não seriam mal vistos, a liberdade de amar era algo que achava inacreditável no ocidente, não precisavam se esconder para demonstrar um ao outro seu amor, mesmo que ambos já tivessem passado da fase de precisar provar o quanto se gostavam. A esposa falava sobre seu corpo e não conseguiu deixar de corar, era sensual demais ouvir tudo aquilo saindo da boca da morena, com aquele sotaque tão delicioso e que tirou do sério o jovem aspirante a jogador de futebol. Começava a se recordar da velha escalação de 1990, mas não precisou por muito tempo, já via ela comentando sobre dois caras que seriam seus fãs. “Duvido, acho que deve ser outra coisa.” E encarou o pijama feminino na vitrine da loja. Mas Aisha parecia convicta que se tratavam de torcedores. “Não, não quero parecer nem forçado e nem desesperado. Deixa eles chegarem…” A verdade era que não estava nenhum pouco acostumado com aquele tipo de atenção vinda da torcida, claro que no Cairo tinha de dar alguns autógrafos, mas não era um esporte tão popular assim como era em Liverpool. Aquela cidade respirava futebol e Beatles na visão do árabe. Acenou com a cabeça na direção dos jovens, como se desejasse bom dia e então se voltou para a esposa. Não havia nem conseguido abrir a boca para lhe falar quando ouviu um pedido de licença de um dos homens. “Você é o Hassan Ibrahim, não é?” O jogador abriu um sorriso. “Sou sim, prazer. Esta é a minha esposa, Aisha.” Os dois cumprimentaram a mulher com educação e pediram por uma foto. Começaram a descarregar elogios, dizendo que nunca haviam visto ninguém atravessar o campo tão rápido e que Hassan fazia alguns gols que pareciam mágicos. Com ele no time, a taça da Champions chegaria, eles tinham certeza. O egípcio gostava dos elogios, mas sentia que havia uma pressão grande em suas costas agora que era um titular, um fardo que não sabia se conseguiria carregar. Os seus conterrâneos estavam acostumados a perder, seu clube antigo havia ganhado o campeonato de clubes no ano anterior, mas não era um esporte tão amado a ponto de movimentar dinheiro como ali. Temia estragar tudo e então ser obrigado a vender seus bens e voltar ao Cairo com o rabinho entre as pernas. Pedia em todas as orações que tudo desse certo.
“Mais uma? Eu adoro o fato de você adorar luas de mel. Pra mim contou como uma, apesar dos pesares, não tem como esquecer o dia mais feliz da minha vida até agora.” mesmo com toda a falta de pompa, Aisha amou o próprio casamento, porque não importava de fato que não era o mais rico do Egito, e nem se a festa durou dias, foi o marco inicial de uma vida junto com Hassan e todo o ‘pacote’ foi especial. Sabia o quanto ele se esforçava para vê-la feliz, não poderia ser mais grata por isso, mesmo tendo um jeito não romântico de ser, a latina amava todos os detalhes vividos ao lado do marido, mesmo a lua de mel improvisada no quarto dele, na casa de sua sogra com crianças do lado de fora podendo ouvir a movimentação la dentro. “E você tem que concordar, a dança foi maravilhosa, ensaiei por dias, minha cintura parecia que iria cair do corpo a qualquer momento.” deu risada. Aisha dançou naquele dia, como de costume na cultura árabe e, mesmo não sendo nada praticante, não deixava de adorar tal costume. “Okay, agora que quero trocar Paris por Dubai sem nem titubear. Mas, já pensou que daqui a oito anos vamos ter filhos? Ou um só? Um menino ou uma menina? Ou os dois?” começou a se perguntar quase que sozinha quando ouviu os planos dele. “Melhor um passo de cada vez.” deu uma risada, encarando os sapatos.
Aisha se aconchegou nos braços de Hassan quando recebeu o abraço, deixando um beijo em sua curva do pescoço, passando os braços pela cintura do mesmo, quase podia derreter ali mesmo devido ao calor vindo do homem. “Você não vai ser forçado, e...” não concluiu a frase visto que os homens realmente se aproximaram. Aisha os cumprimentou com a cabeça, passando desta vez a segurar a mão de Hassan quando percebeu que ele não parecia muito a vontade com a situação, na hora, não conseguiu deixar de sentir certa culpa por incentivar aquilo. Não deu atenção as palavras seguintes dos rapazes, mas suspeitou quando percebeu o sorriso amarelo nos lábios do esposo. Ambos se afastaram e Aisha se prostrou de frente para Hassan o olhando nos olhos com as sobrancelhas arqueadas enquanto sorria tentando passar alguma confiança ali. “Quase um astro de cinema, mas achei que você iria vomitar.” se ergueu na ponta dos pés para dar um beijo rápido em seus lábios. “Você é ótimo, vai dar tudo certo. Mas, voltando ao dia de compras, podemos escolher as lingeries agora. Vermelho ou branco?” perguntou, já entrando na loja tentando abster o fato de ter vendedores ali que provavelmente sabiam o que os dois estavam planejando pra comprarem lingeries juntos. Aisha segurou o primeiro modelo que viu em uma das seções, um corset branco quase transparente se não fossem as rendas por sua extensão. “Olha só, eu poderia casar de novo pra usar esse.” brincou, erguendo a peça na direção de Hassan. Voltou a olhar as outras peças nos cabides e prateleiras, quase queria levar todas, mesmo se fosse pra usar por minutos. Pegou outra peça, desta vez uma vermelha com cinta liga e tudo que tinha direito, olhou por alguns segundos mostrando para o esposo como fez anteriormente, mas em silêncio, desta vez tentando bravamente esconder o sorriso sacana perto de algum funcionário. “Talvez fosse melhor eu começar a comprar isso pela internet.” sussurrou alto o suficiente para que ele ouvisse, sem parecer muito encabulada.
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pharaohhassan:
“Eu estou misterioso? Imagine, eu estou o mesmo de ontem. Só meio eufórico com tudo que vem acontecendo.” Engoliu em seco. Ela havia descoberto a festa? Não podia, seu celular tinha senha e duvidava que as namoradas e esposas do time dariam com a língua nos dentes sabendo o quanto era importante para o egípcio que tudo saísse o mais parecido com o planejado. Hassan insistia para Aisha sair e fazer amizades, mas sentia que agora que teria o carro isso lhe desse a independência necessária para dar umas voltas por Liverpool quando ficasse entediada de ficar em casa. Os olhos dele focavam no trajeto até o shopping, ouvindo a música que ela havia escolhido quando saíram de casa. “Eu soube que o Liverpool ONE tem uma praça de alimentação legal, podemos almoçar lá se for o caso. E tem as lojas de roupa tipo Guess e Michael Kors, acho que para achar essas marcas mais caras só em Londres mesmo. Se quiser podemos ir um dia lá e comprar mais coisas.” Sugeriu, só não faria isso naquele dia porque tinha medo de não conseguir chegar a tempo, não haviam comprado os tickets de trem e talvez fosse cansativo demais para ambos.
“Sim, poupamos uma caminhada muito grande, eu realmente não quero bater muita perna hoje.” Sorriu. Era a primeira vez que iria fazer compras sem se preocupar com o quanto iria gastar, no Egito tudo era muito contado, principalmente pela seleção egípcia não pagar tão bem e seu time no Cairo quase sempre atrasar pagamentos, além de que libras esterlinas valiam bem mais, logo poderia dar um conforto para o sogro e sua família com muito menos dinheiro, assim sobrava uma parcela maior para o casal aproveitar. “Não gosta de provar roupas? Eu gosto. Acho que porque quase nunca minha mãe comprava roupa para mim, então quando tinha oportunidade eu queria provar tudo e pegar a mais legal que cabia no nosso orçamento.” Explicou, estacionando o carro e então encarando a esposa. “Bem, sou suspeito pra falar, eu também prefiro você sem roupas.” Brincou, deixando um beijo calmo em seus lábios e então saindo do carro, enroscando seu braço no da morena. “Qual é a primeira loja, senhora Ibrahim? Sapatos ou roupas? Pra falar a verdade tem umas lojas de lingerie aqui também, acho que temos de começar debaixo, passo a passo, assim não nos esquecemos de nada.” Riu-se e entrou no lugar, surpreendido com o fato de estar até meio vazio. “Loja de gente rica é sempre igual. Parece que nem mercadoria tem, muito menos clientes, por isso tratram bem quando entra alguém…” Hassan tinha aquela veia de vendedor, sabia bem como era ficar tempo atendendo alguém que não iria levar nada. “Vou provar a loja toda, mas é porque nunca tive coxas, é estranho pedir um tamanho de roupa que eu sempre usei e ela ficar apertada. As vezes até fica marcando o Hassan Jr.”
“Eu não conheço nenhuma dessas marcas, realmente acho que preciso de algumas aulas de blogueirice... Pelo jeito você já tá ficando expert no assunto.” deu um sorriso animado. Aisha gostava de ver Hassan animado com o que vinha conquistando, era a esposa mais orgulhosa da face da Terra, tinha certeza dissom logo, era bonitinho o ouvir falar sobre marcas caras de roupas. “Vamos começar por aqui, caso meu gosto fique mais refinado nós vamos direto pra Paris, meu amor, eu prometo.” passou a mão sobre a coxa do homem, dando dois tapinhas na mesma. Os olhos observavam as ruas mais uma vez, prestava atenção na arquitetura na cidade, o sol e o céu estavam lindos naquele dia. As poucas pessoas que andavam na rua pareciam muito despreocupadas, dessa forma, o clima era calmo e aconchegante, talvez um dos melhores dias que tinham para passear na cidade e mais do que aproveitar as compras, com certeza Aisha aproveitaria a companhia de Hassan o máximo que conseguisse visto que não sabia direito quando ele teria que viajar novamente.
“Bom, dessa vez você não vai ter Dalila pra escolher, eu quero ver esse seu senso de moda, aliás, vamos ver o que você vai escolher pra mim. To ansiosíssima.” percebeu os olhos alheios em si antes de dar um sorriso brincalhão nos lábios. “Eu sei. Por isso não faço questão alguma de andar muito vestida em casa.” ergueu os ombros em meio a confissão, retribuindo o beijo antes de saírem do carro. Aisha se recostou no esposo quando seus braços se juntaram, pousando a mão sobre o braço dele passando a observar as lojas que estavam ao alcance de seus olhos. “Eu acho que podemos ver roupas e...” interrompeu a fala quando notou que o mesmo falou de lingeries. “Eu gosto disso...” concordou, estreitando os olhos no momento em que se virou para ele. Aisha nunca, nem mesmo com a mãe, teve dinheiro para lingeries, o fato de não usar sutiã já era de seu costume habitual e calcinhas usava mais por conforto, mas sempre achou bonito de verdade, então, não via porque não juntar o útil ao agradável e tinha certeza que Hassan iria gostar de escolher com ela. “Faz sentido, se pensar no lado da exclusividade, aposto que deve dar até mais vontade de gastar. Achamos o segredo, é tudo uma armação.” fez uma careta engraçada na direção do outro, voltando os olhos pelas lojas novamente. “Eu adoro as coxas e o volume nas calças, e essa camiseta colada e com certeza as cueca box...” suspirou pesadamente, estalando a língua antes de olhar para ele. “Você é uma perdição, Hassan, então tá tudo bem usar roupa apertada. A paz mundial vai acontecer por causa da sua calça apertada.” deu risada até perceber alguém os encarando de forma um tanto diferente, a morena franziu a testa um momento tentando entender o que era, se era com ela ou o que, mas notou que o homem olhava diretamente para Hassan enquanto cutucava o amigo ao lado e imediatamente um sorriso surgiu em seus lábios. “Olha ali, parece que os primeiros fãs apareceram.” falou um pouco mais baixo para Hassan. Era a primeira vez que veria aquela cena, estava doida pra ver a alegria dos torcedores perto do novo queridinho dos Reds. “Vai lá, eles devem estar com vergonha.” incentivou.
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pharaohhassan:
Hassan acompanhava Aisha porque era os únicos momentos que podiam se falar normalmente, como se ninguém mais importasse. Na loja sempre tinham de ficar atentos se a mãe dele chegasse e então teriam de enrolar uma conversa informal sobre algum objeto que ela gostaria de comprar. Dalila soube logo por meio dos donos dos estabelecimentos vizinhos aos deles que havia uma moça de cabelos escuros rondando a loja, que falava com Hassan. A mais velha ameaçou bater no filho se ele não falasse quem era aquela moça e se tinham alguma intenção de pecar com ela, até havia ameaçado procurar uma noiva decente a seu único filho e o casar logo para tirar a estrangeira da cabeça. Aquele detalhe nunca havia contado a Aisha, podia mudar a relação entre nora e sogra, mas o homem sabia que a oposição de Dalila era mais relacionada a futura esposa dele não ser casta e nem pertencer a uma família boa, também a religião - ou a falta dela - foi um obstáculo. Hassan havia sido criado de forma mais rígida, mas pensava de maneira diferente da mãe quanto as mulheres. Esperava um dia se casar com uma moça de visão mais moderada, mas quando aquele furacão latino apareceu em sua frente, sabia que se casaria com uma moça que não seria domada. E era aquilo que mais amava nela. Queria um casamento de verdade, construído a partir do amor e não com amor sendo colocado aos poucos.
“Sim, você precisa de roupas. Eu comprei algumas na Itália para mim porque senti frio lá, mas acho que fazer compras juntos deve ser bem melhor, assim você me ajuda a escolher e eu te ajudo também.” Ambos não estavam acostumados com o clima dali, mesmo o verão inglês era frio perto do egípcio e não podia nem imaginar como seria passar frio e talvez enfrentar a neve pela primeira vez na vida. Hassan pegou a camiseta vermelha e deu uma risadinha ao ter o amigo mencionado. “Ele não tem nada a ver com isso, só acho que devemos guardar o fogo para mais tarde.” Piscou para a mulher e a deixou sozinha. Ela aparentemente havia se conformado com o esquecimento do marido, mesmo que fosse apenas uma mentirinha. Quando a viu enfiada naquele jeans e na regata, realmente teve vontade de cancelar o aniversário, mas o time estava tão animado para sair da linha por algumas horas que seria sacanagem fazer aquilo com todos. Firmino passou a semana inteira fazendo a playlist, Lovren ajudou a escolher o carro, cada um ajudava como podia, Hassan deixou bem claro que queria um clima mais família do que uma festa como as que via algumas pessoas fazendo, queria dar a Aisha um pedacinho de casa e por mais que Brasil não fosse exatamente o México, deveriam ter coisas em comum. Caso não, pelo menos valeu o esforço. “Mas você precisa de roupas! Prometo que mais tarde sou todo seu para fazer o que bem entender, mocinha.” Deu um beijo nela e agradeceu por ter deixado o carro do lado de fora de casa, assim não colocaria em risco a descoberta do presente antes do tempo. Era um dia de semana normal, não haveriam tantas pessoas fora de casa um horário daqueles, pelo menos Hassan esperava. Claro que teria de parar para tirar fotos algumas vezes, e esperava que Aisha não se incomodasse com isso. A guiou para o carro e abriu a porta do carona para ela, como sempre fazia. “Quer ir onde? Alguma loja em especial ou o shopping? Agora que me toquei que quase nunca comprei roupa por mim mesmo antes de me casar, minha mãe sempre escolhia… E era nos lugares mais baratos, mas acho que não me vejo pagando duzentas libras por uma calça jeans para mim… Mas se você quiser uma, temos como comprar.” Não queria ser o marido mão fechada, principalmente agora que podia dar do bom e do melhor para a mulher que amava.
“Na verdade você anda bem misterioso hoje, ainda não livrei o Lovren da culpa.” ergueu os ombros. Não era novidade que Hassan e Lovren haviam construído uma amizade divertida, Aisha adorava o rapaz e com certeza os dois juntos poderia tirar qualquer um do mau humor, logo, tomava a liberdade de brincar com Hassan sobre ele, afinal, mais do que eles faziam em trocas de Stories e posts no Instagram ela não faria. Na verdade o time inteiro parecia maravilhoso e o esposo sempre voltava feliz apesar de qualquer coisa, logo, não teria como não gostar deles visto que se Hassan estava feliz ela com certeza estaria também. Aisha já havia até mesmo esquecido do próprio aniversário, talvez o agrado que ganhara mais cedo tivesse ajudado nisso e como o esposo estava em casa não valia a pena estragar o tempo junto deixando uma torta de climão pelo esquecimento de um ‘evento’ que ocorria todos os anos pro resto da sua vida.
“Eu vou cobrar, você sabe que eu cobro.” mordeu o lábio em meio a um sorriso retribuindo o beijo alheio. O seguiu até o carro que já estava fora da garagem, normalmente ele ficava dentro da garagem, mas por Aisha ter ficado sozinha no andar de cima, pensou que ele já tivesse tirado o carro antes, seria até mais prático para sair mesmo. Sentou-se no banco já colocando o cinto antes de respondê-lo. “Talvez um shopping seja bom, antes de conhecer loja por loja nas ruas se concentrar a busca num lugar só a gente polpa tempo e caminhada.” comentou com a testa franzida, como se suas palavras fizessem todo o sentido do mundo e não soasse como alguém preguiçosa. Aisha não gostava de sair e fazer compras, mesmo quando seu pai ou sua mãe abriam mais a mão, era desconfortável ficar provando roupas o tempo todo, sair de um lugar e ir pra outro sem comprar nada porque não gostou das peças, nessas situações Aisha se sentia muito envergonhada por ocupar o tempo dos vendedores. Mas isso era quando não tinha dinheiro, talvez a ideia de não ter dinheiro perturbava sua mente, logo, a situação atual poderia ser completamente diferente. “Eu não gosto de provar roupas...” franziu os lábios, mantendo os olhos nas paisagens enquanto andavam pelas ruas. “Na verdade, talvez eu não goste de roupas.” deu uma risada baixa, tombando a cabeça para o lado de Hassan passando então a olhá-lo. “Mas eu ouvi dizer que lojas de gente rica tudo melhora, então pode ser que eu mude de ideia e faça você ir a falência.” arqueou as sobrancelhas. “Em compensação eu quero muito te ver provando roupas, ou seja, eu vou gostar muito de te ver desfilar pra mim.”
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pharaohhassan:
“Hum, então quer dizer que tudo isso é uma mentira? Assim você me deixa chateado, esposa.” Falava, sabendo que ela estava apenas brincando. Sabia que muitas vezes ela vinha pela sua companhia, ás vezes Hassan esquecia de lhe dar o troco, ou deixava passar uma libra em alguma soma, então ela pagava e esquecia a mercadoria. Até que naturalmente não precisavam mais inventar desculpas, estava claro que aquelas visitas quando Dalila não estava lá eram por ele e não por cerâmicas, nem lâmpadas ou então um souvenir em formato de esfinge. Na escola não podiam conversar com os olhares dos adultos sobre ambos, mas ainda poderiam mandar bilhetinhos um para o outro, Hassan escrevendo em seu inglês horrível dizendo que a achava bonita. Agora podia dizer em alto e bom som o quanto achava aquela beldade bonita. Todos os dias levava e trazia ela para casa com a permissão de Samir, assim ela estaria mais segura nas ruas do Cairo, principalmente no final do dia. Ás vezes lembrava dela o espiando quando treinava perto da escola, quando ainda era um garoto magricela que sonhava com aquele bumbum redondo sentado em seu colo nas horas de solidão a noite.
A ter rebolando sobre a sua boca era uma sensação incrível, Hassan nunca havia tentado fazer aquele tipo de coisa com ela por não saber exatamente como seria a reação dela, mas podia arriscar afirmar que estava sendo tão gostoso para a latina quanto para ele. Hassan sentia o pau duro na cueca, mas daria jeito naquilo depois, Aisha só teria sua surpresa de aniversário mais tarde, era uma coisa que a mulher havia falado de forma distraída quando estavam papeando sobre desejos e fetiches. Seus olhos focavam nos seios cobertos dentro da camiseta do Liverpool que ele usava na noite anterior. Nunca mais veria o uniforme da mesma forma. Devagar ia vendo ela chegar ao orgasmo, sua língua saindo e entrando nela, circulando seu clitóris e o sugando algumas vezes. Ouvia ela gemer e até queria retribuir o gemido dela, mas não conseguiria com a intimidade na sua boca. Apertava os dedos dela, não deixando de chamar o nome dela quando finalmente teve seu orgasmo. Aisha deitou ao seu lado e o marido sorriu, dando um beijo nos lábios dela. “Eu adoro te deixar mal acostumada.” Mordeu o lábio e acariciou o rosto da latina. “Que tal a gente sair e comprar roupas novas? Logo o inverno chega e não sei se você tem casacos para o clima daqui. Nem eu.” Devagar se ajoelhou e a ajeitou para conseguir a pegar no colo, então a carregou até o banheiro da suíte. Deixou-a no banheiro. “Então, você toma um banho bem relaxante e eu vou tomar mais um lá em baixo.Se eu ficar aqui não vamos nem sair de casa.” Saiu de perto da esposa e pegou as roupas para que fizesse sua higiene mais uma vez, precisava cuidar da ereção no moletom. Ligou para seus amigos e os planos estavam indo exatamente como Hassan concebeu em sua cabeça. Seu sogro já estava estabelecido na casa de Lovren e assim que saíssem de casa os outros viriam para organizar tudo para a festa. Tomou seu banho e se masturbou a fim de aliviar o tesão daqueles dias sem sua esposa. Vestiu um jeans escuro e uma camiseta mais apertada, com um casaco por cima para não evidenciar tanto seus músculos. Subiu para o quarto e entrou no banheiro para ajeitar os cabelos e perfumar a barba. “Está bom assim, mami?” Perguntou.
Aisha sempre encontrou na escola uma desculpa melhor para ver Hassan, mesmo que não pudessem ficar de papo, vê-lo era melhor do que nada e ambos mostravam tanto interesse que era impossível não criar mais maneiras de se verem, mesmo se falando por bilhetes. Estes que Aisha tem até hoje. Quando podia, a garota escapulia para vê-lo treinar e era óbvio que escondida visto que poderia ter problemas caso alguém descobrisse, na verdade, futebol não era coisa para mulheres, logo, mais um empecilho cultural nas suas costas, e mesmo assim ela não desanimava. Mas tudo valeu a pena quando Samir deixou que o garoto a levasse e buscasse em casa, era bom para todo mundo na verdade, Samir fazia esse trabalho mas tinha que fechar a loja, desta forma, não precisaria mais e Aisha continuaria na companhia de algum rapaz quando andava nas ruas da capital visto que seria ‘mal vista’ se não fosse assim. No contexto geral não era o ideal, mas ao menos tinha a desculpa de ficar junto de Hassan mais alguns minutinhos de seu dia.
“Sério? A cada minuto me surpreende mais, antes o mercado, agora compras. Daqui a pouco não vai ter mais jeito de me agradar. Mas eu concordo, talvez meus casacos mirradinhos não aguentem nem o começo do outono daqui.” ponderou. Aisha não sabia o que era realmente roupa de inverno. Nunca precisou de nada extremamente pesado no México já que lá é semi-árido assim como o Egito, Líbano fora o lugar mais frio que ficou e mesmo assim não era como a Inglaterra, ou seja, casacos eram sim essenciais ali. Continuou deitada ao lado de Hassan mais alguns minutinhos antes que ele mesmo a levantasse de lá nos braços. “Realmente os treinos de musculação andam dando certo, você nem se esforça mais pra me erguer.” deu risada, encostando o nariz na curva do pescoço alheio, sentindo o cheiro do esposo, inalando profundamente antes de ser deixada no banheiro da suíte principal. “Vai me deixar sozinha no banho?” o encarou portando um sorriso zombeteiro nos lábios enquanto tirava a camiseta vermelha que vestia, jogando-a na direção de Hassan. “Meu deus o que fizeram com o meu marido. Aposto que foi o Lovren, eu cuido disso depois.” brincou, virando as costas para Hassan, entrando no box do chuveiro. Aisha não se demorou muito no chuveiro, não sabia se o esposo estava com pressa, logo, tratou de escolher a primeira roupa que viu pela frente, calça jeans e blusa branca de alças finas e tênis, talvez alguém a confundisse com alguma blogueira de internet na rua. Aisha entrou no banheiro novamente com Hassan a fim de secar os cabelos ainda úmidos e ainda não tinha percebido a camiseta que ele vestia antes do mesmo perguntar sobre sua aparência. “Se eu já não tivesse te visto pelado, eu diria que essa camiseta é a coisa mais sexy que eu já vi na vida.” deu um sorriso na direção do homem. “Talvez se a gente não sair agora mesmo eu é quem não vou ser responsável pelos meus atos daqui por diante.” ergueu os ombros, abandonando o secador no suporte do mesmo, enquanto abandonava o banheiro andando de costas a fim de ver Hassan de costas para si.
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pharaohhassan:
“Gostava? Eu gostava de você indo me ver na loja querendo saber o preço das mesmas coisas que já havia comprado um ou dois dias antes… Eu nem imaginava que você estava interessada, apenas que era distraída.” Falou, a encarando. Realmente quando começaram a namorar sabia que teria de trabalhar muito para dar o que Aisha merecia, lhe dar uma vida diferente da que Dalila teve e muito menos que os filhos tivessem de largar a escola ou diminuir sua estadia lá para ajudar a família a ter mais dinheiro como o próprio Hassan teve de fazer. Ia para a escola todas as manhãs com as irmãs enquanto sua mãe cuidava da loja, a tarde dividia seu tempo com os campos de futebol e o sustento da família, isso quando não faltava aulas para treinar mais. Recuperava o tempo perdido com Aisha, quando era permitido por Samir que estudassem juntos sob seus olhos e era mais uma oportunidade de ficar perto dela, de sentir seu cheiro e ouvir seu sotaque quando falava árabe. “Você merece todos os mimos que eu posso te dar. Principalmente por ter aguentado a minha mãe tanto tempo, Dalila não é uma mulher fácil.”
O choque cultural no começo o assustou, sabia que mesmo casada Aisha não se converteria, que não seria submissa e era aquilo que tanto amava. Se Alá havia colocado aquela beldade em seu caminho era para sempre, nunca havia sido tão feliz antes de a conhecer. A viu agarrar o balcão e sorriu. Seus olhos focaram no corpo dela enquanto a lingua ia e vinha devagar na mulher. Ouviu as palavras dela e não segurou uma risadinha. Sugou o indicador e colocou devagar na esposa, deixando um beijo em sua virilha. “Me odeia? Mas eu te amo tanto, penso em você o dia inteiro.” Sabia que Aisha estava brincando, mas não deixaria de a provocar. Apertou mais o seio dela, os olhos ainda a encarando enquanto beijava sua virilha e voltava a fazer sexo oral na latina. Passou a língua devagar pelo clitóris, circulando a região devagar antes de dar batidinhas sobre a área sensível. Chupou a região e deixou que ela guiasse onde queria os carinhos dele. Hassan mordeu o lábio e voltou a usar a boca na mulher que tanto amava. Devagar a puxou para o chão e se deitou lá, a fazendo ficar de joelhos, com a intimidade contra seu rosto e beijou devagar. “Assim você manda em mim, não é bom ter o controle dessa forma? Só precisa mexer seus quadris…”
“Que autoestima grande, Ibrahim, talvez eu realmente só fosse distraída mesmo.” brincou. Aisha nunca fora distraída, justamente por isso enxergou aquele vaso no meio de tantos outros e o resto Deus ou Alá se encarregaram de fazer o resto com uma certa ajudinha sua. Depois de ter visto Hassan pelo primeira vez, a garota queria vê-lo mais uma vez e, por isso, arranjava alguma desculpa com o pai para comprar alguma coisa e sair sem ele e depois que o via novamente, a vontade só aumentava. Até que finalmente se deram conta de que Aisha não queria comprar nada e que Hassan também não estava interessado em vender. Aisha sempre tentava dobrar o pai para que pudesse ver o garoto, fosse na escola ou na própria casa quando tentavam estudar, coisa que ela não conseguia se concentrar por estar ao lado dele visto que ela só se concentrava em não beijá-lo ali mesmo. “Bom, eu não guardo mágoas, então tá tudo bem e eu entendo essa coisa do islamismo, assim como também entendo que ela me achava a errada. Tá tudo certo.”
“Eu posso te odiar e você continuar pensando em mim o dia todo...” concluiu a frase com a respiração entrecortada. Os toques de Hassan, como sempre, eram certeiros de tal forma que ‘enlouqueciam’ Aisha, não era difícil perder a fala ou deixar o controle de lado e ela se entregava totalmente a ele. A mulher se assustou um pouco com as ações seguintes, ficara um pouco confusa num segundo quando percebeu a posição do marido entre suas pernas e um sorriso sacana surgiu no canto de seus lábios percebendo o que ele queria. Aisha segurou ambas as mãos alheias, as deslizando por sua coxa até o seu bumbum, se iria comandar, preferia que fosse em tudo. Sentiu os lábios do esposo novamente entre suas coxas e então fez o que ele havia pedido, passou a movimentar o quadril delicadamente, para frente e para trás, aproveitando-se do toque úmido dele, mordendo o lábio em resposta a onda prazerosa que voltava a invadir seu corpo. Gradativamente, foi movendo conforme sentia mais prazer, se concentrava somente nos dois ali, e o fato de estarem fazendo aquilo na cozinha só mexia mais ainda com o imaginário da morena. Suas mãos voltaram a segurar as de Hassan, mais forte conforme sentia seu ápice se aproximar, denunciando o fato com os gemidos interruptos que ecoavam ali. Tombou a cabeça para trás tentando adiar o inevitável mais um pouco, mas era como se seu corpo não quisesse mais esperar e desta forma, o quadril passou a se movimentar mais intensamente a medida que seu orgasmo chegava, primeiro como uma chama tímida e logo em seguida uma labareda lhe incendiando por inteira. Aisha deu um último gemido um pouco mais alto e mais longo, descontou um pouco nas mãos de Hassan, as apertando com força quando seus músculos se enrijeceram, soltando-as aos poucos quando seu corpo se relaxava enfim. “É um ótimo jeito de se começar o dia.” disse ofegando, saindo da posição que se encontrava para deitar-se no chão gelado ao lado do esposo. “E você só me acostuma mal.” continuou deitada com a barriga para cima, encarando o teto.
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pharaohhassan:
“Mas eu sempre fui um homem muito justo, senhora Ibrahim.” Disse, levantando sua sobrancelha e a encarando como se ela estivesse duvidando da promessa que Hassan havia feito. Ele havia sofrido naqueles dias longe dela, tanto que seus colegas haviam achado peculiar o homem parado em um canto olhando a tela do celular sem o habitual sorriso no rosto. Se conheciam há quatro anos, estavam casados há dois e nenhum dia desde que a conheceu deixou de pensar nela e em como o fazia feliz. “Assistiu? Não é a mesma coisa, eu concordo. Fiquei vendo fotos do nosso casamento no tablet, algumas outras da gente passeando aqui.” Sentiu o beijo e o carinho, retribuindo-a na mesma hora. “Ama mesmo, eu sei. Eu fico vendo os meu colegas, a maioria deles casou depois que ficou rico e eles ás vezes duvidam se as namoradas e esposas gostam de verdade ou foi pelo dinheiro e o amor veio com o tempo. Nunca vou ter essa dúvida. Você me amou quando eu não tinha nada além de uma chuteira furada e um sonho. Por isso merece todos os mimos que te dou.”
A cada dia que passava ao lado de Aisha tinha certeza de que não se daria bem casado com uma mulher tradicionalmente muçulmana, criada para cuidar dos filhos e do marido. Não conseguia imaginar seu cotidiano com alguém quieta que teve de aprender a amar com o tempo porque o casamento de ambos foi arranjado pelos pais, alguém que temesse a ira do marido caso fizesse algo errado e que tentasse o agradar de todas as maneiras não por amor, mas por medo. Dalila havia apanhado algumas vezes de Khalid, a maioria delas antes do filho nascer, no começo do casamento e algumas quando ele ainda era muito pequeno para entender porque mamãe tinha o olho roxo. Hassan prometeu a si mesmo que nunca levantaria a mão para mulher alguma,que haviam maneiras melhores de se resolver problemas. Ele mesmo não se via sequer erguendo a voz para Aisha quem diria batendo nela. No dia de seu casamento lembrava de Samir o chamando para uma conversa. O homem lhe disse que se um dia soubesse que o genro encostou um dedo em Aisha, iria sofrer as consequências, por sua vez Hassan lhe disse que amava a esposa mais do que a si e que nunca seria capaz de fazer mal algum a pessoa que iluminou sua vida. “Adoro quando me chama de papi. E quando fala espanhol.” Falava com a boca praticamente colada na intimidade dela. A recostou melhor na banqueta de forma a ficar com a intimidade mais exposta a si. Com o indicador e médio abriu melhor a fenda, sua língua roçando o ponto do prazer e então indo para cima e para baixo. A outra mão apertava a lateral do bumbum, mas logo soltou, fazendo seu caminho por baixo do único tecido que a cobria até agarrar o seio esquerdo da esposa. Sugava todo aquele mel para si, tentando não ter uma ereção ali mesmo, tinha planos de uma noite bem mais especial para a mulher de sua vida e a precisava totalmente desejosa por mais dele.
“Eu gostava da chuteira furada, ela tinha seu charme.” sorriu divertida. Lembrava-se de quando escutou de Hassan que ele queria ser jogador de futebol, Aisha não nega que era um sonho bem diferente pra um egípcio, futebol não era mesmo o esporte preferido do país e os clubes não tinham quase ou nenhum tipo de tradição naquilo, portanto, não precisava ser um expert pra saber que seria no mínimo uma batalha muito árdua até conseguir colher frutos de algo. Sabia que o homem, quando garoto, já treinava pra isso e aos poucos foi trilhando seu espaço, Hassan só estava tendo o que merecia e Aisha não tinha outro sentimento além do orgulho pelo mesmo. Não podia ter se apaixonado e amado alguém melhor do que ele. “Você vai acabar me dando mal costume, vou acabar virando uma esposa modelo e bem enjoada desse jeito.” franziu o nariz.
A vida de casada não poderia ser melhor, Aisha nunca tinha do reclamar, mesmo quando eles não tinham dinheiro pra nada, ela seguia sorrindo ao lado dele porque não tinha companhia melhor para ela, mesmo tendo que conter seus ‘exageros’ em frente aos outros sabia que podia ser ela mesma para ele. Samir as vezes comentava de sua mãe, sempre disse que ela era fogo demais para o seu coração, que nunca deu conta de amá-la como deveria, contudo, a filha sabia muito bem que Serena o amou de sua maneira, mas era de se esperar um choque cultural no tempo em que se conheceram, latinas não eram conhecidas por sua passividade em relação a qualquer coisa no mundo e Samir não soube lidar. “E eu adoro quando fala em árabe.” fechou os olhos um segundo, sentindo a respiração alheia tão perto de sua intimidade. “Hum... ok, eu retiro o que eu disse antes...” tentou falar enquanto Hassan trabalhava com a língua logo mais abaixo. “... eu te odeio Hassan. Isso é maldade.” resmungou entre os gemidos, levando uma das mãos ao tampo do balcão afim de se apoiar melhor, enquanto a outra passou aos cabelos alheios tentando ter algum tipo de autonomia naquilo.
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pharaohhassan:
Conhecia a esposa bem o suficiente para saber que ela estava a ponto de gritar com o marido para que ele se lembrasse que era seu aniversário. Desde os dezessete anos não havia perdido uma data, não seria agora que teria esquecido, na verdade em seu calendário mental sempre guardava aquelas datas especiais. Ainda tinham de esperar algumas horas até que ele pudesse fazer a surpresa e a parabenizar como merecia. E dar o presente que merecia. Um carro lhe daria maior liberdade para ir e vir, não precisaria esperar sempre pelo marido para dar voltas por Liverpool. “Você fica com os ovos e eu as frutas, preciso manter esse corpo todo pra você, esposa.” Observava o modo com que aqueles olhos castanhos pareciam engolir seu corpo, eram tão bonitos e sensuais que tiravam sua razão quando via em fotos, pareciam conseguir enxergar o fundo de suas intenções. Foi o que o encantou quando a viu pela primeira vez perguntando sobre um dos vasos entre as cerâmicas e as quinquilharias que vendiam aos turistas. Viu-a passar por detrás de si, na ponta dos pés pegando os pratos, a localização deles era exatamente por isso, toda vez que a visse colocar a mesa poderia ver melhor o bumbum que agora podia ver com mais clareza nas roupas mais curtas e apertadas que Aisha usava em casa. Desligou o fogo quando os ovos ficaram prontos e então apertou o bumbum da esposa, a prendendo em um abraço calmo. “Eu te amo, senhora Ibrahim. Foi solitário demais ficar tanto tempo sem você.”
Fazia quase uma semana que não a via, havia chegado na manhã anterior de uma viagem de trabalho, apenas um amistoso contra um clube italiano e uma partida beneficente. Da Itália havia trazido alguns presentes para ela, nada relacionado a seu aniversário: um sobretudo de veludo preto para o inverno e produtos de beleza, em especial um óleo perfumado que havia usado para massagear os pés da esposa na tarde anterior. Espiou por baixo da camiseta que ela usava e deu um sorriso safado. Ela não usava nada além daquele tecido. Beijou-lhe o pescoço, puxando o corpo para mais perto, sentindo o bumbum contra sua pelve. Roçou nela e deixando os dedos passeando pelas coxas dela até chegarem na intimidade. “Vou sim até o mercado, que tal o daqui perto? Menos cheio e tem bastante comida parecida com a de casa.” Falou com um sorriso para a provocar. “Vou levar até duas canetas.” Provocou, a barba roçando o pescoço dela e os dedos passando pela fenda da intimidade dela, devagar. “Realmente… você poderia fazer uma faculdade ou algo assim para ocupar seu tempo. Ou dar aulas de espanhol e inglês para estrangeiros. É uma professora maravilhosa.” Ela quem havia lhe ensinado inglês e agradecia pela paciência que teve consigo. A soltou e viu se encaminhar para as banquetas, então virou-a de frente para si e acariciou as pernas da morena. “Hum, quero meu café da manhã, mocinha…” Mordeu o lábio inferior e se ajoelhou, abrindo as coxas da esposa e deixando beijos que começavam em seu joelho até a virilha.
“É uma troca justa.” comentou. Haviam ficado um tempo separados, Aisha não lembrava de quando ficaram um tempo assim longe depois que se conheceram, logo, a rotina nova a deixava levemente carente e por mais que estivesse fazendo amizades aos poucos, ficou muitos anos dividindo tudo com Hassan e era um pouco difícil desgrudar meio que do nada. “Se serve de consolo eu assisti os jogos, não é a mesma coisa, mas pelo menos é algo.” sorriu sutilmente, retribuindo o abraço, se virando em seguida para deixar um beijo rápido nos lábios do outro. “Eu te amo mais.” acariciou a nuca do homem, o olhando nos olhos, pensando em todas as vezes que o ouviu dizer que a amava, foram várias e várias vezes e provavelmente Aisha se lembrava de quase todas, logo, a fissura sobre o aniversário já estava se dispersando sem importância alguma.
Aisha virou-se novamente para se soltar de Hassan, completamente sem sucesso. Sentiu o beijo depositado em seu pescoço, o calor emanando da pele alheia parecia fogo em palha na mulher e ela realmente se perguntou se aquele homem era real mesmo. “Eu gosto dessa ideia...” disse com a voz já trêmula devido ao toque alheio entre suas coxas, o que fê-la jogar o bumbum mais para trás em direção a ele. “Uma caneta eu prefiro que não leve.” tentou dizer enquanto suspirava pesadamente, levando a mão sobre a dele. Quase não entendeu a fala seguinte já que não estava nenhum pouco preocupada com solidão naquele momento. Se viu livre dos braços alheio, mas, sinceramente, não estava pronta para aquilo e não falou nada de qualquer forma, apenas sentou-se a fim de finalmente tomar o café da manhã. Contudo tentar tomar café enquanto estava sem calcinha na frente de Hassan que estava longe a uma semana, acabava de se tornar uma tarefa quase impossível. Havia pegado a primeira torrada quando fora girada junto com a banqueta de surpresa dando de cara com ele novamente, e a visão de Hassan se ajoelhando em sua frente acabava de mandar para o espaço a remota lembrança de que ele parecia ter esquecido o seu aniversário, teria vários pra ele lembrar de qualquer outro jeito. Abaixou os olhos para o rosto dele, dando um sorriso com o canto dos lábios enquanto seu peito subia e descia pesadamente. “Siéntete como en casa, papi.”
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pharaohhassan:
Hassan sabia da má-fama de jogadores de futebol quanto a casos extra-conjugais, e sabia que Aisha poderia se sentir tentada a desconfiar de sua fidelidade, mas também tinha certeza do quanto a latina sabia do amor vindo dele. Só tinha olhos para aquele bumbum empinado, os olhos escuros e a pele bronzeada, o rosto com aqueles traços que ao mesmo tempo que eram comuns de uma mulher árabe, eram bem diferentes por ser mexicana também. E os cabelos, como amava-a ver de cabelo solto pela casa, o perfume exalando para suas narinas toda vez que ela os lavava ou voltava do salão de beleza. Nunca pensaria em outra mulher que não fosse ela.
Aisha iria ficar furiosa com ele, mas não podia entregar o presente de bandeja, muito menos o resto da surpresa que incluía a visita do pai dela. Podia ter trazido a sogra, porém não via a esposa demonstrar que queria a visita da mãe agora que podiam pagar pela passagem. Poderia ter trazido Dalila com as suas irmãs, mas as meninas estavam no meio do semestre e seria prejudicial a educação delas ficarem quase uma semana sem aulas. Seus colegas de tme souberam da surpresa e concordaram em ajudar como podiam: um guardou o carro, outro buscaria Samir no aeroporto e levaria ao hotel e as novas amigas que ela havia feito entre as esposas e namoradas dos colegas de trabalho dele ajudariam com a comida enquanto Hassan a tiraria de casa por algumas horas. Ou ela ficaria muito feliz ou se sentiria traída por todos achando que ninguém havia se lembrado daquela data especial. Só tinha de aguentar mais algumas horas. “Ovos então. Eu deveria estar comendo frutas, mas não quero… Não aguento mais essa dieta… Mas vale pelos músculos, gosta deles?” Disse, apontando para os gominhos do abdômen, rindo e quebrando quatro ovos na frigideira. “Hum, é terça-feira não. Acho que vai ser mesmo um dia cheio… Estamos quase sem ovos, frutas… Que tal irmos ao supermercado?” Sugeriu, fingindo nem saber do que ela estaria falando. Colocou as fatias de pão na torradeira e se serviu de café. “Planos pra hoje? Não é terça feira que você faz as unhas, depilação, essas coisas de mulher?”
Era notória a desconfiança de Aisha, de fato Hassan nunca havia deixado de lhe dar os parabéns antes, por mais que ele fosse o primeiro, ainda teriam várias horas pela frente para ele a parabenizá-la. A testa ficou menos franzida enquanto o observava cozinhar, talvez ele fazendo qualquer coisa era o suficiente pra mexer com o ‘interior’ da mulher. “Você pode comer frutas e eu os ovos.” ergueu os ombros, rindo em seguida. Moveu os olhos para onde ele havia apontado abaixando a cabeça rapidamente dando um sorriso que escondia os dentes pensando no quando realmente gostava dos gominhos e todo o resto. “É um bom lugar pra se passar a língua.” mexeu as sobrancelhas de um jeito jocoso. Aisha saiu de onde estava, passando pelas costas de Hassan pra chegar ao armário ao lado, o abrindo e procurando os utensílios que usariam no momento. Se esticou um pouco para pegar os pratos que usariam no momento, lembrava-se que já havia pedido para que fossem mais baixos, porém desconfiava que o marido tinha segundas intenções ao deixar as coisas no alto para ela pegar.
“É, terça-feira...” respondeu novamente sem muita entonação na voz. “Você vai no mercado?” perguntou com pouca confiança, colocando os utensílios sobre o balcão. “O novo astro do Liverpool vai no mercado? Já leva uma caneta.” comentou em tom de brincadeira. Aisha se sentou em uma das banquetas, mantendo os olhos sobre Hassan, bebendo o café que ele havia servido. “Não mesmo. Normalmente eu fico em casa completamente depressiva até você chegar.” ergueu os ombros, dando um sorriso de canto. “Brincadeira, de qualquer forma não tem dia certo pra fazer isso e definitivamente hoje não tenho nada pra fazer. Daria pra passar o dia inteirinho no mercado, já não tem nada de especial hoje.” estreitou os olhos na direção do marido. “Como qualquer outro dia do ano.”
One little gift || 002
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pharaohhassan:
Eram quase três e meia da manhã quando Hassan abriu os olhos, sorrindo para a imagem de Aisha dormindo ao seu lado. “Feliz aniversário, amor da minha vida.” Sussurrou baixinho de forma a não acordar. Desde que ainda eram namorados, a presenteava com coisas simples, que era o que podia pagar: cerâmicas da loja e lenços que pedia para as irmãs bordarem com flores e outros desenhos e que Aisha ainda guardava. Sorria toda vez que a via com aqueles tecidos coloridos jogados sobre os ombros ou envoltos em seu pescoço em dias frios, davam cor a monocromia das vestimentas de inverno inglesas. Agradecia sempre em suas orações por ter ela em sua vida, sem seu apoio e sua paciência não seria o faraó da torcida de seu time. Estavam indo muito bem no campeonato inglês, com grandes chances de serem os campeões e seu coração aquecia toda vez que ouvia a torcida chamar seu nome, mas ficava ainda mais quente ao ver Aisha na torcida com a camisa rubra sorrindo. E ela merecia todos os luxos que o dinheiro poderia pagar, este que vinha entrando cada vez mais rápido com a gravação de alguns comerciais e outros extras. O suficiente para lhe dar de presente um carro exatamente igual ao seu, que foi presente de um patrocinador depois de Hassan ter desempatado um jogo classificatório segundos antes deste terminar.
Saiu da cama em silêncio, havia combinado que iria pegar o presente dela na casa de um dos colegas de time e teve sorte dela não ter nem se mexido enquanto esteve ausente. O Mercedes A250 preto estava na garagem com um enorme laço e um buquê de flores sobre o capô. Voltou ao quarto, tirou as roupas que usou para sair de casa e as escondeu sob a cama, nunca que iria conseguir as dobrar como Aisha e ela poderia acordar a casa segundo. Voltou a se aconchegar nos braços dela e dormiu. Acordou horas depois, já sozinho na cama e um cheiro de café invadindo suas narinas. Se levantou, tomou um banho e vestiu um moletom, mantendo seu peito nu, camisetas o incomodavam até que tomasse seu café da manhã. Havia conseguido um dia de folga e então decidiu fazer a surpresa que Aisha merecia. Apareceu na cozinha com os cabelos úmidos e a barba cheirosa, sorrindo para a morena. A abraçou por trás, vendo que ela ainda não havia comido lhe deixou um tapinha no bumbum antes de lhe desejar bom dia. “Hum, e o que minha amada esposa quer comer no café da manhã?” Perguntou, tirando da geladeira ovos e tentando se lembrar da dieta que supostamente deveria seguir em casa, mas que naquele dia deixaria passar. “Ovos, torrada?”
Aisha costumava frequentar os jogos na cidade, com certeza não era pelo time e sim por Hassan. Havia o acompanhado debaixo até ali, ouvir a torcida entoar cânticos em seu nome lhe trazia muito orgulho do marido pois sabia que ele havia feito por merecer, tudo o que estava ganhando, todo o prestígio, todos os contratos de imagem e nesse caso Aisha tinha que se controlar levemente visto que a exposição do marido vez ou outra vinha com certos carinhos estranhos vindo de torcedoras mulheres, por sorte ela achava graça daquilo tudo, pois mesmo sabendo da má fama de jogadores, confiava demais em Hassan pra desconfiar de algo.
Ouviu o ruído no andar de cima, logo, suspeitou que Hassan havia acordado e esperou pacientemente ele descer até onde ela estava. Aisha com certeza esperava algo, ele sempre fazia algo para ela nos aniversários e era o primeiro a lembrar, coisa que as vezes até ela mesma esquecia, portanto, querendo ou não, aguardava seu aniversário como uma criança aguardando o natal. Notou sua chegada mais pelo cheiro do que por barulho, o aroma fresco que ele tinha denotava que havia acabado de sair do banho e Aisha não pode evitar imaginá-lo no banho, cena essa que com certeza a desconcertava um pouquinho. Sentiu o abraço por trás dando um sorriso afetuoso se aconchegando nos braços dele, sentindo o perfume mais intenso desta vez, esperando as próximas palavras dele com certa expectativa, tinha que confessar a si mesma. “É, pode ser...” virou-se na direção do esposo enquanto franzia a testa numa clara expressão de dúvida. Caminhou até seu lado no fogão, apoiando-se no armário ao lado do mesmo o observando com a cabeça inclinada e encostada no mesmo móvel. “Dia cheio hoje?” perguntou, tentando jogar alguma indireta para ver se ele morderia a isca. Hassan nunca havia esquecido seu aniversário antes, Aisha ainda estava esperando as felicitações.
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Os raios de sol atravessavam as pequenas brechas nas cortinas da grande janela do quarto principal, dava para perceber sem nem mesmo abrir os olhos devido a claridade confortável no recinto. Aisha virou-se na cama ficando de frente para Hassan enquanto o mesmo parecia dormir profundamente, assim, preferiu não o acordar no momento, levantando-se por fim, escapando para o banheiro rapidamente. Não se demorou por lá, voltando para o quarto para procurar alguma roupa antes de descer para o andar de baixo, não lembrava se havia fechado as cortinas anteriormente e aparecer pelada na janela arriscando alguém ver e tirar foto não era mesmo sua intenção. Aisha acabou pegando uma camiseta do marido que jazia sobre a poltrona, ela mesmo havia tirado dele e colocado ali na noite anterior. Vestiu aquela mesmo, o comprimento da peça ia até metade de suas coxas, não era ‘menos pior’ que ficar pelada, mas pelo menos não estava completamente sem roupa, sendo assim, desceu as escadas em direção a cozinha da casa.
O cheiro do café inundou a casa minutos depois, Aisha não era a melhor pessoa na cozinha, definitivamente, mas graças a qualquer deus presente na mitologia da humanidade, a tecnologia ajudava muito naqueles momentos, sendo assim, o trabalho pesado de passar o café foi todo da cafeteira e ela só fez aproveitar a bebida depois, levemente debruçada sobre o tampo do balcão da cozinha, olhando através da janela, sem focar em algo especificadamente. Já haviam se passado alguns meses desde que chegaram em Liverpool, Hassan havia conquistado muito o carisma dos torcedores, além de fazer bem o que era pago para fazer, logo, a fama começara a aparecer aos poucos dentro da vida dos dois. Mas, naquele dia em específico, Aisha estava de aniversário, normalmente nunca teve nenhuma comemoração de fato além das de quando criança, depois que foi morar com Samir, apenas ganhava presentes do pai e ambos tiravam um dia juntos e de verdade, ela não se importava tanto com o aniversário em si, apenas apreciava demais o carinho sentido pelos que estavam a sua volta, ainda mais de Hassan, ele com certeza era a melhor parte dos seus aniversários.
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pharaohhassan:
Estar nela sem camisinha era uma sensação maravilhosa, podia a sentir por inteiro a mulher que tanto amava, seus olhos estavam fixos no dela, seus quadris indo e voltando nela bem devagarinho. Começou a passear os lábios pela boca dela, deixando beijos calmos, então descendo pelo seu pescoço até chegar nos seios e devagar sugou a ponta deles no mesmo ritmo que metia nela. Parou por algum tempo para passar os dedos pelos cabelos escuros dela, sorrindo. Logo a morena tomou o controle e começou a cavalgar no marido. Hassan suspirou, os dedos indo parar nos quadris da mulher e então apertando o bumbum, a ajudando na velocidade das estocadas, mas parando logo em seguida porque queria que Aisha comandasse tudo ali. Deixou os olhos sobre os seios pulando na frente de seus olhos, suspirando e tentando lembrar a escalação da seleção egípicia de 1990 para a Copa do Mundo para que não gozasse antes que a morena chegasse ao seu limite.
A mão dele passeou pelas coxas, gemendo mais alto do que estava acostumado, falando o nome dela com deleite, mordendo o lábio enquanto a sentia a intimidade dela cada vez mais molhada, coisa que nunca teve oportunidade de sentir com a camisinha. Não podiam se dar ao luxo de esquecerem o preservativo quando fizessem sexo de novo. As mãos foram para o clitóris dela, e o egípcio ergueu o tronco para ficar sentado na cama e então envolver as costas dela com um dos braços e deixar beijos na boca da latina. “Isso é bom demais.”
Seu quadril passou a movimentar-se um pouco mais rápido, suas mãos jaziam apoiadas sobre o abdome alheio para ter mais apoio em seus movimentos, Aisha abriu os olhos finalmente mantendo-os no rosto de Hassan, não tinham que medir suas ações agora, podiam ‘pintar e bordar’ a vontade e a mulher suspeitava que toda aquela liberdade só conseguia melhorar tudo. Ela ouviu o gemido mais alto do esposo e um sorriso brotou em seus lábios, a latina não lembrava de ter ouvido aquela intensidade antes e desta forma passou a mover-se com um pouco mais de velocidade mais como uma provocação em relação ao outro sob ela.
As mãos alheias sobre a sua pele pareciam ter o efeito incandescente, o toque dele sempre fora afrodisíaco para ela, de todas as formas possíveis, definitivamente Aisha amava as mãos grandes do marido. Não demorou para Hassan passar a provocá-la com a mão em seu clitóris, percebeu que ele se sentou, então passou as pernas em volta de sua cintura ficando mais colada a ele mas sem parar de se movimentar, retribuía os beijos do outro tendo cortá-los vez ou outra para soltar sua respiração cada vez mais entrecortada mostrando claramente que não conseguiria se segurar por muito mais tempo. Uma de suas mãos desceu ficando no lugar da mão de Hassan, se tocando agora, mantendo os olhos no rosto dele não se privando em nada da visão que tinha ali. A mão livre foi até a nuca alheia, se enroscando uma vez mais em seus cabelos tendo que se controlar para não puxá-los muito forte. Não conseguiria se segurar por muito tempo, sentia seu corpo se contraindo cada vez mais depois que passou a se tocar, mais ainda por não parar de mover o quadril sobre Hassan e o orgasmo realmente não demorou para vir, Aisha apertou os dedos no cabelo dele, seus lábios se abriram para que seus gemidos passassem a ficar mais altos nos segundos seguintes, quando por fim, Aisha gozou intensamente no colo de Hassan, seu corpo se relaxando aos poucos quando pousou a testa sobre o ombro dele para tentar recuperar a sincronia em sua respiração. “Com toda certeza é bom demais.” disse em um meio sorriso, completamente esbaforida e igualmente satisfeita.
The new beginning ||001
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