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Pode deixar chamando.

Com licença, eu acho que aquela pessoa ali está te chamando.

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O meu ombro ficou doendo o resto daquele dia, seu bruto.

━━ Foi em você que esbarrei sem querer outro dia? Ainda preciso me desculpar por não ter oferecido qualquer ajuda - estava bem atrasado e um pouco alheio ao meu redor. Você não se machucou, certo?  

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“Não é só você. Mas que você sabe fazer, sabe.” O sorriso de canto debochado do rapaz dobrou em uma cutucada no ego na garota. Quando Naeun ficava irritada, as coisas na cama se tornavam mais quentes. Era cristalino o fato de que ela conhecia seus gostos melhor do que qualquer outra, mas dormir com a ex-namorada era meio estranho até pra ele. Não sabia se realmente devia. Entretanto, pela resposta que a loira havia lhe dado, sabia que tinha sinal verde para agir, ainda quando quando agia daquela forma. Desde que ainda permanecia com a mão na cintura da garota, puxou-a para seu colo, sem fazer muito esforço. Face a face, os olhos vidrados nos lábios pintados de Naeun. A língua passeou pelo inferior da garota, o gosto do álcool ainda presente o fez sorrir. “Vamos pra sua casa.” Levantou-se, consequentemente levantando-a também. Segurou sua mão, puxando-a pelo salão em direção à saída. A casa da garota não era longe, e ele dava graças a Deus por isso. O caminho fora silencioso, sem tiradas, sem provocação. A mais baixa sabia que ele gostava de deixar esse tipo de coisa entre quatro paredes. Não demorou muito para que chegassem à porta, e foi onde Jaejin parou. Aquilo lhe remeteu lembranças por vários segundos, antes que Naeun chamasse sua atenção. “Você vai abrir a porta pra mim, não vai?”

Revirou os olhos ao escutar o comentário de JaeJin furando completamente o seu ego, mas não tinha ficado brava. Já estava acostumada com aquele terrível costume que o mais velho tinha em provocá-la, só que dessa vez, ela conseguia enxergar motivo para isso. Aceitou de bom grado sentar-se no colo do moreno e ficou ali admirando-o enquanto acariciava os fios de cabelo perto da nuca dele. Acabou rindo daquela súbita pressa que fora demonstrado por Won e nem teve tempo de agir quando o mesmo falou de irem para a casa dela, afinal, quando se deu conta já estava sendo puxada para fora da festa. Já que era exatamente aquilo que a mais nova queria, Naeun nem chegou a reclamar de toda aquela pressa, só achou aquilo excitante. - Claro que vou abrir pra você, a não ser que você queira fazer aqui fora, hum? - Terminou a frase com uma pergunta retórica, já que mesmo se ele quisesse, Naeun não queria. Colocou a mão para dentro do vestido, chegando ao sutiã, que virava praticamente um depósito de coisas quando a loira não estava com vontade de usar uma bolsa. Tirou daqui um molho de chaves pequeno e tratou de abrir a porta de casa. Ao entrar, tirou os saltos, que já estava começando a machucar seus pés e colocou todas as coisas que tinha guardado no sutiã, na mesinha de entrada. - Sabe, essa casa é muito grande e como estamos sozinhos, temos a oportunidade fazer em lugares que nunca fizemos. Vou deixar você escolher.

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The Eye - Infinite

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“Não que eu tenha, mas seria de muito bom tom.” Respondeu afiado, enquanto o braço passava pela cintura da jovem, permitindo-se acariciar a mesma com a ponta dos dedos, por cima do vestido. Esperou que Naeun fizesse sua “mágica”, embora realmente não estivesse surpreso. Ela fazia o que queria, sem pensar, e melhor ainda, sem ter consequências, mas ele ainda tinha uma imagem pra manter se quisesse sair daquele fim de mundo e ter sucesso. “O que um par de peitos é capaz de fazer, não é mesmo?” Uma risada meia boca soou, e ele adonou-se da bebida dela, tomando um gole. “Seus pais estão em casa?”

Estava bem acostumada com as respostas afiadas de JaeJin, essa jeito dele não a incomodava mais, só aquela resposta em si tinha deixado-a um tanto desconfortável porque era meio que uma mentira na opinião dela. - Mentiroso. Só eu faço do jeito que você gosta. - Sendo verdade ou não, Naeun achava que tinha certas vantagens por ninguém conhecia o rapaz como ela. Lee conhecia os gostos do mais velho de um jeito que nenhuma garota foi capaz de conhecer. - Estes aqui conseguem muito mais, pode ter certeza. - Tomou o drink pelo canudo enquanto copo ainda estava nas mãos de Won. - Nem eles e nem os empregados, teremos a mansão toda só para nós. - Entrelaçou seus dedos nos fios negros do rapaz, fazendo uma espécie de cafuné.

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“Você é bonita. Mesmo se viesse vestida de abóbora ia conseguir macho atrás de você.” Riu baixo, tomando mais um gole do câncer que eles estavam chamando de coquetel sem álcool. Naeun sabia que era bonita, e isso era algo que ele sempre teria certeza. “Se você estiver querendo uma foda gostosa comigo pra matar a saudade, sabe que vai ter que dizer com todas as palavras.” O sorriso de canto, debochadamente costumeiro, surgia cabulosamente em sua feição, embora soubesse que Naeun negaria por talvez não ter realmente querido entrar naquele assunto. Mas ele era assim, ela sabia, e, embora estivesse com um pé atrás sobre a tal garota misteriosa, ele não iria deixar de aproveitar as oportunidades que lhe eram dadas. “Eles não vão te dar nada com álcool. Eu já tentei.”

O comentário dele era um fato, Naeun estava bem acostumada com garotos indo atrás dela, principalmente aqueles que sabiam que não tinham a menor chance com ela. Um sorriso e um olhar de vitória emolduravam o rosto da garota, que em pensamento, concordava com tudo o que ele falou. - Se eu disser, você vai matar a saudade? - Levantou-se do banco ao lado de JaeJin para se aproximar do mesmo e passar os braços pelos ombros dele. Não deu muita importância quando escutou o mais velho dizendo que ela não conseguiria um drink com ele, afinal, não tinha interesse em álcool, mas não gostava de ser subestimada, portanto agora estava determinada a conseguir uma bebida alcoólica. - Tem uma grande diferença entre eu e você, amorzinho. - Disse isso olhando para o barman que tinha anotado o seu pedido. Jogar um charme no barman para conseguir o drink que quisesse era uma tática antiga, mas infalível se feita da maneira correta. Minutos depois, um copo longo decorado com um tradicional guarda-chuvinha foi colocado na sua frente. O barman apresentou a bebida como Espanhola e logo se afastou. - Viu só?!

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A voz melodiosa e já conhecida chamou sua atenção, então virou a cabeça para olhar sua lateral. Um sorriso de canto meio misturado com uma risada curta e soprada era tudo o que Naeun receberia por aquele comentário. Não estava muito afim de falar da sua nova crush da internet para sua ex-namorada que iria pegar e muito no seu pé. Negou com a cabeça, tomando um gole daquele coquetel medonho. “E você? Quantos corações já quebrou só nessa noite, Mrs. Peach?” Brincou, dando de ombros e puxando um dos bancos, para que a garota se sentasse ao lado dele. “Não é um saco? Quer dizer, não tem nada de interessante lá fora, e agora, eu estou preso nesse lugar. E tem muita família aqui, mesmo que a quantidade de gente jovem exceda o número.”

Sorriu com a brincadeira dele, mas tinha uma resposta verdadeira para aquela pergunta. - Quantos?... Hum, digamos que de uns três Mario’s que vieram me encher o saco. Fazer o que? Eu devia ter vindo de Princesa Rosalina. - Deu de ombros sentando no banco que o mais velho tinha puxado para ela. Realmente, se a garota soubesse que teria tantos rapazes vestidos de Mario naquela festa, ela com certeza não tinha se fantasiado de Peach. - Preso nesse lugar? Isso é porque você pensa pequeno, né amorzinho... De qualquer forma tem eu aqui e eu sou uma pessoa super interessante, você sabe. - Deu uma piscada para o rapaz ao seu lado e tratou de pedir um drink para o barman mais próximo.

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Embora estivesse dentro do salão, não tinha muitas expectativas para a festa do condomínio. Não que a menosprezasse, mas havia muita gente dentro do espaço, e sua ideia de diversão não era a mesma que da maioria das pessoas lá. Ainda sim, era melhor estar na comemoração do que em casa, já que seus pais se encontravam na mesma, repousando de viagem. 

Sentou-se em um banco alto, naquele bar improvisado. O pior era a bebida sem álcool. 

Naeun adorava festas, baladas, qualquer coisa desse tipo e ficava ainda mais animava quando o traje era fantasias. Esse tipo de festa fazia com que ela pudesse soltar a criatividade em seus desenhos e looks sem ser tão julgada por seus pais. Desta vez tinha escolhido uma fantasia que combinava muito com sua personalidade e tinha escutado isso pelo menos de umas cinco pessoas diferentes só ali... “É, vai ser uma noite bem longa” Pensou, mas logo afastou seus pensamentos quando viu alguém conhecido sozinho no bar. - Por que você sempre está sozinho quando eu te encontro? Sempre achei que você tinha muitas pessoas aos seus pés. 

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LEE NAEUN AS PRINCESS PEACH

No matter how i look, you do not seem real. Curves that come into view fieldlong, straight hair that goes to waist. all this is so beautiful on you.

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Sabe KwangHee, você deveria saber que isso foi como um tapa na cara pra mim. Você só está brincando, né? Uma brincadeira bem sem graça, aliás. Sou eu, Naeun. Lee Naeun.

Bem, eu voltei porque… Quer dizer, eu quem deveria estar fazendo perguntas por aqui. Quem é você e como me conhece?

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Sim, no KyuJong. 

KwangHee você está me assustando. O que está acontecendo? Por que você voltou? Na verdade... Por que foi embora?

Eu estudei aqui…? Oh, certo, eu estudei aqui. Quer dizer… Eu não lembro. Eu estudei aqui. Mas em qual escola mesmo?

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Como assim? Você estudou aqui, foi a escola aqui. É claro que todo mundo vai saber quem você é... Qual é a surpresa nisso?

Eu sai em alguma capa de revista ou em alguma manchete de jornal para todo mundo de repente me conhecer?

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Você deveria prest... KwangHee?

Uhn… Eu pude jurar que eu escutei alguém chamando o meu nome… Acho que estou ficando louco também.

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Você é ridículo, garoto. Como eu te aguentei por tanto tempo?

Você mesmo disse, “Jaejin, essa relação está insuportável”. Eu não sou louco. Talvez você sim, por causa da TPM, mas não inventei nada. 

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Eu tenho ideias muito melhores do que eu posso pedir para o meu papai, tipo a sua aniquilação da Terra. Ótimo, vá consertar os seus carrinhos de brinquedo e saia do meu caminho.

— Por que você não usa essa energia pra ligar pro seu papai e pedir pra ele comprar uma oficina e contratar um monte de mecânicos só pra você encher? Eu tenho que realmente trabalhar ao invés de ficar nesse papinho que não vai pra lugar nenhum.

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Não estou porque você está bloqueando o meu caminho até o meu chofer com esse corpo super gostoso, mas todo suado e sujo de graxa. Aliás, se você sujou a minha roupa, saiba que terá que vender essa espelunca de oficina para poder pagar só o meu sobretudo. Escutou bem, plebeu?

— Se é tão importante assim, por que não está na sua limousine com chofer, princesa? Não precisa dividir a calçada conosco, meros mortais insolentes que não têm medo do seu salto. E falo isso com todo o amor do mundo.

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Vadia? Você chama de vadia ser uma mulher com atitude o objetividade o suficiente para ir atrás do cara que ela quer? Então sim, eu sou uma grande vadia. Só namorei com uma pessoa em toda a minha vida, não sei porque está me chamando de vadia, mas não me incomoda nem um pouco. 

Eu prefiro que ninguém me queira do que ser a vadia da escola. Que tal?