pseudonimovalentina
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valentina.
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pseudonimovalentina · 9 months ago
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Hoje eu tive tempo livre para me prender ao passado. Não gosto dos meus períodos de balanço interno, porque, geralmente, eu nunca sou compreensiva e amável comigo mesma ( o que parece um tonel de absurdos, já que eu costumo ser doce e compreensiva com a maioria das pessoas ao meu redor) [acredito que se as pessoas que convivem comigo tivessem acesso aos meus pensamentos, elas não me veriam com tanta generosidade, porque ninguém gosta de monstros comportamentais e abusivos...a régua de mim para comigo é sempre alta demais - inalcançável, eu diria em sobriedade - e eu não costumo abraçar as minhas insuficiências]. Hoje eu tive tempo para analisar tudo o que eu deixei de fazer; tudo o que eu deixei de ser; eu, que costumo me entregar até a última gota a tudo o que quero e sou...eu, que, se for sincera comigo por um momento, comecei a viver agora...aprendi a viver agora... quis viver agora... [ eu tô pronta pra abandonar essa liberdade em nome de algo que eu já sei que não vai chegar em lugar nenhum?? me falta coragem ou aceitação??] [eu costumava acreditar nas minhas potências, e agora, para onde foi parar a minha coragem?]
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pseudonimovalentina · 2 years ago
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tem um barulho enorme aqui dentro. hoje é mais uma noite de maré alta. por um longo momento senti no peito todas as minhas insuficiências. muita coisa tem parado de funcionar - literal e metaforicamente, e eu ainda não entendi muito bem quais recursos me sobraram. não consigo me conectar com a versão passada, que atravessou a última transposição, e não tenho nova forma pronta para os próximos passos. me vejo em pé, na beira do abismo, contemplando o silêncio e a escuridão dos meus próprios ecos. eu tenho tentado crer que a vida se comprometerá a me encontrar no caminho, mas a verdade é que me sinto inteiramente só.
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pseudonimovalentina · 3 years ago
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04-12-2022 eu sei que não foi uma visão. não foi um sonho lúcido. mas eu não sei explicar em que se encaixa a sensação da madrugada de ontem. era como se eu estivesse dormindo, mas não muito. um pouco menos do que acordada. parte de mim ainda estava ali, habitando o universo do meu quarto e da minha cama, mas havia algo dentro de mim que transitava multidões. primeiro houve muito barulho. muitos. não era possível discernir vozes, mas era como se elas estivessem ali. não havia clareza nos rostos, mas era como se fossem milhares de faces. não era uma multidão organizada. era como se "muito" existisse, e eu de alguma forma tomasse consciência disso. era uma inquietação interna e externa, entre uma e outra olhada no meu relógio. assim eu soube que as horas realmente passaram. assim me mantive conectada com aquilo que eu entendo por realidade. era tarde. próximo da meia noite, ou pouco mais que isso, e eu passei a sentir calores absurdos. nada aliviava. era abafado e úmido. e então era como se eu estivesse alinhada com uma "energia marrom". eu tinha a clareza da ideia da cor marrom, que dividia protagonismo e coadjuvância com outra multidão. ainda eram muitos, mas agora eram menos do que antes. eram alguns muitos. dentro, em volta, perto, ao redor, do marrom. quente. abafado. úmido. agitado. confuso. caótico. era forte. cansativo. havia um movimento envolto em tudo "aquilo" e marrom. então, em uma fração de segundo eterno, eram 03 da manhã, e eu despertei o suficiente para me encaminhar ao meu banheiro. apaguei a minha vela, pois senti a necessidade de que o calor se dissipasse. e tudo esteve fresco. era como se a temperatura estivesse em 10 a 15 graus a menos do que antes. era leve. então eu me inclinei tranquila na cama, pois sabia que aquele caos havia passado. eu senti muita paz. sabia que era outra coisa, outro momento, outro lugar, outro, onde eu estava. me posicionei um pouco mais sentada, saboreando o alívio de estar no frescor. então eu me senti envolta por uma energia diferente. "superior" não é bem o que melhor define a sensação, mas era outra sintonia. e eu soube. eu simplesmente soube que era energia de mulher. me lembro de tentar diferenciar pra mim mesma como seria a descrição daquela mulher, e tentei coletar o máximo de informações que eram conhecidas na minha tão limitada linguagem. era energia de mulher. não muito nova, não moça, não velha. era mulher. e era uma energia materna imensa. era uma mulher, mãe, nem velha nem moça. e eu me sentia acolhida, como um bebê nos braços seguros da mãe. aquilo ali era elite. me lembro de me sentir segura. e ainda haviam. menos. alguns. poucos. mas não me importava, porque eles não me apresentavam risco. era mais clara a percepção de silêncio, porque ao mesmo tempo em que eu estava dentro, eu estava fora daquele grande colo. e eu soube que nada ali me atingiria. e eu soube também que era amarelo. um amarelo vivo. iluminado. não brilhoso. não dourado. era amarelo. mulher. mãe. seguro. doce. bom. seguro. sábado. olhei no relógio mais uma vez. eram 05 da manhã. o sol ensaiava tocar a minha janela. o presente tocava o meu corpo. o despertador tocava os meus ouvidos. tudo o que eu conhecia, da forma como conhecia, estava de volta, no mesmo lugar.
-nem descrevendo com todas as palavras que existem nesta terra, nem com a maior clareza metafórica de extensos parágrafos, não existe linguagem capaz de traduzir o que me aconteceu.
xangô e oxum?
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pseudonimovalentina · 3 years ago
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mas você me conhece, amor, eu não suporto me explicar; essa coisa de precisar destrinchar as minhas intenções não é o meu forte. eu subi as minhas colinas e desci, para que agora eu saiba o sabor de estar perto de pessoas que falam a minha língua, sem que eu precise me traduzir a elas. com um pouco de interesse e disposição, é possível ser fluente em tantas outras linguagens, ainda que não seja a própria...mas para quem sequer conhece os mares por onde navega, direções cartográficas são meros excessos. o canto da sereia que habita em mim, em nada reflete a sua surdez. goza dos teus sentidos perfeitos e vive. navega em ti.
– às vezes a incompreensão fere mais que bala perdida
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pseudonimovalentina · 3 years ago
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02-12-2022 sobre inícios e recomeços Hoje é o primeiro de 21 dias do meu novo jejum. Eu não me lembro da última vez em que eu me coloquei numa situação dessas. Olho pra trás e me recordo do tanto que eu tentei me encaixar, fazer servir um molde que não era meu. Mas eu tentei de coração. Eu coloquei a voracidade da minha alma em tudo o que eu me propus a fazer; e ainda assim não foi o suficiente. Tive uma conversa longa com a terapeuta essa semana - longa, como sinônimo de 3 horas - na periferia da espiritualidade como conhecemos; trocamos algumas figurinhas informativas, e, confesso, me trouxe paz. Pela primeira vez em muito tempo, eu não me senti como um erro, insuficiente, silenciada, batalhosa por me consertar em um caminho repetitivamente errante. A forma como ela dispôs diante dos meus olhos a minha própria vivência não me fez sentir como uma perdida no vale do silêncio. E eu me senti assim por anos. Por mais de uma década. E para quem mal viveu seus 20 e poucos anos, uma década é muita coisa. Enxerguei, pela primeira vez, minhas próprias limitações como permissões, e olha que eu não sou de me conformar com nada. Eu, que sempre achei que deveria estar em movimento, que acreditava intimamente que sempre existe algo a ser feito, mesmo diante das mais paralisantes situações, me vi contente e conformada por aceitar que algumas coisas são exatamente como elas precisam ser, como devem ser, encaixadas no propósito de si mesmas. E eu tive vontade de viver mais. De sentir mais. De ver mais. Ouvir mais. Eu abracei essa pequena porção que eu carinhosamente cultivei como minha, e desejei que ela expandisse. Dentro do que for permitido a ela. Sem guerras internas, sem estilhaços de cobrança pessoal. Mas eu não sei ser de outra forma. Eu ainda não sei muito bem "aceitar". E reconheço que existe uma sabedoria absurda nessa serenidade. Mas eu estou me dispondo a tentar. Eu vou tentar olhar para tudo o que eu não posso controlar com a devida parte de "permissão". Eu vou tentar essa vivência sem tentar me sobrepor a ela, sem me permitir engolir. Eu vou tentar experimentar essa tal de doce, perfeita e agradável vontade. Porque algo dentro de mim acredita que existe mais, e que o inexplorado ainda pode valer muito a pena. E eu não sou de me conformar com pouco.
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pseudonimovalentina · 3 years ago
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eu sou grata aos céus por tudo o que vivemos. só depois que uma história verdadeiramente acaba é que a gente consegue olhar para os fatos de forma branda, sem vieses; portanto, olho para nós com a sobriedade merecida e necessária de quem combateu o bom combate e sobreviveu. não, nem só de guerras vivemos - serei justa - e construímos, em nós e através de nós, estruturas que estarão envoltas em tudo o que fizermos. sim, você foi o meu primeiro amor - ainda que eu só viesse a descobri-lo em plenitude muito depois da sua partida- e esse título é e sempre será unicamente seu, de ter sido o primeiro. com você eu vivi incontáveis primeiras vezes - e quando eu me achei esgotada delas, a vida me mostrou que ainda era possível viver primeiros detalhes em outros roteiros - e graças à colisão do meu universo com o seu eu pude (re)descobrir muita força interna, rever alguns padrões e valores, realocar sentimentos, pessoas, prioridades, vontades, coragens. ah, coragem. você me encheu de coragem para muitas coisas...às vezes, me emprestou a sua, outras vezes iluminou a minha própria, e a isto eu serei eternamente grata. você me dizia que adorava a minha forma simples de viver a vida, mas a verdade é que você foi parte da força que descomplicou as minhas atitudes e decisões; e a isto também eu serei eternamente grata. deu muito errado, várias e várias vezes - só a gente sabe o quanto! - e de tudo o que aconteceu, o meu coração entende como lição que a gente aprendeu. eu sei que posso te incluir nisso, porque hoje posso dizer que conheço o seu coração - e que você conhece o meu - e que podem se passar dezenas de pessoas nessa vida, eu fui a primeira a te conhecer na sua essência. nós aprendemos. aprendemos a esperar, tolerar, compreender, abrir mão, suportar, desejar, acolher, e tantos outros verbos que a vida nos colocou como desafios. eu não me arrependo da pessoa que fui com você, porque sei que fui a medida certa para tudo o que eu precisava aprender. e quero que você jamais se arrependa da pessoa que foi comigo. você aprendeu a se abrir e confiar em outro coração como ninguém havia sido para você antes; você aprendeu a ser vulnerável com as suas feridas e a olhar de frente para os seus piores monstros - pela primeira de muitas vezes até o final da sua evolução, e o fez de forma muito corajosa. eu sou grata aos céus por tudo o que vivemos. a vida é muito dinâmica, tudo é e está em constante transformação, e o meu desejo sobre ti é que sejam caminhos livres, de cura para as suas dores, de coragem para os seus sonhos, de estratégia para os seus planos. sorria, sempre, e ilumine a vida de outras pessoas com a luz que emana dos seus olhos pequenos! encha outros braços de calor e amor. alegre outras almas com o som da sua voz. viva, menina! viva muito. viva tudo o que essa vida tem de melhor para você. tudo o que é seu, inteiramente seu. e eu irei feliz daqui, torcendo pelo seu bem, e desejando que tenha paz. eu sou grata aos céus por tudo o que vivemos, e hoje nos entrego de volta a ele.
-o amor que nós tivemos nunca será poder de prisão, e sim de liberdade, agora e para sempre!
Valentina.
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pseudonimovalentina · 3 years ago
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ontem escrevi para te tirar do peito - que bobagem! hoje você ainda ocupa o mesmo lugar, expansiva e latejante. ontem eu bondosamente agradeci ao universo por tudo o que vivemos, e por olhar para a nossa história como o assentamento de caminhos de liberdade e de amor; fui preenchida com serenidade pela ideia de sermos apenas o trajeto uma para a outra, e não o destino final, mas hoje, quando o dia amanheceu, acordou consigo em plena potência sentimentos adormecidos de saudade, intimidade, desejo, carinho. hoje eu desejei seus olhos pequenos sobre mim. hoje eu quis ouvir sua voz sussurrando seus medos e suas angústias, hoje eu exaustivamente procurei o seu sorriso nos rostos que encontrei. quem sabe, amanhã, quando o sol se esconder sobre as nuvens e eu não sentir o seu calor, eu esqueça mais alguma parte sua - e se eu tiver sorte, bem aquela parte sua - que eu sinto muita falta. 
- as vezes, escrever não é tão eficiente quanto te abraçar. 
                                                                                          Valentina. 
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pseudonimovalentina · 3 years ago
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pseudonimovalentina · 4 years ago
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qual o seu nome, monstro que habita no escondido da minha alma? quais são as suas brincadeiras preferidas? onde você deita a cabeça latente, e repousa sereno para descansar? qual a sua linguagem e quais conteúdos são os mais importantes pra ti nessas mensagens? recebo seu fogo pungente nas mãos, e todo o meu corpo sente seus movimentos; incontidos, incontroláveis, desmedidos. afina meus ouvidos e aguça o melhor da minha percepção a ti. estou aqui como sua amiga, abre a mim os seus segredos, sussurra medos e vontades; confia, nesse peito que te serve de casa, e nessa alma que te serve de amor.    
                                          valentina.
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pseudonimovalentina · 4 years ago
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tem uma ansiedade morando no meu peito um movimento difuso expandindo, acalorado um tremer das pontas, incontido, incontrolado.  tem uma labareda punjente nas ideias que eu não vi nascer, não sei para onde vai subversiva, imparável tem um monstro morando debaixo do tapete?  natimorto ideal não-defendido?  o quê habita às sombras da minha alma? que forma toma nas curvas do meu ser interno? vomitarei meu fogo contido, no amanhecer destes dias incertos  e com o primeiro raio da manhã eu vou nascer de novo  e viver melhor.
                                                 valentina.
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pseudonimovalentina · 4 years ago
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eu não consigo ouvir a sua voz. minha mente tem me levado a lugares obscuros da alma, e acho que meu corpo conseguiu - finalmente - metabolizar todo o veneno que ingeriu de nós. de todos os planos que compartilhamos e achávamos construir com a força de nossos braços, restou o pó, a cinza e o nada. do quão nos conhecíamos bem e de tamanho conforto era a conjunta companhia, hoje não te suporto trombar os olhos e os ombros. viver tem demonstrado sentido e valor, desde o sorrateiro momento em que eu parei de permitir que você me roubasse o ar. não me lembro qual foi a fração de segundo em que a liberdade fez casa no meu peito; nem sei se deveria atribuir tal evento a alguma singularidade. o que é de meu conhecimento e sentidos é o atual estado do meu coração - recapeado, polido, completo.  de ti, não quero os sorrisos, os beijos ou o calor da pele. de ti quero a distância planetária de não dividir o espaço (nem o tempo) com a sua existência. eu não consigo ouvir a sua voz, nem me deparar com os seus detalhes, nem lidar com as suas escolhas. 
- deixe-me ou morra em mim. 
                                                                                     Valentina.
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pseudonimovalentina · 4 years ago
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ontem eu aprendi sobre o amor sereno; talvez seja mais justo dizer que "teorizei" sobre ele, que recebi as coordenadas geográficas de sua morada itinerante e as características da forma etérea de que se veste. sabe, eu tenho vivido em mundos de guerras; desvio de granadas, tiros calibrosos e outros agravos que explodem de uma relação de afetos fadada ao tremendo fracasso. travei batalhas imensamente maiores que eu, e ao meu redor houve barulho, não ouço a paz. careci de abrigo, mas a ajuda humanitária não conseguiu adentrar em zona neutra. de neutro, nem o sabonete que usamos; tudo é uma dança de equilíbrio entre escolhas e consequências.
  - é tanto cansaço quando se trata do que vivemos, que perdi a vontade de concluir o que estou escrevendo.
                                                                                     Valentina
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pseudonimovalentina · 4 years ago
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só pra tirar do peito que decidi aceitar uma proposta de trabalho novo; aquele que eu dizia que era o meu sonho de princesa, lembra? eu até quis compartilhar com você a mudança de rotina com a mesma felicidade da criança que vive o primeiro dia de escolinha, mas não foi tão simples nem tão feliz. o dia mal começou e eu já queria voltar pra casa - apática, profunda, vazia. e foi assim que eu percebi que ainda existe um buraco enorme no meu peito, desde quando você fechou aquela porta. e quem diria que portas e caminhos significariam tanta dor pra nós...você me segurou em tudo, menos nos seus braços enquanto o mundo despencava ao nosso redor. mas, fica em paz, eu me levantei sozinha, mais uma vez. os dias vão passando e levam com eles bons pedaços de você ( e das memórias doces que eu apressadamente quero me desprender). mas não era bem disso que eu queria dizer...ah, é, o trabalho...comecei um trabalho novo, na área que eu gosto, mas que tô ferida demais pra aproveitar...  e conheci uma pessoa nova no trabalho novo. com um sorriso bonito, com olhos marcantes, com perfume bom. o roteiro é bem parecido com o nosso, com a fração de segundo daquele maldito dia que eu te conheci. e, como se o destino quisesse se comunicar comigo, me aproximou em um lugar novo, com uma pessoa nova que até tentou puxar assunto e manter uma conversa maior do que o monólogo que já imperava, mas, sabe, existe um buraco enorme no meu peito, desde quando você fechou aquela porta. pena que pessoas não podem ver a cor da nossa alma, senão ela saberia que eu sequer consegui juntar todos os meus pedaços...se eu pudesse, diria pra ela não se animar com esse maldito dia em que me conheceu, porque dos lapsos meus que estavam presentes ali, todos ainda gritavam o seu nome. 
- oi, muito prazer! eu ainda tenho o coração rendido por uma mulher.  
                                                                                       Valentina
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pseudonimovalentina · 5 years ago
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“Me conta dos teus sonhos, me fala das tuas estrelas, me coloca em órbita com teu sorriso.”
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