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"A Pulga Atrás da Orelha"
Tem dias em que acordo com a cabeça cheia. Não sei ao certo o que me incomoda, mas sinto que algo se remexe lá dentro, como se meus pensamentos andassem tropeçando uns nos outros. E é estranho, porque estou bem. De verdade. Me sinto confortável no meu novo relacionamento, como se eu tivesse encontrado um lugar de paz onde posso ser quem eu sou, sem precisar vestir nenhuma armadura.
Mas, mesmo assim, tem uma pulga atrás da orelha. Um pensamento sussurrado que me assombra em silêncio: e se tudo isso acabar? Às vezes parece que estou, sem querer, me preparando para o fim — como se não acreditasse completamente que algo bom pode simplesmente... durar.
E me sinto mal por pensar assim. Como se fosse errado. Como se, só de imaginar, eu estivesse querendo. Mas não é isso. Não quero que acabe. Muito pelo contrário. Eu gosto do que temos. Gosto da leveza, das risadas, da forma como nos entendemos com o olhar. Mas, por algum motivo, uma parte de mim insiste em levantar dúvidas — talvez como forma de se proteger, talvez por medo de mergulhar por completo.
O mais louco é que esses pensamentos não diminuem o que sinto. Só deixam tudo mais humano. Mais real. Amar, no fim das contas, não é sobre viver sem medo. É sobre continuar mesmo com ele ali, quietinho no canto.
E talvez, só talvez, eu não precise responder todos os porquês agora. Talvez só precise continuar. Respirar. Sentir. E confiar — em mim, no outro, no caminho.
Porque a pulga atrás da orelha pode até fazer barulho, mas não precisa me impedir de ouvir o que o coração está dizendo.
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Onde os Seus Olhos Descansam o Meu Coração.
Depois de dias em silêncio, mergulhado em pensamentos, senti a vontade suave de escrever.
E hoje, mais do que nunca, entendo a delicadeza dos instantes que temos compartilhado — instantes que são quase como sussurros de felicidade.
O seu sorriso... Ah, o seu sorriso me aquece como o primeiro toque do sol pela manhã, quando a luz pousa na pele de forma tão gentil que a gente quase fecha os olhos só para sentir melhor.
E é assim que eu me sinto quando você sorri: querendo ficar, querendo mais.
Seus olhos castanhos, profundos como a terra molhada após a chuva, guardam um silêncio bonito.
Eles não julgam, não apressam, apenas olham... e, no olhar, oferecem abrigo.
Neles, eu encontrei um lugar onde meu coração pode descansar — sem medo, sem pressa, apenas sendo.
E os seus abraços...
Ah, seus abraços têm uma delicadeza que desarma, que acalma a alma.
Cada vez que seus braços me envolvem, o tempo desacelera, e tudo que eu quero é permanecer ali, onde o mundo inteiro parece caber entre você e eu.
Percebo agora que, pela primeira vez, escrevo não para questionar, não para lamentar, mas para pedir — de um jeito doce e sereno — que você fique.
Antes, eu tentava acelerar o tempo, querendo te prender a rótulos e certezas, achando que isso te faria me ver como eu te vejo.
Mas amor não se pressiona... amor se vive.
Hoje, sem pressa, sem medo, eu só quero cada pequeno instante, cada sorriso, cada abraço, cada olhar seu — guardando tudo isso como tesouros silenciosos dentro de mim.
Com carinho, para você, Rkevin — meu abrigo sereno nos dias turbulentos.
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Amado por um Ego
Cansado de diversas formas, me dobro e me desdobro tentando chegar mais perto de um nada que, talvez, possa se tornar um tudo. Mas me desespero quando tudo isso foge ao meu controle. Eu sei que mereço mais — e ambos sabemos disso.
É engraçado como, quando estou totalmente entregue, com as defesas baixas e completamente vulnerável, você me diminui, me deixando de lado como se eu não fosse prioridade. E de fato, eu não sou.
Mas assim que levanto minhas defesas, quando começo a me afastar, a sair do seu jardim — esse lugar onde tudo te agrada, onde tudo te faz bem — você se desespera. Começa a tentar me reconquistar da maneira que eu mesmo te ensinei. Volta a seguir o mapa que te dei na primeira vez, aquele que levava até mim.
E, mesmo com pequenos movimentos seus, eu já me desarmo novamente.
É exaustivo ser amado pelo seu ego. Isso torna tudo tão complicado, tão cansativo. Diferente de outros amores que parecem leves e tranquilos, esse me machuca. Me destrói. Enquanto a ti, parece trazer prazer e satisfação.
Imagino como deve ser bom ter alguém completamente entregue, de fácil acesso, ao alcance da sua vontade... apenas para fazer o que quiser.
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O Espaço Que Nunca Foi Meu
Eu me abri. Me entreguei.
Disse com todas as letras que estava pronto pra viver algo verdadeiro com você.
Não era mais um impulso, nem uma esperança adolescente — era escolha. Era maturidade.
Mas parece que, de novo, não era o bastante.
Você diz que quer deixar as coisas fluírem, que se sente pressionado.
Mas com ele, com o Caio, você queria tudo — o nome, o rótulo, a pressa.
Só não aconteceu porque ele não quis.
E eu fico aqui, parado, tentando entender por que quando sou eu, tudo tem que ser mais devagar.
Mais escondido. Mais incerto.
Por que comigo o espaço se torna pequeno demais, o carinho se torna exagero, o amor vira peso.
A gente já se tratava como se fosse — e mesmo assim, você fugia do que isso poderia ser.
Eu me culpei. Achei que o problema fosse a minha vontade de dar nome, de dar forma.
Mas agora eu entendo: se você realmente quisesse, já teria vindo até mim.
Já teria feito acontecer.
A verdade mais dura é essa:
Você quer viver um relacionamento.
Só não é comigo.
E eu tô aqui, engolindo tudo em silêncio.
Tentando parecer inteiro, enquanto por dentro eu me sinto como algo que nunca foi permitido ser de verdade.
Cansei de me moldar pra caber num espaço que nunca foi meu.
Cansei de esperar que você venha com a sinceridade que eu sempre te ofereci.
Talvez amar alguém também seja ter coragem de aceitar quando esse alguém não nos ama da mesma forma.
E isso, agora, eu tô tentando aprender.
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Uma fogueira que ama demais.
Às vezes, eu me sinto como uma fogueira — intensa, viva, consumindo tudo o que sente. Cada momento ao seu lado é como um galho seco que alimenta essa chama. Mas eles queimam rápido demais… e isso me desespera. Fico com medo de que cada instante possa ser o último. E só essa ideia já me aperta o peito de um jeito que mal consigo explicar. Eu sei que sou intenso. Talvez até demais. E sei que você precisa do seu tempo, do seu espaço, do seu ritmo. Mas dentro de mim mora uma urgência, como se tudo precisasse acontecer agora, porque o tempo nunca parece suficiente pra tudo que eu quero viver com você. Por isso, eu tento estar por perto, tento fazer cada segundo valer, tento demonstrar em cada gesto — mesmo quando fico em silêncio, mesmo quando pareço inseguro. Às vezes, quando te dou algo ou faço alguma surpresa, junto com o carinho vem o medo. O medo de que aquilo seja minha última chance de mostrar o quanto você é importante pra mim. Sei que posso parecer demais. Mas é que amar assim me deixa em chamas. E amar com essa intensidade machuca — não por sua culpa, mas porque a carência e o receio caminham comigo o tempo todo. Ainda assim, eu não mudaria nada do que já vivemos. Amo cada detalhe, cada sorriso, cada palavra, até mesmo a tua ausência, quando ela me faz sentir tua falta antes mesmo de você ir.
Eu só quero que tudo isso não termine mal, sabe? Que a gente consiga encontrar um equilíbrio. Quero existir ao seu lado de um jeito leve, que te faça bem, mas que também me acalme aqui dentro.
Amar você — ou amar assim — é como ser fogo: bonito, intenso, um pouco assustador… mas verdadeiro. E por mais que ��s vezes eu me sinta em brasas, essa é uma chama que eu jamais desejaria apagar.
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De Alma.
Era para ter sido diferente.
Eu quis tanto encontrar um lar em alguém que esqueci de construir o meu próprio. Fiz de um só nome a minha bússola, de um só sorriso a minha calmaria. Mas quando precisei de abrigo, só encontrei vento frio e portas fechadas.
No começo, havia esperança. Talvez fosse questão de tempo, talvez bastasse paciência. Mas o tempo passou, e a paciência se transformou em silêncio. E eu, que tanto quis ser suficiente, percebi que estava sozinho na espera. Ele foi embora, não de repente, mas em pequenos gestos, em palavras não ditas, em olhares desviados. E eu fiquei para trás, me agarrando a lembranças que só faziam sentido para mim.
Tentei encontrar razões, culpei a mim mesmo. Talvez eu não tenha sido bom o bastante. Talvez eu tenha sido demais. Me desfiz em textos, como se escrever pudesse fazer a dor sair do peito. Mas cada palavra era uma navalha, cortando mais fundo, lembrando que o que eu queria nunca foi meu. Que o que eu ofereci nunca foi suficiente. Eu me rasguei em promessas, me curvei em silêncio, e ainda assim, nada mudou.
Então vi acontecer diante dos meus olhos. O espaço que esperei ocupar foi preenchido por outro. Não precisei de explicações, a realidade me acertou sem aviso. E eu que achava que, de alguma forma, poderia ser o porto seguro dele... fui apenas a estação onde ele descansou antes de seguir viagem.
Eu me perguntei onde errei. Por que não fui escolhido? Mas agora, no meio dos estilhaços, começo a entender. Eu não deveria ter feito de alguém o centro da minha vida. Não deveria ter me colocado em segundo plano, esperando ser visto, esperando ser amado. Porque ninguém pode ser o meu lar se eu mesmo não aprender a ser.
Ainda dói. Ainda há noites em que o vazio pesa no peito como um oceano sem fim. Mas um dia, espero acordar e não sentir mais essa ausência. Espero não me perguntar mais "por que não eu?". Espero entender, de uma vez por todas, que o amor que eu dei não foi um erro, mas que amar a mim mesmo deveria ter sido o começo, não o fim.
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O Teu Jardim.
Cuida do que é teu
Deixa o vento soprar onde quiser,
As nuvens passam sem perguntar.
Rega o que cresce em tuas mãos,
As raízes fortes não temem o tempo.
Ama o que floresce no teu peito,
Mesmo que um dia murche e se vá.
O que é teu sempre retorna,
O que não é, nunca foi.
O mundo é vasto, os dias correm,
Mas teu jardim é onde habitas.
Sombra de outras árvores engana,
Mas só teu sol pode aquecer.
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A delicadeza de beijar com os olhos fechados.
Há uma mágica singular em beijar alguém com os olhos fechados. Nesse instante, o mundo ao redor parece desaparecer, e tudo o que existe é a proximidade e a intimidade entre dois corações. Fechar os olhos é um gesto de confiança, um sinal de entrega total. É permitir que todos os outros sentidos se aguçem e se voltem para aquele momento de conexão profunda.
Cada toque de lábios é sentido com mais intensidade, cada suspiro compartilhado carrega consigo a essência de dois mundos que se encontram. A suavidade da pele, o calor do corpo e a batida ritmada do coração do outro são percebidos com uma clareza quase poética. Beijar de olhos fechados é uma dança silenciosa, onde as palavras são desnecessárias e os sentimentos falam mais alto.
Nesse breve fechar de olhos, há um universo inteiro que se revela. É como mergulhar em um oceano de sensações, onde a profundidade do sentimento é medida pela ternura do beijo. E, ao abrir os olhos novamente, o mundo parece um pouco mais brilhante, um pouco mais bonito, porque aquele momento de entrega total deixou sua marca indelével na alma.
Para mim, esse gesto é ainda mais especial. Quando beijo alguém com os olhos fechados, sinto uma mistura de vulnerabilidade e coragem. É um momento onde todos os medos e inseguranças se dissipam, dando lugar a um sentimento puro e sincero. Penso em Rian, e em como esse gesto poderia representar tanto para nós dois. Fechar os olhos ao beijar é, para mim, a maneira mais delicada de dizer "eu confio em você" e "eu estou aqui, totalmente presente, para você".
No entanto, às vezes me sinto meio perdido com relação a isso. Ninguém nunca me fez sentir vontade de beijar de olhos fechados. Sempre beijo com os olhos abertos, e me pergunto se isso é uma insegurança minha, um medo de que algo não seja tão dourado quanto espero. Não sei ao certo, mas tenho anseio por essa experiência e desejo encontrar alguém que me dê a segurança de beijar de olhos fechados. Alguém que faça com que eu me sinta tão confiante e amado, que fechar os olhos seja um gesto natural, um reflexo da confiança e do carinho que compartilhamos.
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Desabafo.
Não sei se alguém para pra ler tudo o que eu escrevo, mas eu queria desabafar um pouco. Hoje o menino que eu gosto assumiu relacionamento com outro menino, apesar de gostar dele e querer que ele seja feliz. Dói tanto saber que não sou eu e saber que nunca vou ser algo mais, ele me chamou para ir conhecer o namorado dele e eu recusei, fiz errado? Não sei. Mas espero que eles sejam felizes juntos do fundo do meu coração. Porque assim nenhum deles precisa sentir esse peso gigante que a rejeição e o amor não correspondido causa. Só queria tirar o peso do meu peito para dormir um pouco tranquilo e é isso boa noite, beba água e descanse. Não sei mais sobre o que vou escrever já que eu sempre escrevi sobre ele. Mas uma hora eu descubro, obrigado por ter lido até aqui boa noite.
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Em outra vida
Em outra vida, talvez os nossos caminhos se cruzem de novo, de uma forma menos tortuosa. Quem sabe, em um universo paralelo, possamos viver o amor que sempre sonhamos, sem as barreiras que encontramos aqui.
Neste momento, preciso me despedir. Não é fácil dizer adeus, mas sei que é necessário. Guardarei cada momento que compartilhamos, cada sorriso e cada lágrima, como um tesouro precioso em minha memória.
Você sempre será especial para mim, e agradeço por cada instante que estivemos juntos. No entanto, é hora de seguir em frente, de buscar novos horizontes e deixar que a vida nos leve para onde devemos estar.
Desejo a você toda a felicidade do mundo. Que encontre alguém que te ame tanto quanto eu te amo, e que te faça sorrir todos os dias. E quem sabe, em outra vida, nossos caminhos se encontrem de novo. E estejamos na mesma página.
Até lá, guardarei você em meu coração, com carinho e saudade. Adeus!
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Um Tempo para Entender.
Hoje, meu coração está pesado. Recebi uma mensagem do menino que gosto, e ele me contou que tentou gostar de mim com a mesma intensidade que eu gosto dele, mas não conseguiu. Ele ficou com medo de me ferir, e isso me deixou triste. Às vezes, me pergunto se ele nunca gostou de mim de verdade. Isso é difícil de aceitar, porque eu realmente tinha esperanças.
Decidimos dar um tempo e não nos falar por um tempo. Essa decisão me deixa confuso, porque, ao mesmo tempo em que entendo a necessidade disso, sinto um vazio ao pensar que não vou poder me comunicar com ele. Sinto raiva, tristeza e até um pouco de desapontamento.
Estou tentando me concentrar em mim mesmo, em meus amigos e nas coisas que me fazem feliz. Mas, mesmo assim, é complicado lidar com essa mistura de sentimentos. Espero que, com o tempo, eu consiga encontrar clareza e paz em relação a isso.
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O Silêncio das Notas Não Tocadas.
Às vezes, a vida nos coloca diante de melodias que acreditamos ser eternas, mas que, de repente, se transformam em um silêncio profundo. Quando você foi embora, levou consigo mais do que sua presença; levou a harmonia que preenchia meus dias. Agora, me encontro perdido em um mundo onde as notas não tocadas ecoam um vazio insuportável.
As manhãs, que antes eram acordes suaves de uma sinfonia de amor, se tornaram um vácuo de silêncios. Cada canto da casa, cada momento vivido, parece gritar a ausência das melodias que costumávamos compartilhar. Os lugares que frequentávamos, os momentos que dividíamos, tudo isso agora é apenas uma lembrança dolorosa do que um dia foi.
Se fazendo presente em cada instante. É como se cada piano, cada violino, cada instrumento que um dia ressoou em nossas vidas, tivesse se calado para sempre. A música, que antes era nossa linguagem secreta, hoje é um sussurro distante, quase imperceptível, que me lembra constantemente da falta que você faz.
E assim, me encontro perdido nesse concerto inacabado, onde a melodia principal partiu sem aviso, deixando apenas um rastro de saudade. O que antes fazia sentido, agora é apenas um emaranhado de acordes desconexos, uma partitura vazia que não consigo decifrar.
O eco da ausência, o reflexo de um amor que foi embora, deixando para trás uma sinfonia inacabada de sentimentos e memórias. E, nesse silêncio, eu procuro, incansavelmente, por uma nova melodia que me faça sentir vivo novamente, mesmo sabendo que jamais será a mesma.
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Reflexões de uma Alma Perturbada.
Sempre me pego pensando a respeito disso: quem eu sou? Não me sinto à vontade comigo mesmo, me odeio tanto ao ponto de antes que a catástrofe venha, eu já assumir a culpa e a abraço sem pestanejar. Covarde, me escondo atrás de punhados de palavras, andando pelos cantos e chorando lamúrias como se isso fosse resolver a questão. Sempre sendo minha própria pedra de tropeço, deixo sempre o coração tomar as rédeas da situação e, depois, me lamento pela maneira como estou. Quando criança, sempre era questionado sobre o que eu seria quando chegasse à fase adulta. Nunca tive uma resposta certa sobre isso. Agora, com vinte e poucos anos, percebo que nunca tive a resposta porque a única coisa que juntei em mim até esse momento foram falhas e mais falhas. Odeio estar rodeado de pessoas, mas detesto estar sozinho. Não vejo palavra melhor para isso do que fútil. As pessoas me elogiam, eu as agradeço, pois seria grosseria não lhes agradecer. Apesar disso, sem muito esforço, consigo ser grosseiro ou até mesmo boçal em minhas palavras e ações. Não me vejo como alguém digno de elogio. Torno a dizer: sou tão covarde que prefiro usar palavras do que olhar a verdade nua e crua que tenho à minha frente. Chorar é outra coisa que eu sei fazer. Além de me lamentar, choro feito criança. Burro, sempre falhando e falhando, mesmo já com o resultado em mãos, continuo perseguindo sonhos que já deveriam estar no esquecimento. Não existe culpado algum para a infelicidade que vivo senão eu mesmo. Deveria ter sido ator porque fingir a cada dia que está tudo bem é algo realmente complicado. Parece até que estou me elogiando, né? Mas é só outro ponto que me torna ainda mais covarde. Coloco a culpa em sentir demais, quando na verdade são minhas más decisões e os freios que deixo de dar.
Enfim, não espero aplausos e nem abraços, só quero a minha paz e o meu silêncio.
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"Me desculpa por toda vez que eu tento fazer algo, mas sou burro o suficiente para fazer tudo ao contrário e, ao invés de arrumar, eu bagunço tudo; por mais que eu tente sempre acabo por falhar."
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Amor Desigual.
Outra vez torno a escrever sobre ti e sobre mim. Poderia até mesmo chamar de "nós", mas isso é algo que só eu vejo dessa maneira, pois cada vez que vejo a possibilidade de que isso se torne verdade, sinto como se criasse um ambiente insalubre e desconfortante. Sempre que isso acontece, um grande silêncio se faz presente, nos distanciando tanto.
Quando eu penso muito, o que não é tão difícil de acontecer, nos vejo como o cravo e a rosa das cantigas que cresci ouvindo. Sempre após uma discussão, acabamos por nos ferir com palavras duras demais, e saímos feridos e despedaçados. Mas não digo que você é mau; pelo contrário, o amor que recebo de você não é o que anseio, mas é o que me é servido.
Me dói sempre que paro e penso em você. Fico indignado que você não tenha o mesmo apreço que tenho por você, mas sem qualquer direito, engulo a verdade que não posso e não quero aceitar. Me apego a cada momento, desesperado, como se isso fosse um copo de água e eu estivesse seco de sede.
Sei que, ao comparar nossa relação com o cravo e a rosa, estou refletindo um ciclo de amor e conflito, onde ambos acabamos machucados. Esse sentimento de receber um amor que não é exatamente o que desejo, mas ainda assim me apegar a ele, reflete uma luta interna entre o desejo de algo mais pleno e a aceitação do que é oferecido.
No final, a verdade se impõe não posso continuar a viver na esperança de que um dia você sentirá o mesmo que eu. O amor que nos une também nos despedaça, e é hora de decidir se a esperança de um amor recíproco vale mais do que minha paz interior. Talvez seja o momento de deixar de lado o cravo e a rosa, e buscar um jardim onde floresçam sentimentos verdadeiros e equilibrados.
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