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Este é sobre tuas péssimas apostas, tuas risadas altas (ou as baixas)
Em momentos inoportunos, as piadas sem sentido
Dançando numa festa que sequer fomos convidados,
Estes somos nós, você diz
E eu quero me encaixar naquele ínfimo espaço tempo
Entre o tudo e o nada, entre eu e você
E eu faria músicas para todas as letras que passaram pelos seus lábios
Aquelas que eu decorei porque quando você as canta, o mundo me parece um lugar bom
Um lugar bom para você.
E perdoe se carregam melodias tão frágeis, inadequadas, pouco complexas para comporem na curva-raiz do seu lábio inferior
E essa é uma sentença muito longa e inapta para uma poesia sem métrica
Eu não sou poeta algum, já disse
Porque se fosse poeta, minhas paredes estariam escritas demais, completas demais
Teriam versos, versos lindos
Versos sobre você.
Sei que beijei alguns rapazes, tive outras moças
parti corações e corações me partiram
Mas eles, em mil anos, não seriam capazes
De me fazer tão minha quanto ¼ de você, de me fazer tão minha quanto qualquer coisa que você já fez
E eu sei que isso não faz sentido, não faz sentido nenhum
Talvez seja por isso que no meu mundo de faz de conta você é toda a razão, mil e um intuitos
Você é você.
E eu tentei, juro que tentei
mas já não consigo me recordar
quem eu fui, quem eu era?
Antes que seus lábios me contassem
Os segredos do universo?
Nos meus sonhos, o universo tem lindos olhos
olhos castanhos,
olhos como os seus.
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és imensa
ocupa sozinha
todos os espaços
em todas as salas, todos os cômodos
pele, boca, seios, braços
o metal dentre os seus dentes
e o gosto acido que deixou nos meus lábios
devorando meu cerne
meu pequeno espaço
me segura, me sufoca
me respira e me perca
dentro de mim
esvaindo-se como gotas de orvalho
em plena primavera
mulher inconclusiva, lascívia mentirosa
me levando a buracos metafóricos
os vazios de freud
que explicam a razão
a base infundada do querer
de querer sem medida
de querer sem controle
de querer você
as mentiras que eu conto
e as histórias que inventei
não formam nem meia epígrafe
da grandeza que advém
dos seus olhos me contando
as poesias que você esconde
por debaixo da língua
tu, que és imensa
e ocupa sozinha
todos os espaços
pois que ocupe também todos os meus espaços.
06/12/2023.
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acontece, amor, que eu transbordo poesia. e você odeia literatura.
— alojarei.
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eu lembro de mim aos 18 anos. eu tinha muitas opiniões.
sequer me recordo quais eram, onde foram parar, mas um dia existiram. elas estavam lá.
hoje não tenho mais tanto para dizer e nem sei se deveria fazê-lo. as melhores partes de mim morreram. não há mais flores nesse jardim.
eu estou morta por dentro, uma casca oca e vazia. e estou, neste exato momento, muito certa de que não há como voltar atrás com isso.
não tem como me trazer de volta. eu me perdi de mim mesma. nem sei onde poderia começar a me procurar.
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as mentiras foram minhas, mas esse show, meu bem, esse show era seu. eu não vou tirar a tua culpa muito menos te perdoar pelos teus erros.
eu fui embora de você
tarde.
muito tarde.
deveria ter ido na primeira
dor.
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eu não tenho mais lágrimas pra essa parte da história. acho que já não sei chorar por você.
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o que trazem os ventos
esses que me contam
quem é você?
quais segredos você esconde
nos girassois do seu cabelo?
centímetro por centímetro
em peles, bocas, pelos, desejos
existe aqui a força da natureza
de um homem que é meu
meu em todas as suas curvas
em todas as sombras, em todas as cores
nas esquinas e vielas
cidades e ruínas
meu e meu
me habita terrivelmente
ó voz em minha cabeça
e existe pra me recordar quem sou
e de quem sou
tão só e pertencente
ao pequeno universo de suas variantes
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eu tenho muito a dizer sobre o mundo. eu tenho muito a dizer sobre a vida. mas a maior parte do tempo minha maior demonstração de dizeres vem ser o silêncio.
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se eu voltasse no tempo e ouvisse você falando tudo aquilo outra vez, eu daria risada ao invés de sequer ponderar sobre as suas intenções.
— alojarei.
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você tem medo de dar certo em algum momento, porque o seu forte é dar errado.
— alojarei.
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acontece, amor, que eu transbordo poesia. e você odeia literatura.
— alojarei.
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os sismógrafos do meu coração
já não contam mais tremores
depois de você, o mundo todo foi pó
e dos escombros ao silêncio
todas as borboletas morreram
meus lábios se tornaram pedra
e os nomes que eu sussurrei, ao céu da boca
pareceram estranhos
esquecidos, sempre esquecidos
porque de mim nunca tiveram muito
já você
tão bobo e impaciente, entendeu demais
existiu do céu a terra, da lua a saturno
em olhos, cheiros, dedos, cabelos
na sexta feira de carnaval
e no domingo de ramos
levou meus versos, minha poesia
a música, os filmes
as piadas sem graça as 3 da manhã
e o café de fim de tarde
e o que sobrou, tão pouco de mim
existe pra te dizer que no que me cabe
ainda há de existir muito de você
guardado por entre sete chaves,
na adega da minha mente
pois nos meus sonhos, tão sozinho
escrevo monólogos sobre teu corpo e cerne
puramente geminianos
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Este é sobre tuas péssimas apostas, tuas risadas altas (ou as baixas)
Em momentos inoportunos, as piadas sem sentido
Dançando numa festa que sequer fomos convidados,
Estes somos nós, você diz
E eu quero me encaixar naquele ínfimo espaço tempo
Entre o tudo e o nada, entre eu e você
E eu faria músicas para todas as letras que passaram pelos seus lábios
Aquelas que eu decorei porque quando você as canta, o mundo me parece um lugar bom
Um lugar bom para você.
E perdoe se carregam melodias tão frágeis, inadequadas, pouco complexas para comporem na curva-raiz do seu lábio inferior
E essa é uma sentença muito longa e inapta para uma poesia sem métrica
Eu não sou poeta algum, já disse
Porque se fosse poeta, minhas paredes estariam escritas demais, completas demais
Teriam versos, versos lindos
Versos sobre você.
Sei que beijei alguns rapazes, tive outras moças
parti corações e corações me partiram
Mas eles, em mil anos, não seriam capazes
De me fazer tão minha quanto ¼ de você, de me fazer tão minha quanto qualquer coisa que você já fez
E eu sei que isso não faz sentido, não faz sentido nenhum
Talvez seja por isso que no meu mundo de faz de conta você é toda a razão, mil e um intuitos
Você é você.
E eu tentei, juro que tentei
mas já não consigo me recordar
quem eu fui, quem eu era?
Antes que seus lábios me contassem
Os segredos do universo?
Nos meus sonhos, o universo tem lindos olhos
olhos castanhos,
olhos como os seus.
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Talvez eu seja muito ruim com palavras
Talvez eu seja muito boa
Mas tampouco eu
escrevo poesia
sobre toda e qualquer pessoa
Sou uma combinação de versos, de palavras
de histórias que ninguém compreende
Talvez porque eu seja bagunçada
Talvez porque falo demais e as vezes de menos
Mude muito fácil de ideia, existo em planos
Que por ventura, você, um dia
Sem tentar muito,
Me leu como se lê
A tal da poesia sem métrica
A tal da vida sem muita razão
E isso é bem bonito.
Você, L******, é muito bonita.
Bonita como as garotas francesas em alguns desenhos
Engraçada como piadas que eu não sei contar
Veja bem, não sou muito engraçada
Às vezes eu tento, mas só por você.
Você merece isso
Merece isso e mais um pouco
E por isso, sei que devo te dizer
que espero um tanto que você seja feliz comigo
como eu sou com você.
- 13/03/2021
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Por que você tem 16 anos, e sabe que a vida não é boa.
Você é jovem, e acabou de descobrir que garotos nunca caem no mesmo buraco uma segunda vez.
Logo logo vai entender também que seus pais estão errados, e que os outros mentem com frequência.
Você só tem 16 anos, ainda não percebeu que facas e cordas não são seus amigos de verdade.
Que números são números, e que você pode ser bonita, até mesmo se não tentar.
Garota, você tem 16 anos.
Já é hora de entender que as coisas não funcionam como nos seus contos de fada.
Você tem 16 anos, mas você não vai mudar o mundo hoje. Não o mundo em que vivemos.
Você tem apenas 16 anos, por que não sai por aí, beija algumas bocas e descobre se o gosto é bom?
O tempo passa, mas você continua.
Caindo nos mesmos buracos, pois não importa o quanto tente, você não é um garoto.
— Alojarei, sobre ser adolescente no século XXI.
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Já sentiu-se preso numa sensação que ora lhe conforta, ora lhe despedaça?
these violent delights have violent ends.
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O sexo é a coisa que eu menos sinto falta, ironicamente.
Pensei que o desejo físico ia ser gritante, que eu estaria subindo as paredes pensando em tudo que nós fizemos na sua queen size durante todas aquelas semanas.
Nem penso nisso, estou atônito demais pra transas, sabe? Tenho medo de pensar em você quando finalmente fizer de novo.
Medo da sua imagem com outras pessoas.
Nos meus sonhos, ainda pertencemos um ao outro.
these violent delights have violent ends.
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