r--existo

[r--existo]

[r--existo]

[r--existo]

Ele tinha medo do que o futuro reservava

Surpresas e mistérios no corpo quente que tocava

Ela estava submersa, totalmente entregue

Ele tinha medo e muitas cicatrizes

O tempo tinha parado, se olhavam fixamente

Os corpos se entrelaçavam

Naquela dança envolvente

Ele não queria mergulhar

Nas profundezas dela

Mas era tarde demais

Não havia mais saída

Ela era um labirinto, totalmente envolvida

Saltou sem olhar pra trás, dissolveu-se no encontro, tornou-se imensidão

Por um segundo infinito se fundiu ao Universo

Não pôde resistir, totalmente submerso

O corpo se contorcia, a razão se dissolvia e o resto não existia

Os corpos se misturaram e as almas se encontraram

O que era ela e o que era ele por instantes se confundiu

Totalmente surreal o que ali surgiu

Por uma única vez se livraram das amarras

Mergulhados no desejo amaram-se intensamente

Viveram o momento, como se fosse o último

Se entregaram um ao outro

Os corpos se pertenceram

Foi um caminho sem volta

Ela um oceano... e ele quis mergulhar

O gosto ficou na pele e isso não vai passar

#EMV #meusautorais

[r--existo]

vocês não entendem mesmo que matem minha carne eu ainda estarei por aí em outras peles em outros corações dando vida a novas canções vocês não podem impedir a poesia e o surto

[r--existo]

por que você ama quem você ama?

acabei de ler essa pergunta e parei para refletir sobre antigos amores. de imediato, bateu forte a frase do filme as vantagens de ser invisível que diz que aceitamos o amor que achamos merecer. apesar de já ter aceitado umas relações bem meia-boca, os relacionamentos que tive ressoaram bem a ideia de amor que almejo (ao menos até certo ponto). nesse instante, pensando sobre essa última frase, lembro da música de nando reis sobre o “amor que tive e recebi e hoje posso dar livre e feliz”, demonstrando que boa parte de quem somos ou do que permitimos (às vezes inconscientemente) em relacionamentos amorosos são reflexos de relações familiares – até mesmo da falta delas. daí, hoje consigo pontuar que o que me cativa em alguém e desperta interesse é a mesma coisa que me faz ficar – e o que faz durar: disposição. ser disposto para ouvir, para entender, para conversar, para se permitir, para viver, para sentir. disposição de estar ali e vivenciar as dores e as delícias que uma relação carrega. a disposição, tal qual outros sentimentos, precisa ser recíproca, porque quando só um lado tá disposto, a balança perde o equilíbrio e deixa de valer a pena estar ali. então, respondendo a pergunta inicial, amei quem amei porque era alguém disposto. mas, não só por isso. outro ingrediente que acredito ser essencial para o amor que eu quero é a admiração. eu me apaixono e amo quem eu admiro. por ser quem é, por lutar pelo que acredita, por falar das coisas que gosta com paixão, por trabalhar ou buscar aquilo que ama, por não se acomodar, por admirar outras coisas. a admiração pra mim se tornou fundamental. e isso vai além de relações do amor romântico, viu? eu admiro toda e qualquer pessoa que eu amo. sem tirar, nem por. mas, voltando a pergunta lá do começo, penso que também amei quem amei porque esse alguém me amou de volta. parece meio clichê de dizer, mas é exatamente isso. se alguém me enxergou em toda a totalidade e optou por, não só ficar, mas me amar, intensamente, carinhosamente, cuidadosamente e de tantas outras maneiras que alguém deve ser amado, isso me faz amá-lo mais ainda de volta. no fim das contas, na balança do amor, o peso maior é o da reciprocidade. e se você ler isso, eu o amaria pelo cantar de olhinhos fechados sentindo a música (e pelo seu gosto musical), por falar com empolgação sobre as coisas que gosta, pelo senso de humor ridiculamente parecido – e, sendo assim, por me fazer rir. se hoje eu estivesse apaixonada, eu resumiria todo esse texto em:

– por que você ama a pessoa que você ama?

– por ele ser quem é. e por não ter ninguém no mundo igual a ele (pra mim).

[r--existo]

[r--existo]

A gift 🦊🌼

[r--existo]

“Um vazio no peito. Uma alma sem brilho. Um sorriso sem alegria. Quero me curar desse vazio.”

— Meri dos Santos.

[r--existo]

Ela era só uma menina, ninguém notou a sua depressão.

Tiago Iorc

[r--existo]

“Eu nunca fui uma moça bem-comportada. Afinal, nunca tive vocação pra alegria tímida, pra paixão sem beijos quentes ou pro amor mal resolvido sem soluços. Eu quero da vida o que ela tem de cru e de bonito. Não estou aqui pra que gostem de mim. Estou aqui pra aprender a gostar de cada detalhe que tenho. E pra seduzir somente o que me acrescenta. Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que as vezes me cansa. Por isso, não me venha com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma, voracidade e falta de ar.””

— Clarice Lispector

[r--existo]

“Só sofro com toda a força do mundo porque amo com a intensidade de um cometa.”

— Nando Reis.

[r--existo]

“Nenhum corte sara antes de doer, então deixa sangrar.”

— Meu nome é saudade. 

[r--existo]

“Quem me dera ao menos uma vez, explicar o que ninguém consegue entender.”

— Legião Urbana. 

[r--existo]

uma guerra infindável entre amar como se não houvesse amanhã e querer desistir de tudo nos próximos minutos.

676893

[r--existo]

cada um de nós é um universo,

em crise.

[r--existo]

como eu explico que, às vezes você vai ter que dar um tapinha nas próprias costas e se carregar no colo e fugir pra longe disso

[r--existo]