Tumgik
rastanerd · 5 years
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Compartilhar nos faz felizes
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Texto: Lila Varo
Fiquei pensando esses dias sobre a dificuldade que temos de ficar felizes pelas outras pessoas. De elogiar, parabenizar, celebrar o sucesso, as grandes ideias, a beleza, e tantas outras coisas legais que vemos os outros fazendo.
Me vi dentro desse movimento estranho de ver um conteúdo ou uma foto linda e passar reto sem falar um “A”. Sem jogar um confete, muitas vezes merecido. Porque se eu não tinha, então não iria parabenizar o outro?
Me senti um lixo quando me dei conta da pequeneza desse sentimento, que pode ser facilmente controlado.
Então de uns tempos pra cá tenho feito o que deveria sempre ter feito. Resolvi babar ovo pra quem tá arrasando. Deixar comentários sinceros e positivos, celebrando os grandes ou pequenos feitos.
Porque enquanto a gente perde tempo endeusando quem a gente nem conhece, tem uma raça ai no nosso entorno que merece o incentivo e o reconhecimento. E cara, que sensação foda é isso. É libertador. Experimente!
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rastanerd · 6 years
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Como construir uma comunidade
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Como construir comunidade: dicas do Syracuse Cultural Workers
Hoje trago algumas dicas importantes para você começar a construir sua comunidade desde já, sem gastar nenhum centavo!
Essas sugestões foram elaboradas pelo Syracuse Cultural Workers [Trabalhadores Culturais de Siracusa, Nova Iorque], um grupo norte-americano fundado em 1982 para promover “uma cultura que honre a diversidade e celebre a comunidade; que inspire e cultive a justiça, igualdade e a liberdade; que respeite nossa frágil Terra e todos os seus seres; e que encoraja e apoia todas as formas de expressão cultural.” Eles acreditam que uma mudança na cultura é essencial para concretizar mudanças políticas e econômicas. E eu concordo plenamente com eles.
Veja as dicas que eles dão para construir uma comunidade:
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desligue sua TV;
saia de casa;
conheça os vizinhos;
cumprimente as pessoas;
olhe pra frente enquanto caminha;
sente na varanda;
plante flores;
use sua biblioteca pública;
jogue e brinque junto;
compre de produtores e comerciantes locais;
compartilhe o que você tem;
ajude um cachorro perdido;
leve crianças ao parque;
honre os idosos;
apoie escolas da vizinhança;
conserte mesmo que não tenha quebrado;
faça almoços coletivos;
faça hortas junto com outros;
recolha lixo;
leia histórias em voz alta;
dance na rua;
converse com o carteiro;
escute os pássaros;
faça um balanço;
ajude a carregar uma coisa pesada;
faça permuta com suas coisas;
invente uma tradição;
faça perguntas;
contrate jovens para trabalhos curiosos;
organize uma festa do seu quarteirão;
faça um assado a mais e compartilhe;
peça ajuda quando precisar;
abra suas cortinas;
cante junto;
compartilhe suas habilidades;
tome de volta a noite;
aumente o volume da música;
abaixe o volume da música;
escute antes de reagir com raiva;
medie um conflito;
procure entender;
aprenda de novos e desconfortáveis pontos de vista;
saiba que ninguém está calado, apesar de muitos não serem escutados. Trabalhe para mudar isso.
O que você acha dessas dicas? Já conseguiu colocar algumas delas em prática? Tem outras sugestões para construir uma comunidade?
Crédito da imagem: Karen Kerney, watercolor. SCW©1998
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rastanerd · 6 years
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Greve Mundial pelo Clima é a maior manifestação ambiental da história! Fridays For Future
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Dia 15 de março de 2019 se tornou um dia histórico. Nessa sexta-feira, 2 MILHÕES de pessoas em 2.083 cidades em 128 países participaram da greve global dos estudantes contra as mudanças climáticas. Chamado Fridays for Future (Sexta-feira pelo Futuro), o movimento é liderado e inspirado por uma menina sueca de 16 anos, Greta Thunberg.
As principais reivindicações dos jovens estudantes de todo o mundo são: – Cumprimento do Acordo de Paris – O fim do uso de combustíveis fósseis – Justiça Climática – Consideração aos alertas do IPCC – Planeta Vivo – Senso de urgência por soluções
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Alguns números impressionantes do Fridays For Future de 15 de Março de 2019:
150.000 em Montreal, Canadá
100.000 em Milão, e mais de 1.000.000 na Itália toda
50.000 em Madri, Espanha
40.000 em Paris, e mais de 168.000 na França
30.000 em Bruxelas, na Bélgica, capital da União Européia
27.000 em Sidney, e mais de 150.000 na Austrália
25.000 na Varsóvia, Polônia
20.000 em Berlim, e mais de 300.000 na Alemanha
15.000 em Luxemburgo, cerca de 3% da população total do país
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Esses 2 milhões de crianças e adolescentes nos deram uma dura e importante lição. Nossa geração, e as que vieram antes, não fizeram o que estava ao alcance para impedir as mudanças climáticas.
Os estudantes, que fizeram nesse histórico 15 de Março a maior manifestação global pelo Meio Ambiente, estão certos na sua indignação. São eles que terão que lidar por toda sua vida com as consequências do nosso fracasso.
Mas a responsabilidade ainda é nossa, e ainda podemos fazer o que precisa ser feito. Não existe Planeta B. Mudar o sistema pode ser difícil, mas mudar de planeta é impossível.
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O sucesso da manifestação dos jovens foi tão retumbante que o Secretário Geral da ONU convocou uma Conferência do Clima emergencial para dar uma resposta às demandas das novas gerações.
As crianças e adolescentes exigem a adoção do Acordo de Paris, o fim da extração e uso de combustíveis fósseis e ações energéticas contra as mudanças climáticas, entre outras demandas
Não temos escolha. É essa a missão que nossas crianças nos deram. Você aceita o desafio?
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#FridaysForFuture #FridaysForFutureBR #FridaysForFutureBrasil #ClimateStrike #Strike4Climate
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Por que no Brasil a Greve Mundial pelo Clima não foi tão massiva quanto na europa? Assista esse vídeo, produzido pelo Engajamundo em parceria com a Coalizão Clima e Mobilidade Ativa, que explica bem didaticamente essa questão:
https://www.youtube.com/watch?v=cQS8BstgcrQ
Saiba mais sobre o movimento global: https://www.fridaysforfuture.org/
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rastanerd · 6 years
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12 anos Irradiando Luz
O Irradiando Luz está completando hoje 12 anos. O que começou como um blog pessoal acabou se tornando um site profissional, e nesse caminho, sem planejamento nem expectativas, se formou uma comunidade virtual. Milhares de pessoas, unidas pelo propósito de irradiar luz.
E você faz parte dessa história!
O resultado disso tudo também se traduz nos acessos que temos recebido! Só em 2018, foram 486.000 visitantes ao site, 20.300 curtidas no Facebook, 9.400 seguidores no Twitter e 3.200 assinantes no canal no YouTube. Os vídeos sobre ecovilas já tiveram mais de 45 mil visualizações! Se você curtir e compartilhar esses canais, já ajuda muito a disseminar nosso trabalho!
Mas o que significa estar Irradiando Luz?
Irradiar Luz é assumir uma postura crítica, revolucionária, consciente e radiante diante da vida e da sociedade. Conteúdos de qualidade, conhecimento técnico e a constante busca por compartilhar positividade. Para Irradiar Luz adotamos uma postura radical, questionadora, revolucionária, pero sin perder la ternura jamás! E assim refletimos sobre a sociedade e as organizações à nossa volta, buscando caminhos para trazer bem estar para nós mesmos, nossas comunidades e o mundo.
Nossa atuação busca ampliar o autoconhecimento, provocar um impacto positivo nas comunidades e irradiar essa luz em benefício de todo o planeta. Irradiando Luz: para deixar o Bem fluir!
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12 anos de História
Irradiando Luz: todo mundo precisa de uma vibe boa!
Irradiando Luz foi criado em março de 2007 por Gabriel ‘Dread’ Siqueira, administrador e facilitador de governança colaborativa, com o intuito de “trazer luz à escuridão da Era da Obesidade de Informação”.
Para Irradiar Luz adotamos uma postura radical, questionadora, revolucionária, pero sin perder la ternura jamás! E assim refletimos sobre a sociedade e as organizações à nossa volta, buscando caminhos para trazer bem estar para nós mesmos, nossas comunidades e o mundo.
Em sintonia com esse objetivo, foi lançado em 2015 o curso online Gestão de Ecovilas. Por meio de uma plataforma de aprendizagem virtual, o Gabriel compartilha os resultados da sua pesquisa de mestrado sobre a administração de comunidades alternativas e os aprendizados práticos na co-criação da Aldeia: coletivo de famílias, onde viveu por 4 anos.
Nossa atuação busca ampliar o autoconhecimento, provocar um impacto positivo nas comunidades e irradiar essa luz em benefício de todo o planeta.
Irradiando Luz: para deixar o Bem fluir!
Quem faz o Irradiando Luz
GABRIEL SIQUEIRA
CRIADOR e EDITOR
Gabriel Siqueira, mestre em administração pela UFSC, apoia grupos, coletivos e organizações a planejar e realizar projetos colaborativos por meio do Dragon Dreaming, Sociocracia S3 e Design Thinking.
Especialista em gestão de ecovilas, residiu por 4 anos na Aldeia: Coletivo de Famílias, uma comunidade intencional sustentável que ajudou a fundar na zona rural de Itacaré. Hoje, vive com sua esposa Renata Gomez e seus filhos Nara Rosa e Ravi em uma ecovila no litoral norte de Ilhéus.
Gabriel é educador e facilitador de cursos de administração e gestão colaborativa de projetos e presta consultorias para ongs, fundações, startups, negócios sociais, coletivos autogestionados, povos e comunidades tradicionais.
Apoia o Instituto Nossa Ilhéus (INI) como Consultor em Gestão de Projetos. Por conta de sua atuação, foi reconhecido como Empreendedor Cívico pela RAPS – Rede de Ação Política pela Sustentabilidade e Líderança da Realidade Climática pelo The Climate Reality Project.
Gabriel Siqueira trabalha com comunicação e marketing digital, gestão de mídias sociais, webdesign, SEO e publicidade online desde que lançou o Irradiando Luz, em 2007. Criou a área de comunicação do Instituto Nossa Ilhéus e hoje colabora com a Social Peers e a Rede de Agroecologia Povos da Mata.
gabrieldread@ irradiandoluz.com.br
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rastanerd · 6 years
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Osho muito além de Wild Wild Country
Fora dos limites da imaginação humana
O que o novo documentário “Wild, Wild Country” não capta sobre o magnetismo e o mal do culto de Rajneesh
Por WIN MCCORMACK*
Em uma edição de 1978 da revista alemã Stern, uma mulher chamada Eva Renzi contou suas experiências em um grupo de encontro de Rajneesh. “Na sala eram dezoito pessoas”, ela começa,
Eu só conhecia Jan, um holandês de cinquenta anos. O líder sentou-se depois de fechar a porta grossa à prova de som. De repente, uma mulher se lançou em outra e gritou: “Você me deixa doente. Você é uma vampira. Eu quero arranhar seu rosto, sua imunda”. Ela bateu na outra … Enquanto isso, duas mulheres e um jovem se levantaram. O jovem atirou-se em cima de uma garota de uns dezoito anos, deu um tapão em cada orelha, com as palavras: “Você é uma caricatura de uma Madona. Você acha que é melhor que nós, não é? Você é a pior pessoa aqui”. E então, apontando para mim, ele disse: “Junto com você, sua vadia. Você não perde por esperar”. O nariz da menina estava sangrando. Ela tentou desesperadamente se proteger dos golpes. Então o líder assumiu: “Você provavelmente acha que tem controle sobre as coisas. Você nem sequer tem controle sobre si mesma. Você está sob controle total aqui”.
Renzi foi designada pelos líderes do grupo para passar a noite com o holandês Jan. No entanto, depois de jantar, ela foi dormir rapidamente. “No dia seguinte, eu apareci para o grupo pontualmente”, ela escreveu.
Eu disse um amável “bom dia” e fui recebida com um silêncio constrangedor. Eu me sentei. O líder perguntou o que havia acontecido nas 24 horas anteriores. Então Jan se levantou, me ergueu e começou a me bater, desinibido. “Você é uma puta”, ele gritou, “você me humilhou, sua mulher maldita, eu vou te matar”. Fiquei horrorizada. Meu nariz começou a sangrar. Eu gritei: “Isso é problema seu, se o seu orgulho masculino está ferido”. Ele me bateu ainda mais. Ele rasgou minha blusa e me jogou no chão. Como alguém possuído, sentou-se em cima de mim, bateu com os punhos na minha cabeça, sufocou-me o pescoço e gritou: “Diga a verdade, sua merda”.
“Que verdade? Você está fora de si, está hipnotizado?” Eu gritei. De repente ele me deixou. Levantei-me tremendo, tentando fazer meu nariz parar de sangrar”. Isso é um centro para desenvolver uma masculinidade louca?”, perguntei. Eu pensei que a loucura havia passado e que eu poderia ir embora. Então, um homem mergulhou pra cima de mim. “Exatamente isso”, disse ele. “O que você acha que estamos fazendo aqui?” Então duas mulheres me agarraram e depois o grupo inteiro.
“O que aconteceu depois foi como um sonho maligno”, continua Renzi. “’Lute conosco, sua covarde. Você vai brincar de santa aqui, sua puta?”, alguém disse. Eu fugi de um canto para outro. Eles socaram, arranharam e me chutaram e puxaram meu cabelo. Eles rasgaram e arrancaram minha blusa e minha calça. Eu estava completamente nua, e eles estavam tão entregues à sua loucura, que eu comecei a temer a morte. Meu único pensamento era: preciso ficar consciente. Eu gritei: “Deixe-me ir. Quero sair daqui”. A um sinal do líder, eles me soltaram.
Renzi concluiu sua história para o público alemão sobre a sua experiência com as técnicas de terapia de grupo Rajneesh, dizendo: “Esta loucura adornada com sadismo, esse fanatismo com promessas de dominação global, eu já ouvi isso em algum lugar antes”.
Wild, Wild Country, o documentário sobre o do culto de Bhagwan Shree Rajneesh em Oregon
Wild, Wild Country, o documentário sobre culto de Bhagwan Shree Rajneesh em Oregon durante a primeira metade da década de 1980 que está atualmente em streaming na Netflix, dá um significativo passo adiante na apresentação cinematográfica desta história bizarra e inquietante. Houve duas tentativas anteriores para realizar essa tarefa desafiadora. A primeira tentativa, felizmente perdida nas brumas da história, funcionou como uma propaganda pró-Rajneesh. A segunda, criada pelo sistema de radiodifusão pública de Oregon há vários anos, quase exonerou o culto de suas inúmeras irregularidades; tecnicamente fraco, foi um fiasco pelo qual os apoiadores financeiros da estação deveriam ter chamado a administração da OPB [Oregon Public Broadcasting] para cobrar a conta.
A nova série dos irmãos Duplass representa um enorme avanço em relação aos tratamentos prévios completamente tendenciosos, de duas maneiras principais. Em primeiro lugar, os cineastas realizaram o trabalho de pesquisa, localização, seleção e edição, em uma estrutura coerente, com uma grande quantidade de imagens de arquivo de notícias, uma realização que torna a produção um deleite para os olhos. Em segundo lugar, por meio de entrevistas em profundidade com ex- e atuais adeptos do culto, e moradores locais que ainda estavam aptos a contar contar a história, eles conseguiram – na medida do possível – permitir que representantes de ambos os lados pudessem se expressar.
Onde os cineastas falharam no seu trabalho foi no quesito interpretação. Eles não abordaram diretamente algumas das questões mais importantes levantadas por seu filme e deixaram outras completamente de fora.
A última categoria inclui algumas das práticas mais odiosas do culto, bem como a verdadeira extensão da ameaça que representava, não apenas para seus vizinhos imediatos no Oregon, mas para todo o mundo. Pode ser que audiovisual não seja o meio apropriado para explorar as questões mais profundas e mais complexas de um fenômeno como este, em todo caso o que escrevo pode servir tanto como um corretivo quanto como um complemento ao seu trabalho, que parece ter despertado o interesse de multidões de pessoas de uma maneira que nenhum texto escrito fez até agora.
A maior parte do que vou escrever parafraseará, ou citarei diretamente, uma série de colunas que escrevi para a Oregon Magazine, sob a rubrica “Rajneesh Watch”, entre 1981 e 1986. Obviamente, não posso documentar minhas posições tão extensivamente como eu fiz naquelas colunas, mas espero que o que eu possa oferecer seja convincente o suficiente. Muitas das verdades sobre esse culto parecerão estranhas à primeira vista, começando pela abertura.
Cortesia da Netflix
Várias pessoas em Wild, Wild Country usam a palavra “mal”
Várias pessoas entrevistadas em Wild, Wild Country usam a palavra “mal” em conexão com Bhagwan Shree Rajneesh e seus seguidores no culto. No início do segundo episódio, o ex-procurador-assistente dos EUA, Robert Weaver, afirma: “Não foi motivado pela ganância, era por maldade”. O fazendeiro Bill Bowerman emprega pelo menos duas vezes a palavra, relacionando-a às ações do grupo. Rosemary McGreer, uma residente da cidade de Antelope na época, diz: “É por isso que estamos aqui [em oposição a fugir da área], para garantir que o mal não triunfe”. Os cineastas, no entanto, não parecem inclinados a confrontar a enormidade dos crimes de Rajneesh, ou perguntar por que tantas pessoas que conheceram o culto escolheram essa palavra para descrevê-lo.
O mal existe, e sua principal encarnação na história do mundo é Adolf Hitler. Faz muito sentido, portanto, que os líderes dos chamados “cultos destrutivos” estejam acostumados a se identificar com ele. Charles Manson disse: “Hitler tinha a resposta para tudo” e o chamou de “um cara legal que nivelou o Karma dos judeus”. O líder do culto Aum Shinrikyo no Japão, Shoko Asahara, também era um admirador de Hitler e escolheu o ano 1999 para lançar armas biológicas, químicas e atômicas no mundo, por acreditar que o banimento do governo alemão desde o pós-guerra à publicação de Mein Kampf expiraria nessa data. O ataque de sarin de Aum Shinrikyo em 1995 no metrô de Tóquio matou onze pessoas e feriu milhares, mas se os médicos do culto tivessem conseguido produzir o gás em uma forma mais pura, como tentaram fazer, o número de mortos poderia ter chegado a centenas de milhares.
Como relatado por Krishna Deva, o ex-prefeito de Rajneeshpuram que delatou e entregou provas ao estado, Rajneesh estava se comparando a Hitler no final, afirmando que Hitler havia sido mal compreendido quando tentou criar um “novo homem” (algo que Rajneesh também afirmava fazer). Rajneesh, como Asahara, tinha um centro médico no qual substâncias mortais de vários tipos eram armazenadas e, em alguns casos, foram inclusive utilizadas.
O psicólogo humanista Nathaniel Branden, no entanto, fez, de longe, a declaração mais impactante sobre este assunto, em uma carta a um amigo datada de 2 de outubro de 1978. Ele relatou ao amigo que em um livro chamado The Mustard Seed, Rajneesh “explica e justifica o assassinato de milhões de judeus ao longo da história, alegando que os judeus mataram Jesus”. Branden continuou dizendo: “Desde que comecei a ouvir Bhagwan Shree Rajneesh e a ler seus livros, fiquei fascinado. Ao mesmo tempo, quase desde o início, tenho tido a sensação crescente de que este é um homem que é profundamente do mal – mal em uma escala que está quase fora dos limites da imaginação humana”.
Como poderia um grupo dessa natureza ter atraído tantos seguidores inteligentes, instruídos e ponderados? Em uma coluna que escrevi na década de 1980, observei que muitos oregonianos haviam expressado surpresa com o grande número de pessoas altamente qualificadas e profissionais que pareciam estar presentes no Rancho Rajneesh. Uma pesquisa conduzida pelo departamento de psicologia da Universidade de Oregon descobriu que 64% dos 700 seguidores consultados na fazenda tinham diploma universitário e 81% eram de famílias de classe média e de colarinho branco. Você tem que desconfiar um pouco destes resultados porque os membros do culto foram indubitavelmente instruídos por seus líderes em como responder as perguntas, mas pesquisadores experientes em cultos não acham tais resultados de pesquisa surpreendentes. Jean Merritt, uma psiquiatra e assistente social que vinha aconselhando ex-membros do culto e suas famílias desde 1973, disse que
cultos normalmente vão atrás de pessoas solteiras, brancas, jovens, de classe média e média alta que aprenderam a ser abertas a idéias inovadoras e a experimentar novas experiências. Muitas vezes são homens e mulheres inteligentes, extremamente idealistas e altruístas.
Margaret Singer, professora de psicologia da Universidade da Califórnia, em Berkeley, que eu costumava usar como fonte acadêmica durante minhas investigações sobre o culto de Rajneesh, disse-me que os cultos “não querem chicanos ou negros”. Eles não querem malandros que causem problemas, que saibam que não há almoço grátis. Eles querem profissionais em ascensão que vêm cheios de dotes para presentear”. (Isto, é claro, é um comentário irônico em retrospecto, considerando como o programa “Share-A-Home” dos Rajneeshees, que trouxe milhares de moradores de rua de todo os EUA para Rajneeshpuram, a fim de registrá-los como eleitores em uma eleição local, saiu pela culatra quando eles organizaram uma rebelião em massa contra seus senhores temporários).
O apelo intelectual de Rajneesh baseou-se em uma fusão inteligente das idéias da psicologia humanista e do Movimento do Potencial Humano dos anos 1960 e 70 nos EUA com o misticismo oriental. A psicologia humanista procurou encontrar uma alternativa à psicologia freudiana e ao behaviorismo, e seu líder intelectual foi Abraham Maslow, que achava que a psicologia tradicional prestara atenção demais ao comportamento patológico e deveria se concentrar em ajudar os indivíduos a se “autorrealizarem” e atingirem o que ele chamava de “Experiências de pico”. [N. T.: Conceito que atualmente está em voga com nomes e conceitos atualizados como busca pelo propósito, estado de flow e mindfullness]. O Instituto Esalen, fundado em Big Sur, Califórnia, em 1962, era o centro do Movimento do Potencial Humano – a expressão “Potencial Humano” foi criada por Aldous Huxley, um dos primeiros aliados de Esalen. Huxley e outros em Esalen perceberam paralelos entre o processo de abertura emocional das terapias catárticas ocidentais (como a terapia primal), as experiências de pico descritas e defendidas por Maslow e os estados alterados de consciência produzidos pelos métodos orientais de meditação.
A união da psicologia ocidental e do misticismo oriental tornou-se uma meta central para o movimento do potencial humano, e essa foi precisamente a área na qual Bhagwan Shree Rajneesh se destacou.
Em seu (assim chamado) ashram em Pune, na Índia, Rajneesh justapôs terapias ocidentais experimentais e vanguardistas, tais como a primal, a gestalt e grupos de encontro, com meditações orientais clássicas como kundalini yoga e zazen, assim como faziam em Esalen. Na verdade, o ashram de Rajneesh ficou conhecido como Esalen Oriental. Quando Dick Price, um dos fundadores da Esalen, visitou, no entanto, descobriu que essas técnicas estavam sendo usadas para manipular e controlar membros da comunidade. Ele ficou especialmente chocado com a quantidade de violência psicológica e física predominante nos grupos de encontro de Rajneesh.
Em um dos meus primeiros artigos, “Feitiço Hipnótico do Bhagwan”, contei que os conselheiros e pesquisadores da área de controle da mente e cultos acreditavam que Rajneesh era um mestre de várias técnicas de induzir estados alterados de consciência, técnicas que eles dizem que Rajneesh e seus assistentes usavam para manter seus seguidores atrelados a ele e sua organização. Josh Baran, que dirigiu uma organização de apoio a pessoas que deixaram grupos espirituais em Berkeley chamada Sorting It Out [Resolvendo a Vida], foi minha primeira fonte sobre esse assunto. Baran me contou que descobriu que Rajneesh e seus assistentes eram extremamente hábeis em uma ampla gama de técnicas para manipular e controlar pessoas, muitas das quais derivadas de religiões orientais:
Ele é bastante fluente em vários estados alterados de consciência, muito mais do que outros líderes de culto que eu conheço. Suas técnicas incluem canto, meditação, dança Sufi, olhar para as luzes por longos períodos de tempo e música poderosa, todas induzindo estados mentais alterados. O que aconteceu em seu ashram em Pune foi literalmente uma miscelânea de estados mentais alterados.
Hilly Zeitlin, um assistente social clínico, que foi co-diretor de Opções para Transição Pessoal em Berkeley, uma organização especializada em lidar com envolvimento em cultos e questões religiosas relacionadas, disse que Rajneesh tinha feito um estudo de técnicas de indução hipnótica usadas por seitas, e disse-me que ele acreditava que Rajneesh era “um dos melhores hipnotizadores que já encontrei. O modo como ele usa a linguagem, seu tom de voz, o modo como ele sequencia idéias … todos são essencialmente hipnóticos”. Ele prosseguiu dizendo que “a arte da hipnose é a arte de ser vago, enquanto finge que você está sendo profundo, Uma arte que ele acredita que Rajneesh praticou magistralmente em suas palestras para seus discípulos em Pune. “Rajneesh”, acrescentou, “pode ​​ser ainda mais vago agora por não dizer nada”. Rajneesh havia feito um “voto de silêncio” quando deixou a Índia para os Estados Unidos. “Agora você pode projetar nele o que você quiser acreditar”.
Kathleen McLaughlin, professora associada de estudos religiosos no Lewis & Clark College em Portland, esteve na Universidade de Pune de 1977 a 1978 e foi ouvir várias palestras de Rajneesh em seu ashram. Ela me disse: “Seu uso da linguagem é maravilhoso. Ele é um orador hipnótico e bonito que está profundamente ligado psiquicamente ao seu público. Temos uma compreensão imatura da espiritualidade no Ocidente” , afirmou, “e como não acreditamos em fenômenos psíquicos, somos muito vulneráveis ​​a eles. Na Índia, entende-se que qualquer um que medite pode desenvolver poderes psíquicos – a noção comumente é de que existem tais poderes e que você pode desenvolvê-los se quiser”. McLaughlin disse que os intelectuais ocidentais academicamente treinados são “especialmente vulneráveis ​​a isso porque eles foram treinados para usar suas cabeças, mas não suas emoções, e essas técnicas contornam o pensamento racional”.
Eddie Adams/Associated Press
Zeitlin afirmou que todo o sistema social da organização de Rajneesh funcionava para criar sugestionabilidade hipnótica em seus membros.
“Há um esforço intenso para quebrar as formas normais pelas quais as pessoas se autoavaliam, sob o pretexto de ir além ou transcender o ego”, disse ele, “e tudo isso é feito de maneira hipnoticamente vinculante. Eles sobrecarregam os circuitos da mente consciente e, em seguida, apresentam a alternativa da ‘consciência interior’. Enquanto isso, a dependência do grupo se desenvolve”. Zeitlin me disse que havia descoberto em suas entrevistas com ex-Rajneehsees que eles eram “extremamente regredidos psicologicamente” e que sua capacidade de se relacionar com os outros e articular seus sentimentos foi “drasticamente reduzida”.
“Essas técnicas, por si só, não são ruins”, afirmou Baran. “Eles só são ruins quando são usados ​​para controlar e enfraquecer as pessoas”. O problema era que Rajneesh e seus assistentes estavam usando essas técnicas “para fazer as pessoas se tornarem seguidores”.
Quando Rajneesh tentou incorporar uma cidade em Oregon
Quando Rajneesh tentou incorporar uma cidade em Oregon, Dave Frohnmayer, então Procurador Geral do Estado, entrou com uma ação contra a cidade de Rajneeshpuram alegando que violava a separação entre Igreja e Estado, e exigiu que ela fosse dissolvida. Embora eu certamente fosse a favor desse resultado, para mim a base para o argumento era falho: a tal religião do “Rajneeshismo” era falsa desde o início.
Em uma carta de abril de 1983 ao médico de Portland James G. Perkins, que estava envolvido em litígios com a Fundação Rajneesh, o Consulado Americano em Bombaim (agora Mumbai), na Índia, declarou: “De acordo com nossas informações, a Fundação Rajneesh na Índia nunca se afirmou como religião, nem seu líder, Bhagwan Shree Rajneesh, jamais foi reconhecido aqui como fundador de uma religião”. McLaughlin também confirmou que Rajneesh não era aceito como professor religioso na Índia. “Na Índia, há uma longa tradição de gurus”, ela me disse. “Uma das coisas é claro: se alguém é um mestre iluminado, ele não sai por aí espalhando dissensão e ódio. A maneira como Rajneesh e seus seguidores antagonizavam as pessoas na Índia inevitavelmente significava que ele não era considerado uma pessoa iluminada”. McLaughlin disse que a insistência de Rajneesh em se exaltar acima de todos os outros mestres espirituais vivos era estranha a qualquer prática religiosa indiana.
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    Mclauglin descreveu a adoção unilateral de Rajneesh do título “Bhagwan”, que em hindi significa “Senhor” ou “Deus”, como blasfêmia. Ela explicou: “Não é blasfêmia ser chamado de ‘Bhagwan’ se seus seguidores decidirem chamá-lo assim. É uma blasfêmia chamar a si mesmo de “Bhagwan”. A alegação que ele faz de que ele é “o único” é completamente atípica dos homens sagrados indianos. Ela também acusou Rajneesh de distorcer e perverter outros elementos importantes da tradição religiosa hindu. “Seu uso do termo ‘sannyasin’ para designar seus seguidores, por exemplo, é apenas uma zombaria no que me diz respeito – uma zombaria deliberada. Na Índia”,explicou ela, ‘sannyasin’ significa ‘renunciar’, aquele que renunciou às posses mundanas e aos desejos mundanos para vagar pela terra como mendigo, usando a cor sagrada da laranja. Quando você se torna um sannyasin para Rajneesh, você não faz nenhum tipo de voto de renúncia. Tudo o que você faz é pagar à organização algum dinheiro e prometer usar um mala (um medalhão com a foto de Rajneesh) e roupas vermelhas. Isso é uma afronta deliberada para afrontar os valores hindus”.
McLaughlin também encontrou a promoção de Rajneesh – sob o disfarce de ensinar espiritualidade tântrica – de indulgência e promiscuidade sexual desenfreada e, no período de Pune, de orgias sexuais violentas e selvagens, especialmente ofensivas. “O que ele ensina tem apenas a semelhança mais superficial com o tantra hindu”, disse ela. “O Tantra é um caminho muito disciplinado de espiritualidade e, se há algo que Rajneesh não ensina, é disciplina. A prática sexual tântrica é não-orgásmica. Não é só sair e dormir por aí. Você tem um parceiro escolhido pelo seu professor e pode levar anos até que você tenha qualquer contato sexual com esse parceiro. Não é uma noite só.” McLaughlin chamou o uso de Rajneesh, ou mau uso, do Tantra, “barato, impreciso e inflamatório ”.
McLaughlin argumentou para mim que o Rajneeshismo não era uma religião, mas puramente e simplesmente um culto. Ela distinguiu um culto de uma religião pela falta de uma disciplina espiritual significativa e de uma verdadeira tradição espiritual. “Uma religião real”, argumentou ela, “tem uma linhagem. Outros mestres são vistos como parte dessa tradição, e fornecem alguns pesos e contrapesos e alguma humildade. Um culto, por outro lado, é um grupo dirigido por um único líder carismático que egoisticamente se coloca como a única fonte de autoridade, como tendo uma nova revelação, como a única “iluminada”, e, portanto, como substituindo todos outras fontes de autoridade. Buda não se colocou assim. Moisés e Jesus não se colocaram assim. ”McLaughlin continuou: “Não há base ética nos ensinamentos de um culto, e isso é outra coisa que distingue um culto de uma religião ”.
Como uma questão de registro, a organização de Rajneesh não reivindicou o status de uma religião até que o Serviço de Imigração e Naturalização (INS) começou a considerar o processo de deportação contra Bhagwan. Em uma circular de 5 de dezembro de 1981 para os centros de meditação Rajneesh ao redor do mundo, o assistente de Rajneesh, Ma Anand Sheela, anunciou: “Nasceu uma nova religião chamada Rajneeshismo”. No mês seguinte, Orange Juice, o tablóide do centro de meditação Rajneesh em Berkeley. registrou este diálogo entre a oficial de Rajneesh, Ma Sushila, e um grupo de seguidores: “Durante anos, Bhagwan nos disse na Índia que não somos uma religião … Somos agora oficialmente uma religião. (Muitas risadas. Alguém pergunta qual é o nome.) Adivinhe! É chamado “quem sou eu”? Não. É chamado de Rajneeshism. Mais risadas. E para aqueles de nós que são sannyasins, somos chamados de Rajneeshees. Você gosta disso, né?”
Em 30 de setembro de 1985, depois que Sheela fugiu de Rancho Rajneesh e Bhagwan começou a falar contra ela, culpando-a publicamente pelo grande número de crimes perpetrados pelos Rajneeshees no centro de Oregon, 5.000 exemplares do Livro do Rajneeshismo foram queimados no crematório de Rajneeshpuram, e Rajneesh declarou o fim da religião do Rajneeshismo.
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O tipo de organização que o culto de Rajneesh
O tipo de organização que o culto de Rajneesh, na verdade, mais se assemelhava era um vasto empreendimento criminoso. Em três colunas separadas, “A Vontade de Bhagwan: Drogas e Prostituição” e “Corredores de Drogas de Bhagwan I” e “Corredores de Drogas de Bhagwan II”, expus a evidência de que grande parte da riqueza do culto provavelmente derivou do envolvimento de Rajneesh seguidores na Índia na prostituição e no contrabando de drogas e moeda. Custou muito dinheiro permanecer no ashram de Rajneesh, em Pune, e quando um seguidor ficou sem fundos e pediu permissão para ficar, ele ou ela (embora todos os casos que vieram à luz parecessem ter envolvido mulheres seguidores) seria oferecida uma oportunidade de ganhar dinheiro através de meios ilegais de um tipo ou outro.
Em Wild, Wild Country, Sheela é enfática sobre a necessidade de dinheiro da organização de Rajneesh depois que o ashram foi estabelecido em Pune. Ela explica que Rajneesh necessitava de “um fluxo constante de renda” para “fazer o trabalho que queria” e que sua tarefa era “criar uma comunidade de trabalho capitalista”. Ela diz que eles rapidamente perceberam que 3.000 a 4.000 sannyasins vivendo em um ashram poderia definitivamente criar um “grande fluxo de caixa”. Ela argumenta que outras comunidades morreram porque eram “avessos à criação de riqueza”, e afirma que “a única maneira de a comunidade viver era enriquecer”. indiscutivelmente fez.
Em um artigo de 1980, publicado em um periódico britânico de psicologia chamado Energy and Character, um ex-seguidor de Rajneesh chamado David Boadella escreveu o seguinte:
Em uma comunidade religiosa bem conhecida no Oriente … sannyasins estão vendendo seus corpos no mercado aberto para garantir o dinheiro para ganhar um lar para suas almas na comunidade espiritual. Isso pode tomar a forma de ganhos de shows de masturbação, ou prostituição, e é tacitamente encorajado pela comunidade em questão, onde os ganhos imorais são discretamente referidos como “pegar doces”. Na mesma comunidade há uma política oficial que desencoraja ativamente ou proíbe o consumo de drogas. Extraoficialmente, no entanto, uma operação ativa de drogas organizada por sannyasins floresce com ou ao lado da comunidade, e as pessoas que precisam de dinheiro para comprar um lugar na comunidade são colocadas em contato com ele secretamente por funcionários de alto escalão. Cinco ou seis quilos de cannabis são secretados em malas de fundo falso e são contrabandeados de avião via Amsterdã e Paris para Montreal, onde são vendidos por £ 9.000 (aproximadamente US $ 20.000). O anel de drogas coleta £ 6.000 (aproximadamente US $ 13.000), e a pessoa que contrabandeia os remédios coleta £ 3.000 (aproximadamente US $ 6.500) para seus ingressos para o céu. Vários sannyasins estão atualmente cumprindo sentenças de prisão por participarem do tráfico de drogas. Dois deles usaram “lavagem cerebral” como defesa em suas trilhas, a fim de obter uma sentença reduzida.
Boadella também citou o chefe dos inspetores da polícia de Pune dizendo: “A prostituição dos discípulos das meninas do culto alcançou proporções vergonhosas. Tornou-se epidemia”.
Dois sannyasins que alegavam em defesa de que haviam sofrido lavagem cerebral eram uma inglesa chamada Margot Gordon e uma mulher sueca chamada Maria Kristina Koppel. No julgamento de Koppel na Inglaterra, seu advogado de defesa, o Sr. W. Taylor, apresentou seu caso ao tribunal da seguinte forma:
Taylor: Minhas extensas investigações mostram que o homem em Pune, chamado Bhagwan, é nada menos do que um homem mau, usando muitos jovens … e reduzindo sua mentalidade a tal posição, não se torna mais e não menos do que putty nas mãos dele. Ele faz isso por dinheiro e usa essas meninas como fachada para o contrabando de drogas em todo o mundo. Durante um período de tempo, essas moças, ou rapazes jovens, têm suas personalidades reduzidas a nada, seu passado é esquecido, e sugestões são feitas a eles e eles fariam qualquer coisa que este homem lhes dissesse para fazer.
Taylor então chamou a atenção de um especialista em hinduísmo e religiões orientais que havia feito pesquisas sobre o grupo de Rajneesh, o professor Johannes Aagard. Ele deu o seguinte testemunho:
Aagard: Em Pune, Bhagwan e seu povo, não menos importante, seu grupo de oficiais de alta patente estabeleceram um mundo alternativo. Ele lhes dá um mala com sua própria foto, e eles pegam um pedaço de cabelo dele, conectando a realidade deles com os dele … Desde o início, o objetivo é acabar com a mente, a personalidade, a memória … Você acaba sendo ninguém. Você tem que desistir do seu ego. Você tem que se esvaziar totalmente para se render a Bhagwan. “Total rendição” são as palavras-chave. Isso é feito por uma série de atos humilhantes em que você é forçado a fazer o que você odeia fazer no grupo. Você perde o sentimento de identidade que está ligado a certos atos, certas reservas, certas inibições sexuais. Em várias dessas oficinas, a promiscuidade ocorre das formas mais grosseiras e horríveis. Pessoas do sexo masculino são autorizadas a fazer o que quiserem com as mulheres, e vice-versa, e tem como objetivo derrubar a consciência conectada com o indivíduo a fim de que uma nova consciência conectada com Bhagwan e sua ideologia assuma o seu lugar.
Em um documento que a mãe de Kristina apresentou ao tribunal na esperança de ganhar clemência por sua filha, ela relatou que Kristina havia lhe dito o seguinte sobre suas experiências em um grupo Tantra: “Kristina foi ordenada a ter relações sexuais com todos os homens do grupo. por sua vez, a fim de “matar seu ego”, gritava a líder do grupo: “Se você se render a Bhagwan, deve se render a qualquer um aqui, a qualquer homem, embora o simples pensamento disso a faça doente – você não deve pensar – apenas deixe acontecer! ‘”
O advogado de defesa Taylor então perguntou a Aagard a seguinte pergunta:
Taylor: E o que resta no final do dia?
Aagard: A vontade de Bhagwan.
Então um promotor obviamente simpático, o Sr. C. Hilliard, teve a seguinte troca com a Aagaard:
Hilliard: Depois de uma pessoa ter esse processo administrado a eles, eles sabem o que estão fazendo?
Aagard: Devo dizer que eles estão observando como uma testemunha, como um espectador, tudo o que estão fazendo. O que está agindo não é eles. Eles estão apenas testemunhando uma ação e, portanto, você pode matar, mas você não é um assassino. Você pode roubar, mas você não é um ladrão.
Hilliard: Bhagwan diz quem é um ladrão e quem é um assassino?
Aagard: É a mente e a mente é uma ilusão. Portanto, o ato de roubar e matar é uma ilusão.
Em seguida, Taylor chamou o médico Joan Gomez, um psiquiatra da Universidade de Londres que havia examinado Koppel.
Taylor: Você acha que essa jovem sabia, quando ela foi convidada a trazer a cannabis para este país, a diferença entre certo e errado?
Gomez: Eu não sei sobre certo e errado, mas tenho certeza que ela não sabia que era contra a lei. Eu tenho certeza que se Bhagwan disse que estava tudo bem, era como se Deus estivesse dizendo isso.
Taylor: E ela tem uma alternativa?
Gomez: Eu não acho que teria sido possível para ela desistir. Mesmo intelectualmente ela não podia, porque a alternativa era muito horrível. Ela tinha que conseguir dinheiro para voltar para ele. Um caminho era a prostituição, o outro era cannabis.
Taylor implorou ao tribunal que não mandasse seu cliente para a prisão, dizendo: “Isso vai matar sua mente, e tudo o que ela fará quando sair é voltar a esta comunidade doente e triste”. O juiz J. Murchie deu a Koppel um Sentença suspensa por 15 meses.
No julgamento de 1980 de Margot Gordon em Paris, seu advogado, Philippe le Boulanger, argumentou da mesma forma que seu cliente havia sido psicologicamente coagido a contrabandear maconha da índia pela seita Rajneesh. Taylor disse ao tribunal, entre outras coisas, que ela havia sido submetida a três sessões de duas horas cada em um “tanque de serenidade” (um tanque escuro, silencioso, sem sensorial e cheio de água salgada mantida à temperatura do corpo), um tratamento que ele descreveu. – com base em uma análise do mesmo dr. Gomez – como uma “tortura no estilo nazista destinada a fazer lavagem cerebral na vítima”. Gordon recebeu uma sentença de oito meses e mais 16 meses de pena suspensa e multou 10.000.
Não está claro até que ponto as autoridades de Rajneesh transferiram esses tipos de atividades criminosas para os EUA, mas no verão de 1983, três seguidores indianos de Rajneesh foram presos pela polícia de Bombaim e acusados ​​de tentar contrabandear centenas de milhares de dólares dos EUA. a Fundação Rajneesh em Pune para Rajneeshpuram em Oregon. Um deles admitiu que também contrabandeara quantias consideráveis ​​de divisas compradas no mercado negro indiano para contatos de Rajneesh nos Estados Unidos. Além disso, alguns observadores e membros de agências policiais especularam na época que a Rolls-Royces supostamente “doada” a Rajneesh por adeptos entusiasmados – havia cerca de 100 em Rajneeshpuram até o final da saga – representavam uma forma conveniente de lavagem de fundos obtidos ilegalmente.
Durante muito tempo, as mulheres Rajneesh predominaram nos serviços de acompanhantes em São Francisco e entre os strippers no conhecido Mitchell Brothers O’Farrell Street Theatre em São Francisco, mas depois que as operações começaram no rancho no Oregon, Rajneesh convocou todos eles para o centro de Oregon. Bill Driver, o repórter investigativo com quem trabalhei em várias reportagens da Oregon Magazine sobre o culto, recebeu uma dica de uma fonte da lei de que o homem que o FBI considerava ser o maior traficante de cocaína dos Estados Unidos foi observado saindo do rancho em Rajneesh. último dia lá, mas Bill foi incapaz de confirmar a informação. Em 13 de outubro de 1985, uma semana e meia antes de Rajneesh tentar fugir dos Estados Unidos, Robert Black, um Rajneeshee também conhecido como Swami Hrydaya, foi preso em Vancouver, British Columbia, sob acusações de contrabando de cocaína e moeda em grande escala, mas até onde eu sei, nenhuma conexão direta entre esses crimes e Rajneesh ou seus altos funcionários foi comprovada.
No entanto, as novas categorias de crimes em que os Rajneeshees se envolveram no Oregon – envenenamentos, conspiração para assassinatos, escuta ilegal, fraude de imigração – mais do que apoiaram a conclusão que uma autoridade alfandegária dos EUA me deu depois que tudo terminou: “Foi”, ele disse para mim, “a maior conspiração criminosa na história do Estado”- e, acrescentou ele, “ninguém fez nada sobre isso.”
Em um telegrama de janeiro de 1983 para o escritório do INS em Portland
Em um telegrama de janeiro de 1983 para o escritório do INS em Portland, o consulado americano em Bombaim ofereceu duas razões pelas quais Rajneesh deixou a Índia quando o fez. O primeiro foi a situação fiscal da Fundação Rajneesh, o guarda-chuva legal do ashram de Bhagwan em Pune. O consulado informou que as autoridades na Índia foram inicialmente impedidas de investigar a fundação por Rajneesh que tinham trabalhado seu caminho em posições de poder no sistema fiscal indiano. Mas o governo finalmente revogou o status de isenção de impostos da fundação e avaliou seus impostos desde a fundação do ashram em 1974. Escusado será dizer que Rajneesh e sua coorte deixaram o país com aqueles impostos não pagos.
A segunda razão para a súbita partida de Rajneesh e Sua camarilha governista era a incapacidade da Fundação Rajneesh de obter um pedaço de terra grande o suficiente para sua cidade projetada, cuja população, segundo ele, chegaria a 100.000 pessoas – a Fundação Rajneesh já havia recebido dinheiro de discípulos em troca de casas prometidas. a cidade futura. Ironicamente, a incapacidade da fundação de garantir a terra deveu-se às rigorosas leis de uso da terra da Índia. O fracasso de Ma Yoga Laxmi, principal assistente de Rajneesh por muitos anos, de garantir a terra, fez com que ele a substituísse pela mais agressiva Sheela Silverman, uma mulher indiana com laços próximos com Rajneesh (seu sobrenome veio de um primeiro casamento. que terminou com a morte do marido).
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Rajneesh adquiriu quase 100 Rolls-Royces quando fugiu para os Estados Unidos.
O Los Angeles Times, em uma reportagem investigativa de 30 de agosto de 1981, sugeriu uma terceira razão possível para a decisão inesperada de Rajneesh de desocupar seu ashram. A relação entre o ashram e os habitantes da cidade de Pune – exatamente como a relação entre os Rajneeshees e os habitantes da cidade de Antelope – era cheia de hostilidade. Pouco antes da partida de Rajneesh, o atrito entre os dois lados irrompeu em dois atos de incêndio contra o ashram.
Os ataques podem ter sido relacionados a uma disputa entre o ashram e um de seus proprietários. O ashram apresentou acusações contra o proprietário, acusando-o de agredir uma discípula. O locador alegou que os seguidores de Rajneesh o haviam enquadrado porque ele se recusara a ceder direitos de água em disputa sobre sua propriedade a eles. O consulado americano em Bombaim investigou esta história e concluiu que a “armadilha sexual” era uma das “técnicas favoritas” do ashram para conseguir o seu caminho na Índia. “Um indivíduo, geralmente um homem”, afirmava o relatório, “seria atraído para uma situação em que ele se encontrava sozinho com uma mulher do ashram. Após um curto período de tempo, a fêmea alegou que ela havia sido molestada. Surpreendentemente, muitas vezes havia câmeras e gravadores presentes. Então, um funcionário do ashram apareceria e se ofereceria para trocar o silêncio por uma acusação sexual por algo que o ashram queria”.
A armadilha sexual do ashram de seu proprietário – que também era um editor de jornal popular na cidade – não foi o primeiro incidente desse tipo em Pune, e especulou-se que algumas pessoas da cidade podem ter ficado suficientemente enfurecidas com o último recurso. Os investigadores da polícia e dos seguros suspeitavam, no entanto, que os Rajneeshees poderiam ter deflagrado os incêndios, assim como eles foram suspeitos de terem planejado o bombardeio de um hotel de propriedade de Rajneeshee em Oregon.
O culto de Rajneesh usou o sexo não apenas para manipular pessoas de fora
O culto de Rajneesh usou o sexo não apenas para manipular pessoas de fora que se opuseram a eles, mas também para atrair seguidores ao seu rebanho e manter os membros sob controle. “Todos os cultos controlam o sexo, de uma forma ou de outra”, explicou a professora Singer. “Ou eles o proíbem completamente ou reforçam a participação nele. De qualquer forma, o que o líder do culto está tentando fazer é evitar a união de pares e impedir que os casais saiam porque eles se amam mais do que amam o grupo. O líder que impõe participação atinge um grau muito maior de subjugação das vontades de seus seguidores, porque ele assume o controle real dessa área mais íntima da vida de uma pessoa”.
Dados e depoimentos do culto de Rajneesh tendem a sustentar sua visão. Uma ex-discípula chamada Roselyn, que passou por seis meses de grupos terapêuticos no ashram de Rajneesh na Índia, me disse que a pressão psicológica coercitiva era aplicada no ashram – particularmente nas mulheres – para reforçar a participação em comportamentos sexualmente promíscuos e no notório grupo do ashram. orgias sexuais. “A linguagem no ashram era ‘diga sim’ e ‘diga sim à vida’”, disse ela. “Um cara fez uma abordagem para mim e eu não estava nem um pouco interessado, mas me senti culpada porque não estava ‘dizendo sim à vida'”. Ela me disse que as mulheres que se recusavam a participar de orgias de ashram eram castigadas por grupos líderes por serem “egoístas”, “frígidas” e “rejeitadoras”.
As tentativas de impor a participação sexual no ashram de Pune nem sempre pararam à pressão psicológica, mas às vezes se estenderam ao uso da violência. Um ex-discípulo alemão chamado Eckart relatou ter testemunhado o estupro de uma sannyasin feminina por dois homens durante um grupo de encontro chamado “samarpan” (“rendição”). Quando ele tentou intervir, ele disse, o líder do grupo o parou, explicando depois: “Ela precisava ser estuprada”. Outro ex-seguidor chamado David relatou um incidente no qual uma mulher fugiu de um grupo de encontro de ashram após ser estuprada e teve que passar meses de aconselhamento fora do ashram, a fim de superar o trauma psicológico resultante. O infame filme Ashram (que moradores de Antelope são vistos em Portland para assistir em Wild, Wild Country) feito pelo ex-discípulo alemão Wolfgang Dobrowolny, mostra uma tentativa de estupro coletivo durante um grupo de encontro com o ashram.
Doenças venéreas, particularmente gonorréia e herpes, eram comuns no ashram de Pune. Roselyn me disse que havia “uma tremenda epidemia de gonorréia” enquanto ela estava lá, e contou que um homem infectou cerca de dez discípulas com a doença no curso de um grupo Tantra de uma semana. Como resultado, as autoridades médicas em Rajneeshpuram selecionariam os recém-chegados com muito cuidado para doenças sexuais. Susan Harfouche – uma ex-discípula cujo manuscrito “A Morte de um Sonho: Memórias de um ex-Sannyasin” publicado pela Oregon Magazine – relatou como os nomes dos recém-chegados que haviam sido medicamente aprovados para sexo foram afixados em um quadro de avisos fora do refeitório da comunidade. salão, onde os seguidores se reuniram após o jantar e escolheram seus parceiros para a noite. Mais tarde, os recém-chegados tiveram de usar uma única conta laranja no mala até passarem nos exigentes testes de doenças venéreas da comunidade.
Se um homem e uma mulher mostrassem sinais de formar um relacionamento contínuo, as autoridades da comunidade lhes dariam designações em diferentes partes do rancho.
Tanto Susan Harfouche quanto Roselyn nos disseram que não testemunharam nenhuma orgia enquanto estivessem em Rajneeshpuram. “Eles são muito mais cuidadosos no rancho”, disse Roselyn. “Eles nos disseram que tinham que ter cuidado com os jornalistas que penetravam nos grupos e que não poderíamos fazer algumas das coisas que fizemos em Pune”. Mas Harfouche e Roselyn notaram que o programa de trabalho pesado da comunidade de doze horas por dia, sete dias por semana não deixavam muito tempo ou energia para orgias de longas horas.
Ambos também confirmaram que uma política implícita de desencorajar relacionamentos comprometidos estava em vigor em Rajneeshpuram enquanto eles estavam lá. Smith argumentou que as próprias condições de vida extremamente lotadas do rancho funcionavam para desencorajar a intimidade. “Como você pode ter intimidade com alguém quando há outros dois casais no quarto?”, perguntou ela. “É muito mais fácil fazer sexo despersonalizado e nunca mais ver a pessoa”. Harfouche disse que se um homem e uma mulher mostrassem sinais de formar um relacionamento contínuo, as autoridades da comunidade lhes dariam designações em diferentes partes da fazenda ou em diferentes épocas de o dia, a fim de mantê-los separados.
“Essa despersonalização do sexo e da frustração dos relacionamentos íntimos é simplesmente projetada para aumentar o sentimento de um relacionamento pessoal com Bhagwan”, me disse Adrian Greek, um conselheiro de culto em Portland, modificando Singer. A melhor descrição do resultado final emocional da sexualidade ao estilo de Rajneesh que encontrei apareceu em um livro de 1981 do discípulo de Rajneesh Ma Satya Bharti, Bêbado no Divino. Bharti descreveu os efeitos posteriores de uma orgia de ashram em uma participante feminina da seguinte forma: “Ela se sentiu perdendo o controle de seu corpo, perdendo o controle de sua mente. Ela estava desaparecendo, desaparecendo no ar. Então havia nada, vazio.
Bill Miller/Associated Press
De todos os aspectos repreensíveis do culto de Rajneesh, o tratamento das crianças
De todos os aspectos repreensíveis do culto de Rajneesh, o tratamento das crianças no rancho tem sido o mais ignorado ou suprimido, provavelmente porque é o mais horrível e doloroso de se contemplar. Tanto quanto sei, mais ninguém escreveu sobre o assunto além de mim. Não desempenha nenhum papel em Wild, Wild Country.
Vamos começar com o fato de que Rajneesh não queria que seus seguidores tivessem filhos, um assunto sobre o qual eu escrevi em “Strange Eugenics” de Bhagwan. Rajneesh fez a seguinte declaração ao INS em uma entrevista em Portland em 14 de outubro de 1982: assassinato é considerado pela sociedade, então o nascimento de uma criança deve ser considerado pela comuna. ”Ele não estava brincando. Rajneesh exigiu que todas as suas principais autoridades femininas fossem esterilizadas e encorajou seus outros discípulos a fazer o mesmo. Se uma mulher engravidou no ashram de Pune, na Índia, ou em Rajneeshpuram, no Oregon, ela recebeu uma escolha difícil: Concordar em fazer um aborto ou deixar a propriedade imediatamente. Havia zero crianças nascidas no Oregon para os membros do culto de Rajneesh durante o tempo em que a comuna existia.
“Bhagwan disse a seus seguidores que uma mulher não poderia se tornar iluminada se ela tivesse um filho”, um ex-discípulo me informou, “porque isso tiraria sua energia vital. Foi preciso muita energia para se tornar esclarecido que, se você tivesse um filho, você não teria energia para seguir esse caminho. ”Na verdade, a razão pela qual Bhagwan não queria que seus seguidores tivessem filhos era a mesma razão pela qual ele não se importava. eles têm relacionamentos estáveis, comprometidos e amorosos: ter um filho pode motivar seus pais a abandonarem a comuna por um estilo de vida adulto mais normal.
Como recordei em “Childrilling de Bhagwan”, as cerca de 50 crianças no rancho nasceram antes de seus pais chegarem lá. Rajneesh havia enunciado o princípio de que “as crianças não pertenceriam aos pais, mas à comuna”, e de fato as crianças com mais de cinco anos de idade viviam separadas de seus pais. Houve evidência de negligência dos mais jovens. Dois adultos que moravam lá relataram que viram crianças pequenas correndo ao ar livre durante os meses de inverno sem roupas adequadas. Uma delas disse que viu uma garota de quatro anos completamente nua brincando lá fora no mês de dezembro. O outro descreveu o destino de um menino de cerca de dois anos no rancho:
O primeiro acidente que ele teve foi quando ele caiu de uma escada e realmente se feriu gravemente. A próxima coisa que consigo lembrar é que ele foi atropelado por uma picape. A pobre coisinha, um lado do rosto dele não era nada além de sangue e pus e inchados e machucados. Foi terrível. A única coisa que o salvou foi a lama ser tão profunda. Ele estava lá fora em meio ao maquinário o tempo todo. É uma maravilha que ele não tenha sido morto.
Em suas “Memórias de um ex-sannyasin”, Harfouche descreveu um “bebê de dois anos que eu costumava ver pensando no rancho por si só: olhos grandes perplexos, dedos na boca, sujos, negligenciados”. Roselyn, uma criança Protetora social, por profissão, confirmou para nós que: “As crianças são desencorajadas de viver com seus pais. Eles têm uma das menores prioridades de qualquer preocupação. Eles recebem pouca atenção”. Mas ela também nos deu informações perturbadoras sobre o envolvimento sexual de crianças pequenas no rancho. Ela nos disse: “a maioria das meninas de doze, treze e quatorze anos de idade no rancho estava tendo relações sexuais. Era uma coisa comum”.
De acordo com um relatório de 1983 do Concerned Christian Growth Ministries da Austrália, um visitante australiano do Rancho Rajneesh em 1982 relatou: “A casa da fazenda foi convertida para a casa das crianças e a sala de aula. As crianças não precisam morar com os pais; eles pertencem à comunidade e o orgulho é expresso na abordagem “moderna” usada em sua criação. Algumas crianças estavam correndo nuas na escola, e não é incomum que meninos e meninas durmam juntos. As crianças são encorajadas a experimentar sexualmente umas com as outras, e um sannyasin disse que as crianças frequentemente observam o envolvimento sexual de seus pais – “em particular, é claro”. Uma menina que morava em Rajneeshpuram de onze a 13 anos disse em uma entrevista que contemporâneas do sexo feminino freqüentemente tiveram relações sexuais com homens mais velhos. Ela alegou que conhecia meninas de até dez anos que tinham relações sexuais com homens adultos.
As alegações feitas à Oregon Magazine por moradores de rua que moravam em Rajneeshpuram durante o programa de compartilhamento de casa eram consistentes com as declarações desses residentes da antiga comunidade. Um deles disse que viu crianças de Rajneesh “se sentindo umas sobre as outras, abraçando umas as outras” e acariciando as áreas genitais uma da outra. Ele disse: “Eles vagam livremente, eles podem fazer o que quiserem…. Havia uma garota de 13 anos que estava indo com um cara de 45 anos. Ele disse que fez coisas (sexuais) com ela com os pais dela. Eles chamam isso de ‘amor aberto’.”
Outro morador de rua entrevistado após deixar Rajneeshpuram por Bill Driver, da Oregon Magazine, disse que testemunhou um menino e uma menina de três e quatro anos de idade, com os genitais expostos, simulando relações sexuais. Ele disse que a mãe da menina estava presente enquanto isso acontecia, e que ela disse: “Tudo bem, é assim que você se diverte”. Outra pessoa de rua alegou ter visto um homem “molestando sexualmente” uma menina de dez anos de idade. um ônibus lotado em Rajneeshpuram. “Eu não gostei do que vi”, disse ele, “e a mulher com quem eu estava (um Rajneeshee) também não gostou. Ela finalmente foi até lá e disse à menina para se sentar conosco. Ninguém mais disse uma palavra.
Jim Phillips, um pai que entrou com um processo no condado de San Mateo, Califórnia, em 1983, para impedir que sua ex-esposa levasse seu filho de 9 anos para morar em Rancho Rajneesh, contou-nos a seguinte história. O juiz do caso decidiu inicialmente que a mãe de Rajneeshee poderia levar o menino ao rancho por um período experimental de quatro semanas. Ao final das quatro semanas, o juiz parecia inclinado a estender o limite da permanência do garoto. Depois de uma conferência privada com o menino em seus aposentos, no entanto, o juiz de repente mudou de ideia e decidiu que a criança não poderia visitar “qualquer ashram Rajneesh ou rancho ou qualquer lugar sob o controle da Fundação Rajneesh” por mais de 48 horas um tempo. O juiz disse em sua decisão: “O estilo de vida da mãe na fazenda é totalmente controlado pelo grupo de Rajneesh e é totalmente alheio ao estilo de vida do menor quando está com o pai”. Disse Phillips: “Eu olhei para o rosto do juiz quando ele saiu (de falar com seu filho) e eu sabia que ele finalmente entendeu o que realmente está acontecendo lá naquele rancho – que é uma terra infantil para adultos, e as crianças estão se ferrando.”
Keystone/Alamy
Wild, Wild Country é muito obscuro com relação à base do conflito
Wild, Wild Country é muito obscuro com relação à base do conflito entre os Rajneeshees e os moradores do Oregon Central. Os seus oponentes eram um grupo de caipiras brancos, cristãos, preconceituosos, ou motivados por preocupações genuínas sobre o impacto da nova cidade na frágil ecologia de uma comunidade agrícola no alto deserto? O conflito foi, na verdade, basicamente uma disputa pelo uso da terra, na qual os Rajneeshees, desde o início, violaram sistematicamente tanto o espírito quanto a letra das leis de uso da terra do Oregon?
Quando os Rajneeshees chegaram pela primeira vez no Big Muddy Ranch (em breve o renomeado Rancho Rajneesh) em julho de 1981, eles declararam sua intenção de operar uma “fazenda simples” e uma “comunidade religiosa” com meros 50 trabalhadores agrícolas. Em um mês, no entanto, eles solicitaram ao Condado de Wasco permissão para localizar 34 trailers na parte do condado de Wasco. As autorizações concedidas permitiam cinco habitantes por reboque, o que levaria a população da fazenda a 170 pessoas. A lei do Oregon exige um mínimo de 150 pessoas para incorporar uma cidade. Três meses depois, em outubro de 1981, representantes de Rajneesh solicitaram permissão para a realização de uma eleição de incorporação em razão do renomeado Rancho Rajneesh.
A Comissão de Desenvolvimento de Terras e Conservação do Oregon (LCDC) tinha três principais metas de planejamento relevantes para a ideia de incorporar uma nova cidade em Rancho Rajneesh. O Objetivo 3, o Objetivo das Terras Agrícolas, exigia a preservação de terras agrícolas no estado. O Objetivo 14, Objetivo de Urbanização, determinou que o desenvolvimento urbano no estado ocorra de maneira ordenada e eficiente dentro de um limite aprovado de crescimento urbano. No entanto, para complicar, o Objetivo 2 permitiu exceções ao Objetivo 3 e ao Objetivo 14 nos casos em que poderia ser demonstrado que uma exceção poderia promover a causa geral do desenvolvimento da terra saudável.
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Rajneesh mudou-se para o centro de Oregon para construir “a primeira cidade de Sannyasin”, que ele pretendia cultivar para uma população de 100.000.
Em reuniões com representantes de Rajneesh no outono de 1981, os advogados de 1.000 Amigos do Oregon, um grupo de defesa do uso da terra dos cidadãos, avisaram que teriam que buscar uma exceção sob o Objetivo 2. Os representantes dos 1.000 Amigos previram a probabilidade foi que uma exceção não seria concedida, porque as leis de uso da terra do Oregon já permitiam o tipo de atividades agrícolas e religiosas simples que os Rajneeshees disseram que queriam seguir. Eles poderiam obter autorizações para estruturas relacionadas a fazendas, caso a caso, dos condados de Wasco e Jefferson. Os representantes de Rajneesh responderam que o processo de obter autorizações caso a caso era muito pesado, e as despesas exigidas para viajar entre a fazenda e os tribunais do condado eram muito grandes, para que isso fosse um plano viável para eles.
Em vez disso, os Rajneeshees foram em frente e fizeram campanha para pedir permissão ao Tribunal do Condado de Wasco para começar a construir sua cidade. “Constatações de Fato” submetidas à comissão afirmaram que “os usos a serem estabelecidos dentro da cidade proposta são de natureza rural … para atender às necessidades da força de trabalho predominantemente agrícola que reside dentro da área. As utilizações comerciais e industriais limitadas serão de natureza semelhante”. Foi com base nestas constatações que o Comissário Rick Cantrell, também o executivo do condado, e o Comissário Virgil Ellett anularam a oposição do terceiro comissário e votaram a favor da incorporação oficial de Rajneeshpuram. Quaisquer que fossem seus pontos de vista sobre a incorporação, Cantrell possuía um incentivo adicional para votar do jeito dos Rajneeshees: Eles compraram todo o seu rebanho de cavalos dele por mais do que valiam no mercado aberto no momento em que ele estava tendo dificuldade em encontrar sua pagamentos em um empréstimo do US National Bank of Oregon. No entanto, eles não lhe pagaram o dinheiro até que a votação confirmasse seus planos para uma cidade.
Depois de receberem permissão da Comissão do Condado de Wasco para começar a construir sua cidade supostamente orientada para a agricultura, os Rajneeshees começaram a construir os seguintes tipos de estruturas: várias centenas de casas, vários complexos de apartamentos multiplex, um shopping de dois andares, 21.900 o “complexo de aconselhamento”, uma série de edifícios de escritórios e restaurantes, um grande armazém, um hotel de quatro andares, uma fábrica e uma pista de aterrissagem no aeroporto, capaz de acomodar aviões a jato particulares. Com a permissão concedida para construir uma “estufa simples”, eles ergueram uma sala de reunião pública de 2,2 mil metros quadrados, chamada Mandir. Todas essas estruturas estavam fora dos limites de um limite de crescimento urbano, porque não havia uma nessa área.
Bettmann/Getty
Tanto Sturm und Drang rodeia a história de Rajneesh que as pessoas contando, seja em forma escrita ou em filme, podem esquecer de deixar clara a história real que realmente é.
Tanto Sturm und Drang rodeia a história de Rajneesh que as pessoas contando isso, seja em forma escrita ou em filme, podem esquecer de deixar claro o quanto uma história é realmente direta, e os leitores e espectadores podem sentir falta dela. Rajneesh havia dito repetidas vezes quando ele e seus seguidores ainda estavam na Índia que ele queria construir “a primeira cidade de Sannyasin”, indicando que poderia começar com 10.000 moradores e chegar a 100.000, e ele veio para o Oregon com esse objetivo em mente. 1.000 Amigos do Oregon, com o apoio de fazendeiros e fazendeiros locais, buscaram uma estratégia legal para impedir seu projeto, a ponto de eventualmente parecer que a votação original da Comissão do Condado de Wasco dando permissão aos Rajneeshees para incorporar sua cidade poderia ser derrubada, e a cidade literalmente desconstruída. Foi nesse ponto que os Rajneeshees criaram um esquema imaginativo, mas não muito realista, para obter o controle da Comissão do Condado de Wasco, que iria obter uma votação redo sobre o assunto.
O esquema deles tinha três partes: debilitar dois dos comissários do condado envenenando-os e administrar dois de seus próprios candidatos para ocupar seus assentos; envenenar potenciais eleitores no condado para que eles não pudessem chegar às urnas no dia das eleições; e trazer alguns milhares de moradores de rua de todo o país para registrá-los para votar, porque eles não tinham suficientes eleitores Rajneeshee no rancho para levar o dia. Este esquema desmoronou de forma dramática, por razões que o filme dos irmãos Duplass rastreia muito bem. Um elaborado processo de recenseamento eleitoral criado pela secretária de Estado de Oregon, Norma Paulus, e pelo funcionário do Condado de Wasco impediu que os moradores de rua tentassem se registrar. A maioria deles não estava nem um pouco interessada em se registrar para votar em primeiro lugar.
Os moradores de rua, encalhados pelo Rajneeshee em várias estações de ônibus em todo o estado, sem os bilhetes de volta para as cidades de origem que lhes haviam sido prometidos, tinham muito a dizer sobre a atmosfera predominante no rancho. “É uma coisa de paz e amor, certo? Errado! ”Duane Hartman disse ao jornal de Vancouver Columbian. “Todo lugar que você olha, tem alguém checando você”. Outro sem-teto de Nova York chamado Steve Maranwille disse ao mesmo jornal: “Eu odiei. Era como um campo terrorista. ”John Irwin disse ao Richmond Times-Dispatch: “Há sexo desenfreado e eles estão tentando torcer a mente das pessoas nessas sessões de lavagem cerebral durante todo o dia. ”Irwin relatou que foi chutado e espancado em sua tenda. depois de se recusar a se registrar para votar. Repórter Roddy Ray escreveu no Detroit Free Press, “Periodicamente, durante o jantar, uma voz veio pelo alto-falante: “Atenção, amigos. Se você é um cidadão americano e tem mais de dezoito anos, você tem o direito de se registrar para votar”. Alguns dos moradores de rua afirmaram que alimentos, roupas e roupas de cama lhes eram negados caso se recusassem a se registrar.
“É um ambiente construído que invoca a maioria dos sentidos”, explicou Warren Barnes, de Berkeley, Califórnia, ao Seattle Times. “A cor predomina. A imagem domina – você vê a foto de Bhagwan o tempo todo. As palavras predominam – Rajneesh, Rajneesh, Rajneesh. ”Barnes disse que decisões pessoais como onde trabalhar, onde comer e onde morar foram levadas para Rajneeshpuram. “É um processo contínuo em que você pode ser um bebê novamente”, disse ele. “E essas coisas subliminares enfraquecem sua vontade de resistir”.
“Eles dizem paz lá, mas há armas em todos os lugares”, disse Donnie Harman, um morador de rua de Tyler, Texas, ao Seattle Times. “Dizem que não mentem, mas mentiram até eu sair”. O repórter Jay Maeder, do Miami Herald, descreveu Rajneeshpuram como “um reino de alma negra contra nós, cheio de tropas de assalto espirituais radiantes Os padres diários diariamente dizem aos acólitos que o mundo lá fora é uma floresta selvagem cheia de predadores que querem destruí-los. ”Maranville descreveu à The Dalles Weekly Reminder uma reunião na qual os sem-teto, especialmente os veteranos do Vietnã, foram solicitados a “defender comunidade”. “Eles disseram que armariam pessoas se tivessem que fazer isso”, afirmou Maranville.
“Essas pessoas são dedicadas e perigosas”, disse Michael Sprouse, de Jacksonville, Flórida, ao Weekly Reminder. “Eles são fanáticos dedicados e estão armados … empolgados até o ponto de atirar em cidadãos americanos ou militares americanos, se o Bhagwan os pedir. Eu sei que as pessoas do Oregon estão preocupadas. Mas eu não acho que eles estejam levando isso tão a sério quanto deveriam. ”No final da história, contada em Wild, Wild Country, o ex-procurador-assistente Robert Weaver – que durante todo o filme parece inclinado a convencer os telespectadores de que as autoridades estavam no topo do problema de Rajneesh desde o início, quando na verdade nem sequer levantaram um dedo para amenizar a situação na região central de Oregon ou ajudaram os residentes locais em dificuldades – descreve a invasão ao estilo militar de Rancho Rajneesh, com várias centenas de guardas nacionais e uma equipe do FBI, ele trabalhava. Se esta operação tivesse sido realmente realizada, poderia ter havido um banho de sangue em Rajneeshpuram que teria feito o posterior fiasco do FBI em Waco parecer a missão de misericórdia que supostamente era. Felizmente para Weaver e todos os outros envolvidos, Bhagwan evitou essa possibilidade com sua tentativa de fuga da América em um dos seus Lear Jets, que quando seu jato parou em Charlotte, na Carolina do Norte, para reabastecer ele foi preso e levado de volta a Portland para julgamento.
Matthew Naythons/Gamma-Rapho/Getty
Praticamente tudo o que aconteceu na história dos Rajneeshees no Oregon
Praticamente tudo o que aconteceu na história dos Rajneeshees no Oregon (incluindo a aquisição do Antelope, que era sua cidade reserva) dizia respeito à questão do uso da terra e à questão de saber se sua cidade sobreviveria aos seus desafios legais. O envenenamento de cerca de mil clientes de restaurante no brunch de domingo em The Dalles foi uma questão de fundo para determinar o quão eficaz seria se usado para manter os eleitores das pesquisas. No final, esse enredo diabólico também não se concretizou. Mas fornece um ponto conveniente para retornar ao assunto do mal e medir o grau exato de perigo representado por esse culto.
Por acaso, eu estava em Washington, D.C. não muito tempo depois dos envenenamentos em The Dalles, e fui ao escritório do congressista Jim Weaver no final da tarde para dizer olá. Ele me chamou em seu escritório pessoal, misturou alguns martinis de gim frios, sentou-se e começou a explicar por que a única fonte possível do envenenamento por salmonela em The Dalles era Rajneeshpuram. Jim veio de uma formação agrícola em Iowa (seu avô, James O. Weaver, foi o candidato do Partido Populista para presidente em 1892), e ele tinha um conhecimento detalhado de salmonela (que é encontrada em ovos e aves crus). Ele insistiu que não havia absolutamente nenhuma outra explicação para a presença de salmonelas nas barras de salada de uma dúzia de restaurantes diferentes na mesma manhã. E, claro, ele acabou por estar certo. Os Centros de Controle de Doenças culparam os manipuladores de alimentos nos restaurantes.
Jim foi ao plenário do Congresso dos EUA e fez um discurso chamado “A cidade que foi envenenada”, tendo como objetivo final (depois de escorregar a base científica de sua interpretação) no Rajneeshees, embora não mencionando-os pelo nome. Para este ato de serviço público, ele foi ridicularizado pela página editorial do Oregonian, que apoiou os Rajneeshees e seu líder até o amargo fim. Jim e eu havíamos sido sujeitos a fortes críticas dos liberais de Portland, que viam Rajneesh como vítima do preconceito racial e do fanatismo religioso dos caipiras do interior do Oregon Central.
Como éramos dois dos principais liberais do estado, a crítica de nós era especialmente pessoal. Na Convenção Democrata em São Francisco, em 1984, o presidente da delegação do Oregon saiu da sala quando me ouviu falando sobre Rajneesh (ele deveria ter escutado com mais cuidado: eu estava coletando detalhes de um homem que conheci que morava em São Francisco e alegou que ele tinha participado de uma orgia de despedida de solteiro com acompanhantes de Rajneesh). Quando a ACLU saiu em apoio a Bhagwan Shree Rajneesh por motivos da Primeira Emenda, eu me ofereci para dirigir-me a sua diretoria e delinear para eles o que eu achava que estava acontecendo na região central de Oregon. Eles rejeitaram minha oferta – eles simplesmente não queriam ouvir outro outro lado da história. Os conservadores freqüentemente criticam os liberais por se recusarem a reconhecer o mal quando se apresentam claramente, e não estão completamente errados nessa avaliação.
Certa vez ouvi que a chefe da Corporação Médica de Rajneesh, Ma Anand Puja, estava vindo a Portland para dar uma palestra sobre o programa médico da comunidade e fui ouvi-la. Ela projetou, por falta de uma maneira melhor de colocá-lo, uma aura muito escura e ameaçadora. Depois que Sheela deixou o rancho e as autoridades ganharam um mandado de busca no Rancho Rajneesh completamente, descobriu-se que a Corporação Médica Rajneesh na verdade abrigava um laboratório de guerra biológica, que Puja supervisionava.
Naturalmente, ela havia fornecido a salmonela que os Rajneeshees haviam colocado nas saladas dos Dalles, mas também encomendara e armazenara muitos outros patógenos: Salmonella typhi, que causa a febre tifoide, muitas vezes fatal; Salmonella paratyhphi, que causa uma doença semelhante e menos grave; Francisella tularensis, que causa uma doença debilitante e às vezes fatal (foi armada por cientistas do Exército dos EUA na década de 1950 e está na lista do Pentágono de agentes que podem ser usados ​​em um ataque de guerra biológica contra a nação); e Shigella dysenteriae, uma quantidade muito pequena que pode causar disenteria grave, resultando em morte em 10 a 20 por cento dos casos. Alegadamente, Puja inicialmente queria usar salmonella typhi para envenenar os eleitores de Wasco County, mas decidiu contra isso quando lhe foi explicado que isso poderia causar uma epidemia de febre tifoide que poderia ser facilmente atribuída ao rancho.
Dentro do mesmo prédio, agentes da lei também descobriram os seguintes livros e outros materiais escritos: Substâncias Mortais, Manual para Envenenar, O Crime Perfeito e Como Cometê-lo, bem como numerosos artigos sobre assassinatos, explosivos e terrorismo. Havia também um artigo intitulado “investigação de veneno” com seções sobre sintomas destacados, e uma sacola plástica transparente com artigos sobre doenças infecciosas, produtos químicos e guerra química e biológica.
Mas isso não é tudo. Também foi descoberto um projeto de pesquisa altamente secreto
Mas isso não é tudo. Também foi descoberto um projeto de pesquisa altamente secreto chamado Moses Five, cujo objetivo era cultivar um vírus vivo da AIDS. Rajneesh havia previsto que dois terços da população mundial morreria de AIDS, e a primeira pergunta era: se Puja poderia ter produzido tal vírus, talvez Rajneesh pudesse tê-lo usado para fazer sua previsão se tornar realidade? Em seu livro Aum Shinrikyo Destruindo o Mundo para Salvá-lo, Robert Jay Lifton introduziu o conceito de “profeta de ação” para descrever um líder de seita que “buscava agressivamente o que ele previsse”. “O que fez de Asahara um profeta de ação”, Explicou ele, “era a inseparabilidade da profecia e da ação, do que ele imaginava e do que ele fazia”.
Se Puja tivesse conseguido cultivar um vírus vivo da AIDS, Rajneesh teria ordenado o uso? Se parece que Judith Miller, em seu livro de 2001, Germes: Armas Biológicas e Guerra Secreta da América, chegou mais ou menos à mesma conclusão que eu fiz a respeito de Puja – que ela quase certamente o teria implantado. Mas e quanto a Rajneesh? Ele teria terminado como um profeta de ação se a comuna não tivesse sido desvendada?
Eu tive uma conversa com o congressista Weaver sobre este assunto. Mesmo lugar, mesmo escritório, mesma hora do dia, as mesmas libações. Jim disse em seu discurso sobre os envenenamentos por salmonela que “as pessoas que fariam isso não parariam em nada”:
Moisés cinco – ele meditou – Moisés … Cinco. O que você acha que se refere? Moisés – Cinco – Eu acho que se refere ao Quinto Mandamento, “Não matarás”. Eu acho que esse foi o modo deles de indicar que eles planejaram violar esse commandment, para matar um monte de pessoas com esse vírus, se eles poderiam ter produzido. Não há dúvida em minha mente, dada a sua história e trajetória, que se eles tivessem sido capazes de desenvolver esse vírus, eles o teriam desencadeado no mundo”.
Leia mais sobre A Ascenção e Queda do culto de Rajneesh clicando aqui.
Win McCormack é editor-chefe da The New Republic e autor de The Rajneesh Chronicles: A verdadeira história do culto que desencadeou o primeiro ato de bioterrorismo no solo norte-americano.
Traduzido por Gabriel Siqueira sob permissão do autor. Gabriel Siqueira é editor do Irradiando Luz e criador do Curso Online Gestão de Ecovilas.
Licença Creative Commons. Reprodução permitida para uso não-comercial, desde que mantidos os links, a fonte, as citações e a mesma licença.
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Wild Wild Country: Osho e a comunidade alternativa no Oregon, EUA, na nova série da Netflix
Quem é Osho: biografia de Bhagwan Shree Rajneesh
Biografia de Bhagwan Shree Rajneesh: Osho – Os anos de juventude (Parte 1)
Biografia de Bhagwan Shree Rajneesh: Osho – chegando ao estrelato mundial (Parte 2)
Biografia de Bhagwan Shree Rajneesh: Osho – criação de Rajneeshpuram em Oregon (Wild Wild Country) (Parte 3)
Biografia de Bhagwan Shree Rajneesh: Osho – perseguido no mundo todo (Parte 4)
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rastanerd · 6 years
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COP24 e o que esperar do governo Bolsonaro? | CAOS: Guia de Sobrevivência para o Séc. XXI – Episódio #2
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Olá sobreviventes! Aqui é Gabriel Siqueira do irradiandoluz.com.br e esse é o CAOS: Guia de Sobrevivência para o Século XXI. Soluções locais para as mudanças globais.
Esse é o Episódio Caos Guia #2 – COP24 e o que esperar do governo Bolsonaro? O que esperar do clima em 2019? Temperaturas médias batendo recordes históricos, talvez um El Niño, e o Brasil passando vergonha internacional. Saiba mais sobre o Acordo de Paris, os resultados da COP 24 na Polônia e o que esperar do governo Bolsonaro, incluindo a condenação do seu Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
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Fagulha do Caos
“A verdade é que estamos em situação difícil de sobrevivência . Acredito que as projeções do IPCC estejam, inclusive aquém da realidade. Embora as reuniões e cúpulas sobre a temática quase sempre terminam em nada é bem preocupante para um país como o Brasil se negar a sediar um desses eventos. Porém não esperava algo diferente do atual governo golpista e do próximo.
Pode parecer até meio negativo, mas a aceitação que a situação é difícil se torna necessário. A negação da situação como se tem alastrado por pessoas que dizem estarem debatendo a questão do clima, querendo ignorar todos os estudos já feitos, é cruel e nojenta.
Como sempre gosto de dizer: pachamama sobreviverá, talvez sem nós. Nós sobreviviremos? Como? Espécies são extintas, isso já ocorreu muitas vezes. Temos que passar uma mensagem de que nossa sobrevivência está em risco. Talvez assim passemos a entender que essa sobrevivência só será possível com o entendimento que nós não escaparemos sós. A vida depende de mais vida, de mais diversidade.”
@DSavio1968
Acordo de Paris
O Acordo de Paris é um conjunto de metas estabelecidas individualmente pelos próprios países participantes. Cada nação signatária anuncia o que está disposta a fazer para diminuir as emissões de gases poluentes. O objetivo é que as metas, somadas, reduzam a velocidade do aquecimento do planeta. Em 2020, as propostas devem sair do papel, de acordo com os compromissos firmados pelas partes.
O compromisso brasileiro no Acordo de Paris é de uma redução de 43% de suas emissões totais de GEE até 2030, em relação aos valores de 2005. zerarmos o desmatamento ilegal, implementar no setor agropecuário Tecnologias de Baixo Carbono, e realizar a recomposição florestal de pelo menos 12 milhões de hectares. Mas o desmatamento no Brasil aumentou 14% entre 2017 e 2018, em parte devido à falta de fiscalização que serve de incentivo velado.
“Em Marabá, que está na entrada da Amazônia, a diferença é gritante, por causa do microclima tbm. Antes era bem mais nublado/chuvoso o ano todo, hoje em dia é só quente mesmo xD A triste realidade de estar no centro da devastação da floresta amazônica :(”
@ApenanPod
COP24
“A convenção do clima nasceu no Brasil (na Rio 92). Fomos o único país em desenvolvimento a estabelecer uma meta de redução de emissões de gases estufa. Agora, somos uma interrogação.”
Carlos Rittl, secretário executivo do Observatório do Clima
“O Brasil é maior do que Bolsonaro e o Governo dele. A gente sempre teve um papel de destaque nessas negociações internacionais e são poucos os pontos diplomáticos onde o Brasil tem destaque. Isso porque, claro, temos a Amazônia, mas temos também uma matriz energética mais limpa que outros países. Além disso, já sediamos outras duas conferências, a Eco 92 e a Rio +20. Fazer a Conferência no Brasil seria uma demonstração do compromisso do país com o meio ambiente e ajudaria na hora das negociações internacionais. Além disso, uma parte grande da nossa economia é baseada na agricultura, que depende basicamente de equilíbrio climático. Países com essas características têm apelo maior nas negociações nessas conferências. Em Copenhague [cidade que sediou a conferência em 2009], o Brasil foi o primeiro país a apresentar metas concretas de redução de gases [de efeito estufa]. Enfim, temos um corpo diplomático excelente nessas negociações climáticas.”
Marcio Astrini, coordenador do Greenpeace
O que esperar do governo Bolsonaro?
“Abrimos mão de sediar a Conferência Climática Mundial da ONU pois custaria mais de R$500 milhões ao Brasil e seria realizada em breve, o que poderia constranger o futuro governo a adotar posições que requerem um tempo maior de análise e estudo.”
Jair Bolsonaro, via Twitter.
“O Ministério do Meio Ambiente não deve servir de meio de locupletamento de ONGs, atender a interesses internacionais inconfessáveis, virar repasto de militantes ambientalistas, submeter-se ao pensamento torto do promotor de justiça da esquina, virar a estufa do aquecimento dos debates acadêmicos sobre o tema do clima,  ou servir de palco para a vaidade midiática de terceiros.
Nesse embate de interesses pouco afetos ao interesse do Brasil, perdeu-se o essencial: afirmar a soberania nacional no controle ambiental do território brasileiro.”
Antonio Fernando Pinheiro Pedro, advogado que participou da equipe de transição de Bolsonaro.
“Dentre todos os nomes cotados para o cargo, Ricardo Salles foi certamente o que contou com o maior número de apoios, como o da Sociedade Rural Brasileira (SRB), a União da Agroindústria Canavieira (Unica), FIESP, construção civil e comércio. Curiosamente, setores da economia que mais se queixam da atuação firme dos órgãos ambientais nos processos de licenciamento e fiscalização. Não me lembro de outro ministro do Meio Ambiente que tenha contado com um lobby tão poderoso para alcançar o cargo.”
André Trigueiro
“A ideia é criar uma sinergia como nunca houve entre os ministérios no que diz respeito às questões ambientais, reduzindo os conflitos”.
Evaristo Miranda, que coordena o grupo técnico sobre Meio Ambiente no governo de transição de Bolsonaro.
Miranda diz que o diagnóstico feito pelo grupo mostra um grande desperdício de recursos no Ministério do Meio Ambiente.  Uma boa parte do dinheiro é dirigido para as atividades meio, como viagens e repasses para as ONGs (organizações não-governamentais), em vez de atividades fim. O grupo buscou detalhar os conflitos entre os Ministérios da Agricultura e Meio Ambiente, na tentativa de eliminar os enfrentamentos entre as duas áreas.
Guia de Sobrevivência
“Eleger Bolsonaro foi a pior ação para o Brasil e para o planeta. Mas está feito. A pergunta agora é: o que faremos para resistir ao que está por vir e proteger a floresta e com ela a nossa vida? A eleição de 2018 revelou algo duro, mas importante: os candidatos estavam aquém da população. Primeiro, Lula e o PT mostraram-se incapazes de articular uma candidatura de centro-esquerda que pudesse vencer o projeto autoritário. Depois, Ciro Gomes e Marina Silva provaram-se incapazes de subir no palanque do segundo turno para defender a democracia. Mas as pessoas se moveram. Apesar da brutalidade de, mesmo assim, ter sido eleito um defensor da ditadura e da tortura, esta foi uma das campanhas mais bonitas da história recente. Poucas cenas são tão memoráveis quanto a de pessoas anônimas, sozinhas, que na tentativa de virar o voto para o projeto democrático, levantaram um cartaz no centro das cidades dizendo: “vamos conversar?”. É dessa força que precisamos agora para, unidos com indígenas, quilombolas e ribeirinhos, lutarmos pela Amazônia e pela vida de todos. Mesmo que os eleitores de Bolsonaro não sejam capazes de perceber, resistir ao projeto destruidor da floresta já anunciado pelo presidente de extrema direita é também lutar pela vida deles e de seus filhos.”
Eliana Brum
ComparTrilhar
Documentário O Amanhã é Hoje, o drama dos brasileiros impactados pelas mudanças climáticas. Produção: Engajamundo e Greenpeace. Assista: https://www.oamanhaehoje.com.br/
Livro Nossa vida como Gaia, de Joanna Macy e Molly Brown (esgotado, infelizmente)
Música: Babilônia Vai Queimar, de Angatu
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CAOS: Guia de Sobrevivência para o Século XXI: soluções locais para o caos climático
Assine o feed para receber as atualizações: pcast://irradiandoluz.com.br/tema/podcast/caos/feed
CAOS: Guia de Sobrevivência para o Século XXI: soluções locais para o caos climático (Caos Guia) é um podcast que Gabriel ‘Dread’ Siqueira criou para apresentar respostas reais para o maior desafio que a humanidade já enfrentou em sua história: a sobrevivência.
A proposta do Caos Guia é provocar um sentimento de indignação que esteja à altura da catástrofe que estamos vivendo, além de dar visibilidade a iniciativas que já estão resolvendo essa crise e precisam de apoio.
O objetivo é mostrar ações diretas emancipatórias e resilientes, e assim inspirar mais ação direta, emancipação e resiliência.
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Podcast sobre mudanças climáticas, pra evitar o nosso suicídio coletivo. Produção: Guilherme Affonso, Estalo Podcasts
A Estalo é uma produtora de podcasts focada em storytelling: isso significa que o ponto de partida de todas as nossas produções e parcerias é contar uma excelente história. 
Atualmente, a nossa história favorita é imaginar todas as possibilidades que podem ser exploradas em áudio!
Faça você mesmo checagem de fatos
COP 24 e o Acordo de Paris
Redução de emissões de gases-estufa: uma tarefa urgente: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/12/13/opinion/1544717783_345025.html
Brasil chega tímido à Convenção do Clima da ONU, dizem especialistas: https://oglobo.globo.com/sociedade/brasil-chega-timido-convencao-do-clima-da-onu-dizem-especialistas-23273500
Nossas expectativas para a COP24: http://www.observatoriodoclima.eco.br/nossas-expectativas-para-cop24/
Conferência do Clima começa com senso de urgência e tensões políticas: https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2018/12/conferencia-do-clima-comeca-com-senso-de-urgencia-e-tensoes-politicas.shtml
‘Saída do Acordo de Paris seria uma desmoralização para o Brasil’: https://cbn.globoradio.globo.com/media/audio/231026/saida-do-acordo-de-paris-seria-uma-desmoralizacao-.htm
Stop biodiversity loss or we could face our own extinction, warns UN: https://www.theguardian.com/environment/2018/nov/03/stop-biodiversity-loss-or-we-could-face-our-own-extinction-warns-un
COP24: o que está em jogo e o que você precisa saber: https://news.un.org/pt/events/cop24
‘We are last generation that can stop climate change’ – UN summit: https://www.theguardian.com/environment/2018/dec/03/we-are-last-generation-that-can-stop-climate-change-un-summit
Setor produtivo apoia posicionamento brasileiro na COP 24: http://www.mma.gov.br/informma/item/15337-setor-produtivo-apoia-posicionamento-brasileiro-na-cop-24.html
Deadlock continues as COP24 climate talks enter extra time: http://www.sify.com/finance/deadlock-continues-as-cop24-climate-talks-enter-extra-time-news-editors-picks-smptuobebdaga.html
COP24: U.N. climate talks deadlocked over carbon credit issue: https://www.thehindu.com/sci-tech/energy-and-environment/cop24-un-climate-talks-deadlocked-over-carbon-credit-issue/article25754791.ece
New Era of Global Climate Action To Begin Under Paris Climate Change Agreement: https://unfccc.int/news/new-era-of-global-climate-action-to-begin-under-paris-climate-change-agreement-0
Katowice: COP24 Climate change deal to bring pact to life: https://www.bbc.com/news/science-environment-46582025
COP 24 elabora regras para Acordo de Paris sob críticas de falta de ambição e impasse sobre recursos: https://g1.globo.com/natureza/noticia/2018/12/16/cop-24-elabora-regras-para-acordo-de-paris-sob-criticas-de-falta-de-ambicao-e-impasse-sobre-recursos.ghtml
Regulamentação do mercado de carbono será decidida somente na COP 25: http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2018-12/regulamentacao-do-mercado-de-carbono-sera-decidida-somente-na-cop-25
ONGs ironizam Bolsonaro na cúpula do clima e Brasil ganha ‘Fóssil do Dia’: https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,ongs-ironizam-bolsonaro-na-cupula-do-clima-e-brasil-ganha-fossil-do-dia,70002634877
Governo Bolsonaro e Meio Ambiente
Bolsonaro foi um dos deputados presentes na sessão da câmara que aprovou por unanimidade a adesão voluntária do Brasil ao Acordo de Paris sobre as mudanças climáticas, em 12 de Julho de 2016: http://www.camara.leg.br/internet/ordemdodia/ordemDetalheReuniaoPle.asp?codReuniao=44630
Agromitômetro: verdades e mentiras sobre a “indústria da multa ambiental”: http://www.observatoriodoclima.eco.br/agromitometro-verdades-e-mentiras-sobre-industria-da-multa-ambiental-2/
Demarcar terras indígenas é proteger o Brasil: https://oglobo.globo.com/opiniao/artigo-demarcar-terras-indigenas-proteger-brasil-23283269
Bolsonaro quer entregar a Amazônia.Transformar as terras protegidas da floresta em mercadoria é a principal missão do presidente eleito: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/11/07/politica/1541597534_734796.html
“Meio ambiente será questão de Estado, e não de governo”, diz Evaristo de Miranda, da Embrapa: https://revistagloborural.globo.com/Colunas/bruno-blecher/noticia/2018/11/meio-ambiente-sera-questao-de-estado-e-nao-de-governo-diz-evaristo-de-miranda-da-embrapa.html
Evaristo de Miranda recusa Ambiente para ser presidente da Embrapa: https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/politica-economia/225672-evaristo-de-miranda-recusa-ambiente-para-ser-presidente-da-embrapa-diz-a-folha.html
Secretário de Alckmin é investigado sob suspeita de esconder documentos: https://m.folha.uol.com.br/cotidiano/2017/02/1859847-secretario-de-alckmin-e-investigado-sob-suspeita-de-esconder-documentos.shtml
Cotado para Meio Ambiente, Ricardo Salles tem denúncia por improbidade: https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Politica/noticia/2018/12/cotado-para-meio-ambiente-ricardo-salles-e-denunciado-por-improbidade.html
Ex-secretário de Alckmin será ministro do Meio Ambiente: https://www.dw.com/pt-br/ex-secret%C3%A1rio-de-alckmin-ser%C3%A1-ministro-do-meio-ambiente/a-46658555
Grupo de Trabalho sobre Meio Ambiente da equipe de transição de Bolsonaro trabalha ao lado da Ministra da Agricultura em local escondido, para evitar a mídia e os ativistas ambientais: https://www.theeagleview.com.br/2018/12/missao-cumprida.html
O novo Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles chega amadurecido, com equipe e plano traçado para dirigir o Ministério do Meio Ambiente:
https://www.theeagleview.com.br/2018/12/o-novo-ministro-do-meio-ambiente.html
Indicado para Meio Ambiente foi denunciado pelo MP por improbidade administrativa: https://oglobo.globo.com/brasil/indicado-para-meio-ambiente-foi-denunciado-pelo-mp-por-improbidade-administrativa-23292920
‘Agora é a hora de agir. Vamos mostrar que você não aguenta mais essa cambada de maconheiro baba-ovo de bandido. Já deu o que tinha que dar. #tolerânciazero’: https://g1.globo.com/natureza/blog/andre-trigueiro/post/2018/12/09/agora-e-a-hora-de-agir-vamos-mostrar-que-voce-nao-aguenta-mais-essa-cambada-de-maconheiro-baba-ovo-de-bandido-ja-deu-o-que-tinha-que-dar-toleranciazero.ghtml
Futuro ministro do Meio Ambiente diz que não tem dados para avaliar o desmatamento: https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Politica/noticia/2018/12/futuro-ministro-do-meio-ambiente-diz-que-nao-tem-dados-para-avaliar-o-desmatamento.html
Discussão sobre aquecimento global é secundária, diz futuro ministro do Meio Ambiente: https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2018/12/discussao-sobre-aquecimento-global-e-secundaria-diz-futuro-ministro-do-meio-ambiente.shtml
Bolsonaro não escolheu Salles por motivos técnicos, mas por afinidade ideológica, diz André Trigueiro: https://cbn.globoradio.globo.com/media/audio/232259/bolsonaro-nao-escolheu-salles-por-motivos-tecnicos.htm
Brasil retira candidatura para sediar a COP-25 em 2019: https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Sustentabilidade/noticia/2018/11/brasil-retira-candidatura-para-sediar-cop-25-em-2019.html
Astrini, do Greenpeace: “Bolsonaro promete um muro de vergonha para o meio ambiente”: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/11/29/politica/1543522859_242273.html
As consequências da decisão do Brasil de não sediar a Conferência do Clima: https://cbn.globoradio.globo.com/media/audio/230097/brasil-nao-vai-mais-sediar-conferencia-do-clima.htm
Após desistência do Brasil, Chile sediará Conferência do Clima da ONU: https://ambiencia.blogfolha.uol.com.br/2018/12/14/apos-desistencia-do-brasil-chile-sediara-conferencia-do-clima-da-onu/
Pressão do agronegócio se junta a preconceito em novo antiambientalismo: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2018/12/pressao-do-agronegocio-se-junta-a-preconceito-em-novo-antiambientalismo.shtml
Futuro ministro, Ricardo Salles é condenado em ação de improbidade: https://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2018/12/19/futuro-ministro-ricardo-salles-e-condenado-em-acao-de-improbidade.htm
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rastanerd · 6 years
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Perdemos a Copa do Mundo da Sobrevivência Humana | CAOS: Guia de Sobrevivência para o Séc. XXI – Episódio Piloto #1
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Guia de Sobrevivência para o Século XXI: soluções locais para o caos climático (Caos Guia) é um podcast que criei para apresentar respostas reais para o maior desafio que a humanidade já enfrentou em sua história: a sobrevivência.
A proposta do Caos Guia é provocar um sentimento de indignação que esteja à altura da catástrofe que estamos vivendo, além de dar visibilidade a iniciativas que já estão resolvendo essa crise e precisam de apoio.
O objetivo é mostrar ações diretas emancipatórias e resilientes, e assim inspirar mais ação direta, emancipação e resiliência.
O episódio piloto do Guia de Sobrevivência para o Século XXI: soluções locais para o caos climático já está disponível no feed do Teologia de Boteco, do camarada Cristiano Barba.  O tema desse piloto é a desistência do Brasil de sediar a COP 25. Escute agora: Perdemos a Copa do Mundo da Sobrevivência Humana! CAOS: Guia de Sobrevivência para o Século XXI – Episódio Piloto #1
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Podcast: Escute (abra em uma nova aba) | Download
Assine o feed para receber as atualizações: pcast://feeds.feedburner.com/podcast/TeologiaDeBoteco
Twitter do Guia de Sobrevivência para o Século XXI: soluções locais para o caos climático: @CaosGuia
Vídeos – Canal do YouTube Irradiando Luz
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Dissertação do Gabriel sobre Gestão de Ecovilas – aqui
CASA Brasil – aqui
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rastanerd · 6 years
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PAZ! Zona Autônoma Permanente, de Hakim Bey
Hakim Bey (pseudônimo de Peter Lamborn Wilson) é escritor, ensaísta e poeta que se intitula como um anarquista ontológico sufi. Seu livro T.A.Z.: Zona Autônoma Temporária, escrito em 1985 e publicado sob o copyleft – nenhum direito reservado –, foi amplamente reconhecido no mundo anarquista e influenciou muitos movimentos autônomos. Hakim Bey fala muito sobre o caráter temporários das TAZ. Mas será que as propostas de resiliência das ecovilas e da permacultura não podem resultar em Zonas Autônomas Permanentes? Em um artigo de 1993, Hakim Bey investiga a possibilidade de ZAP – Zonas Autônomas Permanentes. Leia o artigo completo.
P.A.Z.! Zona Autônoma Permanente, por Hakim Bey
A teoria da Zona Autônoma Temporária (TAZ) busca tratar de situações existentes ou emergentes, mais que do utopismo puro. Por todo o mundo existem pessoas que estão deixando ou “desaparecendo” da Grade[1] da Alienação e buscando formas de restaurar o contato humano. Um exemplo interessante disto – no nível da “cultura popular urbana” – pode ser encontrado na proliferação de redes e conferências vinculadas a passatempos. Recentemente descobri zines destes grupos, Joias da Coroa das Altas Ondas[2] (dedicado ao colecionismo de isoladores elétricos de cristal) e uma revista sobre cucurbitologia (A Abóbora). Enormes quantidades de criatividade são dedicadas a estas obsessões. Os diversos encontros periódicos de companheiros-maníacos vêm a ser verdadeiros festivais cara-a-cara (não-mediados) de excentricidade. Não é só a “contra-cultura” quem busca suas zonas autônomas temporárias, seus acampamentos nômades e noites de liberação do consenso. Grupos auto-organizados e autônomos estão brotando entre todas as “classes” e “subculturas”. Vastas extensões do Império Babilônico estão agora vazias, povoadas somente pelos agentes secretos dos Meios de Massas e uns poucos policiais psicóticos.
A teoria da zona autônoma temporária dá conta disto que ESTÁ ACONTECENDO – não estamos falando sobre o que “deveria” ou será – estamos falando de um movimento já existente. Nosso uso de uma série de meios reflexivos e experienciáveis – poesia utópica e crítica paranóica (etc.) pretende ajudar a clarificar este movimento complexo ainda em grande medida não documentado, dar-lhe algum foco teórico e consciência de si mesmo, e sugerir táticas baseadas em estratégias integralmente coerentes – atuar como parteira ou panegírico, e não como “vanguarda”!
Então tivemos que considerar o fato de que nem todas as zonas autônomas existentes são “temporárias”. Algumas são (ao menos nas intenções) mais ou menos “permanentes”. Certas rachaduras no Monolito Babilônico parecem tão vazias que grupos inteiros podem se mudar para elas e lá se instalarem. Certas teorias, como a “permacultura”, têm sido desenvolvidas para lidar com esta situação aumentando as possibilidades. “Vilas”, “comunas”, “comunidades”, incluindo aí “arcologias” e “biosferas” (ou outros modelos de cidade-utopia) estão sendo experimentadas e implementadas. Mesmo nesse contexto a teoria da TAZ pode oferecer algumas ferramentas de pensamento, esclarecimentos e úteis reflexões.
E se tratarmos de uma poética (um “modo de fazer”) e de uma política (uma “forma de viver juntos”) para a TAZ “permanente” (ou ZAP)? O que existe na relação atual entre a temporalidade e a permanência? E como pode a ZAP periodicamente renovar-se com o aspecto festivo da TAZ?
A Questão da Publicidade
Os recentes eventos nos Estados Unidos e na Europa mostraram que os grupos auto-organizados/autônomos levam o temor ao coração do Estado. O MOVE[3] na Philadelphia, os Koreshitas de Waco,[4] os Dreadheads,[5]as Tribos do Arco-iris,[6] os piratas informáticos,[7] os okupas[8] (etc.) têm se tornado alvos do extermínio em vários níveis de intensidade . E ainda outros grupos autônomos seguem desapercebidos, ou pelo menos não são perseguidos. O que faz a diferença? Um fator pode ser o efeito maligno da publicidade ou mediação. A Mídia experimenta uma sede vampírica pela sombra-paixão do “Terrorismo”, o ritual público de expiação, o bode expiatório e sangue sacrificial da Babilônia. Uma vez que qualquer grupo autônomo permite que este “olhar” particular caia sobre ele, a merda bate no ventilador – a Mídia tentará organizar um mini-Armagedom para satisfazer sua viciosa ansiedade por espetáculo e morte.
Na atualidade, a ZAP dá um ótimo alvo, fácil para essa bomba inteligente midiática. Assediado dentro de seu “composto”, o grupo auto-organizado só pode sucumbir a algum tipo de martírio barato predeterminado. Seria presumível que este papel atraia somente aos masoquistas neuróticos??? Em todo caso, a maioria dos grupos desejam viver seu período natural ou suas trajetórias em paz e calma. Uma boa tática aqui pode ser evitar a publicidade da Mídia de Massas como se fosse uma praga. Um pouco de paranóia natural pode ser útil, contanto que não se converta em um fim em si mesma. A gente deve ser astuto para evitar ser apanhado. Um toque de camuflagem, uma aptidão para a invisibilidade, um sentido de tato como tática… poderiam ser tão úteis para uma ZAP como o são para uma TAZ. Humildes sugestões: use somente “mídias íntimas” (zines, rodas de telefones, BBSs[9], rádios livres e mini-FM, TV a cabo de acesso público, etc.); evite atitudes confrontacionistas de macho fanfarão – você não precisa de cinco segundos no telejornal diário (“Polícia derruba Seita”) para dar sentido a sua existência. Nosso slogan poderia ser: “Busque a vida, não um estilo de vida”.
Acesso
As pessoas provavelmente deveriam escolher as pessoas com quem querem viver. As comunas de “participação aberta” acabam invariavelmente atoladas com aproveitadores[10] e patéticos abobados sedentos por sexo. As ZAPs devem eleger mutuamente seus próprios membros – isto não tem nada que ver com “elitismo”. A ZAP pode exercer uma função temporalmente aberta – como abrigar festivais ou compartilhar comida gratuita –, mas não precisa estar permanentemente aberta a qualquer autoproclamado simpatizante que apareça.
A Emergência de uma Economia Alternativa Genuína
Uma vez mais, isto já está acontecendo, mas ainda precisa de uma imensa quantidade de trabalho antes de entrar em foco. As sub-economias do “lavoro nero”[11], as transações livres de taxas, o truque, etc., tendem a ser severamente limitadas e localizadas. As BBSs e outros sistemas de redes podem ser usados para colocar em relação estas economias regionais/marginais (”empresas caseiras”) em uma economia alternativa viável de certa magnitude. “P.M.”[12] delineou já há algum tempo alguma coisa semelhante a isto em “bolo’bolo”[13] – de fato já existe um número de possíveis sistemas, ao menos em teoria. O problema é: como construir uma verdadeira economia alternativa, isto é, uma economia completa sem atrair o Imposto de Renda e outros cães de caça capitalistas? Como posso trocar minhas habilidades como, digamos, escavador de poços ou destilador de álcool, pelos alimentos, livros, abrigo e plantas psicoativas que desejo – sem pagar impostos, bem como sem utilizar nenhum dinheiro forjado pelo Estado? Como posso viver uma vida confortável (inclusive luxuosa) livre de toda interação e transação com o Mundo da Mercadoria? Se tomássemos todas as energias que os esquerdistas colocam em suas manifestações inúteis e toda a energia que os ultra-liberais[14] despendem em seus fúteis joguinhos de terceiro partido, e se nós redirecionássemos toda esta potência para a construção de uma verdadeira economia subterrânea, já teríamos alcançado “a Revolução” há muito tempo atrás.
O “Mundo” Chegou ao Seu Fim em 1972
A efígie frívola do Estado absoluto finalmente veio abaixo em “1989”. A última ideologia, o Capitalismo, não é mais que uma doença de pele do Neolítico muito tardio. É uma máquina-de-desejos que segue funcionando vazia. Tenho a esperança de vê-lo desaparecer ainda durante a minha vida, como uma das paisagens mentais de Dali[15]. E quero ter algum lugar para onde “ir” quando a merda toda vier abaixo. É claro que a morte do capitalismo não implica necessariamente na destruição ao estilo Godzilla de toda cultura humana; este cenário é meramente uma imagem de terror propagandeada pelo próprio capitalismo. É claro que o cadáver sonolento terá contrações e espasmos violentos antes que o rigor mortis se estabeleça – e Nova Iorque ou Los Angeles podem não ser os locais mais inteligentes para se esperar pelo fim da tempestade. (E a tempestade pode já ter se iniciado). [Por outro lado Nova Iorque e Los Angeles podem não ser os piores lugares para se criar o Mundo Novo; alguém poderia imaginar bairros inteiros ocupados, gangues transformadas em Milícias Populares, etc.] Agora, o modo de vida cigano-realidade virtual pode ser uma forma de lidar com o atual processo de fundir-se do Capitalismo Muito Tardio – mas no que me consta, preferiria um belo monastério anarquista em algum lugar – um local típico para que os “eruditos” possam suportar a “Idade das Trevas”[16]. Quanto mais nos organizarmos AGORA neste sentido, menos problemas teremos para enfrentarmos no futuro. Não estou falando de “sobreviver” – não estou interessado na mera sobrevivência. Quero florescer. VOLTEMOS A UTOPIA.
Festivais
A ZAP desempenha uma função vital, como um nodo na rede de TAZs, um ponto de encontro para um círculo amplo de amizades e alianças que podem realmente não viver realmente o tempo todo na “fazenda” ou na “aldeia”. As antigas aldeias celebravam feiras que traziam riqueza para a comunidade, proporcionavam mercados para os viajantes e criavam um tempo/espaço festivo para todos os seus participantes. Hoje em dia o festival está emergindo como uma das formas mais importantes para a própria TAZ, mas ele também pode proporcionar renovação e avivamento para a ZAP. Recordo ter lido em algum site que na Idade Média havia cento e onze dias festivos ao ano; deveríamos tomar isto como nosso “mínimo utópico”[17] e nos esforçarmos para conseguir algo ainda maior.
A Terra Vivente
Acredito que há uma abundância de boas razões egoístas para desejar o “orgânico” (é mais sexy), o “natural” (que é mais gostoso), o “verde” (é mais belo) e o Selvagem[18] (é mais excitante). A Communitas[19] (como denominada por Paul Goodman[20]) e a convivialidade (como chamada por Ivan Illich[21]) são mais prazerosas que seus opostos. A terra vivente não tem porque excluir a cidade orgânica – a pequena mas intensa conglomeração de humanidade dedicada às artes e aos prazeres ligeiramente decadentes de uma civilização expurgada de todo seu gigantismo e solidão forçada – no entanto mesmo aqueles de nós que gostamos das cidades podemos ver motivos imediatos e hedonistas para lutar pelo “meio ambiente”. Somos biófilos militantes. Ecologia profunda, ecologia social, permacultura, tecnologia apropriada… não somos exigentes demais com as ideologias. Que brotem mil flores.
Tipologia da ZAP
Uma “religião esquisita” ou um movimento de arte rebelde pode se tornar um tipo de ZAP não-local, algo como uma rede de hobbies muito intensa e abrangente. A Sociedade Secreta (como a Tong chinesa) também proporciona um modelo para uma ZAP sem limites geográficos. Mas o “cenário do tipo ideal” implica num espaço livre que se estende em um tempo igualmente livre. A essência da ZAP deve ser a intensificação prolongada dos prazeres – e riscos– da TAZ. E a intensificação da ZAP será… a Utopia Agora.
Hakim Bey Zona Autônoma Permanente de DreamTime, Agosto de 1993
Referências
↑ A ideia de grade aqui evocada por Bey relaciona-se à cartografia, faz referência às linhas e paralelos dos mapas, coordenadas polares e geodésicas, latitude e longitude. Todos os espaços e alterações mapeados, estão sob o julgo do poder (N. do T.).
↑ No original Crown Jewels Of The High Wire(N. do T.).
↑ MOVE é uma organização formada na Philadelphia, Pennsylvania em 1972 por John Africa (1931 – 1985) e Donald Glassey (1946). Se organiza na forma de uma rede descentralizada de negros (afro-americanos) cujos membros em sua grande maioria adotaram o sobrenome África, defendendo um estilo de vida de “retorno a natureza” sendo em muitos sentidos contrários à tecnologia. Em 1985 o grupo foi alvo de uma operação de ataque do Departamento de Polícia da Filadélfia. Nesta operação foram mortos 7 de seus membros incluindo seu fundador John Africa. Mumia Abu-Jamal é um dos apoiadores mais ativos do MOVE escrevendo em 1998 de dentro da prisão onde se encontra uma longa carta intitulada ‘Longa Vida a John Africa’! (N. do T.)
↑ Nome dado aos seguidores da seita de David Koresh (1959 – 1993), uma facção davidiana. Em 1993 a ATF e o FBI realizaram um cerco ao centro espiritual koreshita, estes por sua vez responderam ao cerco atirando com suas armas, ao final desta operação estavam mortos 82 membros da seita incluindo o próprio David Koresh. Na época do cerco, Koresh encorajava seus seguidores a pensar neles próprios como “estudiosos dos Sete Selos” mas do que “Davidianos”. Outras facções de Davidianos nunca aceitaram sua liderança.
↑ “Dreadheads” foi um dos termos utilizados pela mídia norteamericana para designar os homens e mulheres que se insurgiram contra a polícia e os símbolos do Capital durante as manifestações contra a OMC em Seattle em 1999, já que a maioria destes possuíam cortes de cabelo afro chamados dreads. Especula-se que muitos deles eram adeptos do anarco-primitivismo influenciados principalmente pelas ideias de John Zerzan (N. do T.).
↑ “Rainbow Tribes” é o nome de uma ampla rede anarco-xamânica que tem entre seus adeptos muitos defensores da ecologia profunda. Cada “tribo” no entanto, possui suas particularidades (N. do T.).
↑ Bey refere-se à pirataria politizada de centenas de grupos e indivíduos localizados principalmente nos países da Europa Oriental. Estes piratas têm como principal ação política o crackeamento e a livre disponibilização de uma infinidade de softwares, livros, filmes e álbuns musicais. No Brasil a pirataria politizada ganhou alguma notoriedade nas ações do Coletivo Sabotagem, um grupo de anarquistas que vem já há algum tempo, contrariando as leis de direitos autorais, disponibilizando livros digitalizados através de seu site na Internet (N. do T.).
↑ Okupas (“Squats”em inglês) é uma prática comum na Europa e Estados Unidos que consiste na ocupação e reforma de construções abandonadas por grupos libertários, transformando-as em locais para moradia, centros culturais e pontos de referência e descanso para viajantes anarquistas, além de abrigarem festivais de música e espaços de exposição. Okupa é também a denominação de pertencimento dos habitantes deste tipo de ocupação (N. do T.).
↑ BBS (acrônimo inglês de bulletin board system) é um sistema informático, um software, que permite a ligação (conexão) via telefone a um sistema através do seu computador e interagir com ele, tal como hoje se faz com a internet. Essas redes se tornaram populares nas décadas de 70 e 80 e podem ser consideradas o início da internet. (N. do T.)
↑ O termo utilizado aqui originalmente é “freeloader”, que significa alguém que, se aproveitando de uma relação igualitária comunal, consome excessivamente mais do que o justo compartilhamento dos recursos (N. do T.).
↑ Do italiano, significa “trabalho negro” e é empregado aqui para definir as muitas formas de trabalho sujo, pesado e mal remunerado que na Europa são geralmente efetuadas por imigrantes ilegais (N. do T.).
↑ P.M. é o pseudônimo utilizado por um autor libertário anônimo nascido na Suíça (N. do T.).
↑ Bolo’bolo é o famoso livro anti-capitalista e autonomista escrito por p.m. e publicado em 1983 em Zürich, pela editora Paranoid City (N. do T.).
↑ No original, “libertarian”. Nos EUA o termo significa ultra-liberal ou (polemicamente) anarco-capitalista. Em termos semânticos “libertarian” pouco tem a ver com a ideia por trás do termo “libertário” nos países de língua latina. Os ultra-liberais (libertarians) defendem o fim do Estado, ou pelo menos a minimização deste, por o considerarem demasiadamente intervencionista na “liberdade de Mercado”, que para eles é a única forma de liberdade realmente verdadeira. Durante os anos de 1980 o Partido Libertário alcançou certa relevância nos EUA, chegando a ser o terceiro em votos, ainda que muito abaixo dos democratas e dos republicanos (N. do T.).
↑ Salvador Dalí (1904 – 1989), pintor expoente do surrealismo, nascido na Espanha (N. do T.).
↑ O termo utilizado originalmente no inglês, ”Dark Ages”, é uma das formas como os expoentes da Idade Moderna chamavam pejorativamente a Idade Média. (N. do T.)
↑ Os “Mínimos Utópicos” propostos por Charles Fourier consistiam em mais comida e sexo que a quantidade desfrutada pelo aristocrata mediano do século XVIII; Buckminster Buller propôs o termo “mínimo nú” como um conceito similar (N. do A.).
↑ No original “Wild(er)ness” abrangendo tanto a ideia de “selvagem”, como a ideia de “Natureza Intocada” (N. do T.).
↑ O título de um dos livros escritos por Paul Goodman e seu irmão Percival Goodman, publicado em 1947 (N. do T.).
↑ Paul Goodman (1911 – 1972), anarquista sociólogo, poeta e escritor nascido nos Estados Unidos. Goodman é atualmente lembrado como o autor do livro Absurdo Crescente (Growing up Absurd) e por sua militância pacifista durante os anos de 1960 tornando-se uma fonte de inspiração para a contracultura daquela época (N. do T.).
↑ Ivan Illich (1926 – 2002), filosofo anarquista nascido na Áustria, autor de uma série de críticas muito bem fundamentadas às instituições centrais da cultura ocidental contemporânea tais como a educação, o trabalho e o desenvolvimento econômico. No início de sua vida, Illich foi padre, mas rompeu com a igreja se tornando um de seus maiores críticos (N. do T.).
Tradução: Protopia
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rastanerd · 6 years
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TAZ! Zona Autônoma Temporária, de Hakim Bey
“Assim que a ‘Revolução’ triunfa e o Estado retorna, o sonho e o ideal já estão traídos. Não deixo de ter esperança, nem deixo de ansiar por mudanças – mas desconfio da palavra Revolução.”
Hakim Bey
Hakim Bey (nascido Peter Lamborn Wilson) é escritor, ensaísta e poeta que se intitula como um anarquista ontológico sufi. Seu livro T.A.Z.: Zona Autônoma Temporária, escrito em 1985 e publicado sob o copyleft – nenhum direito reservado –, foi amplamente reconhecido no mundo anarquista e influenciou muitos movimentos autônomos, incluindo as manifestações contra o encontro da Organização Mundial do Comércio em Seattle em 1999. A partir de estudos históricos sobre as utopias piratas, Hakim Bey descreve as TAZ como táticas sócio-políticas de criar espaços temporários que iludem e evitam as estruturas formais de controle.
Aproveitando que é copyleft, você pode baixar o pdf de T.A.Z.: Zona Autônoma Temporária, de Hakim Bey, clicando aqui.
Em T.A.Z.: Zona Autônoma Temporária, Hakim Bey investiga diversos exemplos da história e filosofia que sugerem que a melhor maneira de criar um sistema não-hierárquico de relações sociais é se concentrar no presente e em libertar a própria mente dos mecanismos de controle que foram impostos.
Na criação de uma TAZ – a sigla vem do título original em inglês, Temporary Autonomous Zone –, informação se torna elemento chave que se infiltra nas brechas dos procedimentos formais. Um novo território é criado, com limites tanto no espaço físico quanto no tempo.
Qualquer tentativa de permanência que vai além destes limites está fadada a deteriorar-se em um sistema estruturado que inevitavelmente asfixia a criatividade individual e coletiva. A possibilidade de criatividade é o verdadeiro empoderamento.
A TAZ é uma espécie de rebelião que não confronta o Estado diretamente, uma operação de guerrilha que libera uma área (de terra, de tempo, de imaginação) e se dissolve para se re-fazer em outro lugar e outro momento, antes que o Estado possa esmagá-la.
Uma vez que o Estado se preocupa primordialmente com a Simulação, e não com a substância, a TAZ pode, em relativa paz e por um bom tempo, “ocupar” clandestinamente essas áreas e realizar seus propósitos festivos.
Talvez algumas pequenas TAZ tenham durado por gerações – como alguns enclaves rurais – porque passaram despercebidas, porque nunca se relacionaram com o Espetáculo, porque nunca emergiram para fora daquela vida real que é invisível para os agentes da Simulação.
Hakim Bey, T.A.Z.: Zona Autônoma Temporária
Zona Autônoma Temporária é um bando nômade!
Em oposição à instituição familiar, que segundo Bey foi criada historicamente no período neolítico, como conseqüência da revolução agrícola, é apresentado como inspirador da TAZ o modelo clássico, paleolítico e mais primitivo de grupo da espécie humana: o bando.
O típico bando nômade ou seminômade de caçadores/coletores é formado por cerca de cinqüenta pessoas. Em sociedades tribais mais populosas, a estrutura de bando é mantida por clãs dentro da tribo, ou por confrarias como sociedades secretas ou iniciáticas, sociedades de caça ou de guerra, associações de gênero, as “repúblicas de crianças” e por aí adiante. Se a família nuclear é gerada pela escassez (e resulta em avareza), o bando é gerado pela abundância (e produz prodigalidade).
Hakim Bey, T.A.Z.: Zona Autônoma Temporária
Percebe-se aqui a convergência entre o conceito de isonomia de Alberto Guerreiro Ramos e de TAZ de Hakim Bey. Assim, uma Zona Autônoma Temporária permite que os indivíduos se organizem em bandos, isonomias, mesmo quando inseridos na sociedade centrada no mercado, fugindo ao controle da sociedade ou buscando brechas na mesma.
Zona Autônoma Temporária é um festival alternativo!
Outra inspiração de Hakim Bey (1985) para propor a TAZ é a imagem de um festival, uma celebração que se situa fora do espaço-tempo regular e da normalidade. O conceito aqui é de que a autoridade e as estruturas formais se dissolvem em um convívio e na celebração, como em um festival.
Os antigos conceitos de jubileu e bacanal se originaram a partir da intuição de que certos eventos existem fora do “tempo profano”, a unidade de medida da História e do Estado. Essas ocasiões literalmente ocupavam espaços vazios no calendário – intervalos intercalados. Na Idade Média, quase um terço do ano era reservado para feriados e dias santos. (…) [Atualmente] A mídia nos convida a “celebrar os momentos da nossa vida” com a unificação espúria entre mercadoria e espetáculo, o famoso não-evento da representação pura. Em resposta a tamanha obscenidade, nós temos, por um lado, o espectro da recusa (…) e, por outro, a emergência de uma cultura festiva distanciada ou mesmo escondida dos pretensos gerentes do nosso lazer. “Lute pelo direito de festejar” não é, na verdade, uma paródia da luta radical, mas uma nova manifestação dessa luta, apropriada para uma época que oferece a TV e o telefone como maneiras de “alcançar e tocar” outros seres humanos, maneiras de “estar junto!”
Hakim Bey, T.A.Z.: Zona Autônoma Temporária
Zona Autônoma Temporária é nomadismo psíquico!
O terceiro elemento que serve de gênese à TAZ é o conceito de nomadismo psíquico. Bey inspira-se em Deleuze e Guattari, na obra Tratado de Nomadologia, para definir o conceito de nomadismo psíquico como uma visão de mundo pós-ideológica e multifacetada, que se move, de maneira desenraizada, da filosofia para o mito tribal, da racionalidade utilitária para a intuição.
Mas essa visão foi alcançada às custas de se viver numa época na qual a velocidade e o “fetichismo da mercadoria” criaram uma unidade tirânica e falsa que tende a ofuscar toda a diversidade cultural e toda a individualidade para que “todo lugar seja igual ao outro”.
Este paradoxo cria “ciganos”, viajantes psíquicos guiados pelo desejo ou pela curiosidade, errantes com laços de lealdade frouxos (na verdade, desleais ao “projeto europeu”, que perdeu todo o seu charme e vitalidade), desligados de qualquer local ou tempo determinado, em busca de diversidade e aventura…
Essa descrição engloba não apenas artistas e intelectuais classe X, como também trabalhadores imigrantes, refugiados, os “sem-teto”, turistas, e todos aqueles que vivem em trailers – assim como pessoas que “viajam” na internet, sem talvez jamais saírem de seus quartos (ou aquelas como Thoreau, que “viajou demais – em Concord”), para finalmente englobar “todo mundo”, todos nós, vivendo em nossos automóveis, em nossas férias, aparelhos de TV, livros, filmes, telefones, trocando de emprego, mudando de “estilo de vida”, de religião, de dieta etc. etc.
Hakim Bey, T.A.Z.: Zona Autônoma Temporária
Há uma confluência entre o conceito de nômade psíquico de Hakim Bey e conceito de Anomia do paradigma paraeconômico de Guerreiro Ramos (1981). Desta maneira, as Zonas Autônomas Temporárias seriam espaços ou períodos de tempo que permitem que os indivíduos vivam a Anomia dentro da sociedade centrada no mercado, subsistindo à margem do sistema social desprovidos de regras ou raízes.
Zona Autônoma Temporária e o ciberespaço!
Por fim, o quarto elemento que serve de alicerce para as TAZ é o uso da web que Bey chama de anti-net. A TAZ necessariamente possui uma localização temporária, mas real, no tempo, e uma localização temporária, mas real, no espaço. Mas ela pode ter um local dentro da web, outro tipo de local: não real, mas virtual; não imediato, mas instantâneo.
Em 1985, Hakim Bey já conseguia prever que a web seria usada para articular movimentos autônomos!
A web não fornece apenas um apoio logístico à TAZ, também ajuda a criá-la. Bey afirma que a TAZ “existe” tanto no espaço da informação quanto no “mundo real”. A web pode compactar muito tempo, em forma de dados, num “espaço” infinitesimal.
A TAZ, por ser temporária, não oferece algumas das vantagens de uma liberdade com duração e de uma localização mais ou menos estável. Mas a web oferece uma espécie de substituto para parte disso – ela pode informar a TAZ, desde o seu início, com vastas quantidades de tempo e espaço compactados.
Nesse ponto da evolução da web, e considerando nossas exigências por algo que seja palpável e sensual, devemos considerar a web fundamentalmente como um sistema de suporte, capaz de transmitir informações de uma TAZ a outra, ou defender a TAZ, tornando-a “invisível” ou dando-lhe garras, conforme a situação exigir.
Porém mais do que isso: se a TAZ é um acampamento nômade, então a web ajuda a criar épicos, canções, genealogias e lendas da tribo. Ela fornece as trilhas de assalto e as rotas secretas que compõem o fluxo da economia tribal. Ela até mesmo contém alguns dos caminhos que as tribos seguirão só no futuro, alguns dos sonhos que eles viverão como sinais e presságios.
Hakim Bey, T.A.Z.: Zona Autônoma Temporária
Em linhas gerais, são estes quatro elementos – o bando, a festividade, o nomadismo psíquico e a web – que influenciam o conceito de Zona Autônoma Temporária. Embora Hakim Bey (1985) tenha escrito uma obra inteira sobre TAZ, não é seu intuito definir e fixar formas, ou padrões de como seria uma destas zonas. Afinal, uma TAZ existe de forma dinâmica e temporária, fugindo portando de padrões e definições.
Visar à liberdade de todos serviu, por muitas vezes, como máscara de interesses particulares e opressores. Do que adianta acreditar que só há liberdade quando todos forem livres? Libertar-se, revolucionar pode partir de um indivíduo, ou de um bando. E é isso que poderíamos colocar como um princípio e possível objetivo da TAZ: liberdade independente e autônoma.
Hakim Bey, T.A.Z.: Zona Autônoma Temporária
Zona Autônoma Permanente e ecovilas!
Hakim Bey fala muito sobre o caráter temporários das TAZ. Mas será que as propostas de resiliência das ecovilas e da permacultura não podem resultar em Zonas Autônomas Permanentes? Em um artigo de 1993, Hakim Bey investiga a possibilidade de ZAP – Zonas Autônomas Permanentes. Leia parte da introdução desse artigo abaixo.
A teoria da Zona Autônoma Temporária (TAZ) busca tratar de situações existentes ou emergentes, mais que do utopismo puro. Por todo o mundo existem pessoas que estão deixando ou “desaparecendo” da Grade da Alienação e buscando formas de restaurar o contato humano. (…)
Não é só a “contra-cultura” quem busca suas zonas autônomas temporárias, seus acampamentos nômades e noites de liberação do consenso. Grupos auto-organizados e autônomos estão brotando entre todas as “classes” e “subculturas”. Vastas extensões do Império Babilônico estão agora vazias, povoadas somente pelos agentes secretos dos Meios de Massas e uns poucos policiais psicóticos.
A teoria da zona autônoma temporária dá conta disto que ESTÁ ACONTECENDO – não estamos falando sobre o que “deveria” ou será – estamos falando de um movimento já existente. Nosso uso de uma série de meios reflexivos e experienciáveis – poesia utópica e crítica paranóica (etc.) pretende ajudar a clarificar este movimento complexo ainda em grande medida não documentado, dar-lhe algum foco teórico e consciência de si mesmo, e sugerir táticas baseadas em estratégias integralmente coerentes – atuar como parteira ou panegírico, e não como “vanguarda”!
Então tivemos que considerar o fato de que nem todas as zonas autônomas existentes são “temporárias”. Algumas são (ao menos nas intenções) mais ou menos “permanentes”. Certas rachaduras no Monolito Babilônico parecem tão vazias que grupos inteiros podem se mudar para elas e lá se instalarem. Certas teorias, como a “permacultura”, têm sido desenvolvidas para lidar com esta situação aumentando as possibilidades. “Vilas”, “comunas”, “comunidades”, incluindo aí “arcologias” e “biosferas” (ou outros modelos de cidade-utopia) estão sendo experimentadas e implementadas. Mesmo nesse contexto a teoria da TAZ pode oferecer algumas ferramentas de pensamento, esclarecimentos e úteis reflexões.
E se tratarmos de uma poética (um “modo de fazer”) e de uma política (uma “forma de viver juntos”) para a TAZ “permanente” (ou ZAP)? O que existe na relação atual entre a temporalidade e a permanência? E como pode a ZAP periodicamente renovar-se com o aspecto festivo da TAZ?
Hakim Bey, P.A.Z.: Zona Autônoma Permanente, introdução
Assista o próprio Hakim Bey falando sobre a Zona Autônoma Temporária, Sufismo, ayahuasca e muito mais:
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rastanerd · 6 years
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Hoje é o Dia de Doar e eu preciso do seu apoio!
Hoje temos muitos motivos para agradecer! Hoje é o #diadedoar. Participe desse movimento global por uma sociedade mais generosa e solidária!
O Irradiando Luz foi criado em março de 2007 por mim, Gabriel Dread Siqueira, mestre em administração e facilitador de gestão de conflitos. Irradiar Luz é adotar uma postura radical, questionadora, revolucionária. O Irradiando Luz é um caminho profissional que tem tudo a ver com minha escolha de vida.
Desde 2011, vivo com minha companheira e nossos dois filhos em ecovilas e comunidades alternativas. Estamos criando novos estilos de vida e pesquisando maneiras mais efetivas de estar no mundo provocando resultados positivos na dimensão social e ambiental. Doando para o Irradiando Luz, você me ajuda a continuar produzindo conteúdo em vídeo, áudio e e textos sobre ecovilas e transição planetária. Mais do que isso, você apoia a resiliência de novas formas de existir e produzir o mundo que a gente tanto precisa.
Família Irradiando Luz. Gabriel, Renata, Nara Rosa e Ravi Siqueira. foto: Marina Piedade/Bonita na Foto
Para celebrar o dia de hoje, estamos lançando uma campanha de financiamento recorrente do Irradiando Luz com novas recompensas, incluindo visitas em ecovilas e livros. Com apenas R$ 1, você já pode apoiar o nosso portal a continuar existindo e espalhando boas notícias e dicas práticas sobre ecovilas e a transição pessoal e global. Contribua com uma sociedade mais justa, inclusiva e por uma cultura regenerativa. Apoie a transição planetária: http://www.padrim.com.br/IrradiaLuz
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Dia de Doar
O #diadedoar é uma grande campanha para promover a cultura de doação no Brasil e no mundo. É um movimento, uma mobilização nacional para termos um país mais generoso e solidário. Participe! Doe, e canalize sua energia para a mudança que você quer ver no mundo!
O Dia de Doar foi criado como uma contraposição ao consumismo da Black Friday. No mundo todo, ele é conhecido como Giving Tuesday (terça da doação), e sempre acontece na terça-feira seguinte à Black Friday.
Como doar?
Doar é colocar nossa energia naquilo que a gente acredita. Existem várias maneiras de fazer isso. A primeira delas, a mais simples, é compartilhar e indicar para seus amigos e amigas as notícias dos movimentos que você quer apoiar. Outra maneira bem comum de doar é fazer trabalho voluntário.
Mas se você não tem tempo para doar seu trabalho qualificado, existe uma alternativa simples: doar dinheiro. Vamos investir nossos recursos financeiros nos movimentos, serviços e produtos que promovem a transição para uma sociedade mais justa e sustentável. O retorno sobre o investimento é maior do que qualquer lucro!
Recompensas especiais
Eu quero agradecer muito aos parceiros de trabalho e de causa, que doaram recompensas especiais para o Dia de Doar. Eles são: Editora Bambual, Ecovila do Ramo, Instituto Biorregional do Cerrado, Ecovila Muriqui Assu e Ecovila Bambu. GRATIDÃO!
VIVÊNCIA NA ECOVILA DO RAMO (MG) – a partir de R$ 20
A Ecovila do Ramo fica em Moeda (MG), a cerca de 1h de Belo Horizonte. A Ecovila do Ramo oferece uma experiência comunitária de um dia, uma oportunidade para conhecer uma ecovila, aprender sobre práticas e tecnologias sustentáveis e experimentar um pouco da VIDA EM COMUNIDADE. O apoio inclui duas horas de trabalho e almoço, mas não inclui transporte nem hospedagem. A visita será em data combinar com a Ecovila do Ramo.
VIVÊNCIA NA ECOVILA BAMBU (RS) – a partir de R$ 30
A Ecovila Bambu fica em Ivoti (RS), a cerca de 1h de Porto Alegre. A Ecovila Bambu oferece uma visita guiada comunitária de um dia. O apoio inclui almoço, mas não inclui transporte nem hospedagem. A visita será em um sábado a combinar com a Ecovila Bambu.
VIVÊNCIA NO INSTITUTO BIORREGIONAL DO CERRADO (GO) – a partir de R$ 40
O Instituto Biorregional do Cerrado (IBC) fica em Alto Paraíso de Goiás (Chapada dos Veadeiros), a cerca de 2h de Brasília. O IBC oferece uma vivência comunitária de um dia. Crianças são bem-vindas. O apoio não inclui alimentação, transporte nem hospedagem. A visita será em data a combinar com o IBC.
GANHE O LIVRO “ECONOMIA COLABORATIVA” – a partir de R$ 45
O livro ECONOMIA COLABORATIVA, de Felipe Cunha, é um oferecimento da Editora Bambual. A Economia Colaborativa está causando imensas transformações. Saiba como as pessoas estão se organizando para administrar coletivamente os recursos comuns. Conheça também as sombras desse movimento. *Frete não incluso no valor da contribuição.
GANHE O LIVRO “ECONOMIA DE GAIA” – a partir de R$ 60
O livro ECONOMIA DE GAIA (Gaia Education), é um oferecimento da Editora Bambual. A economia, hoje, ocupa um lugar central na vida do indivíduo e da comunidade humana, e por isso é nesta área, mais do que em qualquer outra, que devemos encontrar urgentemente novos modos de pensar e de existir no planeta. Esse livro é uma coletânea de textos de diversos autores incríveis. *Frete não incluso no valor da contribuição.
GANHE O LIVRO “ECOVILAS BRASIL” – a partir de R$ 80
O livro ECOVILAS BRASIL é um oferecimento da Editora Bambual. Esse livro é fruto da pesquisa de Rafael Togashi e Ilana Majerowics que resultou no documentário Ecovilas Brasil. O livro conta com texto das principais pessoas envolvidas no movimento de assentamentos sustentáveis do pais, incluindo Gabriel Siqueira. *Frete não incluso no valor da contribuição.
CURSO NA ECOVILA MURIQUI ASSU (RJ) – a partir de R$ 300
A Ecovila Muriqui Assu fica próxima de Niterói (RJ). Eles oferecem cursos de bioconstrução e agrofloresta. Esta recompensa inclui alimentação, hospedagem e participação em curso oferecido lá de até 2 dias, em data a combinar com a ecovila.
Outras recompensas:
R$ 5 – Só quero ajudar: Muito obrigado!
R$ 15  – Vem pra nossa comunidade: acesso ao grupo do Irradiando Luz no facebook!
R$ 50 –Vem pra roda: bate papo online por áudio e vídeo 1 vez por mês com Gabriel Dread (via Hangout ou Zoom)!
Recebo
Com apenas R$ 1 por mês, você já pode apoiar o Irradiando Luz a continuar existindo e espalhando boas notícias e dicas práticas sobre ecovilas e a transição planetária. Contribua com uma sociedade mais justa, inclusiva e pela transição para uma cultura regenerativa. Se você quer fazer uma doação única, me escreva: [email protected]
Agradeço
Gratidão aos padrinhos e madrinhas que já estão nos apoiando!
Dou
Nos dedicamos voluntariamente em diversos movimentos pela sustentabilidade. Só no ú’timo ano, nós doamos:
375 horas de trabalho para o Instituto Nossa Ilhéus, em defesa da democracia participativa e da sustentabilidade no Território Litoral Sul da Bahia.
100 horas voluntárias para a Rede de Agroecologia Povos da Mata de certificação orgânica participativa da Bahia, apoiando o trabalho de mais de 500 agricultores familiares na sua transição agroecológica;
75 horas de dedicação à Rede Dragon Dreaming Brasil e Internacional;
45 horas investidas no movimento de ecovilas e o Conselho de Assentamentos sustentáveis da América Latina (CASA).
Quero doar para o Irradiando Luz
Pra fechar, vou explicar como funciona o Padrim Irradiando Luz, uma plataforma de financiamento colaborativo recorrente. Quem participa se torna assinante e participante da comunidade Irradiando Luz. Você recebe uma cobrança mensal no valor que decidir.
Você paga até quando quiser. E se escolher parar de apoiar, é só cancelar a assinatura no site. O Padrim Irradiando Luz é uma maneira de tornar sustentável o trabalho que já realizamos gratuitamente, e entregar cada vez mais um conteúdo profissional e aprofundado.
Para isso, estipulamos algumas metas. Quando o valor mínimo de sustentação do projeto é atingido, um novo conteúdo é desbloqueado! Quem apoia recebe recompensas de acordo com o grau de comprometimento. Faça parte da família Irradiando Luz! Hora de sair da Babilônia!
Para saber mais e apoiar, acesse: padrim.com.br/IrradiaLuz
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rastanerd · 6 years
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Black Friday, promoção imperdível: destrua a Terra e preencha seu vazio existencial!
Black Friday, promoção imperdível: destrua a Terra e preencha seu vazio existencial!
Hoje é a “Black Friday”, o dia de incentivo ao consumismo. Inventada nos EUA por ser o dia seguinte ao Dia de Ação de Graças (que sempre cai na quinta feira), a idéia era provocar o aumento do consumo em um dia que normalmente as lojas ficavam às moscas.
No Brasil, isso faz muito menos sentido. E a gente sabe que ainda por cima as lojas praticam um monte de malandragens, como subir os preços na véspera e dar um desconto de 0% no final das contas. É a chamada Black Fraude.
O fato é que o planeta Terra não pode mais suportar nossos hábitos consumistas. Esse ano, nós superamos a capacidade de regeneração planetária (Dia de Sobrecarga da Terra) no dia 1 de agosto. Isso significa que estamos roubando recursos das futuras gerações, e quando chegarmos ao final do ano, 5 dos 12 meses do que foi consumido no ano terão sido depredações inconsequentes.
Será mesmo que você precisa de tudo isso? Será que nós precisamos de tudo isso?
Minha sugestão é: guarde seu dinheiro para a próxima terça-feira, que é o Dia de Doar! Uma resposta ao consumismo desenfreado. Ajude a manter as organizações e projetos que se dedicam a resolver os problemas que temos.
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rastanerd · 6 years
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Alberto Guerreiro Ramos, esse preto foi o maior sociólogo do Brasil!
Hoje é Dia da Consciência Negra. Quero aproveitar essa ocasião especial para falar de um preto que mudou minha vida. Não, não é Bob Marley (mas poderia ser) 
Estou falando de Alberto Guerreiro Ramos, um dos maiores intelectuais brasileiros, e provavelmente o maior sociólogo do país.
Sua obra acadêmica é reconhecida internacionalmente. Suas pesquisas ajudam até hoje o campo de administração a ser capaz de inovar e levar em consideração a dimensão da sustentabilidade ambiental em seu domínio, “respeitando os limites biofísicos do planeta”, como ele afirmava.
Seu livro A nova ciência das organizações: uma reconceituação da riqueza das nações mudou minha vida, e resultou no meu trabalho de conclusão de curso sobre tomada de decisão por consenso e minha dissertação de mestrado sobre tensão entre a racionalidade substantiva e instrumental na gestão de ecovilas.
Entre os principais conceitos do Divino Mestre com os quais trabalho, estão:
A redução sociológica, uma pioneira proposta de descolonização da ciência brasileira já em 1958!
Síndrome comportamental, uma doença das sociedades centradas no mercado que leva as pessoas a se comportarem como robôs, meras engrenagens do sistema de produção
Racionalidade Substantiva, uma refundação do conceito de razão, resgatando a luminosidade, a ética e a solidariedade como aspectos fundamentais de nossa humanidade, e propondo uma nova ciência baseada nesses princípios.
Em homenagem a esse grande ser humano, que merecia muito mais elogios à sua obra e reconhecimento, que publico essa pequena biografia de Alberto Guerreiro Ramos. Com vocês, o Divino Mestre….
Alberto Guerreiro Ramos (1915 – 1982) nasceu em Santo Amaro da Purificação, Bahia, no dia 13 de setembro de 1915.
“Deus me tornou bárbaro. Deus me tornou insubmisso. E protesto contra os homens que estão mergulhados no esquecimento. Que estão tiranizados pela ordem, pela opinião, pela civilização”.
Em 1956, Pitirim A. Sorokin inclui Guerreiro Ramos entre os autores eminentes que mais contribuíram para o progresso da Sociologia no mundo na segunda metade do século XX.
Deputado de agosto de 1963 a abril de 1964, teve seus direitos políticos cassados pelo Ato Institucional nº 1.
Guerreiro Ramos foi obrigado a se exilar do país em 1966, radicando-se nos Estados Unidos, onde inspirou toda uma geração de estudantes como professor da Escola de Administração da Universidade do Sul da Califórnia (University of the South California – USC).
É autor de dez livros e de numerosos artigos, muitos dos quais têm sido disseminados em inglês, francês, espanhol e japonês. Alberto Guerreiro Ramos pronunciou conferências em Pequim, Belgrado e na Academia de Ciências da União Soviética. Nos anos de 1972 e 1973 foi “visiting fellow” da Yale University e professor visitante da Wesleyan University e da Universidade Federal de Santa Catarina.
Nesse vídeo em inglês, Alberto Guerreiro Ramos apresenta sua derradeira obra, A Nova Ciência das Organizações. Confira o raro registro do Divino Mestre em ação!
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Alberto Guerreiro Ramos e a Ancestralidade Africana
“O Velho Guerreiro me ensinou a sempre lembrar que ele era da Bahia, e tinha um grande orgulho de nossa ancestralidade Africana. O pai de Guerreiro, meu avô Vitor Juvenal Ramos, nasceu escravo em 1873, mas do tal Ventre Livre. A mãe de meu avô [avó de Alberto Guerreiro Ramos] nasceu na Angola, e foi por sua própria familia vendida ao negreiro. Depois de sermos exilados da Pátria Amada, nenhum de nós voltou ao Brasil, a não ser para visitar familia.” Alberto Guerreiro Ramos, Filho.
Alberto Guerreiro Ramos sempre demostrou muito orgulho de sua ancestralidade africana. O Teatro Experimental do Negro (TEN), de Abdias Nascimento, criou um departamento de estudos e pesquisas denominado Instituto Nacional do Negro, coordenado por Guerreiro Ramos.
Alberto Guerreiro Ramos, Abdias Nascimento e João Conceição na década de 1950.
Ele concluiu que ressentimento é uma das matrizes psicológicas mais decisivas do homem negro brasileiro, e considerava grupoterapia com base no psicodrama como um espaço que possibilita catarse e reflexão das seqüelas trazidas de um passado escravo, de uma vivência de ausência de um lugar, de uma identidade fragmentada.
Conviveu num contexto acadêmico em que “os estudos sobre os negros brasileiros“, como ele definiu, já estavam consolidados e eram realizados quase que exclusivamente por pesquisadores brancos.
Guerreiro destaca o fato de que os trabalhos sociológicos deveriam ajudar a encontrar saídas para a marginalidade da população negra brasileira, em vez de simplesmente descrever a cultura.
De acordo com ele, os estudos produzidos em nada contribuíam para melhorar a vida dos negros brasileiros, uma vez que a ênfase era atribuída aos aspectos exóticos, ou melhor, os negros eram vistos como um espetáculo.
“Há o tema do negro e há a vida do negro. Como tema, o negro tem sido, entre nós, objeto de escalpelação perpetrada por literatos e pelos chamados ‘antropólogos e sociólogos’. Como vida ou realidade efetiva, o negro vem assumindo o seu destino, vem se fazendo a si próprio, segundo lhe têm permitido as condições particulares da sociedade brasileira. Mas uma coisa é negro-tema; outra, é negro vida”.
Ao refletir sobre essas dimensões Guerreiro Ramos tece considerações acerca da patologia social dos brancos brasileiros e, principalmente, da patologia dos brancos nordestinos.
A patologia, ou protesto da minoria branca nos estados dessas regiões consistia numa constante reivindicação das origens da própria brancura, o que Guerreiro às vezes define como a perturbação psicológica em sua auto-avaliação estética; além de demonstrar “inferioridade sentida com excessiva intensidade e superioridade, desejada, mas fictícia“, por isso, “Ao tomar o negro como tema, elementos da camada ‘branca’ minoritária se tornam mais brancos, aproximando-os de seu arquétipo estético – que é o europeu“.
“Mas eu escrevi antes deles, antes do estudo do Florestan. Primeiro, eu fiz o congresso dos negros brasileiros e o expliquei como o congresso de brancos brasileiros. O sujeito analisava o sangue do negro brasileiro, o tamanho do nariz, o cabelo etc. Era preciso, assim, analisar o sangue, o nariz e o cabelo do branco brasileiro. Há um estudo meu chamado ‘Patologia do Branco Brasileiro’ onde eu inverti o problema. Num país de negro como o nosso, falar do problema do negro é uma cretinice”.
Guerreiro tem uma forma de fazer ciência e de produzir conhecimento que vai de encontro aos moldes hegemônicos, que se contrapõe à nossa propalada cordialidade.
O estilo contraditório e provocador adotado por Guerreiro destoa do nosso estilo polido de fazer ciência. As críticas dirigidas por Guerreiro a nomes consagrados nas ciências sociais brasileiras como Florestan Fernandes, não deixam dúvidas disso.
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  Artigos sobre Alberto Guerreiro Ramos
Alberto Guerreiro Ramos, vida e obra do maior sociólogo do Brasil
Alberto Guerreiro Ramos foi um dos maiores intelectuais brasileiros, e provavelmente o maior sociólogo do país. Sua obra acadêmica é reconhecida internacionalmente. Suas pesquisas ajudam até hoje o campo de administração a ser capaz de inovar e levar em consideração a dimensão da sustentabilidade ambiental. Guerreiro tem uma forma de fazer ciência e de produzir conhecimento que vai de encontro aos moldes hegemônicos, que se contrapõe à nossa propalada cordialidade. As críticas dirigidas por Guerreiro a nomes consagrados nas ciências sociais brasileiras como, Florestan Fernandes, não deixam dúvidas sobre o seu estilo. Leia sua biografia completa: Alberto Guerreiro Ramos, vida e obra do maior sociólogo do Brasil
Gestão de Ecovilas: Dissertação de Mestrado de Gabriel ‘Dread’ Siqueira
O que é uma ecovila? Como se administra uma ecovila? Qual a diferença entre uma ecovila e uma comunidade alternativa? Como acontece a gestão em uma comunidade intencional? Foram essas inquietações que me levaram a escolher a gestão de ecovilas como tema da minha dissertação de Mestrado em Administração pela UFSC, que concluí em julho de 2012. Para realizar minha pesquisa, fiz um mapeamento das ecovilas, comunidades intencionais sustentáveis e comunidades alternativas existentes no Brasil. Encontrei referência a pelo menos 99 comunidades ativas no país. Leia o artigo completo: Gestão de Ecovilas: Dissertação de Mestrado de Gabriel ‘Dread’ Siqueira – Como é a administração de uma ecovila?
A redução da Redução Sociológica de Alberto Guerreiro Ramos
A Redução Sociológica pressupõe um olhar criterioso sobre a ciência. A principal preocupação de Guerreiro Ramos era ser um sociólogo “em mangas de camisa”, inserido e atuante em seu contexto social, adotando uma postura política transformadora. Ele estava se rebelando contra a sociologia que era (e ainda é) dominante nas universidades brasileiras: uma sociologia “de gabinete”, distante da realidade nacional, e “consular”, onde o sociólogo atua menos como um solucionador de problemas e mais como representante de uma teoria estrangeira incapaz de explicar a realidade local, apoiando assim a dominação cultural e científica que os países periféricos sempre sofreram e continuam sofrendo.. Leia o artigo completo: A redução da Redução Sociológica de Alberto Guerreiro Ramos
A Síndrome Comportamental, de acordo com Alberto Guerreiro Ramos
Onde quer que a articulação do pensamento não encontre critérios de exatidão, não existe sabedoria. A síndrome comportamentalista faz com que o indivíduo se comporte como uma engrenagem. Alberto Guerreiro Ramos analisa a base psicológica da teoria organizacional e da ciência social em voga. O autor considera que as organizações são sistemas cognitivos e que seus membros em geral assimilam, interiormente, tais sistemas e assim, sem saberem, tornam-se pensadores inconscientes. Leia o artigo completo: A Síndrome Comportamental, de acordo com Alberto Guerreiro Ramos
Consenso e a racionalidade substantiva, TCC de Gabriel ‘Dread’ Siqueira
Vivemos em uma democracia participativa (ou não), onde a vontade da maioria é entendida como antagônica à da minoria. Esta minoria fica assim excluída do processo decisório político. O conflito é punido e reprimido na democracia. O consenso é a superação da democracia excludente. O objetivo do consenso é convergir alternativas e possibilidades de atender a necessidades de diferentes grupos e setores sociais em soluções conciliatórias. O conflito é uma etapa necessária do processo de consenso. É neste contexto que elaborei meu Trabalho de Conclusão do Curso de Administração. Leia o artigo completo: Consenso e a racionalidade substantiva, trabalho de conclusão do curso de Gabriel ‘Dread’ Siqueira
A Grande Transformação, de Karl Polanyi
O futuro de alguns países já pode ser o presente em outros, enquanto alguns ainda podem incorporar o passado dos demais. Mas o resultado é comum a todos eles: o sistema de mercado não será mais auto-regulável, mesmo em princípio, uma vez que ele não incluirá o trabalho, a terra e o dinheiro. Karl Paul Polanyi foi um um filósofo, economista e antropólogo húngaro que inspirou muito a obra de Alberto Guerreiro Ramos. Ele é conhecido por sua oposição ao pensamento econômico tradicional. Leia o artigo completo: A Grande Transformação, de Karl Polanyi
Empowerment: uma abordagem crítica
Empowerment, em português, significa “dar poder a”. No entanto, no contexto da Teoria das Organizações, empowerment é mais uma “tecnologia”, “modelo”, “técnica” ou até mesmo “modismo” da prática administrativa, recentemente muito popular nos círculos gerenciais. Deve-se atentar para o fato de que empowerment, assim como outras “tecnologias revolucionárias” e “tendências” administrativas, podem ser (e geralmente são) instrumentos de controle, maneiras de legitimar o papel central das organizações econômicas na vida de seus funcionários. Leia o artigo completo: Empowerment: uma abordagem crítica
Apreciação Crítica do livro “Marketing de Guerra”, de Al Ries e Jack Trout
Marketing de Guerra: já não temos violência demais no mundo? É impossível, para mim, realizar um trabalho acadêmico a respeito do livro “Marketing de Guerra” (1986), de Al Ries e Jack Trout, sem explicitar uma crítica. Na minha opinião, a visão de mundo e paradigma das quais parte a premissa desta obra ajudam a corroborar o estado de depressão psicológica e falta de sentido da vida que assolam nossa sociedade centrada no mercado. Leia o artigo completo: Apreciação Crítica do livro “Marketing de Guerra”, de Al Ries e Jack Trout
A Nova Ciência das Organizações: uma reconceituação da riqueza das nações
Foi a última obra publicada por Alberto Guerreiro Ramos, em 1981. Este livro foi publicada originalmente em inglês pela Universidade de Toronto (University of Toronto) com o título “The new science of organizations: a reconceptualization of the wealth of the nations”. É o resultado de suas pesquisas sobre a redução sociológica como “superação da ciência social nos moldes institucionais e universitários em que se encontra”. Uma proposta revolucionária de ciência, embasada em uma racionalidade substantiva. Leia o artigo: A Nova Ciência das Organizações: uma reconceituação da riqueza das nações, de Alberto Guerreiro Ramos
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rastanerd · 6 years
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Por que o Brasil tem tantos feriados?
“Por que o Brasil tem tantos feriados?”
O Brasil tem 10 feriados nacionais, mas se levarmos em conta os feriados estaduais e municipais, o número de festividades pode chegar a 18 dias por ano. Há quem diga que isso é demais. Adeptos da ideologia do mercado argumentam que os feriados provocam prejuízos na economia e dificultam ainda mais a sobrevivência dos empreendedores brasileiros.
Eu discordo em gênero, número e grau.
Primeiro porque o Brasil está dentro da média de feriados no mundo contemporâneo, e muito abaixo de países desenvolvidos. De acordo com reportagem de Paula Adamo Idoeta, da BBC Brasil, um trabalhador típico brasileiro trabalha em média 2.000 horas anuais, quantidade parecida à de horas trabalhadas por um trabalhador mexicano ou coreano, mas bem superior à média de países como Dinamarca, Holanda e França.
Segundo porque a existência humana é muito maior do que o trabalho. Somos seres que precisamos também de ócio, lazer e diversão. Mamíferos são dotados de uma capacidade incrível de aprender brincando, e mamíferos superiores e primatas são as espécies que passam mais horas por dia brincando, inclusive adultos.
“Não constitui mero incidente o fato de que, em toda sociedade em que o mercado se transformou em agência cêntrica da influência social, os laços comunitários e os traços culturais específicos são solapados ou mesmo destruídos”.
Alberto Guerreiro Ramos
Nós precisamos, biologicamente, de pausas para vivenciar o ócio e o lazer, para desfrutar da vida, para fortalecer nossos laços comunitários e familiares.
Na Idade Média, os servos contavam com cerca de 100 dias festivos no calendário anual, datas em que eles eram livres do trabalho. Mais ainda, no período medieval a lógica do mercado estava restrita a pequenos espaços geográficos, as feiras, e o cálculo utilitário de consequências e o consumismo não invadiam cada milímetro da vida humana.
Infelizmente, a rotina do trabalhador contemporâneo é mais degradada e invadida pela lógica do mercado do que a vida de um servo medieval. Mesmo nos feriados, o que nos resta a fazer com nosso tempo livre é consumir, seja nas praças de alimentação dos shoppins centers da vida, seja na internet e nos serviços de streaming que despejam produtos audiovisuais incessantemente.
Não estou defendendo a volta do Feudalismo, apenas alertando para o fato que nem tudo na vida moderna é “progresso”. No quesito feriados e dias livres de trabalho e consumo, a qualidade da vida humana decaiu muito desde o advento da chamada revolução industrial. Parece até que a gente se esqueceu que as empresas não são donas da nossa vida. Fazer essa confusão pode nos levar a experimentar uma psicopatologia denominada síndrome comportamentalista.
O próprio conceito de trabalho superior e inferior foi distorcido pelo mercado, para diminuir a dissonância cognitiva dos trabalhadores e enobrecer um tipo de esforço repetitivo que era considerado menos do que humano até a Idade Moderna.
“Somente uma visão acrítica das metas organizacionais e da motivação humana pode explicar porque os intervencionistas humanistas se sentem à vontade em suas tentativas, por exemplo (…) de melhorar a cultura humana em complexos industriais poluentes e destruidores dos recursos naturais; de aumentar a eficiência de corporações especializadas em fornecer ao público mercadorias desnecessárias e serviços que apenas servem para destruir gradativamente o senso que têm os cidadãos de suas necessidades genuínas, pessoais. Não questionam eles, explicitamente, o caráter geral desumanizador e enganoso da estrutura de emprego da sociedade centrada no mercado, que em si mesma não permite uma coerente prática do verdadeiro humanismo.”
Alberto Guerreiro Ramos
O que estou propondo é que criemos novos estilos de vida mais adequados às necessidades humanas. Ecovilas são uma maneira de criar espaços onde a realização humana possa acontecer de forma mais plena, mais protegida das influências do mercado. Não são a única solução para a crise que vivemos atualmente, mas apontam na direção de caminhos possíveis.
Precisamos de mais feriados, precisamos de mais dias livres da influência do mercado. Precisamos de mais humanidade.
“Eu que já não quero mais ser um vencedor levo a vida devagar pra não faltar amor” (Loser Manos)
Se você acha que a vida merece ser mais celebrada, se você sente que precisa pertencer a uma comunidade, se você acredita que precisamos de mais espaços livres da lógica do “tempo é dinheiro”, talvez as ecovilas sejam um caminho pra você.
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rastanerd · 6 years
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Curso online Como morar numa Ecovila!
Chegou o dia! Estou lançando agora meu mais novo curso “Como morar numa ecovila!” O empurrãozinho que faltava pra você fazer sua transição de vida!
Desde que fiz minha pesquisa de mestrado sobre conflitos em ecovilas, recebo muitas mensagens de pessoas me perguntando como morar em uma comunidade. Por isso, resolvi juntar minha experiência com a de várias outras pessoas que acompanhei nessa transição de vida pra criar o curso online “Como morar numa ecovila!”
Uma vivência totalmente online, você pode fazer da sua casa ou de onde você quiser. São 4 aulas gravadas e dois encontros (webnários) ao vivo, totalizando 10 horas de imersão no mundo das ecovilas.
E pra celebrar esse lançamento, estou fazendo um desconto de 55% no valor do curso. Mas você só tem 24 horas para aproveitar essa boiada! Nunca mais esse curso vai ser tão barato quanto agora.
Então aproveita, dá fazer depósito em conta corrente, pagar com boleto ou então no cartão de crédito em até 12 X sem juros!
Ah, e esse é o último curso que eu tenho programado esse ano!
Não deixe a vida que você quer pra outro dia, inscreva-se agora no curso online Como morar numa Ecovila com 55% de desconto válido apenas por hoje.
Curso Online
Como morar numa ecovila!
Apenas 12x R$ 16
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rastanerd · 6 years
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O que são ecovilas?
Ecovila é um tipo de assentamento humano sustentável. São comunidades urbanas ou rurais de pessoas que tem a intenção de integrar uma vida social harmônica a um estilo de vida sustentável. Esses assentamentos sustentáveis são excelentes laboratórios de experimentação de tecnologias e inovações sociais e ambientais de baixo custo.
Ecovilas são assentamentos funcionalmente completos, onde as atividades humanas estão integradas ao mundo natural de forma sustentável, apoiando o desenvolvimento humano saudável e que tem continuidade futura assegurada.
As ecovilas atuais surgem das necessidades e oportunidades provocadas pelas limitações ambientais, pelo desenvolvimento tecnológico e pelos novos patamares de conscientização atingidos recentemente. Elas são pautadas pelo uso de tecnologias alternativas tais como energia eólica e solar, agroecologia e agricultura orgânica, propostas econômicas inovadoras e solidárias, experiências de democracia direta, tomada de decisão inclusiva e adoção de uma perspectiva de prevenção da saúde combinada com sistemas tradicionais de medicina, aspectos múltiplos que,  juntos, culminam em uma proposta de estilo de vida alternativo que possibilita a existência de novas sociedades alternativas e holísticas.
Ecovilas, comunidades alternativas, coletivos, cohousing urbano e rural, coliving e colares, coworking e assentamentos sustentáveis são todas propostas que se alinham com esse tema, de alguma forma.
Saiba mais sobre Ecovilas, Comunidades Alternativas e Assentamentos Sustentáveis
Curso Online Gestão de Ecovilas
Quer criar uma ecovila? Sonha em empreender e fundar um cohousing urbano ou rural? Quer se voluntariar ou morar em uma comunidade alternativa? Esta é uma oportunidade de você se capacitar para conhecer e enfrentar desafios nesse caminho! Este curso é recomendado para pessoas interessadas em morar em ecovilas, comunidades intencionais, co-housing ou que desejam ou já encaram co-work e outros coletivos auto-gestionados. Também atende à demanda de empreendedores que querem inovar na sua forma de gestão. Continue lendo: Curso Online Gestão de Ecovilas
Mapeamento de Ecovilas e Comunidades Alternativas do Brasil
Ecovilas são assentamentos funcionalmente completos, onde as atividades humanas estão integradas ao mundo natural de forma sustentável, apoiando o desenvolvimento humano saudável e que tem continuidade futura assegurada. Durante minha pesquisa de mestrado sobre gestão de ecovilas, mapeei 101 comunidades alternativas e assentamentos sustentáveis do Brasil. Algumas regiões exercem maior atração para criação de comunidades, atuando como espécie de polos que congregam diversas comunidades alternativas, intencionais, sustentáveis e ecovilas. As comunidades apresentadas na listagem estão agrupadas de acordo com essas regiões aglutinadoras.Veja o mapa completo: Mapeamento de Ecovilas, Comunidades Alternativas e Assentamentos Sustentáveis do Brasil
Gestão de Ecovilas: Dissertação de Mestrado de Gabriel ‘Dread’ Siqueira
O que é uma ecovila? Como se administra uma ecovila? Qual a diferença entre uma ecovila e uma comunidade alternativa? Como acontece a gestão em uma comunidade intencional? Foram essas inquietações que me levaram a escolher a gestão de ecovilas como tema da minha dissertação de Mestrado em Administração pela UFSC, que concluí em julho de 2012. Para realizar minha pesquisa, fiz um mapeamento das ecovilas, comunidades intencionais sustentáveis e comunidades alternativas existentes no Brasil. Encontrei referência a pelo menos 100 comunidades ativas no país. Saiba mais: Gestão de Ecovilas: Dissertação de Mestrado de Gabriel ‘Dread’ Siqueira – Como é a administração de uma ecovila?
Série de 4 vídeos: Como morar numa ecovila [Vida em Comunidade]
Série de vídeos curtos, com cerca de 5 minutos cada.
Parte 1: Por que morar numa ecovila?
Parte 2: Mapeamento de Ecovilas para conhecer
Parte 3: Voluntariado em ecovilas
Parte 4: Quero morar em uma ecovila!
TEDxGenebra de Gabriel ‘Dread’ Siqueira: Vamos incluir os conflitos nos nossos planos!
Em 2012, fui co-fundador de uma ecovila no sul da Bahia, onde vivi com minha esposa e dois filhos por 5 anos. Descobri que conflitos são parte da existência humana e desvendei diversos caminhos para relações mais saudáveis. Estar em um relacionamento significa que vamos vivenciar conflitos mais cedo ou mais tarde. Ao invés de negar, evitar ou tentar gerenciar os conflitos depois que eles aparecem, tensões podem ser parte do ecossistema de relações que construímos diariamente na nossa vida social e profissional. Assista o TED Talk: TEDxGenebra de Gabriel ‘Dread’ Siqueira: Vamos incluir os conflitos nos nossos planos!
Ecovilas em debate no Canal Futura
Gabriel Siqueira do Irradiando Luz esteve nos estúdios da Fiocruz (Canal Saúde) para gravação do programa Em Família, veiculado no Canal Futura. O debate contou também com a participação do querido Eraldo da Ecovila El Nagual. As ecovilas são comunidades que reúnem pessoas unidas por um propósito comum, geralmente autossustentáveis, e que comumente se baseiam em visões ecológicas, sociais e espirituais da sociedade. Existem milhares de ecovilas pelo mundo e no Brasil se contam, pelo menos, algumas dezenas. A apresentadora Yasmine Saboya do Programa Em Família, da Fiocruz e do Canal Futura, nos desafia a entender melhor o conceito de ecovila e conhecer um pouco desse universo. Assista o programa: Ecovilas em debate no Canal Futura
Ecovila: vida alternativa é tema de artigo acadêmico em revista da Fundação Getúlio Vargas.
Publiquei um artigo sobre ecovilas na principal revista científica da área de Administração no Brasil, os Cadernos EBAPE da Fundação Getúlio Vargas (FVG). Nesse artigo, resumi as conclusões de minha pesquisa de mestrado no tema da gestão de comunidades alternativas. Entre as conclusões bombásticas que encontrei, descobri que as ecovilas podem servir de inspiração no redesenho de nossa sociedade e criação de espaços onde as pessoas participem de relações verdadeiramente autogratificantes, pela intensidade de relações interpessoais próximas e íntimas entre seus membros, que servem para atenuar e minimizar os efeitos da tensão entre racionalidades. Leia o artigo completo: Ecovila: vida alternativa é tema de artigo acadêmico em revista da Fundação Getúlio Vargas.
Ecovila Aldeia Coletivo de Famílias – mini documentário de 2 anos de fundação
Este mini documentário foi realizado por Davi Boarato quando a comunidade aldeia tinha acabado de completar 2 anos de fundação. Foi lançado originalmente em março de 2014. Muita coisa mudou desde então, mas o registro mostra os desafios e os resultados da criação de uma comunidade intencional sustentável. Não é fácil criar uma ecovila, comunidade alternativa ou mesmo um cohousing. Mas é gratificante. Assista o vídeo: Comunidade Aldeia – 2 anos de fundação [mini documentário]
Banca da Graça: uma experiência de economia da dádiva e amor incondicional
Imagine que você está andando no centro de sua cidade. De repente, você se depara com uma banca cheia de CDs, DVDs, livros, utensílios diversos, brinquedos de criança, aparelhos celulares e até um computador. Instigado pela curiosidade, você resolve se aproximar e descobre que tudo isso está de graça. É só chegar e pegar! Esta é a proposta da Banca de Graça, uma iniciativa subversiva e revolucionária que você vai conhecer agora. Leia o artigo completo: Banca da Graça: uma experiência de economia da dádiva e amor incondicional
Consenso e a racionalidade substantiva, TCC de Gabriel ‘Dread’ Siqueira
Vivemos em uma democracia participativa (ou não), onde a vontade da maioria é entendida como antagônica à da minoria. Esta minoria fica assim excluída do processo decisório político. O conflito é punido e reprimido na democracia. O consenso é a superação da democracia excludente. O objetivo do consenso é convergir alternativas e possibilidades de atender a necessidades de diferentes grupos e setores sociais em soluções conciliatórias. O conflito é uma etapa necessária do processo de consenso. É neste contexto que elaborei meu Trabalho de Conclusão do Curso de Administração. Leia o artigo completo: Consenso e a racionalidade substantiva, trabalho de conclusão do curso de Gabriel ‘Dread’ Siqueira
Gestão horizontal e Inovação em Ecovilas: palestra de Gabriel Dread Siqueira na Campus Party
Maior evento de tecnologia do país, a Campus Party aconteceu pela primeira vez em Salvador de 9 a 13 de agosto de 2017 na Arena Fonte Nova. Mais de 40 mil pessoas passaram por lá. Gabriel Siqueira falou sobre o que Ecovilas e Startups tem em comum, como criar e administrar grupos e times sem hierarquia, e quais os principais desafios para inovar a gestão de organizações. A inspiração são as ecovilas, comunidades alternativas, cohousing e coworks que mapeou em sua pesquisa de mestrado em administração pela UFSC. Assista o vídeo com a palestra completa: Gestão horizontal e Inovação em Ecovilas: palestra de Gabriel ‘Dread’ Siqueira na Campus Party Bahia 2017
IPAH: Construindo a transição, laboratório de vida em comunidade
O Instituto de Pesquisas Ambientais e Humanidades (IPAH) é uma organização que apoia comunidades, coletivos, cohousing e ecovilas a serem mais efetivas em seu propósito. Trabalhando com uma equipe multidisciplinar, o IPAH tem promovido cursos, mutirões e está criando a Aldeia Turi, uma ecovila na Baía de Camamu, no sul da Bahia.
Nesse vídeo com a equipe do IPAH, eles apresentam o instituto, seu histórico, Áreas de Atuação, Estatuto, Princípios, coletivos e projetos apoiados. Falam também sobre a Aldeia Turi como exemplo de Transição, Incubadora de Projetos e criação de uma Vida Comunitária. Abordam também moedas solidárias e comunitárias, tecnologias Open Source e seus próximos passos. Debatemos também a derrocada do Capitalismo, novas tecnologias, blockchain e a transição para uma sociedade sustentável. Assista a entrevista completa: IPAH: Construindo a transição, laboratório de vida em comunidade [Gabriel Dread Entrevista]
Ecovilas Brasil: Entrevista com Rafael Togashi
A equipe do documentário Ecovilas Brasil visitou 10 lugares para entender quais aspectos e valores as Ecovilas estão trazendo para a humanidade e como estes podem colaborar para uma Mudança de Paradigma do nosso modelo civilizatório. O documentário aborda uma visão de sustentabilidade integral, em seu aspecto econômico, ecológico, social e visão de mundo. Passando por temas como permacultura, formas de governança, tomadas de decisões, liderança, economia compartilhada e resolução de conflitos. Assista a entrevista: Ecovilas Brasil: Entrevista com o diretor do documentário, Rafael Togashi
Ecovila Digital na Campus Party Brasil
A Ecovila Digital foi uma experiência de criação colaborativa de uma comunidade intencional sustentável com duração de uma semana, de 31 de Janeiro a 5 de fevereiro de 2017. Foi uma Zona Autônoma Temporária que aconteceu dentro da Campus Party Brasil, no Pavilhão do Anhembi, em São Paulo. Introdução a Ecovilas, Comunidades e Cohousing. Círculo de Diálogo, Acordos, Tomada de Decisão e Governança. Economia Solidária e Banca de Graça. Assista o vídeo: Ecovila Digital na Campus Party Brasil
7 Regras Facultativas para uma Arte de Ser Feliz
Você é feliz? Felicidade é um estado de espírito ou um momento passageiro? É possível aprendermos a ser felizes como se isso fosse uma arte, ou uma habilidade?
A respiração profunda, consciente, varre a angústia, a desfaz. Respire profunda e lentamente: abrace o presente que passa; pare de carregar o passado e de se preocupar com o futuro. Leia todas as dicas: 7 Regras Facultativas para uma Arte de Ser Feliz
AXÉ da Ecovila na Bahia
No ano de 2009, pela primeira vez, cogitei largar tudo e ir morar em uma ecovila. Passei um mês vivendo em uma comunidade no sul da Bahia, junto com minha esposa, meus dois filhos, além de meus pais e meu irmão. Na volta dessa experiência, escrevi um depoimento emocionado, a primeira vez que abordei o tema de ecovilas aqui no site.
Não estamos pensando que lá é a “ecovila dos sonhos”, longe disso. Tem várias questões que nos “afligem”. Mas estamos encarando isso como mais uma etapa, mais um passo. O primeiro foi sair de Sampa, morar em Floripa… este é apenas mais um que pretendemos dar… melhorar a vida, ir desta para uma melhor. Evoluir… Leia mais: AXÉ da Ecovila na Bahia
Como criar uma comunidade alternativa? Fundação da Ecovila Aldeia
Artigo histórico, de 2011, anunciando o início da criação da Comunidade Aldeia: Coletivo de Famílias. Junto com mais duas famílias, criamos uma comunidade intencional onde vivemos por cinco anos. A fazenda, na margem do Rio de Contas em Itacaré, tem 33 hectares com plantação de cacau, pomares abundantes em frutas, uma grande área de pasto que já esta pronta para a construção da comunidade, alem de uns 15 he de mata virgem com nascentes e uma linda cachoeira! Leia mais: Como criar uma comunidade alternativa? Fundação da Ecovila Aldeia
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rastanerd · 6 years
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Como morar numa ecovila? Assista o webnário!
Webnário: como morar numa ecovila? Data: 14 de novembro de 2018 Hora: das 20 às 22h (Brasília)
Nesse webnário, Gabriel ‘Dread’ Siqueira vai falar sobre “Como morar numa ecovila?”. Ele vai dar dicas de como fazer uma transição de vida e quais os caminhos para viabilizar a vida em uma comunidade alternativa. Gabriel também vai responder dúvidas e comentários ao vivo.
Como morar numa Ecovila? Dicas práticas no apoio à transição para uma vida mais sustentável.
O webnário vai acontecer na próxima quarta, dia 14 de novembro às 20h (Brasília).
O WEBNÁRIO COMEÇA EM
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rastanerd · 6 years
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Gestão de conflitos em ecovilas
As ecovilas surgem das necessidades e oportunidades provocadas pelas limitações ambientais, pelo desenvolvimento tecnológico e pelos novos patamares de conscientização atingidos recentemente.
Além do uso de tecnologias alternativas tais como energia eólica e solar, agroecologia e agricultura orgânica, as ecovilas adotam propostas econômicas inovadoras e solidárias, experiências de democracia direta, tomada de decisão inclusiva e gestão de conflitos.
Meu trabalho com ecovilas está muito focado na dimensão humana, os aspectos sociais, políticos e a maneira como os coletivos se auto-organizam para atingir seus objetivos de sustentabilidade e solidariedade.
Acredito que nosso maior desafio enquanto seres humanos é aprender a conviver, dialogar, encarar conflitos e tomar decisões juntos.
Plantar uma agrofloresta ou construir um banheiro seco só depende de conhecimento técnico.
Mas escutar um ao outro e trabalhar junto é um desafio que envolve muito mais do que apenas técnicas. Envolve relações complexas, sentimentos e padrões de comportamento internalizados.
Ecovilas, comunidades alternativas, coletivos, cohousing urbano e rural, coliving e colares, coworking e assentamentos sustentáveis são todas propostas que se alinham com esse tema, de alguma forma, especialmente pelos desafios na dimensão social e política, das relações humanas.
As ecovilas são lugares privilegiados para vivenciar relações humanas intensas. Quem mora me comunidade acaba trabalhando, vivendo e de divertindo juntos. Experimentando o Bem Viver Coletivo. Mas também não tem como evitar as diferenças culturais, o mal humor de cada um, as manias, vícios e defeitos.
Na cidade, quando você tem um conflito com uma pessoa do trabalho, você volta pra casa e deixa pra lá. Se tem uma discussão com alguém da família, sai pra dar uma volta e encontrar amigos que não tem nada a ver com a treta.
Nas ecovilas você não tem como evitar o conflito.
É por isso que escolhi as ecovilas para investigar e encontrar maneiras de tomar decisões coletivamente fazer uma gestão de conflitos mais eficaz e humanas. E tenho encontrado muitas respostas a esses dilemas da existência em comunidade.
youtube
Encontrei e aprendi a trabalhar com muitas ferramentas de gestão colaborativa, como:
1) Comunicação Não Violenta, uma maneira de compreender nossas necessidades e do outro com empatia.
2) Dragon Dreaming, uma meta-metodologia de planejamento estratégico colaborativo.
3) Sociocracia, um conjunto de padrões para ajudar a criar estruturas de governança, reuniões e processos decisórios em organizações horizontais ou com formas variadas de hierarquia e heterarquia.
4) Design Thinking, ou desenho centrado no ser humano, uma abordagem inteligente para inovar processos, e criar produtos e serviços de forma empática, solucionando problemas reais.
A lista vai longe… Mas é importante lembrar que o caminho é tão importante quanto chegar lá.
Os modelos e ferramentas podem ajudar qualquer organização humana, mas não adianta pegar eles e aplicar sem refletir e adaptar às condições locais.
Por isso, venho pesquisando e implementando algumas soluções que ecovilas usam para fazer sua gestão de conflitos e tomar decisões, e que podem ser aplicadas en empresas e órgãos públicos.
Mas cada implementação é um universo particular, não tem regra nem manual de instrução.
Se você quer saber mais sobre ecovilas e gestão colaborativa, deixo agora alguns caminhos que descobri.
Saiba mais sobre Ecovilas, Comunidades Alternativas e Assentamentos Sustentáveis
Curso Online Gestão de Ecovilas
Quer criar uma ecovila? Sonha em empreender e fundar um cohousing urbano ou rural? Quer se voluntariar ou morar em uma comunidade alternativa? Esta é uma oportunidade de você se capacitar para conhecer e enfrentar desafios nesse caminho! Este curso é recomendado para pessoas interessadas em morar em ecovilas, comunidades intencionais, co-housing ou que desejam ou já encaram co-work e outros coletivos auto-gestionados. Também atende à demanda de empreendedores que querem inovar na sua forma de gestão. Continue lendo: Curso Online Gestão de Ecovilas
Mapeamento de Ecovilas e Comunidades Alternativas do Brasil
Ecovilas são assentamentos funcionalmente completos, onde as atividades humanas estão integradas ao mundo natural de forma sustentável, apoiando o desenvolvimento humano saudável e que tem continuidade futura assegurada. Durante minha pesquisa de mestrado sobre gestão de ecovilas, mapeei 101 comunidades alternativas e assentamentos sustentáveis do Brasil. Algumas regiões exercem maior atração para criação de comunidades, atuando como espécie de polos que congregam diversas comunidades alternativas, intencionais, sustentáveis e ecovilas. As comunidades apresentadas na listagem estão agrupadas de acordo com essas regiões aglutinadoras.Veja o mapa completo: Mapeamento de Ecovilas, Comunidades Alternativas e Assentamentos Sustentáveis do Brasil
Gestão de Ecovilas: Dissertação de Mestrado de Gabriel ‘Dread’ Siqueira
O que é uma ecovila? Como se administra uma ecovila? Qual a diferença entre uma ecovila e uma comunidade alternativa? Como acontece a gestão em uma comunidade intencional? Foram essas inquietações que me levaram a escolher a gestão de ecovilas como tema da minha dissertação de Mestrado em Administração pela UFSC, que concluí em julho de 2012. Para realizar minha pesquisa, fiz um mapeamento das ecovilas, comunidades intencionais sustentáveis e comunidades alternativas existentes no Brasil. Encontrei referência a pelo menos 100 comunidades ativas no país. Saiba mais: Gestão de Ecovilas: Dissertação de Mestrado de Gabriel ‘Dread’ Siqueira – Como é a administração de uma ecovila?
Série de 4 vídeos: Como morar numa ecovila [Vida em Comunidade]
Série de vídeos curtos, com cerca de 5 minutos cada.
Parte 1: Por que morar numa ecovila?
Parte 2: Mapeamento de Ecovilas para conhecer
Parte 3: Voluntariado em ecovilas
Parte 4: Quero morar em uma ecovila!
TEDxGenebra de Gabriel ‘Dread’ Siqueira: Vamos incluir os conflitos nos nossos planos!
Em 2012, fui co-fundador de uma ecovila no sul da Bahia, onde vivi com minha esposa e dois filhos por 5 anos. Descobri que conflitos são parte da existência humana e desvendei diversos caminhos para relações mais saudáveis. Estar em um relacionamento significa que vamos vivenciar conflitos mais cedo ou mais tarde. Ao invés de negar, evitar ou tentar gerenciar os conflitos depois que eles aparecem, tensões podem ser parte do ecossistema de relações que construímos diariamente na nossa vida social e profissional. Assista o TED Talk: TEDxGenebra de Gabriel ‘Dread’ Siqueira: Vamos incluir os conflitos nos nossos planos!
Ecovilas em debate no Canal Futura
Gabriel Siqueira do Irradiando Luz esteve nos estúdios da Fiocruz (Canal Saúde) para gravação do programa Em Família, veiculado no Canal Futura. O debate contou também com a participação do querido Eraldo da Ecovila El Nagual. As ecovilas são comunidades que reúnem pessoas unidas por um propósito comum, geralmente autossustentáveis, e que comumente se baseiam em visões ecológicas, sociais e espirituais da sociedade. Existem milhares de ecovilas pelo mundo e no Brasil se contam, pelo menos, algumas dezenas. A apresentadora Yasmine Saboya do Programa Em Família, da Fiocruz e do Canal Futura, nos desafia a entender melhor o conceito de ecovila e conhecer um pouco desse universo. Assista o programa: Ecovilas em debate no Canal Futura
Ecovila: vida alternativa é tema de artigo acadêmico em revista da Fundação Getúlio Vargas.
Publiquei um artigo sobre ecovilas na principal revista científica da área de Administração no Brasil, os Cadernos EBAPE da Fundação Getúlio Vargas (FVG). Nesse artigo, resumi as conclusões de minha pesquisa de mestrado no tema da gestão de comunidades alternativas. Entre as conclusões bombásticas que encontrei, descobri que as ecovilas podem servir de inspiração no redesenho de nossa sociedade e criação de espaços onde as pessoas participem de relações verdadeiramente autogratificantes, pela intensidade de relações interpessoais próximas e íntimas entre seus membros, que servem para atenuar e minimizar os efeitos da tensão entre racionalidades. Leia o artigo completo: Ecovila: vida alternativa é tema de artigo acadêmico em revista da Fundação Getúlio Vargas.
Ecovila Aldeia Coletivo de Famílias – mini documentário de 2 anos de fundação
Este mini documentário foi realizado por Davi Boarato quando a comunidade aldeia tinha acabado de completar 2 anos de fundação. Foi lançado originalmente em março de 2014. Muita coisa mudou desde então, mas o registro mostra os desafios e os resultados da criação de uma comunidade intencional sustentável. Não é fácil criar uma ecovila, comunidade alternativa ou mesmo um cohousing. Mas é gratificante. Assista o vídeo: Comunidade Aldeia – 2 anos de fundação [mini documentário]
Banca da Graça: uma experiência de economia da dádiva e amor incondicional
Imagine que você está andando no centro de sua cidade. De repente, você se depara com uma banca cheia de CDs, DVDs, livros, utensílios diversos, brinquedos de criança, aparelhos celulares e até um computador. Instigado pela curiosidade, você resolve se aproximar e descobre que tudo isso está de graça. É só chegar e pegar! Esta é a proposta da Banca de Graça, uma iniciativa subversiva e revolucionária que você vai conhecer agora. Leia o artigo completo: Banca da Graça: uma experiência de economia da dádiva e amor incondicional
Consenso e a racionalidade substantiva, TCC de Gabriel ‘Dread’ Siqueira
Vivemos em uma democracia participativa (ou não), onde a vontade da maioria é entendida como antagônica à da minoria. Esta minoria fica assim excluída do processo decisório político. O conflito é punido e reprimido na democracia. O consenso é a superação da democracia excludente. O objetivo do consenso é convergir alternativas e possibilidades de atender a necessidades de diferentes grupos e setores sociais em soluções conciliatórias. O conflito é uma etapa necessária do processo de consenso. É neste contexto que elaborei meu Trabalho de Conclusão do Curso de Administração. Leia o artigo completo: Consenso e a racionalidade substantiva, trabalho de conclusão do curso de Gabriel ‘Dread’ Siqueira
Gestão horizontal e Inovação em Ecovilas: palestra de Gabriel Dread Siqueira na Campus Party
Maior evento de tecnologia do país, a Campus Party aconteceu pela primeira vez em Salvador de 9 a 13 de agosto de 2017 na Arena Fonte Nova. Mais de 40 mil pessoas passaram por lá. Gabriel Siqueira falou sobre o que Ecovilas e Startups tem em comum, como criar e administrar grupos e times sem hierarquia, e quais os principais desafios para inovar a gestão de organizações. A inspiração são as ecovilas, comunidades alternativas, cohousing e coworks que mapeou em sua pesquisa de mestrado em administração pela UFSC. Assista o vídeo com a palestra completa: Gestão horizontal e Inovação em Ecovilas: palestra de Gabriel ‘Dread’ Siqueira na Campus Party Bahia 2017
IPAH: Construindo a transição, laboratório de vida em comunidade
O Instituto de Pesquisas Ambientais e Humanidades (IPAH) é uma organização que apoia comunidades, coletivos, cohousing e ecovilas a serem mais efetivas em seu propósito. Trabalhando com uma equipe multidisciplinar, o IPAH tem promovido cursos, mutirões e está criando a Aldeia Turi, uma ecovila na Baía de Camamu, no sul da Bahia.
Nesse vídeo com a equipe do IPAH, eles apresentam o instituto, seu histórico, Áreas de Atuação, Estatuto, Princípios, coletivos e projetos apoiados. Falam também sobre a Aldeia Turi como exemplo de Transição, Incubadora de Projetos e criação de uma Vida Comunitária. Abordam também moedas solidárias e comunitárias, tecnologias Open Source e seus próximos passos. Debatemos também a derrocada do Capitalismo, novas tecnologias, blockchain e a transição para uma sociedade sustentável. Assista a entrevista completa: IPAH: Construindo a transição, laboratório de vida em comunidade [Gabriel Dread Entrevista]
Ecovilas Brasil: Entrevista com Rafael Togashi
A equipe do documentário Ecovilas Brasil visitou 10 lugares para entender quais aspectos e valores as Ecovilas estão trazendo para a humanidade e como estes podem colaborar para uma Mudança de Paradigma do nosso modelo civilizatório. O documentário aborda uma visão de sustentabilidade integral, em seu aspecto econômico, ecológico, social e visão de mundo. Passando por temas como permacultura, formas de governança, tomadas de decisões, liderança, economia compartilhada e resolução de conflitos. Assista a entrevista: Ecovilas Brasil: Entrevista com o diretor do documentário, Rafael Togashi
Ecovila Digital na Campus Party Brasil
A Ecovila Digital foi uma experiência de criação colaborativa de uma comunidade intencional sustentável com duração de uma semana, de 31 de Janeiro a 5 de fevereiro de 2017. Foi uma Zona Autônoma Temporária que aconteceu dentro da Campus Party Brasil, no Pavilhão do Anhembi, em São Paulo. Introdução a Ecovilas, Comunidades e Cohousing. Círculo de Diálogo, Acordos, Tomada de Decisão e Governança. Economia Solidária e Banca de Graça. Assista o vídeo: Ecovila Digital na Campus Party Brasil
7 Regras Facultativas para uma Arte de Ser Feliz
Você é feliz? Felicidade é um estado de espírito ou um momento passageiro? É possível aprendermos a ser felizes como se isso fosse uma arte, ou uma habilidade?
A respiração profunda, consciente, varre a angústia, a desfaz. Respire profunda e lentamente: abrace o presente que passa; pare de carregar o passado e de se preocupar com o futuro. Leia todas as dicas: 7 Regras Facultativas para uma Arte de Ser Feliz
AXÉ da Ecovila na Bahia
No ano de 2009, pela primeira vez, cogitei largar tudo e ir morar em uma ecovila. Passei um mês vivendo em uma comunidade no sul da Bahia, junto com minha esposa, meus dois filhos, além de meus pais e meu irmão. Na volta dessa experiência, escrevi um depoimento emocionado, a primeira vez que abordei o tema de ecovilas aqui no site.
Não estamos pensando que lá é a “ecovila dos sonhos”, longe disso. Tem várias questões que nos “afligem”. Mas estamos encarando isso como mais uma etapa, mais um passo. O primeiro foi sair de Sampa, morar em Floripa… este é apenas mais um que pretendemos dar… melhorar a vida, ir desta para uma melhor. Evoluir… Leia mais: AXÉ da Ecovila na Bahia
Como criar uma comunidade alternativa? Fundação da Ecovila Aldeia
Artigo histórico, de 2011, anunciando o início da criação da Comunidade Aldeia: Coletivo de Famílias. Junto com mais duas famílias, criamos uma comunidade intencional onde vivemos por cinco anos. A fazenda, na margem do Rio de Contas em Itacaré, tem 33 hectares com plantação de cacau, pomares abundantes em frutas, uma grande área de pasto que já esta pronta para a construção da comunidade, alem de uns 15 he de mata virgem com nascentes e uma linda cachoeira! Leia mais: Como criar uma comunidade alternativa? Fundação da Ecovila Aldeia
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