Tumgik
rdxeumyu-blog · 6 years
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TWO — a tale about the devil and his prey ;
[ tw: depressão, câncer e ritual.
Prazer em tirar coisas. Vidas, quem sabe. O que vem à sua mente? Assassinos em série como Ted Bundy, Ed Gein, Aileen Wuornos e, quem sabe até Norman Bates se você for amante de séries assim como nossa amada - ou nem tanto assim - Yuyu... Enfim, para a felicidade de uns e tristeza de outras não pretendo aqui falar sobre como foi que Nahyun foi parar numa cova, no entanto prometo que apenas retomarei o assunto de nosso encontro passado: o dia do pacto entre Eum Yujin e a doente que já citei, nada mais e nada menos; apenas sobre o prazer de tirar coisas através de contratos.
O dia estava muito bonito e era primavera então os canteiros das ruas estavam tomados por flores, grama bem verde e brotos de fruta em algumas árvores, tudo perfeito. Principalmente para a garota Eum que teria as pernas livres das estrias que tiravam seu sono durante a noite e o melhor é que não pagaria praticamente nada para isso. Tão eficaz quanto procedimentos estéticos. Adorava apesar de concordar consigo mesma que era um pouco fútil de sua parte. Mas não era a Anciã que dizia algo sobre limões? Fazer uma limonada ou algo assim caso os tenha. Bom, Yujin estava a fazer limonada com os limões que tinha, que no caso era o poder de realizar pactos ainda que fosse a troco se uma futilidade, já estava condenada ao inferno mesmo, o que mudaria em sua vida? Nada. Nadinha.
Ela carregava uma mochila que possuía um tamnho normal, não queriabchamar atenção então só precisava de espaço o suficiente para que coubessem ali dois cálices, um lenço, um livreto e uma caixinha a qual continha o pivô do rito.
Não demorou muito para que a raposa encontrasse sua presa. Parecia animada e esperançosa, certamente estava ansiosa para parar de causar mais preocupação, medo e frustração na mãe viúva. Tsc, tadinha... O marido havia tido uma morte tão feia. Câncer no pulmão, sabe? Fumante, fazer o quê. Bom, de qualquer forma deixe-me voltar ao assunto antes que me distraia e comece a falar sobre política de redução de danos para fumantes; Nahyun e a Eum foram para um parque pouco movimentado daquela região e ali procuraram uma área mais reservada, onde pudessem ter privacidade. Assim que a sorte sorriu para tal desejo - de privacidade - as garotas se sentaram no chão, dispuseram ali todos os materiais que já te disse. Ah! Olha, pra começar eu queria deixar bem claro que essa é maneira como a família Eum executa seus rituais, então é claro que existem outras formas de fazê-lo, não existe um certo e um errado, tem gente que faz até algo mais simbólico, sabe? Enfim, é só que este é o modo adotado por eles há várias gerações.
Pois bem, se recorda do material importante dentro da caixinha? Yujin a tomou na mão com todo cuidado, abriu-a e então seus olhos brilharam ao contemplar o punhal de prata o qual continha o emblema de sua família e alguns escritos em latim na lâmina. — Tá pronta, Nahy? — O tom aveludado da garota era quase que cínico. Em seguida pegou a mão direita da jovem a sua frente, encarou a palma por um curtíssimo tempo e então desferiu um rasgo generoso ali; rapidamente direcionou um dos cálices para baixo da mão que pingava sangue. Yujin repetiu o ato em sua própria destra, inclusive o observou ser derramado no outro cálice e, como não precisavam de muito tratou de ser bem rápida com aquilo. — Eu vou dizer algumas coisas e depois você bebe o meu que eu bebo o seu, certo? Não precisa ter medo, não. É bem tranquilo. — A raposa a instruiu enquanto entregava o cálice com seu sangue nas mãos da vítima, depois abriu o livro numa página que continha uma frase em negrito. — Hic venit ad me, et animae sanguinem tuum. Ego habent usque in aeternum. — As palavras saíram de sua boca com um tom doce, já as tinha dito inúmeras vezes e amava cada uma delas. Tomou para si a taça com o conteúdo de Nahyun e o bebeu num gole só, mas só depois de ver que ela havia feito o mesmo.
Estava feito.
Eum Yujin sentia-se bem, era incrível. Fechou os olhos e inspirou profundamente.
Assim que tornou a abrí-los voltou seu olhar para a vendida que estava sorrindo; inclinou-se e com o lenço limpou o canto da boca da menina.
Ah, a felicidade de uma pele lisinha e sem marca alguma... Sem igual! Talvez Nahyun estivesse gozando da mesma felicidade no momento... Mas não da mesma saúde, sabia? Ela negociou apenas a depressão. É aquele ditado: estava nas letrinhas pequenas do "contrato"! Então é o pacto recém selado cobria apenas a enfermidade mental em questão e não o câncer no pulmão daquela fumante passiva. Acho que Yujin esqueceu de avisar isso... Poxa, realmente uma pena, né? Tão cheia de vida e agora nem tinha mais nada a oferecer para o cara do outro lado.
Ao reunir tudo de volta em sua mochila, a morena se despediu da ainda-doente e quando finalmente estava para sair da presença da mesma, virou-se para ela com um semblante neutro. — Nahyun-ssi, ainda tem o número do oncologista que atendia seu pai? Creio que você precisa dar uma ligada pra ele... — Alertou-a e em seguida a abandonou ali certamente sem entender que estava prestes a morrer.
Cumpri minha promessa, no fim das contas, certo? Não contei como a pedinte foi parar na cova... Não de uma forma literal.
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rdxeumyu-blog · 6 years
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V DAY — a tale about the hare and the fox ;
[ 02/14, with @rdxbaekho
Voltar cedo pra casa era frustrante e não tem nada a ver com a data em questão ou sentimentos de amor e paixão, mas sim porque odiava a tensão que pairava ali, só que deve-se admitir: dia dos namorados era o segundo dia do ano mais falso. Primeiro que nada supera demônios fazendo uma ceia natalina pra comemorar nada, segundo que certamente ninguém ali tinha tido um date de verdade na vida muito provavelmente... E se tiveram não era do interesse de Yujin saber sobre.
De qualquer forma o jantar com as amigas havia sido legal na medida do possível, ao menos tinha rendido algumas risadas e agora a coreana estava sentada num banco qualquer ainda dentro do campus imaginando o que faria a seguir; cogitou várias coisas, dentre elas ir num pub e curtir a própria companhia ou quem sabe ir numa conveniência se empanturrar com salgadinhos e doces bem como andava fazendo com certa frequência.
Uni-duni-tê. Conveniência.
Ao adentrar no estabelecimento notou alguns jovens sentados e bebendo com o semblante de quem havia fracassado na vida, era cômico. Deduziu por si mesma que tudo aquilo era pelo fato de não terem alguém para quem dar chocolate e então concluiu que o ser humano era digno de asco em vários níveis. Quer dizer, olha só pela merda que estavam sofrendo?! Assentiu negativamente com a cabeça e deu de ombros para toda aquela melancolia que a rondava, foi fazer o que tinha planejado anteriormente. E, foi olhando para prateleira de chocolates que teve uma ideia que até ela mesma julgava doida, só que como não poderia fazer sozinha tratou de tomar o celular em mãos e pressionar um número da discagem rápida. — Baekho-yah! — Proferiu num tom animado, de quem queria aprontar. — Então, deixa eu falar, tive uma ideia muito legal. É um jogo, sabe? Você sabe que eu amo jogos e então queria que você se arrumasse logo pra eu poder passar aí pra te pegar. — O timbre da mais velha assumiu algo quase manhoso, como se precisasse fazer algum charme para convecê-lo a participar da atrocidade que queria. — Não vale falar "não" pra sua futura... — Deu uma pausa para emitir um som de quem vai vomitar. — Noiva, tá bom? Você tem 15 minutos! — Desligou na cara do Eum que estava do outro lado da linha, não queria correr o risco de ter que explicar a brincadeira e acabar com toda a graça.
Yujin selecionou chocolates para todos os gostos e também algumas outras guloseimas como balas, pirulitos e também água; dirigiu-se até o caixa, pagou por tudo e no fim pediu quatro copos descartáveis, que na sua opinião eram os itens fundamentais para o sucesso daquela brincadeirinha.
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rdxeumyu-blog · 6 years
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ONE — a tale about the devil and his prey ;
[ tw: depressão, culpa atribuída à vítima.
Talvez esta história deva começar com um "era uma vez" apenas para quebrar o paradigma dos finais felizes atribuídos a tal bordão. Se bem que é tudo questão de ponto de vista. É tudo muito relativo no fim das contas.
Relativo até demais.
Bom, comecemos então do início.
Existia uma jovem e digo 'existia' no sentido mais literal possível, afinal ela estava somente fazendo isso: existindo. Mal vivia e nem tinha vontade para isso. Era uma jovem a qual possuía uma mãe muito empenhada em ajudá-la a se recuperar de traumas passados; traumas estes que a tornaram isso o que é hoje. Tornaram-na depressiva.
Ah, uma breve pausa! Para tornar a narrativa mais interessante, ou melhor, clara, penso que citar nomes seja o mais sábio a se fazer uma vez que Yujin não se importa nenhum pouco com isso. É apenas um nome, digo, uma palavra designada a um ser que pode ser que nem mereça.
Enfim, continuemos falando sobre a vida chata, pacata e depressiva da tal fulana Nahyun, que como já citei era triste demais, não via sentido para sua vida e já até tinha pensado em ceifá-la, mas faltava-lhe coragem assim como várias outras coisas as quais Yujin debochava consigo mesma, afinal não podia afastar de si um possível pacto, não é mesmo? Sua jovialidade estava em jogo e isso não era brincadeira de forma alguma!
A garota Eum não tina muita dificuldade em se aproximar de um humano, os julgava criaturas desprezíveis e fáceis na maioria das vezes, principalmente aqueles que encontravam-se sem rumo na vida, sem uma "ancora" para mantê-los fortes. Todavia, as garotas tornaram-se íntimas, conversavam por horas e na maioria das vezes não passava de encenação quanto a tudo aquilo o que vinha da descendente de Marbas; queria mesmo é ver a humana sangrar até a morte.
Era cruel de sua parte e sabia disso, afinal não era um ser amoral. Ou será que era? As vezes parecia que sim. Moralidade é uma coisa que só pertence aos humanos, certo? Indagava-se de vez em nunca, mas de vezes em quando era um pouco humana...
Não naquela situação, porque é como eu disse: com jovialidade Eum Yujin não brinca! Ainda mais porque recentemente havia encontrado em seu corpo algumas marcas que eram resultado dos fast foods que andava comendo, tinha que dar um jeito nisso e a forma mais comum de lidar com esse tipo de problema era conseguir um pacto.
Sabe algo que me ocorreu agora? Que você deve estar pensando no quando Eum Yujin é covarde por atacar alguém com depressão e também egoísta, então acho que cabe a mim fazer a linha advogada do Diabo. Ok, deve-se levar em consideração que isso de ser interesseira sempre foi algo que de alguma forma era parte de si, do seu ser Eum Yujin e quanto a ser covarde: Nahyun não têm o livre arbítrio? Se caiu na lábia da morena foi porque... Quis, não é? Parece que estou culpando a vítima, então não sei se vai me considerar una narradora de confiança, querido leitor, então só por isso vou pular para um dia em específico: o dia em que a mestiça selou o pacto com a doente. Prometo me atentar ao rito e não em como ela o conseguiu, até porque as vezes manipulação pode ser algo enjoativo e chato de se descrever.
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rdxeumyu-blog · 6 years
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I wanna be a part of something I don't know and if you try to hold me back, I might explode.
Você já conhece Eum Yunji Pois é, ouvi dizer que ela é estagiária, mas já a encontrei na Rádio da universidade e cheerleader. Dizem por aí que ela é muito interesseira e indiferente, mas em compensação é sociável e autêntica, só conhecendo de verdade para ter certeza. Chegou aos meus ouvidos que ela se parece muito com Kim Minji , até eu achei graça, não tem nada a ver. Mas a maior fofoca sobre essa moradora do Seorae é que ela é membro da Sigma Mi Society, espero que cumpra sua obrigação e não traga mais complicação para eles, afinal estou de olhos abertos. Você pode segui-lo no tumblr e no twitter, não deixe nada escapar.
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