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O espaço do @RedNationBR do twitter, no tumblr. Textos e opiniões sobre o Houston Rockets, time de basquete da NBA. 2x World Champions.
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rednationbr · 6 years ago
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James Harden é o mais próximo de Wilt Chamberlain em domínio de pontuação
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Créditos: Reprodução/ Fotoilustração FIVETHIRTYEIGHT / GETTY IMAGES
Texto por @ClutchCityBR
Wilt Chamberlain foi um dos grandes jogadores da história da NBA, dominante desde sempre pelos mais diversos motivos imagináveis. Ele colocou números nas quadras da maior liga de basquete do mundo que talvez não sejam quebrados nunca, como a média de 50.4 PPG ou os famosos 100 pontos numa partida. Mas algumas coisas que ele fez, tão históricas quanto, já foram ameaçadas de ultrapassagem por outros grandes nomes da história do esporte, e aí a gente tá falando de Shaquille O’Neal, Hakeem Olajuwon, Michael Jordan, Kobe Bryant, LeBron James e muitos outros que jogaram desde que o grande Wilt parou sua carreira. Mas um nome em especial, principalmente nos últimos anos, vem fazendo coisas além do que todos esses outros que citei, especialmente em termos de pontuação: James Harden, do Houston Rockets.
Existe um costume ao redor da NBA que diz que sempre que alguém está em comparativos de números com Wilt Chamberlain, esse alguém está fazendo algo histórico. E, obviamente, é verdade.
Dentro disso, o nome de James Harden é um comum que tem aparecido bastante nos últimos anos nas tais comparações. Na temporada passada, o #13 do Houston Rockets teve uma sequência de 32 jogos seguidos anotando pelo menos 30 pontos, marca que se tornou a 2ª maior da história da liga, atrás apenas de uma protagonizada por... Wilt Chamberlain (65 jogos).
Na atual temporada, James Harden jogou 21 partidas e fez pelo menos 40 pontos em 10 delas, e isso o ajuda a ter uma média de 38.7 PPG no momento. A estatística colocada acima é a terceira mais alta após os 21 primeiros jogos de uma temporada, atrás apenas de outras duas colocadas por... Wilt Chamberlain (46.1 PPG e 52.7 PPG).
Harden foi o jogador que mais pontuou nos primeiros 10 jogos da temporada nos últimos 50 anos, vai tendo média muito próxima de 40 PPG e faz isso com absurdos 63.4% de TS% (True Shooting é a medida de eficiência que conta, além de FG%, os FTs e o ponto extra do chute de 3). Se ele terminar a temporada com mais de 37.1 PPG - e ninguém ousa duvidar porque pelo andar da carruagem é algo provável, principalmente pelos 36.1 PPG no último ano - ultrapassará Michael Jordan e se tornará o segundo jogador da NBA com mais PPG durante uma temporada, atrás apenas de... Wilt Chamberlain.
E se ele terminar a temporada com 35+ PPG? Vai ser o único atleta além de... Wilt Chamberlain a ter 2 temporadas seguidas chegando nessa marca.
Óbvio que é cedo pra projetar esses números do Harden como os finais da temporada, mas ele tem, nesses 21 primeiros jogos, média de 14.5 lances livres por jogo, o que o levaria a ter a 2ª maior média durante uma temporada na história, atrás apenas, claro, de Wilt Chamberlain (em 61-62, 17.0 FTA/G).
Mas como que pode isso tudo? Como um rapaz que na infância era gordinho, asmático, lento, e que nem pensava em jogar basquete se tornou um dos maiores pontuadores da história do esporte, a ponto de ter números comparáveis aos de Wilt Chamberlain décadas depois?
Bom, tudo começa a de fato dar uma guinada em 2016, quando o Houston Rockets contratou o treinador Mike D’Antoni para o ser o técnico principal da equipe. Daryl Morey, o GM da franquia, é conhecido como nerd não à toa, ele é vidrado em estatísticas e análise de desempenho, e “inventou” um conceito de basquete que se popularizou como ‘Moreyball’, que consiste em buscar eficiência a qualquer custo, principalmente eliminando arremessos de média distância e priorizando arremessos do perímetro e do garrafão. Mike D’Antoni era/é conhecidamente uma mente genial de ataque na NBA, e Morey sabia que aliando o treinador ao estilo de jogo que ele criou, era capaz de basear o sistema ofensivo do time ao redor do já talentosíssimo James Harden. E lá foi ele. James, dono de um arsenal que causa inveja a muitos (e aqui são realmente MUITOS), fez do step-back 3 o seu maior movimento na quadra. Dançar com o defensor no perímetro até pegar seu ritmo, sentir o exato momento de desequilibrar seu adversário enquanto acelera e desacelera cada milésimo da coreografia, até finalmente dar o passo para trás (ou para o lado) capaz de conseguir espaço suficiente para fazer o arremesso se tornou a grande arma do Harden, que já naquela época era um dos melhores jogadores de 1v1 da liga.
Preste atenção na sequência de números que vou te dar agora:
Em 2014, Stephen Curry liderou a NBA durante a temporada regular com 69 step-backs para bola de 3. Em 2019, apenas 5 anos depois, James Harden liderou a liga nesse quesito com 613 tentativas. SEISCENTAS E TREZE TENTATIVAS. E ele acertou 43% delas. James foi o líder da liga com 378 bolas de 3 na temporada (o que é a 2ª maior marca da história, inclusive), e fazendo uma conta rápida com esses 43% das 613 tentadas em step-back, significa que 69,7% das suas cestas de 3 em 18-19 vieram de um step-back. Chega a ser difícil mensurar o quão absurdo isso é.
Harden foi se tornando tão mestre na arte do step-back ao longo dos anos, que na temporada 16-17 ele simplesmente doutrinou a regra do passo zero e conseguiu fazer um step-back ainda mais letal ao começar seu movimento enquanto a bola está no ar entre os dribles antes de agarrá-la completamente. O que muitos chamam de travel, na verdade é só uma prova da genialidade do cara. E conhecer o livro de regras, inclusive, faz dele um ótimo cavador de faltas. Sabendo exatamente como seduzir o adversário a fazer basicamente o que ele quer, e sofrer falta num nível tão assustador que poucas vezes vimos. Ao fim dessa temporada, James provavelmente vai ter 6 temporadas na carreira com 10+ FTA/G.
Demora literalmente 1 segundo no relógio para o Harden conseguir capitalizar seu step-back, desde usar o passo zero, depois fazer o passo para trás e finalizar no ato do arremesso. É o 1 segundo mais perigoso e mortal da NBA atual. E o step-back do Harden, em média, gera 6 pés de distância entre ele e seu marcador, segundo a ESPN. Nesse 1 segundo que ele precisa para fazer o arremesso da bola, é quase impossível do defensor chegar em posição de marcá-lo de novo. O step-back 3 do Harden é, segundo o Spectrum Data, 12% mais eficiente do que um chute médio da liga, em situação de 5v5. Isso sem contar que em cerca de 6% das vezes que tenta esse arremesso, Harden ainda sofre a falta e acaba tendo 3 lances livres para cobrar (ou 1, já que ele é o segundo jogador com mais 4-point plays na história da NBA).
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Créditos: Reprodução/Internet O ponto máximo do jogo do Harden acontece em ISO, coisa que ele faz melhor e mais do que qualquer um na liga. Se liga na diferença em situações de ISO comparando Harden com o resto da NBA no quesito:
Segundo números do Kirk Goldsberry (ESPN) de todos os jogadores da liga, apenas 3 tiveram média de mais de 10 ISOs por jogo, são eles: DeMar DeRozan, Blake Griffin e James Harden (18-19).
Quebrando agora esse número um pouco mais, a gente vê que DeRozan e Griffin tiveram algo entre 10 e 11 de média, e James Harden teve impressionantes 19.8 tentativas por partida. É basicamente o dobro. A quase surreal diferença, aliada ao estilo de jogo extremamente eficiente com bolas de 3 e FTs, ao físico capaz de suportar tamanha carga e, claro, ao talento de James Harden, resulta na fórmula que faz do Barba o absurdo dominante de pontuação mais perto (ou menos longe) do que foi Wilt Chamberlain.
E só para terminar o assunto de ISOs te dando a noção exata do quão valioso Harden se torna durante suas partidas: O gráfico abaixo, do Kirk Goldsberry (ESPN), mostra a eficiência e a quantidade de um jogador em isolations desde a temporada 17-18 até hoje. Repare como o Harden é:
O cara que mais tenta isolations.
O cara mais eficiente entre todos da liga.
Ele eleva esse estilo de jogo a um nível de efetividade que simplesmente não existia antes. Uma comparação verdadeiramente bizarra. Outro patamar.
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Créditos: Reprodução Twitter @KirkGoldsberry
Indo um pouco mais a fundo nesses gráficos de ISOs, olha o geral do Rockets comparado ao resto da NBA desde a temporada 13-14. Ninguém chega nem perto da eficiência do time no quesito, basicamente por causa da existência do Harden.
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Créditos: Reprodução Twitter @KirkGoldsberry
Nos últimos anos, Rockets construiu 2 dos 5 melhores ataques em rating ofensivo da história (o 6° e o 13°, para ser mais exato). E fizeram isso praticamente “só” dando a bola nas mãos de James Harden. É esse o tamanho de sua grandeza.
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Créditos: Reprodução Twitter @KirkGoldsberry
Essa é a shotchart do Harden de algum momento do meio para o fim da temporada passada, ajudando a entender o anteriormente citado ‘Moreyball’: com ênfase nas bolas de 3 e bolas no garrafão, e com pouquíssimos arremessos de média distância.
E falando sobre a parte dos arremessos no garrafão, entra o aspecto mais subestimado do jogo do Harden: a infiltração. Por mais que ele lidere a liga em bolas de 3, não é possível simplesmente marcá-lo lá fora do perímetro com tanta veemência, porque ele lidera a liga também em drives por jogo (20.4) e pontos feitos a partir de drives por jogo (15.0). Além de toda a questão dos FTs já mencionada antes. Aliás, segue mais um recorde: James Harden cobrou 10 FTs ou mais em 20 dos 21 jogos na atual temporada. A sequência de 20 partidas (jogo 1 até o jogo 20) foi a maior na história da NBA.
E aí é possível contra argumentar que não existe lógica na comparação, porque Wilt Chamberlain era um pivô gigante que doutrinava no garrafão e James Harden é um armador que joga mais no perímetro. Tem razão, esses pontos são fatos indiscutíveis. Mas repare nas similaridades:
Wilt Chamberlain era conhecido por ser um cara que, apesar de entregar excelentes números, não tinha um “basquete vencedor” na NBA, porque demorou para conseguir seu primeiro anel de campeão. Comparação óbvia com o Harden hoje, certo? Provando ano após ano que entrega tudo o que pode para o seu time, mas parando (principalmente no Warriors) antes da glória maior;
Na temporada 64-65, Wilt Chamberlain se tornou o jogador que alcançou 500 pontos numa temporada de forma mais rápida na história, ao atingir a marca no 13° jogo da campanha. Na atual temporada, James Harden precisou dos mesmos 13 jogos para chegar nos 500 pontos.
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Créditos: Reprodução/ AT&T SportsNet
Desgostado pela base geral de fãs e de analistas pela forma peculiar de jogar, diferente do que era/é visto em sua determinada época. Comuns ‘pitacos’ de “Isso não é basquete!” e afins;
Capacidade de aproveitar do que era o diferencial do jogo, com Chamberlain usando ao máximo sua força e dominância no garrafão, e com Harden explorando a era do jogo forte no perímetro com muitas bolas de 3. São meio que “apelões”, sabe? Mas isso porque só eles são capazes de fazer;
Conhecimento enorme do livro de regras, sabendo ir no limite delas para sofrerem faltas. Dentro disso, regras foram criadas por causa do que ambos faziam na quadra, inclusive. Não é possível listar aqui todas as regras criadas para o pivô, porque foram muitas, mas para Harden é possível citar a recente ‘Harden Rule’ como um exemplo;
Se Harden terminar a temporada liderando a liga em FTs de novo (coisa que, sejamos sinceros, deve acontecer tranquilamente), ele vai se juntar ao Wilt Chamberlain como únicos atletas a liderarem a liga no quesito durante 6 temporadas seguidas;
Já citado antes aqui, mas outra similaridade que pode existir vai com a possibilidade do Harden fazer 35+ PPG (e, relembro, ele está com 38.7 no momento) de novo, o que o colocaria ao lado do Wilt como únicos a fazerem 35+ PPG em dois anos seguidos;
São os únicos jogadores na história a conseguirem média de pelo menos 43 PPG durante o período de 1 mês;
São os únicos jogadores na história a conseguirem um jogo de 50+ PTS e 10+ ASTS enquanto chutaram 75+% FG;
Harden teve uma sequência de 5 jogos com média de 52.5 PPG, essa foi a segunda maior sequência de jogos com média de pelo menos 50 PPG na história da NBA. Wilt Chamberlain com incríveis 116 jogos, é o dono da maior sequência;
São os únicos jogadores na história com pelo menos 10 jogos de 55+ PTS na carreira. Em 18-19, Harden se tornou o 2° jogador com mais jogos de 55+ PTS numa temporada (com 6). E é óbvio quem é o único na frente dele na história;
Uma última nessas de 55+ PTS: James Harden e Wilt Chamberlain são os únicos que fizeram a tal marca em dois jogos seguidos. Chamberlain fez 8 vezes durante a carreira e Harden fez 1x na temporada passada.
Com os números é possível observar que James Harden é mesmo a coisa mais próxima de Wilt Chamberlain que a NBA já viu. Talvez, uma espécie de Chamberlain da era moderna no quesito pontuação. E também aconteceram com Wilt Chamberlain as inúmeras críticas até finalmente ser campeão da NBA, o que demorou para acontecer. Pois bem, o que não foi contado é que o primeiro título do pivô veio aos 30 anos de idade. E que James Harden tem 30 anos hoje. Agora ele vai em busca da mais desejada das similaridades, que seria se tornar, finalmente, campeão da NBA.
James Harden trouxe uma espécie de novo hero ball para a NBA, um hero ball absolutamente calculado, o que torna ele o mais eficiente possível. A seleção de arremessos é muito boa em “custo benefício”, por causa do estilo de Moreyball. E o sistema de trocas nas defesas da NBA hoje faz com que Harden consiga criar situações de ISO jogando contra marcadores mais lentos ou menores (e mais fracos) que ele. A vantagem que já seria enorme contra praticamente qualquer marcador só fica maior ainda.
Se Harden parar para dançar com alguém, geralmente no topo do perímetro, e em uma situação de ISO... A chance daquilo acabar gerando pontos para o Houston Rockets, seja com o Harden fazendo +3 num step-back, +2 numa bandeja, +2 em FTs ou com algum companheiro de time finalizando uma jogada criada por ele, é literalmente maior do que a de qualquer outro jogador na história. E isso não é opinião, é simplesmente um fato. Daryl Morey fez um tweet provando isso alguns dias atrás, onde ele mostra a quantidade de pontos feitos/gerados por 100 posses (medida capaz de diminuir um pouco a diferença entre as eras), e James Harden tem as duas melhores pontuações da lista, com os números da temporada passada (2° lugar) e dessa temporada (1° lugar).
Um jeito legal de ver isso, até deixando de lado as assistências, é com a seguinte estatística:
Desde que foi trocado para o Rockets em 2012, Harden é o jogador da NBA que mais pontuou. E faz isso com uma diferença de mais de 2,500 pontos para o segundo colocado (LeBron James). Se Harden ficasse uma temporada inteira sem pontuar nada, LeBron precisaria de quase 30 PPG para chegar no número do Barba. Acho que, por esse número, dá para ter uma ideia do tamanho do absurdo que Harden vem fazendo com o uniforme do Houston Rockets.
Ah, e sem esquecer que James Harden fez 60 pontos em 31 minutos contra o Hawks na semana passada. Seria possível destrinchar a atuação aqui em vários níveis, mas como ela é “só mais uma” na carreira dele, observe apenas os marcos históricos que ela determinou:
Harden fez o jogo de 60+ PTS com menos tentativas de arremesso (24) na história;
Harden fez seu 4° jogo de 60+ PTS na carreira (empatado 3° lugar all-time) e seu 20° jogo de 50+ PTS na carreira (4° lugar all-time);
Harden fez isso tudo com 8 assistências, 3 roubos de bola e plus/minus de +50. Essa foi uma combinação inédita na história.
E aí vai uma opinião sem a menor dúvida: não foi nem top-3 em atuações na carreira dele.
Ele seguiu essa atuação com um jogo de 50 pontos contra o San Antonio Spurs e se tornou o 3° jogador na história (Wilt Chamberlain – claro – e Kobe Bryant) a fazer um jogo de 60 pontos seguido de um jogo de 50 pontos.
A próxima partida depois dessas duas foi contra o atual campeão da NBA, Toronto Raptors, no Canadá. Tenha em mente que o time comandado por Nick Nurse é, em 19-20, o 6° melhor rating defensivo da liga e o 7° time que menos permite pontos ao adversário.
E apesar de tudo isso, foi assim que eles iniciaram (o placar não me deixa mentir) o jogo contra o Rockets:
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Créditos: Reprodução/ AT&T SportsNet
Exatamente, dobrando em James Harden no meio da quadra.
Dá para dimensionar isso? A atual 6ª/7ª melhor defesa da maior liga de basquete do mundo resolve defender com 1 jogador a menos simplesmente para não deixar o Harden na situação de isolation que ele é tão letal.
Estamos falando de um jogador colossal, não tem jeito. Não tem nem como negar nada, é um talento all-time fazendo história em basicamente toda noite que entra em quadra.
Recentemente o técnico do Denver Nuggets, Michael Malone, disse que James Harden e Michael Jordan – visto por muitos, inclusive por mim, como o GOAT – são jogadores do mesmo calibre. Embora eu não concorde com a afirmação (pelo menos ainda não), em termos de pontuação não é absurdo nenhum dizer que Harden está num “calibre” até maior que o de Jordan, ou pelo menos caminhando a passos largos para isso. Repito: em termos de pontuação.
É possível, na verdade, argumentar que James Harden é o melhor jogador ofensivo de toda a história. Afinal, ele é o único a fazer 35+ PPG com 7+ APG, isso tudo enquanto tem 60%+ de TS% (e o mais próximo – justamente Michael Jordan – tem 56%).
E olha, ele caminha para a 2ª temporada seguida fazendo isso. Talvez seja papo de GOAT no quesito mesmo, sei lá. Mas fica para outro capítulo... Quem sabe algum dia eu volto aqui no Tumblr do Red Nation Brasil. Por enquanto vamos primeiro apreciar e reconhecer todo o talento de James Harden, porque o que eu quis provar para você é que ele, independente da forma, vai colocar pontos no placar em nível que, literalmente, só foi atingido antes por Wilt Chamberlain. E vamos ficar de olho nos números dele daqui para o fim da temporada para ver o quão absurdo eles de fato serão. De qualquer forma, fique atento, porque o foguete de Houston já foi muito bem lançado para a história. E ele não parece ter encontrado seu auge no espaço ainda.
Eu sou o Clutch, cubro o Rockets lá no Twitter (@ClutchCityBR) desde uns 3 anos atrás. Se você quiser, dê uma passada por lá. Valeu!
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Créditos: Reprodução Internet/ USA Today
Fontes usadas no texto: ESPN, NBA Stats, NBA Math, Basketball Reference, Spectrum Data, Synergy, AT&T SportsNet.
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rednationbr · 7 years ago
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Nothing can stop fate.
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“Did you hear about the rose that grew from a crack in the concrete? 
Provin nature's laws wrong it learned how to walk without having feet Funny it seems but, by keepin its dreams It, learned to breathe fresh air Long live the rose that grew from concrete When no one else even cared”
- Tupac Shakur
James Harden is the rose that grew from the concrete.
Only one person ever thought James Edward Harden Jr. could make this far: James himself.
The life history of a boy from inner city of Los Angeles turned into a fairy tale of the real life. Accordingly to statistics, James shouldn’t be here. But he prove every single one of them wrong since his first second of life. Just being born, James literally went against the odds. His mother, Monja Willis, at that point mother of two child, had a series of miscarries. But James refused to lose. And on August 26th 1989, he was born. For his achievment, Monja gave him a nickname, “lucky”. It was the first victory of his life.
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As a child, little James was asthmatic, slow and hasn’t the best body shape for any sport. Who cares the odds? He was born ready. James made into the varsity basketball team in High School but his first season wasn’t nothing special. Then came his obsession for sucess. James’ mom keep it till this day, the little note her then-young boy let her asking money for basketball practice. At the end of the letter, a important P.S.: “Keep this paper. I’mma be a star”. “I felt like I was gonna be a star. Didn’t know when, but one day it would happen”, tells Harden.
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And it happened. He’s a star. James Harden took off, led his school to back-to-back state championships, went to NCAA, won individual awards, led ASU to the NCAA Tournament. He then went 3rd overall in the NBA draft, selected by the Thunder. In Oklahoma City, went to the NBA Finals, was names Sixth Man of the Year and started to gain some attention. But he was just getting started.
It was in Houston, though, that James Harden turned himself into a completely different player and man. In Texas he matured - on and off the court - went from 6th man to a Franchise Player. Then to a leader. Until the very top.
In the 2017-18 season, James Harden was simply the best basketball player on the planet. He proved his fate was undeniable. “It's just God-given, you know? I can't sit here and tell you, 'I worked on that.'”, says James, about his ability to deaccelarate on every play. But it was his obsession for greatness who put him a step over. Over everybody else. Nobody was able to surpass James Harden this season. Not even to come close.
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James Harden averaged 30.4 points, 5.4 rebounds, 8.8 assists, 1.8 steals and 0.7 block on the season. He shot 61.9% on True Shooting, 44.9% from the field, 36.7% from 3-point land and 85.8% from the free throw line. He led the NBA in 11 categories, including: Points, 3PR, FT, PER, Win Shares, WS/48 and Box Plus/Minus.
James Harden is a phenomenom. Unbreakable, he ignored all the injustice and scrutinization he suffered on his way to the top. “He doesn’t play defense”, “He’s a ball hog”, “He’s not a leader”, “He’s not a winner”, “He needs too much help”. James Harden isn’t just the most valuable. He’s also the most hated. And by the brilliant ironies of life, he’s hated for the same reason he’s loved.
James Harden still isn’t the fastest, the most athletic, the greatest role model. James’ brilliance resides on the fact he seems so normal like you and me. He doesn’t seem super strong, he doesn’t seem super fast, he doesn’t jump off the court and he doesn’t do everything right all the time. Yet, today, he’s undisputed the best basketball player on the planet.
It’s like faith. If you look at James Harden and you have faith on him, you have faith on yourself. If this guy was able to beat all odds with talent and hard work, why you couldn’t you? That’s why James inspire so much on so many people. That’s why so much people follow and have fun with the Beard. Harden’s charisma is all about not trying to be what he can’t be - perfect. He may do right, he may do wrong. But he try until the last drip of sweat left on his body. And he has fun.
Actually, he has a blast of fun! Laugh and dance on the court isn't allowed, right? Not for James. “(I am) blessed to do what I love everyday”, states him on a Instagram post. Harden loves every second of the process and doesn’t give up on showing his happiness. For his fans, it’s inspiring. For his haters, it’s infuriating.
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Could you imagine how pissing should be seeing a guy who seems slow, out of shape and non-athletic drop 30 points on your favorite team every single game? And laugh and dance on top of it? You're pissed off and scream at your team to toughen him up. And there he goes to drive you crazy once again. He already has 10 free throws on the game. Again. "Double him!", you scream. And there it goes 10, 15 assists for the bearded genius. You give up. Swallow up the anger and go to twitter to tell everyone why your favorite player is better than James Harden. Deep down, you know he isn't. But you're angry and want to fool yourself, so you go on. Good luck with that.
Because the anger will come back next game. And the next one. And the next one. He’ll keep scoring 30, 40, 50, 60 points! And he has 10, 15, 17 assists! And he grabbed 10, 15 boards. And he’s defending like you’ve never seen. You’re desperate. You just can’t believe. The bright side of it? This ain’t nothing new to James Harden. Nobody ever believed it.
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James Harden broke the Rockets franchise-record for most points in a single game, when he exploded for the first and only 60 point triple-double in NBA History, against Orlando Magic, on January 30, 2018.
The NBA Playoffs are around the corner. The asthmatic chubby kid today carries the most famous beard in sports history. He makes more than 50 millions of dollars a yer and is the scoring champion of the NBA. Once again, (almost) nobody believe. Except for him. He’s still there. After games, on the lab, on the gym, putting up shots, training, watching film.
“This is our year”, said James Harden about the Houston Rockets chances of winning it all. He was born predistined and became obssessive about chasing his fate. In his signature MVP moment of the season, when he flat out embarassed Wesley Johnson for the whole world, James Harden explained his mentality on the play. According to him, the same mentality he has on every single play: “Kill”.
James Harden is your MVP of the 2017-18 NBA season. But he doesn’t play for that. It’s time to put his name up on the discussion about the greatest players of all-time e he’s going all the way for the ring.
James Harden is ready to kill.
What about you? Will doubt him again?
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rednationbr · 7 years ago
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Nada pode parar o destino.
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“Você já ouviu falar da rosa que cresceu de uma rachadura no concreto? Indo contra as leis da natureza, ela aprendeu a caminhar sem ter pés Pode parecer engraçado, mas mantendo seus sonhos vivos, ela aprendeu a respirar ar fresco Vida longa para a rosa que cresceu do concreto Quando ninguém sequer se importava”
- Tupac Shakur
James Harden é a rosa que cresceu do concreto.
Só uma pessoa pensava que James Edward Harden Jr. poderia chegar tão longe: o próprio James.
A história de vida de um garoto da periferia de Los Angeles se transformou um conto de fadas da vida real. De acordo com as estatísticas, James não deveria estar aqui. Mas ele contrariou cada um delas desde o primeiro segundo de sua vida. Ao nascer, James literalmente foi contra as probabilidades. Sua mãe, Monja Willis, naquele momento mãe de 2 filhos, tinha sofrido uma sequência de abortos espontâneos. Mas James se recusou a perder. E no dia 26 de agosto de 1989, ele nasceu. Por ter vencido, Monja o apelidou de “sortudo”. Era a primeira vitória de sua vida.
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Quando criança, o pequeno James Harden era asmático, lento e não tinha o melhor porte físico para nenhum esporte. Azar das possibilidades. Ele era um predestinado. Entrou para o seu time de basquete da escola, mas não conseguiu se destacar na sua primeira temporada. Entrou em cena, então, a obstinação pelo sucesso. A mãe de James guarda até hoje o bilhete do então menino pedindo dinheiro para treinar. No fim do pedido, um recardo importante: “Guarde esse papel. Eu vou ser uma estrela”. “Eu sentia que eu ia ser uma estrela. Eu não sabia quando, mas um dia iria acontecer”, conta Harden.
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E aconteceu. Ele é uma estrela. James Harden decolou, liderou sua escola para títulos estaduais, foi para a NCAA, conquistou prêmios individuais, levou sua Universidade para o Torneio NCAA, foi a 3ª escolha do Draft da NBA. Escolhido pelo Thunder, foi para as Finais da NBA, foi eleito o melhor 6º homem da temporada e começou a se destacar. Mas era apenas o começo.
Em Houston, James Harden se tornou outro jogador e outro homem. No Texas ele amadureceu - dentro e fora de quadra - foi de 6º homem a Franchise Player, dali para um líder. Até o topo.
Na temporada 2017-18, James Harden foi simplesmente o melhor jogador de basquetebol do planeta. Ele provou que sua predestinação é inegável. “É simplesmente um dom de Deus, sabe? Eu não posso sentar aqui e dizer: ‘Eu trabalhei nisso’”, diz o próprio James, sobre sua capacidade única de desacelerar nas jogadas. Mas foi a sua obsessão pelo sucesso que o colocou um degrau acima. Acima de todos. Ninguém foi capaz de superar James Harden na temporada. Nem sequer chegar perto.
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James Harden teve médias de 30.4 pontos, 5.4 rebotes, 8.8 assistências, 1.8 roubos de bola, 0.7 tocos na temporada. Ele chutou 61,9% em True Shooting, 44,9% de quadra, 36,7% do perímetro e 85,8% da linha de lance livre. Ele liderou a NBA em 11 categorias diferentes, entre elas: Pontos, 3PT, FT, PER, Win Shares, WS/48 e Box Plus/Minus.
James Harden é um fenômeno. Inabalável, ele ignorou toda a injustiça e escrutínio que sofreu. “Ele não marca”, “Ele não passa a bola”, “Ele não sabe ser um líder”, “Ele não é um vencedor”, “Ele tem ajuda demais”. James Harden não é apenas o mais valioso. É também o mais odiado. E, daquelas brilhantes ironias da vida, pelo mesmo motivo que é amado.
James Harden continua não sendo o mais veloz, o mais atlético, o mais exemplar. O brilhantismo de James reside no fato de que ele parece tão normal quanto eu e você. Ele não é super musculoso, não parece muito veloz, não dá saltos mirabolantes e nem faz tudo certo o tempo todo. Ainda assim, hoje, ele é o melhor jogador de basquete do planeta.
É como uma crença. Se você olha para James Harden e acredita nele, você acredita em você. Se esse cara foi capaz, com talento e esforço, de vencer todas as probabilidades, por que você não pode? É por isso que James inspira tanto a tantas pessoas. É por isso que tanta gente acompanha, segue e se diverte com o Barba. O carisma de Harden está em não tentar ser o que não é: perfeito. Ele acerta, ele erra. Mas ele se dedica até a última gota de suor em seu corpo. E ele se diverte.
E como se diverte! Rir e dançar em quadra é proibido, certo? Não para James. “(Sou) abençado por fazer aquilo que eu amo todos os dias”, declara ele em um post em uma rede social. Harden ama cada segundo do processo e não abre mão de mostrar sua alegria. Para os seus fãs, é inspirador. Para seus haters, é enervante.
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Você consegue imaginar quão irritante deve ser ver um cara que parece lento, fora de forma e nada atlético, colocar 30 pontos em cima do seu time todo jogo e ainda rir e dançar? Você, já irritado, pede para o time marcá-lo com mais agressividade. E lá vai ele te deixar louco de novo. Ele já tem 10 lances livres na partida. De novo. “Dobrem a marcação nele!” - você esbraveja. E lá se vão 10, 15 assistências para o gênio de barba. Você desiste. Engole a raiva a seco e vai para o twitter esbravejar por que seu jogador favorito é melhor que James Harden. No fundo, você sabe que não é. Mas você ainda está nervoso e quer se enganar, então você insiste. Boa sorte.
Porque a raiva vai voltar no próximo jogo. E no próximo. E no próximo. Ele vai continuar fazendo 30, 40, 50, 60 pontos! E ele tem 10, 15, 17 assistências! E ele tem 10, 15 rebotes. E ele está marcando como você nunca viu antes. Você entra em desespero. Você simplesmente não acredita. O lado bom? Você pode ficar tranquilo, porque James Harden está acostumado. Ninguém nunca acreditou.
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James Harden quebrou o recorde de pontuação em um jogo da história do Rockets, ao anotar o primeiro e único triplo-duplo de 60 pontos da história da NBA, diante do Orlando Magic, no dia 30/01/2018. 
Os playoffs do melhor basquete do mundo se aproximam. O garoto asmático e gordinho hoje ostenta a barba mais famosa da história dos esportes, fatura mais de 50 milhões de dólares por ano e é o melhor pontuador da melhor liga de basquete do planeta. Mais uma vez, (quase) ninguém acredita. Exceto ele. Ele ainda está lá. Depois dos jogos, na academia, no ginásio, colocando arremessos, fazendo exercícios, estudando o adversário.
“Esse é o ano”, disse James Harden sobre as chances do Houston Rockets ser campeão da NBA. Ele nasceu predestinado, ele se tornou um obcecado por perseguir seu destino. No lance mais emblemático da temporada, quando James Harden envergonhou Wesley Johnson para o planeta inteiro, ele explicou sua mentalidade. Segundo ele, a mesma que ele tem em toda jogada: “Matar”.
James Harden é o seu MVP da temporada 2017-18 da NBA. Mas ele não joga por isso. Está na hora de colocar o seu nome na discussão dos melhores de todos os tempos e ele vai até o final pelo anel de campeão.
James Harden está pronto para matar.
E você? Vai duvidar de novo?
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rednationbr · 7 years ago
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TRADUÇÃO: “Eu tenho uma história para contar”, por Steve Francis para o The Players’ Tribune.
Seja bem-vindo, se você é novo por aqui, esse texto é uma das traduções feitas por a gente aqui no tumblr. Via de regra, traduzimos posts escritos por grandes jogadores da história do Rockets ou que, de alguma forma, se relacionam com a franquia de Houston. Você pode acessar todas as nossas traduções clicando aqui.
Feitas as devidas apresentações, vamos à tradução de hoje. Em mais um artigo para o The Players’ Tribune, Steve “Franchise” Francis conta a sua trajetória ímpar e improvável até a NBA. Essa é a tradução na íntegra do texto “I Got a Story to Tell”, que você pode conferir completo, em inglês no site do Players’ Tribune, clicando aqui.
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(PHOTOGRAPH BY SAM MALLER/ THE PLAYERS’ TRIBUNE)
I GOT A STORY TO TELL
Eu lembro do exato momento em que eu percebi que lendas da NBA não eram PORRA NENHUMA.
Meu mano Sam Cassell me levou para sair na noite anterior ao meu primeiro jogo na NBA. Nós íamos jogar contra o Bucks em Houston e ele sabia que eu ia dar uma surra nele. Mas Sam é de Baltimore, e eu sou de D.C., então esse cara estava tentando fazer um truque da mente jedi para eu acreditar que ele estava me fazendo um favor me mantendo na rua até as seis da manhã, me dando todos esses conselhos de irmão. Nós não estávamos nem curtindo, cara! Era tudo parte do golpe. Nós estávamos em uma boate, bebendo chá gelado ou qualquer coisa, e ele estava me contando tudo sobre o que eu tinha que fazer para sobreviver na NBA.
Depois de um tempo, eu fiquei tipo, "Mano, eu acho que eu preciso ir embora."
Ele me vem com: "Nah, o que você precisa fazer é sentar aí e me ouvir dizer como você lida com essas interesseiras."
Esse filho da p**a me deixou hipnotizado. Então por volta de 5 da manhã, a energia toda mudou. Agora ele tá me dizendo como ele vai me surrar na noite seguinte. Eu tô tipo: "Ei, pera aí..."
"Eu tô te dizendo, Steve. Eu vou arrebentar essa tua cara sonolenta. Descanse."
Nós saímos daquela boate e o sol está de pé. Eu tenho que estar na arena em tipo, cinco horas. Eu nem estou bêbado. Eu não estou nada! Eu só tenho a merda que o Sam disse zumbindo na minha orelha, e eu sentindo como se estivesse de pé por três dias.
Cara, ele veio aquela noite e meteu 35 pontos em mim. Eu estava tão cansado no primeiro quarto que eu pensei que eu estava prestes a desamaiar. Agora, lembre, eu sou um rookie ferrado num time com Charles Barkley e Hakeem "the Dream" Olajuwon. Esses caras estavam na rodinha olhando para mim como se eu não fosse merda nenhuma. Rudy T me olhando tipo, "Nós trocamos 15 filhos da p***s para Vancouver por isso?
Eu chutei 4 para 13, e nós perdemos. Eu vi Sam depois do jogo, e ele disse: "Não se esqueça, nós somos amigos fora da quadra, mas na quadra..."
Eu disse: "Seu filho da p**a malandro"
Mas, lição aprendida. Agora eu conheço o jogo, certo?
Algumas semanas depois, nós estamos jogando contra o Sonics. Eu idolatrei Gary Payton quando era pequeno. Então nós estamos no avião para Seattle, e Rudy T me sentou ao lado de Hakeem de propóstio. Ele sabia o que ele estava fazendo. Ele queria que eu aprendesse.
Nós estamos prestes a decolar, e eu estou sentado com meus fones de ouvidos gigantes, ouvindo Jay-Z.
Hakeem está sentado lendo o Alcorão. Não dizia uma palavra.
Então ele me deu uma olhada. Você sabe como Dream é. Ele só vai te olhar -- super sábio, super calm. Cada palavra que sai da boca do cara é como se viesse diretamente do Deus todo poderoso.
Eu disse: "E aí, Dream?"
Dream disse: "Steve."
Eu estou tipo: "Sim, Dream?"
"Steve, você anda por aí vestido como um motorista de ônibus."
"Qual foi, Dream."
"O que são esses sapatos de construção que você tá calçando?"
"Eles são Timberlands, cara. Qual foi."
"Steve, deixa eu te ajudar. Venha para o meu alfaiate comigo, e nós vamos te arrumar 10 ternos. Feitos sob medida. Cashmere."
"Qual foi, Dream."
"Cashmere, Steve."
"Dream! Ei..."
"Venha comigo, Steve. Venha ao meu alfaiate."
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(PHOTO BY BILL BAPTIST/NBAE/GETTY IMAGES)
Frio como gelo. Bem assim. Dream estava à frente do seu tempo. Os caras da NBA estão andando por aí agora vestidos como ele se vestia. Mas eu não estava tentando ouvir. Você tem que entender uma coisa sobre a minha história, e realmente vai parecer impossível para alguém com menos de 20 anos. Porque praticamente todos esses caras na NBA de agora chegam do mesmo jeito. Escola preparatória. AAU. Tênis de graça. Refeições de graça. Um ano no college e NBA. E isso é uma coisa boa. Bom para eles, cara.
Mas eu?
Quatro anos antes de estar naquele avião com Hakeem me dizendo que nós íamos comprar ternos de cashmere juntos -- quatro anos antes de eu estar prestes a jogar contra Gary Payton -- eu estava na esquina da Maple Ave em Takoma Park, Maryland, vendendo drogas do lado de fora do restaurante chinês.
Minha mãe tinha falecido. Meu pai estava em uma penitenciária federal. Nós tínhamos 18 pessoas vivendo em um apartamento. Eu tinha largado o ensino médio. Sem bolsa. Sem diploma. Sem nada.
Isso é 1995! Eu estou assistindo Allen Iverson destruir por Georgetown na estrada acima da minha, e eu estou parado na esquina o dia todo construindo meu pequeno império das drogas, só tentando não ser roubado, e então de noite, eu estou jogando um basquete no porão de um quartel de bombeiros.
Nem todo mundo conhece a minha história de verdade. As vezes eu mesmo me pergunto: "Cara, como diabos você chegou naquele avião com o Dream?"
Eu vou te contar. Mas primeiro, eu não posso esquecer de Gary Payton. Escuta, cara... eu estive com uma quantidade inacreditável de falastrões na minha vida. Eu estive com alguns caras melhores que GP. Muito mais criativos, muito mais sinistros. Mas esse cara... esse cara era tipo um volume shooter em falar merda. Ele não calava a boca desde o minuto que entrávamos na quadra. E como eu disse, eu o idolatrava. Então não tinha outra opção -- eu tinha que acabar com ele.
E eu acabei com ele.
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(PHOTO BY SPORTING NEWS/GETTY IMAGES)
Procure as estatísticas. Eu ACABEI com ele.
Ele chutou tipo 30%. E eu sei que algum nerd vai ir no meu Twitter dizer: "Nah, Steve, NA VERDADE, eu procurei o boxscore no Google e ele NA VERDADE chutou 39%."
Qual foi, cara, eu DE VERDADE acabei com ele.
Eu tive 27 pontos em 20 chutes, eu sei disso com certeza. Eu acho que Seattle até ganhou da gente naquela noite, mas eu deixei o Gary tão balançado que ele não conseguia acreditar. Você sabe como foi? Sabe quando o Scoby-Doo e os amigos dele finalmente pegam o vilão no final de cada desenho, e enquanto os policiais estão levando ele em algemas ele está gritando para o grupo, falando merda?
GP estava andando de volta para o vestiário tipo: "Só espera, seu rookie vagabundo do caralho! Espera até eu ir em Houston! Eu vou te pegar, Steve Francis! Eu ainda vou te pegar, seu rookie vagabundo filho da p**aaaa!"
Eu entrei naquele avião de volta para Houston, tipo: “Nós conseguimos, cara.
Nós saímos da esquina para isso”.
Eu não estou entando glorificar vender drogas. Não tem glória nisso. Mas você tem que entender de onde eu venho, e quando. Eu cresci em D.C. nos anos 80 durante a epidemia do crack. Nunca chame de era do crack. Era uma epidemia. Crack devastou nossa comunidade inteira. Era como uma praga, cara. Eu assisti. Eu vivi. Eu vendi.
Minha primeira memória na vida é ir visitar meu pai na penitenciária federal em Dia de Churrasco, e ter um policial levando eu e minha mãe para uma sala de espera. Eles tiraram nossas roupas e nos revistaram. Eu tinha, tipo, três anos de idade. Não importava.
"Abaixe as calças dele."
Era assim que as pessoas costumavam passar drogas para dentro das prisões. Isso era quão desesperado ficava. Meu pai estava lá por 20 anos por assalto a banco -- na época em que você ainda era capaz de assaltar bancos. Aquela era velha guarda, dos anos 80, arma e touca ninja, na correria. Ele era um cara conhecido em D.C. Assim como eram meus irmãos mais velhos. Essa simplesmente era minha realidade. Mas eu era pequeno para diabo, e quando minha mãe e meu pai se separaram, a mensagem dela para os meus irmãos era sempre: "Não o Steve. Nunca o Steve. Ele tem que ser diferente."
Mas a coisa é, naquela época, D.C. era uma caixa de 65 quilômetros quadrados de drogas, garotas, armas, brigas e pessoas apenas tentando sair daquilo de qualquer maneira possível. Minha mãe era uma enfermeira. Meu padrasto era um gari. Nós tínhamos 18 pessoas vivendo em um apartamento de 3 quartos e os vale-refeições não estavam sendo suficientes. Então quando eu era criança, eu ficava nas esquinas com meus amigos, tentando enturmar com todos os caras mais velhos, tentando fazer uma grana para que eu pudesse comprar uns chicletes ou alguma outra coisa.
Quando eu tinha 10 anos de idade, eu consegui meu primeiro emprego como o garoto do telefone.
Você sabem o que é um garoto do telefone?
Era fácil. Eu esperava do lado de fora do restaurante Chinês e sentava na calçada do orelhão, parecendo todo inocente, e quando o telefone tocava, eu atendia. Era sempre gente procurando por drogas, procurando por garotas, procurando por o que fosse. Eu dizia a eles onde encontrar os traficantes, e era isso. O dia todo, a noite toda. Eram 50 traficantes de drogas em uma esquina, 50 traficantes de drogas parados na outra esquina. E então o pequeno Steve, parado do lado do orelhão.
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(COURTESY OF STEVE FRANCIS)
Não tinha mais nada para fazer, então para passar o tempo eu costumava chutar a bola de basquete dentro da cabine do orelhão. Nós arrancamos o teto, e tinha espaço suficiente para a bola se espremer para dentro. Mas era quadrado, então você tinha que acertar perfeitamente com um chute muito curvado, e mesmo se você conseguisse, costumava chacoalhar nos dois lados da cabine.
Eu ficava lá a noite toda... crossover, crossover, chute de step-back, dddddddrrrrrrrrrrrrrrrrrrr-rat-tat-tat-tat.
Eu chutei um milhão de arremessos naquela cabine telefônica. Vários dias, eu estava fugindo dos ônibus, fugindo dos meus professores, e definitivamente, fugindo dos meus irmãos mais velhos e da minha mãe. Eu escondia tudo deles, mas eu ainda estava indo bem na escola (quando eu aparecia). Então eu era apenas o "Pequeno Steve com a bola de basquete" para quase todo mundo no bairro. E eu era pequeno. Eu pedia à minha vó me medir com uma caneta todo santo dia. Nós marcávamos na parede, e eu não estava ficando mais alto. Eu tinha 12, 13... ainda não crescia.
Eu apareci para os treinos de basquete no primeiro dia de ensino médio, pensando que eu era o cara, e eles me cortaram. Eles queriam que eu jogasse com o fundamental porque eu era pequeno demais. Aquilo me arrebentou. Eu saí da quadra e nunca mais joguei um jogo de ensino médio, exceto por dois jogos.
Dois jogos, na minha carreira inteira no ensino médio. Dá para acreditar nisso? Eu joguei um pouquinho por um time de AAU, e joguei pelada, e foi isso. Eu acho que eu provavelmente deveria ter abaixado a cabeça e treinado duro, mas você tem que entender quão complicado tudo é quando você está crescendo na pobreza. Nós estávamos sempre de mudança. Eu fui para 6 escolas diferentes no ensino médio. Eu não tinha nenhuma estabilidade. Eu sentia que eu estava crescendo dentro de uma pipoqueira.
É engraçado, eu lembro de contar para as pessoas: "Eu vou casar com a Janet Jackson um dia". Janet Jackson era a garota mais bonita do mundo para mim. Mas eu tinha 15 anos de idade, vivendo de vale alimentação, pequeno para diabo, crescendo em volta de viciados em crack, e eu nem conseguia jogar basquete de ensino médio. Como eu vou sair daqui e ver qual é a da Janet?
Então eu continuei na esquina, fazendo o que eu tinha que fazer para sobreviver. Era pesado. Eu não estou glorificando isso. Eu fui roubado com uma arma mirada em mim um milhão de vezes. Eu fui surrado um milhão de vezes. Eu vi carros atirando. Mas honestamente, se você me perguntar o que realmente me assustava mais, não eram as armas. Tiroteios eram quase... naturais. Quer dizer, o que você acha que vai acontecer quando você tá nas ruas? A coisa mais assustadora eram as drogas. As agulhas, cara. Os cachimbos. O pó de anjo. As pessoas caíam com aquele olhar nos olhos delas. Estava em todo lugar. Elas eram pessoas comuns -- enfermeiras, professores, carteiros. O prefeito de D.C., Marion Barry.
Era o apocalipse zumbi. Esse é o ambiente em que estávamos vivendo, todo dia, todo minuto.
Quando eu tinha 18, minha mãe morreu de câncer, e foi o fim para mim. Eu estava acabado. Qualquer esperança que eu tinha... esquece. Eu desisti completamente de jogar basquete. Larguei meu time de AAU. Parei de jogar no parque. Eu larguei a escola, e meu tráfico de drogas foi para um outro nivel. Na minha mente, eu ia construir meu pequeno império, até me matarem ou me prenderem, e era isso.
Tipo, eu não tô no radar de nenhuma universidade. Minha mãe tinha partido. Então qual era o sentido de qualquer coisa?
A única coisa que me salvou foi algo que meu técnico do AAU, Tony Langley, me disse. Ele era um policial aposentado, e ele tinha aquela sabedoria de um policial aposentado. Ele costumava dizer: "Eu estou te dizendo como vai ser, Steve. Daqui dez anos, você vai ver os mesmos caras, nas mesmas esquinas, fazendo a mesma merda. E eles vão estar usando os Filas mais novos, ou os Jordans mais novos, parecendo estilosos. Mas você vai olhar para eles, e eles vão estar outro ano mais velhos, e outro ano mais velhos, ainda fazendo a mesma merda, ainda sendo assaltados, todo dia. Você pode fazer alguma coisa diferente."
Aquilo ficou na minha cabeça. Eu não conseguia parar de pensar naquilo. Eu tinha uma saída, mas não era exatamente Duke, vamos dizer assim. Era a Universidade de San Jacinto... no Texas. Um dos técnicos dele tinha me visto jogar num torneio de AAU, e eles disseram que tinham uma vaga no elenco para mim. Quer dizer, universidade comunitária? E o que eu sei sobre o Texas?
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(COURTESY OF SAN JACINTO JUNIOR COLLEGE)
Mas minha avó me convenceu que isso era o que minha mãe queria de mim, e eu só aceitei. Eu fiz meu supletivo, e minha vó me deu 400 dólares e uma passagem de avião para Houston. Os técnicos de San Jacinto me buscaram no mesmo aeroporto que os técnicos de Houston buscaram Dream quando ele veio da Nigéria. E honestamente, eu provavelmente estava tão assustado quanto ele. Eram 30.000 pessoas brancas e seu garoto Steve. Choque de cultura total. Mas eu finalmente tinha alguma estabilidade. Eu tinha uma cama. Eu tinha uma vaga no elenco. E com isso na mala, eu tô dizendo, eu fui lá e destruí.
Pergunte ao Shawn Marion. Vá em frente e pergunte a ele. Ele estava jogando por Vincennes University naquela época, e ele era um All-Americana no College Comunitário. Ele deveria ser o cara. E nós fomos para Indiana e eu destruí ele. Eu tive um quadruplo-duplo na cara dele. Eu lembro quando nós dois entramos para a NBA, nós estávamos rindo sobre isso em algum aquecimento, e ele me disse que ele na verdade tem a fita cassete do jogo em algum lugar na casa dele. A fita existe. Por 20 anos. Eu tenho perguntado ao Shawn onde diabos aquela fita está, e ele tem desviado de mim.
SHAWN, CADÊ A FITA?!
MOSTRE AO MUNDO A FITA, SHAWN.
Eu estava simplesmente destruindo pessoas. Mas ainda assim, era a universidade comunitária. Meu sonho naquele momento -- e isso vai soar engraçado para algumas pessoas -- mas meu sonho era estar em um campus universitário de verdade com minha mochila nas costas, andando para a aula. Eu me imaginava em Georgetown ou Maryland, só no campus, relaxando, andando para a aula. Era simples assim. Era isso que eu sonhava.
Um ano mais tarde, eu tinha Gary Williams e John Thompson ligando para saber de mim. Oklahoma e Clemson estavam vindo duros atrás de mim, também, mas eu cresci assistindo Len Bias e Patrick Ewing. Para mim, era Maryland ou Georgetown, ponto.
E quase foi Georgetown. Mas eu nunca vou esquecer a conversa que eu tive com John Thompson. Ele disse: "Steve, nós gostamos de você. Nós gostamos. Mas eu acabei de ter Allen Iverson. Eu não posso ter você logo depois do Allen. Eu simplesmente não posso, Steve. Eu vou ter um infarto".
Eu respeitei. Ele estava certo. Ele viu todos aqueles interesseiros que estavam em volta do Allen o tempo todo em Georgetown, e ele sabia que eles estariam esperando pela minha chegada. Então meu terceiro ano, quando eu já tinha 21 anos, eu me transferi para Maryland.
Eu era um Terp.
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(PHOTO BY COLLEGIATE IMAGES/GETTY IMAGES)
Olha, você pode dizer o que você quiser sobre mim. Eu fiz muita merda na minha vida. Eu não sou perfeito. Mas no primeiro dia de aula em Maryland... naquele dia? No dia que eu tinha meus livros, e minha mochila com os livros, e as pessoas no campus gritando por todo lado: "Ei, Steve Francis! E aí, cara?"
Naquele dia? Você não podia me falar nada. Eu estava no topo do mundo, cara. Minha mãe choraria até ficar sem lágrimas vendo aquilo.
Meu padrasto na verdade conseguiu um emprego no campus como o cara que trabalhava dentro da cabine de entrada do estacionamento. Um dia eu estou voltando do treino, e eu vou até lá vê-lo, e uns caras de fraternidade estão andando tipo: "Ei! Steve Francis! Mano, seu pai é o cara!"
Eu fiquei tipo: "Do que vocês estão falando?"
"É, cara. Ele deixa a gente entrar de graça. Ele é tão maneiro. Ele diz que é seu pai."
Eu entrei no estacionamento, e meu padrasto estava praticamente dando uma festa. Ele estava segurando o prato lá. Ele tinha a TVzinha dele dentro da cabine, ele tinha as suas batatas, e todas aquelas pessoas estavam ao redor bebendo cerveja, falando de basquete com ele. Cara, até minha irmãzinha estava lá com ele, e o cachorrinho dela, Precious. Era uma cena e tanto. Ele me vê entrando com meu casaco dos Terps, e eu nunca vi alguém tão orgulhoso. Ele diz para todo mundo: "Esse é meu filho. Esse é meu garoto. Universidade de Maryland. Porra."
Ele ia me ver jogar em todos os jogos em casa. E se estivéssemos na estrada e ele estava trabalhando? Ele estaria assistindo na TV dentro da cabine dele. É engraçado porque meu pai biológico, ele costumava assaltar os estacionamentos antes de ser preso. E meu padrasto, ele trabalhava em um. Mas ele fazia seu corre honestamente. Ele se tornou meu pai de verdade. Ele era meu melhor amigo. Ele era o cara mais orgulhoso no ginásio.
Você não podia me segurar naquela época. Eu decolei. No final daquela temporada, eu era um finalista do Naismith, e todo mundo estava dizendo que eu ia ser top 5 no draft da NBA.
Só pense nisso...
Aos 18, eu estou vendendo drogas na esquina em Takoma Park, sendo assaltado a mão armada.
Aos 22, eu estou sendo draftado para a National Basketball Association, apertando a mão de David Stern.
Adivinha onde foi o draft aquele ano? Washington, D.C.
Como diabos você explica isso?
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(PHOTO BY SAM MALLER/THE PLAYERS' TRIBUNE)
Eu me lembro desse momento, depois do draft, eu estava sentado na mesa da cozinha da casa do meu padrasto, olhando para 80 mil dólares em dinheiro vivo. Só sentado ali. Por jogar bola. Não fazia sentido. Minha irmãzinha tinha 10 anos de idade. A primeira coisa que eu fiz foi comprar um computador para ela, um desses Compaq Presario gigantes, e tudo que eu ouvi aquele verão foi Britney Spears, bem alto, naquela p***a dia e noite. A segunda coisa que eu fiz foi comprar uma casa para minha vó. Mais ou menos uma semana depois, eu comecei a receber esse monte de ligações aleatórias de credores. Ele estavam me dizendo que eu devia dinheiro a eles.
Então eu perguntei aos meus irmãos: "Que diabos são essas ligações?"
Eles disseram: "Bem, você sabe, antigamente, quando a gente não tinha dinheiro nenhum, a mãe costumava assinar as coisas no nosso nome. Esse era o único jeito da gente receber crédito".
Cara, eu tô te dizendo, essas pessoas me ligavam dizendo: "Steven D. Francis. Ora, ora, ora. Nós finalmente sabemos quem car****** é você, amigo."
América, cara. Eles nunca vão esquecer. Eles vão te achar. Eu estava pagando faturas de cartão de crédito de quando eu tinha oito anos de idade. Isso mostra de quão longe eu vim.
Agora, eu sei que as pessoas em Vancouver ainda estão putas comigo por forçar uma troca para sair de lá. Eu quase chorei quando eu fui escolhido pelo Grizzlies em número 2. Eu não estava prestes a ir para o malditocongelante Canadá, tão distante da minha família, quando eles estavam prestes a mudar a franquia de cidade. Eu sinto muito, mas... na verdade, eu nem sinto muito. Todo mundo vê o aspecto do negócio no basquete agora. Aquele time já era. A única coisa que eu sinto muito é que eu fui lá e provavelmente dei a entrevista coletiva mais rude da história da NBA, antes deles me trocarem.
A entrevista da "Practice?", do A.I., não foi nada perto do que eu fiz lá.
Qual foi, cara. Canadá? Eu? Lá? Simplesmente não ia funcionar. Houston era o lugar perfeito para mim. As pessoas provavelmente não vão acreditar nisso, mas Hakeem era uma das maiores influências no meu jogo quando eu era criança. Eu costumava assistir o trabalho de pés dele, e imitá-lo. Meu crossover? Não é do MJ. Não é do Iverson. É do Hakeem. Olhe para o meu trabalho de pés e você vai ver Dream.
E foi engraçado para caramba, porque quando eu fui para o Rockets, Dream não estava muito empolgado.
"Steve."
"Sim, Dream?"
"Seu drible..."
"O que tem ele, Dream?"
"Você está driblando muito, Steve."
"Dream, qual..."
"Está demais."
A Voz de Deus. O fato que eu joguei com ele por dois anos ainda é louco para mim. Eu estou sentado do lado dele no avião, e eu tenho meus fones de ouvidos grandes, Jay-Z bombando.
"Steve."
"Sim, Dream?"
"Sua música. O que é esse barulho?"
"Qual foi, Dream."
"Desliga isso, Steve. Eu estou tentando concentrar na palavra de Deus."
"Dream. Merda. Tá bom."
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(PHOTO BY BILL BAPTIST/NBAE/GETTY IMAGES)
O que você deveria dizer para aquilo? Eu provavelmente deveria escutá-lo mais, mas eu era um ferrado. Eu estava no topo do mundo. Depois do Concurso de Enterradas em 2000, e depois de Hakeem e Charles irem embora, eu senti que Houston realmente me abraçou. Eu moro em Houston até hoje, e eu posso andar pela cidade e não importa o que, as pessoas me apoiam. Mesmo quando eu estava passando por umas coisas sombrias nos últimos anos, e eu fui preso, todo mundo em Houston ainda me apoiava. Quantos caras que só jogaram em uma cidade por cinco anos, e só chegaram aos playoffs uma vez, recebem todo esse amor?
Eu acho que é por causa da energia na cidade quando eu e Yao estávamos juntos. Ele era meu cara. Quando ele veio para Houston, nós éramos uma Dupla Estranha para car***o, cara. Um cara da China e um cara de D.C., e não era nem a língua o problema. Isso era só parte disso. Eu sou parcialmente surdo da minha orelha esquerda, e Yao é parcialmente surdo na orelha direita, e nós ficávamos tentando falar um com o outro em inglês básico.
Ele virava a cabeça: "Huh?"
Eu virava minha cabeça: "Que? Huh?"
Era ridículo. Mas ele era meu cara. Ele era o mais gentil, mais respeitoso, mais inteligente companheiro de equipe que eu já tive. Esse cara tinha 15 entrevistas antes do treino, e então as 15 entrevistas depois do treino. Câmeras seguindo ele onde quer que ele fosse fora de casa... era louco. E ele nos perguntava: "Tudo bem para vocês as câmeras? Elas te incomodam?"
Esse é o tipo de pessoa que ele era. Ele foi meu companheiro de time favorito, disparado. Ele era um jogador tão bom também. Eu ainda penso no que poderia ter acontecido se Yao não tivesse forçado para voltar das suas lesões, e se eles só tivessem nos mantido juntos. Isso ainda me persegue. Nós teríamos algumas corridas. Todo mundo em Houston sabe disso.
Mas o que eles fizeram? Me trocaram para Orlando por Tracy McGrady.
Aquilo me derrubou. Nem vale a pena falar desses anos no Magic, e definitivamentenão vale a pena falar desses anos no Knicks. Essa parte da história é como o final de "Os Bons Companheiros", quando todo mundo está sendo baleado e delatando um ao outro e eles estão dirigindo por aí olhando para o céu procurando os helicópteros da polícia. Foi uma bagunça, cara. Eu fui para esses dois times, e leva tipo cinco minutos no vestiário para você perceber: Nope. Nenhuma vitória aqui.
Você pode dizer em um minuto. É uma cultura.
Quando eu voltei para Houston em 2007, eu estava tão feliz de estar em casa. Mas honestamente, foi aí que tudo começou a ir ladeira abaixo. Cara, Rick Adelman... olha, eu juro que eu estava dando duro nos treinos. Pergunte ao Yao. Ele vai te dizer. Mas Adelman estava jogando Luther Head e Aaron Brooks e Rafer Alston na minha frente. Sem desrespeito a esses caras, mas qual foi, cara. Eu não estava jogando, eu ficava sentado no banco e a torcida ainda assim cantava meu nome. Eu ia para casa a noite e sentava na minha varanda por horas, em completo silêncio. Não bebia. Não ouvia música. Não fazia nada. Eu sentava lá fora até uma da manhã, só pensando.
Eu fui de vender drogas nas esquinas em D.C. para a NBA em quatro anos... e agora acabou? É o fim? Aos 32? Eu sabia que era o fim, e essa é uma merda muito, muito difícil de engolir. Não importa quem você é.
Eu fui jogar em Pequim por um tempo, e então eu tentei voltar para a NBA por um tempo, mas... nada. Me levou quase quatros anos para realmente aceitar que eu não ia jogar bola mais. Que realmente tinha acabado.
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(PHOTO BY SAM MALLER/THE PLAYERS' TRIBUNE)
Eu tinha alguns dias sombrios, sem dúvidas. E eu sei que as pessoas estavam perguntando: "O que diabos aconteceu com Steve Francis?". Mas a parte mais difícil foi ler uma merda na internet dizendo que eu estava fumando crack. Quando eu pensei na minha vó lendo aquilo, ou nos meus filhos lendo aquilo... aquilo partiu meu coração. Escuta, eu vendi crack quando eu estava crescendo. Eu vou ficar devendo isso. Mas nunca na minha vida eu fumei crack.
O que aconteceu com Steve Francis? Eu estava bebendo muito, foi o que aconteceu. E isso pode ser tão ruim quanto. No espaço de alguns anos eu perdi o basquetebol, eu perdi minha identidade inteira, e eu perdi meu padrasto, que cometeu suicídio.
Eu só desisti, cara.
Eu só desisti.
Da época que minha mãe faleceu, quando eu tinha 18, até a época em que eu deixei a NBA, eu nunca abaixei minha guarda. Nem um minuto. Eu era como um soldado na guerra. Eu nunca respirei. Quando o fim chegou, foi quase como se eu tivesse expirando, tipo: "Bem... essa foi uma boa corrida."
Olha, você pode pensar o que diabos você quiser sobre Steve Francis. Você pode pensar que, quando eu estava no meu auge, eu era o jogador mais elétrico que já existiu. Ou você pode pensar que eu não era porra nenhuma. Realmente não importa para mim. Mas eu estava pensando sobre uma coisa outro dia... de onde eu vim, e quão louco é o fato de eu sequer ter jogado 1 minuto na NBA... e essa é a única coisa que eu quero que as pessoas se lembrem.
Takoma Park, Maryland, 1997.
Eu voltei para casa de San Jacinto por uns dias. Para ser honesto, eu estava morrendo de saudades lá no Texas. Eu estava chorando todos os dias, dizendo aos técnicos que eu queria desistir e ir para casa. Voltar para minha família, voltar para a minha quebrada, voltar a vender drogas, voltar para a mesma merda, todo dia, para sempre. É o que eu sabia.
Então eu fui para casa em uma pausa, e todo mundo estava tipo: "Oh, você acha que é o cara agora? Tá bom, garoto universitário. Vamos ver quão bom você é."
Eles me colocaram contra Greg Jones, o cara número 1 em D.C. na época. Isso significa 50 caras em um lado da quadra com AK-47s, e 50 caras do outro lado da quadra com AK-47s.
Eles tinham 10 mil dólares no jogo. Um contra um. Melhor de três.
Você não pode dizer não.
Nós jogamos o primeiro jogo, e eu acabei com ele.
O segundo jogo começa, e eu podia destruir ele de novo. Por um minuto, eu estava pensando nisso. Eu poderia ser o cara em D.C., eu poderia ser uma lenda das ruas. Eu poderia vencê-lo, e fazer um dinheiro, e continuar na quebrada, onde eu me sentia confortável.
Eu poderia ter continuado na caixa.
Mas eu queria mais. Eu queria algo diferente. Eu queria casar com Janet Jackson. Então eu deixei ele vencer o segundo jogo. E então eu peguei a bola e joguei por cima da tabela e saí da quadra. Eu entrei no avião de volta para a universidade comunitária no Texas, e eu acabei com Shawn Marion ao invés disso.
Da esquina para a NBA em quatro anos.
Eu tenho que admitir, no entanto... eu nunca cheguei na Janet. Não é uma vergonha? Mas você sabe do que mais? Quatro anos depois daquele jogo de traficantes, eu estava na capa da ESPN The Magazine, com a próxima mulher mais linda.
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Pequeno Steve com a bola de basquete, sorrindo ao lado do Destiny's Child.
Você não poderia escrever uma história tão louca.
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rednationbr · 7 years ago
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Morey’s World: Rockets fecha com Joe Johnson e Brandan Wright
Como diz o ditado: “The rich get richer”.
Foi exatamente isso que acabou de acontecer na NBA. Na noite de ontem, ainda durante o jogo contra o Nuggets, o Rockets acertou a contratação do pivô Brandan Wright, que finaliza rescisão contratual com o Memphis Grizzlies. Hoje pela tarde, foi noticiado que Joe Johnson finalizou sua rescisão com o Sacramento Kings e vai assinar com o Rockets.
Com essas duas contratações, o Rockets fecha o seu elenco para a disputa dos playoffs e fortalece a equipe que deve disputar, com o Warriors, até os últimos jogos a primeira colocação da Conferência Oeste.
Joe Johnson: perfil e estatísticas
Nome: Joe Marcus Johnson Idade: 36 anos (29/06/1981) Posição: Ala Altura: (6′7′’) 2,01m Peso: (240lb) 108,9kg Anos de experiência: 16 Times anteriores: Boston Celtics (2001-02), Phoenix Suns (2002-05), Atlanta Hawks (2005-12), Brooklyn Nets (2012-16), Miami Heat (2016), Utah Jazz (2016-18), Sacramento Kings (2018)
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Foto: Instagram/ TheLeagueSource
Aos 36 anos de idade, Joe Johnson traz um misto de experiência e talento. Veteraníssimo, o ala tem 16 anos de NBA e vai trazer a liderança que só quem tem 112 jogos de playoffs na carreira pode acrescentar. Esse é o principal ponto da contratação de Joe.
Famoso pelo seu apelido ISO Joe (derivado do seu gosto e sua eficiência em jogadas de isolation), ele é um dos maiores scorers da sua geração e da história da NBA. Com 20.266 pontos, ele é o 46º maior cestinha da história da NBA e é o 8º jogador em atividade com mais pontos na carreira. Além das jogadas de ISO, o ala é um grande arremessador do perímetro, sendo o 10º jogador com mais bolas de 3PT na história da liga. E foi justamente jogando para Mike D’Antoni que JJ arremessou a melhor marca de sua carreira - impressionantes 47,8% do perímetro. Até hoje, esse é um dos 5 melhores aproveitamentos de um jogador em uma temporada na história da NBA.
PAPEL NO ELENCO
Como lá se vão 13 anos desde que D’Antoni e Johnson estiveram reunidos, é importante entender que o papel do agora veterano será bem menor. Nem mesmo Gerald Green - que tem médias de 13 pontos desde que chegou ao Rockets - conseguiu entrar na estreita rotação de Houston. Como D’Antoni parece não abrir mão dos seus 9 jogadores que vão para quadra, é muito provável que Joe Johnson não entre em quadra todos os jogos da temporada.
Joe Johnson vem de uma lesão no punho que o tirou de alguns jogos da NBA nessa temporada. Em 32 jogos (3 como titulares) pelo Utah Jazz, ele obteve médias de 7.3 pontos, 3.3 rebotes e 1.4 assistências, com um desempenho bem inferior de 27,4% do perímetro. No entando, nos 16 jogos que ele fez em 2018, melhorou bastante seu aproveitamento, tendo 34,8% de aproveitamento no perímetro para 8.3 pontos por jogo.
SKILL SET E POSICIONAMENTO
No Rockets, Joe Johnson deve ser usado preferencialmente como um stretch four. Ou seja, aquele jogador que atua na posição 4 (ala-pivô) espaçando a quadra porque tem um bom arremesso do perímetro. Johnson deve exercer um papel semelhante (só que muito menor e com menos importância) ao que Carmelo Anthony executaria se tivesse sido trocado para o Rockets, como muitos esperavam.
● Passe
Além de ser um dos melhores ISO scorers da história da liga, o 7x All-Star também é capaz de criar para seus companheiros. Definitivamente, não é a grande característica de Joe Johnson, mas é inegável a sua habilidade em controlar e passar a bola. Tem uma excelente visão, especialmente devido a sua longa experiência.
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Outro ponto que vale ressaltar é como o ISO Joe pode se tornar uma arma poderosa para os outros arremessadores do Rockets. Devido a sua capacidade de pontuar no mano a mano, ele pode abrir espaços para os arremessadores. E é comprovadamente um passador capaz de achar o homem livre.
● Defesa
Com 2,01m de altura e quase 109 quilos, ele é um ala com muita presença física e também pode ser muito útil na marcação em uma lineup baixa, em que ele fica na posição 4 e precisa marcar alas maiores do time adversário. Foi assim que Joe Johnson atuou muito bem defendendo Blake Griffin na série de playoffs do Jazz contra o Clippers.
● Clutch
Joe Johnson é um dos grandes clutch scorers da história da liga. Ele coleciona game winners e momentos decisivos por onde passa. Nos playoffs, o Rockets deve enfrentar times experientes, com plenas condições de endurecer a partida até o fim. Nesse momento, é importante ter jogadores decisivos como James Harden e Chris Paul. Quanto mais deles, mais difícil fica a situação do adversário para defender. Um jogador respeitado e comprovadamente decisivo como Joe Johnson é perfeito para um time que almeja ser campeão. Ele provou isso nos últimos playoffs, quando anotou o game-winner diante do Los Angeles Clippers, no Jogo 1 da série.
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SITUAÇÃO CONTRATUAL
Como de praxe nessas situações, Joe Johnson vai assinar pelo restante da temporada, pelo salário mínimo para veteranos. O valor não é um problema, já que Joe é o 4º jogador em atividade que mais faturou com salários ao longo da carreira (US$ 214 milhões). Sendo assim, a contratação não causa impacto no cap para a próxima temporada e mantém o Rockets abaixo do luxury tax nessa temporada.
Joe Johnson acertou sua rescisão com o Kings hoje mesmo. Portanto, pelas regras da NBA, ele ficará por 48 horas no mercado de dispensados (”waivers”) e um time pode escolher assumir seu atual contrato com os mesmos valores. Como não é esse o caso, será preciso esperar 48 horas. Portanto, Joe Johnson deve assinar com o Rockets depois disso, na segunda-feira. Assim, ele deve estar disponível para estrear pelo Rockets na terça, diante do Wolves, em Minnesota.
A chegada de Joe Johnson exigiu que o Rockets cortasse um jogador do elenco. O escolhido foi Bobby Brown, armador que, entre indas e vindas, havia assinado contrato ontem. Na verdade, a assinatura foi um movimento de muita classe e respeito por parte do Rockets. A franquia dispensou Brown na esperança de reforçar pontualmente o elenco. A expectativa era manter a flexibilidade, mas posteriormente trazer o armador de volta. Com isso, ele recusou uma proposta para jogar na China. Como as possibilidades foram maiores que as esperadas, Bobby perdeu sua vaga no elenco. Em retorno, o Rockets assinou seu contrato na sexta somente para pagar quase meio milhão de dólares ao armador e cumprir com sua palavra. Agora, Brown deve explorar o seu mercado no basquete chinês.
AVALIANDO A CONTRATAÇÃO
Nota: A
Mais um movimento sólido e acertado de Daryl Morey. O Rockets aguardou o mercado de trocas, não se precipitou perdendo nenhum ativo e conseguiu reforçar pontualmente o elenco que já é o mais forte da NBA.
É impossível prever como o Rockets irá se sair nos playoffs, mas a experiência de Joe Johnson, um scorer provado na NBA e um dos mais clutchs de sua geração, com certeza acrescenta muito ao elenco que pretende bater de frente com os atuais campeões e com quem mais aparecer pela frente.
Brandan Wright: perfil e estatísticas
Nome: Brandan Keith Wright Idade: 30 anos (05/10/1987) Posição: Pivô Altura: (6′10′’) 2,08m Peso: (235lb) 106,6kg Anos de experiência: 9 Times anteriores: Golden State Warriors (2007-11), New Jersey Nets (2011), Dallas Mavericks (2011-14), Boston Celtics (2014-15), Phoenix Suns (2015), Memphis Grizzlies (2015-18)
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Foto: Instagram/ vndsgn
Brandan Wright é um pivô alto, de braços longos e uma envergadura impressionante. Aos 30 anos, ele tem uma carreira sólida como reserva por onde passou. Suas médias por 36 minutos comprovam: 15.4 pontos, 8.1 rebotes e 2.2 tocos. Em 427 jogos na carreira, ele só foi titular em 62 deles. Ou seja, é um reserva profissional e isso é importante para um time experiente que pretende ir longe nos playoffs.
PAPEL NO ELENCO
Wright chega para ser o 3º pivô do Rockets, muito provavelmente substituindo Tarik Black - que deve ser cortado (explicação detalhada mais a frente). Ao contrário dos pivôs reservas do Rockets, ele se assemelha um pouco mais ao estilo de Clint Capela. Longo e atlético, ele é um ótimo finalizador de pontes aéreas e dá uma proteção de aro que, no momento, o Rockets só tem quando Clint Capela está em quadra.
Com isso, ele deve ter minutos bastante limitados e não deve jogar todos os jogos do Rockets na temporada. Assim como Black, ele fica atrás de Nenê na rotação e deve substituir o brasileiro quando o mesmo estiver descansando ou fora por lesão.
SKILL SET E POSICIONAMENTO
Ao contrário da outra contratação, a versatilidade não é um ponto forte de Wright. Ele é pivô e chega para atuar na posição. Com minutos bem limitados, um ponto que Wright acrescenta ao elenco é que seu skillset dá novas possibilidades ao Rockets. Agora, Houston pode usar um pivô mais defensivo e atlético quando o estilo de jogo de Nenê não for o melhor para o matchup.
● PROTEÇÃO DE ARO E ENVERGADURA
Brandan Wright tem uma incrível envergadura de 2,23 metros que lhe permite atuar com eficiência dos dois lados da quadra. Os seus 2,08m de altura dão uma proteção de aro que o Rockets simplesmente não encontra nem com Tarik Black, nem com Nenê. Com Wright em quadra, os adversários serão obrigados a pensar duas vezes antes de atacar o aro. E se decidirem o fazer, ele sempre pode ser uma ameaça na recuperação.
Seja saltando para conseguir tocos e rebotes ou para conseguir enterradas, o wingspan do pivô vai ser muito útil para o Rockets em várias situações de jogo - dando uma alternativa a mais para uma mudança específica ao longo dos playoffs.
Por exemplo, essa proteção pode ser muito utilizada contra times mais altos e com maior ênfase no garrafão (como o Spurs, por exemplo) ou contra times mais físicos ou com pivôs de imponência física muito grande, como é o caso do Thunder com Steven Adams.
● SCREENS
Mais um ponto a ser destacado no pivô é a sua capacidade de fazer bloqueios para outros jogadores. A chamada screen está no DNA do sistema de Mike D’Antoni e do Rockets. Seja no pick and roll ou abrindo espaço para os arremessadores do perímetro, sem screens o Rockets não funciona.
Wright sabe executar a jogada de várias formas. Na ilustração abaixo, ele executa uma screen lateral para que o armador possa infiltrar. Esse atributo pode (e deve) ser muito útil ao Rockets.
● ENTERRADAS
Uma qualidade ainda subestimada na NBA é a habilidade para conectar pontes aéreas. Não são todos os pivôs que são capazes de receber uma bola no alto, saltar, enterrar e fazer toda a leitura que existe entre o começo e o fim de uma das jogadas mais eficientes da liga.
No Rockets, Clint Capela é excelente fazendo isso e a expectativa era que Tarik Black pudesse ser o seu substituto nesse quesito. Infelizmente, Black não correspondeu as expectativas e esse é mais um ponto que consta contra sua 2ª passagem por Houston. A expectativa é que com James Harden e Chris Paul, Brandan Wright execute em alto nível as pontes aéreas que forem lançadas em sua direção enquanto ele estiver em quadra - fazendo dele, mais uma arma de ataque.
SITUAÇÃO CONTRATUAL
Assim como Joe Johnson, o mesmo vai acontecer com Brandan Wright que assina contrato até o final da temporada pelo salário mínimo de veteranos. Ao contrário de Johnson, o pivô ainda está negociando a sua rescisão com o Memphis Grizzlies - que deve sair em breve. Uma vez concluída, o mesmo procedimento vale para Wright. Após 48 horas da dispensa, ele fica livre e deve assinar com o Rockets.
Para a chegada de Brandan Wright, o Rockets será obrigado a dispensar outro jogador. A decisão deve ficar entre Tarik Black e Chinanu Onuaku, dois pivôs que estão sob contrato com a equipe. O mais provável é que o cortado seja mesmo Black, já que seu contrato é de 1 ano. Caso o escolhido seja Onuaku, o Rockets teria que ocupar US$ 1.9 milhão do cap do ano que vem com o pivô, mesmo ele estando fora do elenco. Com Black, o impacto seria zero para o ano que vem.
AVALIANDO A CONTRATAÇÃO
Nota: B+
Uma movimentação precisa. Tarik Black, quando foi exigido, não entregou aquilo que o Rockets esperava dele. Portanto, Brandan Wright - com muito mais experiência - terá a chance de ser o pivô atlético saindo do banco do Rockets. Acrescenta-se mais uma arma ao arsenal ofensivo (e defensivo) de Mike D’Antoni, aumentando a profundidade do melhor elenco que o Rockets teve em muitos anos.
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rednationbr · 8 years ago
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A construção do melhor Eric Gordon que a NBA já viu
Para muitos, 28 anos é a idade do ápice de um atleta de alta performance. Fisicamente, mentalmente, psicologicamente. É por volta dessa idade que um atleta de alto nível consegue equilibrar todos os fatores em um nível impossível de ser igualado em outros momentos de sua carreira.
Aos 28 anos, Michael Jordan venceu o primeiro de seus 6 títulos, seu 2º troféu de MVP e teve a melhor temporada de sua carreira arremessando. Aos 28 anos, Shaquille O’Neal venceu seu primeiro título e seu único troféu de MVP. Aos 28 anos, LeBron James venceu seu primeiro título e ganhou seu 3º troféu de MVP. A lista segue e comprova o ponto: a maioria dos grandes atletas, especialmente na NBA, atinge o seu auge aos 28 anos de idade ou bem próximo deles.
Mas não era isso que esperavam para Eric Gordon quando ele tinha 27 anos. Naquela temporada 2015-16, o ala-armador jogaria 45 jogos, anotaria 15 pontos por jogo e passaria despercebido em um New Orleans Pelicans que, mais uma vez, falhara em levar Anthony Davis, um dos maiores talentosos jogadores da NBA, aos playoffs.
Eis que antes de completar 28 anos, Eric Gordon, pela 1ª vez na sua carreira um agente livre, mudou os rumos da sua carreira. Em julho de 2016, ele assinou com o Houston Rockets por 4 temporadas. Era um novo começo para o camisa 10.
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De segunda opção à Sixth Manh of the Year
A contratação de Eric Gordon, na verdade, foi uma carta na manga do General Manager do Rockets, Daryl Morey. O alvo #1 para aquela offseason era outro: Kent Bazemore, grande destaque do Atlanta Hawks na temporada anterior. Devido, principalmente, aos altos valores da negociação, o Rockets acabou perdendo a briga e Bazemore permaneceu em Atlanta.
Diante da recusa em seu plano A, Morey seguiu em frente com as contratações da off-season, fechou com Ryan Anderson e em seguida foi atrás de outro antigo Pelican: Eric Gordon. As negociações foram rápidas e em poucas horas as partes chegaram a um acerto.
O restante é história. Eric Gordon quebrou vários recordes estabelecidos para um jogador reserva, se sagrou campeão do torneio de 3 pontos e, ao fim da temporada, foi eleito Sixth Man of the Year.
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Além dos números, Eric Gordon evoluiu fisicamente. Vindo do banco, ele jogou o maior número de jogos da sua carreira desde o seu ano de calouro. Foram 75 jogos, 15 deles como titulares. A evolução física e a situação perfeita levaram Eric Gordon a ter e a melhor temporada da carreira: 16.2 PPG, 2.7 RPG, 2.5 APG, com 40,6% de aproveitamento nos arremessos de quadra e 37,2% nos arremessos do perímetro.
Flash, Splash, Smash: as onomatopeias da eficiência de Eric Gordon
Para a temporada 2017-18, a principal contratação do Rockets foi o armador Chris Paul. As dúvidas sobre a produção de Eric Gordon começaram a surgir a partir do momento da contratação. Ninguém sabia como o jogo de EG seria afetado pela chegada de outra estrela do mesmo setor da quadra.
No entanto, Chris Paul se lesionou na pré-temporada e acabou jogando apenas o 1º jogo da temporada até o momento. Sem CP3, Eric Gordon tomou controle do Rockets com seus minutos e tem produzido em um nível acima que grande parte dos fãs do Rockets esperavam.
No gráfico abaixo, da ESPN, é possível ver como o Rockets é muito melhor dos dois lados da quadra com Eric Gordon dentro de quadra.
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Eric parece finalmente ter juntado todos os apelidos que recebeu ao longo da carreira. “Flash” Gordon quando surgiu no Clippers, devido a sua velocidade para chegar a cesta, ele se transformou no “Splash” Gordon em Houston. Campeão do torneio de 3PTs, EG acabou a temporada como um dos mais eficientes arremessadores do perímetro na NBA. Nessa temporada, temos uma nova versão: o “Smash” Gordon é uma referência à agressividade de Eric ao atacar a cesta.
Das 79 cestas feitas por Gordon no começo da temporada, 37 são bandejas ou enterradas, onde mais de 91% são dentro da zona restrita, lugar da quadra em que Eric tem 68% de aproveitamento. Entre os armadores, EG tem a 3ª melhor marca da NBA (pelo menos 40 arremessos da zona restrita tentados). Por jogo, EG anota 6.4 pontos dentro do garrafão, 3ª melhor marca do Rockets - atrás somente de Clint Capela e James Harden.
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Mas se engana quem pensa que a versão “Smash” de Gordon atrapalha a versão “Splash” Gordon, já tradicional em Houston. Eric teve um começo lento nos arremessos do perímetro, mas parece finalmente ter acertado sua mecânica e tem sido cada vez mais efetivo. Nessa temporada, foram 122 arremessos para 3 pontos e 43 convertidos, o que dá um aproveitamento de 35,2%. A média de 11 arremessos tentados por jogo é ainda maior que a de 8, da temporada passada. Boa parte se deve, é claro, a ausência de CP3 em 10 dos 11 primeiros jogos.
A defesa de Eric Gordon também tem sido um ponto alto do seu começo de temporada. Assim como o restante do time, EG tem sido inteligente o suficiente para conseguir as paradas defensivas quando o Rockets precisa. Exemplo disso foi na partida contra o Philadelphia 76ers. No último ataque do Sixers no jogo, Eric anulou Ben Simmons limitando suas opções de execução, forçando o toco de James Harden. Veja:
"James Harden não marca ninguém mimimi" O TOCO DECISIVO DE JAMES HARDEN ESTÁ PASSANDO PELA SUA TIMELINE DÊ RT PARA SEMEAR A VERDADE pic.twitter.com/AKtKmjQ7cw
— Red Nation BR 🇧🇷 (@RedNationBR)
October 26, 2017
A situação ajudou, com a lesão de CP3, mas Eric Gordon tem tido a melhor temporada da sua vida. Tecnicamente, ele consegue finalmente colocar todo o seu arsenal em prática - dos dois lados da quadra. Fisicamente, Eric nunca pareceu tão ágil, forte e explosivo.
Com a volta de Chris Paul, a tendência é que Eric Gordon tenha menos arremessos por jogo, mas cresça sua eficiência. Outro armador de elite deve gerar mais espaços em quadra e melhores arremessos para que EG aumente sua produção ofensiva. Na defesa, CP3 representa outro marcador de elite e elétrico, que tende a contagiar seus companheiros.
O torcedor do Rockets pode se empolgar, porque tudo indica que Eric Gordon continuará sendo um verdadeiro all-star saindo do banco de reservas. Um privilégio para poucos times na história. O futuro da backcourt do Rockets está em boas mãos, tendo a ajuda do melhor Eric Gordon que a NBA já viu.
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rednationbr · 8 years ago
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Montando o quebra-cabeça: Rockets acerta com Tarik Black e Luc Mbah a Moute
Pouco mais de uma semana depois de anunciar P.J. Tucker, o Rockets voltou a se movimentar no mercado de agentes livres nos últimos dias e acertou duas novas contratações. 
Assim como fez em todos os negócios por agentes livres, a franquia de Houston foi ao mercado para buscar reforços para sua rotação. A necessidade se tornou ainda maior depois da troca por Chris Paul, que tirou dois jogadores que faziam parte da rotação (Lou Williams e Sam Dekker).
Para os incrédulos no trabalho de Daryl Morey, foi um duro golpe. Alguns tiveram a audácia de criticar a troca por CP3, alegando que o Rockets abriu mão de muitos jogadores da sua rotação para completar o negócio. Agora, Morey tornou o banco do Rockets ainda mais forte com as três contratações que fez.
Tarik Black: perfil e estatísticas
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Foto: Divulgação/ NBA.com
Nome: Tarik Bernard Black Idade: 25 anos (22/11/1991) Posição: Pivô Altura: (6′9′’) 2,06m Peso: (250lb) 113kg Anos de experiência: 3 Times anteriores: Houston Rockets (2014), Los Angeles Lakers (2014-17)
O pivô Tarik Black jogou por duas universidades na NCAA. Depois de se formar, após 3 anos em Memphis, Tarik se transferiu para Kansas e pelos Jayhawks teve médias de 15.0 pontos por jogo no Torneio NCAA. No Draft de 2014, Black acabou não sendo draftado.
Mas a sua carreira começou no Rockets, quando ele assinou pela equipe de Houston para a disputa da Summer League. Após o período, ele assinou contrato e disputou 25 jogos durante a temporada regular, sendo dispensado em dezembro de 2014.
Dois dias após a dispensa, o Lakers chamou Tarik Black da lista de dispensados e absorveu o seu contrato. Em Los Angeles, Black jogou 2 temporadas e meia, obtendo médias de 5.5 pontos, 5.1 rebotes e 0.6 tocos em 16.6 minutos por jogo.
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Foto: The Undefeated/ Getty Images
Tarik Black chega para completar a vaga de 3º pivô do Rockets, e provavelmente substituirá Nenê no banco quando o brasileiro for poupado - fato que já aconteceu na temporada passada. A principal característica que Black agrega ao Rockets é a sua proteção de aro e sua eficiência na tábua, onde ele é um ótimo reboteiro de ataque.
O pivô assinou um contrato de 1 ano no valor de US$ 3,3 milhões, o que significa que o Rockets usou a sua bi-annual exception. Embora Morey tenha dito que guardaria a cláusula para o futuro, o valor foi considerado abaixo do preço de mercado - já que Tarik Black ganharia mais de US$ 6 milhões se tivesse ficado no Lakers.
Luc Mbah a Moute: perfil e estatísticas
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Foto: @VNdsgn/ Twitter
Nome: Luc Richard Mbah a Moute Idade: 30 anos (09/09/1986) Posição: Ala Altura: (6′8′’) 2,03m Peso: (230lb) 104kg Anos de experiência: 9 Times anteriores: Milwaukee Bucks (2008-13), Sacramento Kings (2013), Minnesota Timberwolves (2013-14), Philadelphia 76ers (2014-15), Los Angeles Clippers (2015-17).
Um combo forward camaronês de 2,03m, Luc Mbah a Moute vive e joga basquete nos Estados Unidos desde jovem. No college, ele jogou 3 temporadas por UCLA, onde teve médias de 8.7 pontos, 7.2 rebotes, 1.6 assistências e 1.3 roubos de bola.
No Draft de 2008, ele acabou sendo escolhido pelo Milwaukee Bucks, na 2ª rodada, com a 37ª escolhe geral. Ele jogou suas primeiras 5 temporadas na liga pela equipe de Milwaukee, disputando 335 jogos, sendo 233 como titular. Ele acabou trocado para o Kings, e desde então passou também por Timberwolves e Sixers, sem atuar por mais de uma temporada em cada uma dessas equipes.
Em 2015 assinou com o Los Angeles Clippers, onde foi titular em 137 dos 155 jogos disputados em LA. É importante notar que ele também foi companheiro de Chris Paul nessas duas últimas temporadas - o que nos leva a acreditar que a contratação do ala passou pelo crivo de CP3, podendo até ter alguma influência do novo armador do Rockets.
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Foto: AP Photo/Kathy Willens
Mbah a Moute chega para acrescentar ao Rockets principalmente na defesa nas alas, um ponto importantíssimo pensando na disputa do título. Afinal, os melhores jogadores dos dois melhores times da NBA - Warriors e Cavaliers - são alas: Kevin Durant e LeBron James. Com uma envergadura de 2,13m, ele tem braços longos e recursos técnicos suficientes para marcar qualquer ala de elite na NBA.
Aqui um vídeo dele marcando Kawhi Leonard e LaMarcus Aldridge, em uma partida contra o Spurs, na temporada passada:
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Além da boa defesa, ele teve o melhor ano de sua carreira chutando na temporada passada. Com chutes limitados (1,4 por partida) ele teve um aproveitamento de 39% do perímetro. Dentro do arco, sua melhor marca na carreira, com 55,2%.
O combo forward foi contratado pelo salário mínimo de veteranos da NBA, recebendo US$ 2,1 milhões por 1 ano de contrato. Sendo assim, o Rockets não precisa de espaço no seu teto salarial para completar a transação e ele influencia bem pouco nas finanças da equipe. O valor foi considerado um excelente negócio, já que era esperado que o ala - titular no Clippers por 2 temporadas - assinasse por propostas na casa dos 6 milhões de dólares. A sensação geral é de que o elenco forte do Rockets aliada a influencia de Chris Paul (ex-companheiro de Luc em LA) possibilitou o acordo por valores tão baixos.
Com a adição de Tarik Black e Luc Mbah a Moute, o Rockets aumenta o seu potencial defensivo e indica em que direção quer seguir: melhorar sua defesa. O técnico Mike D’Antoni disse que para chegar ao título a equipe teria que subir pelo menos para o top 5 de defesa. Ano passado, o Rockets ficou no meio da tabela no quesito defesa.
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Foto: Sean M. Haffey/ Getty Images
Agora, o Rockets terá um trio com Trevor Ariza, P.J. Tucker e Luc Mbah a Moute - três defensores de elite na ala - para segurar alguns dos melhores jogadores da NBA e adversários diretos na briga pelo título: Kevin Durant, LeBron James, Kawhi Leonard, Jimmy Butler, Paul George e Gordon Hayward. Entre os pivôs, Capela, Nenê e Black também dão a solidez defensiva necessária na proteção do aro.
Para aqueles que achavam que o Rockets tinha perdido seu banco ao trocar por Chris Paul, se enganaram. Hoje o banco e o elenco do Rockets já são muito superiores em relação ao ano passado. Houston parece caminhar para ser o 2º melhor time do Oeste - e talvez da NBA. Enquanto isso a novela que envolve Carmelo Anthony segue indefinida, embora o Rockets - seu destino preferido - tenha retomado as conversas sobre uma troca pelo All-Star.
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rednationbr · 8 years ago
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CP3 Day: Rockets apresenta sua nova estrela nesta sexta
Exatos 13 dias depois do anúncio oficial da troca, o Houston Rockets finalmente anunciou uma data para a apresentação do armador 9x All-Star, Chris Paul. Como sugere o tamanho da contratação, CP3 será apresentado - com festa à imprensa e fãs - como a nova estrela da franquia.
O evento foi confirmado para a próxima sexta-feira (14), às 16 horas pelo horário de Brasília (2 P.M. no horário local de Houston), no Toyota Center. Segundo o comunicado oficial via site, o CP3 Day será aberto a torcida, que pode chegar com meia hora de antecedência. Esse será o primeiro contato efetivo de Chris Paul com a Red Nation desde a sua contratação.
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A coletiva de imprensa se iniciará às 16 horas de Brasília e vai contar com uma transmissão ao vivo do Rockets, provavelmente através do seu site oficial. Após a apresentação, CP3 vai fazer uma aparição pública para os fãs presentes no Toyota Center. Fãs esses que terão direito a estacionamento gratuito, além de performances de entretenimento, comida e distribuições de brindes.
De acordo com o comunicado, essa também será a primeira oportunidade de comprar uma camisa do Rockets com o nome de Chris Paul. Confira o modelo:
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Devido ao novo acordo com a Nike - que se inicia essa temporada - não haverá vendas das camisas de jogo que Chris Paul usará na próxima temporada. Talvez modelos antigos estejam disponíveis na loja do Toyota Center, mas os novos modelos ainda não foram anunciados pela nova fornecedora. Por agora, a única certeza é que Chris Paul usará o número 3.
Toda a cobertura da apresentação e os trechos principais da coletiva de CP3 você pode conferir no @RedNationBR. Fique ligado!
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rednationbr · 8 years ago
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For the culture
Chris Paul é o novo armador do Houston Rockets. Isso você provavelmente já sabe. A grande questão em todo o frenesi que a troca causou na NBA foi: como Chris Paul e James Harden podem e irão coexistir em uma quadra de basquete?
Esse é um assunto que eu quero trazer à mesa e discutir aqui, mas primeiro eu gostaria de fazer o caminho inverso. Chegar no ponto em que poucos falam, que poucos se importam e que muitos negligenciam e subestimam nessa liga tão altamente competitiva como a NBA: o extraquadra. CP3 é um talento que pertence ao Hall da Fama, onde estará quando sua carreira acabar, mas o que ele traz para o Houston Rockets de fora para dentro das quadras? O que ele acrescenta à franquia fora das quadras? Responder essas perguntas é o objetivo desse texto.
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Chris Paul discursa sobre a desigualdade racial nos Estados Unidos, na abertura do ESPY Awards, em 2016. (Créditos: The Undefeated/ESPN)
O principal fator que Chris Paul traz ao Rockets de fora para dentro das quadras é a cultura. CP3 é conhecido por ter uma das éticas de trabalho mais duras e obcecadas da NBA – chegando a se tornar um problema em determinados momentos – e é esse tipo de cultura que ele vai acrescentar ao Houston Rockets. Quando você, um jogador que daqui a 20 anos ninguém além da sua família vai se lembrar, olha para o lado e vê Chris Paul – um futuro Hall da Fama, com um dos maiores currículos e talentos que essa liga já viu – trabalhando como se cada treino fosse uma final de NBA, você fica inspirado. Você tem que ficar inspirado.
Ou melhor, é bom você ficar inspirado. Porque se não, Chris Paul pode perder a paciência com você. Afinal, quem não se lembra da bronca do armador no meio do jogo quando o pivô DeAndre Jordan não fez o arremesso que garantiria a vitória do Clippers?
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Mas o desejo pela vitória e o rigor com seus companheiros de equipe não vêm de hoje para CP3. Kelvin Sampson, técnico de basquete, contou à matéria de capa do Houston Chronicle no último domingo uma história interessante sobre a competividade de um jovem Chris Paul.
O ano era 2004. A seleção americana sub-20 de basquete realizava um treino popularmente conhecido como “cortar a garganta”. O treino funciona basicamente assim: um time ataca e o outro defende. Para pontuar, a bola precisa passar por todos do time antes do arremesso. Se o time atacante conseguir a cesta, segue em quadra e troca o time de defesa. Se o time de defesa impedir a cesta, passa ao ataque, enquanto o time que errou a cesta dá lugar a um time que entra defendendo.
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Chris Paul celebra com fãs a vitória de Wake Forest, em cima de North Carolina, em 2005. (Créditos: Chuck Burton/AP)
Durante o treino, um companheiro de equipe de Paul errou e isso custou a vitória do time. Chris olhou para Sampson e disse: “Vamos jogar de novo, coach. Vamo fazer isso de novo”. O coach concordou, e pediu que o time de CP3 fosse à defesa. Então ele conta: “Chris se virou e comeu aquele cara no esporro: ‘Se você não quer estar aqui, se você não quer competir e jogar duro... cara, vai para casa’“. Aquele era apenas o segundo dia de treinos.
Coach Sampson, atualmente técnico dos Houston Cougars, da NCAA, é só elogios ao armador:
“ Ele é duro. Ele trabalha duro, ele compete. Não existem muitos como ele. Ele é um desses jogadores verdadeiramente excelentes. ”
E ele não é o único que diz isso do CP3. Nabie Fofanah, ex-corredor olímpico e atualmente personal trainer, começou a treinar com o armador no verão de 2014 visando melhorar o seu condicionamento. Naquele ano, Paul queria jogar pela primeira vez na carreira os 82 jogos de uma temporada regular. E conseguiu. Mas Fofanah não é um cara qualquer. Ele veio da Guinpe para os Estados Unidos ainda criança, e na América seus pais mal podiam pagar por comida, roupas e sapatos. Foi mandado para a França aos 11 anos de idade e aos 14 foi para o Canadá morar com seus tios. O garoto que era alvo de piadas por ser o mais lento do time de corrida da escola acabou superando todas as dificuldades, disputou duas olimpíadas e se tornou um renomado treinador de atletas de alta performance. Entre eles, Chris Paul.
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Nabie Fofanah e Chris Paul treinam juntos todo verão, durante 3 meses. (Créditos: FOX Sports)
Com propriedade para falar sobre derrubar barreiras e trabalhar duro para conquistar seus objetivos na vida, Nabie Fofanah não mede elogios a quem ele diz ser um “cara especial”:
“ A coisa mais importante de tudo que o Chris tem – que é uma das 3 maiores que eu já vi na vida – é a força mental dele. O cara é uma aberração mental. Existem caras que vão ser fisicamente melhores que você em muitos esportes, mas quando você está diante de alguém assim, que é mentalmente duro, uma pessoa de mentalidade normal ou uma pessoa de mentalidade fraca, o jogo deles imediatamente cai e eles nem sabem por quê. É a força mental daquele cara que está realmente te destruindo. Você tem que ser capaz de sustentar isso quando você está diante de alguém assim. Então a força mental dele é a melhor parte de todas. É por isso que ele é capaz de passar por cima de tantas coisas diferentes – as lesões e todas essas coisas. A melhora ao longo da carreira dele ou até mesmo na vida, é por causa disso. ”
Essa ética de trabalho de Chris Paul pode trazer benefícios incontáveis para o Rockets. James Harden foi muito criticado no passado por ser acusado de pouco disciplinado nos treinos, de estar mais preocupado com sua imagem fora das quadras do que com seu preparo físico. O Barba provou todos errados na temporada passada, quando fez a sua 2ª temporada de nível de MVP na carreira. Ainda assim, há espaço para melhoras e James parece saber disso, já que ele quis ter CP3 ao seu lado. Mais do que aprovar a contratação, Harden pediu Paul ao front office e recrutou o armador para o Rockets. Em New Orleans, CP3 foi companheiro de time de Trevor Ariza – outro obcecado pelos treinamentos. Ou seja, Chris Paul já tem garantido o apoio dos dois líderes do elenco. Não vai demorar muito até que sua ética de trabalho se espalhe por esse elenco sedento por vitórias. Por isso, o que CP3 traz vai muito além do que o que ele pode fazer em quadra. Chris Paul traz uma cultura vencedora ao Rockets. Ele sabe como vencer, como liderar e tirar o melhor de cada um de seus companheiros. E isso importa na NBA.
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Chris Paul não veio para Houston a passeio. Ele tem um objetivo bem claro em sua mente: ser campeão. E ele não vai parar enquanto não conseguir. Ainda em 2009, CP3 já expressava seu desejo pelo título:
“ Eu não quero esperar até o meu 9º, 10º ano na NBA para vencer um campeonato. É tudo agora, o amanhã não é garantido. Essa é minha 5ª temporada na NBA e eu vou tratar como se fosse a minha última. ”
Na temporada que vem, Chris entrará em sua 13ª temporada e ele tem uma dívida consigo mesmo. O seu anel está mais do que atrasado. Imagine o quanto esses anos de atraso não estão atravessados na garganta de um dos melhores armadores que a NBA já viu. CP3 veio para levar o Rockets a outro patamar. Chris Paul quer seu primeiro anel e o terceiro banner no topo do Toyota Center. E ele não gosta de esperar.
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rednationbr · 8 years ago
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P.J. Tucker acerta com o Rockets por 4 anos
Apenas hoje, no segundo dia de janela, o Houston Rockets realizou o seu primeiro movimento no mercado de agentes livres da NBA. Foi acertada há pouco a contratação do ala P.J. Tucker, de 32 anos, por um contrato que pagará US$ 32 milhões ao longo de 4 anos.
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Foto: @JordanHerald5/ Twitter
Segundo informações de Shams Charania, que deu o furo da contratação no twitter, Tucker se encontrou com seu último time, o Toronto Raptors, na Filadélfia assim que a janela se abriu, na meia-noite de sábado. No entanto, o Rockets foi rápido para entrar na disputa pelo ala, que conversou com membros do time - incluindo James Harden - que o informaram que o Rockets acredita que ele pode crescer dentro do sistema de jogo do Coach D’Antoni.
Na sua passagem pelo Raptors na temporada passada, PJ teve 81% de eFG% quando livre em arremessos de média e longa distância, de acordo com a Synergy Sports. Segundo Jonathan Feigen, do Houston Chronicle, o Rockets acredita que ele pode conseguir mais chutes desse tipo com Chris Paul e/ou James Harden em quadra. Ainda de acordo com Feigen, o Rockets pretende usar a mid-level exception (que totaliza US$ 8,4 milhões) para assinar o contrato de P.J. Tucker, que deve se iniciar em torno de US$ 7,5 milhões anuais.
A chegada de P.J. Tucker pode ter representado não somente o primeiro movimento do Houston Rockets nessa janela de agentes livres, mas também a primeira jogada de Chris Paul com as cores do Rockets - ainda que sem entrar em quadra. De acordo com Brian Windhorst, da ESPN americana, Chris Paul foi um grande fator para que PJ decidisse se juntar aos Rockets.
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Foto: Getty Images
Ainda segundo o jornalista da ESPN, o Raptors teria oferecido cerca de US$ 33 milhões por 3 anos de contrato, mas PJ abriu mão de US$ 3 milhões do seu salário anual para jogar junto com o seu amigo Chris Paul. Apesar da oferta do Rockets ter uma duração maior (4 anos), o valor total ainda é US$ 1 milhão a menos e seu último ano de contrato em Houston é garantido apenas parcialmente. Ou seja, no fim das contas PJ pode ter aberto mão de quase US$ 9 milhões para jogar ao lado de CP3.
P.J. Tucker chega para completar o espaço deixado na ala do Rockets desde a saída de Corey Brewer, ainda na metade da temporada passada. Desde então, Eric Gordon, Lou Williams e Sam Dekker - os dois últimos agora no Clippers - tiveram minutos na posição quando os titulares descansavam. Tucker deve ser o reserva imediado de Trevor Ariza além de gastar alguns minutos na posição 4 - quando Mike D’Antoni escolher por uma formação menor.
P.J. Tucker: perfil e estatísticas
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Foto: @dtexanz/ Twitter
Nome: Anthony Leon Tucker Idade: 32 anos (05/05/1985) Posição: Ala Altura: (6′6′’) 1,98m Peso: (245lb) 111,1kg Anos de experiência: 6 Times anteriores: Toronto Raptors (2006-07; 2017), Phoenix Suns (2012-16)
Tucker foi draftado pelo Raptors com a 35ª escolha (Texas) em 2006. Ele jogou 17 jogos na sua temporada de calouro antes de sair para o basquete europeu. Após 5 temporadas no velho continente, jogou no Phoenix Suns por 4 temporadas e meia, até a temporada passada, quando acertou seu retorno a Toronto via troca. Em 6 anos de NBA ele têm médias de 7.7 pontos, 5.7 rebotes, 1.6 assistências e 1.2 roubos de bola por jogo, além de um aproveitamento de quadra de 43,2% e 35,1% no perímetro.
Mais notável pela excelente defesa, PJ já viveu bons momentos marcando de LeBron James a Kobe Bryant e é reconhecido pela sua versatilidade defensiva, podendo marcar diferentes posições apesar de ser relativamente baixo (1,98m). Além disso, o experiente ala traz muita energia para a segunda unidade do time texano e complementa bem a necessidade do Rockets por marcadores. Comparando com um nome conhecido pela Red Nation, PJ tem um perfil muito semelhante ao de Patrick Beverley. Inclusive, é possível que ele use o mesmo número 2 deixado por Bev.
Embora o nome de Tucker já tenha despertado interesse do Rockets na última trade deadline, uma possível negociação não foi especulada durante essa janela de agentes livres, e por isso o acerto repentino foi visto com surpresa - em um típico movimento do General Manager do Rockets, Daryl Morey.
O Rockets ainda busca mais opções para completar o seu banco - provavelmente mais um ala e um armador - e nomes como Iman Shumpert podem aparecer em Houston muito em breve. O Rockets também deve ficar atento a qualquer oportunidade por uma 3ª estrela, a essa altura financeiramente possível somente via troca ou sign-and-trade.
Para isso e muito mais, fique ligado no @RedNationBR, no twitter. A cobertura completa da janela de agentes livres do Rockets você pode acompanhar por lá. Mas enquanto isso, você pode ter um gostinho do que P.J. Tucker traz à defesa do Rockets assistindo o vídeo abaixo:
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rednationbr · 8 years ago
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CHRIS PAUL É DO ROCKETS!
Se você, por algum motivo, esteve longe das notícias da NBA no dia de hoje, você leu certo. O armador Chris Paul, de 32 anos, foi trocado pelo Los Angeles Clippers para o Houston Rockets. Em Houston ele formará uma das duplas de armadores mais talentosas da história da NBA, ao lado de James Harden.
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Chris Paul tinha uma Player Option para a próxima temporada. Ou seja, ele poderia escolher se ficaria mais um ano ou não. O armador estava prestes a declinar sua opção e se tornar um agente livre irrestrito, fato que ele tornaria oficial antes do dia 1º. No entanto, em um acordo entre as partes, Chris Paul exerceu a sua opção de US$ 24.2 milhões e foi trocado para a franquia texana.
A troca
A negociação foi grande, executada em várias frentes e só há pouco foi acertada e anunciada oficialmente. Confira aqui os detalhes e o passo a passo da negociação que levou CP3 ao Rockets.
O Houston Rockets enviou compensações financeiras para adquirir os seguintes jogadores: DeAndre Liggins, do Dallas Mavericks e Darren Hilliard, do Detroit Pistons. As negociações permitiram ao Houston Rockets adquirir Chris Paul, enviando ao Los Angeles Clippers o seguinte pacote: Patrick Beverley, Lou Williams, Sam Dekker, Montrezl Harrell e Kyle Wiltjer (todos do Rockets) e os negociados DeAndre Liggins e Darren Hilliard. Além deles, o Clippers receberá a escolha do Rockets na 1ª Rodada do Draft de 2018 e 661 mil dólares. A escolha será protegida, a medida que se ela for uma das 3 primeiras escolhas, será mantida em Houston.
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Com isso, Chris Paul chega ao Rockets com 1 ano de contrato, mas a expectativa é que ele renove o quanto antes. Por abrir mão de uma cláusula contratual que permitia um aumento salarial em caso de troca, Chris Paul deve ficar inelegível para uma extensão pelos próximos 6 meses. Depois desse prazo, ele poderia assinar uma extensão no valor de US$ 130 milhões por 4 anos. No entanto, por ter sido trocado para o Rockets, a franquia texana possui os bird rights de CP3 e se ele esperar até a free agency da próxima temporada, o Rockets pode oferecer uma extensão no valor de US$ 207 milhões por 5 anos de contrato.
Além dos jogadores adquiridos para essa troca por Chris Paul, o Houston Rockets também enviou compensações financeiras pelo ala Ryan Kelly, do Atlanta Hawks e pelo armador Tim Quarterman, do Portland Trail Blazers. Além deles, o ala Shawn Long, foi trocado com o Philadelphia 76ers por compensações financeiras e uma escolha de 2ª rodada do draft de 2018.
Chris Paul: perfil e estatísticas
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Nome: Christopher Emmanuel Paul Idade: 32 anos (06/05/1985) Posição: Armador Altura: (6′0′’) 1,83m Peso: (175lb) 79,4kg Anos de experiência: 12 Times anteriores: New Orleans Hornets (2005-11), Los Angeles Clippers (2011-17)
Chris Paul é, simplesmente, um dos maiores armadores da história do basquetebol e o maior de sua geração. Draftado com a 4ª escolha no ano de 2005, CP3 tem médias de 18.7 pontos, 9.9 assistências, 4.4 rebotes e 2.3 roubos de bola. O armador chuta 47,3% na carreira, com 37% de aproveitamento do perímetro e 86,6% da linha do lance livre. Uma força dos dois lados da quadra, Chris Paul já liderou a NBA em assistências 4 vezes (2008, 2009, 2014 e 2015) e em roubos de bola por 6 vezes (2008, 2009, 2011, 2012, 2013 e 2014).
Foi apelidado de “Point God” (um trocadilho com Point Guard) devido a sua capacidade de exercer a função de armador com perfeição quase divina. Chris Paul é 9x All-Star (2008-2016), sendo o MVP em 2013, e fez parte do All-NBA 1st Team por 4x (2008, 2012, 2013 e 2014), outras 3x All-NBA 2nd Team (2009, 2015 e 2016) e All-NBA 3rd Team em 2011. Além disso, ele integrou o 1st Team All-Defense por 7x (2009, 2011-17) e 2x 2nd Team All-Defense (2008 e 2011). Com a seleção americana, Chris Paul foi medalha de ouro nas Olimpíadas de Pequim 2008 e Londres 2012 - quando jogou com James Harden.
Se você quer ir experimentando um gostinho do que esperar de CP3 no uniforme do Rockets, aqui estão as melhores jogadas do armador em cada temporada dele na NBA:
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A negociação
Segundo Marc J. Spears, da ESPN, Chris Paul estava seriamente interessado em jogar no San Antonio Spurs, mas a chance de jogar sem a bola e dividir as obrigações de armador com James Harden, era mais atrativa para o armador. Essa é uma das grandes questões tanto para Harden quanto para Paul, que em suas carreiras nos playoffs sempre estiveram sobrecarregados nos momentos finais de jogo. Agora, as duas estrelas podem dividir a bola no momento crucial e a chance dos dois estarem mais prontos física e mentalmente é maior.
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Em reunião com o front office do Los Angeles Clippers na tarde de ontem, Chris Paul disse à franquia angelina que pretendia deixar LA e revelou seu interesse por Houston. Ao invés de perder o armador de graça, a equipe buscou um acordo com o Rockets e o enviou para Houston recebendo bastante coisa em troca. Segundo Jonathan Feigen, do Houston Chronicle, James Harden teve um papel fundamental na negociação. Ele não apenas manifestou seu interesse em formar dupla com o Point Gawd, como esteve recrutando Chris Paul fortemente para o Rockets. Segundo Adrian Wojnarowski, do Yahoo! Sports, esse foi um fator decisivo para a negociação, uma vez que James Harden e Chris Paul estavam determinados a jogarem juntos.
Despedidas
Em anúncio oficial, Leslie Alexander, dono do Houston Rockets, explicou a contratação:
“Desde que vencemos dois campeonatos seguidos, a perseguição de um terceiro título tem sido o grande objetivo para a nossa franquia. Nós sentimos que combinar dois dos melhores jogadores da liga, em James Harden e Chris Paul, operando no sistema do Técnico D’Antoni, nos dá a chance de ser um time de calibre para ser campeão que vai competir no mais alto nível nos próximos anos.”
Mr. Alexander ainda agradeceu, em nome da franquia e da torcida do Rockets, aos serviços prestados pelos jogadores que estão deixando a equipe. Patrick Beverley, há 5 anos no Rockets, recebeu um agradecimento especial:
“Também gostaria de agradecer Sam, Montrezl, Kyle e Lou por ajudarem a fazer dessa última temporada uma temporada especial. Eu também gostaria de expressar minha mais profunda gratidão a Pat Beverley, quem, nas últimas 5 temporadas, sempre deixou tudo que ele tinha na quadra.”
Patrick Beverley também deixou seu agradecimento à cidade de Houston e à Red Nation através de uma carta aberta, publicada em seu twitter:
“Os últimos dias tem sido cheio de emoção para mim e minha família! Conquistar um dos meus maiores objetivos na carreira e ser reconhecido pelo que eu acredito que é o centro do que significa ser um bom jogador de basquete e companheiro de equipe, tem significado tudo pra mim. E agora hoje, eu tenho que dizer à cidade pela qual eu ralei e lutei: MUITO OBRIGADO, do fundo do meu coração. Houston me deu a chance que outros times e cidades não dariam. A organização, técnicos, staff, meus companheiros de equipe e os fãs me apoiaram além do que eu poderia imaginar. É difícil dizer adeus, mas eu vou sempre ter um grande orgulho e amor pela chance de ser parte da Red Nation!“
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Pat também postou uma mensagem celebrando sua ida para o Clippers, mostrando que está pronto. Ele também agradeceu a JJ Watt, defensive end e estrela do Houston Texans (NFL) que lamentou a saída de Beverley, dizendo que sua “paixão e intensidade” são difíceis de serem substituídas e farão falta.
Outros jogadores envolvidos nas trocas também se manifestaram. Sam Dekker, via twitter, agradeceu a Houston por sempre recebe-lo de braços abertos e disse que deu tudo o que tinha sempre que entrou. Montrezl Harrell, até o momento, não se manifestou publicamente sobre a troca. Com bom humor, o novato Kyle Wiltjer disse que o dia de hoje foi “cheio, para dizer o mínimo” - em referência as seis trocas feitas pelo Rockets. Ele também agradeceu a cidade de Houston pelo que chamou de “primeiro ano incrível” e se mostrou empolgado com o futuro.
Também com bom humor, Lou Williams apareceu alguns momentos depois que a troca foi informada e disse: “1:13 da manhã em Pequim, não consigo dormir. Vamos ver algumas notícias de basquete e ver o que está acontecendo”. Depois de brincar e rir com alguns fãs, Lou fez seu agradecimento, mas sem perder o bom humor: “Obrigado Houston pelo amor. Mas vamos fingir que esses 3 meses não acontecerem. Ninguém se machucou, então sem mágoas, lol”.
É apenas o começo para o Rockets
“O Rockets não terminou ainda”, foi o que afirmou Jeff Goodman, da ESPN. Segundo a imprensa americana, o Rockets estaria tentando recrutar - agora com suas novas estrelas, Chris Paul e James Harden, uma terceira estrela para formar um Big Three em Houston.
Alguns nomes foram ventilados ao longo das últimas semanas, mas dois ganharam mais força após a chegada de Chris Paul: Paul George, ala do Indiana Pacers, e Paul Millsap, ala do Atlanta Hawks. Essa é a informação que Brian Windhorst passou ao vivo no Sports Nation, programa da ESPN americana. Ele acredita que com os contratos que o Rockets recebeu nas trocas realizadas mais cedo, tudo indica que há um movimento por uma outra grande estrela, e esses dois seriam os favoritos.
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Com as transções realizadas hoje, o Rockets conta agora com um elenco de 11 jogadores, tendo como principal free agent o pivô brasileiro Nenê Hilário, que deve renovar seu contrato sem maiores preocupações. Portanto, é óbvio que o Rockets ainda fará movimentos para completar o seu elenco da melhor maneira possível.
Na questão financeira, o Rockets agora é um time acima do teto salarial da NBA. Com isso, a franquia tem agora uma exceção (MLE) de US$ 8.4 milhões e uma exceção (LLE) de US$ 3 milhões que podem ser gastos com qualquer agente livre nesse verão americano. Além dela, uma exceção bi-anual no valor de US$ 3.2 milhões e uma exceção de trade no valor de US$ 11 milhões completam o espaço salarial que o Rockets tem para operar. Outras opções são mover contratos grandes, como o de Ryan Anderson (cerca de US$ 19 milhões) e Eric Gordon (cerca de US$ 12 milhões), ou os contratos não-garantidos adquiridos nas trocas. Contratos não-garantidos são valiosos a medida que dão a chance do time que recebe o jogador dispensá-lo sem precisar pagar por ele, abrindo espaço na folha salarial.
É apenas o começo da free agency do Houston Rockets, mas Daryl Morey e o front office texano já deu uma resposta imensa e imediata: o Rockets não veio para brincar. Em uma das eras mais duras da NBA, com 2 supertimes dominando, o Rockets quer se colocar no meio da disputa. E hoje deu um grande passo em direção a isso, com a adição de um dos maiores talentos da história da NBA.
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rednationbr · 8 years ago
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A Free Agency do Houston Rockets - 2017/18
Com o fim da temporada para o Houston Rockets, a atenção da torcida e da diretoria se voltam para o planejamento para a próxima temporada. Já que não temos uma escolha na 1ª rodada do Draft, a grande expectativa fica pela chegada de jogadores livres.
E conforme a Free Agency se aproxima, começam a pipocar no @RedNationBR  e nos grupos de whatsapp as questões da ansiosa torcida do Rockets no Brasil. Para sanar todas essas questões e te dar um guia completo de como e por onde Daryl Morey e o Houston Rockets podem se movimentar nesse selvagem mercado de agentes livres, aqui vai um guia bastante completo das necessidades do Rockets, quais os melhores jogadores disponíveis de acordo com essas necessidades e quem pode melhor se encaixar à filosofia de Mike D’Antoni. Em suma, esse texto vai buscar analisar as melhores e mais possíveis opções para o Rockets disponíveis no mercado.
Necessidades do Rockets
First things first: fomos um dos 3 melhores times da NBA na temporada regular, então o nosso elenco semi-finalista da Conferência Oeste está longe de ser fraco. Upgrades são sempre possíveis e necessários na NBA, mas as contratações podem e devem ser pontuais. Sendo assim, vamos à lista de maiores necessidades do Rockets por posição e estilo de jogo.
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Dito e explicado isso, podemos seguir à a lista dos jogadores que possivelmente estarão livres no próximo verão americano e se encaixam nas necessidades do Rockets. Na listagem abaixo, coloquei em destaque aqueles que acredito que tenham mais chance de assinar com o Rockets e que sejam a melhor opção para o elenco. A seguir, outras opções interessantes justificadas. E por fim, algumas outras opções que podem ficar como stand by.
                                                             Free Agents
Point Guard (Armador)
Patty Mills
Ótimo atirador de 3 pontos, muito bom ball handler, bom defensor: um armador completo moldado por Gregg Popovich. É difícil imaginar Mills fora do Spurs, mas é possível que o dinheiro e/ou um armador de elite que tire seus minutos possa sacramentar a saída do australiano.
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Para o Rockets, exigiria a negociação de um dos armadores já estabelecidos no elenco - provavelmente Lou Williams, pelo seu contrato. Como o Rockets não deu nenhuma indicação nesse sentido e Mills deve receber ofertas mais gordas em termos de minutos e dinheiro, é pouco provável que Houston mude seu time de armadores. Estimativa salarial: US$ 9 milhões/ano.
Darren Collison: Um armador sólido o suficiente para ser titular, mas que dificilmente vai conseguir fazer isso em alto nível devido a uma excelente geração na sua posição. Deve aceitar um papel vindo do banco em um time vencedor. Bom ball handler, consegue armar e criar o próprio chute, defensor razoável. Exceto pelos problemas extra-quadra, uma ótima pedida para comandar a 2ª unidade.
Jrue Holiday: Excelente ball handler e um ótimo armador. Tem médias de 6.2 assistências por jogo na carreira e quando saudável foi até All-Star. Porém as lesões tem sido constante –  jogou apenas 172 dos possíveis 246 jogos nas suas últimas 3 temporadas –  e podem o desvalorizar. É pouco provável, mas talvez tenha que aceitar um papel vindo do banco.
Brandon Jennings: Mais uma vez peregrinou pela NBA na temporada. Um dia promissor, Jennings já passou por 5 times em 8 anos. Apesar da inconsistência, o garoto de OAK Hill ainda produz em quantidade razoável para sua minutagem. Um excelente ball handler, bom passador, sabe criar seus próprios pontos e chuta decentes 34% do perímetro na carreira. Pode ser uma opção barata para comandar a 2ª unidade.
Shooting Guard (Ala-armador)
Tyreke Evans
Muito versátil, pode jogar da posição 1 à posição 3 com eficiência bem semelhante. Pode ser um trunfo em um elenco muitas vezes carente dessa versatilidade no perímetro. Bom ball handler, consegue armar para os seus companheiros e criar seus chutes na infiltração.
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Nunca chutou tantas bolas do perímetro como nas últimas duas temporadas - e registrou suas melhores marcas: 38% e 35%. Por outro lado perdeu quase 100 jogos nesses 2 anos. Sua saúde deve abaixar seu valor de mercado. Se saudável, somaria muito ao elenco, sendo mais um 6º homem vindo de um banco já bem municiado. Estimativa salarial: US$ 10 milhões/ano.
J.J. Redick: Chutador de elite, principalmente do perímetro - onde chutou acima de 40% na carreira e na última temporada. Ótimo saindo de screens, arma muito utilizada por Mike D’Antoni, e um defensor razoável. Apesar do encaixe ideal, seu preço e as muitas opções na posição diminuem as chances de ser um alvo.
Kyle Korver: O Rockets já demonstrou interesse nele na última temporada, quando o Hawks decidiu trocá-lo. Acabou no Cavs e é difícil que saia, mas seu gatilho continua letal. Aos 36 anos um dos melhores arremessadores de 3 pontos da história da NBA, apesar da fraca defesa, ainda pode contribuir muito com o ataque do Rockets caso esteja disponível.
Small Forward (Ala)
Danilo Gallinari
Outro jogador que o Rockets já demonstrou seu interesse na temporada passada. Seu pai e empresário chegou a dizer que o Rockets o procurou interessado em contratar seu filho. Com 2,08m e 36% de aproveitamento do perímetro na carreira, Gallo consegue espaçar a quadra, exercendo muito bem as funções da posição 3 e 4.
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Pode ser uma alternativa para espaçar a quadra e ganhar em altura ao mesmo tempo. Embora não seja o melhor dos defensores tem um bom Q.I. de basquete, consegue fazer passes e criar o próprio chute no perímetro e dentro do garrafão também. Além disso, é um favorito do técnico Mike D’Antoni, com quem trabalhou no Knicks. Sua saúde foi uma grande questão no seu passado, mas o italiano finalmente conseguiu se manter saudável e perdeu apenas 20 jogos na temporada passada. Por isso deve conseguir um salário alto na Free Agency. Estimativa salarial: US$ 18 milhões/ano.
Gordon Hayward: O sonho de consumo de 9 em cada 10 torcedores do Rockets para essa Free Agency, Hayward promete ser disputado por unhas e dentes entre contenders como Celtics, Jazz e Rockets. Após ser All-Star pela primeira vez, ele disse que vai priorizar suas chances de ser campeão. Completo, consegue criar seus pontos de qualquer lugar da quadra (chutou quase 40% do perímetro) e ainda tem uma visão de jogo acima da média para um jogador da sua posição. Muito bom defensor, Hayward teve uma temporada de two-way player entre poucos na sua posição - além dele a lista tem Kevin Durant, Kawhi Leonard e Jimmy Butler. No entanto, seu alto valor de mercado deve dificultar o Rockets.
Thabo Sefolosha: O clássico 3-and-D, o suíço perdeu a titularidade em Atlanta mas provou que ainda pode ser efetivo. Consistente nas bolas do perímetro (34,5% na carreira) teve 3 dos seus 4 melhores anos defensivos nas últimas temporadas. Seria uma peça para reforçar a marcação do Rockets, além de ser mais uma ameça no perímetro.
Tony Snell (RFA): Ainda se firmando na NBA, Tony Snell fez a melhor temporada da sua carreira em Milwaukee. Versátil o suficiente para jogar nas posições 2 e 3, ele se provou uma arma eficiente do perímetro ao chutar 40% na temporada. Além disso, tem envergadura e atleticismo suficientes para ser um defensor versátil e ajudar nos rebotes. Contribuiria muito bem vindo do banco. O fator que dificulta é o fato de ser agente livre restrito.
CJ Miles (Player Option): Jogador experiente, veterano e com um excelente gatilho de 3 pontos. Vem do banco em Indiana há 3 temporadas, sempre contribuindo com mais de 10 pontos por partida. Um arremessador consistente de 3 pontos, na última temporada chutou 41%. Sua liderança e seus pontos vindo do banco podem preencher o espaço que existe na posição 3 da rotação do Rockets.
Otto Porter (RFA): Finalmente ele quebrou a sua rookie wall e deu o salto para o próximo nível. Otto Porter Jr. mostrou que pode ser titular em muitos times na NBA. Chutou impressionantes 43% do perímetro, conseguiu pontuar e pegar rebotes e mostrou boa versatilidade para marcar no perímetro e próximo a cesta. As chances, entretanto, são poucas por ser um agente livre restrito. Peça valiosa ao Wizards e jovem com futuro promissor, deverá ser disputado a um preço alto.
Outras opções: Rudy Gay, P.J. Tucker, James Johnson, Jeff Green, Omri Casspi.
Power Forward (Ala-pivô)
Serge Ibaka
Talvez tudo que o Rockets precise para um big man. Um protetor de aro de elite, Ibaka já liderou a NBA em tocos 2 vezes e foi várias vezes candidato ao DPOY. Além disso, ele melhorou como nunca seu chute do perímetro e mostrou uma consistência impressionante: 39% de aproveitamento chutando 4 bolas de 3 por jogo na temporada. Ele ainda tem a versatilidade e físico para jogar tanto na posição 4 como na 5. O Rockets já mostrou interesse nele nessa temporada quando o Magic buscou uma troca e, sem dúvidas, seria uma aquisição valiosíssima.
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Somado a tudo isso, Serge Ibaka talvez seja a opção que daria maior profundidade ao elenco. Caso seja titular como ala-pivô, jogaria as bolas do perímetro e a pontuação de Ryan Anderson para o banco. Caso titular como pivô, suas bolas de 3 espaçariam a quadra ainda mais - tornando o Rockets uma arma mais letal do que já é. Como trunfo, o Rockets aposta na amizade entre Ibaka e Harden, que jogaram juntos no Thunder entre 2009 e 2012. Estimativa salarial: US$ 15 milhões/ano.
Blake Griffin: Se Gordon Hayward é o sonho de consumo de 9 a cada 10 torcedores do Rockets, provavelmente Blake Griffin atende os outros 10% da torcida. O encaixe não é muito claro, mas Blake é um legítimo franchise player. Ele poderia perfeitamente resolver alguns sérios problemas do Rockets, como a falta de presença nos rebotes e a proteção do aro. Porém, provavelmente criaria outros maiores: bolas no post e dividir a bola com Harden. Um craque, mas longe de ser uma das minhas opções favoritas.
Ersan Ilyasova: Depois de 6 temporadas em Milwaukee, ele se tornou um andarilho da NBA, mas sem perder a consistência. Embora tenha jogado por 5 times diferentes nas últimas 2 temporadas, Ilyasova sempre beira os 12 pontos e 6 rebotes. Longe de ser um especialista defensivo, mas seus 36% do perímetro se encaixam no sistema de Mike D’Antoni.
Taj Gibson: Rebotes e defesa, esses são os pontos fortes de Taj Gibson. E é o que o Rockets precisa. O problema é seu jogo ofensivo limitado ao post - que Mike D’Antoni não usa - e a falta de espaçamento. Além disso, seu preço deve tirá-lo da lista de opções do Rockets.
Patrick Patterson: Veterano com qualidade ofensiva comprovada que teve uma passagem de 2 temporadas e meia pelo Rockets. Espaça bem a quadra, tem um chute do perímetro consistente e consegue pegar seus rebotes. Atualmente reserva em um Raptors que se encaminha para o desmanche, um retorno poderia ser benéfico para ambas as partes.
Outras opções: Nikola Mirotic, Alan Williams, Donatas Motiejunas, Steve Novak.
Center (Pivô)
Marreese Speights
Talvez seja a melhor relação custo-benefício para o que o Rockets procura em um big man. É verdade que ele não é exatamente um protetor de aro de elite, mas tem tamanho e capacidade para ocupar a posição 5 com eficiência. Em 2015, foi campeão no Warriors, o que lhe dá experiência em um sistema semelhante. Tem razoável QI de basquete, ponto importante para o pivô do sistema de Mike D’Antoni.
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No ataque, parece ter incluído as bolas de 3 pontos de vez no seu repertório: 37% de aproveitamento em mais de 3 chutes por jogo. Com um salário baixo em relação a outros possíveis alvos, pode ser uma opção de baixo risco e alta produtividade para o banco. Estimativa salarial: US$ 3,5 milhões/ano.
Andrew Bogut: Outro jogador que interessou ao Rockets na última temporada, após ser dispensado pelo Mavs. Acabou em Cleveland, onde se machucou na primeira partida. E esse tem sido seu grande problema: as lesões. Ótimo protetor de aro, reboteiro e passador acima da média para a posição, não tem conseguido ficar em quadra.
Mike Muscala: Outra opção para espaçar mais a quadra com um pivô que saiba chutar de 3 pontos. Apesar do volume pequeno, desde que entrou na NBA mostrou ter essa arma no seu portfólio.
Outras opções: Dewayne Dedmon, Cristiano Felicio, Joffrey Lauvergne (RFA), Larry Sanders.
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rednationbr · 8 years ago
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Todos nós deveríamos ser mais Patrick Beverley.
Esse texto é dedicado a Patrick Beverley e toda sua família nesse momento difícil. Em nome de toda a torcida do Houston Rockets no Brasil, nossos sinceros sentimentos e orações. Estamos com você, Pat. A Red Nation te ama!
Você com certeza já teve um dia ruim, mas tão ruim, na sua vida que você decidiu simplesmente não fazer nada. Você aceitou sua falta na escola/faculdade ou seu dia descontado no salário. As vezes você sente que tudo que você precisa é esquecer seus problemas, aliviar sua mente, pensar em outras coisas e relaxar. Coincidentemente, ontem foi um desses dias para esse que vos escreve. Saí para esquecer dos meus problemas, espairecer. Voltei para casa minutos antes do jogo 4 entre Rockets x Spurs. Ainda sem muita cabeça, entrei no @RedNationBR​ para avisar que o jogo se aproximava. Lendo as notícias, vi que Patrick Beverley havia perdido seu avô há poucas horas. A notícia me impactou de imediato.
A dedicação, a entrega, a alma de Patrick Beverley fazem você amá-lo em 2 minutos se você é um torcedor do Rockets. Na mesma velocidade e pelos mesmos motivos você pode passar a odiá-lo se está torcendo contra o Rockets. Mas o fato universal é que nesse curto espaço de tempo e por essa curta lista de motivos, você passa a respeitar Patrick Beverley. E se você não respeita Patrick Beverley, você não respeita o basquetebol.
Ontem, por volta das 9 da noite aqui no Brasil, eu tentava espairecer minha mente e esquecer dos meus problemas. Ao mesmo tempo, em algum lugar de Houston, Patrick Beverley lidava com um dos momentos mais difíceis da sua vida. Eu tinha 14 anos quando perdi meu avô. Meu herói, meu maior ídolo, meu maior exemplo. O homem que formou meu caráter. Quando eu li que o mesmo tinha acontecido com um cara que eu também considero meu ídolo, meu coração ficou pesado.
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Naquele momento, o problema que tinha me tirado de casa me pareceu pequeno, me senti mesquinho. A vida tem dessas. Lembro de ter conversado exatamente isso com uma pessoa ontem. O universo funciona de um jeito misterioso que vive colocando nossas visões em perspectiva. E assim meu ânimo pelo jogo, que já não era grande, foi embora. Até que me deparei com um tweet que dizia: “Espero que ele vá para 60 (pontos) essa noite”. Aquilo me deu uma outra visão sobre todo o acontecido. Na hora que percebi que Beverley ia jogar, eu pensei: “Meu Deus, de onde esse cara tira força?”. Me animei para torcer por Patrick Beverley. Esse jogo não era mais sobre o Houston Rockets. Não para Patrick Beverley. Não para mim.
A partir desse momento, eu só queria ver Beverley dar mais um de seus shows, deixando sua alma em quadra a cada jogada. E o destino foi caprichoso: a primeira cesta do Rockets foi de Patrick Beverley. Três pontos, uma celebração apontando aos céus e os olhos cheio de lágrimas junto da expressão facial de quem tenta conter o choro. Foi difícil não se emocionar junto.
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Beverley fez um excelente jogo, no seu padrão. Sem nenhuma estatística impressionante na box score, mas fundamental para a vitória: o Rockets venceu por 27 enquanto ele esteve em quadra - a 2ª maior contribuição do time. Após o jogo eu assistia as coletivas quando Pat apareceu na minha tela entrando na sala de imprensa. Eu pensei, de novo: “Meu Deus, de onde esse cara tira tanta força?”. Então ele se sentou, começou a responder, com a voz embargada, pausadamente, respirando fundo. Não demorou muito para Pat desabar em lágrimas ao falar de seu avô. E eu fui junto, compartilhando da dor do meu ídolo.
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Comecei a me perguntar por que as coisas acontecem assim, de uma hora para outra, em momentos nada oportunos. Desde o meu problema pequeno estragando meu dia, até Patrick Beverley perder uma das pessoas mais importantes da sua vida horas antes de um dos dias mais importantes da sua vida profissional. Só cheguei a uma resposta: está escrito.
E tudo na vida de Patrick Beverley estava escrito. Desde o início, a vida sempre colocou um obstáculo após o outro no caminho do armador do Rockets. E é exatamente por isso que todos nós deveríamos ser mais Patrick Beverley. Quando você se depara com a história de vida desse cara você simplesmente entende de onde ele tira tanta força.
Lisa Beverley deu a luz ao pequeno Patrick aos 17 anos de idade, solteira, na periferia de Chicago. O mais próximo que Pat chegava da figura de seu pai era quando admirava os troféus de basquete dele. Sua mãe não queria deixá-lo jogar basquete na escola, temia pelo filho. Ele não desistiu do seu sonho de criança. Seu objetivo era claro: entrar na NBA. Depois de um tempo, sua mãe deixou ele jogar basquete na escola e ele rapidamente se tornou o melhor jogador da John Marshall Highschool, levando a escola a uma campanha impressionante na CPL (Liga Pública de Chicago).
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Mas quis a vida colocar outra barreira no caminho de Pat. Entrando no último ano escolar, ele não tinha oferta de nenhuma universidade da Divisão I da NCAA, o que praticamente colocaria por terra seus sonhos de entrar na NBA. Bev fez do seu último ano no High School a missão da sua vida. A primeira oportunidade foi no clássico local, contra os Crane Cougars: ele anotou 33 pontos e liderou uma virada no segundo tempo. Avançando aos Playoffs, Beverley anotou 37 pontos mas acabou eliminado no 2º round. E os desafios voltaram: Marshall deveria vencer todos os jogos no torneio de repescagem. Bev brilhou em vitórias contra Collins, novamente os Crane Cougars, e Loyola Academy, que foi derrota por 83-61 na final, mesmo com o filho de Michael Jordan em seu elenco. Com o título do torneio de repescagem, Beverley levou seu time ao torneio estadual de Illinois pela primeira vez em uma década.
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O time acabou sendo eliminado pela Simeon High, que na época contava com ninguém menos que Derrick Rose, e Patrick Beverley acabou levando John Marshall a um 3º lugar. Ele anotou 30 pontos no último jogo - em apenas 15 minutos, porque (adivinha só, outro desafio!) foi barrado pelo técnico depois de discutir com um companheiro. A performance garantiu não só a honraria do pódio mas a bolsa que Beverley queria na Divisão I da NCAA. Sem ofertas no ano anterior, Pat pôde escolher entre Illinois, Florida State, Wake Forest, Michigan e Arkansas ao fim do ano. Escolheu pela última.
Em Arkansas, Patrick ganhou destaque. Como calouro, liderou seu time em pontos, roubos de bola e aproveitamento de 3 pontos. Acabou eleito para o segundo time da conferência SEC. Como segundo anista melhorou seus rebotes e ainda mais a sua defesa. O ápice foi quando ele enfrentou Indiana, que naquela altura tinha dois dos melhores jogadores da NCAA: Jordan Crawford e Eric Gordon. Bev segurou os dois em 15% de aproveitamento nos arremessos de quadra.
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Então a vida colocou outra barreira no seu caminho. O que parecia uma carreira promissora no college acabou arruinada por um erro do próprio Pat. Ele falsificou um documento acadêmico e acabou sendo suspenso por um ano do time de basquete. Sem tempo a perder, Beverley partiu rumo ao basquete profissional na Europa.
Da Ucrânia para a inscrição no Draft, ao recrutamento pelo Lakers, a troca para o Heat e ao novo obstáculo: sem espaço no cap, o Heat mandou Beverley para a Grécia. Pelo Olympiakos, ele colecionou finais e ganhou uma nova chance em Miami, na Summer League. Nada feito. O Heat o dispensou depois do torneio de pré-temporada. Beverley voltou à Europa, dessa vez na Rússia. Mais uma volta por cima para o armador: 4º lugar na Eurocup e MVP do torneio jogando pelo Spartak St. Petesburg.
Depois da temporada bem sucedida na Europa, talvez o maior sinal de que tudo realmente estava escrito na vida de Patrick Beverley. Pensando em dar uma vida melhor para sua mãe, ele resolveu abrir um salão para ela. Convencido por familiares e amigos, a família de Chicago decidiu abrir o negócio em Houston. Algum tempo depois, o Houston Rockets ofereceu um contrato de 3 anos ao armador. E os desafios não tem parado. Desde a sua chegada ao Rockets -- o time que ele diz ter dado uma chance a ele quando ninguém mais dava -- ele foi questionado, enfrentou lesões, dúvidas até que, 4 anos depois, se tornou o jogador há mais tempo no atual elenco dos Rockets depois de James Harden.
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Ontem, a vida quis colocar mais um obstáculo no caminho desse gigante de 1,85m de Southside Chicago. Com o coração pesado, mais uma vez Patrick Beverley pegou os limões que a vida lhe deu e transformou numa limonada. Uma exibição excelente, uma vitória maiúscula e, com certeza, um grande orgulho para seu avô, Rheese Morris. Patrick nunca vai saber, mas hoje a dor dele me ajudou a superar a minha. Eu vi que ainda com um dia ruim, você pode ser mais forte que o mundo.
Talvez isso que nos falte. As vezes não é preciso desistir e tentar esquecer. As vezes você tem que enfrentar de olhos bem abertos, as vezes você tem que atravessar a parede -- como Bev disse que faria por Mike D’Antoni -- e encarar o seu problema. As vezes você só precisa lutar, lutar, lutar. Sem questionar. Apenas erguer a cabeça e ir até o fim. Encontrar maneiras para enfrentar seus problemas, ainda que você não seja o melhor ou o mais talentoso. As vezes você só precisa ser você mesmo.
Patrick Beverley deixou de ser meu ídolo hoje. Se tornou meu herói. Como a torcida do Rockets costuma dizer: “Eu levaria um tiro por Patrick Beverley”. O homem que nunca desistiu de realizar o seu sonho não vai parar até dar um campeonato à cidade que acreditou nele quando ninguém mais acreditava.
Em suas próprias palavras, Patrick Beverley explicou quem ele é:
“Não é fabricado. A razão pela qual eu me encaixo com o Houston Rockets é porque eles me aceitam por quem eu sou. Eu não sou um cara de colarinho-branco -- sem ofensas. Eu sou só um cara de colarinho-azul, duro. Eu sou quem eu sou. Eu falo do jeito que eu falo. Eu me carrego do jeito que eu me carrego. Eu sou agressivo. Eu ando com um comportamento. Eu entro na casa e eu preencho a casa inteira. É simplesmente como eu sou e as pessoas ao meu redor aceitam.”
O Wolverine nunca desiste. Você também não deveria.
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rednationbr · 8 years ago
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O Duelo das Exceções
Salve, Red Nation! Hoje tenho o prazer e a honra de lhes trazer a primeira participação de alguém aqui no blog. A Gabriela Martins tem 20 anos, é estudante de jornalismo, torcedora do Oklahoma City Thunder e aceitou meu convite para discutir a – ainda em suspense – corrida do MVP. Achei que seria interessante dar voz a alguém da torcida do Thunder não só para mostrar o outro lado da corrida, mas também que as duas torcidas não precisam se odiar por isso e nem detestar o jogador concorrente.
Sem mais delongas, vamos ao texto da Gabriela. Eu tive a oportunidade de ver o quanto ela se dedicou a ele, então espero que vocês gostem tanto quanto eu e prestigiem tanto quanto ela merece. Boa leitura!
Por Gabriela Martins
Primeiro de tudo, acho importante ressaltar que estou longe de ser uma especialista em NBA e não vim aqui para rebater todas as estatísticas do texto anterior. Meu papel ao escrever esta publicação é tentar mostrar que, apesar de considerar o Russell Westbrook como meu MVP, por tudo que ele representa para o esporte e para mim, não há motivos para criar uma aversão ao James Harden, nem desmerecê-lo caso venha a ganhar. Os feitos de um deles não devem anular os do outro, de forma alguma. No fim das contas, quem sai ganhando com a atuação dos dois, somos nós, fãs da NBA e do basquete.
O prêmio de MVP, aliás, concede ao melhor jogador da temporada, o devido reconhecimento. Quem decide o merecedor são jornalistas, estadunidenses e canadenses, selecionados. Não há critérios, no entanto, predefinidos para essa eleição, fato que torna o debate da recente temporada cada vez mais polêmico. Os dois candidatos mais fortes a essa conquista, por sua vez, apesar de possuírem números e desempenhos diferentes, são igualmente excepcionais.
Líder em assistências; levou o Rockets ao 3º lugar da conferência Oeste, superando até as expectativas mais otimistas; 1º jogador da história com pelo menos 2.300 pontos, 850 assistências e 250 bolas de 3 convertidas em uma temporada; segunda melhor marca da história com 56,02 pontos criados por partida. James Harden, de fato, fez uma temporada extraordinária e faz por merecer estar sempre entre os primeiros na corrida. No entanto, o nome que aparece em sua cola é igualmente impossível de ignorar.
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Russell Westbrook, a estrela no Oklahoma City Thunder nessa temporada, efetuou o impossível. Terminou a temporada regular como o jogador que mais pontuou na liga, com um triplo-duplo DE MÉDIA (31,6 pontos, 10,6 rebotes e 10,4 assistências) e conseguiu levar sua franquia ao 6º lugar do Oeste, garantindo, com folga, uma vaga quase inimaginável –após a saída do Kevin Durant– nos playoffs.
Como se não bastasse, Russ ainda reescreveu a história da competição. No dia 09 de Abril de 2016, em um jogo conta o Denver Nuggets, na Pepsi Center, ele realizou seu 42º triplo-duplo, quebrando o recorde da NBA, que pertencia ao Oscar Robertson e  perdurava desde a década de 60.
Com esses feitos históricos, é difícil imaginar como ainda há discussão sobre quem ganhará o prêmio. Entretanto, é colocada uma grande questão em oposição ao número 0: o time do Russell ocupa, apenas, a 6ª posição da conferência Oeste. Desde a década de 80 que o prêmio não foi direcionado a alguém além do top 3, e é fácil de entender o porquê. Ora, o jogador mais valioso deveria ser suficientemente capaz de fazer com que o time fosse competitivo o suficiente para chegar ao topo. Ademais, existe um agravante: seu maior concorrente ao prêmio, o Barba, está entre os três primeiros. E esse é um dos motivos que torna o debate quase interminável.
Contudo, eu vou explicar porque o Russ é meu o MVP, independente de qualquer outra estatística:
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Eu comecei acompanhar NBA temporada passada e assistia aos jogos, até então, sem definir um time para torcer. Eu poderia ter escolhido o Warriors que vinha fazendo uma campanha extraordinária, era o atual campeão e contava com o Curry em seu elenco, que foi MVP unânime. Eu poderia ter escolhido o Cavaliers, que foi o campeão e contava com LeBron James, o MVP das finais. Mas eu escolhi o Thunder, mesmo depois de ter sofrido aquela virada – doída – de 3-1.
Ainda assim, no início da temporada 16-17 eu ainda estava me acostumando com o basquete e achava aquilo tudo que é comum sentir no começo, especialmente quando só acompanha futebol: “nossa, mas demora muito, não é?”, “isso realmente conta como FALTA?”, “MEU DEUS eu não sabia que tanta coisa podia acontecer em 3 segundos”, e por aí vai. Até que certo número 0 começou a me prender em frente à TV, sem que perdesse meu tempo com reclamações.
Esse cara fez com que eu pensasse que fazer um triplo-duplo era moleza. Na verdade foi com ele que eu aprendi o que era isso. Eu o vi levando meu time nas costas. Eu o vi nos salvando, praticamente sozinho, de jogos que já estavam perdidos. Eu o vi treinando arremessos após um jogo com mau aproveitamento. Eu o vi quebrando recordes consolidados. Eu o vi não deixando o nome do Oklahoma ser desvalorizado após a saída de uma das estrelas. Eu o vi calando a boca de todos que disseram que ele e a franquia não seriam nada sem Kevin Durant.  Eu ouvi gritos de MVP direcionados a ele, de torcidas adversárias, em jogos fora de casa. Eu o vi fazendo história.
Mas, principalmente, eu vi um jogador do 6º colocado da conferência estar em uma disputa acirrada com um do 3º colocado –e veja bem que os jogadores do top 2 nem entram nas discussões. Se essa diferença de posições não foi o suficiente para tirar o Westbrook do topo da briga, porque seria para tirar o troféu dele?
Ele me mostrou que jejuns duradouros podem ser quebrados. E se tem alguém atualmente que pode quebrar essa regra de mais de 30 anos, a qual o MVP deve estar entre os 3 primeiros, é o Russell Westbrook.
Os dois maiores cestinhas. Os dois primeiros em números de triplo-duplo. Os dois quebraram recordes inimagináveis. Ambos superaram a mais positiva das expectativas. Ambos referências em suas equipes. Ambos, portanto, excepcionais. Ambos estão na corrida pelo troféu Maurice Podoloff.
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São duas estrelas, dois times diferentes, mas milhares de opiniões acerca de quem deve ser considerado o mais valioso. Saímos de uma decisão unânime, da temporada anterior, para um verdadeiro duelo de preferências, em que as estruturas argumentativas começam, basicamente, da mesma forma: “Nunca, na história da NBA...”. Nessa perspectiva, a única coisa que é unânime, ou pelo menos deveria ser, é que tanto Harden, como Westbrook possuem motivos para vencer.
É evidente, desse modo, que gastar esforços tentando diminuir as realizações de um deles é o mesmo que desvalorizar o esporte como um todo. As contribuições da dupla, afinal, só engrandecem o basquete. A nós, resta esperar para saber daqueles que têm o poder de escolha, qual será o fator determinante: é sobre ganhar ou é sobre impactar?
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rednationbr · 8 years ago
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A César o que é de César.
A temporada 2016-17 da NBA chegou ao seu fim e a grande questão que paira sobre o ar é: quem será o MVP? Pelo menos 2 candidatos teriam belas credenciais e estariam disputando com afinco o troféu se estivessem fazendo essas campanhas em outra temporada. Afinal, em 2016-17 a história está sendo escrita diante de nossos olhos e só existem duas possibilidades para o prêmio de MVP. De um lado o cerebral, ímpar e incansável James Harden. Do outro o visceral, agressivo e explosivo Russell Westbrook.
Dois armadores. Dois amigos de infância de Los Angeles. Draftados pelo mesmo time. Há muita história entre os dois, mas só um poderá sair vencedor dessa disputa. E a disputa não é por pouco: o maior prêmio que um jogador pode ganhar enquanto em atividade na NBA, o ingresso quase que automático para o Hall da Fama do Basquete. A glória da eternidade.
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Apenas os melhores podem vencer o MVP. Por isso é preciso muita justiça na hora de decidir o prêmio. A seu favor, James Harden tem elementos importantes: vitórias, sucesso coletivo, números, eficiência e a história. Talvez esse último seja o fator mais importante para a decisão do MVP. Muitos fãs da NBA pedem por um critério claro e definido para decidir o prêmio, mas a liga nunca adotou esse sistema. Ao invés disso, porém, o colegiado que vota a premiação segue padrões bem próximos durante 61 anos – o que permite traçar uma projeção do que seria a votação seguindo os critérios dos prêmios anteriores. Por sinal, o Basketball Reference faz esse trabalho com precisão matemática: ao fim da temporada James Harden liderou a corrida com 34,1% de chances de ser o MVP, enquanto Russell Westbrook está em 3º com 14,4%.
James Harden teve uma temporada de MVP em 2014-15. Com um grande desempenho individual, ele teve – discutivelmente – mais credenciais individuais que Stephen Curry. Entretanto, o prêmio escapou de suas mãos sob a justificativa de que ele não estava vencendo o suficiente. Agora Harden teve a 3ª melhor campanha da NBA, 8 vitórias a mais que Westbrook, e liderou a liga em Win Shares. É chegada a hora. James Harden trabalhou a sua carreira toda, mudou seus rumos, sua filosofia de jogo para alcançar a glória máxima individual para um jogador.
Segundo a Bíblia, em Mateus 22, fariseus e herodianos – inimigos de Jesus Cristo – tentaram ludibria-lo o forçando a tomar uma decisão que poderia ser controversa em relação aquilo que pregava. Eles se aproximaram do Senhor e perguntaram se ele achava lícito que judeus pagassem impostos a César, líder dos conquistadores romanos. Jesus percebeu a malícia da pergunta e questionou os mal intencionados (Mateus 22:18): “Por que me expirementais, hipócritas?”; Jesus pediu-lhe a moeda do tributo, perguntando de quem era o rosto e o nome na moeda. Ao ser respondido que tratava-se de César, Cristo foi claro: ”Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.”. O ensinamento do texto bíblico que faz a ponte, sem blasfêmia ou heresia, para esse texto é a justiça. A ação de dar a alguém aquilo que lhe é de direito, sem omitir ou trapacear em seus méritos. O ensinamento do Cristianismo nesse texto é para que não sejas injusto com ninguém.
E a temporada 2016-17 da NBA tem sido um tempo de redenção. Principalmente no caso dos dois maiores candidatos ao troféu de MVP. Disseram que James Harden não conseguiria armar o Rockets sozinho. Disseram que Russell Westbrook não conseguiria sobreviver sem Kevin Durant. A temporada provou o contrário. A temporada 2016-17 da NBA corrigiu todas as injustiças. No entanto, falta finalmente dar a César o que é de César e, finalmente, coroar James Harden como o jogador que ele tem sido – na saúde e na doença – para o Houston Rockets e a NBA nos últimos 3 anos: o mais valioso.
James Harden MVP
A partir de agora, inicio meu caso para o troféu de MVP de James Harden. Goste ou não, todo argumento aqui terá alguma base científica – seja ela estatística ou histórica. Como disse desde o começo, é impossível falar da campanha de Harden sem citar a campanha do seu maior adversário nessa disputa, Westbrook. Mais a frente, os argumentos pró-Harden também serão comparados ao do armador do Thunder. Se você chegou até esse ponto da leitura, acredito que está pelo debate saudável, então, seja bem-vindo.
Por que James Harden é o MVP?
Em uma temporada tão boa como essa, você pode fazer um caso para pelo menos 4 jogadores – Harden, Westbrook, Kawhi e LeBron – mas independente disso é preciso ter um critério para definir seu vencedor. Obviamente, usar apenas um argumento é limitador e pouco inteligente em uma liga tão complexa quanto a NBA. Sendo assim, vou listar alguns fatores que argumentam em favor de James Harden. Sem mais delongas, vamos a eles.
Histórico do prêmio
O prêmio de MVP foi instaurado pela NBA na temporada 1955-56. Ou seja, essa temporada a liga dará o 61º troféu Maurice Podoloff ao jogador que mais se destacou na opinião de um colegiado formado pela mídia especializada. Ainda que não exista uma série de critérios pré-definidos ou uma exigência por parte da NBA de que os votantes se justifiquem, existe um histórico que aponta em direção a fatores decisivos.
Um critério que tem se mostrado fundamental são as Win Shares. Essa estatística aponta quantas vitórias, aproximadamente, a performance individual de um jogador acrescenta ao seu time. Entre os últimos 10 MVPs da NBA, 7 lideravam a liga em Win Shares, todos os 10 estavam no mínimo no top 5 de Win Shares ofensivas (quantas vitórias o jogador acrescenta com seu ataque) e 8 estavam, no mínimo, no top 5 em Win Shares por 48 minutos (quantos % das vitórias do time um jogador acrescenta em uma base de 48 minutos).
Na temporada 2016-17 o líder em Win Shares foi James Harden. Estima-se que ele tenha adicionado sozinho 15.0 vitórias à campanha do Houston Rockets. Harden também lidera a NBA em Win Shares Ofensivas, com 11.5 vitórias acrescentadas pelo seu ataque. Entre as Win Shares/48min, James Harden é o 5º na NBA, estimando-se que por 48 minutos ele contribui com 24,5% das vitórias do Rockets. Esse critério é fundamental para o prêmio na medida que o conceito de valioso está altamente ligado ao sucesso coletivo do time. É difícil dizer que um jogador é valioso quando o time dele não vence, por mais que sua performance individual seja excelente.
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Outro fato que aponta para isso é a campanha do time do MVP. E nesse caso James Harden também tem a história ao seu favor. Desde a temporada 1981-82 o prêmio de MVP não vai para algum jogador fora de um time que tem uma das 3 melhores campanhas na sua conferência. Seguindo esse critério, a disputa ficaria entre Harden, Leonard e James. No entanto, Harden tem o maior crescimento e – sem dúvidas – seu time é a maior surpresa entre todos esses. Com a liderança de James Harden, o Rockets terminou em 3º no Oeste e na classificação geral da NBA com 55 vitórias – 14 a mais do que a ESPN previa e 11 a mais do que as casas de aposta em Las Vegas previam. O Rockets tem, ainda, o 2º melhor ataque da NBA e boa parte desses números são em função da excelente temporada do Barba.
Números extraordinários com eficiência rara
É importante esclarecer que o primeiro grande fator para uma temporada de MVP é a performance individual do jogador. Nesse caso, James Harden tem sido nada menos que fantástico. Há a discussão se ele estaria tendo a melhor temporada – ofensiva ou até mesmo no geral – da história da NBA. Esse fato tornaria absurdo a necessidade de ter que fazer um texto sobre essa campanha, se não fosse por Russell Westbrook, que também faz uma temporada histórica, embora um pouco menos incrível – como veremos a seguir.
Para colocar em números a temporada sensacional de James Harden, vamos a alguns fatos históricos que o Barba alcançou em 2016-17. Ele foi o primeiro e se tornou o único jogador na história da NBA a terminar uma temporada com pelo menos 2.000 pontos, 900 assistências e 600 rebotes. Ainda na categoria pontos, rebotes e assistências, Harden se tornou apenas o 3º jogador da história da NBA a ter uma temporada com médias de 29 pontos, 11 assistências e 8 rebotes (Oscar Robertson fez o mesmo em 1961-62 e 1964-65). Harden liderou a NBA em assistências, só deu menos de 7 assistências em dois dos seus 81 jogos (nos dois, ele terminou o jogo com 6 assistências) e teve 11 jogos de 15 ou mais assistências. O MVP teve a sua melhor atuação naquela que se tornou – discutivelmente – a melhor partida de um jogador na história da temporada regular. James Harden anotou 53 pontos, apanhou 16 rebotes e distribuiu 17 assistências diante do New York Knicks na virada do ano (31 de dezembro) no Toyota Center, em Houston.
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Mas apenas os números brutos não são suficientes para fazer jus à temporada de James Harden, é importante mergulhar nas estatísticas de chutes – principalmente as avançadas – para mostrar quão impressionante foi James Harden ter feito tudo isso com tamanha eficiência. Harden anotou seus 29,1 pontos por jogo com 44% de aproveitamento nos arremessos de quadra, 34,7% nos arremessos de três pontos e 84,7% de aproveitamento na linha do lance livre. Nas estatísticas avançadas, seu eFG% foi de 52,5% (% de FG efetivo – estatística que ajusta as porcentagens para o fato de que a bola de 3 pontos vale 1 ponto extra), enquanto sua TS% foi de 61,3% (% de Chute verdadeiro – estatística que mede a eficiência do chute levando em conta chutes de 2, de 3 e de lance livre). E o mais impressionante: tudo isso enquanto distribuía o jogo suficientemente bem para dar 11,2 assistências por jogo.
Para ilustrar melhor esses números segue a lista de jogadores que tiveram uma temporada com médias de pelo menos 28 pontos, chutando 4 ou mais 3PT por jogo, dando pelo menos 6 assistências e com um eFG% de 52,5% ou mais:
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Agora a lista que impressiona ainda mais. Jogadores com médias de pelo menos 28 pontos, chutando 4 ou mais 3PT por jogo, dando pelo menos 6 assistências e com um TS% de pelo menos 61%:
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Vale notar que todos os jogadores nessas duas listas citadas acima (à exceção de Harden, ao menos por enquanto) foram eleitos MVP da respectiva temporada da NBA. Incluindo o MVP unânime da temporada 2015-16, Stephen Curry. Mas ainda assim, discutimos a disputa do MVP dessa temporada – e espero que fique mais claro por que isso é quase um absurdo ao fim da leitura desse texto.
Vitórias
A coisa mais importante da NBA é vencer. Isso é indiscutível. Seja você técnico, jogador, general manager ou até mesmo dono de uma franquia, se você quer ficar na história da maior liga esportiva do mundo o seu grande objetivo precisa ser apenas um: vencer.
E vencer também importa para o prêmio de MVP. Desde 1981-82, todos os MVPs da NBA venceram mais de 50 jogos e desde 1987-88 nenhum MVP esteve fora das 4 melhores campanhas da NBA – em 2016-17 Harden foi 3º enquanto Westbrook foi apenas 10º. Os Rockets alcançaram 55 vitórias muito graças a James Harden, que liderou criando 56,02 pontos por partida, pontuando e assistindo, o 10º melhor ataque da história da NBA. Essa foi a 2ª maior marca de um jogador na história da NBA, perdendo apenas para Nate Archibald em 1972-73.
Outro ponto importante dentro das vitórias do Rockets e de Harden é como elas vieram de maneira inesperada. Na pré-temporada, nenhum grande veículo da mídia especializada ou as casas de aposta em Las Vegas esperavam que o Rockets vencesse mais do que 41 jogos – na melhor das hipóteses, 44. Por outro lado, muitos acreditavam que o adversário de Harden na disputa pelo prêmio iria liderar o Thunder para cerca de 45 vitórias. Confira:
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O Rockets contrariou todas as expectativas e venceu cerca de 14 jogos a mais do que o esperado e fez a 4ª melhor campanha de sua história. Sozinho, James Harden acrescentou 15 vitórias a esse time. Em quadra ele liderou o time em pontos, rebotes e assistências e ainda foi o 2º em roubos de bola e o 4º em tocos. Com um USG% de 34,2% (% de Uso é uma estiva de quantos % da posse do time um jogador usa enquanto está em quadra) – marca razoável, já que o USG% de Harden foi apenas o 4º na temporada e 30º na história da NBA (entre jogadores com pelo menos 50 jogos na temporada) – ele produziu mais pontos do que seu principal adversário, que teve o maior USG% da história com 41,7%. Simplificando: Harden teve menos a bola e produziu mais vitórias que Westbrook, coroando uma temporada extremamente eficiente do Barba.
Et cetera
A lista de motivos para James Harden MVP é ainda maior que isso. O texto é grande, a leitura pode ser densa, mas é tudo em nome da boa justiça. Outros pontos poderiam ser explorados aqui – selecionei aqueles que julguei mais importantes. Se você quiser se aprofundar, segue uma lista de tópicos que endossam ainda mais a campanha de James Harden como o MVP da temporada 2016-17 da NBA:
James Harden mudou de posição no começo da temporada;
James Harden não foi eleito para nenhum All-NBA temporada passada;
James Harden registrou as maiores marcas da carreira em: pontos, rebotes e assistências;
James Harden tornou os seus companheiros melhores – especialmente Eric Gordon e Ryan Anderson, visto como contratações fracas na pré-temporada;
James Harden chutou 408 chutes a menos que Westbrook e foi apenas o 4º na NBA;
Seu time não tinha nenhum All-Star ou All-NBA e venceu 55 jogos;
Seu time venceu mais jogos que o atual campeão da NBA, com LeBron James e mais 3 all-stars;
Seu time teve um técnico novo e pelo menos 6 jogadores novos no elenco, tudo isso depois de perder o 2º melhor jogador do time.
Why Not.
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Você pode me chamar de hater se quiser, esse é o momento oportuno para isso, mas para fazer a campanha de James Harden é preciso explicar por que não, o prêmio de MVP não pode ser dado ao “jogador que teve a média de triplo-duplo”. Nessa parte tentarei ser mais sucinto, já que aqui o objetivo em primeiro lugar é sempre o Rockets.
História
Russell Westbrook liderou o Thunder a 47 vitórias, a 6ª campanha do Oeste e a 10ª melhor da NBA. Não seria inédito, é verdade. Mas foram apenas 4 MVPs – entre eles Bob Pettit, primeiro MVP da NBA – em 61 anos de história do prêmio dados a jogadores com campanha igual ou inferior a do Thunder nesse ano. Ainda que você argumente que a média de triplo-duplo e a campanha histórica de Russ seja suficiente para torna-lo a 5ª exceção, aqui vão alguns dados que dizem o contrário.
Entre esses 4 vencedores do MVP com campanhas inferiores, todos terminaram pelo menos em 2º em Win Shares na NBA e pelo menos em 3º em Win Shares por 48 minutos. Ou seja, eles tiveram campanhas ruins, mas sozinhos acrescentaram muitas vitórias aos seus times – pelo menos em relação àquela temporada da NBA. Por outro lado, Russell Westbrook não conseguiu essa façanha. Ele foi apenas o 5º em Win Shares e 10º em Win Shares por 48 minutos na temporada 2016-17. Para ilustrar melhor, aqui segue um um gráfico comparativo das campanhas:
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Estatísticas “infladas”
Os números de Westbrook parecem estelares para o fã médio de NBA. Mas se você parar para assistir um jogo do Thunder vai perceber – ainda que não entenda nada de estatísticas avançadas – onde está a mola propulsora das estatísticas do camisa 0. Russ tem o maior USG% da história da NBA (entre jogadores com pelo menos 50 jogos na temporada): 41,7%. Isso significa que nunca, ninguém na história da NBA, definiu tantas posses de um time quanto Russell Westbrook. Enquanto ele está em quadra, ele simplesmente faz uso de 41,7% das posses do Thunder. Basicamente, se tratando de um jogador de alto nível como é Westbrook, quanto mais ele tem a bola, maiores são as chances dele colocar números astronômicos como esses.
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Mas ao olhar mais profundamente, não é difícil encontrar uma eficiência medíocre do armador do Thunder, apesar desses números. Entre os 19 jogadores (seguindo mesmo critério acima) que tiveram um USG% de 35% ou mais, Russell Westbrook é apenas o 15º em FG% (42,6%), 11º em eFG% (45,5%) e 9º em TS% (53,6%).
Outro ponto que foi muito criticado foram os rebotes de Westbrook nos triplo-duplos. O armador liderou a NBA em rebotes sem contestação. Dos 10.7 rebotes de média, 8.5 foram sem nenhuma contestação. Muitos foram colocados em uma bandeja para Westbrook, vindo de erros da linha de lance livre adversária. Os dois pivôs fazem o box out e Westbrook fica livre para pegar o rebote, veja aqui uma ilustração. A NBA.com também se deu o trabalho de marcar os jogadores com mais rebotes apanhados a partir da linha de lance livre. Aqui vai a lista, do dia 4 de abril:
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O gráfico mostra que Westbrook conseguiu 29,3% dos seus 9.0 rebotes em rebotes de defesa após um lance livre. Esses são os rebotes mais fáceis de serem apanhados, e costumam ser trabalho dos pivôs, que brigam pela posição com os pivôs adversários. No caso do Thunder, os pivôs trabalham fazendo o box out, abrindo espaço pra Russ ter o rebote mais fácil do jogo em suas mãos.
Defesa
Sim. Esse é um texto que diz que o adversário de James Harden não pode ser o MVP por causa da defesa. E aqui vai o argumento que embasa essa opinião: no perímetro Russell Westbrook contestou 232 arremessos, sendo o 100º da NBA na categoria, enquanto James Harden, com 430 arremessos contestados, foi o 2º da liga na categoria. Nos arremessos de 2 pontos, Russell Westbrook é apenas o 196º em arremessos contestados, com 347, enquanto James Harden é o 35º com 626 arremessos contestados.
É fato que nenhum dos dois se preocupa muito com a defesa, mas os números provam que James Harden ao menos tenta, enquanto Russell Westbrook parece só fazer figuração na defesa. Uma constatação a partir desses números que impressiona é a quantidade de pivôs que tem mais arremessos do perímetros contestados que o Brodie: Tristan Thompson, Anthony Davis, Blake Griffin, Kristap Porzingis e Karl-Anthony Towns são alguns dos que figuram entre a lista. Muitos justificam essa falta de marcação de Russ no perímetro como uma estratégia para ficar mais próximo da cesta e angariar rebotes para a sua histórica perseguição à média de triplo-duplo.
The Beard is better.
James Harden chegou ao Houston Rockets na temporada 2012-13, cercado de muita desconfiança se ele realmente poderia ser um franchise player – ou sequer se ele poderia ser isso tudo como titular. Ao fim da sua 5ª temporada como um Rocket, James Harden parece ter respondido todas as perguntas ao se tornar um dos melhores jogadores da NBA. Nos últimos 3 anos ele foi consistente o suficiente para ter duas campanhas de MVP – liderando o Rockets ao 2º e 3º lugares – com uma temporada individual histórica no meio delas.
Voltamos ao embrião desse texto: o trecho bíblico. A NBA pode deixar de dar o prêmio a James Harden, mas para os torcedores do Rockets, para os livros de história da NBA, essa nunca deixará de ser a temporada de James Harden. Não é desrespeito a Russell Westbrook ou qualquer outro candidato. A temporada de Russell foi histórica, ter média de um triplo-duplo é uma das coisas mais difíceis da história, ainda que se tenha uma “ajudinha” dos seus companheiros nos rebotes. Mas o Barba simplesmente foi melhor. Ninguém nessa temporada da NBA conseguiu aliar a alta produção com a eficiência e as vitórias do seu time como James Harden. Ele foi o maestro da temporada 2016-17. Como Trevor Ariza descreveu em seu texto para o The Players’ Tribune: “O Picasso Barbudo é o MVP”.
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Ele trabalhou sua vida inteira por isso, do garoto asmático e lento do High School à estrela de um programa pouco conhecido de uma pequena universidade, ao Sexto Homem da temporada, ao All-Star e ao, finalmente, Most Valuable Player. Ele mudou sua mentalidade, porque em 2015 lhe disseram que vencer era o mais importante. Ele mudou de posição em quadra, de posição mentalmente, de posição em relação ao jogo. James Harden contrariou tudo e todos. Trabalhou como poucos. Passou horas aprimorando seu jogo e sua mente. O momento chegou. Fica aqui a minha súplica pessoal aos céus e à NBA: é hora de corar James Harden. Como disse Jesus na Bíblia: “Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.”
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rednationbr · 8 years ago
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Pré-jogo: Rockets @ Spurs - 06/03/2017
O Rockets enfrenta o Spurs amanhã naquele que é – de longe – seu maior jogo na temporada até então. No momento, o Rockets tem 5 jogos de diferença para o Spurs pela 2ª colocação na Conferência Oeste e uma vitória pode recolocar o Rockets na briga por uma melhor colocação na conferência. A esperança se dá não apenas pela chance de vitória em San Antonio – que é boa e explico em seguida por quê – mas pela tabela dura que o Spurs tem pela frente e que inclui 3 jogos contra o Grizzlies, 2 jogos contra o Thunder, 2 jogos contra o Jazz, 2 jogos contra o Warriors, além de 1 jogo contra o atual campeão da NBA, o Cleveland Cavaliers.
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Com isso, o Rockets – que só enfrenta mais 5 vezes adversários do top 5 das duas conferências – vê uma chance real de ultrapassar o Spurs para ficar com a 2ª melhor campanha do Oeste. Em um cenário mais improvável, o Rockets ainda pode sonhar com a primeira colação. Em caso de vitória hoje, o Rockets cortaria a vantagem do Warriors para 7 jogos. Com a lesão de Kevin Durant, que deve durar até o fim da temporada regular, o time de Oakland tem enfrentado dificuldades de vencer times de campanha bem inferior a sua (caso de Bulls e Knicks e até mesmo Wizards).
Entretanto, para tudo isso ser possível, o Rockets precisa vencer hoje em San Antonio e tem o momento a seu favor. O Rockets vem de duas vitórias significativas. Em Los Angeles, bateu o Clippers por uma larga margem de pontos e teve um excelente trabalho coletivo, especialmente nos pontos fracos do time – defesa e rebotes. Em Houston, o time contou com um James Harden brilhante como há muito não se via. Só no 3º quarto o Barba anotou 20 pontos e ajudou a colocar o jogo nas mãos do Rockets. Além disso, o líder na corrida para o MVP contou com uma luxuosa ajuda de seus companheiros: o Rockets teve 42,9% de aproveitamento nas 18 bolas de 3 pontos convertidas.
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Se o momento é de confiança no lado de Houston, na outra franquia texana a confiança tem andado abalada. Embora tenha vencido seus 3 últimos jogos, o Spurs venceu todos – contra times com campanha bem abaixo da sua – com muita dificuldade e nos minutos finais. Na última quarta, o Pacers (31-30) levou o jogo até a última posse em San Antonio. Na verdade, Monta Ellis teve a chance de colocar o Pacers 3 pontos na frente e praticamente garantir a vitória, mas errou dois lances livres cruciais. Na sequência da jogada, Kawhi Leonard anotou o game winner e deu a vitória ao Spurs. Na sexta, o Pelicans (24-38) ia vencendo o Spurs e parecia caminhar para a vitória, mas erros de Jrue Holiday em momentos decisivos deram a chance do Spurs levar o jogo para a prorrogação, onde o Spurs confirmou a vitória. No sábado, segunda noite de um back-to-back para o Spurs, o Timberwolves (25-37) foi quem falhou em fechar o jogo diante da experiente franquia texana. O Minnesota levou o Spurs a mais uma prorrogação, mas não conseguiu vencer.
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Em resumo, as equipes vêm de vitórias, mas em momentos diferentes. O Spurs sofre para vencer equipes fracas e muitas dela inexperientes, cometendo erros que contra o Rockets, provavelmente, não teriam perdão. Já o Rockets tem vencido e convencido seus adversários diretos nos playoffs. Além de tudo, o Spurs chega cansado para o duelo vindo de um back-to-back com overtime nas duas noites.
Assim, para o Rockets repetir o feito que já realizou essa temporada – vencer em San Antonio – será fundamental que a equipe de Mike D’Antoni consiga impor seu ritmo. Um jogo rápido é tudo que um Spurs cansado e com idade avançada não quer a essa altura da temporada. Outro ponto fundamental para o Rockets, será a proteção do garrafão. LaMarcus Aldridge costuma fazer bons jogos contra o Rockets e uma formação com Dewayne Dedmon pode trazer problemas aos pivôs do Rockets. A cereja no bolo de uma performance perfeita para o Rockets é uma exibição de gala de James Harden. Além de muito importante para a classificação na conferência, duas vitórias em San Antonio ajudariam no caso de James Harden para o MVP. Especialmente depois do que ele fez no primeiro jogo em San Antonio essa temporada (imagem abaixo).
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Se Spurs x Rockets já é especial por si só, pela rivalidade e pelo nível das equipes, esse tem tudo para ser ainda mais. Fica a dica para que você não perca o jogão de hoje. A bola sobe às 22:30, horário de Brasília. Infelizmente sem transmissão televisiva para o Brasil. Você pode acompanhar a partida pelo NBA League Pass, por links ou com a gente no twitter.
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rednationbr · 8 years ago
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Rockets adquire Lou Williams em troca com o Lakers
Foi bem mais silencioso que alguns esperavam, mas hoje o Rockets finalmente fez o seu movimento antes do fechamento da janela de trocas da NBA. Ao seu melhor estilo o General Manager do Rockets, Daryl Morey, conseguiu um belo negócio sem abrir mão de muita coisa.
A notícia veio através do jornalista Adrian Wojnarowski, que anunciou que Lou Williams estava sendo trocado para o Houston Rockets. Do outro lado, o Los Angeles Lakers recebeu Corey Brewer + Escolha de 1ª Rodada do Rockets no Draft 2017.
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A ótima troca marcou também a primeira grande decisão de Magic Johnson como Presidente de Operaçãoes do LA Lakers. Segundo Woj, foi ele quem comandou as negociações para a troca de Lou Williams. O armador tinha propostas de outros times de playoff, inclusive propostas que incluíam escolhas de 1ª rodada do draft. Segundo Woj, Jazz e Wizards foram alguns dos que demonstraram maior interesse. O que isso indica é que nesse caso a situação do Rockets na tabela importou para a decisão. Se não o próprio Lou optou pelo Rockets, Magic o fez pensando na melhor situação para o jogador (playoffs) - uma vez que o Lakers fez mudanças no seu front office buscando uma melhor relação entre franquia, jogadores e agentes como um todo.
Segundo a insider do Lakers para a ESPN, Ramona Shelburne:
“Lou Williams foi um cara para qual vários times na liga olharam, eles tinham múltiplas ofertas com escolhas de primeira rodada, então foi uma questão de escolher qual dessas ofertas era a melhor. O fato de qual proteção essa pick teria, e é claro que o fato de Corey Brewer ser uma parte dessa negociação também importou para o Lakers.”
Lou Wiilliams tem médias de 18.6 pontos (a maior marca da NBA para um jogador vindo do banco, a 2ª maior marca pertence a Eric Gordon), 3.2 assistências, 2.3 rebotes e está chutando 38,6% do perímetro. Além disso, ele tem 122 bolas de 3 pontos na temporada, sendo o 17º na NBA nessa temproada e se tornando o 5º Rocket no Top 20 desse ano na categoria. Lou foi eleito Sexto Homem do Ano em 2015 e é um especialista em comandar a 2ª unidade, agregando ainda mais poder de fogo ao arsenal do Houston Rockets.
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O que muda na rotação?
Primeiro, a saída de Corey Brewer deixa uma lacuna na posição de ala e ainda é incerto como o Rockets pretende preencher essa vaga. A opção mais óbvia seria a entrada imediata de K.J. McDaniels na posição. Mas, como o coach Mike D’Antoni não parece um grande fã de KJ (ele só esteve em quadra por 212 minutos essa temporada), é possível que o Rockets busque uma solução alternativa. Através de trocas, os nomes de Wilson Chandler e Danilo Gallinari (ambos do Denver Nuggets) foram vinculados ao Houston Rockets, mas as opções ficaram escassas uma vez que o Rockets deu sua escolha de 1ª rodada.
A outra solução pode ser buscar um nome disponível no mercado. Após a trade deadline, é normal que alguns veteranos sejam dispensados pelas equipes, por isso é bom ficar de olho. Um dos nomes especulados para ser cortado foi o de Tyreke Evans, que parece ter futuro ainda indefinido na sua volta ao Kings. Outro nome possível seria Matt Barnes, que foi dispensado pelo Kings, mas seu passado controverso (principalmente com James Harden) é um fator que praticamente anula qualquer chance de negócio.
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Com a chegada de Lou Williams, ele deve ser o tão sonhado armador reserva do Rockets. Jogando na posição 1, Lou vai ter a bola na mão e terá que criar para seus companheiros, além de criar seus próprios chutes. Assim, espera-se que os minutos de Patrick Beverley e James Harden sejam reduzidos. Para Bev, é bom para mante-lo saudável e com menor risco de lesões perto dos playoffs. Já no caso de James, é bom ter um Barba mais descansado para a corrida final na pós-temproada.
Lou Williams ainda não tem data para chegar a Houston para realizar os exames físicos necessários e por isso sua presença ainda não é certa para quinta, contra o Pelicans.
Em entrevista à FOX 26 Sports, Lou se mostrou feliz com a oportunidade:
“Significa muito. É uma ótima oportunidade para mim continuar minha carreira com uma tradição vitoriosa. Esses caras estão tendo uma baita corrida até aqui. Eu sinto que posso me misturar bem.”
Ao Houston Chronicle, o armador pareceu pronto para deixar seu passado com o Lakers para trás e se juntar a um elenco que tem vencido muito nessa temporada: 
“Olhando, você diz: 'Wow, esses caras estão jogando com liberdade e todo mundo está feliz.' Eles estão vencendo e a coisa funciona. Eu estou muito empolgado. Agora minha mentalidade tem que ser entrar em modo selvagem e estar pronto para uma corrida nos playoffs.”
Em suma, foi uma ótima trade para o Rockets. Nos livramos de um jogador que não tem o menor encaixe no sistema (Corey Brewer) para trazer um fit ideal. O Rockets aumenta o seu poder de fogo, ainda que corra o risco de perder um pouco na defesa, e agora tem uma das melhores backcourts da NBA com 4 jogadores com capacidade de serem titulares. Um grande movimento de Daryl Morey que nos coloca mais próximos do grande objetivo final.
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