reencontraar

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Decisões decidem destinos

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Para alguém que nunca vou enviar

Eu não sei nem por onde começar, mas acho que preciso dizer o que nunca disse de verdade. Eu sempre gostei de você. Mais do que gostei — eu senti algo que nem sei dar nome. Era paz e euforia ao mesmo tempo, era medo de me perder em você, e por isso eu fugi. Eu fiquei tentando me convencer de que não era nada, que não valia a pena arriscar, que eu não tava pronta. E a verdade é que eu não tava mesmo.

Você me esperou, esteve do meu lado, se fez presente, mas eu nunca soube te encontrar do jeito certo. Eu sempre fiquei aqui, meio imóvel, fingindo que tanto fazia, enquanto por dentro algo gritava pra eu me jogar, me entregar, te dizer “fica, vamos tentar, eu quero você”. Só que o medo me travou. Eu tinha medo do que ia sentir, medo do que podia dar errado, medo de perder o controle. E nesse medo, eu te perdi.

Quando você me disse que estava gostando de outra pessoa, eu senti como se tudo desabasse dentro de mim. Eu queria tanto ter dito antes o que sinto agora. Queria ter segurado sua mão, ter olhado nos seus olhos e dito “me escolhe, fica aqui, eu prometo tentar”. Mas eu não fiz. E eu entendo que você tenha seguido, que a vida tenha te levado pra outro caminho. Você fez o que eu não tive coragem: viveu.

Eu não sei até quando vou carregar isso, mas queria que você soubesse — ou pelo menos que o universo soubesse — que o que sinto por você é bonito. Mesmo doendo, é puro. Eu quero muito a sua felicidade, de verdade. Se for com outra pessoa, que seja leve, que te faça sorrir do jeito que eu sempre amei ver. E se um dia nossas estradas se cruzarem de novo, quem sabe, talvez com menos medo e mais coragem. Mas por agora, eu só precisava tirar isso do peito.

Obrigada por ter me feito sentir viva. Mesmo que tenha sido por pouco tempo, mesmo que tenha sido tão confuso. Você vai ser sempre um pedaço bonito da minha história.

Com carinho, eu. 27/05