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𝑯𝒂𝒚𝒍𝒆𝒚 𝑳𝒐𝒘𝒆'𝒔 𝑫𝒆𝒂𝒕𝒉 𝑵𝒐𝒕𝒆 ; 𝓹𝓸𝓿
Diário de Hayley Lowe, 14/01, 00h. Citados: Paddy, Scarlett, Zara.
Hoje quem vai receber o meu puta que pariu de sempre, diário, sou eu mesma.
Ah, puta que pariu, sério. Como pode uma pessoa errar tanto e ainda persistir?
Tem uma palheta vermelha na minha frente e tudo que eu queria era poder ser como a queridíssima Daisy Jones:
“And, baby, when you think of me I hope it ruins rock 'n' roll Regret me”
E o pior? Eu sei que nunca arruinaria porque Patrick Harrison tem um escudo mental que parece que nada o abala. É horrível e eu o odeio por isso, pelo menos por agora, meia noite e dez da noite.
Queria ser madura o suficiente para entender. E odeio não entender. Odeio a sensação de uma adolescente de 16 anos, quando aos 16 anos eu estaria chutando a bunda de Harrison sem mais nem menos.
Queria, de verdade, um sinal do universo, um recado de Afrodite ou um soco da Zara nesse exato momento - não que fosse adiantar de algo.
Ele me disse para dar um tempo para mim, conhecer outras pessoas… e eu lá quero conhecer outras pessoas?
Enfim.
Scarlett continua estranha e eu estou preocupada. Parece que ela está morta. Não sem alma, mas morta. Até mesmo as almas que me visitam tem mais personalidade do que ela nesse momento. Amanhã vou vê-la e espero não ser tomada por nenhum impulso de falar coisas indevidas. Sinto falta do dia em que dançamos juntas, bebendo drinks ou de quando ela simplesmente me xingava por qualquer motivo quando enviava um post de um homem gostoso da cidade.
Sinto falta de Scarlett principalmente por ela ser uma parte de mim.
Zara terminou o namoro. E de verdade? Aquele zé ruela de cabelo loiro nunca me desceu, então que bom? Embora seja triste ver Zara jogada em músicas depressivas. Pensei em oferecer drenar a dor emocional dela para mim por um tempo, pelo menos para ela ir bem na competição em Fevereiro mas a verdade é que tenho medo que isso me faça explodir por já ter a minha própria dor.
Sofrer de paixão é uma das coisas mais ridículas do mundo e eu não acredito que deixei isso acontecer.
Penso na merda dessa palheta vermelha.
Penso nos olhos verdes.
Penso na barba mal feita.
Penso nos solos de guitarra.
Penso no dia que foi noite.
Penso no açúcar.
Penso nele.
E odeio.
Odeio tanto que não consigo parar.
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𝐏𝐋𝐎𝐓 𝐃𝐑𝐎𝐏 ; 𝒂 𝒄𝒂𝒍𝒂𝒅𝒂 𝒅𝒂 𝒏𝒐𝒊𝒕𝒆
Hayley Lowe
Onde muitos encontravam pânico, Hayley encontrava calmaria e por isso a escuridão não a deixou em extremo desconforto.
Se lembrava de despertar naquela manhã com estranheza, checando o relógio de cabeceira e depois o celular como se o horário não condissesse com a falta do feixe de luz em suas cortinas.
Eram oito da manhã e o céu parecia se acobertar em um véu escuro sem estrelas.
Hayley quando pequena se moldava em suas próprias sombras como uma forma de se esconder das freiras do convento. Sempre esteve camuflada pela a escuridão de alguma forma. Quando desceu de seu apartamento, em seus pijamas, com uma caneca de café quente em mãos, enxergou o vapor esbranquiçado se perder na névoa escura que tampava seus pés e grande parte da sua visão.
Não era um bom sinal, claramente.
Ainda que as suas sombras fossem seguras, aquelas desconhecidas e selvagens, não seriam.
Os pés não demoraram a seguirem para o elevador e chegar em seu apartamento, onde se sentou e bebeu o café com os pensamentos em aflição. Não por ela, mas pelos outros que pareciam se desesperar e se arriscarem sem saber o desconhecido.
Hayley não era assim. Se arriscava em terrenos conhecidos, quando não, apenas observava.
Suspirou. Estava cansada, era sua folga do trabalho e os olhos ainda pesavam. O café esfriava e sua respiração parecia mais densa, como quem precisava dormir. Havia um problema sério para regular o sono, a rotina no hospital a tirava do eixo e mesmo em sua folga, as vezes não conseguia dormir como deveria.
O temperamento da semideusa era de oscilar por isso também. Como se a própria mente a pedisse descanso e ela a desafiasse.
Olhou a caneca. Morna e sem graça. Sem o apelo do café fresco que desperta a alma mais preguiçosa que exista, agora era só um café que precisaria ser requentado.
O gosto nos lábios até era bom, mas estava amargo. Faltava açúcar. Faltava atenção para o que fazia e por isso errava.
Suspirou irritadiça.
A escuridão não parecia um problema tão grande assim, talvez fosse um sinal para adormecer mais e, depois do meio dia, lidar com o que quer que acontecesse em Kallithea.
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𝐏𝐋𝐎𝐓 𝐃𝐑𝐎𝐏 #𝟏 ; 𝒉𝒂𝒓𝒑𝒊𝒂𝒔
Florence Tan-Miller com Angela Yang.
Quando o revoar das harpias infestou a cidade, sua primeira lembrança fora de quando era uma pequena semideusa. Se recordava do professor de monstros e criaturas mágicas da Half-Blood Academy apresentar sobre elas. As cabeças de pássaro em corpos humanoides adultos adornados por camadas de penas em nuances de cinza, uma… abominação.
Flora tinha uma relação diferente dos demais sobre monstros mitológicos. Pensava que eram incompreendidos, sempre julgados até se tornar um comportamento enraizado, passado de cada geração, assim como existiam seres humanos ruins que foram ensinados a serem dessa forma.
Afinal, sua madrasta a via como uma anormalidade.
Era fascinada por toda a mitologia - que acabou por se revelar real. Por isso, quando o arroubo de criaturas alcançou os céus, vendo da janela de seu apartamento, o coração bateu mais forte. Curiosidade, hesitação e um desejo enorme de ver de perto.
Ela sabia que precisava viver aquilo.
Não queria que Angela soubesse, sabia que a sua irmã de consideração não a permitiria, mas ela só precisava.
Cautelosa, a semideusa saiu pelas escadas de emergência, silenciosamente para que não atraísse atenção da filha de Hécate e nas ruas do bairro se guiava pelos gritos das criaturas e as direções que seguiam aos céus.
Iam para as matas que circulavam a cidade, mas algumas perpassavam por cidadãos que estavam nas ruas. Flora não sentia medo, hesitava… mas medo, não.
Ela conseguiu se aproximar de um dos pontos mais distantes, que levavam para uma reserva ambiental quando encontrou uma harpia mais a frente parada.
Quase pacífica.
Ergueu a mão devagar, como uma criança que gostaria de roubar um doce de um pote, ela queria tanto chegar perto… perto… e mais perto.
Um arquejo colossal a deixou tonta com a aparição de outra criatura em sua direção. Cambaleou para o lado, erguendo uma barreira de gelo enquanto arfava. Droga, droga, droga. Praguejava enquanto sua respiração parecia acalmar. Virou o rosto em busca da criatura quando repentinamente a lateral de seu rosto ardeu. Sangrava. Uma das penas cortantes da harpia a atingiu por sorte numa região não tão arriscada, mas quase havia sido em seu olho.
Arfava, as barreiras de gelo pareciam mais difíceis de se moldar quando não se concentrava tanto. Não tinha tanto treino em batalhas, tudo parecia muito frágil e isso a deixava tensa; não com medo.
Eram criaturas selvagens, estavam irritadas e ela foi até o perigo. Ela sabia do risco.
Atingiu uma delas com pequenas lâminas de gelo que criou e correu o mais rápido que pôde. Tropeçou no chão quando o solo de terra se tornou concreto e grunhiu, engatinhando até um beco, respirando fundo.
Precisava sair dali.
Mas precisava saber se seus amigos estavam bem.
Ainda arfando, Flora tirou o celular do bolso, digitando trêmula em suas redes sociais e caixas de mensagem. Quando soube que a grande maioria estava sã e salva, se ergueu e correu entre vielas, olhando para cima para não ser pega, mas acabou por retornar a outra entrada da mata.
Escutou um grito de dentro e não conseguiu evitar, adentrando a floresta mais uma vez com o coração batendo forte. Olhava para os lados, não haviam harpias, mas a escuridão parecia cada vez maior e sufocante, corria sem saber para onde ir até seu corpo trombar com o de alguém.
Arfava, até semicerrar os olhos e se dar conta que era sua melhor amiga, a mesma que havia despistado dentro de casa para estar ali.
Angela.
E graças ao Deuses sabia que não ficaria sozinha.
[continuação pelo ponto de vista de angela aqui.]
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𝐏𝐋𝐎𝐓 𝐃𝐑𝐎𝐏 #𝟏 ; 𝒉𝒂𝒓𝒑𝒊𝒂𝒔
Elijah West com Chiara Matarazzo
Elijah sempre teve um senso protetor com suas amizades. Sejam elas masculinas ou femininas, não importava. Chiara, no entanto, era outro patamar, ele não suportaria a visão de vê-la machucada e por isso insistiu tanto para que a buscasse.
Não tinha super força, mas tinha velocidade e as asas crescidas nos tornozelos como uma benção divina de seu pai, o levou para o ar com a criatura. As asas escuras da harpia se debatiam, pinicando-o como pequenas pontas afiadas. Os cortes em seus braços eram superficiais até ser empurrado pelas garras firmes da criatura, fazendo-o perder o equilíbrio no ar. A blusa se rasgou com o fincar fundo em suas costas que o fez gemer alto em dor.
O empunhar da espada aconteceu como um milagre no tempo; o anel que havia ganhado na feira o permitindo sobreviver quando arriscou o movimento decisivo com o dorso dolorido, a lâmina golpeando profundamente o lombo da criatura, como impulso para se jogar para trás, ganhando tempo.
Decapitar um monstro era difícil. Não se tratava somente de força e sim de ângulo, a noite dificultava e o alastrar da dor nas costas o deixava zonzo. Grunhiu como se recuperasse seu norte decolando em direção da harpia com as mãos firmes no cabo da espada, decepando-a no ar e sendo derrubado pelo último ímpeto das garras animalescas.
— Elijah! — Era Chiara, chamando pelo semideus, olhando para o céu, imaginando que ele estaria voando. O coração batia rápido demais, mas os gritos diminuíam, já não tinha pessoas na rua além de semideuses que lutavam. Ela ouviu um grunhido e arfou em surpresa, encontrando-o no chão um pouco mais para frente da loja. — Elijah… — A voz era quase um sopro quando começou a correr em sua direção.
As asas no tornozelo da prole de Hermes contrariavam sua queda em um auxílio urgente para que caísse na rua sem que quebrasse seus ossos, mas houve dor. Muita dor.
O semideus largou a espada devagar, sentindo a fricção do concreto com as costas ardendo. Os cotovelos ardiam também, como se não tivesse conseguido escapar de se machucar no chão. — P-porra. — Praguejou, apertando os olhos.
As luzes da cidade eram altas, mas ele não via mais criaturas no céu. Virou o rosto para o lado, uma sombra vindo até ele com a voz embargada e ao mesmo tempo que se sentiu aliviado, ficou ainda mais preocupado.
Os olhos de Chiara se encheram de lágrimas, completamente marejados quando se colocou de joelhos. — O que eu faço? Me diz o que eu faço, por favor.
— Volta pra loja. — Pigarreou, tentando se levantar mas gemendo alto. — Puta que pariu.
As mãos de Chiara tremiam, o corpo inteiro dela tremia com a visão de Elijah no chão e a poça de sangue que via. Não sabia se o tocava, se chorava ou se tentava ajudar. Parecia que qualquer movimento que fizesse nele doeria e a única coisa que pensou foi de levá-lo para a loja primeiro.
Mas como? Ele era pesado demais para ela. — Cala a boca, eu não vou sair daqui! Me deixa pensar. — Falou em desespero, mas tentava ganhar confiança - uma que não possuía nada. Sabia arremessar objetos, talvez se fosse com calma fosse possível carregá-lo no ar até a loja. Mas e se o machucasse mais? Porra. — Eu não sei se dá certo, posso acabar te arremessando longe e te machucar mais.
— Chiara. — Elijah grunhia em relutância. Não a fitava, os olhos apertaram-se mais como se pudesse diminuir a dor. Abriram-se somente quando a ouviu confusa sobre as possibilidades.
A voz de Chiara ainda era trêmula e ela parecia se irritar com sua própria incapacidade. — Consegue virar? Suas costas…
— Eu vou segurar na espada, fincar ela no chão e você empurra os meus ombros. — Elijah disse em uma lufada. Esperou pelo assentir da mais velha, apertando a palma contra a base, levando a outra mão para se firmar ainda mais e forçar o corpo pra frente. As mãos de Chiara em si não o machucam, mas a sensibilidade era alta. — Caralho. — Elijah mordeu o ínfero tão forte que foi capaz de sentir o corte no lábio, o gosto metálico em sua boca.
Chiara parecia assustada, soltando um arfar surpreso quando teve noção da dimensão das costas do namorado. Piscava, tentando se convencer de que era mentira. Fechou os olhos com força e começou a rezar para sua mãe, as palavras escapando de seus lábios em um sussurro. — …Me ajude a equilibrar as forças dentro de mim, luz e escuridão…
Elijah mordeu o ínfero tão forte que foi capaz de sentir o corte no lábio, o gosto metálico em sua boca. Inspirou profundamente e somente virou o rosto quando escutou os cochichos da namorada, fazendo-o semicerrar os olhos, não entendendo. — Chiara… calma. — Pediu, apertando a espada para se manter reto enquanto sentado. — Eu preciso que você respire.
A filha de Hécate respirou fundo, mas ainda sentia as lágrimas umedecendo seu rosto quando abriu os olhos de novo para encontrá-lo. — Eu tava rezando pra me acalmar. — Confessou e suspirou. — Eu vou te levantar, mas fica bem parado, tá? — Pediu e esperou que ele confirmasse para que se levantasse, as mãos se esticaram em direção à ele. Torcia para dar certo. O corpo de Elijah foi erguido e ela fazia com toda a concentração para não fazê-lo voar no ar. — Eu consigo. — Se convencia, conforme andava e o trazia consigo.
Elijah assentiu e suspirou. Não tinha problemas com isso, na verdade Elijah só queria que eles fossem para um lugar seguro. — Beleza. — Concordou e se manteve em silêncio, não questionando e nem mesmo olhando para ela em dúvida.
Aos poucos sentiu o corpo sendo flutuado, os lábios se abriram e fecharam, mas não questionou. A sensação era estranha, como se uma leve tremedeira acontecesse, mas ela conseguia o levar para dentro da loja. Em certo momento, escutou-a suspirar, e se perguntou o quanto de força ela fazia para carregá-lo, mas o colocou em cima de um divã, no meio da loja. — Você é foda. — Murmurou, procurando o olhar feminino. — Porra, sério. — Era sua vez de suspirar. — Minhas costas estão… muito… ruins?
— Sim… Preciso te levar pra Hebe, mas seria bom estancar o sangue antes. — Começava a racionalizar, deixando o emocional de lado, mesmo que ainda tremesse.
Elijah mordeu o ínfero. — O encurtador. — Disse baixo. — Tá com você?
Chiara grunhiu ao se virar e caminhar até o balcão, pegando o encurtador que não tinha funcionado e se aproximando de Elijah novamente. — Essa merda não funciona.
— Calma, Chiara. — Ele estendeu a mão, fazendo uma careta. Parecia que todo movimento puxava sua pele. — Deve ter algo pra fazer aqui.
— Não se mexe! — Quase gritou em pânico, fazendo uma careta ao imaginar as costas sangrando ainda mais. Esticou o encurtador, colocando na mão do moreno. — Tenta você ativar.
Elijah respirou fundo, olhando para a namorada e depois para o artefato. — Você rodou isso? — Ele girou uma peça para que a ampulheta virasse de lado e começasse a escorrer.
Chiara observou, mas fazia uma careta quando o fitou e negou. — Você disse que era só imaginar!
— Tu me xinga em casa. Segura em mim.
— Como? Suas costas… — Chiara mordeu o ínfero. — Vai sozinho, eu te encontro lá.
— Chiara, segura a minha mão, porra.
Suspirou em derrota, mas segurou a mão do namorado. — Tô com medo.
Ele apertou a mão da semideusa e mentalizou a casa em que moravam, a parte interna, na sala para que juntos se teletransportassem para o sofá. Sentiu-se sugado por uma energia maior e quando se deu conta, havia funcionado. — Caralho, graças aos Deuses. — Olhou para a namorada. — Pega o kit de primeiros socorros.
— Elijah?! Era pra ir pra Hebe no hospital! — Resmungou, colocando as mãos na cabeça, mas se levantava e corria para a cozinha pegar o kit. — Merda, merda, merda.
— Porra, eu só queria sair de lá. — Rangeu os dentes. — Vai ficar tudo bem.
Elijah só precisava de um tempo para que diminuíssem a perda do sangue e fossem até Hebe em segurança.
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