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deve ser horrível ter tido alguém tão a seu dispor e agora não ter mais, só por ser uma pessoa melindrosa. tudo cansa em um momento, não tem memória boa que sustente alguém insuportável assim.
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som constante rádio e chuva tô tentando sintonizar vejo-o caminhar entre as histórias em uma meia-luz vermelha iluminando brevemente seus olhos castanhos. nos beijamos em projeções em flashes e ruídos em cinco com quinze sinto o morno calor de sua pele o cheiro de chiclete de menta os vestígios de cigarro disfarçado em segundo plano. sou como um inseto que busca a luz nesses cabelos loiros na pele macia nesse sorriso introvertido que vontade de você. em sons do mar contra rochas te vejo em perfil e gravo na memória uma foto do primeiro homem que me convidou a sair em uma noite linda com trilha sonora de hyldon e às 23:00hrs na areia ouvindo a praia sentindo seu corpo. seja lá o que isso for, que permaneça puro.
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arde no peito
um dia eu soube, eu senti, que palavras seriam meu único escudo. agora eu sinto tantas coisas, tudo passa pela minha cabeça, mas parece que as palavras, que antes me envolviam e me protegiam de tanto sofrimento, não me ocorrem mais com tanta facilidade. fico entalada, não consigo falar ou pensar ou escrever. e não tem ninguém para me dar um tapa nas costas e dizer "fala, bota pra fora".
não acredito em destino. já quis acreditar, mas sempre vira uma piada sem gosto. só que existem momentos em que penso sobre isso, penso sobre como eu sou um tipo de punição e dádiva, ao mesmo tempo. minha mãe entenderia isso, o quão eu saí dos planos dela e tracei meus próprios. o quanto de desgosto ela sente por mim. nada do que eu faço ela gosta, então o jeito é continuar de alguma forma.
sinto que depois de tantas atribuições, eu tenho me tornado. todos os títulos que impuseram, tenho, aos poucos, sido. é horripilante pensar nisso. e, na real, acho que só vivo minha vida normalmente. eu não tenho medo. e isso me traz todas as perspectivas à flor da pele.
que texto feio
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Virginia Woolf, from a diary entry featured in “The Selected Diaries of Virginia Woolf,”
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caramba. pelo jeito que eu te olho e te amo, jamais pensaria que eu estou querendo mesmo acabar com tudo. ouvir as coisas que você me disse, sobre não ter certeza sobre mim, ou sobre você mesmo, sobre se sentir feliz em algumas situações (que não me incluem), dentre outras coisas, matou algo dentro de mim. a parte interessante é que você nunca escondeu, mas eu adoraria que você entendesse de uma vez por todas o que você quer da vida. queria que você não tivesse pedido para voltar comigo, e que tivesse me deixado viver minha vida em paz. você trouxe muita dor falando sobre essas coisas e me fazendo sentir como um grande nada na sua vida. e eu acho que você fez de propósito, sei lá. chegar ao ponto de eu não querer mais de jeito nenhum é realmente o fim. eu aceito o que as pessoas me dão, mas como eu posso aceitar um relacionamento que não me dá o mínimo (que é ter certeza de que 1. quer estar comigo, 2. que gosta da minha companhia, e 3. que me ama e gosta de mim? sofri demais já, e eu não mereço isso. eu sei que você tem suas neuras, mas eu também tenho as minhas, e não é nem um pouco justo me colocar eternamente em segundo plano para ser conveniente a você e, mesmo assim, ser deixada de lado, ignorada e evitada por você, como se fosse uma grande aberração.
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a minha mente é o verdadeiro inferno.
penso demais em coisas que me machucam. elas regurgitam o tempo inteiro, fico com vertigem da quantidade de tempo que levo pensando tanto em muitos nadas. é cruel e dolorido pensar sobre medos tão presentes no meu subconsciente. se eu tivesse a coragem necessária, eu andaria em todos os catetos de linhas tracejadas, até fugir da linha e ser levada a outra dimensão.
mas eu sou uma frouxa e tenho medo até de tentar.
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o que aconteceu ainda está por vir
parece que me perdi de vez. olho para tudo o que estou fazendo agora e me é tão incerto. parece tão errado, tão desajeitado, mal-feito e ridículo. por que estou fazendo isso? um curso que mais me deixa infeliz do que feliz. sou uma burra, uma tola. mas, meu deus! como esperam que eu saiba tanto e entenda tanto e tenha tanta certeza aos 20 anos? como posso traçar todo o resto da minha vida em tão pouco tempo? eu não sei. eu não sei mesmo.
sempre é assim em dezembro. sempre sinto uma tristeza inexplicável, uma tristeza intrínseca, quase que inata. sinto todas as dores de uma vez. repenso e remoo tudo novamente. eu nunca vou parar com isso, e esse é o maior fardo que carrego.
o maior fardo que tenho é ser eu.
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não me corto mais, te juro
olha nos meus olhos me segura com força até que sangrem meus pulsos e que lágrimas escorram pela minha pele como é difícil estar tão perto e tão distante desejando tanto que você seja meu e apenas meu sem ter de compartilhá-lo com o mundo com todas essas pessoas que não o merecem como eu que raiva da rotina e das obrigações, inúmeras em que é preciso merecer um tempo de descanso ao lado de um amor sendo que, só por amar, já mereço
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onze da noite e tô pensando muito em coisas que não era para eu pensar agora.
Você me deixa assim, bobinha. É estranho amar tanto assim. Se entregar tanto assim. Nunca achei que esse tipo de romance existisse, mas estou me provando errada todo santo dia. Compartilhar cada momento contigo é um presente. Olhar você nos olhos e sentir você em meus braços, como eu poderia pedir mais do que isso? Eu nunca estive tão feliz. Penso muito sobre o que vem a seguir. Queria viver tudo logo de uma vez, pois tenho medo do futuro do planeta (que não será nem um pouco acolhedor) e tenho medo de não viver o suficiente para realizar cada sonho que tenho. Queria te ver no nosso casamento, te ver segurando nosso filho em seus braços, te ver alcançando seus objetivos e te ver melhor. Espero que o futuro tenha isso reservado. É. Eu tô mesmo te amando demais.
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O mundo inteiro desabando em cima de mim. não posso me dar o luxo da despreocupação. sempre surge algo urgente, algo que pisca em luzes vermelhas, que precisa ser consertado e resolvido e curado. tenho que ser a pessoa mais forte que conheço. tenho pouca idade para lidar com tantos problemas. penso "e se eu fugisse disso tudo? e se eu encontrasse o agradável alívio do descanso eterno?" mas me falta a coragem de colocar o ponto nisso tudo. queria ter uma família mais acolhedora. uma família que medisse o poder das palavras que dizem, que entendesse que aqui do outro lado também existem sentimentos e pressões. que me vissem como um ser humano. sinto que não deveria aguentar tanta coisa assim, sabe? que eu poderia dar um descanso, esquecer de umas responsabilidades por alguns breves momentos e sonhar um pouco. mas a realidade sempre me dá um baque, um choque, me trazendo de volta, como quem diz "você não tem esse direito, não mesmo". nesses momentos, eu choro em silêncio, pensando o quanto que eu queria o colo materno e uma compreensão de todos ao meu redor. é dolorido, e só quem passa por isso sabe. entre minha irmã tendo um surto de ansiedade e meu irmão ficando suicida novamente, não tenho um espaço para enlouquecer também. então sento, e espero a minha vez. o problema é que tem coisa demais aqui.
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o problema sempre sou eu, no fim das contas. tenho essa necessidade de ser visto, de que me dirijam as palavras. passo por maus bocados por causa disso. sempre me pergunto "o quê tem de errado comigo? por quê preciso disso tanto assim?" e nunca sei me responder. as palavras são formas equivocadas de traduzir meus sentimentos e pensamentos. sempre tropeço em alguma, desentendendo as nuances dessa tarefa difícil. cometo erros contínuos, e, obviamente, já tô de saco cheio de tanta gente frágil e com lapso de interpretação de texto. mas tudo bem, as pessoas não estão na minha cabeça para saber o sentido das coisas que passo para as palavras. tenho que me colocar antes do mundo. voltar ao processo de entender o quê eu quero e quem eu sou. é conflituoso quando parece que não vou ter um futuro, então evito pensar. estou completamente deslocado da realidade. faço as coisas que devo fazer, converso com pessoas, ando só. mas de todas as formas sinto como se fosse sumir do nada. simplesmente apagar, como um computador de pifa. ninguém entende o que sinto aqui, o que torna difícil para sentirem algum tipo de empatia pelo tipo de visão de mundo que eu tenho.
de qualquer maneira, eu tenho que estudar pois tenho prova amanhã e realmente tô com medo de pegar nef. foda-se eu.
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heyyyy!!!
this is another attempt at a poster, i’m not a massive fan of it, i think it could of been better tbh but im still learning!
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dentro de nós, jovens-adultos vão querer nos sufocar...
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minutos de ansiedade, como se fossem o preço para uma vida inteira de amor. sinto informar: não são. tento ser legal, mas recebo curtos trechos, sem resposta definida. penso "talvez eu esteja forçando a barra" e, sabe, acho que na real você já tá gostando de alguém sinto isso aqui dentro que você começou a gostar de alguém e acabou tudo por isso e até que faz sentido na minha cabeça. falei várias vezes que queria ser sua amiga mas, sinceramente, nem sei se faz muita falta para mim tenho um carinho enorme pelo o que vivemos juntos mas você à parte não me desperta nada mais e sinto até um certo incômodo quando você me fala sobre coisas que não quero ouvir e penso "olha ele, conversando como se ainda namorássemos" e isso fica martelando na minha cabeça. não me importo se você seguiu em frente mas, por favor, tenha a decência de me responder direito da mesma forma que te respondo e não mandar uma palavra monossilábica que não responde à minha pergunta. é de minha natureza ter passos curtos para momentos assim só que, dessa vez, eu queria correr em longas passadas em vez de te esperar falar algo queria entender o que se passa e, honestamente, queria mesmo alguém para me apaixonar e tirar da minha cabeça todos os momentos bonitos que vivemos seria mais fácil.
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o último texto que eu havia escrito aqui antes de tudo acabar era para você. vejo isso e sinto alguma coisa, mas não existe a palavra para esse sentimento. é como se fosse uma ingenuidade passional. mas não é exatamente isso. fico pensativa.
acho que no momento em que eu escrevia aquele texto, talvez você já não me quisesse tanto assim.
hoje em dia temos conversas dentro de ônibus. engraçado, nossa história tinha começado assim. e agora termina assim também. te encontrar ontem de manhã dentro do 049 foi interessante. meu coração não pulou de felicidade ao te ver, mas pensei "olha ele, dormindo". te acordei e fomos conversando um monte. você muito falante, contando várias coisas. acho bonitinho como você fala sobre tantas coisas e vivências diferentes. amigos novos, lugares novos. que bom para você. que bom mesmo.
é divertido pensar que a paixão acabou de vez. agora resta um carinho por tudo o que a gente viveu juntos, e por todas as coisas que me lembram você. era bom estar em seus braços enquanto estávamos juntos, mas te abraçar ontem não me fez sentir o que eu sentia. tudo mudou.
li em algum lugar da internet que "se você vira amigo do seu ex, é porque vocês concordam silenciosamente em fingir que o namoro nunca aconteceu". acho que discordo disso. quero ser sua amiga e celebrar as coisas boas, mas não esquecendo o que vivemos. foi muito bom enquanto durou e, sinceramente, nem me importo se você não acha o mesmo que eu. para mim, foi mágico. e isso é o que importa no fim das contas. não vou esquecer o que vivemos, mas parece que aquela pessoa que eu vivi coisas boas e momentos lindos já não existe mais. você ainda é você, mas diferente. e isso foi o suficiente para eu parar de cogitar qualquer possibilidade contigo. quem diria que conversar contigo faria com que eu superasse você? estranho, né? mas que bom que acabou, assim não preciso mais sofrer e engolir esse sentimento.
tudo de bom para você sempre. obrigada por tudo.
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A verdade é que não sei mais em que momento da minha vida estou. Há um tempo, achei que estaria muito bem aos 20 anos. Jurava que estaria vivendo os melhores momentos da minha vida, mas parece que eu só entro em mais e mais sofrimento. As coisas externas a mim estão mais estáveis, eu que continuo em um vórtice de pensamentos autodestrutivos e vontades horríveis sobre a morte. Isso nem me assusta mais, só me incomoda. Pensar que, se eu quisesse muito, conseguiria pôr um fim em mim mesma. A vida adulta no capitalismo tardio é uma desgraça quando você não é o detentor dos meios de produção. Acordo todo santo dia mais cedo do que gostaria, pego transporte público, passo por diversos tipos de estresse, assédio, decepções e tristezas. Volto para casa e preciso de uma noite inteira para digerir o dia, só para reviver tudo no dia seguinte. Tô cansada demais pra essa merda. Minha cabeça só piora.
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é assim que acaba. - 10/03/24
você me pegou um pouco desprevenida nessa. há uns sete meses atrás, começamos a namorar. e foi o relacionamento mais lindo que já tive. com momentos inesquecíveis, dias calmos e pacíficos. você ressignificou como que um relacionamento deve ser.
no início, eu não me sentia pronta para um relacionamento, já que o meu anterior foi traumático. mas tentei mesmo assim. por você. por mim.
no momento em que começamos a namorar, você estava super apaixonado, e eu, acho que só apaixonada, mas ainda desenvolvendo o sentimento.
com o passar do tempo, ca�� inteiramente por você. passei a te amar. querer uma vida junto com você. pensei em tudo, tudinho.
hoje de manhã, com quase sete meses de relacionamento, você acordou com um olhar vazio. perguntei se estava tudo bem, e você disse que não. e ali eu já sabia o quê era. eu já tinha percebido desde o meu aniversário. mas jurava que era coisa da minha cabeça. continuei perguntando e você disse que estava pensando pensamentos e que não tinha coragem de falar o que era. ali eu tive certeza de como nossa conversa iria se desenrolar, mas mesmo assim continuei. você disse para eu tentar adivinhar, e a primeira coisa que passou na minha cabeça foi "karma realmente existe", já que fiz a mesma coisa terminando outro relacionamento. olhei para você e perguntei "você quer terminar?", ao que você apenas abaixou a cabeça. "é, né?" perguntei de novo. e você começou a chorar. chorar muito. nunca te vi chorar assim. foi até irônico, já que eu que normalmente sou a chorona, e na hora mal consegui chorar. comecei a tremer, meu coração tava doendo e ali eu me senti horrível. você disse que "eu gosto de você, mas não gosto de você o tanto quanto deveria". isso doeu muito. ouvir essas palavras de alguém que amo tanto, doeu demais. você chorou e disse que se sentia culpado, como se tivesse me prendido esses últimos meses. falei que tava tudo bem, que até preferia assim, afinal, ninguém merece namorar alguém que não ama você, não é? e você falou que tinha muito o quê agradecer, e nesse momento a minha mente apagou um pouco. fiquei dentro da minha cabeça sentindo meu sofrimento. você perguntou se podia me abraçar. que coisa triste, meu deus. depois fui pegar minha toalha e colocar dentro da mochila. e te vi sentado na cama, encostado na parede. te abracei e você chorou mais. pediu perdão. falei que não tenho que perdoar, porque tá tudo bem. falei "você está totalmente no seu direito de terminar se não gosta tanto assim de mim". você disse que queria terminar desde antes do meu aniversário, mas que estava procurando o momento certo. nisso eu me senti uma burra. não existe momento certo, mas gostaria, então, que tivesse sido antes do início do semestre, porque agora não to conseguindo estudar nem comer direito.
a verdade é que não estou bem com isso. mas vou ficar. só que ainda é muito estranho. é algo que eu não posso fazer absolutamente nada. você simplesmente não gosta mais tanto assim de mim. perguntei se eu tinha feito alguma coisa e você disse que não fiz nada. meu deus, realmente não entendo. seis meses atrás você dizia que mal via a hora de morar comigo. que me amava. e tudo. todas as coisas. e agora tudo o que recebo é um: "não gosto de você o tanto que deveria. acho que o brilho foi apagando, porque no início eu realmente queria casar com você". isso doeu. tá doendo.
eu sei que não vou superar você de forma rápida. porque você não fez nada de errado. você só foi honesto com seus sentimentos. mas isso não anula o quanto isso tá doendo em mim.
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