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Psicologia na Escola
12 posts
Experiências de um semestre relatadas por uma aluna de graduação de Letras na Universidade de São Paulo.
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ruthianesena-blog · 8 years ago
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Aula 12 - 31/10
A questão dos gêneros na escola
Se temos que discutir e colocar em pauta um tema que ainda necessita de ênfase, por que não utilizarmos a literatura como instrumento de EMPODERAMENTO feminino? 
Rupi Kaur é um poetiza contemporânea que escreve sobre a mulher e para a mulher. Através de sua linguagem poética, promove o pensamento feminista, seja pela luta explicita em versos, seja em simbolismos representando o papel da mulher que temos e que queremos: 
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ruthianesena-blog · 8 years ago
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Aula 11 - 24/10
Diferenças, estigma e preconceito na escola
Este poema representa um pouco as DIFERENÇAS ético-raciais que muitos alunos diariamente enfrentam nas escolas. Em um tom do cotidiano e reflexivo mostra como a vida de um “colored student” e a discriminação racial que enfrenta por não pertencer ao mesmo grupo hegemônico. Triste, porém ainda atual a realidade em que vivemos. 
Theme for English BY LANGSTON HUGHES
The instructor said,      Go home and write      a page tonight.      And let that page come out of you—      Then, it will be true. I wonder if it’s that simple? I am twenty-two, colored, born in Winston-Salem.   I went to school there, then Durham, then here   to this college on the hill above Harlem.   I am the only colored student in my class.   The steps from the hill lead down into Harlem,   through a park, then I cross St. Nicholas,   Eighth Avenue, Seventh, and I come to the Y,   the Harlem Branch Y, where I take the elevator   up to my room, sit down, and write this page: It’s not easy to know what is true for you or me   at twenty-two, my age. But I guess I’m what I feel and see and hear, Harlem, I hear you. hear you, hear me—we two—you, me, talk on this page.   (I hear New York, too.) Me—who? Well, I like to eat, sleep, drink, and be in love.   I like to work, read, learn, and understand life.   I like a pipe for a Christmas present, or records—Bessie, bop, or Bach. I guess being colored doesn’t make me not like the same things other folks like who are other races.   So will my page be colored that I write?   Being me, it will not be white. But it will be a part of you, instructor. You are white— yet a part of me, as I am a part of you. That’s American. Sometimes perhaps you don’t want to be a part of me.   Nor do I often want to be a part of you. But we are, that’s true! As I learn from you, I guess you learn from me— although you’re older—and white— and somewhat more free. This is my page for English B. Langston Hughes, “Theme for English B” from Collected Poems. Copyright © 1994 by The Estate of Langston Hughes. Reprinted with the permission of Harold Ober Associates Incorporated.Source: Selected Poems (Vintage Books, 1959)
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ruthianesena-blog · 8 years ago
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Aula 10 - 17/10
O Fracasso na Escola
Será que realmente existe uma fórmula para o sucesso ou estamos idealizando métodos para DIFERENTES pessoas?
Como ser um aluno de escola pública com inúmeros problemas sociais e psicológicos e ter de AINDA alcançar notas altas em provas? 
Qual o papel da escola em auxiliar um (possível) fracasso de um discente?
Precisamos tratar pessoas como pessoas e não somente como modelos comportamentais simplistas. É não aceitar o fato de um aluno ser pobre, de pai ausente e com com problemas de drogas, é realinhá-lo para o conhecimento através da resolução de conflitos pela sensibilidade de outro sujeito. 
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ruthianesena-blog · 8 years ago
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Aula 9 - 10/10
Indisciplina e Violência na Escola
A ESCOLA É VIOLENTA PORQUE A SOCIEDADE TAMBÉM É. 
SERIA A SALA DE AULA UMA CONSEQUÊNCIA DA POBREZA, EXCLUSÃO, PRECONCEITO?
A ESCOLA TEM AUTONOMIA PARA LIDAR COM ESSE TIPO DE PROBLEMA?
QUAL O PAPEL DO PROFESSOR DIANTE DESSE CONFLITO DE NATUREZA SOCIAL?
COMO SOBREVIVER EM UM SISTEMA EDUCACIONAL QUE NÃO NOS PERMITE SEGURANÇA E BEM ESTAR DOS DISCENTES E DOCENTES?
Muitas perguntas, com desafios a serem enfrentados JUNTOS e não apenas pelo professor e aluno. Instituição familiar, política, escolar têm papéis fundamentais para burlar a ocorrência de violência psicológica e física dentro das escolas, seja públicas ou privadas. 
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ruthianesena-blog · 8 years ago
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Aula 8 - 3/10
Projetos de Vida, juventude e educação.
Há um tempo atrás, fiz uma autoanálise sobre minha adolescência. Percebi o quão desesperada eu estava para DETERMINAR o futuro da minha vida através de uma escolha de curso superior. Naquele momento, instituição escolar e familiar influenciavam muito a minha decisão, pois havia uma pressão social e psicológica para o que eu devia ser. Hoje, como educadora, vejo que este comportamento é frequente nos alunos de ensino médio, seja de pública ou privada. 
 No capitalismo cultural que vivemos, ter status, poder e riqueza são fatores que o ser humano continuadamente busca atingir. Por essa razão, novamente, utilizo a prosa escrita por Fernando Pessoa que revela-nos esse tal admirável plano de vida, que não é uma regra social, porém, é uma “receita” caso queira ser conhecido como bem-sucedido.  Com tom de ironia, o texto aborda as materialidade com as quais nos preocupamos (in)conscientemente, de modo naturalizado. 
Leia abaixo o texto na íntegra:
PLANO DE VIDA
Um plano geral para a vida deve implicar, antes de mais, alcançar-se qualquer forma de estabilidade financeira. Marquei como limite para essa coisa humilde a que chamo estabilidade financeira cerca de sessenta dólares—quarenta para o necessário, e vinte para as coisas supérfluas da vida. A forma de o alcançar é adicionar aos trinta e um dólares dos dois escritórios (P & FF) vinte e nove dólares de proveniência a determinar. Em rigor, para viver apenas, cinquenta dólares bastariam, pois, tomando trinta e cinco como base necessária, quinze já davam para o resto.
                                *
A coisa essencial que vem logo a seguir é residir numa casa com bastante espaço, espaço quanto a divisões e divisões com os requisitos necessários, para arrumar todos os meus papéis e livros na devida ordem; e tudo isto sem grande possibilidade de me mudar dentro de pouco tempo. Parece que o mais fácil seria alugar eu próprio uma casa — à base de, suponhamos, oito ou, quando muito, nove dólares — e viver lá à vontade, combinando que me levassem o jantar (e o pequeno-almoço) todos os dias, ou coisa parecida. Mas seria este sistema absolutamente conveniente?
Substituir, no tocante à ordem dos papéis, a minha caixa grande por caixas mais pequenas contendo os papéis por ordem de importância. Na caixa grande e na outra em A. S. ficariam só os jornais e revistas que guardo.
                               *
Alugada uma casa, qual o mobiliário? Não seria melhor combinar de novo as coisas com S? De modo a alcançar isto de que preciso, mudando-nos nós, se necessário, para tanto?
                               *
Seja como o Destino quiser.
1913
Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação. Fernando Pessoa. (Textos estabelecidos e prefaciados por Georg Rudolf Lind e Jacinto do Prado Coelho.) Lisboa: Ática, 1966.
 - 2.
Trad: Jorge Rosa
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ruthianesena-blog · 8 years ago
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Aula 7 - 26/9
Resolução de Conflitos e as Assembleias Escolares 
Acredito que a melhor forma de entender como podemos lidar com as relações humanas é pautar esses assuntos nas escolas, este sendo um modelo democrático e saudável para desenvolver nos alunos o auto-conhecimento e principalmente o soluntion-oriented. As assembleias escolares, ao meu ver, seria a melhor ferramenta de uso para a comunidade escolar participante.
A VOZ TEM DE SER DO ALUNO, pois é um caminho para a democracia também. 
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ruthianesena-blog · 8 years ago
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Aula 6 - 19/9
Conhecimento transversal, interdisciplinar e a metáfora de “rede”
Com essa temática de interdisciplinariedade entre as disciplinas, propõe-se que cada matéria que compõe a educação escolar do aluno se relacione com outra matéria, de modo a produzir um conhecimento mais completo, que abarca não somente a especificidade contida naquela disciplina, mas sim, os pontos que aquela disciplina pode ter em comum com outras disciplinas.
Um bom exemplo a se falar é o materialismo literário para os estudos de literatura. Com essa corrente crítica é analisado não somente o campo denominado da literariedade como também outras fontes extra-textuais, como as humanidades de modo geral. Englobar história, sociologia, filosofia e geografia tornou-se também fonte secundária para elaborar uma crítica literária, principalmente depois do surgimento dos Estudos Culturais por Raymond Willians. 
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ruthianesena-blog · 8 years ago
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Aula 5 - 12/9
A construção dos valores e a dimensão afetiva
De acordo com as teorias afetivas que o sujeito realiza com o exterior, a projeção desses sentimentos podem ser positivos ou negativos, estes relacionados ao fatores como o físico, interpessoalidade e valores socio-culturais que determinam como o sujeito é construído. 
Inúmeras vezes, sentir-se fraco perante os desafios que vivemos no ambiente no qual estamos parece não ser uma tarefa fácil, principalmente se atrelados a ele, sentimentos de culpa e vergonha entram em predominância no seu estado de espírito. 
Como superar as dificuldades ligadas ao emocional que experienciamos ao longo da nossa vida? A resposta não é apenas uma só, porém temos que nos afirmar que:
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ruthianesena-blog · 8 years ago
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Aula 4 - 29/8
Os Modelos Organizacionais do Pensamento.
As relações psicológicas são organizadas pela cognição e afetividade, sendo ambas elementos fundamentais para a compreensão de um sujeito no nosso mundo, através do sistema sensorial que capta o ambiente. O conceito de significado de um determinado objeto varia de acordo com o que o individuo considera relevante, sendo portanto, um aspecto muito subjetivo, pois o que pode ser considerado “x” a um, será “y” ao outro. 
Tendo em perspectiva essa subjetividade, este poema reflete uma proposta de entendimento do mundo: através dos cinco sentidos, o eu-lírico expõe que o conhecimento está intrinsecamente ligado ao mundo sensorial, este, que pode ser compreendido pelo olfato, paladar, tato, audição e principalmente, visão.  
Com isso, no decorrer da leitura, percebemos que a observação que o sujeito faz da natureza, do girassol, é sempre algo novo, pois ele nunca encontra-se no mesmo estado que estava anteriormente, como também acontece com a flor - imagem poética representada no texto literário a seguir. Consequentemente, podemos associar essa mudança constante do sujeito e  sua forma de perceber o mundo que o cerca através desse modelos organizacionais do pensamento, no qual discute a construção desse sujeito através das influências que ele tem do meio que vive ao longo do tempo e da relação da cognição com aspectos sensoriais/afetivos. 
Logo, liricamente, Fernando Pessoa representa (in)conscientemente:
Alberto Caeiro
II
O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no Mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo…
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar...
8-3-1914
“O Guardador de Rebanhos”. In Poemas de Alberto Caeiro. Fernando Pessoa. (Nota explicativa e notas de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1946 (10ª ed. 1993).- 24.
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ruthianesena-blog · 8 years ago
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Aula 3 - 22/8
Discussão em grupo: Gênero na Escola
Na nossa discussão em grupo, expusemos muito o lugar da mulher na sociedade de modo geral. Refletimos sobre os principais problemas enfrentados pelo gênero feminino e com o desenvolvimento da conversa, percebemos o quão importante é trabalhar o amor próprio em uma cultura machista, esta enraizada em contextos escolares, familiares, religiosos,de trabalho, etc. 
Com um tom positivo e empoderador do diálogo que obtemos, abaixo está o poema da Maya Angelou no qual expõe descritivamente a maravilhosidade de ser mulher. Este texto literário é uma espécie de “hino” ao machismo diário que toda mulher combate e julgamos ser um ato de amor próprio ao que nós, feministas defendemos: 
Phenomenal Woman
Pretty women wonder where my secret lies. 
I’m not cute or built to suit a fashion model’s size   But when I start to tell them, They think I’m telling lies. I say, It’s in the reach of my arms, The span of my hips,   The stride of my step,   The curl of my lips.   I’m a woman Phenomenally. Phenomenal woman,   That’s me. I walk into a room Just as cool as you please,   And to a man, The fellows stand or Fall down on their knees.   Then they swarm around me, A hive of honey bees.   I say, It’s the fire in my eyes,   And the flash of my teeth,   The swing in my waist,   And the joy in my feet.   I’m a woman Phenomenally. Phenomenal woman, That’s me. Men themselves have wondered   What they see in me. They try so much But they can’t touch My inner mystery. When I try to show them,   They say they still can’t see.   I say, It’s in the arch of my back,   The sun of my smile, The ride of my breasts, The grace of my style. I’m a woman Phenomenally. Phenomenal woman, That’s me. Now you understand Just why my head’s not bowed.   I don’t shout or jump about Or have to talk real loud.   When you see me passing, It ought to make you proud. I say, It’s in the click of my heels,   The bend of my hair,   the palm of my hand,   The need for my care.   ’Cause I’m a woman Phenomenally. Phenomenal woman, That’s me. Maya Angelou, “Phenomenal Woman” from And Still I Rise. Copyright © 1978 by Maya Angelou. Used by permission of Random House, an imprint and division of Penguin Random House LLC. All rights reserved.Source: The Complete Collected Poems of Maya Angelou (Random House Inc., 1994)
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ruthianesena-blog · 8 years ago
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Aula 2 - 15/8
Teoria do conhecimento - Pieget
CONSTRUTIVISMO
É interessante notar como uma única palavra possui diversos significados que foram se CONSTRUINDO ao longo do desenvolvimento do conhecimento humano. Utilizo-me da metonímia para exemplificar o processo de aprendizagem que utiliza: segundo ele, o conhecimento consiste através da interação simultânea de dois ou mais sujeitos que CONSTRUEM um novo sentido, um novo. 
Da mesma forma ocorre com a palavra “construtivismo”, esta que foi significando e ressignificando muitos vezes, como demonstra abaixo:
1.m.q. CONSTRUTIVIDADE. 2.hist.art movimento artístico que preconiza a integração entre as técnicas artesanais e a produção industrial, o uso de formas geométricas e sua adequação às necessidades do novo mundo socialista, após a Revolução russa de 1917 ☞ inicial maiúsc. 3.art.plást estilo caracterizado por composições geométricas e dinâmicas. 4.arq estilo que propõe o uso dos materiais modernos, como o concreto, o vidro, o aço etc., em uma arquitetura que deixa a nu suas estruturas construtivas e revela seus fluxos e funções. 5.teat concepção cênica que renega as tradições naturalistas do teatro oitocentista e propõe cenários simplificados, abstratos, funcionais e versáteis e uma maneira de representar com movimentos mecânicos e até acrobáticos.
(Fonte: Google dicionário)
O surgimento de novos sentidos para essa palavra na língua portuguesa desenvolveu-se através da interação real da comunicação, esta, que foi construída pela interação de dois ou mais falantes. 
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ruthianesena-blog · 8 years ago
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Aula 1 -  8/8
Filme: O Ponto de Mutação
Resenha crítica
A seguinte resenha tem o objetivo de analisar os primeiros 25 minutos do filme “O Ponto de Mutação” e relacionar brevemente o conceito de mecanicismo no espaço escolar.
Jack sente-se incomodado com a situação no qual se encontra: se candidatará para tentar a reeleição em Washington, porém sente-se isolado no ambiente político que o rodeia. Como consequência, parte para a França à casa do seu amigo Thomas, em busca de ajuda. Como pode se observar que logo no início da trama já há uma mudança de atitude do personagem Jack para o atual estado de vida dele sendo político, pois incomoda o fato de ele ter de se adaptar ao sistema americano para obter seus interesses pessoais e profissionais. Como é notado na cena, visivelmente ele está infeliz consigo mesmo e há uma tentativa de mudança, não à toa ele decidir viajar. Qual seria essa mudança? Há necessidade de ir a outro lugar para conseguir obter a resposta que ele gostaria?
Depois, ambos amigos vão até a igreja e logo na entrada Thomas lê a seguinte sentença na porta do edifício “Nenhum santo sustenta-se só”, e Jack responde dizendo-lhe que “ninguém é uma ilha”, o que segundo o político, representa seu próprio trabalho. Mais adiante, Jack diz, “ao menos temos nossa liberdade”, justificando a possível vantagem de uma vida mais individualizada, não cooperativa: “Ao menos é livre para pensar o que quiser e agir a respeito”, um pensamento típico americano. Novamente, Jack compara sua vida política com a discussão reflexiva sobre viver sozinho ou em grupo, dizendo que seu amigo comparado a si tem mais liberdade por ser poeta, pois no caso do deputado perde-se até a sua própria identidade com inúmeras tarefas que delegam a você para fazer. Para ele são como máscaras sociais do cotidiano que temos de “vestir” no mundo da política, caso o sujeito queira ter sucesso. Em outras palavras, para ser eleito, ter popularidade com seus eleitores e uma boa relação com seus colegas de trabalho no congresso.
Prosseguindo com esse diálogo, é dado destaque a um relógio mecânico que segundo Jack e Thomas representa um sistema que funciona desde antes dos tempos modernos, embora Sonia ache que o objeto pode representar como os políticos trabalham, ou seja, com ideias antiquadas e mecânicas. O relógio simboliza que independentemente se os valores políticos são de esquerda ou de direita, fazem a Sonia não se interessar em votar, por exemplo. Detalhando mais sua explicação ela cita Descartes, primeiro filósofo a desenvolver uma visão mecanicista do mundo que de acordo com ela, domina principalmente o campo político atual.
A conversa ganha mais complexidade quando o grupo de colegas metaforiza o relógio, argumentando primeiramente:  Sonia afirma “Você a desmonta, reduz a um monte de peças simples e fáceis de entender, analisa-as e aí passa a entender o todo” e Jack indaga-a “Essa visão mecanicista não é o próprio método cientifico? ”. Nitidamente, ela concorda e menciona que isso dominou todos os campos de saberes, seja artes, políticas, ciências, etc. Sonia assevera que precisamos de uma nova maneira de entender a vida pois os tempos mudaram. Mas qual seria?
Levando em consideração esse trecho do filme, percebemos que há uma crítica em relação ao modo como lidamos no mundo em diferentes aspectos do campo de saber. Esse modelo de Descartes no qual Sonia cita aparentemente não se adequa mais as novas necessidades da sociedade. Um exemplo a ser observado é com os problemas escolares, mais precisamente a questão de gênero na escola. Sabemos que o a fonte dessa discussão está ligada a vários fatores, inclusive a comunidade familiar, escolar, política, religiosa, dentre outros fatores que desde criança o indivíduo vai construindo seu comportamento social. Todas essas instituições não somente influenciam como perpassam a ideologia hegemônica sexista que é averiguada antes mesmo da criança nascer, no chá de bebê, em que o sujeito já ganha presentes de determinado gênero ou outro.
Assim, percebemos que o problema está enraizado dentro de um sistema, como brevemente foi exemplificado aqui. Porém, nossa missão é de solucionarmos e para atingirmos tal tarefa não é possível ter apenas um olhar mecanicista para analisar a situação, pois ela prende-se a vários meios sociais que interagem para que esse aluno na escola sinta-se reprimido ou obrigado a “vestir” a máscara social que a instituição escolar requer. Desse modo, é preciso ter uma percepção ampliada de todas as raízes do problema, um olhar sistêmico de como nasce, desenvolve e se propaga o sexismo escolar a fim de construir medidas que possibilitem uma liberdade de ser quem o sujeito queira ser. Em suma, assim como Sonia propõe no final do passeio, é necessário ter uma visão global de qualquer tipo de saber, seja ele de natureza científica, artística, política ou até mesmo psicossocial.
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