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Juliana Talarico
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Sou apaixonada pela cultura geek e cinéfila assumida, tendo como hobby o feito de cosplayers.
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saohri · 4 years ago
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CRÍTICA | Star Wars: A Ascensão Skywalker (2019)
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ATENÇÃO JOVEM PADAWAN: Essa crítica contém spoilers!
Há muito tempo, numa galáxia muito, muito distante.. A franquia de Star Wars marcou significativamente a cultura pop, tornando-se referência e retornando após quatro décadas para o seu encerramento final. Star Wars: A Ascensão Skywalker debutou há alguns meses e o desfecho desta nova trilogia causou uma grande divisão de opiniões. Temos um mau pressentimento sobre isso, Kenobi? Para uma franquia com personagens tão cativantes e simples isso se torna preocupante.
Com o retorno do Imperador Palpatine, todos voltam a temer seu poder e, com isso, a Resistência toma a frente da batalha que ditará os rumos da galáxia. Treinando para ser uma completa Jedi, Rey (Daisy Ridley) ainda se encontra em conflito com seu passado e futuro, mas teme pelas respostas que pode conseguir a partir de sua complexa ligação com Kylo Ren (Adam Driver), que também se encontra em conflito pela Força.
A trama é iniciada com características predominantes de um roteiro acelerado, dando partida no momento em que Kylo Ren busca instintivamente encontrar Palpatine através de um localizador Sith — peça fundamental que funciona como um GPS, indicando onde há maior concentração das forças do lado negro —, decidido que ninguém iria colocar em ameaça seu poderio que vinha tentando construir para continuar o legado de seu avô, Darth Vader. Por outro lado, temos também Rey dando continuidade ao seu treinamento Jedi que é acompanhado e instruído por ninguém menos que a princesa (ou general) Leia. A conexão entre Kylo e Rey se mostra tão forte quanto nos dois primeiros filmes da nova franquia, possibilitando até mesmo que apanhem objetos um do outro em meio de uma comunicação projetada e que eles interfiram em cenários distintos ao qual cada um está presente. Essa conexão é finalmente esclarecida como sendo uma díade da força que não é uma relação exclusiva de ambos e apenas recebera nome neste último episódio IX, mas que já presenciamos em outros episódios com Leia e Luke, Anakin e Obi-Wan, Luke e Darth Vader, etc.
Ao decorrer é revelado ao espectador a verdadeira história de Rey, que nada mais é do que uma Palpatine, sendo neta de Darth Sidious mais conhecido como imperador Palpatine, e por direito podendo tornar-se imperatriz, liderando todos os Sith que existem para dar avidez ao legado de seu avô. É visível que as mesmas questões que foram deixadas em Os Últimos Jedi retornam — mesmo havendo um confronto de ideias inconciliáveis entre os diretores Rian Johnson e J.J Abrams através de diálogos que estão em constante contradição e trazem alfinetadas entre eles — pois a catadora demonstra sinais de relutância entre lado luminoso e lado negro da força, o que também é influenciado por Kylo Ren. Podemos comparar até mesmo com a dinâmica infantil “cabo de guerra” visto que Kylo sente a instabilidade de Rey e vice-versa.
Personagens como Finn, Poe e Chewbacca ficaram na sombra de Rey e Kylo, estes que anteriormente recebiam mais destaque. Contudo, vemos o quarteto da catadora reunidos novamente para a missão final da resistência após a declaração de uma ordem final de Palpatine e esse é possivelmente um dos momentos mais emocionantes de todo o filme, principalmente se você conecta a trilha sonora, fotografia e atuação como um todo. Ainda temos a aparição da mais nova fofurinha que a Disney sempre coloca em seus filmes, Babu Frik! Este é responsável por realizar toda a manutenção em C-3PO para que ele possa proferir as palavras na linguagem Sith de onde seria a localização de Palpatine e que nos lembra até mesmo da configuração nas HQs do 0–0–0 (conhecido também como Triple-Zero).
Apesar de toda a dinâmica do longa que se torna mais lenta após uma hora de exibição, há momentos de tirar o fôlego visto que esse é o filme com o maior número de fanservice seja quando Lando aparece, no momento em que Luke Skywalker retorna como força e junto à ela recupera sua X-Wing (que fora sua fiel escudeira em Uma Nova Esperança) para ajudar Rey ou quando é possível escutar todas as vozes Jedi no combate final entre ela e Palpatine. Mas não é apenas o fanservice que deixa o espectador em constante êxtase e sim a redenção que tanto queríamos de Kylo, assumindo então sua verdadeira identidade Ben Solo após uma conexão com sua mãe, Leia, e uma conversa com seu pai, Han Solo.
Se você não estava convencido de que Adam Driver era um ator digno do oscar após inúmeros filmes — e entre eles ouso citar Infiltrado na Klan e História de um Casamento — com certeza mudou sua opinião após compreender o olhar de um único personagem em suas duas fases, seja Kylo Ren ou Ben Solo, em um o vago com uma pitada de insegurança, em outro a confiança e a redenção, a coragem e a esperança vívida. Não é segredo que na nova franquia Kylo Ren é considerado um dos personagens mais fracos, o que é claramente um equívoco de se afirmar.
No entanto, com tantos pontos positivos na trama há aqueles que são difíceis de digerir e que poderiam ter sido explicados em episódios anteriores para não se tornarem efêmeros. Todos os fãs da franquia suspeitavam da existência da força em Leia, mas apenas nesse episódio houve uma explicação de que ela teve um treinamento e tinha um sabre, esclarecendo também que Leia sabia seu destino e sentia através da força os eventos futuros, completando assim sua preparação Jedi e guardando sua própria arma para quando realmente fosse conveniente àquele que traria equilíbrio à força utilizá-la.
Não que o longa tenha sido inovador visto que falhou em se arriscar, preferindo ficar em uma “área segura” e retornando à simplicidade de como começou tendo como principal apoio o discurso de esperança, narrativa também utilizada em episódios anteriores. Isso nos deixa certamente com a sensação de que o arco Skywalker — apesar de Rey assumir-se como Skywalker no final é válido lembrar que ela não possui nenhum laço sanguíneo com eles — foi finalizado com a morte de todos os membros da família, mas que a história de Star Wars acaba apenas de começar e que podemos pensar em possibilidades remotas de uma nova franquia daqui há algum tempo.
Sem ser de completo esplendor e nem de completa catástrofe, concluímos que é realmente impossível agradar a todos. Alguns irão odiar, uns ficarão divididos e outros voltarão a sentir-se como produtos de uma franquia que iniciou-se 1977 e entenderão que esse era o ânimo que precisávamos para esse fim de ano. Star Wars: A Ascensão Skywalker não só concluí a saga Skywalker como prova que a atual trilogia não era e nunca foi sobre Rey — o que não anula o fato dela ser uma das protagonistas e ter um arco de história voltado para ela — mas sim sobre um dos personagens mais fortes de toda essa trilogia e escassamente explorado, Kylo Ren.
NOTA FINAL: ⭐⭐⭐⭐
Redigida em 08 de Março de 2020 (arquivos privados).
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saohri · 4 years ago
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CRÍTICA | Malévola: Dona do Mal (2019)
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AVISO: Pode ler tranquilo, essa crítica está livre de spoilers!
É definitivo! O mês de outubro de 2019 foi marcado pelos vilões e é claro que Malévola não poderia ficar de fora! O mais novo filme da Disney ganhou destaque desde sua estreia, desbancando Coringa (que você pode conferir a crítica aqui) em sua semana de estreia no Brasil.
Após o sucesso do primeiro live-action da Disney que contava a história do clássico de Bela Adormecida do ponto de vista vilanesco de Malévola, já era de se esperar que uma sequência seria entregue ao público.
O longa de Malévola: Dona do Mal é ambientada cinco anos após os ocorridos do primeiro filme, trazendo Aurora (Elle Fanning) já em sua idade adulta reinando o mundo dos Moors após sua madrinha a nomear como rainha de tal. Sua vida toma um rumo diferente quando é surpreendida por um pedido de casamento vindo de Príncipe Phillip (Harris Dickinson) e é com esse estopim que a trama lida, trazendo severas consequências para todos a partir disso. Aurora, ao lado de Malévola (Angelina Jolie) e Diaval (Sam Riley), parte rumo ao reino de Ulstead para um jantar com a família de seu amado, o rei John (Robert Lindsay) e a rainha Ingrith (Michelle Pfeiffer), mas este não ocorre como planejado. Ingrith acolhe imediatamente Aurora e açula diversas vezes Malévola no que deveria ser uma celebração entre reinos, fazendo com que ela volte a ser a vilã da história ao olhar do povo.
Algo agradável nos filmes atuais da Disney é que estão dando mais voz à suas personagens retratadas há tempos como simples donzelas indefesas, como podemos ver no live-action de Aladdin que estreou no começo desse ano, mas a mesma ainda tem suas falhas, apostando fortemente em uma rivalidade absurda com duas antagonistas que parecem querer disputar o mesmo lugar. O filme ainda quebra alguns paradigmas, porém entra em contradição com as regras sobre maldições que foram esclarecidas no primeiro filme da sequência.
Ouvi uma história sobre sequências há algum tempo e sempre desacreditei, mas agora vejo que estive errada. É o que dizem sobre as sequências, certo? Às vezes é melhor preservar uma boa narrativa em um único filme memorável do que visar lucros e criar um roteiro miserável que tornará a continuação desnecessária por ser baseado em enrolações, ou como nós brasileiros gostamos de chamar: encher linguiça.
As atuações do trio Michelle, Angelina e Elle tentam salvar o longa do fundo do poço, todavia são barradas por um roteiro pobre e que claramente carece de singularidade — diferindo do primeiro filme —, criando uma extravagância tão exorbitante que tende a se tornar inconvenientemente forçado. Se não fossem alguns easter eggs presentes na clássica e transferidos para o live-action o filme se tornaria um grandessíssimo desperdício de tempo e até nisso chega a decepcionar a quem esperava um embate entre a cor do vestido de Aurora.
Os figurinos são tão inspirados no clássico animado quanto no primeiro filme, recebendo a ajuda de efeitos visuais que são indubitavelmente inquestionáveis e seu diretor Joachin Rønning deixa claro seu intuito de realizar cenas de ação mais épicas, deixando a desejar no espaço para o desenvolvimento das personagens — o que fica claro em Aurora, que continua sem graça desde seu antecessor. Mas e o alívio cômico? Ah, este sobra para Sam Riley que se destacou desempenhando seu papel com excelência, conseguindo tirar o telespectador do tédio interminável, e que aparece tanto quanto Angelina Jolie.
Se a marca de prestígio que Malévola criou no primeiro filme for colocada em jogo com essa sequência, tenho minhas razões para acreditar que ela se perderá facilmente.
De todo o modo, Malévola: Dona do Mal se torna um filme agradável para um público mais infantil que se impressiona facilmente com ínfimos detalhes e àqueles que gostaram de seu antecessor.
NOTA FINAL: ⭐⭐
Redigida em 08 de Março de 2020 (arquivos privados).
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saohri · 4 years ago
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CRÍTICA | Coringa (2019)
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ATENÇÃO: Essa crítica contém spoilers!
Como muitos sabem, Coringa estreou ano passado e deixou muita gente de boca aberta — por diversos motivos! Logo na primeira semana, a longa conseguiu ultrapassar a bilheteria esperada e agora, pouco mais de um mês de sua estreia, arrecadou mais de 1 bilhão de dólares mundialmente tornando-se o terceiro filme mais rentável da DC Comics com um orçamento de apenas 55 milhões. Por mais que muitos acreditem que filmes de super-heróis tenham saturado, Coringa consegue nos mostrar que ainda temos muito para conhecer, principalmente com essa nova aposta de roteiro voltado para um público mais adulto com um conteúdo mais agressivo e uma pegada mais rebelde.
Arthur Fleck (Joaquin Phoenix) é um homem que deseja integrar-se à sociedade conturbada de Gotham entre o término dos anos 70 e o início dos anos 80, porém por uma condição psicológica que o faz rir em momentos não tão convenientes o torna apenas mais um cidadão imperceptível. De dia trabalha como palhaço e luxo em quantia salarial não é uma palavra que ele conhece, de noite trabalha em seus materiais de comédia por sonhar em ser um comediante de stand-up. Como se não fosse o suficiente para uma vida infeliz, sua mãe precisa de cuidados por suas condições médicas específicas e com isso acaba dispondo de seu misero salário para sustenta-los. Ainda falando de sua figura materna, esta passa o dia escrevendo cartas para Thomas Wayne — um homem bem sucedido para quem trabalhou por muitos anos quando era jovem — na esperança que o bom homem possa retornar suas correspondências que clamam por uma vida melhor, por uma ajuda financeira, pouco acreditando no potencial de seu próprio filho e contribuindo para a autopiedade que há nele.
No início da trama conseguimos sentir uma empatia e pena pelo personagem , entendendo o porquê dele ser e agir dessa forma, até mesmo concordando com suas ações em um momento de alienação que logo passa e se transforma em uma culpa, o que se deve graças à atuação de Joaquin que consegue nos assustar e ao mesmo tempo nos cativar.
Já deu para sentir o drama, certo? Então se prepara que a partir daqui vem spoilers!
Arthur cada dia mais se sente rejeitado pela sociedade corrupta e violenta que revela-se Gotham e a partir de fatores infortúnios como suspensão de suas sessões de terapia devido ao corte de verbas e agressões que contra ele ocorrem diariamente, o mesmo começa a mudar, até que consegue uma arma para se proteger de qualquer agressor e comete seus três primeiros assassinatos de uma só vez no metrô enquanto voltava para casa. É importante ressaltar que nesse meio tempo entre a suspensão de sua terapia e o seu primeiro assassinato, Arthur conhece uma moça, Sophie Dumond (Zazie Beetz), a qual simpatiza no exato momento que a encontra no elevador de seu prédio. Por um longo tempo acreditamos que ela seria seu interesse amoroso, sendo como um refúgio de sua sanidade restante, mas logo descobrimos que todos os momentos consideravelmente clichês que compartilharam juntos não passaram de alucinações dele, o que foi um grande impacto não só no filme como em quem assistia. Com tudo desmoronando, parece que a vida resolve contribuir mais um pouco para a insanidade de Arthur. Cansado de viver no escuro e sem respostas do motivo verdadeiro ao qual sua mãe escrevia cartas para o dono da Wayne Enterprises, ele acaba abrindo uma das correspondências por ela escrita e descobre que, Thomas Wayne na verdade não é só mais um bilionário influente de Gotham e sim o seu pai.
A fim de buscar o amor paterno que nunca teve e preencher a carência que existe dentro de si, Arthur tem um encontro inesperado com quem acredita ser seu meio-irmão, Bruce Wayne, na mansão onde seu pai vive e se encanta pelo menino. Na próxima sequência acontece um embate entre Alfred — o mordomo da família — e ele, que acaba por revelar-se mais tarde ter sido um dos gatilhos cruciais para o abismo do rapaz, pois o mesmo busca novamente respostas não só no sanatório de Arkham como também com Thomas Wayne em um evento, onde é tratado com desleixo e descobre que sua mãe na verdade o tinha adotado e suas condições médicas eram de psicose à luz do dia e distúrbio de personalidade narcisista, considerando suas falácias como frutos de sua loucura.
No entanto, quem fica na dúvida é o telespectador, pois na trama não deixa claro se Arthur era ou não filho de Thomas Wayne, mas é uma ponta solta que merece análise profunda de ambas partes. Algo igualmente de ser levado a análise é o fato de não termos essa figura tradicional que conhecemos do Coringa onde a insanidade dele é explicada por uma queda em um tanque de produtos químico, porém sabemos que o pequeno Arthur Fleck foi encontrado amarrado com várias escoriações no corpo ao lado de um radiador.
Apesar de toda adversidade ocorrente na vida de Arthur, a classe operária enxergava o palhaço que havia assassinado os três investidores da Wayne Enterprises como uma figura heroica e símbolo de um protesto de interesses contra a classe alta e foi nesse momento que ele indiretamente tinha um apoio da sociedade que resolveu abraçar sua insanidade, o que nos leva à uma das cenas mais icônicas do filme em que ocorre a transformação de Arthur Fleck, tendo uma entrega total pela parte de Joaquin, ao nosso Coringa. Nessa cena é possível ver nosso palhaço do crime destemido e a dançar na escadaria que ele subia todos os dias cabisbaixo.
Podemos inclusive fazer uma analogia importantíssima à essa escadaria para entendermos duas personalidades que foram presentes no desenvolvimento do antagonista-protagonista, dividindo-as em sua ruína e sua glória, marcada pela forma como subia as escadas da primeira vez e como desceu as escadas pela última vez.
“Quer ouvir outra piada, Murray? O que você consegue quando cruza um doente mental solitário numa sociedade que abandona ele e trata como lixo esse cara? Eu digo o que consegue! Você consegue a merd* que merece!”
E é num programa de televisão que fora convidado que Coringa decide não só assumir sua insanidade e seus crimes como matar ao vivo Murray Franklin (Robert De Niro), seu apresentador favorito, porém mais novo desafeto por ter humilhado ele com duras críticas ao seu número de stand-up. Ainda momento antes, Coringa aproveita para realizar críticas à sociedade a qual estava ambientado, alegando que todos apenas gritavam e berravam uns com os outros, que ninguém se colocava mais no lugar de alguém e que não eram mais educados.
Quando Coringa é preso, uma das maiores revoluções de manifestantes caracterizados como palhaços ocorria e, contudo, estavam destemidos de acabar com toda a forma de opressão da classe alta contra eles. Somos agraciados com um fan service de Thomas Wayne juntamente com sua esposa e filho saindo de uma sessão de Zorro em meio a tanta anarquia nas ruas pela rebelião, recriando a cena onde vemos a família pegando um atalho pelo beco e dois deles sendo assassinados por um dos manifestantes — que não deixa claro se é ou não é um ladrão como na história original que conhecemos da morte dos pais do Batman —, restando apenas a figura de Bruce Wayne de pé em meio aos corpos mortos dos pais.
Com um despertar, o foco volta a ser em nosso querido Coringa que olha para todos que o aclamavam e faz bom uso de sua marca registrada: seu sorriso vermelho. Após isso, vemos Arthur de volta em Arkham como um paciente, tendo uma consulta com uma psiquiatra e rindo muito, alegando que estava pensando em uma piada que ela não entenderia. Minutos depois ele sai calmamente da sala deixando pegadas de sangue e a longa termina com ele sendo perseguido nos corredores do sanatório por um assistente que trabalha no local.
Muitos pensaram através do trailer que Coringa seria apenas sobre um psicopata na cidade de Gotham, porém o filme vai muito além de primeiras impressões. O roteiro parece ter sido feito apenas para Joaquin Phoenix que deu um show de atuação e improvisou uma das cenas mais marcantes da trama onde Arthur dança em um banheiro público após cometer seu primeiro assassinato. No filme há leves referência de A Piada Mortal onde o Coringa desta desejava também ser um comediante e alguns momentos é possível lembrarmos da atuação icônica de Heath Ledger em O Cavaleiro das Trevas, porém o pretexto é totalmente diferente de qualquer outra que já conhecemos. É uma nova história do vilão que conhecemos e precisamos assistir ao filme com isso em mente.
Você vai se sentir tenso em muitas partes da narrativa e vai rir nos momentos que parecem mais inadequados pela colocação de humor onde havia tragédia, o que nos faz perceber que as cenas são bem executadas e isso é algo que torna a experiência do filme ainda mais única, nos convidando indiretamente a assistir mais uma vez à ele. Estamos falando de uma história que acompanhamos pela visão de um personagem antagonista-protagonista que divide suas opiniões muitas vezes ao desenrolar da trama. A fotografia e a simplicidade em detalhismo instigam a quem assiste, sendo acompanhadas de uma trila sonora tão bem aplicada quanto poderíamos esperar! Todd Phillips acertou em cheio e acredito que o mesmo juntamente com Joaquin Phoenix deve quebrar barreiras no oscar, pois eles merecem.
Ah! E eu não sei vocês mas eu adorei essa maquiagem nova do Coringa! Ela é demasiadamente simples, mas em alguns momentos chega até a lembrar um pouco a maquiagem do Cesar Romero em O Homem Morcego. Alguém mais notou isso?
NOTA FINAL: ⭐⭐⭐⭐⭐
Redigida em 08 de Março de 2020 (arquivos privados).
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saohri · 4 years ago
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PARTICIPAÇÃO | Link Pop - 07/03/2020
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Participação e colaboração com materiais para o Link Pop (programa de entretenimento geek da Record News) sobre o filme Aves de Rapina com o título “Aves de Rapina: fracasso ou sucesso?” pela equipe da Sala da Justiça.
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saohri · 4 years ago
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ESPECIAL | A importância feminina nas HQs e seus impactos na vida real
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Hoje (08) comemora-se mais um dia internacional das mulheres e remetemos este dia à lutas por direitos, igualdade, espaço e respeito. Espaço este que tem grandes influências na atualidade e marca uma vitória com a inclusão dita em histórias em quadrinhos de super-heróis, representando as melhores heróinas e vilãs.
Nesta data congratulada, tive oportunidade de conversar com mulheres que têm um papel importante na comunidade geek e convidei-as para um bate-papo sobre suas aspirações em personagens da editora DC Comics, hobbies & jobs — e o melhor disso: tudo junto e misturado!
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“A Mulher-Gato sempre foi minha personagem favorita da DC. Me apaixonei por ela quando era pequena e depois comecei a entender melhor a personagem, a profundidade dela e me identificar ainda mais com a própria.” Compartilhou a cosplayer, integrante da equipe de fan films Nerdice e YouTuber, Renata Grega, a Mulher-Gato da websérie The Gotham Sirens (que está com todos seus episódios no YouTube e você pode assistir clicando aqui). “Ela vive pelas próprias regras e faz o que quer na hora que quer, amo o humor sarcástico dela e amo o fato dela amar o que é bom e confortável. Amo também que ela é imprevisível! Adoro personagens que você não sabe o que está passando na cabeça deles. Que aliás, esse é um ponto forte na Arlequina também que eu amo, mas no caso dela, ela é mais imprevisível pro lado da loucura. […] Tenho muitos pontos em comum com ela como o amor, sarcasmo, fazer as coisas do jeito que queremos e claro, a afinidade com gatos. Acho que não tem nenhuma fã da Mulher-Gato que não seja apaixonada por gatos. Se tiver, foi mal aí, eu te excluí sem querer!“ Continuou, empolgada ao apontar a inspiração da personagem em sua própria vida. “De pouco em pouco, estamos tendo o nosso espaço de respeito e estamos sendo devidamente representadas na cultura pop. É extremamente importante ter todos os tipos de personagens na cultura pop atual, porque todos devem ser representados e se sentirem representados de alguma forma. É importante termos personagens, mesmo ficctícios, que nos inspirem, que sejam a nossa luz em momentos de fraqueza e que nos dêem forças. O mesmo para o cosplay. O sorriso no rosto de uma criança ou de um adulto quando vê alguém com o cosplay de algum personagem que ele gosta é uma coisa incrível. A gente sorri, abraçamos pessoas que nunca vimos na vida e eu termino meu dia feliz por ter me divertido e feito tantas pessoas felizes.”
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“Minha personagem favorita é a Mera. Ela é uma mulher forte, empoderada, que não precisa do Aquaman, mas ao mesmo tempo ela escolhe ele para criar uma família. Acho que essa parte, de ela estar com alguém porque quer e não porque precisa, é um ponto que eu adoro. Em comum, corremos atrás do que queremos.” Contou a criadora de conteúdo e cosplayer Bianca Contursi sobre Mera, a personagem que adora representar. “Quando você estuda um personagem para fazer um cosplay você precisa conhecê-lo e isso faz você ver seus pontos fracos e fortes. Acredito que isso me dá autoconhecimento e uma liberdade em poder mostrar lados que às vezes nem eu sabia que tinha. Espero estar levando felicidade e também influenciando essas pessoas [que me acompanham] a lutarem pela sua felicidade não importa qual ela seja. Quando você vê personagens femininas representadas de várias formas, isso traz para o holofote qualidades e defeitos da vida de uma mulher. Mostrar que mulheres podem ser frágeis e fortes ao mesmo tempo faz o machismo diminuir. Os meninos e meninas que leem uma HQ com personagens femininas fortes e reais, com defeitos e virtudes, fazem eles olharem o mundo de forma diferente.”
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“Gosto muito da Mulher-Maravilha, gosto de como ela é apresentada sendo extremamente forte e inteligente para resolver as coisas sem violência, como olha pra todos com igualdade, precisamos mais disso.” Declarou a cosplayer Larissa Batista, que foi destaque na CCXP do ano passado ao ser uma das diversas cosplayers a subir ao palco junto com Gal Gadot no painel de Mulher-Maravilha 1984. “Comecei o Cosplay como uma terapia e acabou se tornando a minha profissão. Quando visto a Mulher-Maravilha com meu cabelo afro natural, e recebo elogios, eu sinto que faço a diferença, não é grande, mas é importante, a representação é importante. […] Passamos muito tempo vendo as mulheres em posições inferiores e ver o quanto isso mudou nas HQs é muito bom, somos fortes, práticas, inteligentes e batalhadoras.”
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“Minha personagem favorita é a Arlequina! Além de me identificar com seu jeito, me identifico com a forma como ela sempre dá a volta por cima e corre atrás do que quer. Apesar de a subestimarem, ela vem provando cada vez mais que é muito mais do que todos acharam que ela fosse e isso é incrível.” Revelou a Arlequina da vida real que também atraiu os holofotes na CCXP do ano passado, Aninha Hernandes — e se o Batman passar aqui avisaremos que você é uma cosplayer! Seu segredo está a salvo conosco! “De uns tempos para cá tenho recebido muitas mensagens de carinho do público e isso me incentiva cada vez mais a fazer minha arte e a correr atrás do que gosto. Tento ser eu mesma e mostrar meu caráter além de pregar o quanto é importante hoje em dia ter sororidade feminina em qualquer meio de trabalho e convivência.”
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É incontável a diversidade de mulheres incríveis que são retratas nas HQs e mesmo fictícias, estas têm um papel demasiadamente importante na vida real de pessoas por motivos singulares de cada um. Isso nos faz compreender o verdadeiro significado do oito de março de todos os anos e nada melhor do que apontar isso com cosplayers e cultura geek, é disso que essa cultura fala e defende, mas ainda sim é um cenário que, por parte de alguns fãs, está propenso a haver pré-julgamentos.
“Uma sensação incrível é quando você veste o cosplay pela primeira vez. Você tem uma sensação de felicidade inexplicável quando você se olha no espelho. O cosplayer é um artista e como todo o artista, deve ser respeitado. É um trabalho como qualquer outro.”
Renata Grega
Não há cor, forma, idade ou qualquer outra coisa que possa impedir as mulheres de serem felizes. Entender o quão vasto são as inspirações que estas personagens trazem à outras mulheres é um ótimo ponto de partida. Não há uma contagem limite que te impeça de fazer o que ama e representar o que te inspira, mesmo que muitos julguem que sim. Mulheres inspiram e são inspiradas todos os dias, são fortes, independentes, lindas e quando se unem e apoiam umas as outras, coisas incríveis podem acontecer.
A equipe da Sala da Justiça deseja um feliz dia das mulheres para todas as mulheres incríveis que decidem mudar o mundo e fazer a diferença do seu jeito apenas por serem quem são!
Publicado em 8 de março de 2020 por Juliana Talarico em: https://saladajusticabr.wordpress.com/2020/03/08/especial-a-importancia-feminina-nas-hqs-e-seus-impactos-na-vida-real/
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saohri · 4 years ago
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THE BATMAN | O conceito por trás do traje do homem-morcego
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Na noite de ontem (13), o diretor do novo longa The Batman, Matt Reeves, liberou o teste de câmera em que Robert Pattinson aparece pela primeira vez no traje do morcego. Confira:
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No vídeo, podemos vislumbrar claras referências ao traje do herói nos jogos Batman: Arkham através de suas ombreiras e do Batman de Adam West com a máscara de couro e as linhas de costura evidentes. O traje é demasiadamente detalhado e algo que não passou despercebido é seu logo no peitoral do uniforme que pode indicar ter sido criado a partir da arma que matou seus pais, sendo uma forte referência à história de Kevin Smith na edição Detective Comics #1000.
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The Batman estreia em 2021 e o que já sabemos do longa é que sua trama será com o enfoque em uma investigação com seis vilões confirmados até o momento e segundo o The Wrap é que ele se passará no segundo ano de Bruce Wayne como o vigilante. Será que podemos esperar o homem-morcego com o psicológico um pouco devastado também?
Publicado em 14 de fevereiro de 2020 por Juliana Talarico em: https://saladajusticabr.wordpress.com/2020/02/14/the-batman-o-conceito-por-tras-do-traje-do-homem-morcego/
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saohri · 4 years ago
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HQ | O Batman Que Ri #01 - #07 (2019)
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Escrita por Scott Snyder e James Tynion IV e com ilustrações por Eduardo Risso, a HQ de O Batman Que Ri traz uma versão mais realista de Gotham — e dez vezes mais sinistra!
O enredo se passa após os acontecimentos de Noite das Trevas: Metal, com Bruce Wayne pensando que o Batman que Ri — que se assemelha a uma mistura do morcego que conhecemos com o Coringa — estava morto mas este na verdade retorna com o Cavaleiro Sinistro — versão completamente sombria dele, saído de seus piores pesadelos e que não tem medo de usar qualquer tipo de arma em seu arsenal — para ajudá-lo a realizar seus planos malignos.
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Bruce Wayne se vê perdido em diversos momentos com planos atrás de planos darem errado ao tentar impedir o Batman que Ri, pois o mesmo já sabia o que viria, e principalmente após a apariação do palhaço do crime, Coringa, para lhe atormentar onde o próprio se ‘mata’ e libera a toxina que estava em seu coração para o morcego, que começa a sofrer gradativamente transformações que ludibriam sua visão real sobre o mundo, sobre as pessoas e sobre Gotham, fazendo-o questionar da bondade de cada um e de suas escolhas.
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A HQ conta com muitas versões de Bruce Wayne em sua glória, dando a perspectiva de manipulação na mente do leitor e do Bruce — que conhecemos e adoramos — que a única versão fracassada e infeliz de si mesmo seria esta ao qual ele é movido pelos seus valores morais.
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De longe essa se torna uma das HQs mais emocionantes para qualquer leitor e que poderia recomendar de olhos fechados. Entendemos que Bruce Wayne vê o mundo em noites ruins através dos olhos de suas crianças, seus Robins, pois acredita que não há peso, há felicidade, sinceridade. Compreendemos sua relação com Coringa e o porquê ele não o mata mesmo tendo diversas oportunidades — e vice-versa. Mesmo com essa jogada sombria e realística, ainda sobra tempo para alívios cômicos bem encaixados (quem será que não ficou desejando que existissem realmente apólices do Batman?) e exposição de sentimentos de diversos personagens, pois depois dessa HQ podemos dizer em uníssono: Alfred é um fofo e ao mesmo tempo sabe se defender muito bem!
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“Só resta saber se Gotham vai rir comigo… Ou com ele?”
O Batman Que Ri #06 – (2019)
O mês de janeiro vai terminando mas as novidades só começam. Nos finais de cada mês estaremos trazendo reviews de histórias em quadrinhos para vocês em forma de recomendação para incentivar a leitura dos mesmos e quem sabe instruir melhor um entendimento sobre. Publicado em 31 de janeiro de 2020 por Juliana Talarico em: https://saladajusticabr.wordpress.com/2020/01/31/hq-o-batman-que-ri-01-07-2019/
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