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Guia de exames
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saolucas · 2 years ago
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NOME DO EXAME
Ácido Fólico
SINONÍMIA
Folato sérico; Vitamina B9 sérica
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
É necessário jejum de 4 horas. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
Coleta preferencial pela manhã.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O ácido fólico, sob a forma de folato, é importante na hematopoiese e para o desenvolvimento normal do feto. Sua deficiência acarreta em anemia megaloblástica e, no caso das gestantes, pode levar a malformações do feto. Os níveis de folato sérico variam significativamente com a dieta. Por esta razão, o nível de folato nas hemácias é melhor indicador da reserva de ácido fólico que a concentração sérica do folato. A deficiência de folato geralmente está relacionada ao déficit de ingestão e é mais comum na gestação e no alcoolismo crônico. A hemodiálise e drogas como fenitoína, barbitúricos, valproato e nitrofurantoína podem ocasionar deficiência de folato. O teste pode apresentar resultado falsamente normal durante o uso de ácido folínico e methotrexato, porque estas drogas apresentam estrutura química semelhante ao ácido fólico e podem ser avaliadas como tal na reação do teste.
NOME DO EXAME
Ácido Lático
SINONÍMIA
Lactato
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
Em condições anaeróbicas, a glicose é transformada em L-lactato e a hipoperfusão é a causa mais comum de acidose láctica. A pesquisa do ácido láctico é um indicador importante nos casos de acidose metabólica, ou mesmo para a avaliação de pacientes graves, especialmente aqueles que apresentam quadro clínico de choque, mesmo quando não têm acidose. Valores aumentados de ácido láctico são encontrados em pacientes graves, freqüentemente sépticos, e naqueles em tratamento com infusão de carboidratos, após exercícios, na cetoacidose diabética, no uso do álcool, nos quadros graves de hipotensão e de hipóxia, na falência renal, nas alterações metabólicas do fígado e em certas doenças malignas. O teste pode ser um indicador prognóstico nas primeiras 24 horas pós-infarto agudo do miocárdio. A elevação dos níveis de ácido lático em recém-nascidos pode estar relacionada a erros inatos do metabolismo. Sua associação com alterações cutâneas, alopecia, ceratoconjuntivite e convulsões pode indicar defeito no metabolismo da biotina. O envenenamento por álcoois,anticongelantes e algumas drogas (incluindo o acetaminofeno/paracetamol) podem ser causa de acidose lática. O resultado da pesquisa de ácido láctico pode ser normal nos casos em que a acidose é devida ao aumento do isômero D-lactato, resultado da síntese bacteriana intestinal, encontrado em pacientes de jejuno-ileostomia por alteração da flora intestinal. Resultados falsamente normais podem ocorrer quando há hemólise importante, nos pacientes em infusão de soluções que modifiquem o equilíbrio ácido-base e naqueles que apresentam LDH alta.
NOME DO EXAME
Ácido Úrico em Líquidos Biológicos
Material: Líquidos Biológicos – Ex: Líquido Sinovial
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O ácido úrico é o produto final do metabolismo das purinas. Seu nível depende do equilíbrio entre ingestão e síntese endógena, e eliminação, através da filtração glomerular (de 75% do urato sérico) e da excreção pelos intestinos. Níveis altos de ácido úrico não levam necessariamente ao quadro clínico de gota, o que ocorre em apenas 15% dos hiperuricêmicos. Níveis elevados de ácido úrico podem ocorrer na doença renal por falência do órgão ou por calculose, e nas situações em que exista aumento da destruição celular, como nas neoplasias (especialmente na leucemia e no linfoma), anemias hemolíticas, doenças inflamatórias em fase de resolução, doenças cardíacas e mononucleose, entre outras. Também se observa aumentos do nível de ácido úrico nas alterações endócrinas (principalmente tireoidianas e pancreáticas), na acidose por várias causas e na toxemia gravídica. O nível de ácido úrico em líquidos orgânico é semelhante ao nível sérico. A pesquisa de ácido úrico em líquidos pode ser útil no diagnóstico da artrite gotosa, especialmente nos casos em que a pesquisa de cristais de ácido úrico no líquido sinovial é negativa. Nestes casos, valores mais altos no líquido sinovial que no soro sugerem gota.
NOME DO EXAME
Ácido Úrico em sangue
SINONÍMIA
Uricemia
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Jejum mínimo de 3 horas. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O ácido úrico é o produto final do metabolismo das purinas. Seu nível sérico depende do equilíbrio entre ingestão, síntese endógena e eliminação, tanto através da filtração glomerular (cerca de 75% do urato sérico) quanto pela excreção intestinal. Níveis altos de ácido úrico não levam necessariamente ao quadro clínico de gota, o que ocorre em apenas 15% dos hiperuricêmicos. A elevação dos níveis de ácido úrico pode ocorrer na doença renal, por falência do órgão ou por calculose, e nas situações em que exista aumento da destruição celular, como nas neoplasias (especialmente na leucemia e no  linfoma), anemias hemolíticas, doenças inflamatórias em fase de resolução, doenças cardíacas e mononucleose, entre outras. Também observa-se aumento do nível de ácido úrico nas alterações endócrinas(principalmente tireoidianas e pancreáticas), na acidose por várias causas e na toxemia gravídica. O aumento de triglicerídeos pode estar também relacionado aos níveis elevados de ácido úrico, do risco de hipertensão e infarto do miocárdio. Raramente os valores de ácido úrico estão reduzidos. Isto ocorre durante o uso de algumas drogas (incluindo corticosteróides, aspirina e vitamina C) e contraste radiológico, dietas pobres em proteínas, nas situações em que haja aumento do clearance renal, na síndrome de Fanconi e doença de Wilson, entre outras. Não há correlação necessária entre os níveis sérico e urinário de ácido úrico, mas o alto clearance para este último, fisiologicamente observado antes da puberdade, pode resultar em aumento do ácido úrico urinário em crianças com defeitos enzimáticos ou em tratamento de doenças malignas. Esta pode ser a única expressão da alteração do metabolismo de purinas nesta faixa etária.
NOME DO EXAME
Ácido Úrico Urinário
SINONÍMIA
Uricosúria
Material: Urina
Urina de 24h (frasco fornecido pelo Laboratório para o paciente coletar em casa) ou amostra isolada de urina
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Se for urina de 24h, proceder orientação de coleta de urina de 24h: Ao iniciar o período de coleta, esvaziar a bexiga completamente e a partir de então, até o dia seguinte no mesmo horário, colher toda a urina, inclusive aquelas emitidas durante a madrugada (se acordar para urinar) e a primeira da manhã seguinte (coincidindo com o mesmo horário do esvaziamento da bexiga no dia anterior). Se for amostra isolada de urina, o paciente deve estar a duas horas sem urinar.
NOME DO EXAME
Ácido Valpróico
SINONÍMIA
Valproato; Depakene; Depropilocetato de sódio
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso.
1. O paciente deve informar o nome da medicação que está fazendo uso, quantas vezes por dia e horários (exemplo:08:00h manhã, 20:00h noite).
2. O paciente deve manter OBRIGATORIAMENTE a dose normal do medicamento.
3. A coleta é realizada até 1 hora antes da tomada da medicação ou conforme pedido médico.
4. Se o medicamento for tomado apenas 1 vez ao dia, a coleta deve ser realizada pelo menos 12 horas após.
5. Na suspeita de intoxicação descrita no pedido médico, será coletado em qualquer tempo, sempre informando o horário da última dose.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O ácido valpróico é uma droga anticonvulsivante, usada isoladamente, ou associada a outras, no tratamento das crises convulsivas da epilepsia ou de outra origem. As doses orais são rapidamente absorvidas e circulam quase que totalmente ligadas à albumina. O uso concomitante decumarínicos, fenilbutazona ou de altas doses de salicilatos pode diminuir a capacidade de ligação à proteína. O aumento das doses também aumenta o nível de valproato livre, devido a sua capacidade não linear de ligação às proteínas. É eliminado pela via hepática e doses altas (ou associação com outras drogas) podem ser hepatotóxicas, especialmente em crianças. Também pode alterar o perfil de eliminação hepática de outras drogas. Níveis baixos geralmente estão ligados à falta de adesão ao tratamento. Níveis elevados estão relacionados à hepatotoxicidadee ao risco de intoxicação.
NOME DO EXAME
Adenosina Deaminase; Adenosina Aminoidrolase – ADA
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Se o material for soro, é necessário jejum de 4 horas.
Líquidos biológicos (pleural, ascítico, pericárdico ou líquor) devem ser colhidos pelo médico do paciente e entregues ao Laboratório em até 4 horas com gelo reciclado.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A adenosina deaminase é uma enzima conversora da adenosina em inosina, envolvida no metabolismo das purinas. Está distribuída em todo o organismo e apresenta um papel importante na regulação do sistema imune, com alta atividade nos linfócitos T e macrófagos, principalmente frente a antígenos de micobactérias. Seus níveis podem estar elevados na tuberculose, nas doenças hepáticas crônicas e na sarcoidose. Pode estar diminuída em até 50% dos pacientes de imunodeficiência combinada severa. O teste é útil no diagnóstico diferencial dos derrames pleurais, pericárdicos e ascíticos em que se suspeite de etiologia tuberculosa.
NOME DO EXAME
Alanina aminotransferase – ALT
SINONÍMIA
TGP; Transaminase pirúvica
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar medicamentos em uso.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
Aminotransferases, ou transaminases, são enzimas responsáveis pela transferência de um grupo amina, de um aminoácido para um hidrocarboneto, para formar um aminoácido diferente. Entre as aminotransferases destacam-se a ALT (alanina aminotransferase ou TGP) e a AST (aspartato aminotransferase ou TGO), cuja atividade tem sido usada na avaliação da função hepática. A ALT é mais sensível para a detecção de lesão do hepatócito que para doença obstrutiva (em que a GGT é mais sensível) e mais específica que a AST na avaliação de lesão hepática. É um teste obrigatório na pesquisa de hepatite aguda, viral ou induzida por drogas. Pode estar elevada em outras situações além das hepatites, como na mononucleose infecciosa, insuficiência cardíaca e em recém-nascidos com erros inatos do metabolismo de aminoácidos. Entre as drogas que podem causar elevação da ALT estão a difenil-hidantoína e a heparina porcina ou bovina (que também pode ser responsável pelo aumento de AST). A hepatotoxicidade do acetaminofeno pode ser potencializada em alcoólicos ou em doses muito altas, e causar aumento da ALT. A avaliação concomitante de ALT e AST pode ser útil ao diagnóstico das doenças hepáticas. A relação AST/ALT é maior nas lesões hepáticas alcoólicas, embora uma relação maior que 1,0 seja frequente na cirrose não-alcoólica, enquanto que uma relação em torno de 0,5 a 0,8 sugere um quadro de hepatite viral. A relação AST/ALT pode variar muito em diferentes amostras ou entre diferentes laboratórios, devido às diferenças nas técnicas analíticas.
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saolucas · 2 years ago
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NOME DO EXAME
Albumina
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Jejum mínimo de 3 horas. A coleta deve ser realizada preferencialmente pela manhã.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O teste tem utilidade na avaliação do estado nutricional e da capacidade de síntese hepática. Em algumas situações clínicas, o conhecimento dos níveis de albumina é suficiente e até pode oferecer algumas vantagens em relação à proteína total no diagnóstico diferencial entre transudatos e exsudatos. Indivíduos cronicamente submetidos a uma dieta com baixo teor de proteínas e portadores de insuficiência hepática apresentam níveis séricos de albumina abaixo da normalidade. Pessoas com perda renal de proteínas também podem ter hipoalbuminemia.
NOME DO EXAME
Alfa 1 antitripsina
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A alfa1-antitripsina (AAT) é o inibidor de protease mais abundante no plasma. É sintetizada no fígado e reage como proteína de fase aguda e, como tal, seus níveis aumentam em resposta a doenças inflamatórias. Atua como inibidor de tripsina, elastase, quimiotripsina e outras proteases. Sua deficiência está associada a doenças do fígado e pulmões. Níveis baixos também estão relacionados a síndromes respiratórias neonatais. Fisiologicamente, a atividade antielastase da AAT é a mais importante e a ação da elastase sem a oposição da AAT promove aumento de alterações do tecido conjuntivo. A AAT atua formando complexos com as proteases, promovendo sua inativação e eliminação. A deficiência da AAT é geneticamente herdada e, na sua forma heterozigota, apresenta valores de cerca de 60% do normal. Os homozigotos exibem níveis de 10% a 15% dos valores normais e representam a grande maioria dos pacientes sintomáticos. A deficiência predispõe adultos jovens ao enfisema pulmonar e crianças às hepatopatias. Cerca de 10% dos recém- nascidos com deficiência de AAT apresentam hepatite com colestase. Quadro clínico de cirrose em crianças está geralmente relacionado à deficiência de AAT ou à doença de Wilson. Valores falsamente normais podem ser encontrados, geralmente em heterozigotos, nos quadros de infecção, câncer, após cirurgia, na terapia estrogênica ou com esteróides e durante a gravidez. Usualmente os homozigotos não apresentam alterações dos valores que possam confundir o diagnóstico da deficiência.
NOME DO EXAME
Alfa 1 Glicoproteína ácida
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A alfa1-glicoproteína ácida (AGPA) é uma proteína de fase aguda, cuja função biológica não é bem conhecida, entretanto é pesquisada como um bom indicador de atividade inflamatória. Está aumentada na artrite reumatóide, no lupus eritematoso sistêmico, em neoplasiasmetastáticas, na doença de Crohn, infarto do miocárdio e em outros estados traumáticos ou associados com proliferação celular. Está diminuída na desnutrição, nas hepatopatias graves, nas doenças com perda protéica importante e na gravidez. A pesquisa da AGPA em material de derrames cavitários pode ser útil para o diagnóstico do tipo de derrame, uma vez que os níveis de AGPA são baixos nostransudatos. Os exsudatos inflamatórios apresentam valores intermediários e os exsudatos neoplásicos apresentam valores francamente elevados.
NOME DO EXAME
Alfa Fetoproteína
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A alfa-fetoproteína é a glicoproteína mais importante do plasma fetal, embora níveis muito baixos também estejam presentes no plasma de adultos. É usada como um dos marcadores de risco para alterações congênitas do feto, associado à ultra-sonografia e à dosagem degonadotrofinas e estriol. Como marcador de risco fetal pode estar elevada no soro materno nos casos de defeitos congênitos do tubo neural(como na `spina bifida`), ou relativamente reduzida nas síndromes cromossomiais fetais (como a síndrome de Down). Valores alterados também estão relacionados a outras malformações fetais. Valores elevados podem estar presentes em até 90% dos pacientes comcarcinoma hepatocelular, embora também possam estar alterados nas hepatopatias não-malignas. Também pode estar presente em altas concentrações em pacientes com tumores germinativos (como teratocarcinoma, coriocarcinoma ou carcinoma embrionário). Níveis elevados podem estar presentes nos casos de regeneração do parênquima hepático que seguem as hepatites virais ou as agressões por hepatotoxinas. É útil na avaliação da resposta à terapia conservadora ou cirúrgica de certos carcinomas.
NOME DO EXAME
Amilase
Para a dosagem de amilase sérica, é recomendado no mínimo 3 horas de jejum. Anotar medicações em uso.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
No soro humano normal, a atividade da amilase pancreática corresponde a cerca de 30% do total, enquanto a fração salivar é responsável pelos 70% restantes. Valores elevados de amilase total podem corresponder a pancreatites agudas ou crônicas, porém também ocorrem em doenças extrapancreáticas, como caxumba, parotidites não-virais, tumores de ovário, gravidez ectópica, etc. O teste de imunoinibição permite a caracterização da fração pancreática isoladamente.
Amilase urinária
SINONÍMIA
Amilasúria
MATERIAL BIOLÓGICO/VOLUME/CONSERVANTE
Material: urina. Alíquota de 50 mL de urina colhida ao acaso, sem conservante.
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
É necessário respeitar o intervalo mínimo de duas horas sem urinar e efetuar a coleta SEM desprezar o primeiro jato, um volume de 50 ml. As mulheres não podem estar em uso de cremes ou óvulos vaginais ou em período menstrual.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A amilase é, na verdade, um grupo de isoenzimas hidroxilases produzidas na porção exócrina do pâncreas. Embora até 60% da amilase encontrada no sangue possa ser de origem salivar, é a amilase pancreática que tem interesse diagnóstico, geralmente acompanhado da pesquisa da lipase, e usada na avaliação de pacientes com suspeita de pancreatite aguda, uma doença que pode variar de moderada a muito grave. Os aumentos da amilase urinária estão relacionados, além da pancreatite aguda, a outras ocorrências pancreáticas como pseudocisto, neoplasia, cálculo, abscesso e trauma. Entretanto, muitas causas não pancreáticas podem ser responsáveis pelo aumento da amilase na urina, como a insuficiência renal, perfuração duodenal, toxemia da gravidez,
hemoglobinúria e com o uso de corticóides. A ocorrência de macroamilase (molécula normal de amilase ligada a imunoglobulinas) pode ser a causa de resultado falsamente elevado de amilase. A pesquisa da amilase em urina pode auxiliar o diagnóstico diferencial entre aumento da amilase sangüínea por pancreatite ou pela presença de macroamilase.
NOME DO EXAME
ANCA- Anticorpo anti-citoplasma de neutrófilo
SINONÍMIA
C-ANCA; P-ANCA
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
Anticorpos ANCA (antineutrophil cytoplasmic antibody) são auto-anticorpos direcionados a grânulos de neutrófilos e a lisossomos de monócitos. São observados dois padrões de imunofluorescência: o citoplasmático (c-ANCA), relacionado a anticorpos antiproteinase 3em grânulos citoplasmáticos de neutrófilos e monócitos, e o perinuclear (p-ANCA), que representa anticorpos direcionados principalmente à mieloperoxidase e à elastase de neutrófilos. Os anticorpos c-ANCA são encontrados em 88% dos pacientes com granulomatose de Wegener (glomerulonefrite, vasculite e doença inflamatória do trato respiratório) e representa o teste de escolha na investigação diagnóstica desta doença e no acompanhamento terapêutico, já que diminuem com a introdução da terapia imunossupressora. O p-ANCA está presente em pacientes com colite ulcerativa, glomerulonefrite necrotizante, poliartrites, poliangeites e na Síndrome de Churg-Strauss. Também podeestar presente em pacientes com doença hepática auto-imune e colangite primária esclerosante.
NOME DO EXAME
Androstenediona
SINONÍMIA
Delta 4 Androstenediona
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Jejum mínimo de 4 horas. Os lactentes devem colher antes da mamada seguinte.
ATENÇÃO: A amostra deve ser colhida preferencialmente entre 7:00 horas e 10:00 horas da manhã ou conforme solicitação do médico do paciente.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A androstenediona é a principal precursora dos androgênios e estrogênios, produzida pela adrenal e gônadas. Existe uma variação circadiana de androstenediona em mulheres normais, que acompanha a variação do cortisol plasmático. Fisiologicamente, os níveis aumentam rapidamente na puberdade até os 20 anos e durante a gestação, e reduzem abruptamente na menopausa. A androstenediona está aumentada nos casos de hirsutismo, incluindo a síndrome dos ovários policísticos, hiperplasia ovariana, hiperplasia adrenal congênita, síndrome de Cushing e nos tumores produtores de ACTH ectópico. Valores muito elevados sugerem tumores virilizantes. É útil na avaliação da puberdade precoce masculina.
NOME DO EXAME
Antibiograma
SINONÍMIA
Teste de Sensibilidade a Antibióticos (TSA); Teste de Sensibilidade a Antimicrobianos
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Material: Microrganismo isolado de cultura positiva
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O teste é realizado com o objetivo de determinar a sensibilidade ou resistência `in vitro` de um isolado bacteriano a determinados antibióticos. O resultado do teste é qualitativo e reportado como `sensível` (S), `intermediário` (I) ou `resistente` (R).
NOME DO EXAME
Anticoagulante Lúpico
SINONÍMIA
Anti-Lupus; Anticoagulante Circulante; Russel Wiper; Vibora Russel
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso nos últimos 10 DIAS.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O anticoagulante lúpico é um antifosfolipídeo de ocorrência espontânea, presente especialmente nas síndromes lúpicas e em pacientes com doenças inflamatórias crônicas, doenças do colágeno e associado a doenças malignas. É a principal causa de aumento do tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA) na ausência de doença hepática. O anticoagulante lúpico é direcionado contra proteínas plasmáticas, principalmente a protrombina e glicoproteínas do complemento. Pode manifestar-se clinicamente por trombose ou anticoagulação, que raramente está ligada ao sangramento. Sua presença tem sido demonstrada em pacientes com abortos de repetição, morte fetal intra-uterina e em populações de pacientes infectados com o HIV, particularmente nos portadores de infecções oportunistas por Pneumocystis carinii.
NOME DO EXAME
Anticorpo anti-citomegalovírus IgG
SINONÍMIA
Citomegalovírus IgG; CMV IgG
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso.
As mulheres devem informar também se estiverem em período de gestação.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A infecção pelo citomegalovírus (CMV) é uma das patologias infecciosas freqüentes em recém-nascidos, mas a presença de anticorpos no sangue materno, anterior à concepção, reduz significativamente a chance de infecção congênita. A pesquisa de anticorpos IgG e IgM para CMV é utilizada para determinar a fase da doença, embora pequenas concentrações de anticorpos IgM possam ser detectadas por até um ano ou mais da infecção aguda. A pesquisa da avidez de anticorpos IgG para CMV também pode ser utilizada para determinar a fase da doença. Em pacientes cuja história clínica é desconhecida, a pesquisa repetida auxilia na caracterização da doença. Nos pacientes imunossuprimidos e nos portadores de síndrome de imunodepressão o diagnóstico deve ser feito por PCR.
NOME DO EXAME
Anticorpo anti-citomegalovírus IgM
SINONÍMIA
Citomegalovírus IgM; CMV IgM
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso.
As mulheres devem informar também se estiverem em período de gestação.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A infecção pelo citomegalovírus (CMV) é uma das patologias infecciosas freqüentes em recém-nascidos, mas a presença de anticorpos no sangue materno, anterior à concepção, reduz significativamente a chance de infecção congênita. A pesquisa de anticorpos IgG e IgM para CMV é utilizada para determinar a fase da doença, embora pequenas concentrações de anticorpos IgM possam ser detectadas por até um ano ou mais da infecção aguda. A pesquisa da avidez de anticorpos IgG para CMV também pode ser utilizada para determinar a fase da doença. Em pacientes cuja história clínica é desconhecida, a pesquisa repetida auxilia na caracterização da doença. Nos pacientes imunossuprimidos e nos portadores de síndrome de imunodepressão o diagnóstico deve ser feito por PCR.
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saolucas · 2 years ago
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NOME DO EXAME
Anticorpos anti-DNA dupla hélice
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A avaliação dos pacientes com suspeita de doenças do colágeno é complexa e depende de história clínica sugestiva, além de exame clínico e laboratorial confirmatórios. Do ponto de vista laboratorial, este grupo de doenças apresenta uma grande variabilidade nos resultados dos testes relacionados com o diagnóstico destas alterações. Os anticorpos anti-DNA não são exceção e, embora sejam considerados os principais marcadores para o lupus eritematoso sistêmico (LES), estão presentes em apenas 40% dos casos não-tratados. Estes anticorpos também podem estar presentes em portadores de hepatite crônica, mononucleose infecciosa, cirrose biliar e de doenças reumáticas em geral. Por ser um anticorpo cujos títulos apresentam redução pelo tratamento, o anticorpo anti-DNA tem sido usado para acompanhar a resposta ao tratamento de pacientes de LES. Anticorpos anti-dsDNA estão mais frequentemente associados à doença renal ativa e os ssDNA são os anticorpos mais comuns no LES induzido por drogas.
NOME DO EXAME
Anticorpo anti-endomísio IgA
SINONÍMIA
Anti-endomísio
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
Há duas formas de doenças resultantes da sensibilidade ao glúten: a doença celíaca e a dermatite herpetiforme. O diagnóstico é difícil em ambos os casos, especialmente na doença celíaca. O teste é utilizado no apoio ao diagnóstico dos casos suspeitos de doença celíaca e de dermatite herpetiforme. Também é útil no acompanhamento da aderência do paciente à dieta livre de glúten. Como os anticorpos detectados são especificamente os da classe IgA, e tendo em vista que entre 2% e 5% dos celíacos apresentam deficiência desta imunoglobulina, eventuais resultados falso negativos podem estar associados à deficiência da IgA.
NOME DO EXAME
Anticorpo anti-escleroderma (SCL-70)
SINONÍMIA
Anti-esclero 70; SCL-70; ENA-SCL-70
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
É necessário jejum de 4 horas. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O teste é importante para o diagnóstico da esclerose sistêmica progressiva ou esclerodermia, e detecta o auto-anticorpo Scl-70 contra a enzima nuclear DNA-topoisomerase I. A esclerodermia pode apresentar-se de forma sistêmica ou localizada. O teste pode ser positivo em pacientes com a forma difusa da doença e em alguns casos da síndrome CREST (calcinose cutânea, fenômeno de Raynaud, disfunção esofagiana, esclerodactilia e telangectasia). Os portadores de esclerodermia podem apresentar reação com padrão nucleolar ou centromérico no FAN. A negatividade neste teste não exclui o diagnóstico destas síndromes.
NOME DO EXAME
Anticorpo anti-gliadina IgA
SINONÍMIA
AGA; Gliadina desaminada IgA
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O teste pode ser utilizado no apoio diagnóstico aos casos suspeitos de doença celíaca e de dermatite herpetiforme, mas não é o recomendado. Útil no acompanhamento da adesão do paciente à dieta livre de glúten. Os anticorpos IgG, IgA e IgM estão presentes em 70% a 80% dos pacientes com dermatite herpética e doença celíaca. Os testes de pesquisa destes anticorpos apresentam sensibilidade em torno de 80% e especificidade de até 96% para dermatite herpetiforme. Títulos altos são sugestivos de doença em atividade, mas devem apresentar redução quando há adesão à dieta livre de glúten.
NOME DO EXAME
Anticorpo anti-gliadina IgG
SINONÍMIA
AGG; Gliadina desaminada IgG
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O teste pode ser utilizado no apoio diagnóstico aos casos suspeitos de doença celíaca e de dermatite herpetiforme, mas não é o recomendado. Útil no acompanhamento da adesão do paciente à dieta livre de glúten. Os anticorpos IgG, IgA e IgM estão presentes em 70% a 80% dos pacientes com dermatite herpética e doença celíaca. Os testes de pesquisa destes anticorpos apresentam sensibilidade em torno de 80% e especificidade de até 96% para dermatite herpetiforme. Títulos altos são sugestivos de doença em atividade, mas devem apresentar redução quando há adesão à dieta livre de glúten.
NOME DO EXAME
Anticorpo Anti-HIV 1 e 2
SINONÍMIA
Sorologia HIV; Detecção do antígeno p24+HIV
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Informar medicamentos em uso.
As mulheres devem informar também se estiverem em período de gestação.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O HIV (human immunodeficiency virus) é um retrovírus responsável pela síndrome de imunodeficiência adquirida. Seu diagnóstico primário tem sido feito por pesquisa de anticorpos no soro. Os sistemas diagnósticos sorológicos em uso no mercado são bastante sensíveis e específicos, apresentando índices muito baixos de falso-positivos. O teste pesquisa a presença de anticorpos contra os subtipos 1 e 2 do vírus. Os testes positivos devem ser seguidos de exames para confirmação do resultado e identificação do subtipo envolvido. O subtipo tem importância na evolução clínica e tratamento do paciente. Os sistemas de pesquisa de anticorpos não são capazes de detectar a presença do vírus durante o período de `janela imunológica`, entre a exposição ao vírus e a produção de anticorpos.
Anticorpo anti-músculo liso
SINONÍMIA
Anticorpo anti-mesângio glomerular
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
Os auto-anticorpos estão presentes em quase todos os pacientes com hepatites auto-imunes, sendo os antinucleares e os anti-músculo liso considerados os anticorpos clássicos nestas patologias, embora apenas um terço dos pacientes apresentem um destes anticorpos no soro. A pesquisa pode ser utilizada para o diagnóstico diferencial das hepatites crônicas. Título maior que 1/80 está relacionado à hepatite auto-imune chamada crônica ativa. Título menor que 1/80 pode ser encontrado em aproximadamente 50% dos portadores de cirrose biliar primária e, ocasionalmente, em cirrose de outras etiologias, hepatites virais, mononucleose, asma e neoplasias. A ausência de anticorpos anti-músculo liso e antinucleares sugere hepatite crônica não-auto-imune.
NOME DO EXAME
Anticorpo anti-núcleo
SINONÍMIA
Fator anti-núcleo células Hep2 – FAN; ANA
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A pesquisa de autoanticorpos (AA) contra antígenos celulares é tradicionalmente denominada teste FAN (Fator antinúcleo). O exame do FAN é um importante auxílio diagnóstico para as doenças reumáticas autoimunes (DRAI), como lúpus eritematoso sistêmico, síndrome de Sjogren, esclerose sistêmica, dermatomiosite/polimiosite e doença mista do tecido conjuntivo. O teste do FAN é realizado em duas etapas: uma etapa de triagem, em que um teste sensível é utilizado para avaliar a presença de AA; se o teste de triagem for positivo parte-se para a etapa de confirmação, na qual se usa-se testes específicos para determinar qual o anticorpo presente. O teste considerado como o padrão-ouro para a pesquisa do FAN é a imunofluorescência indireta (IFI), utilizando como substrato as células HEp-2 (FAN Hep-2). Resultados positivos de FAN HEp-2 no título de 1:80 podem ser encontrados em até 13% da população normal e em parentes de primeiro grau de pacientes com DRAI. Reações positivas podem ocorrer durante o uso de vários medicamentos (hidralazina, carbamazepina, procainamida, isoniazida, metildopa) e em pacientes com neoplasias. Elevações transitórias do FAN podem ocorrer em pacientes com doenças infecciosas. Reações negativas podem ocorrer na presença de anticorpos contra os antígenos SSA/Ro, Jo-1, ribossomal P e durante o uso de corticoide ou outra terapia imunossupressora. Um teste positivo para FAN HEp-2 isolado não é diagnóstico de lúpus eritematoso sistêmico (LES), sendo necessário observar os demais critérios diagnósticos. Não existe relação entre os títulos de FAN e a atividade da doença. Deve-se ressaltar a possibilidade de variações dos títulos do FAN HEp-2 quando realizado em laboratórios ou dias diferentes. Pelo fato de ser um teste com alta sensibilidade, baixa especificidade e baixo valor preditivo positivo, os resultados positivos devem ser analisados de acordo com o contexto clínico do paciente, o título e o padrão de fluorescência celular.
NOME DO EXAME
Anticorpo anti-peptídeo citrulinado cíclico
SINONÍMIA
Anticorpo anti-citrulina; anticorpo anti-CCP
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Informar medicamentos em uso.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
Os anticorpos antipeptídeos citrulinados são detectados em cerca de 75% dos casos de artrite reumatoide em adulto, mesmo nas fases iniciais da enfermidade. Sua especificidade para essa doença tem sido estimada em torno de 95%. Já a associação do marcador com a gravidade e com a atividade da artrite não está bem estabelecida (Fleury).
NOME DO EXAME
Antiestrepstolisina “O”
SINONÍMIA
ASO; ASLO
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A estreptolisina é uma hemolisina produzida pelos estreptococos do grupo `A`. Nos indivíduos infectados, a presença da estreptolisina `O` ativa a produção de anticorpos. O aumento de antistreptolisina `O` é observado após 1 semana do início da infecção e atinge o pico em 2a 4 semanas. Se não houver reinfecção os títulos voltam ao valor basal em 6 meses a 1 ano. Está presente em 80% a 85% dos pacientes com febre reumática. Valores persistentemente elevados, ou em ascenção entre duas amostras consecutivas, indicam infecção aguda por estreptococo beta-hemolítico do grupo `A`.
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saolucas · 2 years ago
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NOME DO EXAME
Antígeno CA 125
SINONÍMIA
Antígeno Carbohidratado 125; CA 125
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O antígeno de carboidrato 125 (CA 125) é uma glicoproteína presente em muitos casos de tumores ovarianos, embora não seja um marcador específico para neoplasias ovarianas e não possa distinguir as neoplasias malignas das benignas. É um marcador útil para o monitoramento seriado de certos tumores ginecológicos, inclusive de carcinoma cervical e adenocarcinoma de endométrio. Também está presente em outras neoplasias ginecológicas, como a endometriose e carcinoma de trompa de Falópio, e em alguns tumores do pâncreas, fígado, cólon, mama e pulmão. Embora 50% das pacientes com câncer de ovário tenham CA 125 normal, a elevação deste marcador indica pior prognóstico da doença. A pesquisa do CA 125 e CEA (antígeno cárcino-embrionário) em líquidos biológicos pode ser um auxiliarna diferenciação de tumores primários de ovário, trompas e endométrio (CA 125 aumentado e CEA normal) dos tumores de mama, trato gastrintestinal e adenocarcinoma de pulmão (CA 125 normal e CEA aumentado).
NOME DO EXAME
Antígeno CA 15-3
SINONÍMIA
Antígeno Carbohidratado 15-3; CA 15-3; CA 27-29
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A avaliação do antígeno de carboidrato 15-3 (CA 15-3) é muito útil no acompanhamento da recorrência do carcinoma de mama e é mais sensível que o CEA para esta finalidade. Pode auxiliar na monitorização da resposta terapêutica, mas não é um teste de rastreamento para o câncer de mama. É menos útil que o CA 125 na avaliação de massas pélvicas, mas é o melhor marcador para a detecção de metástases de carcinoma de mama. Está presente em cerca de 96% das pacientes com doença localizada e sistêmica concomitantes. Existem vários marcadores relacionados ao câncer de mama, cada um com suas limitações de sensibilidade. O uso de vários marcadores associados aumenta as chances de um diagnóstico diferencial seguro entre massas malignas e benignas.
NOME DO EXAME
Antígeno CA 19-9
SINONÍMIA
Antígeno Carbohidratado 19-9; CA 19-9
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O antígeno de carboidrato 19-9 (CA 19-9) está relacionado ao grupo sangüíneo Lewis e os indivíduos com genótipo Lewis (a-b-)(6% da população) não sintetizam este antígeno, o que reduz o valor diagnóstico deste marcador. O CA 19-9 é freqüentemente usado na detecção e acompanhamento do carcinoma de pâncreas, embora apresente baixa sensibilidade para os estágios iniciais da doença, quando usado isoladamente. Não é um teste de rastreamento, mas pode ser usado para monitorar neoplasias intestinais, tumores de cabeça e pescoço e tumores ginecológicos. Tem valor preditivo na recorrência de neoplasias gástricas, pancreáticas e colorretais, e para tumores do fígado, vesícula e trato urinário. O CEA (antígeno carcino-embrionário) é considerado um marcador mais sensível para carcinoma colorretal. Podem ocorrer falso-positivos na cirrose hepática e a AFP (alfa-fetoproteína) pode ser mais útil na detecção do tumor hepático associado à cirrose.
NOME DO EXAME
Antígeno Carcinoembrionário
SINONÍMIA
CEA
OUTROS MATERIAIS: Líquor ou líquidos. Volume de 1,0 ml de LCR ou líquidos. Os materiais devem ser colhidos pelo médico do paciente.
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O antígeno carcinoembrionário (CEA) é um antígeno de glicoproteína e foi um dos primeiros marcadores tumorais utilizados na prática clínica. Está alterado em uma variedade de tumores, especialmente nos adenocarcinomas do trato digestivo. É o melhor marcador disponível para avaliar o prognóstico e acompanhar a quimioterapia em pacientes com carcinomas gastrintestinais, em especial do segmento colorretal, para avaliar o resultado cirúrgico e para detectar metástases hepáticas. Valores elevados também podem estar relacionados a tumores primários de mama, pulmão e tireóide, porém o CA 15-3 é um marcador mais preciso para os tumores de mama. Os fumantes apresentam valores elevados de CEA, assim como os pacientes com doenças inflamatórias. Está alterado em até 63% dos pacientes com tumores colorretais, embora seja mais sensível para tumores primários do colón que do reto. No líquor, está aumentado na presença de neuroblastoma ou metástases para o SNC. Também pode ser usado para avaliar a efetividade do tratamento.
NOME DO EXAME
Antígeno Prostático Livre
SINONÍMIA
PSA Livre
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Informar medicação em uso.
IMPORTANTE: Alguns procedimentos interferem com o resultado do teste. Para evitar resultados falsos é necessário que o paciente só compareça para a coleta da amostra, após os seguintes prazos (ou conforme orientação de seu médico):
1. Após o uso de supositórios ou procedimento de sondagem uretral ou toque retal, aguardar 3 dias;
2. Após realização de ultra-som transretal, aguardar 7 dias;
3. Após realização de colonoscopia ou retossigmoidoscopia, aguardar 15 dias;
4. Após realização de estudo urodinâmico, aguardar 21 dias;
5. Após realização de biópsia de próstata, aguardar 30 dias.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O PSA LIVRE pode ser utilizado para diferenciar hiperplasia prostática benigna (HPB) de adenocarcinoma de próstata, sendo que portadores de patologias prostáticas benignas apresentam maior proporção da forma livre do PSA em relação ao PSA total.
NOME DO EXAME
Antígeno Prostático Total
SINONÍMIA
PSA Total
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Informar medicação em uso.
MPORTANTE: Alguns procedimentos interferem com o resultado do teste. Para evitar resultados falsos é necessário que o paciente só compareça para a coleta da amostra, após os seguintes prazos (ou conforme orientação de seu médico):
1. Após o uso de supositórios ou procedimento de sondagem uretral ou toque retal, aguardar 3 dias;
2. Após realização de ultra-som transretal, aguardar 7 dias;
3. Após realização de colonoscopia ou retossigmoidoscopia, aguardar 15 dias;
4. Após realização de estudo urodinâmico, aguardar 21 dias;
5. Após realização de biópsia de próstata, aguardar 30 dias.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O antígeno prostático específico (PSA) é o melhor e o mais sensível marcador bioquímico do carcinoma de próstata, apresentando elevação em 95% dos novos casos de câncer de próstata e em 97% dos casos recorrentes. Por outro lado, o exame digital prostático aumenta significativamente a sensibilidade diagnóstica, já que 20% a 40% dos pacientes com carcinoma prostático `in situ` apresentam PSA normal. Não é específico para carcinoma prostático, mas sim para tecido prostático, e pode estar aumentado em outras situações em que houver agressão ao tecido da próstata, como nas prostatites benignas, manipulação ou biópsia prostáticas, retenção urinária e na isquemia ou infarto prostáticos, entre outras situações. A relação do PSA total com o PSA livre é auxiliar no diagnóstico diferencial entre a doença benigna e o adenocarcinoma prostático, já que a proporção de PSA livre é maior nas doenças benignas.
NOME DO EXAME
Anti-cardiolipina IgG
SINONÍMIA
Anticorpo IgG anti-cardiolipina
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
As mulheres também devem informar se estiverem em período de gestação.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
Anticorpos anticardiolipina IgG e IgM são anticorpos antifosfolipídeos associados à doença trombótica, aumento do TTPA, aborto espontâneo de repetição, VDRL falso-positivos, síndrome lúpica, trombocitopenia, endocardite e doenças neurológicas. Pode ser utilizado, associado à pesquisa do anticoagulante lúpico, no diagnóstico da síndrome antifosfolipídios.
NOME DO EXAME
Anti-cardiolipina IgM
SINONÍMIA
Anticorpo IgM anti-cardiolipina
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
As mulheres também devem informar se estiverem em período de gestação.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
Anticorpos anticardiolipina IgG e IgM são anticorpos antifosfolipídeos associados à doença trombótica, aumento do TTPA, aborto espontâneo de repetição, VDRL falso-positivos, síndrome lúpica, trombocitopenia, endocardite e doenças neurológicas. Pode ser utilizado, associado à pesquisa do anticoagulante lúpico, no diagnóstico da síndrome antifosfolipídios.
NOME DO EXAME
Anti-HAV IgG
SINONÍMIA
Hepatite A – Anticorpos IgG
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Informar medicamentos em uso.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O vírus da hepatite A (HAV) é um RNA-vírus, cuja principal fonte de transmissão é a água e alimentos contaminados por dejetos humanos. Tem período de incubação de duas a sete semanas e o pico máximo de infectividade situa-se neste período. A presença de anticorpos da classe IgM indica doença aguda e geralmente desaparecem em três a seis meses. No Brasil, a identificação de anticorpos IgM é rara, devido à alta prevalência da doença que, em certas regiões, chega a atingir 90% da população. A  presença de anticorpos classe IgG está associada à infecção pregressa ou à imunização vacinal e confere imunidade. Os anticorpos IgG também são usados para determinar se há imunidade para o HAV nos pacientes com diagnóstico de HCV. Nos de incubação de duas a sete semanas e o pico máximo de infectividade situa-se neste período. A presença de anticorpos da classe IgM indica doença casos negativos está indicada a imunização. A pesquisa dos anticorpos IgM faz parte do diagnóstico diferencial dos pacientes suspeitos de hepatite viral aguda.
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saolucas · 2 years ago
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NOME DO EXAME
Anti-HAV IgM
SINONÍMIA
Hepatite A – Anticorpos IgM
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Informar medicamentos em uso.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O vírus da hepatite A (HAV) é um RNA-vírus, cuja principal fonte de transmissão é a água e alimentos contaminados por dejetos humanos. Tem período de incubação de duas a sete semanas e o pico máximo de infectividade situa-se neste período. A presença de anticorpos da classe IgM indica doença aguda e geralmente desaparecem em três a seis meses. No Brasil, a identificação de anticorpos IgM é rara, devido à alta prevalência da doença que,em certas regiões, chega a atingir 90% da população. A presença de anticorpos classe IgG está associada à infecção pregressa ou à imunização vacinal e confere imunidade. Os anticorpos IgG também são usados para determinar se há imunidade para o HAV nos pacientes com diagnóstico de HCV. Nos casos negativos está indicada a imunização. A pesquisa dos anticorpos IgM faz parte do diagnóstico diferencial dos pacientes suspeitos de hepatite viral aguda.
NOME DO EXAME
Anti-HBc IgG
SINONÍMIA
Anticorpo anti-core do vírus da Hepatite B IgG
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Informar medicamentos em uso.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A hepatite B é uma infecção viral transmitida pela via parenteral, sexual ou perinatal, com um período de incubação de dois a seis meses. O diagnóstico laboratorial da infecção pelo vírus da hepatite B (HBV), e o acompanhamento da evolução da doença, envolve vários testes laboratoriais, que pesquisam antígenos e anticorpos, localizados na superfície e no `core` viral, além da pesquisa do DNA viral por técnicas de biologia molecular e da função hepática, através de pesquisa bioquímica. Assim, existem testes para identificação dos antígenos `s` (HBsAg) e `e` (HBeAg), e para os anticorpos contra os antígenos `s` (anti-HBs), `e` (anti-HBe) e c` (anti-HBc). Desta forma, diferentes combinações de testes são usadas nas várias situações clínicas envolvendo o HBV. Na suspeita de hepatite B aguda está indicada a pesquisa do HBsAg e do anti-HBc IgM; para a suspeita de hepatite crônica pode-se pesquisar o HBsAg, anti-HBc e anti-HBs; e noacompanhamento da evolução da doença usa-se o HBsAg, HBeAg, anti-HBs e anti-HBe, além das pesquisas moleculares para o DNA viral. A imunidade vacinal pode ser testada pela avaliação do anti-HBs. Os diferentes padrões de resultados podem auxiliar na definição do diagnóstico de doença aguda ou crônica e na identificação dos portadores assintomáticos. O HBsAg aparece cerca de duas semanas após a infecção e até dois meses antes do aparecimento dos sintomas. Permanece detectável por dois a três meses, exceto nos casos de portadores crônicos e de hepatite crônica, quando está presente além de seis meses. Pacientes com HBsAg negativo ainda podem apresentar hepatite B aguda e devem ser considerados infectantes até o aparecimento do anti-HBs. Em algumas situações, o HBsAg pode apresentar resultado falso-positivo. Os anticorpos contra o core viral, anti-HBc IgM, são detectáveis ainda durante a fase aguda bem como o aumento das transaminases hepáticas. Eles permanecem assim por vários meses. A positividade para o anti-HBc auxilia o diagnóstico nos casos em que o HBsAg é negativo. O anti-HBc IgG aparece logo após o IgM e se mantém por anos. Após o desaparecimento do HBsAg pode-se detectar o anti-HBs, que persiste por muitos anos e está relacionado à imunidade ao HBV. Nos indivíduos vacinados, este deve ser o único marcador detectável. O HBeAg aparece associado ao HBsAg, mas não persiste pelo mesmo período e está relacionado à alta infectividade. Seu desaparecimento está associado à detecção do anti-HBe, o que geralmente ocorre após o aparecimento do anti-HBc e antes do anti-HBs. O aparecimento do anti-HBe indica redução do risco de transmissão e sua ausência está ligada à doença ativa e provável cronicidade. A presença do HBV DNA na ausência de anti-HBs indica doença aguda e pode ser muito útil nos casos em que o HBsAg esteja negativo. Nos casos crônicos, a presença de HBsAg e anti-HBc, na ausência de anti-HBs, confirma o diagnóstico de hepatite crônica, mesmo quando o anti-HBe está presente. O HBeAg pode estar presente ou ausente na hepatite crônica. A pesquisa do HBV DNA é útil no acompanhamento da resposta ao tratamento dos pacientes com hepatite B crônica. Alguns indivíduos podem apresentar anti-HBc positivo e HBsAg negativo. A vacinação destes pacientes mostrou que o anti-HBc refletia, na verdade, uma reação cruzada com outros anticorpos.
NOME DO EXAME
Anti-HBc IgM
SINONÍMIA
Anticorpo anti-core do vírus da Hepatite B IgM
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Informar medicamentos em uso.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A hepatite B é uma infecção viral transmitida pela via parenteral, sexual ou perinatal, com um período de incubação de dois a seis meses. O diagnóstico laboratorial da infecção pelo vírus da hepatite B (HBV), e o acompanhamento da evolução da doença, envolve vários testes laboratoriais, que pesquisam antígenos e anticorpos, localizados na superfície e no `core` viral, além da pesquisa do DNA viral por técnicas de biologia molecular e da função hepática, através de pesquisa bioquímica. Assim, existem testes para identificação dos antígenos `s` (HBsAg) e `e` (HBeAg), e para os anticorpos contra os antígenos `s` (anti-HBs), `e` (anti-HBe) ec` (anti-HBc). Desta forma, diferentes combinações de testes são usadas nas várias situações clínicas envolvendo o HBV. Na suspeita de hepatite B aguda está indicada a pesquisa do HBsAg e do anti-HBc IgM; para a suspeita de hepatite crônica pode-se pesquisar o HBsAg, anti-HBc e anti-HBs; e no acompanhamento da evolução da doença usa-se o HBsAg, HBeAg, anti-HBs e anti-HBe, além das pesquisas moleculares para o DNA viral. A imunida devacinal pode ser testada pela avaliação do anti-HBs. Os diferentes padrões de resultados podem auxiliar na definição do diagnóstico de doença aguda ou crônica e na identificação dos portadores assintomáticos. O HBsAg aparece cerca de duas semanas após a infecção e até dois meses antes do aparecimento dos sintomas. Permanece detectável por dois a três meses, exceto nos casos de portadores crônicos e de hepatite crônica, quando está presente além de seis meses. Pacientes com HBsAg negativo ainda podem apresentar hepatite B aguda e devem ser considerados infectantes até o aparecimento do anti-HBs. Em algumas situações, o HBsAg pode apresentar resultado falso-positivo. Os anticorpos contra o core viral, anti-HBc IgM, são detectáveis ainda durante a fase aguda bem como o aumento das transaminases hepáticas. Eles permanecem assim por vários meses. A positividade para o anti-HBc auxilia o diagnóstico nos casos em que o HBsAg é negativo. O anti-HBc IgG aparece logo após o IgMe se mantém por anos. Após o desaparecimento do HBsAg pode-se detectar o anti-HBs, que persiste por muitos anos e está relacionado à imunidade ao HBV. Nos indivíduos vacinados este deve ser o único marcador detectável. O HBeAg aparece associado ao HBsAg, mas não persiste pelo mesmo período e está relacionado à alta infectividade. Seu desaparecimento está associado à detecção do anti-HBe, o que geralmente ocorre após o aparecimento do anti-HBc e antes do anti-HBs. O aparecimento do anti-HBe indica redução do risco de transmissão e sua ausência está ligada à doença ativa e provável cronicidade. A presença do HBV DNA na ausência de anti-HBs indica doença aguda e pode ser muito útil nos casos em que o HBsAg esteja negativo. Nos casos crônicos, a presença de HBsAg e anti-HBc, na ausência de anti-HBs, confirma o diagnóstico de hepatite crônica, mesmo quando o anti-HBe está presente. O HBeAg pode estar presente ou ausente na hepatite crônica. A pesquisa do HBV DNA é útil no acompanhamento da resposta ao tratamento dos pacientes com hepatite B crônica. Alguns indivíduos podem apresentar anti-HBc positivo e HBsAg negativo. A vacinação destes pacientes mostrou que o anti-HBc refletia, na verdade, uma reação cruzada com outros anticorpos.
NOME DO EXAME
Anti-HBe
SINONÍMIA
Hepatite B – Anti-HBe
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Informar medicamentos em uso.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A hepatite B é uma infecção viral transmitida pela via parenteral, sexual ou perinatal, com um período de incubação de dois a seis meses. O diagnóstico laboratorial da infecção pelo vírus da hepatite B (HBV), e o acompanhamento da evolução da doença, envolve vários testes laboratoriais, que pesquisam antígenos e anticorpos, localizados na superfície e no `core` viral, além da pesquisa do DNA viral por técnicas de biologia molecular e da função hepática, através de pesquisa bioquímica. Assim, existem testes para identificação dos antígenos `s` (HBsAg) e `e` (HBeAg), e para os anticorpos contra os antígenos `s` (anti-HBs), `e` (anti-HBe) ec` (anti-HBc). Desta forma, diferentes combinações de testes são usadas nas várias situações clínicas envolvendo o HBV. Na suspeita de hepatite B aguda está indicada a pesquisa do HBsAg e do anti-HBc IgM; para a suspeita de hepatite crônica pode-se pesquisar o HBsAg, anti-HBc e anti-HBs; e no acompanhamento da evolução da doença usa-se o HBsAg, HBeAg, anti-HBs e anti-HBe, além das pesquisas moleculares para o DNA viral. A imunidade vacinal pode ser testada pela avaliação do anti-HBs. Os diferentes padrões de resultados podem auxiliar na definição do diagnóstico de doença aguda ou crônica e na identificação dos portadores assintomáticos. O HBsAg aparece cerca de duas semanas após a infecção e até dois meses antes do aparecimento dos sintomas. Permanece detectável por dois a três meses, exceto nos casos de portadores crônicos e de hepatite crônica, quando está presente além de seis meses. Pacientes com HBsAg negativo ainda podem apresentar hepatite B aguda e devem ser considerados infectantes até o aparecimento do anti-HBs. Em algumas situações, o HBsAg pode apresentar resultado falso-positivo. Os anticorpos contra o core viral, anti-HBc IgM, são detectáveis ainda durante a fase aguda bem como o aumento das transaminases hepáticas. Eles permanecem assim por vários meses. A positividade para o anti-HBc auxilia o diagnóstico nos casos em que o HBsAg é negativo. O anti-HBc IgG aparece logo após o IgMe se mantém por anos. Após o desaparecimento do HBsAg pode-se detectar o anti-HBs, que persiste por muitos anos e está relacionado à imunidade ao HBV. Nos indivíduos vacinados este deve ser o único marcador detectável. O HBeAg aparece associado ao HBsAg, mas não persiste pelo mesmo período e está relacionado à alta infectividade. Seu desaparecimento está associado àdetecção do anti-HBe, o que geralmente ocorre após o aparecimento do anti-HBc e antes do anti-HBs. O aparecimento do anti-HBe indica redução do risco de transmissão e sua ausência está ligada à doença ativa e provável cronicidade. A presença do HBV DNA na ausência de anti-HBs indica doença aguda e pode ser muito útil nos casos em que o HBsAg esteja negativo. Nos casos crônicos, a presença de HBsAg e anti-HBc, na ausência de anti-HBs, confirma o diagnóstico de hepatite crônica, mesmo quando o anti-HBe está presente. O HBeAg pode estar presente ou ausente na hepatite crônica. A pesquisa do HBV DNA é útil no acompanhamento da resposta ao tratamento dos pacientes com hepatite B crônica. Alguns indivíduos podem apresentar anti-HBc positivo e HBsAg negativo. A vacinação destes pacientes mostrou que o anti-HBc refletia, na verdade, uma reação cruzada com outros anticorpos.
NOME DO EXAME
Anti-HBs
SINONÍMIA
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Informar medicamentos em uso.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A hepatite B é uma infecção viral transmitida pela via parenteral, sexual ou perinatal, com um período de incubação de dois a seis meses. O diagnóstico laboratorial da infecção pelo vírus da hepatite B (HBV), e o acompanhamento da evolução da doença, envolve vários testes laboratoriais, que pesquisam antígenos e anticorpos, localizados na superfície e no `core` viral, além da pesquisa do DNA viral por técnicas de biologia molecular e da função hepática, através de pesquisa bioquímica. Assim, existem testes para identificação dos antígenos `s` (HBsAg) e `e` (HBeAg), e para os anticorpos contra os antígenos `s` (anti-HBs), `e` (anti-HBe) ec` (anti-HBc). Desta forma, diferentes combinações de testes são usadas nas várias situações clínicas envolvendo o HBV. Na suspeita de hepatite B aguda está indicada a pesquisa do HBsAg e do anti-HBc IgM; para a suspeita de hepatite crônica pode-se pesquisar o HBsAg, anti-HBc e anti-HBs; e no acompanhamento da evolução da doença usa-se o HBsAg, HBeAg, anti-HBs e anti-HBe, além das pesquisas moleculares para o DNA viral. A imunidade vacinal pode ser testada pela avaliação do anti-HBs. Os diferentes padrões de resultados podem auxiliar na definição do diagnóstico de doença aguda ou crônica e na identificação dos portadores assintomáticos. O HBsAg aparece cerca de duas semanas após a infecção e até dois meses antes do aparecimento dos sintomas. Permanece detectável por dois a três meses, exceto nos casos de portadores crônicos e de hepatite crônica, quando está presente além de seis meses. Pacientes com HBsAg negativo ainda podem apresentar hepatite B aguda e devem ser considerados infectantes até o aparecimento do anti-HBs. Em algumas situações, o HBsAg pode apresentar resultado falso-positivo. Os anticorpos contra o core viral, anti-HBc IgM, são detectáveis ainda durante a fase aguda bem como o aumento das transaminases hepáticas. Eles permanecem assim por vários meses. A positividade para o anti-HBc auxilia o diagnóstico nos casos em que o HBsAg é negativo. O anti-HBc IgG aparece logo após o IgMe se mantém por anos. Após o desaparecimento do HBsAg pode-se detectar o anti-HBs, que persiste por muitos anos e está relacionado à imunidade ao HBV. Nos indivíduos vacinados este deve ser o único marcador detectável. O HBeAg aparece associado ao HBsAg, mas não persiste pelo mesmo período e está relacionado à alta infectividade. Seu desaparecimento está associado à detecção do anti-HBe, o que geralmente ocorre após o aparecimento do anti-HBc e antes do anti-HBs. O aparecimento do anti-HBe indica redução do risco de transmissão e sua ausência está ligada à doença ativa e provável cronicidade. A presença do HBV DNA na ausência de anti-HBs indica doença aguda e pode ser muito útil nos casos em que o HBsAg esteja negativo. Nos casos crônicos, a presença de HBsAg e anti-HBc, na ausência de anti-HBs, confirma o diagnóstico de hepatite crônica, mesmo quando o anti-HBe está presente. O HBeAg pode estar presente ou ausente na hepatite crônica. A pesquisa do HBV DNA é útil no acompanhamento da resposta ao tratamento dos pacientes com hepatite B crônica. Alguns indivíduos podem apresentar anti-HBc positivo e HBsAg negativo. A vacinação destes pacientes mostrou que o anti-HBc refletia, na verdade, uma reação cruzada com outros anticorpos.
NOME DO EXAME
Anti-HCV
SINONÍMIA
Anticorpo anti-vírus da Hepatite C
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Informar medicamentos em uso.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O vírus da hepatite C (HCV) é um RNA vírus de cadeia única da família Flaviviridae e o responsável etiológico da grande maioria das hepatites virais não-A, não-B, respondendo por cerca de 20% de todas as hepatites agudas. Apresenta alta freqüência de mutações espontâneas, o que gera diferentes genótipos com importância clínica. A transmissão ocorre principalmente por contato com o sangue contaminado, por transfusões de sangue não testado para o HCV ou pelo uso de agulhas, seringas e outros materiais inadequadamente esterilizados ou partilhados (salão de beleza,odontológico, tatuagem e médico, entre outros). Também pode ocorrer transmissão sexual ou perinatal, embora esta via seja menos frequente. Apenas 15% dos infectados pelo HCV apresentam cura espontânea. Os demais pacientes, que mantêm infecção crônica, apresentam risco aumentado de cirrose e carcinoma hepatocelular. Cerca de 170 milhões de pessoas apresentam infecção crônica pelo HCV em todo o mundo, e 3 a 4 milhões de novos casos são registrados todo ano. O teste identifica os indivíduos contaminados pelo HCV ou infecção prévia e, desta forma, é útil para aavaliação diagnóstica das hepatites agudas. A pesquisa de anticorpos anti-HCV pode apresentar resultados falso-negativos, especialmente em pacientes crônicos. Resultados falso-positivos podem ocorrer associados a doenças do colágeno, hipergamaglobulinemia e à infusão venosa de imunoglobulinas, entre outras situações clínicas. É recomendado, a confirmação da doença crônica para o teste do PCR para HCV.
NOME DO EXAME
Anti-La (SSB)
SINONÍMIA
Anticorpo anti-La (SSB)
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A síndrome de Sjögren (SS) é uma doença auto-imune e de apresentação clínica complexa, que inclui cerato-conjuntivite, faringite, xerostomiae artrite, além de apresentar processo linfoproliferativo e comprometimento renal. Nos casos com clínica sugestiva, a presença de anticorpos relacionados à síndrome de Sjögren tipo A (SS-A/RO) e/ou tipo B (SS-B/LA), na ausência de anticorpos antiDNA dupla hélice, sugerefortemente o diagnóstico da síndrome. O anticorpo anti-RO (SS-A) pode ser encontrado em cerca de 70% dos pacientes de SS e em apenas30% dos acometidos de lupus, enquanto o anticorpo anti-LA (SS-B) está presente em até 60% dos casos de SS e 15% dos de lupus. Os anticorpos SS-A e SS-B estão presentes na maioria dos casos de lupus com anticorpos antinucleares negativos e representam um grande auxílio diagnóstico nestes casos. A presença de anticorpos SS-A pode estar relacionada à deficiência hereditária de C2 e à síndrome de anticorpos antifosfolipídios (anticorpos anticardiolipina, anticoagulante lúpico e trombose). Também pode ser encontrado nos pacientes deSS com manifestações extraglandulares, como vasculites, púrpura, citopenias e adenopatias. Os anticorpos SS-B em recém-nascidos de mães com lupus estão relacionados à ocorrência de bloqueio átrioventricular. Anticorpos SS-B ocorrem tanto na SS primária como na associada ao lupus eritematoso sistêmico (LES).
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saolucas · 2 years ago
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NOME DO EXAME
Anti-RNP
SINONÍMIA
Anti-ENA
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
Os anticorpos anti-ENA (extractable nuclear antigens) incluem os anticorpos anti-RNP (ribonuclear protein), anti-Sm (Smith), além dos anticorpos SS-A e SS-B da síndrome de Sjögren. Os anticorpos anti-Sm são específicos para o lupus eritematoso sistêmico (LES), embora,por sua baixa sensibilidade, sejam encontrados apenas em cerca de 30% dos pacientes de LES. Os anticorpos anti-RNP, quando são encontrados isolados, sugerem o diagnóstico de doença mista do tecido conjuntivo. Em associação com outros anticorpos, pode ser encontrado em cerca de 40% dos casos de lupus e em alguns casos da síndrome de Sjögren, esclerose sistêmica e artrite reumatóide.
NOME DO EXAME
Anti-RO (SSA)
SINONÍMIA
Anticorpo anti-RO (SSA)
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A síndrome de Sjögren (SS) é uma doença auto-imune e de apresentação clínica complexa, que inclui cerato-conjuntivite, faringite, xerostomiae artrite, além de apresentar processo linfoproliferativo e comprometimento renal. Nos casos com clínica sugestiva, a presença de anticorpos relacionados à síndrome de Sjögren tipo A (SS-A/RO) e/ou tipo B (SS-B/LA), na ausência de anticorpos antiDNA dupla hélice, sugere fortemente o diagnóstico da síndrome. O anticorpo anti-RO (SS-A) pode ser encontrado em cerca de 70% dos pacientes de SS e em apenas30% dos acometidos de lupus, enquanto o anticorpo anti-LA (SS-B) está presente em até 60% dos casos de SS e 15% dos de lupus. Os anticorpos SS-A e SS-B estão presentes na maioria dos casos de lupus com anticorpos antinucleares negativos e representam um grande auxílio diagnóstico nestes casos. A presença de anticorpos SS-A pode estar relacionada à deficiência hereditária de C2 e à síndrome de anticorpos antifosfolipídios (anticorpos anticardiolipina, anticoagulante lúpico e trombose). Também pode ser encontrado nos pacientes deSS com manifestações extraglandulares, como vasculites, púrpura, citopenias e adenopatias. Os anticorpos SS-B em recém-nascidos de mães com lupus estão relacionados à ocorrência de bloqueio átrio ventricular. Anticorpos SS-B ocorrem tanto na SS primária como na associada ao lupus eritematoso sistêmico (LES).
NOME DO EXAME
Anti-SM
SINONÍMIA
Anti-ENA
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
Os anticorpos anti-ENA (extractable nuclear antigens) incluem os anticorpos anti-RNP (ribonuclear protein), anti-Sm (Smith), além dos anticorpos SS-A e SS-B da síndrome de Sjögren. Os anticorpos anti-Sm são específicos para o lupus eritematoso sistêmico (LES), embora,por sua baixa sensibilidade, sejam encontrados apenas em cerca de 30% dos pacientes de LES. Os anticorpos anti-RNP, quando são encontrados isolados, sugerem o diagnóstico de doença mista do tecido conjuntivo. Em associação com outros anticorpos, pode ser encontrado em cerca de 40% dos casos de lupus e em alguns casos da síndrome de Sjögren, esclerose sistêmica e artrite reumatóide.
NOME DO EXAME
Anti-tireoglobulina
SINONÍMIA
Anticorpo anti-tireoglobulina; AAT; ATG
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A tireoglobulina é secretada pelo epitélio folicular da tireoide, sendo o principal componente do coloide dos folículos tireoidianos. Não se presta ao diagnóstico do carcinoma tireoidiano diferenciado, mas as dosagens seriadas podem ser úteis no acompanhamento da doença e detecção de metástases. O teste apresenta resultados elevados nas tireoidites e tireotoxicose. Resultados baixos ou valores indetectáveis de tireoglobulina podem ser usados como marcador no tratamento com tiroxina, de nódulos tireoidianos. Valores indetectáveis em recém-nascidos sugerem atireose congênita. Os resultados podem estar alterados após cirurgia, irradiação da tireoide ou palpação da glândula, na deficiência da globulina ligadora de tiroxina, após administração de TRH, TSH ou iodo, no bócio e na presença de anticorpos antitireoglobulina.
NOME DO EXAME
Anti-toxoplasma IgG
SINONÍMIA
Toxoplasmose IgG
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso. Mulheres devem informar se estão em período gestacional.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O Toxoplasma gondii é um protozoário intracelular que parasita homens e animais. O parasita apresenta distribuição universal e alta incidência de infestação, embora a maioria das infecções ocorra de forma assintomática ou com uma pequena linfadenite que cura espontaneamente. A contaminação se dá pela ingestão de oocistos em carnes cruas ou pouco cozidas, ou pela contaminação de alimentos ou água por dejetos de gatos. O diagnóstico pode ser confirmado pelo aumento dos títulos de anticorpos da classe IgG ou pela identificação de anticorpos IgM, o que é muito difícil dado o grande índice de infestação na população. O teste tem especial importância na avaliação da doença aguda em gestantes, já que nesta situação o risco para o feto é maior. A pesquisa da avidez de IgG para Toxoplasma é usada na confirmação da infecção aguda, quando a reação para IgM é positiva, já que a reação para IgM pode manter-se por até 18 meses depois da infecção inicial. Além das gestantes, a pesquisa da infecção pelo Toxoplasma é muito importante nos imunodeprimidos, que podem apresentar encefalite pelo Toxoplasma. Nestes casos, o teste por PCR é indicado para identificar a presença do parasita.
NOME DO EXAME
Anti-toxoplasma IgM
SINONÍMIA
Toxoplasmose IgM
Nada consta até o momento
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso. Mulheres devem informar se estão em período gestacional.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O Toxoplasma gondii é um protozoário intracelular que parasita homens e animais. O parasita apresenta distribuição universal e alta incidência de infestação, embora a maioria das infecções ocorra de forma assintomática ou com uma pequena linfadenite que cura espontaneamente. A contaminação se dá pela ingestão de oocistos em carnes cruas ou pouco cozidas, ou pela contaminação de alimentos ou água por dejetos de gatos. O diagnóstico pode ser confirmado pelo aumento dos títulos de anticorpos da classe IgG ou pela identificação de anticorpos IgM, o que é muito difícil dado o grande índice de infestação na população. O teste tem especial importância na avaliação da doença aguda em gestantes, já que nesta situação o risco para o feto é maior. A pesquisa da avidez de IgG para Toxoplasma é usada na confirmação da infecção aguda, quando a reação para IgM é positiva, já que a reação para IgM pode manter-se por até 18 meses depois da infecção inicial. Além das gestantes, a pesquisa da infecção pelo Toxoplasma é muito importante nos imunodeprimidos, que podem apresentar encefalite pelo Toxoplasma. Nestes casos, o teste por PCR é indicado para identificar a presença do parasita.
NOME DO EXAME
Anti-TPO
SINONÍMIA
Anti-microssomal; Anticorpo anti-peroxidase tireoideana; ATA
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. O paciente deve informar os medicamentos de que faz uso (especialmente Tapazol, Propiltiouracil, Syntroid, Puran T4 ou Tetroid).
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A tireoidite de Hashimoto é uma doença inflamatória que atinge até 2% da população, principalmente mulheres de meia idade. Caracteriza-se pelo aumento da tireóide no início do ciclo patológico, devido a alterações inflamatórias linfocíticas, com produção de anticorpos. Anticorpos antiperoxidase, assim como anticorpos antitireoglobulina, são encontrados na maioria dos portadores de tireoidite de Hashimoto (cerca de 90%) e também em até 40% dos pacientes com a doença de Graves (doença sistêmica que atinge mulheres jovens ou de meia idade, que cursa com hipertireoidismo e, eventualmente, com oftalmopatia). O teste pode ser usado no diagnóstico diferencial de hipotireoidismo. O anticorpo pode estar presente em outras doenças tireoidianas e também em pacientes com doenças auto-imunes, como a artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico, anemia perniciosa e síndrome de Sjögren. Indivíduos com TSH elevado e concentrações de tiroxina livre nos níveis mais baixos da normalidade, associados à presença de anticorpos antiperoxidase, têm risco aumentado de desenvolver hipotireoidismo. Cerca de 10 a 15% da população tem antiperoxidase positivo com TSH normal.
NOME DO EXAME
Antitrombina III
SINONÍMIA
Atividade da antitrombina III; Atividade AT III
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Informar os medicamentos em uso nos últimos 10 DIAS.
A antitrombina III inibe a atividade dos fatores IX, X, XI e XII, assim como da trombina (fator II). O teste é usado na avaliação de estados de hipercoagulabilidade ou de fibrinogenólise e da resposta à heparina. A deficiência desta antitrombina está relacionada à cirrose hepática ou insuficiência hepática crônica, doença trombo-embólica (como embolia pulmonar e trombose venosa), coagulação intravascular disseminada, terapêutica trombolítica, síndrome nefrótica e após cirurgias (especialmente as hepáticas e ortopédicas). A medida da atividade da antitrombina III pode estar alterada pela presença de outras antitrombinas, dificultando a análise do resultado e sua comparabilidade. Mulheres em uso de contraceptivos orais e gestantes no terceiro trimestre podem apresentar redução da atividade.
NOME DO EXAME
ASCA IgA
SINONÍMIA
Anticorpo anti-Saccharomyces cerevisae IgA
Nada consta até o momento
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A pesquisa de anticorpos IgG e IgA contra a Saccharomyces cerevisiae (ASCA) tem sido sugerida como uma ferramenta auxiliar para o diagnóstico de doença de Crohn, por ter sido demonstrado que a presença de tais marcadores sorológicos é significativamente mais prevalente em pacientes de doença de Crohn, por ter sido demonstrado que a presença de tais marcadores sorológicos é significativamente mais prevalente em pacientes com essa doença do que em portadores de retocolite ulcerativa ou em controles normais. A sensibilidade e a especificidade do teste para os anticorpos ASCA são de, respectivamente, 60% e 95%. Também tem sido relatado que anticorpos anticitoplasma de neutrófilo que apresentam o padrão perinuclear -P-ANCA - podem estar presentes em torno de 60% a 80% dos pacientes com retocolite ulcerativa, o que faz com que tenham alto grau de especificidade para essa doença. A associação dos dois testes, ASCA e ANCA, não alcança sensibilidade necessária para ser utilizada como triagem populacional, mas essa estratégia pode ser útil como teste auxiliar não-invasivo na avaliação complementar de indivíduos com suspeita de doença inflamatória intestinal. Naprática, ASCA positivo e PANCA negativo orientam para a possibilidade de doença de Crohn, enquanto ASCA negativo e P-ANCA positivo apontam para a retocolite ulcerativa.
NOME DO EXAME
ASCA IgG
SINONÍMIA
Anticorpo anti-Saccharomyces cerevisae IgG
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A pesquisa de anticorpos IgG e IgA contra a Saccharomyces cerevisiae (ASCA) tem sido sugerida como uma ferramenta auxiliar para o diagnóstico de doença de Crohn, por ter sido demonstrado que a presença de tais marcadores sorológicos é significativamente mais prevalente em pacientes de doença de Crohn, por ter sido demonstrado que a presença de tais marcadores sorológicos é significativamente mais prevalente em pacientes com essa doença do que em portadores de retocolite ulcerativa ou em controles normais. A sensibilidade e a especificidade do teste para os anticorpos ASCA são de, respectivamente, 60% e 95%. Também tem sido relatado que anticorpos anticitoplasma de neutrófilo que apresentam o padrão perinuclear -P-ANCA - podem estar presentes em torno de 60% a 80% dos pacientes com retocolite ulcerativa, o que faz com que tenham alto grau de especificidade para essa doença. A associação dos dois testes, ASCA e ANCA, não alcança sensibilidade necessária para ser utilizada como triagem populacional, mas essa estratégia pode ser útil como teste auxiliar não-invasivo na avaliação complementar de indivíduos com suspeita de doença inflamatória intestinal. Na prática, ASCA positivo e PANCA negativo orientam para a possibilidade de doença de Crohn, enquanto ASCA negativo e P-ANCA positivo apontam para a retocolite ulcerativa.
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saolucas · 2 years ago
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NOME DO EXAME
Aspartato aminotransferase – AST
SINONÍMIA
TGO; Transaminase oxalacética
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar medicamentos em uso.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
Aminotransferases, ou transaminases, são enzimas responsáveis pela transferência de um grupo amina, de um aminoácido para um hidrocarboneto, para formar um aminoácido diferente. Entre as aminotransferases destacam-se a ALT (alanina aminotransferase ou TGP) e a AST (aspartato aminotransferaseou TGO), cuja atividade tem sido usada na avaliação da função hepática. A ALT é mais sensível para a detecção de lesão do hepatócito que para doença obstrutiva (em que a GGT é mais sensível) e mais específica que a AST na avaliação de lesão hepática. É um teste obrigatório na pesquisa de hepatite aguda, viral ou induzida por drogas. Pode estar elevada em outras situações além das hepatites, como na mononucleose infecciosa, insuficiência cardíaca e em recém-nascidos com erros inatos do metabolismo de aminoácidos. Entre as drogas que podem causar elevação da ALT estão a difenil-hidantoína e a heparina porcina ou bovina (que também pode ser responsável pelo aumento de AST). A hepatotoxicidade do acetaminofeno pode ser potencializada em alcoólicos ou em doses muito altas, e causar aumento da ALT. A avaliação concomitante de ALT e AST pode ser útil ao diagnóstico das doenças hepáticas. A relação AST/ALT é maior nas lesões hepáticas alcoólicas, embora uma relação maior que 1,0 seja frequente na cirrose não-alcoólica, enquanto que uma relação em torno de 0,5 a 0,8 sugere um quadro de hepatite viral. A relação AST/ALT pode variar muito em diferentes amostras ou entre diferentes laboratórios, devido às diferenças nas técnicas analíticas.
NOME DO EXAME
Baciloscopia para Hanseníase
SINONÍMIA
Pesquisa de Lepra; Pesquisa de Hansen
MATERIAL BIOLÓGICO/VOLUME/CONSERVANTE
Material: linfa do lóbulo da orelha e cotovelo. A pesquisa também pode ser realizada em material de lesões cutâneas, quando for especificamente solicitado pelo médico do paciente.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A Hanseníase é uma doença infecciosa causada por um bacilo chamado Mycobacterium leprae (também conhecido como `bacilo de Hansen` em homenagem ao médico norueguês Gehard Hansen, que o identificou como o responsável pela transmissão da lepra), que pode causar danos severos à pele e nervos. Como o M. leprae não cresce em meios de cultura, a pesquisa direta dos bacilos de Hansen é o método indicado para a confirmação do diagnóstico da hanseníase.
NOME DO EXAME
Bacterioscopia
SINONÍMIA
GRAM
MATERIAL BIOLÓGICO/VOLUME/CONSERVANTE
O teste pode ser realizado em vários materiais biológicos, de acordo com solicitação a médica.
INTERFERENTES
Antibioticoterapia prévia. Para análise do conteúdo vaginal, a paciente deve evitar o uso de óvulos ou cremes vaginais.
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
É necessário informar se o paciente estiver em uso de medicamentos orais ou injetáveis, soluções, pomadas ou outros produtos de uso local ou sistêmico.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
É útil como teste rápido para determinar a presença ou ausência de bactérias, fungos, leucócitos e/ou células epiteliais na amostra biológica, além de avaliar a qualidade da amostra. A técnica não identifica os microorganismos, mas pode classificá-los em Gram positivos ou Gram negativos, o que pode ser útil em uma primeira abordagem diagnóstica.
NOME DO EXAME
Beta-HCG
SINONÍMIA
Beta Gonadotrofina Coriônica livre
MATERIAL BIOLÓGICO/VOLUME/CONSERVANTE
Material: soro (sangue coletado em tubo seco com gel separador) ou urina de amostra isolada
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Informar medicamentos em uso e a data do último dia de menstruação.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O hormônio gonadotrófico coriônico (hCG) é uma glicoproteína derivada de células trofoblásticas, que estimula a secreção de progesterona pelo corpo lúteo, que por sua vez mantém o endométrio secretor. Sua subunidade alfa é igual à dos hormônios FSH, LH e TSH, diferenciando-se pela subunidade beta, que é única e não sujeita à reação cruzada. Está aumentado na gestação normal e a súbita diminuição de seus valores pode estar relacionada ao risco de aborto. É um dos analitos usados na avaliação pré-natal do risco gestacional para síndromes genéticas (teste de risco fetal), associado à análise de outros hormônios presentes no soro materno e de informações do exame fetal por ultra-som. Sua redução pode estar relacionada à gravidez ectópica, microaborto e aborto espontâneo.
NOME DO EXAME
Beta-HCG Quantitativo
SINONÍMIA
Hormônio Gonadotrófico Coriônico (HCG) Quantitativo
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O hormônio gonadotrófico coriônico (hCG) é uma glicoproteína derivada de células trofoblásticas que atua estimulando a secreção de progesterona pelos corpos lúteos. Na gravidez é responsável pela diferenciação trofoblástica. Além da gestação, outras situações apresentam aumento de hCG, como asneoplasias de células germinativas (como o coriocarcinoma, mola hidatiforme e carcinoma embrionário) e a eritroblastose fetal. A gestação múltipla pode ser a causa de elevações significativas de hCG.
NOME DO EXAME
Beta 2 Microglobulina
MATERIAL BIOLÓGICO/VOLUME/CONSERVANTE
Material: sangue ou urina. Volume suficiente para 1,0 ml de soro ou toda a urina colhida após 1 hora sem urinar.
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
PROCEDIMENTO PARA COLETA DE URINA:
1. Esvaziar a bexiga e beber um copo com 200 ml de água.
2. Após 1 hora sem urinar, colher TODA a urina em frasco fornecido pelo Laboratório.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A Beta-2-microglobulina é um polipeptídio associado à membrana celular e um dos componentes da classe I do HLA ( human leukocyte antigen). Pode estar aumentada nas reações inflamatórias e em todas as doenças em que haja aumento da reposição celular, nas doenças malignas que afetem os linfócitos B e em outras neoplasias. É útil na diferenciação da doença renal tubular ou glomerular e na determinação do prognóstico do mieloma. A Beta-2- microglobulina apresenta alteração antes da creatinina nos casos de nefrotoxicidade por aminoglicosídios. Pode ser usada como um marcador de atividade da doença nos pacientes infectados por HIV e naqueles com leucemia linfocítica crônica, linfoma e mieloma múltiplo. Também tem sido usada no controle da reposição de fator VIII em hemofílicos.
NOME DO EXAME
Bilirrubina Total e Frações
SINONÍMIA
Bilirrubina Total, direta e indireta
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Para os adultos é necessário manter jejum mínimo de 3 horas. Recém-nascidos ou crianças devem colher antes da próxima alimentação.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A pesquisa das bilirrubinas total, conjugada e não-conjugada (ou direta e indireta) é útil na avaliação de várias situações clínicas. A bilirrubina está aumentada na doença hepática por hepatite, colangite, colecistite, cirrose e outras hepatopatias. Também pode elevar-se no alcoolismo, na obstrução biliar (intra ou extra-hepática), mononucleose infecciosa, doença de Gilbert, anemias (especialmente naeritroblastose fetal), hematomas e reações hemolíticas, entre outras causas. Drogas que possam causar colestase ou dano hepatocelular como a difenil hidantoína, fenotiazinas, eritromicina, penicilina, sulfas, esteróides anabolizantes, halotano, ácido salicílico, metildopa, contraceptivos orais e outras, podem ser responsáveis pelo aumento das bilirrubinas. Na doença de Gilbert, ou hiperbilirrubinemia familiar, a fração não-conjugada está aumentada e o diagnóstico da doença pode ser facilitado por indução do aumento da bilirrubina indireta pelo jejum de 24 horas. As anemias hemolíticas, incluindo a doença hemolítica do recém-nascido, teoricamente devem elevar apenas a bilirrubina indireta, porém, algum aumento da bilirrubina direta também pode ser observado. A doença de Wilson, com insuficiência hepática aguda, apresenta níveis muito altos de bilirrubina, acompanhados de redução da fosfatase alcalina. O aumento da bilirrubina direta ocorre nas doenças biliares e hepáticas e seu aumento no soro corresponde ao aumento da bilirrubina urinária, já que se trata de produto hidrossolúvel. Além da icterícia fisiológica e da doença hemolítica do recém-nascido, outras causas de hiperbilirrubinemia neonatal são a galactosemia, a deficiência da G6PD, o hipotireoidismo congênito, doenças hematológicas e infecciosas, entre outras.
NOME DO EXAME
Cálcio sanguíneo
SINONÍMIA
Calcemia.
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Para adultos é necessário jejum mínimo de 3 horas. Lactentes e crianças antes da próxima alimentação.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
Cerca de metade do cálcio (Ca) circulante está ligado a proteínas, embora apenas a fração ionizada seja metabolicamente ativa. Por esta razão, a dosagem das proteínas plasmáticas deve ser considerada na avaliação do Ca sangüíneo. As duas causas mais comuns de hipercalcemia são o hiperparatireoidismo primário e neoplasias, com ou sem envolvimento ósseo, como ocorre principalmente com os tumores de mama e pulmões, e também com as neoplasias de rins, bexiga e ovários, além do mieloma múltiplo. Os estados patológicos que promovem reabsorção óssea, como doença de Paget, doenças malignas e imobilização prolongada, geralmente levam à hipercalcemia. A presença de hipercalcemia com fosfatase alcalina alta é mais sugestiva de neoplasia que de hiperparatireoidismo, especialmente se acompanhada de anemia, hipoalbuminemia, redução de cloretos, aumento de LDH e redução da relação cloreto/ fósforo. Outras causas dehipercalcemia são a sarcoidose, hipervitaminose D, intoxicação por vitamina A, alterações endócrinas (hipertireoidismo, doença de Addison,acromegalia), doença hepática grave, bacteremia, insuficiência renal, além das hipercalcemias idiopáticas e daquelas resultantes do uso de certas drogas (como sais de cálcio, lítio, diuréticos e estrogênios). A desidratação é a causa mais freqüente de aumento moderado do Ca. Entre as causas de hipocalcemia, pode-se citar o hipoparatireoidismo, insuficiência renal, deficiência de vitamina D, osteomalácia,síndromes de mal absorção, acidose tubular renal, pancreatite aguda, bacteremia, hipomagnesemia e o uso de drogas como os anticonvulsivantes, calcitonina, corticoesteróides, glucagon, insulina, glicose, sais de magnésio e tetraciclinas.
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saolucas · 2 years ago
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NOME DO EXAME
Cálcio urinário;Calciúria
SINONÍMIA
Calciúria.
MATERIAL BIOLÓGICO/VOLUME/CONSERVANTE
Material: Urina de amostra isolada, de 6h, 12h ou 24h, de acordo com a solicitação médica.
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Material: urina.
1. O material deve ser colhido em frasco fornecido pelo laboratório, em período de 24 horas ou outro período, conforme solicitação do médico do paciente.
2. Para a coleta de urina de amostra isolada, é necessário respeitar o intervalo mínimo de duas horas sem urinar e efetuar a coleta do jato médio, um volume de 15ml.
3. As mulheres não podem estar em uso de cremes ou óvulos vaginais ou em período menstrual.
PROCEDIMENTO PARA COLETA DA URINA
1. Seguir as instruções do seu médico quanto ao consumo de alimentos, bebidas ou medicamentos antes e durante a coleta de urina.
2. Esvaziar a bexiga pela manhã, descartando a urina e anotando nos campos abaixo o dia e a hora desta micção (urina).
3. A partir deste momento, colher toda a urina no período solicitado pelo seu médico ou conforme orientação do laboratório (por exemplo: 24, 12 h ou outro período de tempo).
Por exemplo: coleta de urina de urina de 24 horas - esvaziar a bexiga às 7:00 horas e não guardar esta micção (urina). Colher toda a urina depois desta, em frasco próprio fornecido pelo laboratório, até o término do período solicitado (7:00 horas da manhã até às 7:00 horas do dia seguinte).
4. Cada micção deve ser coletada no frasco de boca larga fornecido pelo laboratório e, com auxílio do funil, verter cuidadosamente a urina nas garrafas.
5. MANTENHA A URINA EM GELADEIRA DURANTE TODA COLETA ATÉ A ENTREGA AO LABORATÓRIO.
6. ATENÇÃO:
a. Nenhuma micção (urina) pode ser perdida durante a coleta, pois o resultado correto do seu exame depende do volume real de urina que for fornecido ao laboratório.
b. É importante manter a ingestão habitual de líquidos durante o período da coleta de urina e que anote os horários de início e término da coleta no espaço abaixo.
c. As garrafas com a urina coletada, desde que mantidas em geladeira, podem ser recebidas em até 48 horas.
d. As mulheres não podem estar em uso de cremes ou óvulos vaginais ou em período menstrual para a maioria dos exames urinários.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A determinação do cálcio (Ca) urinário é útil na avaliação de pacientes com cálculos renais e no acompanhamento de portadores de hiperparatireoidismo, lesões ósseas metastáticas, mieloma, intoxicação por vitamina D, acidose tubular renal, tireotoxicose, doença de Pagete de sarcoidose, entre outras doenças. A pesquisa é realizada em amostra isolada com resultados clinicamente comparáveis aos encontrados na análise de urina de 24 horas, com a vantagem de reduzir os erros de coleta e aumentar o conforto do paciente.
NOME DO EXAME
Calcitonina
SINONÍMIA
Tireocalcitonina
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Necessário jejum mínimo de 4 horas para os adultos. As crianças devem colher antes da refeição seguinte.Solicitar os medicamentos usados nos últimos 30 dias.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A calcitonina é um polipeptídeo produzido pelas células parafoliculares da tireóide e por células C tumorais de carcinoma medular de tireóide, além de células neoplásicas de pulmão, pâncreas e mama. Seus níveis estão aumentados no carcinoma medular de tireóide familiar ou esporádico, e é o melhor marcador para este tipo de carcinoma. Pode ser usado na pesquisa dos familiares dos pacientes de carcinoma medular de tireóide, para detectar eventuais novos casos ainda em estágios subclínicos. Resultados falso-positivos podem estar relacionados ao tratamento da amostra ou a variações intrapessoais de produção glandular. A análise de DNA pode identificar a mutação responsável pelo carcinoma medular de tireóide.
NOME DO EXAME
Cálculo urinário- análise física e química
MATERIAL BIOLÓGICO/VOLUME/CONSERVANTE
Material: Cálculo urinário
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
O material não pode ser armazenado em frascos com substâncias líquidas ou envolto em papel.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A análise físico-química do cálculo renal é feita com vistas à prevenção da recidiva. Se não forem implementadas atitudes preventivas de longo prazo, a reincidência da doença ocorre em até 95% dos pacientes. Cerca de 80% dos cálculos são de oxalato de cálcio (dos quais30% também apresentam fosfato de cálcio) e estão relacionados a casos de gota e distúrbios linfoproliferativos. Até 20% dos cálculos são de fosfato amoníaco magnesiano e estão relacionados a infecções das vias urinárias. De 3% a 5% dos cálculos são formados de ácido úrico e relacionam-se à hipercalcemia, ao hiperparatireoidismo, ao hipertireoidismo e à acidose tubular renal. Raramente os cálculos são formados de cistina e podem estar relacionados à deficiência tubular renal. Os fatores de risco para a formação de cálculos urinários são a história familiar de calculose, história pessoal de osteoporose, infecção do trato urinário, gota, deficiência de magnésio e doença de Crohn. Os hábitos de dieta e ingestão de líquidos são importantes, assim como a idade, sexo e clima. Entre os hábitos dietéticos que podem levar à formação de cálculos estão a ingestão de grandes quantidades de proteínas e de sódio, altas doses de ácido ascórbico e ingestão continuada de chá, chocolate ou espinafre. A incidência da doença é maior em homens que em mulheres, e maior em brancos que em negros.
NOME DO EXAME
Capacidade total de ligação do ferro (CTLF)
SINONÍMIA
Capacidade latente (insaturada) de ligação do ferro (CLLF)
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
É necessário jejum mínimo de 3 horas. A coleta deve ser realizada pela manhã, devido ao ciclo do ferro no organismo. É necessário informar o nome dos medicamentos em uso durante os últimos 30 dias, especialmente o uso de vitamina C e polivitamínicos, complementos alimentares que contenham ferro, anticoncepcionais e antibióticos.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A determinação da capacidade total e latente de combinação do ferro pode ser mais útil que a dosagem sérica na avaliação das reservas de ferro nas anemias, especialmente se avaliado em conjunto com outros indicadores como a ferritina e a transferrina. Além das carências de ferro não complicadas, o teste auxilia o diagnóstico das talassemias e das anemias crônicas, sideroblásticas e hemolíticas. Também é útil na avaliação de doenças hepáticas e renais, pacientes em diálise ou em hipoproteinemia, na hemocromatose e hemossiderose, nas doenças malignas, nas infecções crônicas, kwashiokor e deficiência de piridoxina.
NOME DO EXAME
Carbamazepina
SINONÍMIA
Carbazol; Carmazin
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum.
1. O paciente deve informar o nome da medicação que está fazendo uso, quantas vezes por dia e horários (exemplo:08:00h manhã, 20:00h noite).
2. O paciente deve manter obrigatoriamente a dose normal do medicamento.
3. A coleta é realizada até 1 hora antes da tomada da medicação ou conforme pedido médico.
4. Se o medicamento for tomado apenas 1 vez ao dia, a coleta deve ser realizada pelo menos 12 horas após.
5. Na suspeita de intoxicação descrita no pedido médico, será coletado em qualquer tempo, sempre informando o horário da última dose.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A carbamazepina é uma droga antiepilética, usada no tratamento das crises convulsivas e de nevralgias. Também tem sido usada no tratamento do transtorno bipolar do humor e de outras patologias psiquiátricas. É absorvida lentamente e atinge pico plasmático em cerca de seis horas. É totalmente eliminada pelo fígado, onde atua como indutor das enzimas responsáveis por seu metabolismo. Raramente pode ocorrer toxicidade com níveis normais de carbamazepina graças ao acúmulo de seu metabólito ativo carbamazepina-10,11-epóxido. Níveis baixos estão geralmente relacionados à não adesão ao tratamento, mas podem ser resultado da ação de outros medicamentos (ativação do sistema enzimático hepáticoP-450) ou por auto-indução do metabolismo nos primeiros meses de tratamento. Níveis altos podem estar relacionados ao uso concomitante de drogas inibidoras do sistema P-450 ou por interação com o metabolismo e eliminação da carbamazepina e de seu metabólitocarbamazepina-10,11-epóxido. Por esta razão, as associações medicamentosas devem ser cuidadosamente avaliadas.
NOME DO EXAME
Carga viral do HIV
SINONÍMIA
Quantificação do HIV; PCR QUANTITATIVO PARA HIV-RNA
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A carga viral do HIV está diretamente relacionada com o tamanho da população viral e sua taxa de replicação. Sua determinação é uma ferramenta muito importante no acompanhamento da eficácia do tratamento dos indivíduos infectados pelo HIV. Níveis reduzidos ou ausentes de carga viral são relativos a uma melhor evolução no curso da doença. O teste também está indicado para o diagnóstico de recém-nascidos de mães HIV positivas, em que a presença do anticorpo anti-HIV pode ser decorrente de imunização passiva transplacentária e pode persistir por até 18 meses.
NOME DO EXAME
Ceruloplasmina
SINONÍMIA
Cobreoxidase; Ferrooxidase
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A ceruloplasmina é uma `alfa2-globulina` plasmática, responsável pelo transporte do cobre sérico e que se comporta como proteína de fase aguda. As crianças atingem o nível sérico dos adultos entre 3 a 6 meses de idade. A ceruloplasmina está elevada em várias neoplasias e doenças inflamatórias, como nos carcinomas, doença de Hodgkin, leucemias, artrite reumatóide, lupus, necrose tubular e infarto do miocárdio. Também pode estar aumentada com o uso de contraceptivos orais e na gestação. Na doença de Wilson existe uma redução da capacidade de agregar o cobre à apoceruloplasmina (que pode estar relacionada à redução da ceruloplasmina), resultando em aumento do cobre livre e sua deposição, especialmente em fígado e SNC. Valores normais para ceruloplasmina não excluem o diagnóstico de doença de Wilson, especialmente em crianças. Esta proteína também está reduzida na síndrome de Menke e acompanha as síndromes de má nutrição, perdas protéicas (como na síndrome nefrótica) ou de baixa produção, como nas hepatopatias graves com hipoproteinemia. A terapêutica com zinco pode reduzir a absorção de cobre e levar à deficiência da ceruloplasmina.
NOME DO EXAME
Citologia
SINONÍMIA
Contagem global e citologia específica de células
MATERIAL BIOLÓGICO/VOLUME/CONSERVANTE
Material: Líquor e líquidos biológicos. Volume de 1,0 ml.
INTERFERENTES
Quantidade insuficiente de células
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
O material deve ser colhido pelo médico do paciente e enviado imediatamente ao Laboratório, sob-refrigeração.  
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A citologia de líquor e de outros líquidos biológicos pode estabelecer o diagnóstico de neoplasias, infecções e de doenças inflamatórias, agudas ou crônicas.
NOME DO EXAME
Clearance de creatinina
SINONÍMIA
Depuração de creatinina endógena
MATERIAL BIOLÓGICO/VOLUME/CONSERVANTE
Material: Soro - Sangue coletado em tubo seco com gel separador e Urina de 24h ou 12h (Conforme solicitação médica)
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Material: sangue e urina. Não é necessário jejum para a coleta de sangue. A urina deve ser colhida em frasco fornecido pelo laboratório, em período de 24 horas (ou 12 horas ou outro período), conforme solicitação do médico do paciente. A urina deve ser entregue no Laboratório, no máximo 7 dias antes ou depois da coleta do sangue.
PROCEDIMENTO PARA COLETA DA URINA
1. Seguir as instruções do seu médico quanto ao consumo de alimentos, bebidas ou medicamentos antes e durante a coleta de urina.
2. Esvaziar a bexiga pela manhã, descartando a urina.
3. A partir deste momento, colher toda a urina no período solicitado pelo seu médico ou conforme orientação do laboratório (por exemplo: 24 12 h ou outro período de tempo).
Por exemplo: coleta de urina de urina de 24 horas - esvaziar a bexiga às 7:00 horas e não guardar esta micção (urina). Colher toda a urina depois desta, em frasco próprio fornecido pelo laboratório, até o término do período solicitado (7:00 horas da manhã até às 7:00 horas do dia seguinte).
4. Cada micção deve ser coletada no frasco de boca larga fornecido pelo laboratório e, com auxilio do funil, verter cuidadosamente a urina nas garrafas.
5. Mantenha a urina em geladeira durante toda coleta até a entrega ao laboratório.
6. ATENÇÃO:
a. Nenhuma micção (urina) pode ser perdida durante a coleta, pois o resultado correto do seu exame depende do volume real de urina que for fornecido ao laboratório.
b. É importante manter a ingestão habitual de líquidos durante o período da coleta de urina
c. As garrafas com a urina coletada, desde que mantidas em geladeira, podem ser recebidas em até 48 horas.
d. As mulheres não podem estar em uso de cremes ou óvulos vaginais ou em período menstrual para a maioria dos exames urinários.
IMPORTANTE: INFORMAR PESO E ALTURA DO PACIENTE PARA O DEVIDO CADASTRO DO EXAME!
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O clearance da creatinina é o teste mais comumente usado para avaliar a função renal, depois da dosagem isolada da creatinina sérica. Atualmente é recomendado que o clearance de creatinina seja estimado por cálculo matemático, a partir da creatinina sérica, em indivíduos hemodinamicamente recomendado que o clearance de creatinina seja estimado por cálculo matemático, a partir da creatinina sérica, em indivíduos hemodinamicamente estáveis (como recomendado pela Sociedade Brasileira de Nefrologia em www.sbn.org.br). O teste estima a filtração glomerular e, além de acompanhar a evolução das doenças renais, é usado para ajustar a dose de certos medicamentos. O clearance da creatinina está diminuído nas nefropatias e durante o uso de certas drogas, como trimetoprim, cimetidina, quinina, quinidina e procainamida. Está aumentado durante a fase inicial da diabetes, o hipertireoidismo e a acromegalia. O exercício e a gravidez também aumentam o clearance da creatinina. O uso de ácido ascórbico, hidantoína e cefalosporinas pode interferir na dosagem da creatinina, assim como a presença de corpos cetônicos ou glicose na amostra. A icterícia, lipemia ou hemólise da amostra sangüínea também interferem na determinação da creatinina. O teste apresenta grande variabilidade intra e interpessoal (ligada ao sexo, idade, alimentação, hidratação), que pode resultar em um erro estimado em até 15%. Por esta razão, o teste tem valor se realizado de forma seriada (pelo menos 3 resultados confirmatórios) se realizado de forma seriada (pelo menos 3 resultados confirmatórios).
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saolucas · 2 years ago
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NOME DO EXAME
Cloro em Líquidos
SINONÍMIA
Cloro em Líquido Pleural; Cloro em Líquido Ascítico; Cloro em Líquido Abdominal; Cloreto em Líquidos.
MATERIAL BIOLÓGICO/VOLUME/CONSERVANTE
Material: líquidos biológicos (ascítico, sinovial, pleural, de derrames ou outros). Volume de líquido suficiente para 1,0 ml
INTERFERENTES
Nada consta até o momento.
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
Os líquidos biológicos (ascítico, sinovial, pleural, de derrames ou outros) devem ser colhidos pelo médico do paciente.
NOME DO EXAME
Cloro em sangue
SINONÍMIA
Cloreto sanguíneo; Cloremia
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A dosagem do cloro é útil na avaliação eletrolítica do soro e é necessária para avaliação do `anion-gap`. A hipocloremia está associada a situações de perda de cloro como na hiper-hidratação, aumento da diurese, uso de diuréticos, vômitos de repetição e aspiração gástrica, ou a situações patológicas como a acidose respiratória crônica ou a alcalose metabólica, doença de Addison, síndrome de Bartter, queimaduras e nefrites perdedoras de sal. A hipercloremia está relacionada à desidratação e a várias formas de acidose metabólica com perda de bicarbonato, como nas diarréias prolongadas e nas uretero-enterostomias. O cloro também está aumentado na síndrome nefrótica, acidose tubular renal, gamopatias mono e policlonais, intoxicação por salicilatos e deficiência de mineralocorticóides. No hiperparatireoidismo primário o aumento do cloro é maior que em outras situações que sejam causa de hipercalcemia.
Cloro em urina
SINONÍMIA
Cloreto em urina; Cloreto urinário
MATERIAL BIOLÓGICO/VOLUME/CONSERVANTE
Urina de 24h (ou outro período conforme solicitação médica)
INTERFERENTES
Urina colhida com conservante.
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
1. O material deve ser colhido em frasco fornecido pelo laboratório, em período de 24 horas ou outro período, conforme solicitação do médico do paciente.
2. Para a coleta de urina ao acaso, é necessário respeitar o intervalo mínimo de duas horas sem urinar e efetuar a coleta sem desprezar o primeiro jato, um volume de 15ml.
3. As mulheres não podem estar em uso de cremes ou óvulos vaginais ou em período menstrual.
4. Amostra não coletada no Posto de Coleta, desde que mantida em geladeira pode ser entregue em até 48 horas.
PROCEDIMENTO PARA COLETA DA URINA
1. Seguir as instruções do seu médico quanto ao consumo de alimentos, bebidas ou medicamentos antes e durante a coleta de urina.
2. Esvaziar a bexiga pela manhã, descartando a urina e anotando nos campos abaixo o dia e a hora desta micção (urina).
3. A partir deste momento, colher toda a urina no período solicitado pelo seu médico ou conforme orientação do laboratório (por exemplo: 24, 12 h ou outro período de tempo).
Por exemplo: coleta de urina de urina de 24 horas - esvaziar a bexiga às 7:00 horas e não guardar esta micção (urina). Colher toda a urina depois desta, em frasco próprio fornecido pelo laboratório, até o término do período solicitado (7:00 horas da manhã até às 7:00 horas do dia seguinte).
4. Cada micção deve ser coletada no frasco de boca larga fornecido pelo laboratório e, com auxílio do funil, verter cuidadosamente a urina nas garrafas.
5. MANTENHA A URINA EM GELADEIRA DURANTE TODA COLETA ATÉ A ENTREGA AO LABORATÓRIO.
6. ATENÇÃO:
a. Nenhuma micção (urina) pode ser perdida durante a coleta, pois o resultado correto do seu exame depende do volume real de urina que for fornecido ao laboratório.
b. É IMPORTANTE manter a ingestão habitual de líquidos durante o período da coleta de urina e que anote os horários de início e término da coleta no espaço abaixo.
c. AS GARRAFAS COM A URINA COLETADA, DESDE QUE MANTIDAS EM GELADEIRA, PODEM SER RECEBIDAS EM ATÉ 48 HORAS.
d. As mulheres não podem estar em uso de cremes ou óvulos vaginais ou em período menstrual para a maioria dos exames urinários.
IMPORTANTE: INFORMAR PESO E ALTURA DO PACIENTE PARA O DEVIDO CADASTRO DO EXAME!
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A dosagem de cloretos na urina é útil na avaliação do metabolismo hidro-salino, do equilíbrio ácido-base e da ação dos diuréticos. A análise tem valor na diferenciação das alcaloses cloro-responsivas das não-responsivas. Quando o nível de cloro é inferior a 10 mEq/l, com vômitos ou aspiração gástrica, há resposta à administração de cloro. Por outro lado, níveis de cloro urinário superiores a 20 mEq/l, por ação de corticosteróides, apresentam resposta discreta ou ausente.
NOME DO EXAME
Clostridium difficile – Toxina A e B.
SINONÍMIA
Pesquisa de Clostridium difficile; Pesquisa de Toxina A e B do Clostridium difficile.
MATERIAL BIOLÓGICO/VOLUME/CONSERVANTE
Material: fezes. Cerca de 50 g de fezes (a medida aproximada de 2 colheres de sopa) colhidas recentemente e mantidas sob refrigeração, em frasco SEM conservante, fornecido pelo Laboratório.
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
O material deve ser mantido refrigerado e entregue ao Laboratório no menor prazo possível, pois a pesquisa apresenta melhores resultados sob refrigeração para melhorar a sensibilidade do teste quando o material é analisado em 24 HORAS após a coleta.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O Clostridium difficile é o principal agente etiológico da colite pseudomembranosa associada ao uso de antibióticos. O uso prolongado de antibióticos pode levar ao crescimento descontrolado de bactérias patogênicas da flora intestinal como o Clostridium difficile. A infecção por esta bactéria tem grande importância nos ambientes hospitalares, onde as condições locais apresentam alto risco de disseminação da infecção. As linhagens toxigênicas desta bactéria produzem uma enterotoxina (toxina A) e uma citotoxina (toxina B). A toxina A é mais estável e o melhor marcador para a detecção deste microorganismo.
NOME DO EXAME
Colesterol-HDL
SINONÍMIA
HDL-Colesterol; Fração HDL-Colesterol
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Necessário jejum de 10 a 12 horas para o HDL-Colesterol isolado. O paciente deve manter sua dieta habitual. Anotar os medicamentos em uso.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O HDL-colesterol (high density lipoprotein - cholesterol) é representado por um grupo de partículas lipoproteicas que variam em tamanho e densidade. Embora a apolipoproteína A1 seja a principal proteína do HDL, estas partículas também contêm colesterol livre e esterificado, triglicérides, fosfolipídios e outras apolipoproteínas (A2, A3, C e E). O HDL é responsável pelo transporte reverso, isto é, leva colesterol até receptores no fígado, de onde é excretado e, por esta razão, apresenta relação inversa com a doença arterial coronariana (valores baixos de HDL são associados ao aumento do risco de doença arterial coronariana). A dosagem do HDL é útil no diagnóstico e monitoramento terapêutico das dislipidemias. Valores baixos são encontrados em indivíduos obesos, de vida sedentária, fumantes ou diabéticos e podem estar associados ao aumento de triglicérides. Níveis elevados podem estar associados ao uso de estrogênios, anticoncepcionais ou fibratos. A dosagem de HDL pode sofrer a influência de altas concentrações de triglicérides.
NOME DO EXAME
Colesterol-LDL
SINONÍMIA
LDL-Colesterol; Fração LDL-Colesterol
INTERFERENTES
Hemólise excessiva, icterícia, uso de anticoncepcional ou ingestão de álcool.
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Necessário jejum de 10 a 12 horas para o LDL-Colesterol isolado. O paciente deve manter sua dieta habitual. Anotar os medicamentos em uso.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A LDL-colesterol (low density lipoprotein - cholesterol; LDL) é a fração do colesterol total que está diretamente relacionada à doença arterial coronariana (DAC). A monitorização precoce dos níveis de LDL é importante na prevenção da DAC. Estas são as principais lipoproteínas no sangue e a determinação de seus níveis é fundamental para a instituição de tratamento medicamentoso e/ou dietético. Os níveis de LDL também podem estar elevados na síndrome nefrótica, hipotireoidismo e icterícia obstrutiva.
NOME DO EXAME
Colesterol Total
SINONÍMIA
COL Total + Frações
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Necessário jejum de 10 a 12 horas para o Colesterol Total. O paciente deve manter sua dieta habitual. Anotar os medicamentos em uso.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A hipercolesterolemia tem relação causal com a doença arterial coronariana (DAC) e, por esta razão, a dosagem do colesterol, associada à do HDL- colesterol, tem valor na avaliação do risco coronariano. O colesterol é encontrado apenas em tecidos animais e possui papel importante na síntese de hormônios esteróides, nas membranas celulares e na produção de ácidos biliares. Pode estar primariamente aumentado nas dislipidemias (principalmente nas dos tipos IIa, IIb, III e V) e secundariamente na síndrome nefrótica, no hipotireoidismo e nas doenças hepáticas colestáticas. Níveis diminuídos podem ser encontrados no hipertireoidismo, nas doenças consuptivas e na desnutrição. Os valores de colesterol total podem estar alterados na gravidez, nas perdas ponderais significativas e nas doenças agudas, como ocorre após as primeiras 24 horas no infarto agudo do miocárdio.
NOME DO EXAME
Colesterol-VLDL
SINONÍMIA
VLDL-Colesterol; Lipoproteína pré-beta
Hemólise excessiva, icterícia, uso de anticoncepcional ou ingestão de álcool.
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Material: sangue. Para crianças de até 1 ano é necessário jejum de 3 horas. Crianças entre 1 e 5 anos devem manter jejum de 6 horas.
Acima dos 5 anos devem estar em jejum por 10 a 12 horas antes da coleta do material. É importante que o paciente mantenha sua dieta habitual nos dias que antecedem a coleta do material.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
As VLDL-colesterol (very low density lipoprotein - cholesterol; VLDL) representam principalmente o triglicerídio endógeno e, ao contrário do triglicerídio exógeno presente nos quilomícrons, permanece em suspensão no soro em repouso. Está ligado ao metabolismo de açúcares e pode estar aumentado nos alcoolistas. Avalia o metabolismo lipídico e pode estar alterado na obesidade, na doença renal crônica e nas hepatopatias. A hipertrigliceridemia com conseqüente aumento de VLDL pode estar associado à diabetes.
NOME DO EXAME
Colinesterase
SINONÍMIA
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Jejum mínimo de 4 horas. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A pesquisa da colinesterase é particularmente útil no diagnóstico diferencial de pacientes expostos a inseticidas organofosforados e na avaliação da susceptibilidade de pacientes cirúrgicos a agentes anestésicos. A dosagem também é útil antes da administração de anestesias com succinilcolina, a qual pode provocar apneia prolongada em pacientes com deficiência enzimática. O teste avalia apenas a pseudocolinesterase (butirilcolinesterase) presente no plasma e no fígado. A acetilcolinesterase (colinesterase verdadeira) está presente nos eritrócitos, nos pulmões e no SNC e é a responsável pelos sintomas neurológicos na intoxicação por inseticidas. Os organofosforados atuam inibindo a atividade da acetilcolinesterase e deprimindo a colinesterase plasmática. Seus níveis também podem estar diminuídos na doença hepática, na doença renal crônica, na desnutrição, na gravidez e nas terapias estrogênicas ou contraceptivas. Valores normais de colinesterase plasmática não excluem intoxicação por inseticidas, uma vez que o teste não está indicado para pesquisa de inseticidas organoclorados. Além disso, podem ocorrer variantes genéticas de colinesterase que não respondem da mesma forma à ação do inseticida. A colinesterase plasmática pode estar elevada em obesos e diabéticos.
NOME DO EXAME
Complemento C3
SINONÍMIA
Componente C3 do complemento; Beta 1-C Globulina
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
Valores de C3 encontram-se aumentados em doenças inflamatórias agudas, crônicas ou lesão tecidual aguda. Valores diminuídos ocorrem na nefrite, lupus eritematoso sistêmico (LES), doença do soro, rejeição de transplante renal, endocardite infecciosa, hepatite infecciosa, cirrose biliar e deficiência congênita. A maioria dos pacientes com artrite reumatóide apresentam níveis normais de C3.
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saolucas · 2 years ago
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NOME DO EXAME
Complemento C4
SINONÍMIA
Componente C4 do complemento; Beta 1-E Globulina
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
Valores de C4 encontram-se aumentados em doenças inflamatórias agudas, crônicas ou lesão tecidual aguda. Valores diminuídos ocorrem na nefrite, lupus eritematoso sistemico (LES), rejeição de transplante renal, hepatite infecciosa, cirrose biliar e deficiência congênita. A maioria dos pacientes com artrite reumatóide apresentam níveis normais de C4.
NOME DO EXAME
Complemento Total – CH50
SINONÍMIA
CH 50
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
O sistema de complemento atua como mediador da resposta imune de defesa do organismo, auxiliando na destruição de células invasoras ou anormais, e de macromoléculas. O sistema é composto por 11 proteínas, que reagem, em uma seqüência específica, com complexos antígeno- anticorpo. Como resultado desta ação, ocorre aumento da permeabilidade vascular, atração de leucócitos polimorfonucleares e estimulação da fagocitose, além da alteração da estrutura da membrana das células, causando lise celular. A via clássica de ativação do complemento inicia pela ativação de C1 (nas suas três formas C1q, C1r e C1s) seguida pela ativação de C4, C2, C3, C5, C6, C7, C8 e C9. A via alternativa ativa diretamente o componente C3, entretanto, para haver lise celular, é necessária a ativação de todos os componentes do sistema. As proteínas que compõem o sistema de complemento são produzidas em vários órgãos e tecidos diferentes. A pesquisa do complemento total (CH50) é um ensaio funcional para a avaliação do sistema de complemento. Seu uso diagnóstico está relacionado à detecção das deficiências na atividade do complemento e na avaliação e acompanhamento clínico das doenças que cursam com a presença de imunocomplexos. A deficiência de CH50 deve ser complementada com um estudo individual das proteínas do complemento para identificar as responsáveis pela alteração. O teste tem sido usado na complementação diagnóstica de doenças em que a ativação do sistema de complemento produz uma redução em seus níveis causada pelo aumento do consumo. As deficiências do complemento também podem estar ligadas a causas genéticas e de redução da síntese. Os níveis de complemento estão reduzidos na glomerulonefrite crônica, artrite reumatóide, anemia hemolítica e na rejeição de enxertos (por geração de imunocomplexos ligados às células), e no lupus eritematoso sistêmico, na glomerulonefrite difusa aguda, na endocardite bacteriana subaguda e na presença de crioglobulinas (pela geração de imunocomplexos circulantes). O nível de complemento pode estar elevado na leucemia, sarcoma e doença de Hodgkin.
NOME DO EXAME
Coprocultura
SINONÍMIA
Cultura de fezes; patógenos entéricos
MATERIAL BIOLÓGICO/VOLUME/CONSERVANTE
Material: fezes recentes. Alíquota de aproximadamente 1 a 2g (a medida aproximada de 1 colher de sobremesa) de fezes recentes.
INTERFERENTES
Antibioticoterapia prévia.
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
MATERIAL:Fezes.Retirar no laboratório um frasco para coleta.
INSTRUÇÃO DE COLETA:
1. Coletar as fezes diretamente no recipiente plástico de boca larga fornecido pelo laboratório. Não coletar fezes do vaso sanitário e não misturar com urina;
IMPORTANTE: No caso de uso prévio ou atual de antimicrobianos, o nome do medicamento precisa ser informado. A administração de antimicrobianos não impede a realização do exame, mas em algumas situações, pode interferir no resultado. A positividade é maior quando o material é coletado nos primeiros dias da diarreia.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O teste é útil no diagnóstico e acompanhamento de processos infecciosos do aparelho digestivo.
NOME DO EXAME
Cortisol após supressão com dexametasona
SINONÍMIA
Teste com supressão de dexametasona para cortisol total
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Material: sangue. Não é necessário jejum. O paciente deve informar a dose usada de DEXAMETASONA (Decadron ou do medicamento prescrito pelo seu médico para fazer este exame) e de outros medicamentos que esteja usando.
IMPORTANTE: Para o teste de supressão
1. O paciente foi instruído pelo médico a tomar, por via oral, 1,0 mg ou 8,0 mg de DEXAMETASONA às 23:00 horas, ou conforme orientação médica.
2. O paciente deve permanecer em repouso, no Laboratório, durante pelo menos 15 minutos a partir do cadastro.
3. É NECESSÁRIO que coleta da amostra seja realizada entre as 7:30 horas e as 09:30 horas do dia seguinte ao uso da Dexametasona.
4. No caso de solicitação médica de Cortisol Total e Cortisol com supressão com Dexametasona, primeiro dia deve ser coletado o Cortisol Total e somente no dia seguinte o Cortisol com dexametasona, nunca ao contrário.
5. Caso o paciente já tenha tomado a medicação para a coleta do exame Cortisol com supressão com Dexametasona e com solicitação também de Cortisol Total, coletar o Cortisol com supressão e deverá aguardar 48 horas para a coleta do Cortisol total.
A COLETA DEVERÁ SER REALIZADA ENTRE 07:30H e 09:30H por questões biológicas - ciclo circadiano.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A dosagem do cortisol avalia a função pituitária e adrenal. A diminuição do cortisol pode estar relacionada com a deficiência adrenal primária (doença de Addison) ou secundária. O diagnóstico diferencial da insuficiência adrenal pode ser feito com o auxílio dos testes da cortrosina (para os defeitos de síntese) e de estímulo com insulina (para doenças hipofisárias). Um resultado isolado pode não representar doença e o diagnóstico da síndrome de Cushing depende de confirmação através do teste de supressão da dexametasona. O cortisol livre urinário é um marcador mais sensível para avaliar estas alterações endócrinas.
NOME DO EXAME
Cortisol Total Sanguíneo
SINONÍMIA
Cortisol; Glicocorticoides; Corticoide
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
A COLETA DEVERÁ SER REALIZADA ENTRE 07:30H e 09:30H por questões biológicas - ciclo circadiano.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A pesquisa do cortisol total avalia a função pituitária e adrenal. A diminuição do cortisol total pode estar relacionada com a deficiência adrenal primária (doença de Addison) ou secundária. O diagnóstico diferencial da insuficiência adrenal pode ser feito com o auxílio dos testes da cortrosina (para os defeitos de síntese) e de estímulo com insulina (para doenças hipofisárias). Como os aumentos nos níveis de cortisol podem estar relacionados a várias alterações, fisiológicas ou não (como a gestação, estresse, procedimentos cirúrgicos, hipoglicemia, alcoolismo, trauma, diabetes, inanição, uso de medicamentos, etc), um resultado isolado com valores elevados pode não representar doença e o diagnóstico da síndrome de Cushing depende de confirmação através de testes de supressão com dexametasona. O cortisol livre urinário é um marcador mais sensível para avaliar estas alterações endócrinas.
NOME DO EXAME
Cortisol Urina 24h
SINONÍMIA
Cortisol livre
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
PROCEDIMENTO PARA COLETA DE URINA:
1. Suspender qualquer medicamento que não seja de uso contínuo, por três dias antes e no dia da coleta.
CONSULTE SEU MÉDICO ANTES DE SUSPENDER QUALQUER MEDICAÇÃO.
Caso algum medicamento não possa ser suspenso, anotar o nome, data, horário de administração e dosagem (especialmente de Decadron, Meticorten ou outro corticóide).
2. Esvaziar a bexiga pela manhã, descartando a urina.
3. A partir deste momento, colher toda a urina no período solicitado pelo seu médico ou conforme orientação do laboratório.
4.Não fazer esforço físico durante a coleta.
Por exemplo: coleta de urina de urina de 24 horas - esvaziar a bexiga às 7:00 horas e não guardar esta micção (urina). Colher toda a urina depois desta, em frasco próprio fornecido pelo laboratório, até o término do período solicitado (7:00 horas da manhã até às 7:00 horas do dia seguinte).
5. Cada micção deve ser coletada no frasco de boca larga fornecido pelo laboratório e, com auxílio do funil, verter cuidadosamente a urina nas garrafas.
6. MANTENHA A URINA EM GELADEIRA DURANTE TODA COLETA ATÉ A ENTREGA AO LABORATÓRIO.
7. ATENÇÃO:
a. Nenhuma micção (urina) pode ser perdida durante a coleta, pois o resultado correto do seu exame depende do volume real de urina que for fornecido ao laboratório.
b. É IMPORTANTE manter a ingestão habitual de líquidos durante o período da coleta de urina
c. AS GARRAFAS COM A URINA COLETADA, DESDE QUE MANTIDAS EM GELADEIRA, PODEM SER RECEBIDAS EM ATÉ 48 HORAS.
d. As mulheres não podem estar em uso de cremes ou óvulos vaginais ou em período menstrual para a maioria dos exames urinários.
IMPORTANTE: INFORMAR PESO E ALTURA DO PACIENTE PARA O DEVIDO CADASTRO DO EXAME!
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O teste de pesquisa de cortisol livre em urina de 24 horas avalia a função pituitária e adrenal, em especial a hiperfunção glandular, já que valores baixos não estão necessariamente relacionados à hipofunção adrenal. A porção livre do cortisol é a que melhor se relaciona com o índice de secreção adrenal, sendo por isso o teste de escolha no diagnóstico e acompanhamento de pacientes com a síndrome de Cushing. É um teste sensível e específico, e representa melhor a função glandular que a dosagem isolada do cortisol plasmático. O aumento da excreção do cortisol pode ser encontrado em casos de trauma, infecção e no pseudo-Cushing. O teste de supressão da dexametasona pode auxiliar na exclusão do diagnóstico da síndrome de Cushing.
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saolucas · 2 years ago
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NOME DO EXAME
Creatinina sanguínea
SINONÍMIA
Creatinina sérica; Clearance de creatinina estimado.
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A dosagem da creatinina sérica é o teste mais comumente usado para avaliar a função renal. A creatinina pode estar aumentada nas doenças renais com déficit de filtração glomerular, especialmente na insuficiência renal por qualquer causa. Também está aumentada nas obstruções do trato urinário, insuficiência cardíaca congestiva, choque e desidratação. A creatinina sérica pode estar diminuída naqueles pacientes com redução da massa muscular e nas hepatopatias graves. O uso de ácido ascórbico, hidantoína e cefalosporinas pode interferir na dosagem da creatinina, assim como a presença de icterícia, lipemia ou hemólise na amostra.
Creatinina em urina
SINONÍMIA
Creatininúria
MATERIAL BIOLÓGICO/VOLUME/CONSERVANTE
Urina de 24h (ou outro período conforme solicitação médica) ou urina de amostra isolada
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
PROCEDIMENTO PARA COLETA DE URINA:
1. O material deve ser colhido em frasco fornecido pelo laboratório, em período de 24 horas ou outro período, conforme solicitação do médico do paciente.
2. Para a coleta de amostra isolada de urina, é necessário respeitar o intervalo mínimo de duas horas sem urinar e efetuar a coleta SEM desprezar o primeiro jato, um volume de 15ml
3. As mulheres não podem estar em uso de cremes ou óvulos vaginais ou em período menstrual.
4. Amostra não coletada no Posto de Coleta, desde que mantida em geladeira pode ser entregue em até 48 horas.
URINA DE 24 HORAS: Por exemplo: coleta de urina de urina de 24 horas - esvaziar a bexiga às 7:00 horas e não guardar esta micção (urina). Colher toda a urina depois desta, em frasco próprio fornecido pelo laboratório, até o término do período solicitado (7:00 horas da manhã até às 7:00 horas do dia seguinte).
5. Cada micção deve ser coletada no frasco de boca larga fornecido pelo laboratório e, com auxílio do funil, verter cuidadosamente a urina nas garrafas.
6. MANTENHA A URINA EM GELADEIRA DURANTE TODA COLETA ATÉ A ENTREGA AO LABORATÓRIO.
7. ATENÇÃO:
a. Nenhuma micção (urina) pode ser perdida durante a coleta, pois o resultado correto do seu exame depende do volume real de urina que for fornecido ao laboratório
b. É IMPORTANTE manter a ingestão habitual de líquidos durante o período da coleta de urina
c. AS GARRAFAS COM A URINA COLETADA, DESDE QUE MANTIDAS EM GELADEIRA, PODEM SER RECEBIDAS EM ATÉ 48 HORAS.
d. As mulheres não podem estar em uso de cremes ou óvulos vaginais ou em período menstrual para a maioria dos exames urinários.
IMPORTANTE: INFORMAR PESO E ALTURA DO PACIENTE PARA O DEVIDO CADASTRO DO EXAME!
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A dosagem da creatinina urinária é um dos marcadores mais utilizados na avaliação da função renal, como parte do teste de clearance. Seus resultados podem estar alterados nos pacientes com fluxo urinário muito diminuído, por reabsorção da creatinina. Algumas drogas podem interferir na eliminação da creatinina, como cimetidina, probenecid e trimetoprim.
NOME DO EXAME
Creatinoquinase (CK)
SINONÍMIA
CK Total; CPK Ttal; Creatinofosfoquinase total
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A creatinoquinase (CK) é uma enzima que ocorre principalmente em musculatura estriada, cérebro e miocárdio. Sua pesquisa é usada na avaliação do infarto agudo do miocárdio (IAM) e em miopatias da musculatura esquelética. A CK eleva-se seis horas após o início do quadro de IAM e atinge o pico máximo em 12 a 24 horas. Permanece alterada por até 72 horas, podendo manter-se elevada por maior período no caso de ocorrência de reinfarto. Também está elevada na distrofia muscular de Duchenne e em pacientes com mixedema, polimiosite ou dermatomiosite, traumatismo ou rabdomiólise (inclusive por intoxicação por cocaína). As encefalites, doenças vasculares, alcoolismo e algumas doenças psiquiátricas também podem elevar a CK. A enzima pode estar reduzida quando há diminuição da massa muscular ou durante a gestação. Injeções intramusculares, cirurgias, exercício e manobras de cardioversão podem elevá-la e sua determinação pode ser útil no diagnóstico diferencial de mioglobinúria e hemoglobinúria.
NOME DO EXAME
Creatinoquinase fração MB
SINONÍMIA
CK-MB; CPK-MB; Creatinofosfoquinase fração MB
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
O paciente deve informar se realizou exercícios físicos ou esforço intenso nos três dias que antecedem a coleta do sangue.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A creatinoquinase (CK) é uma enzima que ocorre principalmente em musculatura estriada, cérebro e miocárdio. Sua pesquisa é usada na avaliação do infarto agudo do miocárdio (IAM) e em miopatias da musculatura esquelética. São conhecidas três isoenzimas: CK-BB (CK-1), CK-MB (CK-2) e CK-MM (CK-3). A CK-MB é a isoenzima de maior interesse por estar elevada no IAM, onde pode ser usada para estimar a área de lesão miocárdica. Alguns estudos avaliam que o valor preditivo da CK-MB no IAM pode ser de até 100%, em determinadas condições. Está elevada a partir da terceira hora em 50% dos pacientes de IAM e da sexta hora em 90% dos casos. Além do IAM, a fração MB pode estar elevada em outras situações que possam elevar a CK total. A fração MM está presente normalmente no soro e a fração BB raramente está presente.
NOME DO EXAME
Crioglobulinas
SINONÍMIA
Aglutininas ao frio
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
Crioglobulinas são proteínas que precipitam do soro a baixas temperaturas e dissolvem a 37ºC. Podem estar presentes no lupus, leucemia linfocítica, mieloma e na hepatite C. Também são encontradas na macroglobulinemia de Waldenström e na síndrome de Sjögren.
NOME DO EXAME
Crioaglutinina
SINONÍMIA
Folato sérico; Vitamina B9 sérica
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
Hemaglutininas a frio são encontradas no soro de todas as pessoas. Reagem em temperaturas muito baixas (em torno de 4ºC). Quando estão presentes em reações a 20ºC ou mais, podem causar dor em extremidades, trombose e hemólise. Podem ocorrer após infecções (em especial pelo Mycoplasma pneumoniae) e podem estar relacionadas a anemias hemolíticas. O teste é acessório no diagnóstico da pneumonia primária atípica.
NOME DO EXAME
Cultura para anaeróbios
SINONÍMIA
Cultura para germes anaeróbios
MATERIAL BIOLÓGICO/VOLUME/CONSERVANTE
Material: secreções de abscessos em geral, líquidos orgânicos, fístulas etc.
INTERFERENTES
A antibioticoterapia prévia.
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Informar se fez (nos últimos 7 dias) ou está fazendo uso de antimicrobiano.
 INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A cultura para anaeróbios é útil na avaliação de materiais biológicos nos quais se espera a presença desta classe de microorganismos, como nos abscessos profundos, em complicações de cirurgias abdominais, nas infecções secundárias a mordeduras, em pacientes previamente tratados com aminoglicosídeos (e nos quais não houve cobertura para anaeróbios), nas lesões infectadas próximas à superfície mucosa, nos materiais em que comprovadamente há bactérias (observadas no Gram) sem, no entanto, apresentar crescimento em cultura comum, quando há presença de gás na lesão infectada, ou quando há presença de grânulos em drenagem purulenta (actinomicose).
NOME DO EXAME
Cultura para Campylobacter sp.
SINONÍMIA Cultura de fezes para Campylobacter sp.
MATERIAL BIOLÓGICO/VOLUME/CONSERVANTE
Material: fezes recentes. Alíquota de aproximadamente 1 a 2g (a medida aproximada de 1 colher de sobremesa) de fezes recentes
INTERFERENTES
Antibioticoterapia prévia.
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
MATERIAL: Fezes. Retirar no Laboratório um frasco
INSTRUÇÃO DE COLETA:
1. Coletar as fezes diretamente no recipiente plástico de boca larga fornecido pelo laboratório. Não coletar fezes do vaso sanitário e não misturar com urina.
IMPORTANTE: No caso de uso prévio ou atual de antimicrobianos, o nome do medicamento precisa ser informado. A administração de antimicrobianos não impede a realização do exame, mas em algumas situações, pode interferir no resultado. * A positividade é maior quando o material é coletado nos primeiros dias da diarreia.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O teste é útil no diagnóstico e acompanhamento de processos infecciosos do aparelho digestivo.
NOME DO EXAME
Cultura para fungos
SINONÍMIA
Não se aplica
MATERIAL BIOLÓGICO/VOLUME/CONSERVANTE
Material: pele, unhas, pelos, cabelos, escarro, aspirado ou lavado brônquico, lavado gástrico, líquidos biológicos, líquor, aspirado de medula óssea, biópsias, secreção vaginal, secreção uretral e outros. Volume: No caso de líquidos, coletar uma alíquota de 3 a 5 ml de amostra. Utilizar heparina no caso de aspirado de medula. As amostras podem ser conservadas sob refrigeração até o processamento, com exceção do aspirado de medula que pode ser conservado em estufa 36°C e amostras de raspado de pele, unhas, pelo e cabelos devem ser mantidas em temperatura ambiente.
INTERFERENTES
Uso de antifúngicos, cosméticos e medicamentos tópicos. A amostra deve chegar ao laboratório e ser processada o mais rápido possível.
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Cuidados que antecedem a coleta: Medicamentos de uso tópico, especialmente antifúngicos, devem ser suspensos por 10 dias antes da coleta. Não estar fazendo uso de talco, creme, filtro solar ou maquiagem no dia da coleta. Remover o esmalte pelo menos 24 horas antes da coleta. A higiene das unhas (corte e limpeza) deve acontecer uma semana antes da coleta.
2.Outros materiais: Não é necessário jejum, anotar o uso de medicamentos.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O teste é utilizado na identificação do agente causador de infecções fúngicas superficiais, subcutâneas e sistêmicas. Resultados negativos não excluem a possibilidade da infecção.
NOME DO EXAME
Cultura em geral
SINONÍMIA
Cultura para germes comuns
MATERIAL BIOLÓGICO/VOLUME/CONSERVANTE
A cultura é realizada em diferentes amostras biológicas, conforme solicitação médica.
INTERFERENTES
Utilização prévia de antimicrobianos. Sempre que possível coletar amostra para culturas antes do início da antibióticoterapia. Quando o paciente estiver em uso de antimicrobiano, o nome do medicamento deve ser relatado na requisição. Quando houver mudança na terapia antimicrobiana, deve-se esperar 72 hr antes da coleta de amostra para cultura.
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Informar se fez (nos ultimos 7 dias) ou está fazendo uso de antimicrobiano.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A cultura para germes comuns pode ser executada em amostras de diversos sítios anatômicos e tecidos humanos. É útil no isolamento e identificação possibilitando o diagnóstico etiológico das doenças infecciosas.
NOME DO EXAME
Cultura para Micoplasma e Ureaplasma
SINONÍMIA
Pesquisa de Micoplasma e Ureaplasma; cultura para Mycoplasma hominis e Ureaplasma urealyticum
MATERIAL BIOLÓGICO/VOLUME/CONSERVANTE
Raspado endocervical e raspado uretral.
INTERFERENTES
Uso de medicamentos.
Amostras coletadas e inoculadas no meio de transporte há mais de 5 horas e não mantidas á temperatura de 2º a 8ºC. Amostras enviadas sem meios de transporte são inadequadas para realização do exame.
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Contatar laboratório.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A cultura para Mycoplasma hominis e Ureaplasma spp. está indicada na pesquisa diagnóstica das uretrites e vaginites. Estes microrganismos podem fazer parte da microbiota genital normal de homens e mulheres, porém os resultados superiores a 10.000 UTC/ml podem ser considerados clinicamente significativos.
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saolucas · 2 years ago
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NOME DO EXAME
Cultura de urina
SINONÍMIA
Urocultura
MATERIAL BIOLÓGICO/VOLUME/CONSERVANTE
Material: Urina médio, urina coletada por sonda ou por punção suprapúbica
INTERFERENTES
Uso prévio de antimicrobianos
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso. IMPORTANTE:
Coletar preferencialmente a primeira urina da manhã. Caso não seja possível, a amostra deve ser coletada após um período mínimo de duas horas sem urinar.  Coletar a amostra antes de iniciar a antibioticoterapia. Caso não seja possível, o paciente deve informar o medicamento que está usando, dosagem e data de início.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A urocultura é útil na quantificação, isolamento e identificação de microrganismos causadores de infecções do trato urinário. Para urinas de jato médio o limite de detecção da metodologia utilizada é 1.000 UFC/ml, que pode ser ampliado para 10.000 UFC/ml nos casos de coleta por punção suprapúbica, passagem de sonda de alívio ou por indicação clínica, que deve estar especificada na requisição. As culturas fracamente positivas geralmente apresentam contagens superiores a 100.000 UFC/ml, usualmente associadas à contagem de leucócitos aumentada e bacteriúria. Contagens entre 1. 000-100.000 UFC/ml podem ser valorizadas dependendo do microrganismo identificado, da clínica, da história e da idade do paciente.
NOME DO EXAME
Curva de Insulina após glicose 75g
SINONÍMIA
Resistência à insulina após a sobrecarga de glicose
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Material: sangue. É necessário jejum de 8 horas para os adultos, 4 horas para crianças até 12 anos e 3 horas para menores de 1 ano.
ATENÇÃO:
1. É importante manter a alimentação habitual nos dias que antecedem o teste e informar se tem algum tipo de alergia
2. Não ingerir bebida alcoólica na véspera do teste
3. Durante a curva o paciente deverá permanecer em repouso no laboratório, por pelo menos duas horas.
4. Serão feitas coletas de sangue antes e depois da ingestão da solução de glicose.
5. O exame deve ser cancelado em qualquer tempo se o paciente apresentar vômitos. No caso de remarcar novo exame ou fazer outra curva de açúcares, o intervalo de coleta entre os exames deve ser de 48 horas.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A curva glicêmica e insulínica consiste na dosagem seriada da glicemia e da insulinemia, antes e após administração de solução de glicose por via oral, de acordo com pedido médico. Resultados normais não excluem a possibilidade do paciente vir a desenvolver diabetes. O teste não é específico, nem sensível para avaliação de possíveis complicações da diabetes, e está contra-indicado nos pacientes reconhecidamente diabéticos. Dietas pobres em carboidratos nos três dias que antecedem o teste podem induzir um resultado falsamente normal. Para o diagnóstico da diabetes o teste de escolha deve ser o Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG ou curva glicêmica), em duas dosagens (basal e 120 min).
NOME DO EXAME
D-Dímero
SINONÍMIA
Produto de Degradação da Fibrina Quantitativo
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos usados nos últimos 10 dias.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
Os produtos de degradação da fibrina e do fibrinogênio (PDF) têm ação fibrinolítica, tanto por interferir com a ação da trombina quanto por potencializar a ação da plasmina. A presença de PDF indica um estado fibrinolítico que pode estar associado à coagulação intravascular disseminada (CID), embolia pulmonar ou fibrinólise primária. A pesquisa pode ser útil no acompanhamento da terapêutica fibrinolítica. O dímero `D` é um fragmento da fibrina que aparece no plasma de pacientes com CID, trombose venosa profunda e infarto agudo do miocárdio.
NOME DO EXAME
Digoxina
SINONÍMIA
Digitálicos; Lanoxin; Droga terapêutica – Digoxina
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
1. Não é necessário jejum.
2. O paciente deve informar o nome da medicação que está fazendo uso, quantas vezes por dia e horários (exemplo:08:00h manhã, 20:00h noite).
3. O paciente deve manter OBRIGATORIAMENTE a dose normal do medicamento.
4. A coleta é realizada até 1 hora antes da tomada da medicação ou conforme pedido médico.
5. Se o medicamento for tomado apenas 1 vez ao dia, a coleta deve ser realizada pelo menos 12 horas após.
6. Na suspeita de intoxicação descrita no pedido médico, será coletado em qualquer tempo, sempre informando o horário da última dose.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A digoxina é um glicosídeo largamente utilizado como cardiotônico, porém seus níveis terapêuticos são próximos das concentrações tóxicas. Sua dosagem é útil na prevenção da intoxicação digitálica e da subdosagem, especialmente nos pacientes com alteração da função renal, idosos ou em uso de quinidina. Algumas técnicas podem apresentar reação cruzada com a digitoxina e, portanto, os resultados em pacientes em uso deste cardiotônico não têm valor clínico. Em alguns pacientes com insuficiência renal, disfunção hepática, hipertensão ou gestantes, pode haver uma substância endógena semelhante à digoxina que resulta em valores indevidamente alterados nas dosagens do cardiotônico. Embora 87% dos pacientes com clínica compatível com intoxicação digitálica apresentem concentrações de digoxina maiores que 2 ng/dl, os resultados dos testes devem ser avaliados individualmente, à luz dos dados clínicos.
NOME DO EXAME
Dosagem de Fator VIII
SINONÍMIA
Quantificação do antígeno do fator VIII de von Willebrand
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. O paciente deve informar os medicamentos usados nos 10 dias que antecedem a coleta.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O fator VIII é uma glicoproteína plasmática que circula ligada ao fator de von Willebrand formando um complexo. O teste é utilizado no diagnóstico das deficiências congênitas (hemofilia A, doença de Von Willebrand) e adquiridas (neoplasias, doenças autoimunes).Níveis elevados de fator VIII podem predispor a eventos trombóticos e são observado em associação com doença hepática, gestação, uso de estrógenos, fase aguda de processo inflamatório, exercício físico. A dosagem de fator VIII também é utilizada no controle de qualidade de concentrados de fator VIII (liofilizado e crio precipitado) utilizados em bancos de sangue.
NOME DO EXAME
Dosagem de Haptoglobina
SINONÍMIA
Proteína ligadora de hemoglobina
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
É necessário jejum de 8 horas. O paciente deve informar a medicação usada nos últimos 7 dias.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A haptoglobina é uma proteína de fase aguda que se liga à hemoglobina promovendo o carreamento desta para o sistema retículo endotelial, e cuja dosagem é útil na avaliação de episódios hemolíticos. Níveis diminuídos ocorrem mais com hemólise intravascular que extravascular. Valores baixos também são encontrados nas anemias megaloblásticas, que cursam com componente hemolítico, na mononucleose infecciosa, na ocorrência de hematomas e nas hemorragias tissulares, e em hepatopatias. Valores elevados estão freqüentemente relacionados a processos inflamatórios, como doenças do colágeno ou infecciosas, processos de necrose tissular e em neoplasias. Nos casos de tumores renais, pode atingir níveis muito elevados.O uso de anti-inflamatórios pode mascarar o resultado do teste. O uso de contraceptivos orais reduz os valores de haptoglobina e os androgênios aumentam estes valores.
NOME DO EXAME
Dosagem de metahemoglobina
SINONÍMIA
Exposição ao nitrobenzeno e anilina
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
É necessário jejum de 4 horas. Informar os medicamentos em uso.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A metahemoglobina é a hemoglobina cujo ferro foi oxidado de ferroso a férrico, tornando-se inativa para o transporte de oxigênio. Concentrações de metahemoglobina acima de 10% podem ser responsáveis por cianose, e volumes maiores podem causar cefaléia e dispnéia. A determinação da metahemoglobina é útil no diagnóstico diferencial da cianose, em especial nos pacientes com gasometria normal e naqueles que não respondem a oxigênioterapia. Auxilia o diagnóstico nos casos obscuros de dispnéia e de cefaléia, avalia a toxicidade de drogas e substâncias químicas e monitora pacientes com doses altas de nitrito. Sua determinação no líquor pode auxiliar o diagnóstico de pequenas hemorragias cerebrais e subdurais. A metahemoglobinemia hereditária é rara e geralmente está ligada a deficiências enzimáticas ou a variantes hemoglobínicas. A metahemoglobina é geralmente resultado da ação de drogas e de substâncias químicas, em especial dos grupos amina e nitro, como por exemplo, as anilinas, nitritos e nitroglicerina, entre outros. Sulfonamidas, quinonas e altas doses de sulfato ferroso também podem estar envolvidos, assim como anestésicos locais. A água que contenha nitratos é a causa mais comum de metahemoglobinemia em recém-nascidos.
NOME DO EXAME
Eletroforese de Hemoglobina
SINONÍMIA
Eletroforese de Hemoglobina em pH alcalino
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A pesquisa da hemoglobina por separação eletroforética é usada no diagnóstico das hemoglobinopatias e na avaliação das anemias hemolíticas. As hemoglobinas normalmente encontradas em adultos são a 'A' (em maior quantidade) e a 'A2” e a fetal (em menor quantidade). Eventualmente podem ser encontradas outras, como a 'C', a 'D', a 'E' e a 'F', cujas proporções, relacionadas aos achados clínicos, definem o diagnóstico da hemoglobinopatia. Eventualmente estes diagnósticos podem ser muito difíceis, já que existem inúmeras variantes hemoglobínicas descritas.
NOME DO EXAME
Eletroforese de proteínas sanguíneas
SINONÍMIA
Proteinograma
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A eletroforese das proteínas no sangue é um teste usado na identificação de disproteinemias, como a hipoalbuminemia relacionada à síndrome nefrótica, cirrose hepática, desnutrição, enteropatia com perda protéica ou por processos inflamatórios crônicos. O teste também pode auxiliar o diagnóstico das hipogamaglobulinemias primária ou secundária, hipergamaglobulinemias policlonais (gamopatias policlonais) como ocorre na cirrose hepática, infecções, doenças auto-imunes ou linfoproliferativas, e hipergamaglobulinemias monoclonais (gamopatias monoclonais) como no mieloma múltiplo, macroglobulinemia de Waldenström e outras doenças linfoproliferativas malignas.
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saolucas · 2 years ago
Text
NOME DO EXAME
Eletroforese de proteínas na urina
SINONÍMIA
Teste de seletividade protéica na urina
MATERIAL BIOLÓGICO/VOLUME/CONSERVANTE
Material: Urina preferencialmente de 24 horas, em frasco(s) fornecido(s) pelo Laboratório.
INTERFERENTES
Presença de conservantes na amostra.
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
ORIENTAÇÕES DE COLETA:
O material deve ser colhido em frasco fornecido pelo laboratório, SEM conservante, em período de 24 horas, armazenada em geladeira.
PROCEDIMENTO PARA COLETA DE URINA:
1. Esvaziar a bexiga pela manhã, anotando o dia e a hora desta micção (urina).
2. A partir deste momento, colher toda a urina nas próximas 24 horas, sem perder nenhum material.
3. Por exemplo: Urina 24 horas - esvaziar a bexiga às 7:00 horas e não guardar esta micção (urina). Colher toda a urina depois desta, em frasco próprio fornecido pelo Laboratório, até o término do período solicitado (7:00 horas da manhã até às 7:00 horas do dia seguinte).
ATENÇÃO:
a. Nenhuma micção (urina) pode ser perdida durante a coleta, pois o resultado correto do seu exame depende do volume real de urina produzido.
b. É IMPORTANTE que o paciente mantenha a ingestão usual de líquidos durante o período da coleta de urina.
4. Conservar o frasco de coleta de urina na geladeira até a entrega ao Laboratório.
5. As mulheres não podem estar em uso de cremes ou óvulos vaginais ou em período menstrual.
6. É necessário informar os nomes dos medicamentos que o paciente esteja usando.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A proteinúria pode ser devida a glomerulopatias, tubulopatias ou a níveis de proteínas plasmáticas anormalmente elevados, como ocorre nas imunoglobinopatias, hemoglobinopatias e na mioglobinúria. A separação eletroforética das proteínas na urina auxilia o diagnóstico da causa de proteinúria, além de avaliar a função glomerular.
NOME DO EXAME
Epstein baar vírus – IgG
SINONÍMIA
Anticorpos IgG contra Epstein Baar Vírus (VCA)
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O vírus Epstein-Barr (EBV) é um herpesvírus, cuja infecção é muito frequente em quase todas as populações, atingindo cerca de 90% dos indivíduos em algum momento da vida. A infecção primária pelo EBV em crianças é geralmente assintomática ou apresenta sintomas discretos e inespecíficos. Nos adolescentes, geralmente se manifesta na forma de mononucleose infecciosa, caracterizada por febre, sintomas orofaríngeos, mialgias, linfadenopatias e hepatoesplenomegalia. A infecção pelo EBV apresenta uma forte associação com o carcinoma nasofaríngeo e o linfoma de Burkitt, além de várias alterações observadas em pacientes portadores de imunodeficiência adquirida ou transplantados. Da mesma forma que outros herpesvírus, o EBV causa uma infecção persistente que, após o fim dos sintomas da infecção primária, se mantém em latência com períodos de reativação. A pesquisa de anticorpos contra antígenos nucleares do EBV pode ser usada, junto com a pesquisa de anticorpos contra antígenos da cápsula viral (VCA), no diagnóstico da infecção primária. A presença de anticorpos para antígenos nucleares precoces (early nuclear antigen) é demonstrável na fase inicial da infecção, especialmente na mononucleose infecciosa, acompanhando anticorpos IgM para capsídio viral. A persistência de títulos elevados dos anticorpos para antígenos nucleares e capsulares precoces pode sugerir reativação da doença ou persistência de infecção ativa.
NOME DO EXAME
Epstein baar vírus – IgM
SINONÍMIA
Anticorpos IgM contra Epstein Baar Vírus (VCA)
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O vírus Epstein-Barr (EBV) é um herpesvírus, cuja infecção é muito frequente em quase todas as populações, atingindo cerca de 90% dos indivíduos em algum momento da vida. A infecção primária pelo EBV em crianças é geralmente assintomática ou apresenta sintomas discretos e inespecíficos. Nos adolescentes, geralmente se manifesta na forma de mononucleose infecciosa, caracterizada por febre, sintomas orofaríngeos, mialgias, linfadenopatias e hepatoesplenomegalia. A infecção pelo EBV apresenta uma forte associação com o carcinoma nasofaríngeo e o linfoma de Burkitt, além de várias alterações observadas em pacientes portadores de imunodeficiência adquirida ou transplantados. Da mesma forma que outros herpesvírus, o EBV causa uma infecção persistente que, após o fim dos sintomas da infecção primária, se mantém em latência com períodos de reativação. A pesquisa de anticorpos contra antígenos nucleares do EBV pode ser usada, junto com a pesquisa de anticorpos contra antígenos da cápsula viral (VCA), no diagnóstico da infecção primária. A presença de anticorpos para antígenos nucleares precoces (early nuclear antigen) é demonstrável na fase inicial da infecção, especialmente na mononucleose infecciosa, acompanhando anticorpos IgM para capsídio viral. A persistência de títulos elevados dos anticorpos para antígenos nucleares e capsulares precoces pode sugerir reativação da doença ou persistência de infecção ativa.
NOME DO EXAME
Espermograma
SINONÍMIA
Espermocitograma
MATERIAL BIOLÓGICO/VOLUME/CONSERVANTE
Material: líquido espermático (esperma ou sêmen). Volume mínimo de 1,0 ml.
INTERFERENTES
Material coletado com preservativo. Episódio de febre nos últimos 60 dias.
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
HORÁRIO DE COLETA: 2ª e 5ª feira, entrega até as 8h da manhã.
Material: esperma.
- Não é necessário jejum alimentar. Abstinência sexual de 5 dias ( não ter ejaculado em período inferior a dois dias, nem superior a sete dias) ou conforme orientação médica. Este exame deve ser realizado 60 dias após a realização da cirurgia ou pelo menos após 20 ejaculações. Em caso de febre alta nos últimos 60 dias, o paciente deve esperar pelo menos 3 meses contados a para realização do exame.
PROCEDIMENTOS PARA COLETA:
1. Fazer higiene das mãos com água e sabonete antes de coletar o material. 2. Coletar por masturbação, diretamente no frasco fornecido pelo Laboratório.
3. Não usar lubrificantes como gel, óleo, saliva ou preservativo na coleta. 4. Coletar TODO o material de uma ejaculação, evitando perdas. No caso de perda de parte do material, comunicar ao coletador para avaliar a necessidade de repetir a coleta.
Atenção: é recomendado repetir a coleta quando ocorrer perda de amostra.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O espermograma é a análise do material ejaculado, utilizado para avaliar a fertilidade masculina. O Laboratório realiza o espermograma simplificado, consiste na avaliação dos espermatozoides quanto à forma, número e mobilidade, além da avaliação das características físicas do esperma. Está indicado principalmente quando há suspeita de azoospermia ou oligospermia.
NOME DO EXAME
Estradiol
SINONÍMIA
Estrógenos; Estradiol E2; 17 Beta Estradiol; E2 (Estradiol)
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. É necessário informar o dia do ciclo menstrual ou a data da última menstruação.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O estradiol é o mais ativo estrogênio endógeno. Sua dosagem auxilia na avaliação da função ovariana e é usado no estudo das amenorreias, além de auxiliar no acompanhamento de irregularidades menstruais, infertilidade e menarca precoce. Pode estar elevado nos casos de ovário policístico, tumores de ovário ou adrenais. Valores reduzidos podem estar relacionados à disfunção ovariana, hipogonadismo ou síndrome de Turner. Pode ser útil na avaliação das síndromes feminilizantes em homens. Os resultados podem ser alterados pelo uso de contraceptivos orais ou estrógenos sintéticos (pomadas, cremes, adesivos). Algumas mulheres com hipogonadismo podem apresentar resultados normais.
NOME DO EXAME
Fator reumatoide (látex)
SINONÍMIA
Látex para fator reumatoide
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O fator reumatóide é um auto-anticorpo, usualmente da classe IgM, contra um fragmento da IgG, usado como marcador de atividade imune. Embora não seja específico para artrite reumatóide (AR), é usado no diagnóstico diferencial e no prognóstico desta doença, pois está presente no soro da maioria dos pacientes com AR. Não é um teste útil no acompanhamento evolutivo da AR. Muitas doenças reumáticas e processos inflamatórios crônicos relacionados às doenças do tecido conjuntivo também produzem fator reumatóide, especialmente em baixos títulos, como por exemplo o lúpus, esclerodermia, síndrome de Sjögren e dermatomiosite. Também pode estar presente em doenças infecciosas como a hepatite viral, tuberculose, sífilis, mononucleose, endocardites bacterianas e em doenças que cursam com gamopatias, como a macroglobulinemia de Waldeströn, sarcoidose, malária, hanseníase e leishmaniose. Resultados falso-positivos podem ser encontrados em 5% da população normal, principalmente nos idosos.
NOME DO EXAME
Fenobarbital
SINONÍMIA
Barbitúricos; Gardenal
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Material: sangue. É necessário jejum mínimo de 4 horas.
1. O paciente deve informar o nome da medicação que está fazendo uso, quantas vezes por dia e horários (exemplo: 08:00h manhã, 20:00h noite).
2. A coleta não depende do horário de tomada do Fenobarbital.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O fenobarbital é um barbitúrico de ação prolongada indicado no tratamento de crises convulsivas e da hiperbilirrubinemia neonatal. Seu uso afeta o metabolismo de outras drogas, reduzindo as concentrações de fenitoína, cloranfenicol, anticoagulantes, ciclosporina, contraceptivos orais, beta-bloqueadores, corticoesteróides, antidepressivos, teofilina, haloperidol, entre outros. A furosemida, o ácido valpróico e os salicilatos podem aumentar a concentração do fenobarbital. Durante o uso desta droga pode haver aumento nas concentrações da fosfatase alcalina, GGT e amônia, e redução da bilirrubina e do cálcio. Os efeitos tóxicos desta droga são principalmente neurológicos e valores elevados podem representar risco à vida.
NOME DO EXAME
Ferritina
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A dosagem da ferritina é o melhor indicador, não-invasivo, da reserva total de ferro na economia. É útil no diagnóstico diferencial das anemias hipocrômicas e microcíticas. Está diminuída nas anemias por carência de ferro e aumentada na sobrecarga de ferro. É usada no diagnóstico e acompanhamento terapêutico da hemocromatose e, nestes casos, a saturação de ferro também deve estar aumentada. Nas anemias ferroprivas, usualmente apresenta valores reduzidos, assim como os do ferro sérico e da saturação, ao contrário da transferrina. Valores altos também podem estar relacionados a processos inflamatórios, síndrome metabólica, doença hepática, anemias megaloblástica, sideroblástica ou hemolítica, talassemias e nas doenças malignas, quando pode representar um marcador de mau prognóstico.
NOME DO EXAME
Ferro sérico
SINONÍMIA
Ferrograma
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
É necessário jejum mínimo de 3 horas. A coleta deve ser realizada no período da manhã devido ao ciclo do ferro no organismo. É necessário informar o nome dos medicamentos em uso durante os últimos 30 dias, especialmente o uso de vitamina C e polivitamínicos, complementos alimentares que contenham ferro, anticoncepcionais e antibióticos.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A dosagem do ferro sérico é útil no diagnóstico diferencial das anemias, especialmente as hipocrômicas. Avalia as talassemias, anemias sideroblásticas e hemocromatose, nas quais o ferro sérico está aumentado. Associado à avaliação da capacidade total de ligação do ferro é um instrumento valioso no apoio diagnóstico em várias situações patológicas, incluindo anemias hemolíticas, anemias ligadas a doenças crônicas, hipoproteinemias e doenças hepáticas. Dieta inadequada, menstruação abundante, hemorragias do trato digestivo, carcinoma de colo e parasitoses são as causas mais comuns de deficiência de ferro por perda sangüínea em adultos. Na anemia perniciosa, logo após a administração de vitamina B12, ocorre consumo acentuado de ferro e conseqüente redução dos níveis séricos. Transfusões de repetição, hemocromatose idiopática, terapia de reposição de ferro, hepatite aguda, cirrose, talassemia e anemia sideroblástica são as causas mais comuns de aumento do ferro sérico.
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saolucas · 2 years ago
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NOME DO EXAME
Fibrinogênio
SINONÍMIA
Dosagem do fator I
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Material: sangue. Não é necessário jejum. É necessário informar os medicamentos que o paciente tenha usado nos 10 dias que antecedem a coleta.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O fibrinogênio é um polipeptídeo que, em condições fisiológicas, é convertido pela trombina em fibrina, que junto com as plaquetas formam a base do coágulo sanguíneo. Patologicamente pode ser ativado por outras substâncias, como o veneno de cobras (reptilase). O nível de fibrinogênio plasmático está aumentado nos processos inflamatórios, durante a gravidez e em mulheres em uso de contraceptivos orais. A redução da fibrinogenemia, no curso do tratamento de carcinoma de pulmão, está relacionada à resposta ao tratamento. Valores reduzidos de fibrinogênio podem ser observados na coagulação intravascular, fibrinólise primária ou secundária e na doença hepática. As causas congênitas de redução do fibrinogênio são a afibrinogenemia e a hipofibrinogenemia congênitas. A disfibrinogenemia é um defeito congênito da molécula do fibrinogênio em que pode haver nível normal plasmático, porém com aumento inexplicável do TAP e/ou do TTPA.
NOME DO EXAME
Fita Adesiva – Enterobius vermiculares
SINONÍMIA
Pesquisa de ovos de Enterobius vermiculares; Swab anal para pesquisa de Oxiurus sp.
MATERIAL BIOLÓGICO/VOLUME/CONSERVANTE
Material: resíduo obtido da região perianal, com auxílio de fita adesiva transparente (tipo durex).
INTERFERENTES
Banho prévio, higiene perianal, defecar ou o uso de talco, cremes ou pomadas, na região perianal antes da coleta.
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Material: resíduo obtido da região perianal, com auxílio de fita adesiva transparente (tipo durex).
IMPORTANTE: 1. Coletar a amostra SEMPRE PELA MANHÃ, antes do banho e antes de evacuar. 2. Não fazer uso de pomada, talco ou qualquer medicação tópica na região perianal. 3. Não coletar a amostra com fita gomada (tipo durex) opaca ou muito larga.
Instrução de coleta:
1. Aderir a fita adesiva transparente (tipo durex) ao fundo de um tubo de ensaio plástico descartável, fornecido pelo Laboratório. A parte gomada (colante) deve ficar voltada para o lado externo do tubo.
2. Deitar o paciente de costas, esticar as pregas da região perianal com uma das mãos e com a outra mão pressionar algumas vezes a região em torno do ânus (região perianal), com a parte colante da fita.
3. Colar a fita com o material obtido, em apenas um lado da lâmina fornecida pelo Laboratório, sem dobrar a fita.
4. A lâmina deve ser armazenada dentro do saco plástico, em local fresco e temperatura ambiente.
5. A lâmina deve ser entregue ao Laboratório até 48 horas após a coleta.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A identificação de ovos de Enterobius nas fezes é rara. A técnica mais eficiente consiste na coleta de material perianal através de fita adesiva ou swab, com posterior análise para a pesquisa de ovos de Enterobius. Um resultado parasitológico negativo não afasta a possibilidade de infestação.
NOME DO EXAME
Fosfatase alcalina
SINONÍMIA
ALP; FAL
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
É necessário jejum de 4 horas
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A fosfatase alcalina sérica faz parte de uma família de enzimas com, pelo menos, nove isoenzimas conhecidas. Destas, as mais importantes são as isoenzimas hepática e óssea, que representam a maior parte da fosfatase alcalina na circulação. Por esta razão, a fosfatase alcalina total é um indicador útil, embora inespecífico, de doença hepática ou óssea. Outras fontes importantes são o intestino e a placenta. Níveis elevados podem estar
relacionados a situações em que haja aumento da atividade osteoblástica, como ocorre nas fases de crescimento ósseo, na cicatrização de fraturas, sarcoma osteogênico, metástases ósseas, acromegalia, osteíte deformante, raquitismo, hiperparatireoidismo, osteomalácia e doença de Paget. Entre as causas hepáticas de aumento da fosfatase alcalina há as doenças obstrutivas das vias biliares, tumores primários ou metastáticos do fígado, cirrose hepática, alcoolismo e a esteatose hepática. As hepatites virais geralmente levam a um aumento moderado da fosfatase alcalina. Valores diminuídos de fosfatase alcalina sérica são encontrados na hipofosfatemia, na desnutrição e com o uso de certas drogas como fibratos, azatioprina e estrogênios. Devido principalmente às variações da atividade óssea nas diferentes fases do desenvolvimento, os valores normais para fosfatase alcalina total variam significativamente com a idade.
NOME DO EXAME
Fósforo em sangue
SINONÍMIA
Fosfato; Fosfatemia; P (Fósforo) em sangue; Fósforo inorgânico sanguíneo
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Para os adultos, é necessário manter jejum de 3 horas. Recém-natos e crianças pequenas devem colher a amostra antes da próxima alimentação.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O fósforo tem papel importante na fisiologia celular e seus níveis são regulados pela atividade dos túbulos renais. Pode estar elevado com o exercício, desidratação ou hipovolemia. Outras causas de aumento do fósforo são hipoparatireoidismo, metástases ósseas, mieloma múltiplo, hipervitaminose D, sarcoidose, doença hepática, após cardioversão, embolia pulmonar, cetoacidose diabética e a insuficiência renal. Valores reduzidos de fosfatos podem star associados ao uso de antiácidos, diuréticos ou esteróides, infusão intravenosa de glicose, diálise, hiperparatireoidismo, síndrome de Fanconi, acidose tubular renal, raquitismo, osteomalácia, cetose alcoólica e durante tratamento do coma diabético, entre outras causas.
NOME DO EXAME
Fósforo urinário
SINONÍMIA
Fosfatúria; PO3 em urina; Fósforo em urina
MATERIAL BIOLÓGICO/VOLUME/CONSERVANTE
Urina de 24h (ou outro período conforme solicitação médica)
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
1. O material deve ser colhido em frasco fornecido pelo laboratório, em período de 24 horas ou outro período, conforme solicitação do médico do paciente.
2. Para a coleta de urina ao acaso, é necessário respeitar o intervalo mínimo de duas horas sem urinar e efetuar a coleta SEM desprezar o primeiro jato, um volume de 15ml.
3. As mulheres não podem estar em uso de cremes ou óvulos vaginais ou em período menstrual.
4. Amostra não coletada no Posto de Coleta, desde que mantida em geladeira pode ser entregue em até 48 horas.
PROCEDIMENTO PARA COLETA DA URINA
1. Seguir as instruções do seu médico quanto ao consumo de alimentos, bebidas ou medicamentos antes e durante a coleta de urina.
2. Esvaziar a bexiga pela manhã, descartando a urina
3. A partir deste momento, colher toda a urina no período solicitado pelo seu médico ou conforme orientação do laboratório (por exemplo: 24, 12 h ou outro período de tempo).
Por exemplo: coleta de urina de urina de 24 horas - esvaziar a bexiga às 7:00 horas e não guardar esta micção (urina). Colher toda a urina depois desta, em frasco próprio fornecido pelo laboratório, até o término do período solicitado (7:00 horas da manhã até às 7:00 horas do dia seguinte).
4. Cada micção deve ser coletada no frasco de boca larga fornecido pelo laboratório e, com auxílio do funil, verter cuidadosamente a urina nas garrafas.
5. MANTENHA A URINA EM GELADEIRA DURANTE TODA COLETA ATÉ A ENTREGA AO LABORATÓRIO.
6. ATENÇÃO:
a. Nenhuma micção (urina) pode ser perdida durante a coleta, pois o resultado correto do seu exame depende do volume real de urina que for fornecido ao laboratório.
b. É IMPORTANTE manter a ingestão habitual de líquidos durante o período da coleta de urina
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A dosagem urinária de fósforo (P) é útil na avaliação da nefrolitíase e do balanço cálcio/fósforo no organismo. A excreção urinária de P está aumentada no hiperparatireoidismo primário, na deficiência da vitamina D, na acidose tubular renal, na síndrome de Fanconi e com o uso de diuréticos. A hipofosfatúria pode estar relacionada com o hipoparatireoidismo e com o pseudo-hipoparatireoidismo, além da intoxicação pela vitamina D.
NOME DO EXAME
FSH
SINONÍMIA
Hormônio folículo estimulante
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. É necessário informar os medicamentos que o paciente esteja usando, inclusive medicamentos formulados para emagrecimento (mesmo aqueles com produtos naturais). As mulheres devem informar também se estiverem em período de gestação ou em uso de anticoncepcionais e informar o dia do ciclo menstrual ou a data da última menstruação.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
Os hormônios folículo-estimulante (FSH) e luteinizante (LH) são glicoproteínas produzidas pelo mesmo tipo de células pituitárias e que apresentam ação gonadotrópica. Sua produção é regulada pelo hipotálamo e pelos hormônios sexuais (estrogênio, progesterona e testosterona). Valores elevados de FSH e LH estão relacionados a defeitos na produção de hormônios sexuais e sua dosagem é utilizada no diagnóstico diferencial de hipogonadismo primário e secundário. Valores elevados podem estar presentes na anorquidia, síndrome de feminização testicular, síndrome de Klinefelter, alcoolismo, na retirada cirúrgica das gônadas e, fisiologicamente, na menopausa. São úteis na investigação da ginecomastia, impotência e alterações no ciclo menstrual, inclusive na avaliação das causas de infertilidade. O FSH e o LH podem estar reduzidos nos distúrbios da pituitária ou do hipotálamo e em alguns casos de puberdade precoce, relacionada a tumores ou hiperplasia adrenal. A relação LH/FSH pode auxiliar no diagnóstico da síndrome do ovário policístico.
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saolucas · 2 years ago
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NOME DO EXAME
Gama GT (GGT)
SINONÍMIA
Gama Glutamil Transferase
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A gama-glutamil transferase (GGT) é uma peptidase, especialmente útil no diagnóstico das doenças obstrutivas hepáticas e sensível ao uso de álcool. Usada no diagnóstico das icterícias de origem obstrutiva, colestase intra-hepática e pancreatite, auxilia a interpretação de resultados alterados da fosfatase alcalina. É mais útil no diagnóstico das obstruções biliares que as transaminases. Pode estar elevada com o uso de drogas que estimulam o sistema microssomal hepático, como a fenitoína e o fenobarbital, entre outras. Valores de GGT elevados em pacientes com tumores malignos podem indicar metástase hepática.
NOME DO EXAME
Gasometria arterial
SINONÍMIA
Normograma arterial
MATERIAL BIOLÓGICO/VOLUME/CONSERVANTE
Material: sangue. Volume de 2,0 ml de sangue total heparinizado.
INTERFERENTES
Tempo entre a coleta e a realização do teste superior a uma hora, amostra não preservada sob refrigeração, presença de bolhas de ar na amostra, exposição da amostra ao oxigênio, excesso de heparina. A falta de repouso, por 15 a 30 minutos, antes da coleta da amostra pode alterar o resultado. Presença de coágulos na amostra.
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. No caso de coleta ambulatorial, o paciente deve realizar repouso por 15 a 30 minutos antes da coleta.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A gasometria, arterial ou venosa, é um exame composto de alguns testes ligados ao estudo do equilíbrio ácido-base do sangue, como o pH, pCO2, pO2 e bicarbonato. É útil na avaliação dos pacientes que apresentam doenças capazes de produzir alcalose ou acidose, nos estados de hiper ou hipoventilação, ou nos casos de hipóxia, especialmente nas doenças renais e pulmonares, ou nos distúrbios hemodinâmicos importantes.
NOME DO EXAME
Gasometria venosa
SINONÍMIA
Normograma venosa
MATERIAL BIOLÓGICO/VOLUME/CONSERVANTE
Material: sangue. Volume de 2,0 ml de sangue total heparinizado.
INTERFERENTES
Tempo entre a coleta e a realização do teste superior a uma hora, amostra não preservada sob refrigeração, presença de bolhas de ar na amostra, exposição da amostra ao oxigênio, excesso de heparina. A falta de repouso, por 15 a 30 minutos, antes da coleta da amostra pode alterar o resultado. Presença de coágulos na amostra.
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. No caso de coleta ambulatorial, o paciente deve realizar repouso por 15 a 30 minutos antes da coleta.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A gasometria, arterial ou venosa, é um exame composto de alguns testes ligados ao estudo do equilíbrio ácido-base do sangue, como o pH, pCO2, pO2 e bicarbonato. É útil na avaliação dos pacientes que apresentam doenças capazes de produzir alcalose ou acidose, nos estados de hiper ou hipoventilação, ou nos casos de hipóxia, especialmente nas doenças renais e pulmonares, ou nos distúrbios hemodinâmicos importantes.
NOME DO EXAME
Glicose 6 Fosfato Desidrogenase Qualitativo
SINONÍMIA
G6PD; Prova de Brewer
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A G6PD é uma enzima eritrocitária ligada ao gen X, importante na manutenção das proteínas das hemácias. Já foram identificadas cerca de 440 mutações da enzima, das quais cerca de 60 são responsáveis pela lise prematura das hemácias. As crises hemolíticas estão associadas a situações de estresse oxidativo, como nas infecções, uso de certas drogas (primaquina, sulfas, ácido nalidíxico, nitrofurantoína, fenilhidrazina, trinitrotolueno, entre outras) e ingestão de feijão fava. O teste qualitativo da G6PD pode sugerir a deficiência da enzima, porém este resultado deve ser confirmado por teste quantitativo.
NOME DO EXAME
Glicose em Líquor (LCR)
MATERIAL BIOLÓGICO/VOLUME/CONSERVANTE
Material: líquor. Volume mínimo de 1,0mL de LCR
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Material coletado pelo médico do paciente. Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
Os valores da glicose em líquidos orgânicos estão relacionados à sua concentração sérica. A determinação da glicose no líquor (LCR) pode ser de grande valia no diagnóstico das meningites, na pesquisa de neoplasias das meninges e em outras alterações neurológicas. Valores baixos de glicose no LCR podem ser encontrados em meningites por bactérias comuns, tuberculosas, fúngicas ou por amebas. Usualmente a glicose é normal nas meningites virais, mas pode estar diminuída nas meningites por herpes ou enterovírus. Valores reduzidos também podem estar relacionados à sarcoidose, neurosífilis, cisticercose e meningites químicas que acompanham tratamento com infusão intratecal. O aumento da celularidade ou a presença de bactérias no LCR pode levar a resultados de glicose falsamente reduzidos. O aumento da glicose no líquor está relacionado à hiperglicemia.
NOME DO EXAME
Glicose pós prandial
SINONÍMIA
Glicemia pós prandial
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
IMPORTANTE:
1. O paciente deve fazer refeição habitual no almoço e, após 2 horas do início da refeição, ou conforme pedido médico.
2. Não é obrigatório coletar no mesmo dia da glicose em jejum.
3. Para coleta da glicose pós prandial há uma tolerância de 30 min para mais ou para menos.
4. Entre o almoço e a coleta da amostra, o paciente só pode ingerir água, não sendo permitido qualquer alimento.
5. É importante não realizar esforços físicos antes da coleta da amostra.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
O teste pode ser usado no acompanhamento dos pacientes com intolerância à glicose ou diabéticos. Em condições fisiológicas ideais a glicemia pós-prandial (01 - 02 horas) deve ser inferior a 140 mg/dl. Para o diagnóstico da diabetes o teste de escolha deve ser o Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG ou curva glicêmica), em duas dosagens (basal e 120 min).
NOME DO EXAME
Glicose em sangue
SINONÍMIA
Glicemia de jejum
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Os adultos devem manter o jejum de 8 horas a 12 horas, ou conforme solicitação do médico requisitante. As crianças entre 1 ano e 5 anos devem manter jejum de 6 horas e as crianças com menos que 1 ano devem estar em jejum por 3 horas. É importante manter a alimentação normal nos dias que antecedem a coleta da amostra e não realizar esforços físicos antes da coleta. A avaliação da glicemia de jejum é usada como teste complementar no diagnóstico das hiper ou hipoglicemias. É essencial na investigação do diabetes melitus. A “American Diabetes Association” (ADA) estabeleceu critérios para o diagnóstico da diabetes baseado na avaliação da glicemia. No protocolo da ADA é considerado diabético o paciente que apresenta uma das seguintes condições:
I. Sintomas de diabetes e glicemia maior ou igual a 200 mg/dl em amostra aleatória (como “sintomas de diabetes” entenda-se os clássicos poliúria, e perda ponderal não explicada. Como amostra aleatória, considera-se uma amostra sanguínea tomada a qualquer momento do dia, desconsiderado o horário da última refeição);
II. Glicemia de jejum maior ou igual a 126 mg/dl (como jejum considera-se a ausência de ingestão calórica por oito horas).
A ADA recomenda a confirmação do diagnóstico em uma nova amostra, colhida em outra data;
III. Glicemia maior ou igual a 200 mg/dl na segunda hora da curva glicêmica (a curva deve ser realizada de acordo com o protocolo aceito pela Organização Mundial da Saúde, que determina a medida da glicemia imediatamente antes e até duas horas após a ingestão do equivalente a 75 g de glicose anidra, diluída em água). Valores de glicemia entre 100 mg/dl e 125 mg/dl podem estar relacionados a jejum inadequado, a estados de intolerância à glicose ou a hiperglicemia de jejum. Nestes casos, a critério médico, poderá ser realizado o Teste Oral de Tolerância à Glicose (curva glicêmica de duas dosagens). Além da diabetes e dos estados de intolerância à glicose, a hiperglicemia pode ocorrer associada à gestação, hipertireoidismo, hiperpituitarismo, hiperadrenocorticismo, obesidade, infarto do miocárdio, convulsões, lesão cerebral, pancreatite, glucagonoma, feocromocitoma, anestesia geral e ao uso de diuréticos ou corticoides, entre outras causas. A hipoglicemia pode estar associada, entre ouras causas, ao hiperinsulinismo endógeno (insulinoma) ou exógeno (tratamento da diabetes), tumores extra-pancreáticos, hipoglicemia insulínica auto-imune, insuficiência supra-renal ou hipofisária, hepatopatia grave e alcoolismo.
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saolucas · 2 years ago
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NOME DO EXAME
Glicose em urina
SINONÍMIA
Glicosúria; Substância Redutora em urina; Reação pelo Benedict
MATERIAL BIOLÓGICO/VOLUME/CONSERVANTE
Urina de amostra isolada, ou de 24h (ou outro período informado pelo médico)
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Material: urina. É necessário volume de 10 ml a 20 ml de urina recente, colhida de jato médio ou qualquer jato, em frasco sem conservante, após intervalo mínimo de 2 horas sem urinar.
Obs.: Para urina de 24 horas, seguir orientação de coleta de urina de 24h.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A glicosúria geralmente está ligada à diabetes, mas pode ocorrer durante a gestação. Em alguns casos pode ser devido ao uso de drogas ou à alteração do limiar renal de filtração da glicose.
NOME DO EXAME
HbeAg
SINONÍMIA
Antígeno E do Vírus da Hepatite B
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Informar medicamentos em uso.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A hepatite B é uma infecção viral transmitida pela via parenteral, sexual ou perinatal, com um período de incubação de dois a seis meses. O diagnóstico laboratorial da infecção pelo virus da hepatite B (HBV), e o acompanhamento da evolução da doença, envolve vários testes laboratoriais, que pesquisam antígenos e anticorpos, localizados na superfície e no `core` viral, além da pesquisa do DNA viral por técnicas de biologia molecular e da função hepática, através de pesquisa bioquímica.
Assim, existem testes para identificação dos antígenos `s` (HBsAg) e `e` (HBeAg), e para os anticorpos contra os antígenos `s` (anti-HBs), `e` (anti-HBe) e `c` (anti-HBc). Desta forma, diferentes combinações de testes são usadas nas várias situações clínicas envolvendo o HBV. Na suspeita de hepatite B aguda está indicada a pesquisa do HBsAg e do anti-HBc IgM; para a suspeita de hepatite crônica pode-se pesquisar o HBsAg, anti-HBc e anti-HBs; e no acompanhamento da evolução da doença usa-se o HBsAg, HBeAg, anti-HBs e anti-HBe, além das pesquisas moleculares para o DNA viral. A imunidade vacinal pode ser testada pela avaliação do anti-HBs. Os diferentes padrões de resultados podem auxiliar na defini��ão do diagnóstico de doença aguda ou crônica e na identificação dos portadores assintomáticos. O HBsAg aparece cerca de duas semanas após a infecção e até dois meses antes do aparecimento dos sintomas. Permanece detectável por dois a três meses, exceto nos casos de portadores crônicos e de hepatite crônica, quando está presente além de seis meses. Pacientes com HBsAg negativo ainda podem apresentar hepatite B aguda e devem ser considerados infectantes até o aparecimento do anti-HBs. Em algumas situações, o HBsAg pode apresentar resultado falso-positivo. Os anticorpos contra o core viral, anti-HBc IgM, são detectáveis ainda durante a fase aguda bem como o aumento das transaminases hepáticas. Eles permanecem assim por vários meses. A positividade para o anti-HBc auxilia o diagnóstico nos casos em que o HBsAg é negativo. O anti-HBc IgG aparece logo após o IgM e se mantém por anos. Após o desaparecimento do HBsAg pode-se detectar o anti-HBs, que persiste por muitos anos e está relacionado à imunidade ao HBV. Nos indivíduos vacinados, este deve ser o único marcador detectável. O HBeAg aparece associado ao HBsAg, mas não persiste pelo mesmo período e está relacionado à alta infectividade. Seu desaparecimento está associado à detecção do anti-HBe, o que geralmente ocorre após o aparecimento do anti-HBc e antes do anti-HBs. O aparecimento do anti-HBe indica redução do risco de transmissão e sua ausência está ligada à doença ativa e provável cronicidade. A presença do HBV DNA na ausência de anti-HBs indica doença aguda e pode ser muito útil nos casos em que o HBsAg esteja negativo. Nos casos a presença de HBsAg e anti-HBc, na ausência de anti-HBs, confirma o diagnóstico de hepatite crônica, mesmo quando o anti-HBe está presente. O HBeAg pode estar presente ou ausente na hepatite crônica. A pesquisa do HBV DNA é útil no acompanhamento da resposta ao tratamento dos pacientes com hepatite B crônica. Alguns indivíduos podem apresentar anti-HBc positivo e HBsAg negativo. A vacinação destes pacientes mostrou que o anti-HBc refletia, na verdade, uma reação cruzada com outros anticorpos.
NOME DO EXAME
HbsAg
SINONÍMIA
Antígeno Austrália; Antígeno S do Vírus da Hepatite B
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Informar medicamentos em uso.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
A hepatite B é uma infecção viral transmitida pela via parenteral, sexual ou perinatal, com um período de incubação de dois a seis meses. O diagnóstico laboratorial da infecção pelo vírus da hepatite B (HBV), e o acompanhamento da evolução da doença, envolve antígenos e anticorpos, localizados na superfície e no `core` viral, além da pesquisa do DNA viral por técnicas de biologia molecular e da função hepática, através de pesquisa bioquímica. Assim, existem testes para identificação dos antígenos `s` (HBsAg) e `e` (HBeAg), e para os anticorpos contra os antígenos `s` (anti-HBs), `e` (anti-HBe) e`c` (anti-HBc). Desta forma, diferentes combinações de testes são usadas nas várias situações clínicas envolvendo o HBV. Na suspeita de hepatite B aguda está indicada a pesquisa do HBsAg e do anti-HBc IgM; para a suspeita de hepatite crônica pode-se pesquisar o HBsAg, anti-HBc e anti-HBs; e no acompanhamento da evolução da doença usa-se o HBsAg, HBeAg, anti-HBs e anti-HBe, além das pesquisas moleculares para o DNA viral. A imunidade vacinal pode ser testada pela avaliação do anti-HBs. Os diferentes padrões de resultados podem auxiliar na definição do diagnóstico de doença aguda ou crônica e na identificação dos portadores assintomáticos. O HBsAg aparece cerca de duas semanas após a infecção e até dois meses antes do aparecimento dos sintomas. Permanece detectável por dois a três meses, exceto nos casos de portadores crônicos e de hepatite crônica, quando está presente além de seis meses. Pacientes com HBsAg negativo ainda podem apresentar hepatite B aguda e devem ser considerados infectantes até o aparecimento do anti-HBs. Em algumas situações, o HBsAg pode apresentar resultado falso-positivo. Os anticorpos contra o core viral, anti-HBc IgM, são detectáveis ainda durante a fase aguda bem como o aumento das transaminases hepáticas. Eles permanecem assim por vários meses. A positividade para o anti-HBc auxilia o diagnóstico nos casos em que o HBsAg é negativo. O anti-HBc IgG aparece logo após o IgM e se mantém por anos. Após o desaparecimento do HBsAg pode-se detectar o anti-HBs, que persiste por muitos anos e está relacionado à imunidade ao HBV. Nos indivíduos vacinados, este deve ser o único marcador detectável. O HBeAg aparece associado ao HBsAg, mas não persiste pelo mesmo período e está relacionado à alta infectividade. Seu desaparecimento está associado à detecção do anti-HBe, o que geralmente ocorre após o aparecimento do anti-HBc e antes do anti-HBs. O aparecimento do anti-HBe indica redução do risco de transmissão e sua ausência está ligada à doença ativa e provável cronicidade. A presença do HBV DNA na ausência de anti-HBs indica doença aguda e pode ser muito útil nos casos em que o HBsAg esteja negativo. Nos casos crônicos, a presença de HBsAg e anti-HBc, na ausência de anti-HBs, confirma o diagnóstico de hepatite crônica, mesmo quando o anti-HBe está presente. O HBeAg pode estar presente ou ausente na hepatite crônica. A pesquisa do HBV DNA é útil no acompanhamento da resposta ao tratamento dos pacientes com hepatite B crônica. Alguns indivíduos podem apresentar anti-HBc positivo e HBsAg negativo. A vacinação destes pacientes mostrou que o anti-HBc refletia, na verdade, uma reação cruzada com outros anticorpos.
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saolucas · 2 years ago
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NOME DO EXAME
Helicobacter pylori IgA
SINONÍMIA
Sorologia para Helicobacter pylori IgA
MATERIAL BIOLÓGICO/VOLUME/CONSERVANTE
Material: Soro - Sangue
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
Helicobacter é uma bactéria gram negativa micro-aerophil, encontrada dentro e abaixo da mucosa gástrica. Uma vasta produção de urease é característica das Helicobacter, o que leva à cisão de uréia e, portanto, à liberação de amônia. O ambiente alcalino protege o patógeno da destruição pelo ácido gástrico agressivo. Os testes sorológicos de infecções por Helicobacter pylori utilizam principalmente a detecção de IgG. A determinação do anti-Helicobacter IgA é um parâmetro adicional para a análise da sorologia de Helicobacter. Em combinação com a análise de anticorpos IgG, a detecção de uma infecção com Helicobacter pylori é suportada pela determinação de IgA. A detecção de anticorpos IgM em adultos é irrelevante para o curso crônico da doença. Em crianças e jovens adultos com dor reincidente no abdome superior, a detecção de IgM pode fornecer evidências importantes. A detecção de anticorpos IgG Helicobacter pylori é utilizada para o controle da terapia após terapia de erradicação do Helicobacter.
NOME DO EXAME
Helicobacter pylori IgG
SINONÍMIA
Sorologia para Helicobacter pylori IgG
MATERIAL BIOLÓGICO/VOLUME/CONSERVANTE
Material: Soro - Sangue
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
É necessário jejum mínimo de 4 horas
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
Helicobacter é uma bactéria gram negativa micro-aerophil, encontrada dentro e abaixo da mucosa gástrica. Uma vasta produção de urease é característica das Helicobacter, o que leva à cisão de uréia e, portanto, à liberação de amônia. O ambiente alcalino protege o patógeno da destruição pelo ácido gástrico agressivo. Os testes sorológicos de infecções por Helicobacter pylori utilizam principalmente a detecção de IgG. A determinação do anti-Helicobacter IgA é um parâmetro adicional para a análise da sorologia de Helicobacter. Em combinação com a análise de anticorpos IgG, a detecção de uma infecção com Helicobacter pylori é suportada pela determinação de IgA. A detecção de anticorpos IgM em adultos é irrelevante para o curso crônico da doença. Em crianças e jovens adultos com dor reincidente no abdome superior, a detecção de IgM pode fornecer evidências importantes. A detecção de anticorpos IgG Helicobacter pylori é utilizada para o controle da terapia após terapia de erradicação do Helicobacter.
NOME DO EXAME
Hematócrito
SINONÍMIA
HT
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
É o percentual do volume sanguíneo que corresponde às hemácias. Sua determinação é importante no diagnóstico e no acompanhamento dos casos de anemia e de policitemia. O hematócrito elevado está relacionado ao aumento no risco de doença cardiovascular e de AVC.
NOME DO EXAME
Hemograma
SINONÍMIA
Eritrograma e leucograma; Hematológico completo
INSTRUÇÕES AO PACIENTE
Não é necessário jejum. Anotar os medicamentos em uso, inclusive vitaminas.
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA
Este exame é formado por um conjunto de testes para a avaliação de hemácias, leucócitos e plaquetas. É a base para o diagnóstico e acompanhamento de patologias hematológicas, doenças inflamatórias e infecciosas, sistêmicas ou de órgãos específicos, além de ser fundamental na avaliação do estado geral do paciente. Seus resultados podem gerar várias hipóteses diagnósticas e remetem a um grande número de outros testes confirmatórios.
O eritrograma é constituído pelos valores de contagem de hemácias, hemoglobina (Hb), hematócrito (Ht), volume corpuscular médio (VCM), hemoglobina corpuscular média (HCM), concentração da hemoglobina corpuscular média (CHCM) e RDW (red cell distribution width). Este exame é importante no rastreamento e acompanhamento de patologias eritrocitárias, em especial das anemias. Pode ser complementado pelas dosagens de ferro, ferritina, ácido fólico e vitamina B12. A determinação do hematócrito é importante no diagnóstico e no acompanhamento dos casos de anemia e de policitemia. O hematócrito elevado está relacionado ao aumento do risco de doença cardiovascular e de AVC. A análise dos índices do eritrograma (VCM, HCM, CHCM, RDW) é particularmente útil no diagnóstico das anemias, em especial das hemolíticas, e das hemoglobinopatias. O VCM diminui precocemente nas anemias ferroprivas e nos casos de intoxicação por alumínio (como nos hemodialisados), enquanto a CHCM é mais precoce nas anemias ligadas a doenças crônicas. O VCM pode aumentar com o uso de AZT. O RDW é a medição eletrônica da variabilidade eritrocítica (anisocitose) e está elevado na deficiência de ferro e nas hemoglobinopatias. O leucograma é importante no diagnóstico e acompanhamento de várias patologias, incluindo as infecciosas, as neoplásicas e os processos tóxicos metabólicos. O teste avalia a mielopoiese e é um marcador essencial no controle de doenças do sistema imune. Os resultados podem variar muito, dependendo do nível de estresse físico e mental do paciente, sendo especialmente verdadeiro nas crianças. As gestantes podem desenvolver leucocitose por neutrofilia, geralmente no terceiro trimestre, que declina rapidamente após a 34ª semana. Muitas drogas também podem alterar o resultado do leucograma, sugerindo leucopenias ou leucocitoses. Várias patologias têm efeito sobre a contagem geral e diferencial de leucócitos, destacando-se a neutropenia encontrada em casos de lupus eritematoso. A contagem de plaquetas é importante na avaliação de sangramentos, púrpura, petéquias, doenças trombóticas e neoplasias malignas. Os valores considerados normais variam bastante, porém, está bem estabelecido que contagens inferiores a 30.000/ mm3 aumentam muito o risco de sangramento. As plaquetas apresentam ritmo circadiano e sua contagem está mais alta em torno de meio-dia. A trombocitopenia pode estar relacionada a doenças imunológicas ou infecciosas, deficiência na produção por ação de drogas, agentes físicos ou patologia medular e ao aumento da destruição (por exemplo, no hiperesplenismo). Contagens baixas são encontradas na púrpura trombocitopênica idiopática ou após sangramentos. Alguns casos de dengue podem apresentar trombocitopenia muito significativa. Algumas síndromes cursam com plaquetopenias congênitas. A trombocitose é menos comum e pode estar relacionada a síndromes mieloproliferativas, hemofilia e a doenças inflamatórias, infecciosas ou malignas em estágios iniciais. Contagens aumentadas também são observadas em rebotes medulares após episódio de sangramento.
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