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rapunzel + painting
#✴︎⠀ ◞ 𝒍𝒐𝒗𝒆 𝐢𝐬 𝐬𝐨 𝐬𝒉𝒐𝒓𝒕 / 𝒌.𝒆.𝒔. ݃ musings.#dei uma surra na minha gripe e tentei responder todo mundo#feliz natal vidas 🎄
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀brianna sempre trajava uma postura protetora no que tangia katerina, algo que não passava despercebido pela jovem que, naturalmente, observava o papel que hirai assumia. não era algo que desprezava; que pessoa não gostava de ter alguém olhando por si? satrianova era imensamente agradecida pelo presente que a amizade de bri era em sua rotina. era a pessoa que mais costumava tentar lhe colocar nos eixos necessários, embora até para brianna fosse um pouco difícil. “ onde está o seu espírito de saturnália? nem uma decoraçãozinha? ” questionou com uma falsa incredulidade, exibindo um pequeno sorriso antes de levar a cerâmica a boca, saboreando um grande gole do chocolate quente. “ para sua sorte, você tem uma amiga muito investida em decoração. seu alojamento vai ser o mais bem decorado de toda a academia. ” imaginava tudo que poderia fazer para ela, até mesmo como um quase presente; gostava de presentar os outros com até mesmo as coisas mais simples. “ você quer aprender pintura? ” o tom investido na palavra não fora de escàrnio, mas sim de uma surpresa mesclada a certa felicidade. brianna era muito mais prática que katerina e isso não era um fato difícil de reconhecer; ficava feliz em ter a amizade consigo em uma atividade que gostava, mesmo que a outra não partilhasse do dito talento, um conceito que katerina pouco ligava. qualquer um podia investir na atividade, é claro, era apenas ter o foco necessário para isso. “ é claro que eu te ensinaria! cá entre nós, e modéstia a parte, eu sou uma ótima professora. ” pelo menos, gostava de pensar assim; era paciente e tentava ser o mais didática possível. “ além disso, podíamos encontrar mais coisas para fazer. pelo menos para ocupar um pouco o tempo! claro, desenho e pintura são as únicas coisas que eu particularmente consigo ensinar, mas eu e você poderíamos começar um hobby novo juntas. o que você acha? ” questionou, batendo os cílios. “ sabe, algo diferente. estou com vontade de coisas novas nessa época de saturnália, mas confesso que não sei por onde começar. talvez você tenha uma ideia. tem alguma coisa que você queira muito fazer… e que eu possa me intrometer e fazer junto? ” a pequena brincadeira no final veio acompanhada de um outro grande gole de chocolate quente.
O sorriso discreto pintava os lábios vermelhos de Brianna ao ouvir os relatos de Katerina, satisfeita com a melhora no humor dela ao falar sobre suas mais recentes aventuras. Era bom ver seu humor ficando mais leve ao falar de coisas que gostava. A postura e positividade de Katerina sempre ascenderam na mulher uma necessidade de protegê-la a qualquer custo, talvez para mantê-la com aquela inocência e doçura que apenas alguém que não tinha visto os lados mais cruéis da humanidade ainda mantinham. Ou talvez porque ao olhar para ela via alguém que poderia ter sido, caso não tivesse se deparado com a perversão de alguns em sua juventude. De qualquer forma, as imagens pintadas por Katerina, fossem com seus pinceis ou suas palavras, ascendiam nela uma chama pequena e frágil de esperança de que talvez nem tudo estivesse perdido. — Eu estava começando a me sentir esquecida. — Brincou, levando a caneca de chocolate quente aos lábios, saboreando e aproveitando do calor que a bebida proporcionou. — Eu adoraria uma guirlanda, se você conseguir fazer, eu mesma não tenho o menor talento para artes manuais como você e não me dei ao trabalho de sequer tentar fazer qualquer decoração para o meu dormitório. — Sua fala apesar de não ser de todo verdadeira era também um fato de que ela não costumava ter tanta paciência para decoração, habituada como estava a ter tais coisas pensadas por ela e se seu descuido pelo assunto proporcionasse à Kat algo para distraí-la em seu tempo livre, estava mais do que contente em proporcionar tal entretenimento. — Não tenho feito nada muito especial na verdade. Algumas leituras diferentes retiradas do arquivo são as únicas coisas mantendo minha sanidade no momento. Talvez eu devesse me juntar às suas aulas de pintura, você está aceitando novos alunos se qualquer talento para as artes?
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀entendia o que sigrid queria dizer, por mais que infimamente acreditasse em algo um pouco diferente. mesmo assim, nunca esteve na posição dela para saber como viver sua vida e o que deveria fazer, e katerina não costumava ser do tipo que tecia ordens aos outros ou sugestões mais intensas. apenas escutava-a, como a boa amiga que era; apesar de ser intensamente falante, também gostava de acreditar que ouvia os amigos na mesma medida. “ é verdade, as pessoas mudam. mas nem tudo muda sempre, não é mesmo? bem, pelo menos, é bom reconhecer um lugar pelo qual você nutriu tanto carinho. ” concordou com um leve balançar de ombros, molhando o pincel antes de esfregá-lo na pastilha de tinta azul com a intenção de criar sombras. “ como você disse, se algum dia estiver disposta a me levar nas partes mais respeitáveis possíveis… aceitarei de muito bom grado, senhorita. queria muito ter histórias para contar, como você parece ter, mas ainda não visitei tantos lugares o suficiente para isso. ” terminou com um pequeno sorriso, se imaginando nessa posição. o pai provavelmente a mataria; gyndern era próxima o suficiente para que dmitri visitasse ânglia com certa frequência pelo que ela sabia e, sempre que possível, ele demonstrava certo desgosto em relação ao baixo império. mesmo assim, isso não era o suficiente para desestimular a curiosidade nata da jovem. “ não se descredibilize. está muito bom para você que assumiu ser um completo desastre. não tem problema ter ficado um pouco tortinho; é artístico. e você pinta bem! ” tentou encorajá-la ao pousar os olhos no desenho final da amiga, que secava entre as camadas molhadas de tinta aquarela. “ teremos uma próxima aula? consegui fazer você dar mais chances para a pintura? ” perguntou com um sorriso animado e algumas palminhas, sabendo que no começo daquela sessão a própria sigrid tinha se considerado uma fracassante no assunto. enquanto pudesse estimulá-la a aprender, aproveitaria para passar um tempo com ela; era uma das amizades que mais considerava valiosa. “ podemos fazer novas margaridas, mas acho que se dará bem com lavandas. ” já pensava no próximo momento em que fariam aquilo. se inclinou no seu assento para estalar um beijo na bochecha de sigrid com certo carinho. “ obrigada por ter aceitado a aula! ”
A cabeça balançava de leve, confirmando as coisas que Kat falava. Sim, também achava que não era possível entrar no mesmo rio duas vezes. As situações sempre mudavam. E sim, já havia ido para tavernas e embora a princípio tivesse detestado, com o tempo tinha aprendido a apreciar, ainda mais quando acompanhada de uma amizade em especial. "Não, não vou mandar cartas ou pintar um cartão." Cillian estava ali, por perto ao alcance de uma mão, mas os outros? Temia tê-los perdido para sempre, portanto não deixava que a ideia do passado pudesse sufocar o presente. "Já passou, Kat. Não entramos no mesmo rio duas vezes não apenas por causa do movimento da água, mas porque também mudamos com o tempo. Não me sinto mais como a pessoa pessoa que era naquela época." Seus objetivos tinham mudado, até mesmo a personalidade, se tornando um pouco mais dura. Tinha deixado de ser quase uma adolescente irritante e implicante para se tornar uma adulta decidida... e muito mais petulante do que tinha sido. "Ah, não, é um lugar interessante, mas pode fazer mal para a reputação caso sejamos vistas lá." Sigrid sempre tinha sido cuidadosa em suas visitas, as vezes até mesmo vestindo-se de forma menos ostentosa e prendendo os cabelos de forma diferente, em busca de não ser reconhecida. "Mas posso levar você a lugares legais e que não sejam prejudiciais, assim que toda essa neve acabar. Não gosto muito de frio." Divertia-se um pouco, mas sendo uma amante das plantas, ficava chateada com os poucos pontos verdes visíveis. Quando ouviu o elogio, apenas franziu o cenho e nariz, sem ter certeza se Kat estava sendo honesta ou apenas tentando encorajar de uma forma excessivamente gentil. "Não está muito legal, mas vou tentar melhorar." Prometeu, não querendo desperdiçar as aulas dela. A amiga estava sendo mais do que agradável tudo: em ajudá-la com os desenhos, em ouvir sobre o passado, em elogiar mesmo quando os traços eram horrendos. "Na próxima aula talvez eu tente uma margarida de novo." Parecia ainda a flor mais fácil, embora rosas também captassem a atenção de Sigrid.
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀achava interessante o que ele tinha a dizer sobre a matéria, embora não estivesse ainda sob o alcance de seu estudo. era assunto para o próximo ano letivo, ela tinha essa noção, mas ainda era uma pessoa intensamente curiosa e, por isso, não conseguia se conter naturalmente com o volume de perguntas que sua mente costumava maquinar. de qualquer maneira, apenas assentiu para ele enquanto escutava os relatos sobre a matéria de angus. “ bem… certo. vou pensar sobre o que você me disse, de maneira comedida, é claro e, caso tenha dúvidas, as guardarei para o próximo ano. desculpe se fiz muitas perguntas sobre o assunto. costumam dizer que eu sou um pouco curiosa. ” exibiu uma faceta educada, como era de seu próprio costume, ainda mais com uma figura de autoridade. estava ocupando muito do tempo dele, tinha essa noção, e se sentia um pouco culpada por isso; aprumou a postura enquanto continuava a ouvi-lo falar, pensando se o estava incomodando muito ao ocupar certa parte de seu intervalo. “ não sei se você já o fez mas, talvez, o passo seja procurar algum tipo de resposta diretamente com os changelings que também estiverem dispostos a entender os acontecidos. sei que não é uma via natural de resolução de problemas mas, como você disse, não acredito que livros terão todas as respostas que procuramos. ” pelo menos era o que imaginava. “ sonhos são naturais para nós, é claro. é que é um sonho com mensagem significativa, afinal, tinha a relação com a pira. acho que é natural de quem não recebeu, como eu, ficar um pouco pensativa sobre o motivo do acontecido, ainda mais em tempos como esse. ” não aguentava mais sobreviver do incensário como utensílio para queimar o sacro cardo, dado o sumiço da pira sagada da instituição; a efetividade não era nem de longe a mesma, mas se mantinha como podia. “ mas são mais indagações pessoais e não vejo sentido em consumir tanto do seu tempo com elas. sinto muito se o incomodei, na verdade. ” pediu as mais sinceras desculpas, meneando a cabeça com o sorriso mais educado que poderia oferecê-lo.
"Na maioria das vezes é involuntário, senhorita. Por mais convidativo e melhor que o irreal seja, não se pode viver de ilusões para sempre. Além disso, nossas manipulações consomem nossa energia. O uso irresponsável e indevido, pode fragilizar a conexão com o deus.", e em algumas situações, findar com o vinculo, já que a divindade pode perder a confiança no seu hospedeiro, ou considerá-lo não digno de sua presença, era sempre um tanto complexo e delicado lidar com os imortais. No mais, deixaria que ela descobrisse o restante quando chegasse o momento, afinal, havia um motivo para que as disciplinas fossem separadas naqueles módulos: não pular processos. Ela tinha que aprender tudo no módulo que estava, alguns ensinamentos auxiliariam para o aprendizado futuro, como ela mesma colocava no momento, manipulação de energia e realidade eram coisas completamente diferentes, ainda assim, partilhavam de alguns processos como: controle emocional, foco e limites. "Talvez consiga aproveitar a base de um para o outro, mas vamos deixar isso para o futuro, quando estiver sentada na minha sala. Sim? Não quero que gaste tempo com algo que não é relevante no momento.", e ela ainda estava enfrentando dificuldades com o amuleto, então, realmente não precisava divagar sobre algo que ainda estava muito distante da sua realidade. "Ainda não.", replicou, um suspiro de frustração abandonando os lábios, ao que adestra foi levada a pentear o bigode sobre os mesmos. "E não acho que vou encontrar o que procuro aqui. É uma boa leitura, ainda assim, um tanto superficial. Fala muito sobre as tradições, o momento em que eles tomam do cálice e domam seus dragões, mas nada muito além.", ou ele que estava fazendo as perguntas erradas, era obvio que não abriria o primeiro livro e encontraria: vinculo entre cálice e pira, um ensaio detalhado da ruina de khajols e changelings. Não, era querer demais. "Os sonhos sempre aconteceram, não? Bom, pelo menos não me é algo estranho, mas tentarei buscar algo sobre, vai que encontro algo que não vi ainda. Sinto que estou caminhando em círculos, ou fazendo os questionamentos errados.".
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀o interesse daquela mulher em relação aos seons não lhe era tão convidativo, talvez porque não a conhecesse. sorcha ainda repousava sob seus dedos, brilhando tranquilamente. “ tenha certeza que não vai acontecer novamente. ela ter te tocado não fora algo mal intencionado ou até mesmo premeditado; foi um ímpeto. pode ter certeza que não foi um toque acompanhado de qualquer tipo de maldição. ” não costumava empunhar frieza em seus comentários, sendo a arrogância um conceito quase estrangeiro; ainda assim, fortificara o máximo que podia sua entonação ao reafirmar aquela afirmação. por mais gentil e solícita que fosse, não queria ter que ficar se justificando continuamente para a changeling, cujo nome nem mesmo sabia. sorcha era a materialização de sua conexão com sua deusa e, além disso, um de seus bens mais preciosos; mantinha ainda a esfera brilhante entre suas mãos, acariciando-lhe calmamente com o polegar, apesar de estar com ainda mais vontade de lhe dar uma bronca leve. “ imagino realmente que sejam criaturas complexas, com os próprios hábitos e personalidades. ” apesar de nunca ter se aproximado demais daquelas criaturas, era normal que histórias e contas se espalhassem com o tempo. já havia tido contato com relatos bons e maus acerca dos dragões, de como eram bestas malignas e máquinas de matar, assim como seus montadores. desde que haviam chegado na academia, entretanto, katerina observava pelos cantos em como eles pareciam, acima de toda a complexidade, tão carinhosos com seus montadores como os seons costumavam ser com os khajols. “ os seons também têm a própria personalidade e os próprios hábitos. além do mais, sorcha é mágica e imaterial, logo, ela não vai explodir se você tocá-la. ” não era uma advertência, era mais um comentário informativo. aquela mulher parecia crer que caso tocasse sorcha, a mesma viraria um punhado de confetes.
Com as novas justificativas rasas, que continuamente falhavam em amenizar seu receio a respeito da pequena esfera reluzente que a tocara inadvertidamente, Gweyr não se mostrava interessada em escutar sobre a suposta personalidade que ela carregava em seu interior desconhecido. Seu verdadeiro anseio era desvendar a incógnita que aquele objeto representava, para entender exatamente com o que estaria lidando enquanto permanecesse em Hexwood. Até onde podia supor, deveria tratá-lo como uma potencial ameaça. ── Se eu fosse você, a aconselharia a, na próxima vez que tiver um surto de curiosidade, abordar seu alvo pela frente, não pelas costas. ── Gratuitamente oferecia sua sugestão, considerando a orbe um organismo consciente, uma vez que era tratado exatamente desta forma pela khajol. Sua cautela não era com a preservação do globo em questão, mas com o que poderia acontecer no caso de algum daqueles elementos serem atacados. Em resposta à dúvida quanto à sua pergunta, ela apenas assentiu afirmativamente. Embora estivesse em busca por esclarecimentos, porém, o que parecia encontrar era apenas novas incertezas referentes ao ponto de luz, a quem agora encarava com os olhos semicerrados. Cansada? Estava cansada de flutuar por aí esbarrando nas pessoas? Era mesmo um mecanismo intrigante. Aturdida pela comparação inesperada envolvendo os dragões, sua atenção se voltou para a garota, a fitando com um olhar confuso enquanto um meio sorriso nascia em seus lábios. ── Surpreendentes? Eles são dragões, criaturas extremamente complexas. ── Este era um consenso de conhecimento geral, ou assim imaginava. ── Também me parecem infinitamente mais poderosas e resistentes do que essas bolas de luz, o que confere a elas o direito de lidarem com algumas mudanças abruptas de humor e comportamento. ── Insistia em descobrir mais sobre a fragilidade daqueles seres.
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀a simples ideia de acabar noiva de alguém muito mais velho trazia calafrios no fim de sua nuca, os quais espantou ao mexer sutilmente o pescoço. não era uma preocupação que costumava partilhar com os amigos, simplesmente porque costumava ponderar sobre em momentos de solidão, abraçando uma introspecção miúda que, ainda que tenha sido subjugada pela personalidade extrovertida da jovem, ainda havia crescido com ela e, por isso, ainda era parte de quem ela era. “ não acho que tenho muito a fazer, nem muito em que eles possam interferir. não é julgando meu pai, claro. ” começou, sabendo que provavelmente o que falaria não pareceria tão compreensivo como ela costumava ser, mas eirik era seu amigo; ela se sentia mais confortável naquela ocasião ao confidenciar-se um pouco com ele. “ mas ele não costuma ser do tipo a dar ouvidos aos outros. bem, é um homem focado nas próprias convicções. não acho que aleksander conseguiria intervir em algo relacionado a mim. sasha, muito menos. ” abanou os ombros. aleksander era o herdeiro do marquesado de gyndern e do sobrenome satrianova, e o filho mais próximo do pai; ainda assim, dmitri não costumava ser um homem afeiçoado a receber conselhos. sasha era o segundo filho e, como diziam os boatos, praticamente uma sombra do primogênito; andava e falava como alek, tentando exprimir uma credibilidade que não lhe cabia. não era um mau homem, tampouco um mau irmão; mas não tinha a personalidade tão marcante quanto a do mais velho entre os três. “ pelo jeito como você fala, vejo que ele trata o assunto com certa urgência. mas estão acontecendo tantas coisas ultimamente, que seria até difícil você, que já não está necessariamente interessado na ideia de um casamento, procurar uma noiva digna. ” a palavra era engraçada; os homens de berço costumavam possuir uma lista de exigências para o que uma noiva digna parecia significar. eirik era mais centrado e mais inteligente do que os outros, ela percebia, com certo orgulho natural. apreciava a mente do amigo, por mais diferentes que eles dois fossem. “ aposto que você vai conseguir um dia. talvez sua professora possa te dar umas dicas. se for tentar se aproximar um dia, por favor, volte vivo e me conte a história; adoraria saber a sensação, mas acho que não seria capaz de fazer isso. ” não tinha vergonha em admitir que era um tanto quanto medrosa quando refletia sobre as criaturas; apesar de enxergar tamanha beleza nos dragões, não tinha a coragem que era necessária para investir nessa curiosidade. “ é verdade. ” concordou com um suspiro. “ imagino que como herdeiro, isso seja ainda mais difícil. mas… nem sempre você será supervisionado. já é um homem adulto e um dia será valdr; tenho certeza que poderá fazer mais do que deseja no futuro. não necessariamente montar em dragões, mas você me entendeu. ” comentou com um pequeno sorriso à luz da lua.
A mente de Kat certamente era mais pacífica que a sua, mas o modo peculiar como a amiga funcionava não era feito para alguém como ele, que buscava racionalidade e um porquê em todas as coisas, mesmo quando as emoções o ameaçavam devorar. ❛ Letal talvez não, mas atordoador é a palavra certa. ❜ A concordância implicante foi feita em tom afetuoso, pois era justo o que tornava a amiga diferente que também a tornava a companhia ideal. Por um segundo, se permitiu pensar como a vida teria sido diferente se tivessem crescido em propriedades vizinhas–e na pedra em seu sapato que seria Thorbjorn com um co-conspirador de igual ambição. ❛ Só a ideia já me deu arrepios. ❜ Eirik estremeceu ao admiti-lo, sabendo que aquele cenário tocava em um calo recorrente: o pai parecia achar impossível que suas relações com as amigas mulheres que cultivava pudessem ser estritamente platônicas. Não sabia se era por desespero ou por acreditar que homem algum seria capaz de se controlar, mas aquela era a única coisa em que vivia para decepcioná-lo, pois sua vida amorosa não era nem de longe tão interessante quanto o Valdr imaginava. ❛ Seus irmãos tem algum poder de influência na decisão? Talvez possam te ajudar a não acabar noiva de um velho. ❜ Aquele era um mal que acometia somente às mulheres, já que os herdeiros homens costumavam ser prometidos a jovens em idade reprodutória–a ideia lhe revirava o estômago, pois pintava todo um gênero como meras incubadoras. ❛ Eu sinto que meu pai planeja me casar neste próximo ano. Ele tem se tornado cada vez mais insistente, mas não é de todo contra a ideia de que eu escolha minha própria noiva–contanto que a julgue digna do nome Hrafnkel. ❜ Respeitava o legado de sua família e o peso da própria responsabilidade, mas odiava o hábito do pai de olhar todas as demais casas nobres de cima, e a terrível mania de se fingir de cego para qualquer um que não tivesse nascido em berço de ouro. Se a família soubesse de sua recente associação com a tal professora de draconologia, só o fariam ralhar. ❛ Eu ainda tenho a esperança de conhecer um de perto e sobreviver para contar a história. Sempre tive a sensação de que as criaturas são mais inteligentes do que nós sabemos. ❜ Era comum que khajols retratassem as bestas e os próprios changelings como simplórios, estereótipo com o qual discordava. Ponderou na pergunta hipotética de Kat por um segundo–nunca havia pensado a respeito de modo intencional e consciente. ❛ Eu adoraria montar um dragão. Se o mar em tempestade não me assusta, acho que daria conta dos céus. ❜ Não sabia se era excesso de confiança ou otimismo exagerado, mas acreditava naquilo como um fato. ❛ Mas mesmo que os dragões magicamente nos aceitassem, não sei se seríamos permitidos–costumam nos tratar como peças de cristal, afinal. ❜
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀“ ótimo! quando você pode? estou cheia de tintas novas para podermos usar. minha mãe mandou algumas junto com as roupas de frio. ” comentou com certa animação; alissa era atenciosa e tinha espaço no coração para as festividades de saturnália, reservando o melhor de si para a única filha, a fonte de seus meados de felicidade; com o crescimento ao lado da mãe, havia aprendido a gostar do inverno. sabia que freyja não partilhava de tanto entusiasmo para com essa estação, o que era entendível, apesar de não ser uma opinião compartilhada. katerina não detestava o inverno, visto que no ambiente em que cresceu era natural que a neve fosse um pouco pesada no fim dos anos, apesar de só ter tido real contato com a ocasião invernal quando já estava um pouco mais velha. “ bem, aine não me visitou nos sonhos, mas não sei se eu também seria a melhor receptora para uma notícia tão grande. ” imaginava que freyja era o tipo de pessoa que naturalmente seria contatada pelos deuses; era inteligente e possuía certo espírito de liderança invejável. apesar da preocupação de não ter sido visitada por sua deusa, não partilhava de qualquer sentimento ruim para com o acontecimento que repousara sobre os ombros da amiga; as mil variáveis do porque aquilo não ter lhe acontecido não estavam ao seu alcance. pintaria mais tarde para tentar obter respostas por si só; talvez pudesse até acender uma lanterna. um sorriso sutil e aconchegante resplandeceu em seus lábios ao observar a mais alta. “ pelo menos é bom que tenhamos tido esse esclarecimento. não imaginava realmente que algum de nós houvesse roubado o cálice deles. ” também não conseguia imaginar como os changelings tivessem roubado a pira sagrada, mas não tocara diretamente naquele tópico. voltara a pensar em sua sugestão um pouco indevida; não necessariamente queria visitar o old saloon, ou talvez quisesse, mas alguém poderia culpá-la? tentava levar o espírito de liberdade do feriado a sério no sentido de que, talvez, adotasse um pouco mais daquele conceito na própria vida. é claro, longe dos olhos observadores de autoridades; não era de bom tom duas jovens solteiras se aventurarem em um lugar como aquele. “ não precisa necessariamente ser lá! ” guinchou quase como autodefesa, segurando uma pequena gargalhada quando freyja a atacou com alguns dedos apontando em seu abdômen. ao reerguer naturalmente sua postura, permitiu a si mesma exasperar-se um pouco ao lado da amiga. “ foi o único lugar que me veio a cabeça, mas talvez alguém saiba de lugares interessantes e menos perigosos. ah, frey! ” lamuriou-se com um pequeno suspiro. “ só pensei em fazer alguma coisa nova. acho que nunca fiz isso antes. estou um pouco cansada… ” detestava se sentir uma ingrata e agir como uma; era uma mulher de alto berço com tudo o que moedas de ouro poderiam pagar. não entendia porque às vezes se sentia tão inquieta dentro da própria pele. “ de não fazer nada muito diferente. mas não precisamos ir pra lá. podemos ficar por aqui também e fazer alguma coisa. ” propôs logo após, com um pequeno suspiro, acompanhado de um sorriso pouco animado.
Não quis olhar para fora e encerar a neve que piorava seu humor só por existir. Lidava bem com inverno até onde conseguia; com neve, não. Era solar e preferia o quente, florido e fresco. Ficar em amontoados de roupas era sufocante e mais ainda quando estava presa em Hexwood. Deu um sorriso desanimado para a amiga, assentindo com a cabeça. "Definitivamente estou precisando de um refresco mental. Pintar vai ajudar bastante considerando que não o faço há um bom tempo. Achei que era só falta de tempo, mas desanimei. Às vezes Hexwood é cansativa." Admitiu o descontentamento com um pouco de culpa, sentindo-se ingrata por tudo que havia aprendido e se tornado por ali. Mesmo para os mais ambiciosos, o próprio lar fazia falta, e Freyja sentia-se deslocada aos poucos, fosse com a magia em baixa escala ou com os empecilhos pessoais que tinha para si. A pergunta de Katerina provou apenas que não havia sido uma das escolhidas pelos deuses para receber a notícia e temeu a reação que poderia ter, mas não podia esconder uma informação tão importante e que poderia ajudar a todos por ali. "Os deuses apareceram nos sonhos de alguns khajols... bom, cada um sonhou com o próprio deus. Sonhei com Odin." Simplificou de forma sutil para não fazer daquilo grande coisa. A reação de Eirik havia sido o suficiente para que Freyja temesse que outras pessoas se sentissem ofendidas e até mesmo traídas. "Disseram só o que parecia óbvio, e foi o mesmo para todos. Os changelings não foram os culpados, há algo a ser desvendado, runas nunca vistas antes. Talvez tenham sido, só parecem ser tão antigas quanto o próprio tempo. Os dragões também falaram algo semelhante em nossa defesa, é o que comentam." Discorreu sobre com o olhar focado na guirlanda, esperando pela resposta com uma certa aflição. Katerina costumava ser muito mais compreensiva do que deveria ser e tinha uma chance de não se sentir excluída, ou ao menos, não demonstraria. "O que você acha? Não sugeriria fazer algo que nunca fiz antes." Deu um meio sorriso, a falta de vergonha invadindo o rosto por ter atravessado o castelo para fora com meios ilegais. Não temia muito o desconhecido, só temia a falta de força que teria sem a magia integral. Ergueu uma sobrancelha, curiosa sobre a vontade da outra morena, mantendo a expressão mais arteira do que o usual. "Sabe que é só dizer que levo você. Em segredo, claro." Não queria incentivá-la a fazer algo de errado, embora achasse que estava precisando de uma mudança de ares. Para alguém tão reclusa, regras quebradas não fariam tão mal assim. "Oh." O local a pegou de surpresa e franziu os lábios por alguns instantes. "Não é uma ideia horrível se formos vestidas adequadamente... Parecendo changelings, quero dizer. Os bárbaros vão achar que somos uma deles e não vão mexer conosco. Estou impressionada." A cutucou na barriga com um risinho.
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀diante de tantos eventos antinaturais, a camada fria de gelo sobreposta ao lago oeste era um dos que mais chamara a atenção de katerina; apesar de estar ciente da frente fria que acometia a ilha de ardosia, ainda era um pouco chocante o que vinha acontecendo no âmbito climático de hexwood. os invernos nunca tiveram espaço na primavera eterna que cultivavam. era diferente em gyndern, a cidade onde crescera, onde a conexão com o frio era uma marca natural do ciclo anual que se aproximava do fim, apesar de katerina sempre estar restrita às torres e, posteriormente, à outros ambientes do palacete, incapaz de aventurar-se com os irmãos em branco profundo e guerra de bolas de neve. ali, estava imersa demais na própria atmosfera ao bater na saia do próprio vestido, espantando flocos de novo que insistiam em grudar ao tecido rico da roupa roxa-escura. a capa protegia os ombros e o capuz era muito útil para poupar os cachos escuros da geada leve que se formava. o topo das maçãs do rosto acentuava-se com um vermelho pouco comum, assim como a ponta baixa de seu nariz. o frio não lhe era estranho mas, mesmo assim, estava tomando seu tempo até se voltasse a se acostumar com ele. queria sair com sorcha, como sempre, pois apreciava a companhia da seon como se fosse um membro do próprio corpo. a seon ainda estava um pouco indisposta, no entanto, o que não só não a agradava como também a preocupava; mesmo assim, apresentara uma pequena melhora do dia anterior para o atual, o que katerina já considerava uma pequena vitória. a passagem pelo lago oeste seria rápida, ela prometera para si mesma, pois ainda tinha muito o que fazer; terminar as inúmeras decorações de saturnália que tinha começado. ainda assim, se viu presa em uma conversa quando, por um descuido pessoal, quase esbarrou com a presença de vestido esverdeado próxima de si. “ mil perdões! ” pediu de antemão, encarando as orbes verdes da mulher com quem conversava. “ não precisa se desculpar, acho que todos nós estamos distraídos com o que está acontecendo. ” era um fato de que a neve era um acontecimento que, quando chegara, se tratara imediatamente de um assunto perpetuado por todo o esqueleto da academia. “ sei que não é algo muito bom, mas é muito bonito. ” havia uma beleza intensa no inverno, ela percebia e apreciava, tal como as outras estações, embora em hexwood sempre estivessem sob a influência da primavera. “ de onde eu venho, também costuma nevar nessa época do ano. o clima está sendo quase um substitutivo ao pensar no fato de que não vou voltar para casa esse ano. ” já havia se acostumado com a ideia, naturalmente, tinha amigos o suficiente para não se sentir deslocada ao ter que permanecer na academia; mas sentiria saudade da família. “ senka é muito longe? conheço o lugar por nome, mas não sou muito atenta à localização geográfica. ”
༻ Open starter ━━━ Lago Oeste.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀ O RUBOR ESPALHADO PELAS ALVAS BOCHECHAS E NARIZ em nada poderia ser comparado ao verde frio dos observadores olhos que fitavam de forma ainda mais gélida a fina camada de gelo que recobria toda a extensão do Lago Oeste. Frio, Ardere diria que a ironia de sua chegada à ilha ter coincidido com a perda da barreira mágica que recobria toda a Hexwood é, sem dúvidas, algum tipo de aviso dos deuses. Aviso esse que pode ter passado despercebido pelos demais, mas não por ela.
Não que rejeitasse a temperatura amena dos jardins, pelo contrário, o fato de se parecer com Senka a deixava ainda mais confortável. Afinal, exilados se acostumaram com o que recebiam do reino, o que no momento se resumia a nada. Nesse ponto, Ardere daria a mão à palmatória, seu retorno para a Academia de Artes Mágicas de Hexwood foi uma surpresa até para ela mesma, mesmo que Discordia já tivesse a avisado sobre. Não acreditou na deusa, tão cega pela raiva que se negou a acreditar até pisar novamente na Ilha de Ardosia, e estar cercada de seus maiores medos… e inimigos.
Soltou o ar com calma, observando a leve fumaça sair por seus lábios avermelhados e se perder na paisagem coberta por uma incomum camada de neve. Quis rir, uma gargalhada que não soaria tão amigável quanto o papel que desempenhava ali, naquele instante, e conteve sua risada em algo mais cálido, mais singelo e definitivamente mais elegante. A risada morreu em seus lábios ao sentir seu seon, Noctis, se endurecer a seu lado, se é que uma materialização de pura energia poderia ter algum tipo de reação tão humana, mas Ardere não duvidaria de Noctis, principalmente ao receber empaticamente sua mensagem, alguém se aproximava. Virou-se no mesmo instante, o brilho do cetim verde de seu vestido acentuando seus olhos diante à brancura ao redor, e o sorriso que adornou o belo rosto poderia ser tudo, menos ameaçador.
━━━ Meus deuses! Não percebi a aproximação, me perdoe! Perdoe também meu seon, Noctis também estava contemplando a beleza do lago congelado. Quem diria, gelo no Lago de Hexwood! ━━━ O tom de voz combinava perfeitamente com as feições delicadas e o sorriso doce que ainda exibia para MUSE, pequenas lufadas de ar quente saindo de seus lábios conforme se pronunciava, como uma leve e quase imperceptível névoa. Discretamente, levou os olhos até seu seon, notando o tom prateado de Noctis se aproximar da interação, pairando sobre Ardere como uma minúscula nuvem negra. ━━━ Não posso me queixar do frio, no entanto, me faz lembrar de casa… Senka está sempre fria nesta época.
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀não conseguira resguardar o sorriso e a consequente risada que a confissão de bri arrancaram dela. “ você está certa. vou deixar que você seja a rabugenta, não combina combina comigo, de qualquer maneira. ” brincou de volta, esboçando um sorriso que não alcançava os dentes; qualquer um com o mínimo de discernimento conseguia visualizar a dinâmica daquele relacionamento, e como os opostos se atraiam imediatamente. não tinha uma irmã mais velha, de modo que era a única mulher em uma família de homens mas, ainda assim, imaginava que bri seria a melhor imagem de irmã mais velha que poderia ter. “ você disse chocolate quente? por favor, vamos logo. estou precisando me esquentar por dentro. ” mesmo as vestes quentes não inibiam o frio que parecia adentrar por frestas convidativas entre suas roupas, não importa o quanto sua capa pesada fosse ajustada. enquanto andavam, cumprimentava algumas pessoas por quem passavam em seu caminho até o grande salão. “ hm… de uns dias pra cá, ensinei a sigrid a pintar flores e pintei um retrato de siobhan no jardim. ” gostava de auxiliar pessoas e passar tempo com os amigos e, por isso, adorava quando podia unir essas ocasiões à sua paixão pela pintura. “ e enfeitei uma guirlanda para a minha porta! estava sentindo que estava faltando o toque final na minha decoração pessoal de yule. posso enfeitar e pintar uma pra você, que tal? já até consigo pensar nela. bem grande e bem vermelha! ” idealizou enquanto ocupava a imagem mental com aquele pequeno mimo que a podia oferecer, além do presente que tinha certeza que compraria; também era de seu interesse presentear, e alguém tão próxima quanto brianna merecia algo distinto, mais que especial. a guirlanda em tons de vermelho mantinham uma ligação natural com os lábios de brianna, que ela costumava tingir dessa cor. “ fora isso, não pintei nada de muito interesse, apenas alguns ramalhetes e figuras de animais; acho que estou esperando um lampejo de inspiração ou alguma coisa parecida. e você, o que tem feito de interessante? ”
Ouvia as aflições de Katerina com atenção e em silêncio, apenas concordando com a cabeça. Sabia bem como ela se sentia pois partilhava das mesmas preocupações, sabendo apenas esconder seus sentimentos um pouco melhor. Por um tempo, depois do sonho com Bastet, a satisfação de saber que estava certa aplacou qualquer aflição que sentia sobre os ataques recentes. Infelizmente não por muito tempo, uma vez que a revelação da deusa trazia consigo também novas ameaças invisíveis que colocavam em risco todos os povos de Aldanrae e que mesmo assim não parecia ser forte o suficiente para que se unissem de uma vez por todas. ─ Bem, eu não acho que você deva se preocupar muito quanto a isso. Semana passada mesmo, minhas roupas íntimas estavam me incomodando tanto que eu não consegui meditar nem um pouquinho sequer, estava o tempo todo me concentrando para não arrancar o espartilho no meio da aula na frente de todo mundo. ─ Confessou, tentando trazer leveza para a conversa. ─ Nem sempre teremos uma aula muito produtiva, e está tudo bem, o importante é que sigamos tentando. ─ Aconselhou, apertando de leve os ombros dela em um sinal de conforto. Entendia muito bem as preocupações expressadas, mas parecia errado ter alguém como Katerina compartilhando delas. Por mais que pegasse no pé da amiga para que amadurecesse, alguém como ela foi feita para ver apenas as partes belas do mundo e por mais contraditório que fosse, Brianna desejava manter a sua inocência intacta por tanto tempo quanto fosse possível. ─Até onde eu sei eu era a pessimista nesse relacionamento, por um acaso você está tentando roubar o meu posto? ─ Questionou em tom de brincadeira, cutucando a com o cotovelo enquanto entrelaçam o braço com o dela. ─Vamos deixar o reino animal para um outro momento. Eu ouvi dizer que estão distribuindo chocolate quente no Salão Principal, o que você acha de fazermos um pequeno desvio para uma caneca enquanto você me conta das suas obras mais recentes?
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀“ bom, é difícil colocar em palavras. também acho que está sendo meio difícil sem a pira sagrada, mas faço isso justamente para manter minha conexão com os deuses acesa. ” entregava periodicamente as lanternas no lago sem falta desde o dia do roubo, com a intenção de estar sempre relembrando à aine que estava ali e lutava pela ligação que mantinham desde que fora aceita sob sua tutela. desde que fora concedido a ela o presente da magia khajol e, mais além, daquela ligação divina, era difícil imaginar-se sem ela; por isso, lutava por isso o máximo que conseguia dentre os próprios esforços. “ pode estar se sentindo meio vazia pela falta do cálice de vocês, mas acho que continuar a acender velas à sua deusa pode ajudar você a se encontrar nessa falta de informações. ” pelo menos, estava vivendo por esse mesmo motim. “ e não acho que você tem que ficar pensando que tem quem sofra mais que você. a academia também era sua. ” manejou a lanterna com as mãos quando terminara de ajeitar a estrutura que cobria a pequena chama que ela mesma acendera. gostava particularmente de adicionar detalhes pessoais específicos às próprias lanternas, de modo que suas oferendas quase sempre fossem distinguíveis entre a enxurrada de outras lanternas deixadas por seus colegas de academia. “ não é uma situação fácil, mas por que só pensaríamos no lado ruim das coisas? tenho certeza que as coisas irão se resolver no final. até lá, bem… você tem em mim uma amiga. ” muitos khajols distavam da simpatia quando se tratava dos changelings, mas katerina não adotava a postura preconceituosa que os seus costumavam esbanjar em maneirismos e olhares desdenhosos. “ me fale sobre o yule de vocês. confesso que não sei muito sobre ele, nunca tive muito contato com isso antes. ” do marquesado de onde viera, o número baixíssimo de changelings era um peso nas estatísticas, e sua transferência imediata para hexwood ao alcanço da maioridade a distanciou desse tipo de conhecimento. “ é parecido com a saturnália? vocês tem alguma tradição super especial? alguma que você ame muito? eu particularmente adoro a troca de presentes. ”
Estar longe de casa durante o Yule parecia errado. Não que as comemorações em Hexwood não fossem encantadoras, até porque todos os dias que passava no castelo ela tinha mais certeza de que tinha caído em um livro infantil com contos fantasiosos. Os vestidos bonitos, as joias brilhantes e os banquetes fartos eram apenas sinais que mostravam que ela não deveria estar ali. Não que fosse reclamar com alguém sobre isso, sabia bem que seu descontentamento só causaria o desconforto de seus mais velhos, que nada poderiam fazer sobre voltar logo para casa. Ela tinha que ser forte e manter sua tagarelice e bom humor, uma vez que todos tinham problemas demais para lidar com o choro de uma garota boba com saudades de casa. Wülfhere não era tão bela e confortável como a academia dos khajol, mas era seu lar e ela queria ele de volta. Dahlia caminhava pelos jardins, esperando não encontrar ninguém pois já estava um pouco farta das comemorações, esperando apenas que desse um horário razoável para que pudesse se retirar ao seu pequeno quarto e acender uma vela para Erianhood antes de dormir. Com aqueles pensamentos em sua mente, era curioso que tivesse acabado justamente no lugar onde os khajol pareciam fazer aquele tipo de oferenda. Sem conter suas tendências observadoras, ficou fascinada observando Katerina fazendo sua oferenda, odiava admitir mas a devoção quase fazia com que os nobres parecessem pessoas normais. Se aproximou dela, concordado em manter companhia enquanto ela fazia seus rituais. Por mais melancólica que estivesse, sua curiosidade era maior do que qualquer outra coisa. — Por que vocês fazem isso mesmo? Os seus deuses respondem mesmo a esse tipo de coisa? A gente costuma acender velas para Erianhood durante o Yule, sabia? Você deve ter visto isso por aí, mas eu não sei, parece tão sem sentido agora que não temos mais acesso ao Sonhār. Quer dizer, eu nem deveria sentir tanta falta assim, já que só tem um ano desde que comecei a ter acesso ao Calice dos Sonhos. Tenho certeza que os mais velhos estão sofrendo bem mais do que eu, mas ainda assim, tudo parece tão vazio, você não acha?
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ter sido recebida com uma recepção consideravelmente pouco calorosa abalara um pouco seus olhos curiosos, que desviaram-se para sorcha com um toque repreensivo, como se a aconselhasse a tomar cuidado por onde andava da próxima vez. sabia que a seon não fazia por mal; tinha a noção de, que dentre os diversos seres brilhantes mágicos ligados aos khajols, a sua própria era a que mais tecia uma calmaria distinta. mesmo assim, manteve a postura que lhe era costumeira; os olhos ainda serenos, um sorriso ainda solícito nos lábios. “ ela é bem comportada naturalmente. ” a necessidade de proteger sorcha era grande, e entoou o comentário ainda calmamente, pois sabia que não estava mentindo. “ deve ter sido só um surto de curiosidade, que garanto que não vai acontecer novamente. ” pontuou, lançando olhares ladinos até a seon que, se tivesse um rosto, estaria piscando os olhos inocentemente, katerina imaginava. “ frágil? ” era uma pergunta um pouco difícil de se responder; a considerava, realmente, um pouco mais frágil do que o de costume, levando em conta os acontecimentos recentes. já era naturalmente pálida, em um tom de rosa dos lírios, mas desde o sumiço da pira parecia estar tendo um brilho um pouco desmantelado. mesmo assim, esse não era o tipo de revelação que faria a uma estranha. “ bem… ela só está um pouco cansada hoje. ” abanou os ombros. o hoje poderia ser traduzido em "ultimamente." “ por isso me surpreendi com a atitude dela, mas é de se esperar que esse tipo de coisa aconteça ocasionalmente... aposto que os dragões também podem ser surpreendentes. ” aproveitou para eventualmente inclinar a conversa até um tópico alvo de seu recém interesse.
O toque deixado sobre seu ombro direito chamou sua atenção para o que imaginava ser outro indivíduo a abordando, mas logo causou estranheza ao revelar a imagem da orbe cintilante que agora flutuava quase na altura de seus olhos. Com o cenho franzido, Gweyr encarou o pequeno globo de energia, esperando que algo acontecesse daquele encontro. Entretanto, tudo que presenciou foi o pedido de desculpas de uma khajol que recolhia o artefato e apresentava uma explicação rasa sobre o significado dele. A justificativa para ter se tornado o alvo da orbe não parecia convencê-la, e lhe incomodava ser o objeto de curiosidade de algo vinculado aos feiticeiros, mas não a impedia de tecer suas réplicas afiadas. ── Considerando que os deuses são onipresentes e provavelmente acompanharam minha história, não me surpreende o interesse por mim. ── Falava sem o mínimo receio de transparecer arrogante, pois este era um traço de sua personalidade que trajava com orgulho. O indicador da destra se estendeu diante do objeto, quase chegando a tocá-la, sendo impedido apenas pelo resquício de prudência que ainda restava nela. ── Mas, controle melhor sua boa flutuante, pois não posso garantir que da próxima vez não irei lançá-la em direção ao chão. ── Seu tom não era ameaçador, mas o alerta era genuíno, uma vez que não era responsável por sua reação quando atacada pelas costas. ── Nada contra, eu só tendo a ser um pouco reativa. ── Deu de ombros. Com o ensejo diante de si, cedeu à curiosidade que alcançava a superfície. ── Ela é frágil?
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀absorvia os comentários de sigrid como alguém completamente imerso pela atmosfera de uma história que não lhe pertencia. o prospecto de uma vida arbitrária e intensamente independente era uma realidade muito distante, se tornando menos que palpável; era algo abstrato e mirrado, que sabia que nunca teria acesso. mas, mesmo assim, a idealização daquilo a partir do que adquiria das palavras da amiga lhe causavam um calor curioso no peito. liberdade era uma de suas palavras favoritas. “ acho que você só vai saber se visitar o lugar de novo… provavelmente não é a mesma coisa. minha mãe costumava dizer que não se entra no mesmo rio duas vezes. ” o caráter da frase carregava algo em que acreditava, em questão de metamorfose e transformação. “ mas não quer dizer que só porque não é a mesma coisa que é algo ruim, não é mesmo? ” ergueu as sobrancelhas repetidamente, como uma pequena provocação enquanto espalhava o pigmento verde escuro na região do caule de sua pintura. “ tavernas? ” questionou com os lábios um pouco mais entreabertos; nunca imaginaria que a amiga seria o tipo de frequentante daqueles estabelecimentos, e isso não era, em qualquer instância, pejorativo em sua mente; apenas refletia sobre como a imagem bem polida de sigrid abarcava tantas histórias e pontos de vista diferentes. isso fazia com que gostasse ainda mais dela. “ bem, se é algo que foi importante pra você, incluindo pessoas importantes, não entendo porque se manter na incerteza do passado. eu mandaria uma carta, se fosse você. até pintaria um cartão. ” brincou enquanto esperava sua primeira camada de tinta secar, o contato com a água demarcado no papel áspero, o acabamento de seu jeito favorito. “ acho que até visitaria de novo. se um dia precisar de uma companhia, eu me voluntario. ” não poderia dizer com certeza, porque não estava na mesma posição que sigrid; pouco era o que seu passado resguardava. tudo o que acontecera antes de entrar em hexwood era um ciclo natural e que, com o passar dos dias, fazia com que ela refletisse sobre suas experiências, embora não costumasse partilhar com qualquer pessoa; reservava isso à suas madrugadas e manhãs. se inclinou para observar o desenho de sigrid. agora pintado, estava ainda melhor. “ viu só? como está bonito! ”
Não acreditava muito nas palavras da amiga, mas era grata pela doçura dela enquanto sua flor lentamente tomava forma. Traçava o desenho mais devagar agora, perdida no assunto, o cuidado redobrado pra não borrar mais do que já estava fazendo. "Música é difícil, mas também muito agradável. Como pintura, é muito bom quando uma pessoa domina. Bom para os olhos, bom para os ouvidos." Comentou, desejando depositar em elogio sutil em Kat. "Já a minha mãe não sabe nada, mas ela tenta. E meu pai adora, mesmo que ela seja horrível." A lembrança a fez sorrir, se lembrando de que naquele ano voltaria para casa para o Yule... se não fosse a neve em Hexwood. Não poderia sequer passar com a sua tia, embora não estivesse ansiosa para isso. "Foi divertido mesmo." A lembrança da tia também fazia com que se recordasse de aqueles eram dias esquecidos do passado. A mulher fora bem clara em deixo implícito que sabia de suas atividades e não continuaria a permitir. "É muito diferente, Katerina. É uma área habitada e frequentada por changelings em sua maioria e há um grande abismo entre nós e eles. Parece ter mais... liberdade." Na época Sigrid tinha achado fascinante, mas tantos anos depois e com uma cabeça diferente, não tinha certeza sobre o que pensar. "Eles parecem ter mais liberdade, não acha? Apesar do destino amarrado à guerra, não parece haver muita pressão para a perfeição, a obediência cega a uma divindade e essa servidão à religiosidade..." Percebeu o pincel tempo demais, tornando o traço da última pétala um pouco mais grosso do que os demais. "Não que seja ruim, claro. Mas é uma forma diferente de viver. Eu costumava comprar coisas e frequentar clareiras. Até tavernas!" Disse em voz mais baixa, como se temesse que alguém mais ouvisse. "Conheci boas pessoas, mas as perdi com o tempo. Não sei se esse lugar continua o mesmo após tanto tempo. Não tenho saído muito de Ardosia e Zelaria." Confessou, porque até mesmo a capital havia um tempo que não visitava.
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀considerava aquele conselho um pouco difícil, mais uma questão intrínseca do que relacionada ao mundo em seu redor; sua mente funcionava com algum tipo de coloração distinta que ela não sabia explicar, mas costumava ser acelerada, pontuando um milhão de teores e possibilidades. “ então é normal que as pessoas se percam nas próprias manipulações? digo, como mencionou que as coisas podem acabar não retornando ao que eram caso o executor se perca; algumas pessoas se seduzem pela realidade inventada, é isso? ou são , digamos… consumidas por ela? é algo que acontece voluntária ou involuntariamente? ” questionou com certo cuidado, pensando um pouco a respeito. ainda não era familiarizada com a disciplina o suficiente para ser versada no destrinche de todas as suas bases teóricas, e esperava não estar sendo completamente alheia à elas, então decidira se agarrar às pequenas dicas que ele lhe ofertara. não seria pessimista, mas repensara por uns segundos, avaliando se isso lhe seria um futuro problema; estava comumente envolta em entremeios do próprio subconsciente, se deixando levar propositalmente por realidades ideais onde as coisas eram um pouco diferentes. mesmo assim, balançou levemente a cabeça, como se afastasse essa maré pouco afetuosa que banhava sua mente. desde o sumiço da pira, de alguma maneira, se sentia menos como sempre era; os sorrisos se mantinham os mesmos, assim como a naturalidade gentil, mas os ombros carregavam um pouco menos de energia que habitualmente. “ me sinto confortável o suficiente nas aulas de manipulação de energia, mas entendo que são coisas muito distantes, apesar da nomenclatura parecida. ” pontuou à toa, imaginando que, quando avançasse ao próximo nível, descobriria diversos detalhes sobre a matéria que delaunay lecionava. gostava de imaginar-se como uma futura boa aluna. acerca do livro, meneou a cabeça, observando novamente o livro, de maneira ladina. “ e conseguiu achar alguma informação interessante, talvez? são tantos murmúrios por aí que fico um pouco confusa. ouvi dizer que sonhos chegaram à alguns… mas não fui agraciada com qualquer um deles. ” era algo que a preocupara, não conseguia negar para si mesma. sonhos eram recorrentes em seu cerne e doía imaginar que era algo que poderia se acabar, caso a presença de aine sobre ela cessasse.
Por mais que sua memória não fosse das melhores, ele sabia que ela não pertencia ao nível que lecionava, não apenas por causa do amuleto que já entregava o nível em que estava, mas, também, por nunca ter visto seu rosto no meio dos tantos que se sentavam em sua sala. "Se tiver alguma questão em específico, sobre manipulação da realidade, estarei mais do que contente em ajudá-la. No mais, meu melhor conselho, é que não tente apressar os processos. Isso serve tanto para as disciplinas, quanto para o geral. A senhorita deve manter em mente o tempo presente.", replicou no tom ameno, mais aberto ao dialogo, visto que agora pareciam tratar de algo que ele poderia ser útil. "E nunca esqueça do que é real. A manipulação é principalmente para os outros, mas se o executor se perder no meio do processo e acreditar naquilo que criou, as coisas podem nunca mais voltar ao normal.", concluiu por fim, deixando-a livre para perguntar o que fosse a partir disso. A verdade era que, ao brincar com a realidade, muitos poderiam se perder nas fantasias que criavam, cenários melhores, vidas melhores, tudo isso era cativante e igualmente perigoso, um pequeno descuido e pronto, as consequências eram inimagináveis. "É o ideal a se fazer, senhorita. Prefiro não invadir a área de conhecimento de um colega, da mesma forma que espero que não invadam a minha. Caso, no futuro, a senhorita cometa algum equivoco sobre a realidade, estarei mais do que disposto a ajudá-la.", como tinha feito recentemente com uma das princesas, mas não traria o assunto para a mesa, principalmente quando havia prometido sigilo sobre o ocorrido. Tudo que lhe cabia era ofertar a mesma ajuda para todos os seus alunos, sem favoritismo e era isso que estava fazendo, assegurando-a que quando fosse sua aluna, ele estaria lá para sanar suas duvidas e socorrê-la no que se fizesse necessário. "Está tudo bem. Não precisa se desculpar. E eu estava fazendo algumas pesquisas sobre o cálice dos changelings. Tentando descobrir o que ele e nossa pira podem ter em comum, talvez encontre algo que justifique o furto dos dois objetos num curto espaço de tempo.".
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀“ não acho que tem algo potencialmente perigoso para te matar por lá. talvez só te deixar permanentemente atordoado pelo resto dos seus dias. ” apesar de enxergar pouca complexidade no que resguardava em seu interior, tinha a noção de que seu pensamento acelerado demarcava seus pensamentos inconstantes com uma fluidez avassaladora. “ bem, então é bom que nossas cidades não sejam vizinhas. caso ele se juntasse ao meu pai, acredito que jamais conheceria a paz. ” era comum que senhores de alto nascimento passassem a vida arquitetando as melhores ligações para os filhos, garantindo em matrimônio complementos de possíveis faltas para maximizar todos os âmbitos. dmitri era um casamenteiro nato; tanto aleksander quanto sasha já tinham seus noivados garantidos com mulheres de alto berço, garantindo a continuidade do sobrenome dos senhores de gyndern pelas gerações que os deuses permitissem. seu próximo projeto era katerina; ainda que faltasse tempo de sobra até que se formasse, o marquês já tinha uma lista em sua mente dos homens solteiros do reino a quem poderia oferecer a mão da jovem khajol. “ no caso, meu pai não fala muito sobre isso comigo. escuto, de vez em quando, dos meus irmãos comentando sobre isso. estou um pouco mais às cegas… mas acho que é um planejamento para o futuro imediato até a formatura. mas ainda falta muito tempo. ” ela imaginava que era mais uma opção a ser considerada que o contrário. imaginava que era o ciclo natural das coisas, embora não fosse de todo o seu agrado; não era de seu costume o embate, ainda mais com o pai, então costumava se recolher quando seus pensamentos beiravam uma pequena adversidade. tentava se permitir em ter mais fé em casamentos. “ uma professora? que interessante! se ela te ensinar muitas coisas, fico feliz em ser uma aluna indireta se me contar algo interessante. tenho achado eles muito bonitos, mas me falta a coragem para chegar perto. talvez seja só um instinto de autopreservação… ainda sou muito nova para virar um palito de dente deles. ” abanou os ombros no pequeno gracejo. “ você teria coragem de montar em um dragão? ou melhor, você tem vontade? ” questionou mediante à pergunta implícita na última frase do acompanhante. “ não sei se eu teria. deve ser completamente libertador, eu imagino, mas é muito alto. ”
Quando brincavam daquela maneira, Kat sabia exatamente quais botões pressionar para o alfinetar–a ideia de não ser cavalheiresco sempre o havia deixado desconfortável. ❛ Você acha que eu sobreviveria na sua cabeça? ❜ Devolveu como maneira de ilustrar o próprio argumento–duvidava ser capaz de durar mais que um dia na mente de Katerina, colorida com um tipo de inquietação totalmente diferente da sua. Talvez fosse por isso que se davam bem: apesar de todas as semelhanças, eram diferentes o suficiente para serem complementares. Não sabia como, mas a afinidade havia chegado aos ouvidos de Thornbjorn, que o havia perguntado se tinha intenção de a considerar como esposa–como fazia com qualquer mulher de alto nascimento em um raio de 50km. ❛ Boa o suficiente para perguntar se eu queria casar com você–ele está desesperado para me desencalhar. ❜ Confidenciou com uma risada, pois imaginava não ser uma realidade distante da dela: era comum entre os nobres empurrar seus herdeiros uns para os outros na busca de alianças prósperas, e Kat ainda era a filha de um marquês. Aquele era, de modo próprio, um sinal de aprovação do Valdr, que já havia o repreendido pelas associações antes. Invés de se preocupar com as inclinações casamenteiras do pai, se consolou em poder ao menos oferecer algum conselho útil para a amiga, que ainda lhe parecia assolada pela preocupação. ❛ Sorcha ficará grata pela preocupação. ❜ Tratou de lhe assegurar com um aceno de cabeça como ênfase. A seon da Satrianova não poderia ser mais diferente do seu próprio, começando pelo fato que emanava calma e não agitação. A energia da bolinha de luz cor-de-rosa lhe seria bem-vinda naquela ocasião em particular. Ao pensar novamente nos tormentos causados pela presença do Lord Hrafnkel, Eirik deu um suspiro cansado, erguendo os olhos para o céu como se traçar figuras entre as estrelas o pudesse distrair do presente. ❛ Ele está sob grande pressão do imperador por conta da Pira–e acaba sobrando para mim. Não há muito o que comentar além disso. ❜ Seus lamentos sobre o peso das próprias responsabilidades não eram nenhuma novidade, e não a queria entediar com o mesmo assunto. Ao ouvi-la indicar algo como bonito, se voltou para a direção que ela estava encarando, identificando as figuras dracôneas recortadas pelo luar. ❛ São fascinantes–eu tenho tentado aprender mais sobre eles. Conheci uma especialista que está disposta a me ensinar. Me pergunto se algum dia um humano será capaz de montá-los. ❜
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀“ não é nada desafiador. você está arrasando, olha só para sua margarida! ” tudo bem, podia reconhecer que o desenho da amiga estava tomando uma forma um pouco… turva. mas era apenas uma tentativa! e ainda que um pouco torta, satrianova não discriminava a peça; com o tempo, se continuassem, sigrid evoluíria e faria um milhão de belas margaridas. o que importa é que estava aceitável para o começo de uma iniciante. “ harpa é um instrumento lindo. minha mãe toca vários, sabia? eu gostava particularmente de quando ela tocava violino. ” alissa, como toda mulher de nascimento nobre, tinha alguns hobbies extraordinários. “ sinceramente, acho que música é muito desafiador do que qualquer outra coisa. ainda mais quando se está em um grupo com outras pessoas, talvez. imagine, todo mundo tendo que entrar em sintonia para as coisas funcionarem. ” era apreciadora de trabalhos em grupo, mas a realidade de um grupo de musicistas aparecia para katerina como uma visão extremamente mais caótica que um godê atolado de tintas. enquanto se atentava ao próprio desenho, escutava ladinamente a visão da amiga sobre o baixo império. sua cidade natal era próxima o suficiente de ânglia para que, quando mais velha, pudesse escutar pessoas comentando sobre a divisão da capital. dmitri parecia cuspir as palavras mais incômodas que podia quando mencionando a parte baixa da capital, espiralando sobre a falta de pudores que aquela raça propagava pelas ruas da terra do imperador. ali, não encontrou em sigrid a mesma inclemência, o que fez com que os olhos escuros se amarassem mais á figura da amiga, esperando a continuidade de sua história. “ isso parece quase mágico. ” katerina sorriu, em seus lábios um sorriso igualmente sonhador, mas menos do que o de sigrid. a história que a amiga contara, ainda que pouco detalhada, despertou nela uma intensa curiosidade. “ não consigo nem imaginar o quanto você deve ter se divertido. sempre quis conhecer lugares tão diferentes assim. ” sorriu com o pensamento, um anseio que se completava vagarosamente conforme envelhecia. tinha uma noção ínima que talvez devesse conhecer lugares e pessoas antes de se tornar uma esposa, onde imaginava que não teria essa possível liberdade, embora a falta dela não lhe fosse mais que uma curiosidade; não podia sentir falta de algo com o qual nunca teve verdadeiro contato. “ não seja tímida. me conte uma história sua no baixo império! ” pediu enquanto terminava de pintar uma das folhas de sua margarida. “ eu não julgaria você, sabe disso. e adoraria ouvir uma história. lugares novos são fascinantes. ”
A troca parecia uma ideia interessante para Sigrid, o que levou um sorriso ao rosto apesar do desenho horrendo que tomava forma na folha. Pelo menos estava tentando, consolava a si mesma com as palavras enquanto tremia as mãos. As pétalas, uma maior do que a outra, pareciam apenas uma coisa feia e disforme. "Podemos fazer isso. Sou boa no piano e adoro harpa, considero como meus dois melhores instrumentos." Comentou com orgulho na voz, porque mesmo que seus traços fossem ruins, sabia que ainda existia algo no que era boa. "Posso te ensinar o piano. Não é tão difícil como parece. Menos desafiador do que isso aqui." Resmungou, o pincel escorregando da mão e causando uma mancha na folha; não havia arruinado o desenho, de maneira que a khajol apenas grunhiu e voltou para as suas pétalas. "Bem, o baixo império não é mesmo muito respeitável." Disse, focando demais no desenho de modo a não deixar Kat perceber as bochechas coradas. Enquanto os nobres se deleitavam em ideais de pureza e recado, as coisas pareciam diferentes onde os changelings dominavam. Os limites da moralidade pareciam mais... distantes. Parecia haver uma maior liberdade para ser, o que também era assustador. "Eu sou curiosa. Nasci em uma fazenda e quando criança era acostumada a desafiar os limites, o que me causou..." Os olhos foram para o lado, o vestido de manga curta deixando a mostra parte da cicatriz do braço. Nem mesmo a magia khajol e seus próprios unguentos tinham sido capazes de fazer desaparecer o que tinha sido causado por um dragão. "Me causou algumas coisas, mas também era muito bom. Depois vim para a corte e me assustei um pouco com a rigidez, principalmente pelo que era imposto pela minha tia. Após alguns anos eu consegui escapar um pouco disso novamente, quando estava saindo da adolescência." Deixava de lado a parte do seu amigo changeling, o que a tinha guiado pelas ruelas e tavernas. "Gostava de conhecer lugares e pessoas novas, como os artistas e clareiras escondidas. Parece um mundo diferente, Kat." O sorriso que apareceu ao erguer os olhos foi um tanto sonhador, como se pressa nos dias mais tranquilos do passado.
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀esperava que não estivesse ocupando muito do tempo do docente com sua dúvida genuína. sabia que não era exatamente de sua alçada mas, assim como ela, um dia ele fora apenas um estudante daquela instituição e, consequentemente, daquela disciplina. então, não fazia sentido para katerina que não perguntasse para ele, imaginando que uma pequena dica antiga talvez pudesse ser útil. a frustrava quando não era boa de imediato com alguma coisa que faria sentido estar em sua competência; por isso, os pequenos fracassos naquela disciplina a irritavam profundamente, o suficiente para que torcesse o nariz ao olhar para o amuleto ainda mal acabado entre suas mãos. acerca do comentário sobre a saturnália como uma arma surpresa, pôde apenas ostentar um pequeno sorriso gentil. “ bem, uma garota usa as armas que tem. ” a brincadeira era leve e doce. “ bem, eu ainda não sou sua aluna, se formos colocar isso na balança ao se pensar na sua linha de raciocínio. ainda não tenho manipulação da realidade na minha grade curricular. mas aceitaria dicas antecipadas para que eu possa refletir sobre elas quando finalmente chegar o momento. ” seus ensinamentos ainda residiam no nível obsidiana ii, e não contava com a matéria que angus lecionava em sua classe. ainda assim, era uma matéria a qual tinha bastante interesse em aprender. “ mas eu entendo que não é da sua alçada, então vou procurar depois alguém que possa me ajudar. obrigada mesmo assim. ” agradeceu com um gracejo residindo no canto de seu sorriso. katerina apreciava gentileza e a esbanjava com qualquer um que conversasse, mesmo pessoas que costumavam ser taxadas de arredias, como o homem mais alto à sua frente. “ não queria atrapalhar o seu momento de descanso. ” mas já que já havia, de qualquer maneira, atrapalhado… “ mas posso perguntar o que está lendo? ” meneou a cabeça em direção ao tomo que ele segurava entre dedos. pelas cores da capa, ao menos, parecia ser uma leitura interessante. ela mesma diria que era uma desfrutadora natural dos volumes oferecidos pelo acervo imperial e, entre tantos desses, nunca havia visto aquela capa.
Aproveitando de um dos seus raros momentos de descanso, Angus achou que seria interessante fazer uma visita ao acervo, quem sabe até dar continuidade na sua pesquisa sobre os itens roubados, visto que a anterior não o tinha levado a lugar algum, apenas na direção do obvio: eram importantes. Com uma dúzia de livros dispostos na mesa a sua frente, ele foleava um qualquer nas mãos, vidrado, fixado nas palavras e em cada pequeno detalhe que ali estava escrito, para que nada passasse despercebido, quando ouviu a voz da mais nova, não fazendo questão de levantar a cabeça em sua direção, apenas o olhar e de forma muito rápida. "Estou exatamente na minha pausa, senhorita.", preferiu num tom ameno, mas, sem dar muita abertura. A verdade era que estava exatamente no seu momento de descanso e exatamente onde ele queria estar. Tentava continuar sua leitura, porém, a sombra alheia ainda se encontrava no seu campo de visão, fazendo-o largar o livro na mesa e finalmente erguer a cabeça na direção dela, fitando-a em seu silêncio, analisando o comportamento e tudo que ela apresentava diante de si. "Tem razão, não é da minha área de conhecimento. Deveria procurar seu professor de encantamentos e amuletos.", pois, por mais que todos eles tivessem passado pela disciplina durante a formação, Angus não tinha se especializado sobre o tema, o que sabia, deveria ser o mesmo que ela, talvez ainda menos. "Se a senhorita quiser distorcer a realidade ao seu prazer, então, eu seria o homem para lhe guiar no processo, ou dar uma dica, ou até mesmo, só assistir.", a depender de como ela conseguisse manipular a realidade, "Qualquer coisa diferente disso, é perca de tempo, não serei útil.", felizmente ou infelizmente, e a julgar pelas palavras e expressão de outrem, parecia mais ser o segundo. "Desculpas, uhn?", repetiu, testando a palavra nos lábios, ponderando sobre o significado que ela atribuiria ao termo naquela frase. "Ah! Vai usar a saturnália contra mim? Muito justo de sua parte.", replicou de forma irônica, deixando que um suspiro lhe escapasse na sequência. "Eu sempre ensino aos meus alunos, que não devemos mexer com coisas que estão fora do nosso domínio de conhecimento. Qual o exemplo eu estaria dando se me aventurasse nesse território que me é desconhecido?"
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀“ sim! você gostou? achei que estava precisando de um pouco de cor, agora que estamos cercadas de branco. ” se referia a neve, que a cada momento se intensificava mais, traçando novos centímetros acima da superfície; agora, alcançava um pouco além das solas escuras de seus sapatos. “ não sei se isso é um convite, mas podíamos pintar mais alguns enfeites juntas. conheço algumas pessoas que precisam refrescar a cabeça e, às vezes, ganhar alguma coisa nova é um grande auxílio para o bom humor. ” os últimos tempos haviam sido estressantes para todos os residentes daquela academia; era pouco provável que pessoas tivessem saído ilesas dos recentes acontecimentos. katerina tinha apreço intenso por presentear e imaginava uma lista de algumas pessoas que poderia pelo menos alegrar, ainda que de maneira efêmera, naquele fim de ano. muitas de suas saturnálias haviam sido passadas sozinhas mas, ainda assim, em seu coração segurava espaço e apreço para aquele tipo de festividade. “ sonho? que tipo de sonho? ” meneou a cabeça, esperando a resposta em curiosidade. não havia sido contatada por sua deusa, o que lhe causou uma pontada de preocupação, embora ainda fosse possível sentir o pulsar da conexão que mantinha com aine em sua caixa torácica. “ dragões falando? só acredito quando seons criarem pernas. ” brincou, embora achasse interessante a ideia de escutar um dragão realmente falando. estivera curiosa sobre eles nos últimos dias. ao voltar a conversa para zelaria, repousou os olhos castanhos em freyja. “ hm… ” a sugestão sobre irem pelo porto da alcova parecia quase perigosa. esse conceito era construído pela proibição de alunos saindo em barcos; obviamente partilhava da noção de que alunos quebravam os rigores e praticavam os atos proibidos, só nunca havia sido do tipo transgressor. “ é verdade, é uma opção. você já saiu de barco por lá? eu nunca… isso me faz pensar… ” continuou, beliscando alguns dos laços de sua guirlanda quase timidamente enquanto observava tudo o que conseguia ao seu redor. “ a saturnália é uma época de liberdade, não é? ” o conceito da soberania da vontade pessoal existia fortemente na sociedade quando aquela época do ano vinha se aproximando. as pessoas se emaranhavam na propria autossuficiência para exprimir a liberdade que queriam exibir durante todo o resto do ano. katerina nunca havia praticado aquela parte da festividade pois sua natureza pouco confiante ainda era quem a regia e, assim, nunca imaginara alternativas onde poderia estar explorando aquela possibilidade. “ não sei o que quero realmente dizer, estava apenas pensando que talvez podíamos fazer alguma coisa… diferente. ” se despir de sua insegurança era um pouco complicado mas, ainda assim, imaginava que freyja era uma das pessoas mais próximas para quem podia devanear sobre seus anseios. “ só não sei o que poderia ser interessante… será que ir até o old light saloon seria muito ruim? ”
As roupas de inverno haviam ficado tanto tempo em desuso que pinicavam a pele de Freyja agora que eram usadas. A lã interna do sobretudo a fazia querer se coçar por inteiro, questionando se haviam sido sequer lavadas antes de serem enviadas a Hexwood — duvidava muito já que que os envios haviam sido feitos às pressas. A neve era branda no litoral em que nascera e não se acumulava, deixando as águas apenas mais geladas e o mar perigoso em tempestades noturnas. Se remexeu dentro da roupa enquanto caminhava, sem ter um rumo certo e apenas procurando o que fazer quando, salva por Katerina, foi abordada. "Ei, você! Bem, mas quase achei que os boatos de carrapatos eram verdadeiros. Minhas roupas vão me matar. E você?" As mãos engruvinharam quando tentava se abster de coçar publicamente, algo que considerava um tanto mal educado. A atenção foi roubada para a guirlanda muito bem enfeitada que a fez soltar um gemido melancólico. "Você que fez? Tenho vários materiais de tinta no quarto. Não estou pintando como antigamente, vai ter cores de sobra para usar nos detalhes. O que acha de dourado nos detalhes das folhas e vermelho-cereja para realçar a fita?" Mordeu o lábio enquanto pensava, maravilhada com a ideia de pegar os pincéis para hobby e não magia pela primeira vez em meses. Não era boa com desenhos feitos do zero, mas adorava pintar os já feitos e até mesmo refazer capas de livros gastas pelo tempo, apenas realçando o que já havia de pronto. "Hã? Não estava indo a lugar algum. Desde que as aulas foram reduzidas pela neve e o feriado pacato ficou mais pacato ainda por ser confinado em Hexwood, estou mais à toa que antes." O corpo havia sentido a parada brusca do fim de ano depois de passar tantos dias em agito. Aproveitou o toque de Katerina para suspirar, caminhando ao lado dela devagar. A neve era apenas uma consequência, ela sabia, mas ainda parecia chocante. Nunca tinha visto Hexwood no inverno daquela maneira. "Inesperada, mas outras coisas também são. Ouviu falar sobre os sonhos por aí?" Olhou-a curiosa, torcendo para que a amiga também tivesse recebido uma visita divina enquanto dormia. O que visitara Freyja havia sido intenso demais e ainda conseguia sentir o gelo das águas fictícias nos ossos. "Devo ter ficado louca, mas juro que ouvi algo sobre os dragões estarem falando... Só não sei se acredito já que eles mais rugem que qualquer outra coisa." Viu ao longe pelas janelas do corredor um dos grandes voando ao longe, visível mesmo com a distância pelo tamanho. "Ei!" Voltou-se para a outra rapidamente. "Não vai atrapalhar. Sabe que podemos ir por água muito facilmente. Se não der certo, podemos ir fugidas pela praia. Ninguém vai perceber."
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