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scorp-me · 4 years
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“A inevitabilidade dos finais sempre me assustou, foi por isso que eu dei tantos passos para trás. Sempre me gabei, naquelas conversas de roda de bar, que eu estava só e muito bem obrigada, ironicamente, eu via o reflexo dos seus olhos naquele copo de cerveja. Me desculpe por todas as vezes que eu desliguei o telefone de madrugada, porque eu não queria correr o risco de te ligar no meio de uma crise de insônia, me desculpe por todas as mensagens que eu não mandei, os segredos pesados que eu guardava, e que eu podia ter compartilhado com você, me desculpe pelas coisas que eu não compartilhei com você, todas as flores que eu cancelei quando o entregador me ligou pra confirmar seu endereço, por ter dito para aquelas garotas que eu não tinha ninguém, e que ninguém significava tanto assim para mim, a ponto de eu negar sexo à três. Eu tinha alguém, e me assustava que você pudesse preencher todas as partes minhas que eu achava serem impossíveis de preencher, era mais fácil viver com a possibilidade de ser só, que com a possibilidade de ser só após você ter ido embora. Quando você já tinha passado por aqui, e deixado marcas e cicatrizes e pequenos toques que nunca mais vão sair da minha cabeça. Sentia alívio sempre que lia que amor pode sim, acontecer duas vezes, que nem tudo é pra sempre e que com o tempo a gente consegue encontrar uma outra pessoa, ufa, pelo menos eu não vou pensar em você pra sempre. A gente acredita que é melhor assim, sábado à noite vendo Netflix, comendo Nutella com pipoca, seus amigos te ligam às 23h e você diz que tá doente, mas desiste, porque não consegue aceitar que está só em um sábado à noite, então você saí, e dança, e bebe, e beija, e transa, e esquece. É o ciclo, metade dos apaixonados já passaram por isso, a parte de desintoxicação do amor. No meio de toda essa bagunça de possibilidades e na crueldade da realidade de que você não vai voltar, eu acabo pensando que fiz tudo certo, que eu evitei o amor a todo custo, e que é melhor assim, que talvez em uma outra vida, eu terei a mente menos fodida, e a gente vai se encontrar em um desses cafés ao ar livre, e o pôr do sol será testemunha dos sorrisos que esperamos décadas, ou uma vida inteira para dar, você vai esbarrar em mim, talvez, e vai parecer que tudo será certo dessa vez, e talvez eu consiga te amar da forma certa agora, sem o fantasma da inevitabilidade dos finais, talvez eu me entregue de corpo, alma e poesia pra você, e todas as coisas horríveis do mundo não vão mais estar lá. Talvez.”
— Sorry, I’m Not Chuck Bass.  
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scorp-me · 4 years
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“O rádio toca canções de amor enquanto o telefone permanece mudo e as paredes seguem paradas e estáticas, e a cerveja é tudo o que há.”
— Charles Bukowski - O amor é um cão dos diabos. (via segredou)
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scorp-me · 4 years
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��Ou me quer e vem, ou não me quer e não vem. Mas que me diga logo pra que eu possa desocupar o coração. Avisei que não dou mais nenhum sinal de vida. E não darei. Não é mais possível. Não vou me alimentar de ilusões. Prefiro reconhecer com o máximo de tranqüilidade possível que estou só, do que ficar a mercê de visitas adiadas, encontros transferidos.”
— Caio Fernando Abreu. (via inverbos)
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scorp-me · 4 years
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“Se ele te procurar, comemore! Se ele não te procurar comemore também, com outro.”
—  Meninas Malvadas 
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scorp-me · 4 years
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“Desisti. E isso é a coisa mais triste que tenho a dizer. A coisa mais triste que já me aconteceu. Eu simplesmente desisti. Não brigo mais com a vida, não quero entender nada. Vou nos lugares, vejo a opinião de todo mundo, coisas que acho deprê, outras que quero somar, mas as deixo lá. Deixo tudo lá. Não mexo em nada. Não quero. Odeio as frases em inglês mas o tempo todo penso “I don’t care”. Me nego a brigar. Pra quê? Passei uma vida sendo a irritadinha, a que queria tudo do seu jeito. Amor só é amor se for assim. Sotaque tem que ser assim. Comer tem que ser assim. Dirigir, trabalhar, dormir, respirar. E eu seguia brigando. Querendo o mundo do meu jeito. Na minha hora. Querendo consertar a fome do mundo e o restaurante brega. Agora, não quero mais nada. De verdade. Não vejo o que é feio e o que é bonito. Não ligo se a faca tirar uma lasca do meu dedo na hora de cortar a maça. Não ligo pra dor. Pro sangue. Pro desfecho da novela. Se o trânsito parou, não buzino. Se o brinco foi pelo ralo, foda-se. Deixa assim. A vida é assim. Não brigo mais. Não quero arrumar, tentar, me vingar, não quero segunda chance, não quero ganhar, não quero vencer, não quero a última palavra, a explicação, a mudança, a luta, o jeito. Eu quero não sentir. Quero ver a vida em volta, sem sentir nada. Quero ter uma emoção paralítica. Só rir de leve e superficialmente. Do que tiver muita graça. E talvez escorrer uma lágrima para o que for insuportável. Nada pessoal. Algo tipo fantoche, alguém que enfie a mão por dentro de mim, vez ou outra, e me cause um movimento qualquer. Quero não sentir mais porra nenhuma. Só não sou uma suicida em potencial porque ser fria me causa alguma curiosidade. O mundo me viu descabelar, agora vai me ver dormir. Eu quis tanto ser feliz. Tanto. Chegava a ser arrogante. Tanta coisa dentro do peito. Tanta vida. Tanta coisa que só afugenta a tudo e a todos. Ninguém dá conta do saco sem fundo de quem devora o mundo e ainda assim não basta. Ninguém dá conta e quer saber? Nem eu. Chega. Não quero mais ser feliz. Nem triste. Nem nada. Eu quis muito mandar na vida. Agora, nem chego a ser mandada por ela. Eu simplesmente me recuso a repassar a história, seja ela qual for, pela milésima vez. Deixa a vida ser como é. Desde que eu continue dormindo. Ser invisível, meu grande pavor, ganhou finalmente uma grande desimportância. Quase um alivio. I don’t care.”
— Tati Bernardi.   
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scorp-me · 4 years
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“Você sempre é a calmaria no centro do caos. É assim desde que conheci você.”
— Grey’s Anatomy. 
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scorp-me · 4 years
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“Acorda, toma um café, penteia esse cabelo e saiba que você não precisa de mais ninguém para ser feliz. O mundo é seu.”
— Caio Augusto Leite.
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scorp-me · 4 years
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“Tive um amigo que chamava João… Ah, como falar do João? O João era incrível. Você ia gostar de ter conhecido o João. Ia mesmo. Não tem uma pessoa em sã consciência que não gostaria. Os loucos, os sóbrios, os poetas, as putas; João era um sucesso por onde passava. João encantava. Todo mundo queria ser amigo do João; e todo mundo era. Porque ele dava espaço. Dava liberdade. João nunca diminui ninguém. Muito pelo contrário. João passava confiança e todo mundo confiava no João. João tinha um opala azul. Azul da cor do céu. Toda vez que você entrava no opala do João tocava ‘wake me up when september ends’. Era até engraçado. João amava Green Day. Ele também amava deitar sob capo do seu opala azul em noites estreladas. As estrelas, porra, João amava as estrelas. Amava conversar sobre universo, galaxias, imensidões; alienígenas então, João pirava. Era seu favorito. Com João não faltava assunto. Não tinha assunto ruim. Ele fazia qualquer um ficar interessante. Você podia falar sobre colméia e abelhas ou sobre vida após a morte, João te faria refletir sobre os dois. Faria sim. Tenho certeza. Eu conhecia muito bem o João; o João gostava de teorias, conspirações, um eterno lunático. João era uma pessoa muito caridosa. João participava de projetos sociais, resgatava gatos, alimentava cachorros de rua, fazia trabalhos voluntários. João gostava de ajudar. João se importava com tudo. E chorava por tudo. João era especial. Especial porque tudo doía nele. João chorou pela fome na África, pelos terremotos da China. João chorou por Brumadinho, por Mariana; pelo incendio da boate kiss. João era humano. Mais humano que muita gente. João tinha empatia por tudo. E era isso que deixava ele feliz. João sentia muito. E era por sentir que João sorria. O sorriso do João era lindo. Contagiante. Os lábios rosados de João se envergando e dando espaço pros seus dentes branquinhos, lembro perfeitamente desse sorriso. O João tinha os melhores conselhos. Quantas saudades dos conselhos do João. João falava o que você precisava ouvir. Na lata. Sem delongas. Sem A nem B. João entendia todo mundo. João entendia tanto, que ninguém entendeu João. Ontem fez 1 ano que o João foi encontrado com um bilhete: “eu não consegui, desculpa…”. Até hoje todo mundo se pergunta porque o João nos deixou. Um menino tão feliz. Tão novo. Tão cedo. João não deixou respostas. Mas a vida de João respondia tudo. João nos deixou porque ele acreditava no amor. João morreu pela poluição dos rios, pelo desmatamento da Amazônia, pelo cárcere dos animais. Pela fome, pela pandemia, pela desigualdade. João morreu porque riram do seu opala. Porque opala não era mais o carro do ano. João morreu porque ‘wake me up when september ends’ não tocava mais nas rádios. João morreu porque ele amou o mundo, mas o mundo não retribuiu o seu amor. Agora João é uma estrela. João amava as estrelas…”
— Pedro Pinheiro
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scorp-me · 4 years
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“Mas aí lembrei, no meio da minha gargalhada, como eu queria contar essa história para você. E fiquei triste de novo.”
— Tati Bernardi. 
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scorp-me · 4 years
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é é assim, na solidão do meu quarto, com o meu cigarro em mãos que eu arrumo conforto
enquanto esvazio a fumaça de meus pulmões me sinto menos oco
preencho os destroços da minha vida, com os cacos que recolho
é difícil viver em tempos tão líquidos
onde minha própria existência parece se resumir ao nada
o nada me criou, me consumiu, mas não é para lá que pretendo voltar
nasci como uma obra prima, que deveria ser estampada em museus
me tornei nada mais que uma pintura esquecida ao fundo de um galpão
sou só
sou vazio
sou apenas eu
uma pessoa tentando encontrar sentido num lugar feito por coincidências
talvez esta seja minha sina
procurar pela felicidade utópica, que está disfarçada de respostas que no fundo não quero saber
as cinzas que hoje apago no batente da minha janela
são as mesmas que eu irei me tornar quando meu coração não mais pulsar
há, só deus sabe como espero por esse dia.
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scorp-me · 4 years
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Meu agradecimento a vocês
Hoje eu assisti o último filme da saga Star Wars (Ou aquele que deveria ser o seu último), e eu chorei, chorei mais do que qualquer outro filme que tenha assistido nos últimos meses. Mas não por ser uma grande obra, a história, ou melhor, seu roteiro nunca foi a coisa mais fascinante para mim, o que me prendeu durante todo esse tempo como fã da saga foi sua mensagem.
Eu cresci com Harry Potter, cresci na mesma medida que ele e estive presente no momento em que ele descobriu ser o grande herdeiro da profecia que cercava seu mundo. Harry nunca teve fé, nunca teve proteção do universo, mas sempre teve seu destino traçado para o sucesso.
Durante anos, ou melhor, durante os últimos anos eu esperei que o mesmo acontecesse comigo. Esperei pelo momento em que eu fosse descobrir que era o escolhido para fazer algo grandioso, mas isso nunca chegou. O que me restou de Harry Potter — Que a saga muito bem me ensinou — foi que o amor nos torna mais forte, mas apenas isso.
Nunca encontrei esse amor, nunca tive a mesma sorte que o Harry, que depois de 11 anos de sofrimento encontrou conforto em amigos que estavam dispostos a tudo por ele. E isso talvez tenha sido um dos motivos para o início do meu grande descontentamento com a vida.
Cresci achando que o amor me salvaria, foi isso que aprendi aos meus cinco anos de idade, quando via e revia os filmes de HP. Um pouco mais velho descobri outra coisa, uma coisa que só dependia de mim e que também poderia me sustentar nos momentos difíceis: a fé.
Nunca fui a pessoa mais religiosa, nunca segui fielmente os mandamentos de Deus e Jesus Cristo, e nunca procurei outra religião para me consolar. Mas sempre acreditei em algo — até mesmo muito antes de conhecer Star Wars — sempre acreditei no universo, sempre fui um cara da ciência.
Em todas minhas dúvidas sobre a existência de Deus ou não, nunca deixei de acreditar que algo maior estava por trás. Sempre acreditei que o universo nos regia, nos guiava, mas nem nisso minha fé era o bastante. Até eu conhecer Star Wars.
Não sei se a força que eles tanto dizem de fato existe, mas sei que há algo entre nós, que nos mantém firme, que nos mantém aqui. Neste último filme eu chorei, e não por ser último, mas por ver a jornada da Rey — Uma garota sem fé, sem esperança, sem propósito nem lugar — encontrando todas suas respostas — ou pelo menos aquelas que ela deveria — na sua fé pelo bem, pelo equilíbrio dentre todas as coisas dessa imensidão negra.
Então talvez fosse isso que me faltava, talvez eu tenha perdido todo esse tempo tentando encontrar um Deus, uma religião, quando na verdade eu apenas deveria estar vivendo minha vida da melhor forma possível. Sem a necessidade de um destino, sem a necessidade da grandiosidade percorrendo meu sangue, apenas como um ser humano, um alguém disposto a dar o melhor de si para que todas as coisas permanecem em equilíbrio.
Mas achar a resposta do que eu precisava não é o mais difícil, a jornada — Como bem descrevem todos meus livros favoritos — é a parte mais complicada. Pegar sua descoberta e evoluir com ela é o que me mostrará que talvez tudo isso valha a pena.
Star Wars e Harry Potter deveriam ser apenas filmes da cultura pop (como é para grande maioria), mas para mim, por mais bobo que seja, é um aprendizado. E eu sempre serei eternamente grato pela existência dessas duas sagas, e por ter vivido tempo o bastante para aprender com elas.
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scorp-me · 4 years
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“Em uma folha de papel amarelo com linhas verdes
ele escreveu um poema
E o intitulou "Chops"
porque era o nome de seu cão
E era o que estava em toda parte
E seu professor lhe deu um A
e uma estrela dourada
E sua mãe o abraçou à porta da cozinha
e leu o poema para as tias
Era o ano em que o padre Tracy
levava todas as crianças ao zoológico
E ele deixou que cantassem no ônibus
E sua irmãzinha tinha nascido
com unhas minúsculas e nenhum cabelo
E sua mãe e seu pai se beijavam tanto
E a garota da esquina mandou para ele
um cartão de Dia dos Namorados assinado com vários X
e ele teve de perguntar ao pai o que significava X
E seu pai deixou que ele dormisse na sua cama à noite
E era sempre lá que ele dormia
Em uma folha de papel com linhas azuis
ele escreveu um poema
E o intitulou "Outono"
porque era o nome da estação
E era o que estava em toda parte
E seu professor lhe deu um A
e o pediu para escrever com mais clareza
E sua mãe não o abraçou à porta da cozinha
por causa da pintura nova
E as crianças disseram a ele
que o padre Tracy fumava cigarros
E largava as guimbas no banco da igreja
E às vezes elas faziam buracos
Que era o ano de sua irmã usar óculos
com lentes grossas e armação preta
E a garota da esquina riu
quando ele pediu para ver Papai Noel
E os garotos perguntaram por que
a mãe e o pai se beijavam tanto
E seu pai não o cobria mais na cama à noite
E seu pai ficou furioso
quando ele chorou por isso.
Em um pedaço de papel de seu caderno
ele escreveu um poema
E o intitulou "Inocência: Uma Questão"
porque a questão era sobre uma garota
E isso estava em toda parte
E seu professor lhe deu um A
e um olhar muito estranho
E sua mãe não o abraçou à porta da cozinha
porque ele nunca o mostrou a ela
Foi o primeiro ano depois da morte do padre Tracy
E ele esqueceu como terminava
o Creio em Deus Pai
E ele pegou a irmã
se agarrando na varanda dos fundos
E sua mãe e seu pai nunca se beijavam
nem mesmo conversavam
E a garota da esquina
usava maquiagem demais
O que fez ele tossir quando a beijou
mas ele a beijou mesmo assim
porque era a coisa certa a fazer
E às três da manhã ele se aninhou na cama
seu pai roncava alto
É por isso que no verso de uma folha de papel pardo
ele tentou outro poema
E o intitulou "Absolutamente Nada"
Porque era o que estava em toda parte
E ele se deu um A
e um corte em cada maldito pulso
E se encostou na porta do banheiro
porque nessa hora ele não pensou
que poderia alcançar a cozinha."
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scorp-me · 5 years
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eu sempre gostei de você toda. de cada pequeno detalhe. cada coisa que fazia você ser você. sua boca, Deus sua boca era incrível, seus quentes olhos castanhos, até o seu nariz. tudo. mas a sua voz, porra, você não tinha idéia do que ela fazia comigo.
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scorp-me · 5 years
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“Você pode tentar fugir para outros mundos, usar várias mascaras, enganar aos outros e até a si mesmo, mas dizem por ai que nosso caráter também é nosso cartão de visitas, então continue enganando a todos por muito tempo ou por uma vida inteira, mas quando estiver sozinho vai sentir o gosto amargo da vida te cobrando por nunca conseguir fugir de você mesmo.”
— Pensamentos Indelicados.   
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scorp-me · 5 years
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“Não se trata de carência, nem exageros. Mas é que quando o assunto é você, muito, nunca é demais.”
— Lar dos Sentimentos.
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scorp-me · 5 years
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louis, acontece que o tempo não para e alguns dias são cruéis você merece tão mais eu sei
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scorp-me · 5 years
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