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sertaocerrado · 3 years
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A VIRADA DO CERRADO 
A Virada do Cerrado é um programa colaborativo pela sustentabilidade, que envolve uma grande mobilização pela educação ambiental com atividades socioambientais, educativas, esportivas, culturais e integrativas em todo o Distrito Federal. As atividades da Virada ocorrem de forma descentralizada e simultânea em todo o DF, sejam elas em rodas de conversa, música, oficinas, palestras, mutirões nos parques, feiras agroecológicas, ou em caminhadas, corridas, bicicletadas, contação de histórias, circuito de ciências, cine ambiental, teatro, passeios ecológicos, entre outros.
Em 2015 ocorreu a primeira edição da Virada do Cerrado e a estimativa de público ficou em torno de 20 mil pessoas. O evento contou com 21 regiões participantes e 80 organizações da sociedade civil, além de voluntários. Foram aproximadamente 200 atividades, e em uma ação foram retirados 300 quilos de resíduos removidos de parques do DF.
Em 2016 a virada cresceu e a estimativa de público foi de 45 mil participantes, 29 regiões administrativas e 500 atividades. O evento teve atrações musicais, feira de produtos do cerrado e tecnologia sustentáveis, exposições, oficinas e foodbikes e foodtrucks.
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sertaocerrado · 3 years
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As queimadas na Amazônia e no Pantanal ocuparam a atenção internacional ao longo de 2020. Líderes mundiais, como o presidente francês Emmanuel Macron, fizeram declarações que podem associar o agronegócio brasileiro ao desmatamento de biomas, por isso agricultores têm muito a contribuir para a recuperação de áreas afetadas por incêndios.
Ao contrário do que se pensa, o uso indiscriminado do fogo para limpar e preparar o terreno antes do plantio causa danos ao solo, como a eliminação de nutrientes, o que acaba prejudicando a lavoura. Além disso, a prática é perigosa para a biodiversidade, a dinâmica dos ecossistemas e a qualidade do ar.
Opções de reestruturação de ecossistemas, como correção do solo, reflorestamento e uso de terraços e banquetas, têm sido difundidas para a restauração de áreas afetadas pela queima.
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Um levantamento inédito, feito pelo MapBiomas após analisar as imagens de satélite entre 1985 e 2020, mostra o impacto das queimadas no território brasileiro.  Em cada um desses 36 anos de estudos via satélite, o Brasil queimou uma área maior que a da Inglaterra: foram 150.957 km² por ano, ou 1,8% do país. O acumulado do período chega a praticamente um quinto do território nacional: 1.672.142 km², ou 19,6% do Brasil, sendo que 65% do total da área queimada foi de vegetação nativa. O estado de Mato Grosso apresentou maior ocorrência de fogo, seguido pelo Pará e Tocantins.
Embora os grandes picos de área queimada no Brasil tenham ocorrido principalmente em anos impactados por eventos de seca extrema (1987, 1988, 1993, 1998, 1999, 2007, 2010, 2017), altas taxas de desmatamento principalmente antes de 2005 e depois de 2019 tiveram um grande impacto no aumento da área queimada nesses períodos. A estação seca, entre julho e outubro, concentra 83% das queimadas e incêndios no país.
Entre os cinco biomas brasileiros, nenhum foi tão atingido como o Pantanal: 57% de seu território foi queimado pelo menos uma vez entre 1985 e 2020.  A vegetação campestre é a mais afetada no bioma, durante os períodos úmidos as plantas acumulam biomassa e no período seco, a vegetação seca vira combustível para o fogo.
Essas características do bioma, associadas a eventos climáticos de seca e fortes ventos, torna o fogo um problema a ser controlado. Questões relativas ao uso do fogo como forma de manejo, em condições inadequadas, podem levar a ocorrência de incêndios descontrolados por extensas áreas.
Para Ane Alencar, coordenadora do MapBiomas Fogo:
 “sabendo onde foi queimado é possível entender a dinâmica do fogo e quais as áreas que estão mais vulneráveis no futuro. Assim, o mapeamento é fundamental para entender a frequência, intensidade do fogo, para o planejamento do combate e apontar áreas de maior risco”.
Cerrado e Amazônia representam 85% da área queimada nesses últimos 36 anos.
 "A Amazônia não é um bioma do qual o fogo faz parte da dinâmica natural do ecossistema, diferente do Cerrado onde o fogo natural faz parte de sua dinâmica evolutiva. ”, destaca a pesquisadora.
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As queimadas podem ocorrer de forma natural ou ser provocadas. Em ambientes como o cerrado brasileiro, o fogo favorece a renovação do bioma, uma vez que sementes de algumas espécies de plantas germinam no calor; nesse caso, a restauração da vegetação é rápida e ocorre sem intervenção humana. Entretanto, a maioria dos incêndios acontece por ação direta do homem e geralmente é realizada em áreas agrícolas, de pecuária e silvicultura.
Além de gerar multa de até R$ 50 milhões por hectare, o fogo descontrolado danifica o solo e prejudica sua fertilidade no longo prazo. Dessa forma, o produtor precisa recuperar a área incendiada antes do plantio da lavoura.
Em áreas agrícolas, após a queimada é recomendável realizar o preparo do solo, importante para romper a camada compactada formada, aumentando a aeração da terra e a infiltração da água. É preciso, também, fazer uma análise da área para verificar a necessidade de calagem ou da aplicação de fertilizantes.
Apesar de o uso do fogo ser bem difundido na agricultura brasileira, existem diversas técnicas alternativas às queimadas, entre elas o sistema de integração lavoura-pecuária-floresta e o plantio direto. E a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) tem desenvolvido outras práticas, como os sistemas agroflorestais e a trituração da capoeira.
O manejo do solo sem uso de fogo também pode ser realizado pela rotação entre lavoura e pastagem, uma técnica muito comum para nutrir o solo. Uma área, utilizada há quatro ou cinco anos como pasto, vai perdendo nutrientes, então o solo pode ser fortalecido com o plantio de grãos em alternância.
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sertaocerrado · 3 years
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Segundo dados obtidos pelo Embrapa, no Brasil existem aproximadamente 200 milhões de hectares de pastagens nativas ou implantadas, dos quais estima-se que cerca de 130 milhões estejam degradados e necessitem de alguma intervenção para reverter o estado em que se encontram.
O principal uso dado ao solo brasileiro é a pastagem: ela ocupa 154 milhões de hectares de norte a sul do país, com presença em todos os seis biomas. Essa área praticamente equivale a todo o Estado do Amazonas, que tem 156 milhões de hectares. Ou 6,2 estados de São Paulo. Ou mais de duas vezes e meia o tamanho da Bahia. Os dados fazem parte de um mapeamento inédito do MapBiomas apresentado no último dia 13/10/2021.
A área destinada à pecuária é ainda maior se considerar que a ela se somam parte das áreas de campos naturais, principalmente no Pampa e Pantanal, que cobrem 46,6 milhões de hectares no país, e áreas de mosaico de agricultura e pastagem onde o mapeamento não permitiu a separação ou elas ocorrem de forma consorciada, e que cobrem 45 milhões de hectares.
A análise das imagens de satélite entre 1985 e 2020 permitiu também avaliar a qualidade das pastagens brasileiras e constatar uma queda nas áreas com sinais de degradação de 70% em 2000 para 53% em 2020. No caso das pastagens severamente degradadas houve uma redução ainda mais expressiva; representavam 29% das pastagens em 2000 (46,3 milhões de hectares) e agora representam 14% (22,1 milhões de hectares). Essa melhora foi identificada em todos os biomas, sendo que os que apresentaram maior retração nas áreas severamente degradadas foram Amazônia (60%), Cerrado (56,4%), Mata Atlântica(52%) e Pantanal (25,6%).  
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A qualidade das pastagens tem importância estratégica para o produtor e para o País. Para o produtor, pela relação direta com a produtividade do rebanho, seja ele de corte ou de leite. Para o País, pela capacidade das pastagens bem manejadas de capturar carbono. Por outro lado, pastagens degradadas agravam a contribuição do setor agropecuário para as emissões dos gases que estão alterando o clima, com efeitos perversos sobre a própria atividade agropecuária
De 1985 a 2020, pelo menos 252 milhões de hectares são ou já foram pastagem. 
A partir da análise de imagens de satélite, realizada pelo MapBiomas, foi possível detectar duas fases distintas no processo de conversão que transformou quase um terço do país  em pastagens nesse período. Ele foi mais intenso entre 1985 e 2006, quando se registrou um crescimento de 46,3% na extensão ocupada por pastagens, que passou de 111 milhões de hectares para 162,4 milhões de hectares. Em meados dos anos 2000, a área total de pastagem parou de crescer e até encolheu, registrando uma retração de 5% de 2005 a 2020.  
Essa aparente estabilidade esconde um intenso processo de mudança de uso de solo, com a conversão de áreas de vegetação nativa para pecuária e a ocupação de áreas já convertidas pela agricultura. No caso específico da Amazônia, as imagens de satélite mostram que a pecuária avançou, entre 1985 e 2020, 38 milhões de hectares - um aumento de cerca de 200%.  Esse crescimento fez com que a Amazônia seja o bioma com maior extensão de pastagens cultivadas, com 56,6 milhões de hectares, seguido por Cerrado (47 milhões de hectares), Mata Atlântica (28,5 milhões de hectares), Caatinga (20 milhões de hectares) e Pantanal (2,4 milhões de hectares).
As pastagens brasileiras ocupam área equivalente a todo o estado do Amazonas.
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Agricultura e pecuária ganharam 81,2 milhões de hectares entre 1985 e 2020 – um crescimento de 44,6%. As atividades agropecuárias cresceram em cinco dos seis biomas brasileiros, com exceção da Mata Atlântica. 
Em termos percentuais, o bioma mais ocupado por pastagens cultivadas é a Mata Atlântica, com 25,7%, seguido por Cerrado (23,7%), Caatinga (23,1%), Pantanal (16%) e Amazônia (13,4%).  Os estados líderes em área de pastagem são Pará (21,5 milhões de hectares), Mato Grosso (21 milhões de hectares) e Minas Gerais(19,3 milhões de hectares).
A grande incidência de áreas de pastagens degradadas no País, se por um lado é um dado preocupante, por outro mostra como ponto positivo a existência de um imenso potencial para o aumento de produtividade da pecuária nacional pela simples recuperação dessas áreas improdutivas. 
Nos últimos anos, pressões ambientais e de mercado, além do aumento na disponibilidade de tecnologia para a formação, manejo e recuperação de pastagens, têm contribuído para uma mudança de atitude na produção animal a pasto no Brasil. 
Dentro desse novo panorama da pecuária brasileira, mais produtores vêm buscando o aumento de eficiência na produção animal a pasto (produzir mais em menor área). Tal eficiência tem sido alcançada por meio do refinamento das técnicas de produção, visando ao aumento da capacidade de suporte e da longevidade das pastagens e, principalmente, da recuperação de pastos degradados. Em decorrência dessa mudança de modelo de produção, nas últimas três décadas, a evolução do rebanho bovino e das áreas de pastagem no Brasil vem indicando aumento na produtividade das pastagens. Tal tendência tem sido particularmente evidente nas regiões com os maiores crescimentos do rebanho bovino, em particular, a região Norte.
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A degradação das pastagens tem afetado diretamente a sustentabilidade da pecuária nacional, além de diminuir o valor das terras e atrasar a idade de abate dos animais.
 Mesmo assim, existe um número reduzido de pecuaristas recuperando pastagens de suas propriedades, ou mesmo preocupados com esse problema. A adoção de medidas com o preparo correto do solo, a escolha da espécie forrageira adequada para o local, o uso de sementes qualificadas e na quantidade certa, o manejo correto das pastagens, observando a pressão de pastejo e um período de descanso adequado e também adubações de manutenção, seriam suficientes para resolver o problema. Persistindo o processo de degradação, com certeza haverá prejuízos irrecuperáveis para os recursos naturais.
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sertaocerrado · 3 years
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A crise mundial da poluição por plásticos só vai piorar a menos que todos os atores da cadeia de valor dos plásticos se responsabilizem pelo custo real do material para a natureza e para as pessoas.
Esse alerta vem de um relatório do WWF (Fundo Mundial para a Natureza) de 2019. O estudo, “Solucionar a Poluição Plástica: Transparência e Responsabilização”, reforça a urgência de um acordo global para conter a poluição por plásticos.
Segundo o estudo lançado pelo WWF, o volume de plástico que vaza para os oceanos todos os anos é de aproximadamente 10 milhões de toneladas. Nesse ritmo, até 2030, encontraremos o equivalente a 26 mil garrafas de plástico no mar a cada km². 
De acordo com o estudo:
“O plástico não é inerentemente nocivo. É uma invenção criada pelo homem que gerou benefícios significativos para a sociedade. Infelizmente, a maneira com a qual indústrias e governos lidaram com o plástico e a maneira com a qual a sociedade o converteu em uma conveniência descartável de uso único transformou esta inovação em um desastre ambiental mundial. Aproximadamente metade de todos os produtos plásticos que poluem o mundo hoje foram criados após 2000. Este problema tem apenas algumas décadas e, ainda assim, 75% de todo o plástico já produzido já foi descartado.”
O Brasil, segundo dados do Banco Mundial, é o 4° maior produtor de lixo plástico no mundo, com 11,3 milhões de toneladas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, China e Índia. Desse total, mais de 10,3 milhões de toneladas foram coletadas (91%), mas apenas 145 mil toneladas (1,28%) são efetivamente recicladas. Esse é um dos menores índices da pesquisa e bem abaixo da média global de reciclagem plástica, que é de 9%. O destino de 7,7 milhões de toneladas de plástico são os aterros sanitários. E outros 2,4 milhões de toneladas de plástico são descartados de forma irregular, sem qualquer tipo de tratamento, em lixões a céu aberto.
O Brasil produz, em média, aproximadamente 1 quilo de lixo plástico por habitante a cada semana.
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É hora de mudar a maneira como enxergamos o problema: há um vazamento enorme de plástico que polui a natureza e ameaça a vida. O próximo passo para que haja soluções concretas é trabalharmos juntos por meio de marcos legais que convoquem à ação os responsáveis pelo lixo gerado. Só assim haverá mudanças urgentes na cadeia de produção de tudo o que consumimos
PRODUÇÃO E RECICLAGEM DE PLÁSTICO NO MUNDO
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Fonte: WWF / Banco Mundial
A poluição do plástico afeta:
- A qualidade do ar, do solo e sistemas de fornecimento de água.
Os impactos diretos estão relacionados a não regulamentação global do tratamento de resíduos de plástico, ingestão de micro e nanoplásticos (invisível aos olhos) e contaminação do solo com resíduos.
A queima ou incineração do plástico pode liberar na atmosfera gases tóxicos extremamente prejudiciais à saúde humana. O descarte ao ar livre também polui aquíferos, corpos d'água e reservatórios, provocando aumento de problemas respiratórios, doenças cardíacas e danos ao sistema nervoso de pessoas expostas. Na poluição do solo, um dos vilões é o microplástico oriundo das lavagens de roupa doméstica e o nanoplástico da indústria de cosméticos, que acabam sendo filtrados no sistema de tratamento de água das cidades e acidentalmente usados como fertilizante, em meio ao lodo dos esgotos domésticos. Quando não são filtradas, essas partículas acabam sendo lançadas no ambiente, ampliando a contaminação.
Micro e nanoplásticos vêm sendo ainda consumidos por humanos via ingestão de sal, pescados, principalmente mariscos, mexilhões e ostras. Estudos indicam que 241 em cada 259 garrafas de água também estão contaminadas com microplásticos. Apesar de alarmante, ainda são pouco conhecidos os impactos desta exposição humana, a longo prazo.
Algumas possíveis soluções foram pensadas para cada elo do sistema, que envolve a produção, consumo, descarte, tratamento e reúso do plástico, os cuidados necessários propostos oferecem uma orientação para os setores público e privado, indústria de reciclagem e consumidor final, de modo que todos consumam menos plástico virgem (o plástico novo) e estabeleçam uma cadeia circular completa. 
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Os principais pontos da proposta são:
●   Cada produtor deve ser responsável pela sua produção de plástico:
– O valor de mercado do plástico virgem não é real pois não quantifica os prejuízos causados ao meio ambiente e também não considera os investimentos em reúso ou reciclagem. É necessário haver mecanismos para garantir que o preço do plástico virgem reflita seu impacto negativo na natureza e para a sociedade, o que incentivaria o emprego de materiais alternativos e reutilizados.
●   Reúso e reciclagem serem base para o uso de plástico:
–  A reciclagem é mais rentável quando o produto pode ser reaproveitado no mercado secundário. Ou seja, o sucesso desse processo depende de que valor esse plástico é negociado e seu volume (que permita atender demandas industriais). Preço, em grande parte, depende de qualidade do material, e essa qualidade pode ser garantida quando há poucas impurezas no plástico. Um sistema de separação que envolva as empresas produtoras do plástico ajuda a viabilizar esta uniformidade e volume, ampliando a chance de reúso.
●  Substituir o uso de plástico virgem por materiais reciclados: 
– Produtos de plástico oriundo de uma única fonte e com poucos aditivos reduzem os custos de gerenciamento desses rejeitos e melhoram a qualidade do plástico para uso secundário. Por isso o design e o material de um produto são essenciais para diminuir esse impacto, e cabe às empresas a responsabilidade por soluções.
Reduzir o consumo de plástico resulta em mais opções de materiais que sirvam como opção ao plástico virgem, garantindo que seu preço reflita plenamente seu custo na natureza e, assim, desencorajando o modelo de uso único. 
“Criar uma cadeia circular de valor para o plástico requer melhorar os processos de separação e aumentar os custos por descarte, incentivando o desenvolvimento de estruturas para o tratamento de lixo”, afirma Gabriela Yamaguchi.
A poluição por plástico gera mais de US$ 8 bilhões de prejuízo à economia global. Levantamento do PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente –, aponta que os principais setores diretamente afetados são o pesqueiro, comércio marítimo e turismo. Enquanto o lixo plástico nos oceanos prejudica barcos e navios utilizados na pesca e no comércio marítimo, o plástico nas águas vem reduzindo o número de turistas em áreas mais expostas, como Havaí, Ilhas Maldivas e Coréia do Sul.
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É hora de mudar a maneira como enxergamos o problema: há um vazamento enorme de plástico que polui a natureza e ameaça a vida. O próximo passo para que haja soluções concretas é trabalharmos juntos por meio de marcos legais que convoquem à ação os responsáveis pelo lixo gerado. Só assim haverá mudanças urgentes na cadeia de produção de tudo o que consumimos.
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sertaocerrado · 3 years
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Um quarto da cobertura florestal da Mata Atlântica está preservado. 
O dado, inédito, foi obtido pelo MapBiomas a partir do mapeamento de imagens de satélite entre 1985 e 2020.
 O mapeamento das transformações da Mata Atlântica indica que a cobertura florestal passou de 27,1% em 1985 para 25,8% em 2020. Atualmente, outros 25% são ocupados por pastagens; 16,5% por mosaicos de agricultura e pastagens; 15,% pela agricultura; 10,5% por formação savânica e outras naturais.
 A cobertura florestal manteve-se praticamente estável nos últimos 30 anos, após um período de alto desmatamento ocorrido entre 1985 e 1990. Por trás dessa estabilidade, no entanto, esconde-se a perda de florestas maduras e a regeneração de matas jovens. Entre 1985 e 2020 a perda de vegetação primária foi de 10 milhões de hectares. Nesse mesmo período, a área de vegetação secundária ganhou 9 milhões de hectares. 
Mas o que isso tem a ver com a água?
Mesmo reduzida e fragmentada, a mata exerce influência direta na vida de cerca de 80% da população do país: nas cidades, áreas rurais, comunidades caiçaras ou indígenas, protege o clima, regula o fluxo dos mananciais, a fertilidade do solo, a proteção de encostas, entre tantas outras funções.
As grandes capitais brasileiras, por exemplo, - São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR) e Belo Horizonte (MG) – são completamente abastecidas pelos rios que afloram desses remanescentes. E, segundo a WWF-Brasil,  calcula-se que a Mata Atlântica garanta o abastecimento de mais de 120 milhões de pessoas, abrigando rios do porte do Paraná, Tietê, Doce, Paraíba do Sul, São Francisco, Paranapanema e Ribeira do Iguape.
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Mas é na relação complementar entre a floresta e a água que a importância desse bioma pode ser melhor compreendida. Os remanescentes regulam a vazão dos rios, atenuando as enchentes, e após as chuvas permitem que a água escoe gradativamente. Também filtram sedimentos, retidos na chamada mata ciliar, e melhoram a qualidade da água. O armazenamento da água da chuva, em mananciais de superfície ou reservatórios subterrâneos, ocorre ainda pela infiltração paulatina no solo, garantida pela folhagem, pelo tronco das árvores e suas raízes. E muitos dos processos erosivos são evitados por ação da cobertura florestal.
A poluição e escassez da água são determinantes para a degradação das florestas.
Da mesma forma que algumas matérias-primas possuem valor financeiro, os serviços prestados pelos ecossistemas, como a manutenção do equilíbrio hidrológico ou a capacidade de produção de água, precisam cada vez mais de instrumentos como a cobrança pelo uso da água ou a comercialização de créditos de carbono, como forma de reconhecer sua importância e proteger a floresta do qual são parte.
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Recuperação Florestal
Uma parte desse processo já está em curso: as imagens de satélite mostram recuperação em Áreas de Preservação Permanentes (APPs) em torno dos rios, principalmente no interior de São Paulo e do Paraná, onde o pasto foi substituído pela agricultura, como cana de açúcar. As áreas de pastagem ocupavam até a margem dos rios, favorecendo a erosão e o assoreamento dos cursos d’água. Com a substituição pela agricultura, a APP na borda dos rios foi respeitada e se recuperou naturalmente ou com plantio de nativas. Essa vegetação, principalmente no entorno das nascentes, é fundamental para a qualidade e quantidade da água.
Apesar disso, a situação de importantes bacias hidrográficas para o abastecimento de água desses estados, onde se concentram grandes centros urbanos, é preocupante. Muitas têm baixa cobertura vegetal e isso afeta a produção de águas. 
A bacia do Paraná, por exemplo, teve sua cobertura nativa reduzida de 24% em 1990 para 19% em 2020. A do Rio Grande também teve uma leve oscilação negativa, de 21% (1990) para 20% (2020). A bacia do Tietê passou de 19% (1990) para 20% (2020). Paranapanema permaneceu estável em 23% nas duas datas. A bacia do Paraíba do Sul oscilou levemente para cima (de 27% em 1990 para 29% em 2020).
Nos últimos 36 anos, 12 estados perderam vegetação nativa. A Bahia foi o campeão em perda (com 9.642 km2), seguido pelo Rio Grande do Sul (6.899 km2), Santa Catarina (6.359 km2) e Paraná (com 3.744). A década de maior recuperação de áreas florestais ocorreu entre 2000 e 2010, quando a Mata Atlântica ganhou 5.754 km2 de florestas. Por duas décadas, desde 2000, o estado de São Paulo manteve o crescimento da área de florestas.
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Da mesma forma que algumas matérias-primas possuem valor financeiro, os serviços prestados pelos ecossistemas, como a manutenção do equilíbrio hidrológico ou a capacidade de produção de água, precisam cada vez mais de instrumentos como a cobrança pelo uso da água, sobretudo das grandes empresas e latifúndios, ou a comercialização de créditos de carbono, como forma de reconhecer sua importância e proteger a floresta do qual são parte.
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sertaocerrado · 3 years
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A corrida contra o tempo.
Não é novidade que o consumo desenfreado de energia de fontes não renováveis tem um grande impacto no meio ambiente. Quando tratamos de caatinga e sertão, sabemos que esse impacto é ainda maior, já que essas regiões já são naturalmente secas. 
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Pensando em uma forma de atrair a atenção para as questões ambientais relacionadas ao uso de energia, a Olympikus organizou a corrida "Bota pra correr", que já percorreu outros biomas brasileiros, como forma de chamar o público a pensar sobre energia limpa e sustentável, para ajudar o planeta. A corrida, que já foi realizada em anos subsequentes, tem atraído cada vez mais a atenção do público.
https://ge.globo.com/google/amp/programas/esporte-espetacular/noticia/corrida-no-sertao-potiguar-chama-atencao-para-a-necessidade-de-busca-por-energia-limpa.ghtml
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sertaocerrado · 3 years
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Você já ouviu falar na palavra “Ecocídio”?
 Este termo, que tem estado cada vez mais em evidência nos últimos anos, refere-se à “destruição ou perda extensa do ecossistema de um determinado território, em razão de conduta humana ou por outras causas, de tal forma que o gozo pacífico dos habitantes de tal território seja ou venha a ser severamente prejudicado”, segundo a proposta de alteração do Estatuto de Roma.
 Os motivos para o aumento de atividades ilegais que causam o aumento no desmatamento são vários, dentre eles, podemos citar as atividades desenfreadas das madeireiras, o avanço da agropecuária e pecuária, a mineração e, sobretudo, uma política pública ineficaz acompanhada de um discurso que se posta muitas vezes contrário a preservação do meio ambiente e proteção aos povos locais e indígenas.
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 Estudo realizado por 30 pesquisadores de órgãos públicos, de universidades e de organizações não-governamentais estima que, ao menos, 17 milhões de animais morreram em consequência direta das queimadas no Pantanal em 2020.
 O número pode ser maior, pois muitos morreram dentro de tocas ou ocos de árvores sem que fossem avistados. Vertebrados muito pequenos também foram consumidos por completo diante do fogo intenso, o que impossibilita uma previsão. O fogo no Pantanal em 2020, devastou 4 milhões de hectares, o equivalente a 26% do bioma.
 É interessante apontar que o impacto dessas queimadas na biodiversidade do Pantanal é praticamente irreversível. ONGs e institutos lutam cotidianamente em prol da revitalização, preservação e resistência do ecossistema pantaneiro.  A biodiversidade do Pantanal é composta por mais de 2 mil espécies de plantas, 269 peixes, 131 répteis, 57 anfíbios, 580 aves e pelo menos 174 mamíferos. O número de invertebrados é desconhecido.
 O estudo alerta que as mudanças climáticas provocadas pelas ações do homem têm influenciado a frequência, a duração e a intensidade das secas na região. O impacto de seguidas queimadas pode ser catastrófico e empobrecer o ecossistema, que já é frágil durante o período sem chuvas. O fogo faz parte da dinâmica natural do Pantanal, mas não nessas proporções.
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O trabalho conta com pesquisadores da Embrapa Pantanal, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal (INPP), Universidade do Mato Grosso (UFMT), Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Fundação Meio Ambiente do Pantanal, Instituto Smithsonian (dos Estados Unidos), entre outras instituições.
Houve também o apoio logístico e suporte financeiro de ONGs como WWF Brasil, ONG Panthera, Instituto Homem Pantaneiro, Ecologia e Ação (ECOA), Museu Paraense Emílio Goeldi, além da Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul e da colaboração de voluntários.
Porém, o trabalho que foi retomado apenas recentemente, não tem havido suporte financeiro. O ICMBio conta com recursos próprios para enviar equipes, enquanto outras instituições dependem de doações. Ou seja, há um abandono alarmante por parte do Ministério do Meio Ambiente associado à União.
  O Brasil está em chamas, e isso não é uma figura de linguagem. Os principais biomas do país estão literalmente sendo consumidos por queimadas e incêndios generalizados sem precedentes, resultado de uma mistura explosiva de secas severas e absoluto descaso proposital do poder público com a proteção do meio ambiente. Mas até que ponto essas tragédias poderiam ser evitadas ou combatidas?
É dever do governo federal zelar pelo patrimônio ambiental dos brasileiros. Nossos biomas são motivo de orgulho e parte da nossa identidade. O governo federal deveria tratar com seriedade os graves incêndios e queimadas que ocorrem de forma descontrolada no Pantanal e nos outros biomas, causando danos irreversíveis. No entanto o que tem feito é negar ou minimizar o problema. As ações implementadas até o momento – incluindo a moratória do fogo e combate ao desmatamento e queimadas executado pelas forças armadas –  já se mostraram ineficazes e insuficientes.
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Quem perde com essa combinação entre desgovernança e clima seco é a população.
 Embora investidores, mercados e governos lá fora estejam de olho e já tenham sinalizando que podem romper acordos comerciais e boicotar produtos brasileiros por conta desta política antiambiental, o governo Bolsonaro segue firme em seu propósito de destruir o Brasil, enquanto usa táticas de desinformação e repressão para esconder a verdade.
Proteger as florestas e os demais ambientes naturais é fundamental na luta contra as crises climática e da biodiversidade e cabe a nós resistir a este modelo de destruição.
Além de denunciar o descaso do governo você pode: 
-Cobrar ação imediata do governo federal; 
-Compartilhar a situação do Pantanal, para que mais pessoas saibam da gravidade dos incêndios; 
-Apoiar organizações locais que trabalham incansavelmente para salvar vidas.
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sertaocerrado · 3 years
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.Você já deve ter ouvido falar do cerrado. Mas será que você conhece o cerrado?
Você sabia que o cerrado ocupa ¼ do território brasileiro? (Pelo menos ate agora...).
São mais de DOIS MILHÕES de quilômetros quadrado!!! A SEGUNDA MAIOR FORMAÇÃO NATURAL DE TODA A AMÉRICA DO SUL, só perde para a Amazônica. 5% de todas as espécies do planeta se encontram no cerrado.
O cerrado tem uma importância singular no ecossistema brasileiro, ele está ligado a quatro dos cinco biomas nacionais. Como se fosse uma ponte. Ou seja, meus amigos, o cerrado acabar é como quebrar o elo que conecta todo esse ecossistema.
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É extremamente importante para um país entender a dinâmica da sua natureza, como esse território “pulsa”.
A partir da década de 1980, a NASA passou a registrar a superfície da Terra regularmente e guardar estas imagens para análises da expansão urbana e o impacto no meio ambiente. Pesquisadores tentam contar a história de cada pixel presente nas capturas das imagens via satélite. O que eram lindos campos passaram a ser pastos, e logo destinados à agricultura.
O Cerrado está sendo devorado pelo agronegócio que devasta a região em proporção similar à da Amazônia. Nos últimos 36 anos, o bioma perdeu um território de vegetação nativa maior que o estado de São Paulo, mais de 26 milhões de hectares dessa cobertura vegetal foram devastados, e a quase totalidade dessa perda (98,9%) foi devido ao uso agropecuário do solo, tanto para pastagens quanto para agricultura. O restante, cerca de 1%, foi perdido pela expansão urbana. Comparado à cobertura que havia em 1985, o Cerrado perdeu quase um quinto de sua área remanescente (19,8%) em apenas 36 anos.
Os dados levantados pelo MapBiomas fazem parte da série Brasil Revelado 1985-2020 e foram apresentados durante evento online realizado nesta sexta-feira (10) de manhã, no canal do Youtube do MapBiomas.
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As amplas transformações ocorridas nas paisagens do Cerrado e o status de ameaça de muitas de suas espécies têm provocado o surgimento de iniciativas de conservação por parte do governo, de organizações não governamentais (ONGs), pesquisadores e do setor privado. Uma rede de ONGs (a Rede Cerrado) foi estabelecida para promover localmente a adoção de práticas para o uso sustentável dos recursos naturais. 
Um dos principais desafios na conservação do Cerrado é demonstrar a importância que a biodiversidade desempenha no funcionamento dos ecossistemas. O conhecimento sobre a biodiversidade e as implicações das alterações no uso da terra sobre o funcionamento dos ecossistemas serão fundamentais para o debate entre desenvolvimento e conservação. No passado, a falta de conhecimento e as incertezas sobre os principais fatores que causavam o desmatamento no Cerrado prejudicaram sua conservação e manejo.
O Cerrado é vital para a preservação da água no Brasil. Só ele alimenta três importantes aquíferos brasileiros. Ele é como uma floresta invertida. Deixa eu explicar.
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No Cerrado, vemos a presença de árvores pequenas que possuem raízes ENORMES. E o que isso tem a ver com água, “homi”?
É por isso que o Cerrado funciona como uma grande esponja que absorve e distribui a água por toda a região. Toda essa água garante a sobrevivência de grande parte da população brasileira, seja para a produção de alimentos, geração de energia ou para uso humano.
Isso quer dizer que se não cuidarmos do Cerrado, uma espécie ficará altamente ameaçada de extinção, nós, os seres humanos que passaremos fome e sede. 
Mas têm pessoas trabalhando para que isso não aconteça, e você pode ser uma delas apenas por fazer uma simples doação para garantir a continuidade dos trabalhos de ONGs empenhadas na defesa do Cerrado. 
Mas os tempos são outros, meus amigos. Precisamos compartilhar, discutir e nos manifestar sobre a situação do Cerrado. A diferença é feita do individual para o coletivo, em que o simples gesto da escolha consciente dos nossos políticos já é algo que interfere diretamente na conservação ambiental.
O que você faz pelo Cerrado?
Como você se manifesta?
Como você conscientiza?
Você faz sua parte?
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CONTRA A DESTRUIÇÃO, A GENTE PRECISA DE INFORMAÇÃO!
É PRECISO TER CUIDADO, PRA NÃO MORRER DE SAUDADE!
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