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Shoytiland
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me dói saber que meu lado mais frágil, foi exposto por você
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shoytiland · 3 months ago
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decidi que estou indo
como um salto mortal
devo estar dissolvendo
não há como saber
até onde iremos? ainda não sei
não me sinto pronto
mas quando foi a última vez que estive?
então, só vou mais devagar…
eu entrarei em meu coma
meu pecado forjou meu presságio
eu não podia ouvir o seu nome
eu não pude me virar sozinho
me senti cada vez mais envelhecido
me deixei cair, como um dominó
esperei o entardecer
achei até que adiaria
estou preso entre o vento
e partes do desconhecido
numa porta entre dois mundos
sem uma vista para ver
tudo estava movendo ao meu redor
tudo estava movendo no tempo
e cada partícula à minha volta
desaprendeu a viver
eu perdi a sincronia
me separei de partes de mim
então sigo de cabeça baixa…
anos atrás, eu tentei a aglutinação
rasguei minhas palavras
e as costurei em meu coração
pensei que iria moldá-la
mas eu estava em decadência
é difícil o bastante dizer tudo isso
eu queria conseguir ficar
porque me sentia perto, mesmo tão longe
sei que ainda preciso tanto de você
mas perdi sua presença
perdi sua confiança
eu fiz algo ruim…
eu estava errado…
e bem mais adiante,
em uma névoa mais profunda
ainda não conseguia me virar sozinho
e eu mal tive o que dizer
mas agora sei, mais que a maioria
que quando você é cruel
até sua aura é cor de fumaça
adentrando mais a fundo na rachadura
fui mantido em minha asfixia
como punição de atlas
queimando em tons de cinza
como murmúrios de uma brasa
em sons de nafta
queimando mais que a maioria…
eu ainda tenho lembranças que doem
e essa dor imediata que tudo me traz
das músicas que você costumava cantar
ou daquele sofá
das imagens congeladas em minha mente
subindo para a casa de seus pais
ou espremidos em minha cama
você sempre me acolhia
fui aceito por ti, por sua família, em seu lar
e isso não me deixa em paz…
sexta-feira era azul e amarelo
junto com você
meu coração acelerava
batendo fora do peito
me lembrei de tentar esquecer
eu estava preso
não encontrei a chave
sou um barco afundando
adivinha quem é o mar?
a solidão é devastadora
encobre tudo, e te consome
foi difícil se livrar disso
e voltar a ser eu
quando tudo era uma memória
se repetindo até a enésima potência
não existe mais volta
não existe mais um lar
ou uma família
e novamente… sozinho
não seria apenas mais um dia
essas manchas dentro de mim
não me deixaram em paz
marcaram minha mente
marcaram minha alma
meu mundo está parando
parece estar acabando
tudo se perdeu
não houve mais nada a ser dito
ou a ser feito
guardamos tudo para dentro de si
e isso… não soou como amor de verdade
eu queria falar
eu não consegui…
perdão por arrancar partes de você
ninguém merecia nada disso
então finja que não existo…
mas eu senti amor
até o fundo do meu coração
e te agradeço eternamente
por me mostrar que posso ser diferente
e não, eu não quero repetir
devo mastigar e cuspir
o complexo de culpa em mim
queria poder deletar
porque ainda me recarrego de você
porque eu ainda respiro você
e sei exatamente que no mundo
nada poderia competir com você
meu coração carrega apenas um de nós
apenas um…
então ele ainda bate apenas por você
queria conseguir te salvar
rebobinar, e nunca te machucar
e se eu pudesse resetar
ficaria feliz em te encontrar
e fazer tudo do jeito certo
nenhum coração merecia sofrer…
sinto que desde muito tempo
tentei buscar o amor
ou algo para me preencher
a ausência já fazia parte de mim
nunca superei minhas perdas
e nunca percebi do que fugia
escondi a dor por trás dos olhos
busquei o antídoto da minha decadência
me acorrentei pelas linhas do tempo
e por isso eu caí…
nada disso justifica meus meios
tudo o que sempre fiz foi atrasar
e não sei dizer o que restou
será que ainda há algo dentro de nós?
ecos da nossa união
memórias desatadas
fora de alcance
lembranças extraviadas
em eclipse, se fechando
como o tempo… se acabando
o tempo não tem freio
é uma condução perigosa
ainda não aprendi a manobrar
não soube conduzir meu coração também
o tempo te ensina com tragédias
te ensina com as perdas
te ensina a ser melhor
a se encontrar…
supliquei ao relógio, e aos céus
para me encontrar em teus braços…
mas talvez não seja dessa vez ainda
talvez eu ainda não tenha aprendido
então, como um castigo divino,
devo perder tudo, mais uma vez...
seus olhos iluminavam dentro de mim
foi incrível sentir teu amor por mim
você foi meu doce mundo
o estado perfeito da arte
artistas sentem inveja dos teus traços
não conseguem te por em pedaços de papel
princesa infinita
beleza absoluta
sem limite e sem fim
divina constelação
emana luz sob as estrelas
elas delineiam tua existência, minha vida...
estou perdido em minha névoa ainda
seu perdão não apagou minha culpa
minhas desculpas não remendaram
os pedaços do seu coração também…
mas agora, eu vou honrar nossos momentos
quero você bem, ok?
ainda sinto que sou
o maior erro da minha vida
mas quero tentar ser maior que meus erros
então vou fazer diferente dessa vez
extingui minhas mentiras
me rendi à verdade
ela me deixou com o coração mais leve
devia ter feito isso antes…
eu sei que já está tarde demais
o tempo não volta
e agora tudo isso já era…
já estou no fim da estrada
carregando minha vergonha
ou minha aprendizagem…
não cometa os mesmos erros
porque não há como fugir da dor
minhas tentativas de fuga se foram…
e esse… foi o meu fim.
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shoytiland · 4 months ago
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estou dando passos pra fora de mim
em direção ao estranho
meu coração ainda esta bombeando
retorcido e revirado
já não parece tão natural
minhas mãos estão atadas
ainda sinto perigo claro e presente
mas a verdade deve prevalecer
estou saindo da minha pele
gostaria de ser alguma outra pessoa
enxergar pelos olhos de um outro alguém
mas quando fecho os olhos
minha mente sempre está lá
presa em meu mundo
você deitada sobre mim
por muito tempo senti tua proteção
ainda lembro dos teus olhos
os olhos certos
não quero esquecer o tom da tua voz
toques leves em sua costa
ainda me prendo naquela sensação
dentro dela, há um reflexo de mim
ela ainda me domina
segurou minha mão no fogo, me guiou
não foi atuação
sentimentos foram vivos e reais
mas fui frio, fui fraco
cada passo que dei foi só mais um pra trás
mais um passo pra voltar
mais um arrependimento
não posso mais deixar esse medo me levar
não quero ser consumido assim
teu amor realmente me preencheu
meu coração transbordou por ti
ainda tenho mais de você dentro de mim
do que eu mesmo
dentro do meu vazio
não quero mais essa casca
não quero minha pele
nem minha vida na caverna
onde pessoas de fora passam
e eu sorrio e aceno
sei que lá no fundo
sempre houve esse medo
de que não sou suficiente
parece que sempre estive preocupado
mas e se lá no fundo
talvez eu não seja único
talvez eu seja só mais um molde
e se nada for novo?
ando ofegante esses dias
estou curando minhas feridas
abertas e derramadas por mim mesmo
o peso da culpa em meu peito
sempre me puxa até o fundo
ainda me consome, me corrói e destrói
não durmo bem a bastante tempo
meus demônios, pecados e mentiras
me assombram todos os dias
minha vergonha me extinguiu
profundamente, até minhas entranhas
não estou me mantendo muito bem
ando mais cansado que qualquer outro dia
mas ainda queria estar de volta
como um grande homem
com um bom coração
seguindo as regras
fazendo o que me dizem
pode alguém ter um grande coração?
ou alguém ser tão gentil assim?
quando a história não mostra
o que você escolheria?
seu coração ou seu orgulho?
onde estão os olhos certos agora?
eu poderia realmente estar tão satisfeito comigo mesmo?
dentro de mim, ainda me sinto em perigo
é a criança que tem medo dentro de nós?
com medo das despedidas
sempre retornei
não aprendi o jeito certo de fazer
não parecia perigoso antes
nunca fui ensinado a lidar
essa vida foi cruel demais
mas porque tive medo?
talvez, seja algum trauma?
não me deixou abandonar
nunca me deixou ir também
não deixou me despedir
nunca consegui me despedir de...
nenhuma das pessoas que eu amei
e nunca soube como fazer também...
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shoytiland · 5 months ago
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desde cedo o meu pai sempre gostou de filmar momentos da vida dele, ele tinha uma filmadora, era azul escuro, com detalhes cinzas, ele tinha diversas filmagens, gravadas em diversas fitas...
tinha uma filmagem, em que ele estava na disney, com minha mãe, na fita, estava gravado "viagem a disney - 1994", deus que filmagem linda... era tudo tão magico, tudo parecia brilhante, completamente iluminado, era muito bonito... eu queria muito estar lá, eles estavam tão felizes...
existe uma outra gravação em uma fita K7, eu não lembro o nome e nem a data registrada, mas eu ainda era um bebê, talvez 2 anos, no máximo... a filmagem iniciava com meu pai saindo da cozinha, indo em direção a sala, lá ele encontrava minha mãe, sentada em um sofá, jogando donkey kong, o 2 pra ser mais exato... lembro dele falar algumas coisas... em seguida virava a filmagem em direção ao meu irmão, que se encontrava um pouco mais alto que o normal, e por trás do sofá era revelado o motivo disso, eu acho engraçado toda vez que lembro, mas meu irmão estava em cima de mim... com os pés sobre mim, eu achava engraçado... mas, hoje eu senti negligencia um pouco...
existe uma outra filmagem, em que eu estava andando de carro, era inverno, estava nevando, eu era tão pequeno... esse video sempre me chamou a atenção, porque eu não me via tão feliz assim... nas filmagens em que eu aparecia, eu me sentia sério demais, eu não sorria, hoje penso sobre isso, hoje me incomoda...
lembro de uma casa, não lembro de quem era, mas era a casa de uma senhora, meus pais me deixavam lá quando iam trabalhar... lembro que ela tinha um pote cheio de doces, e eu gostava de ir pegar um doce em especifico, eu já sabia o caminho, era quase que automático, parecia ser meu doce favorito, até hoje, se eu forçar bem a cabeça, consigo sentir o gosto desse doce, e ele nem era tão bom assim na verdade...
também lembro dos brinquedos que eu tinha, mas, sempre que eu ia visitar meu primo, ele tinha brinquedos muito melhores que os meus... ele tinha umas maletas, que quando abriam, viravam pistas de carrinhos, e eu achava aquilo demais! melhorava ainda mais depois que juntava varias maletas, e formava uma pista gigante, eu me divertia tanto...
lembro de uma vez, em que eu ganhei um brinquedo do papai, era um navio pirata, e vinham dois bonecos, um pirata com tapa olho e um papagaio no ombro, e um outro pirata com uma bandana na cabeça... eu estava brincando com eles, e junto dessa lembrança, a minha mãe estava do meu lado, ela tava me dando comida na boca, era feijão, um feijão comum, simples, não tinha nada demais ou diferente, era apenas feijão... foi o feijão mais gostoso que comi... e eu nunca mais consegui sentir aquele gosto...
existe outra memória, lembro de estar chorando, e meus pais fingiram estar em ligação um com o outro na minha frente, eu parei de chorar e fiquei observando, eu ainda tenho essa memória... não era interessante? os dois estavam se falando por meio de um aparelho, mas porque? eles estavam um de frente para o outro... que estranhos, mas era engraçado... nessa mesma noite, meu pai saiu para comprar a janta, e ele trouxe umas linguiças, e uns docinhos da hello kitty pra mim, eram rosas, lembro que misturei os dois e comi, talvez desde cedo eu parecia gostar de comidas agridoce...
lembro que todo dia, passava um caminhão na frente do apartamento em que eu morava, era um caminhão que vendia coisas de padaria, eu adorava ir nele com o meu pai, eu gostava de um pão de chocolate, também nunca esqueci o gosto, também nunca esqueci a sensação de subir as escadas daquele caminhão, minhas pernas pareciam tão curtinhas para aqueles degraus... ainda bem que meu pai estava lá, me sentia tão leve quando ele me carregava... eu lembrei de tanta coisa... eu ainda queria ser eu das minhas lembranças... porque hoje me sinto tão vazio?...
também lembro quando eu ia ao parque brincar, meu pai segurava minha mão de uma forma protetora, ele dizia pra eu ficar por perto, e ter cuidado com o trem, porque? o trem nem saia do trilho, claro que isso era impossível... na verdade, ele sabia que eu tinha medo do barulho que o trem fazia, e queria me proteger disso também... queria poder sentir essa proteção de novo... queria saber segurar na mão, com toda a proteção, assim como ele...
lembro quando eu cai do 5º andar do prédio em que eu morava... lembro mais de quando eu estava no chão, lembro de olhar pro céu, eu não virei o rosto, não porque não conseguia, mas porque não sentia que eu devesse também... eu queria ficar quieto... eu não sabia o que tava sentindo de inicio, mas... depois estava doendo, doendo muito... eu quis chorar, não sei se consegui... lembro de ouvir os gritos do meu pai, e do meu irmão, em desespero, eram gritos apavorados... com barulhos que pareciam palmas... pensando agora, deviam ser chinelos batendo no concreto dos degraus da escada... que droga, não precisavam disso... eu não ia morrer... eu não quebrei nenhum osso... disseram que foi deus... disseram que eu nasci de novo...
droga... vocês não precisavam se esforçar tanto...
eu na verdade...
talvez, pensando melhor...
talvez eu não devesse mais estar aqui...
eu não quero mais estar aqui
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shoytiland · 5 months ago
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a queda desse jardim
jardim eterno espiral
tamanha traição voltada
ilusões contadas
perdidos em um labirinto
e três almas deixadas
a eternidade eu encontrei
quando eu encarei os teus olhos
mas a verdade eu ocultei
então encaro o relógio
anos passam em pleno ar
será que me vêm em chamas?
agora o relógio não vai mais girar
não era isso que eu sentia que me faltava?
ser um manancial, o seu guardião
malditas sejam as batidas desse amargo coração
que me ensurdecem e me deixam com pensamentos assim
e com certeza esse coração que vai te tirar de mim
quando te encontrei
te amei errado, eu sei
me perdi nas batidas do meu coração
com minha mente dominada por essa hipnose espiral
por memórias tão bonitas, por um sonho ideal
em um sonho que eu queimei
desde cedo parasitas destruiu meu lar
parasitas em minha mente destroem a verdade
tempestades de ilusões ecoam e não para
as lacunas na memória nem o tempo sara
meu contágio, meu deságio, é tarde demais
em uma família em que uns alheios tiraram teu pai
e em perguntas recorrentes
"quem é você de verdade?"
me mostraram um sentimento
pior que a dor e a morte
me agonizando em mentiras
em meias verdades
quem me vê, não vê
tive medo, eu sei
me perdi nas chamas
do meu escuro coração
e nela marco as perdas
em um jardim de violetas
eu prometo não esquecer
a decisão de ser melhor
é hora de eu enfrentar os meus medos
eu não quero mais fingir
também não quero mentir
ela é a verdade... e ela tá aqui
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