solbourbon

[solbourbon]

Conhecida pelas fortes opiniões, María estava convencida de que um medalhão fácil de ser encontrado era um que não merecia sua atenção. Assim, havia ignorado o que parecia o cintilar de uma ou outra joia perdida entre as raízes de algumas árvores e dirigiu-se para uma área de menor movimentação. Ali, o terreno descoberto era íngreme o suficiente para que chegar ao topo exigisse algum esforço. E foi exatamente essa a motivação da princesa ao escalar em meio à terra lamacenta, apenas para que um pisar em falso a levasse morro abaixo, criando um emaranhado de corpos quando colidiu com @dehvsse.

[solbourbon]

María era capaz de distinguir um puxão de maneira inconfundível, guiando-a com a precisão de quem deveria conhecer aquelas floresta com a palma da mão. Certo, talvez as escapadelas ocasionais tivessem contribuído para aquela percepção. Fato era que, estava convencida de que encontraria o medalhão que desejava em meio àqueles arbustos - e era exatamente o que buscava, reclinada sobre as folhas, quando percebeu a aproximação de @karvdag. "É claro que tinha que ser você aqui." O comentário veio acompanhado de um bufar leve, endireitando a postura ao encará-lo. "Se continuar assim, o público vai começar a char que está me seguindo, De Hesse. E a imagem de desesperado não lhe cai muito bem."

[solbourbon]

O coração feminino bombeou adrenalina por suas veias, tão logo seu olhar repousou sobre o papel sorteado. Caçadora. Era mais do que a emoção pela busca, era sobre também deter o controle do próprio destino. E poder manipular o jogo era um dos passatempos favoritos da loira. Não era de se estranhar, então, que já tivesse se livrado de dois medalhões quando se deparou com @ricccrdao com uma joia em mãos. "O que você está fazendo?"

[solbourbon]

A princesa nunca fora uma grande apreciadora de esportes em campo, menos ainda aqueles que envolviam demasiado contato. No entanto, exceções poderiam ser feitas desde que lhe fosse concedido algo com que bater e um alvo para acertar. Certo, no caso do croquet eram doze aros, mas era próximo o suficiente. Assim, para a surpresa de sua família, María havia desenvolvido certo apreço pelo esporte - não por assisti-los, ai seria demasiado - mas sim para as ocasionais partidas promovidas entre os nobres. E, para alguém conhecida pela energia caótica, a espanhola mostrava-se de uma precisão invejável ao lançar as bolas pelo campo. "E, ainda assim, você não deixa de me impressionar, Albrecht." A petulância era perceptível em seu tom, tão semelhante ao que usava na adolescência. "Não apenas estou no jogo como estou destroçando qualquer chance que vossa alteza tinha de ganhar." Um sorrisinho formou-se em seus lábios, a zombaria implícita ao ressaltar o título alheio. "Deveria me preocupar com as consequências de humilhar um futuro líder mundial em frente a milhares de espectadores?"

 ❝  do you always make this good of a first impression? ❞ @solbourbon

criquete. de todos os jogos do mundo. criquete era o que havima proposto como jogo para enturmar o grupo. claro que, como principe que era ele havia aprendido a ler, escrever e falar diversas linguas, dançar diversos tipos de dança e praticar esporte, mas criquete sequer deveria ser considerar um esporte, estava mais para uma atividade, talvez como reflexo de sua frustração a bola passou longe dos aros indo acertar a princesa da espanha que não deixou o acontecido passar batido. — eu tenho que viver a altura da minha reputação. — gracejou de volta. — desculpa pelo incidente. — apontou para a bola perto da loira. — vossa graça está no jogo? — até chamar aquilo de jogo o revoltava e a palavra saiu com um azedume não planejado. 

[solbourbon]

Havia um motivo para a duquesa ser uma das pessoas cuja companhia María mais apreciava - e não era apenas por suas belezas ornarem perfeitamente nas dezenas de selfies postadas em suas redes sociais. Tal qual a espanhola, Taisiya possuía uma sede praticamente insaciável por viver, independentemente das consequências. O resultado? Entretenimento garantido e um relato repleto de detalhes absurdos - exatamente como ocorria naquele instante, frente a dezenas de câmeras e milhares de espectadores. A risada incrédula, parcialmente acobertada pela destra, veio acompanhada de um sussurro: "Você é inacreditável." O olhar cúmplice que a dirigiu, porém, prometia uma reação em igual proporção. Afinal, qual seria a graça de passar por aquilo sozinha? "E apenas para tornar tudo ainda mais divertido, a duquesa de Sacalina decidiu que concederia a honra de sua presença em um encontro duplo. Quanto ao felizardo que a acompanhará, será aquele capaz de colocar mais doces dentro da boca ao mesmo tempo."

❛ I   dare   you   to   try.❜ + @solbourbon

Hora do Jantar

o sorriso tingiu os lábios carmesim da duquesa, era por momentos como aqueles que ela vivia, ou até respirava. o mundo em sua volta era preto e branco e ela se sentia em cores vibrantes que ousava sujar onde quer que pisasse com toda a sua aquarela, mas para Sol parecia se deliciar com cada nuance da duquesa russa. talvez houvesse uma diferença entre rir com ou rir de, mas para afastar o tédio a Sakhalinskaya aceitava qualquer coisa, inclusive um desafio de deixar aquela festa menos enfadonha. — pois observe. — encarou os olhos azuis da princesa antes de entregar o copo de cristal para ela.

Senhoras e Senhores, acho que todos podemos concordar que seria interessante se tentassemos algo diferente esta noite para nos conhecermos melhor, não acham? pensando nesse clima de confraternização, a princesa da espanha concordou em um encontro com o primeiro pretendente que segurar um gelo nas mãos até derreter. vamos ver se os nobres desta corte aguentam um pouco de competição amigável.

[solbourbon]

Salão de jogos, w/ @ludowiglixostein

A energia caótica que regia a princesa em nada ornava com os jogos de estratégia que estavam expostos no local. Verdade fosse dita, era difícil imaginar a loira dedicando suas horas a um passatempo como aquele, por muitos descrito como tedioso. O que poucos sabiam, porém, era que o fascínio da loira por buscar antever os movimentos dos demais, haviam tornado-na uma assídua jogadora de xadrez. O que podia dizer? Era a arte se misturando à vida. "Let's make it interesting." A malícia pincelou o sorriso feminino, o faiscar das íris azuladas trazendo a promessa de perigo. "Melhor de três. O vencedor tem direito a um pedido. No questions asked."

[solbourbon]

Quadra de vôlei de areia, w/@vemmedegustav

María não esperava que a Althara a recordasse tanto da época de colégio. Horários fixos, convivência com pessoas que desgostava e intrigas movidas pelo desejo de alcançar uma posição de destaque eram apenas algumas das muitas semelhanças. A maior delas, porém, foi o momento em que deparou-se com o professor de vôlei dividindo o grupo de anis em duplas para um torneio. "Bourbon e Yusupov." O homem anunciou, obrigando-a a varrer a quadra com o olhar, a procura de Sergei. Ao invés disso, sua atenção fixou-se no duque de São Petersburgo, praticamente sugada pela intensidade emanada por sua presença. O coração feminino vacilou uma batida, a tensão acumulando-se em seus membros ao compreender quem seria seu par. Ao que parecia, quanto mais a princesa buscava evitar o moreno, mais o destino divertia-se em coloca-los lado a lado.

[solbourbon]

Salão de jantar, w/ @nicolctta

O sorriso impresso nos lábios femininos refletia a satisfação que preenchia seu peito após a perfeita 'tarde ensolarada' - ou assim ela chamava os dias em que tudo corria conforme seus desejos. E o que poderia ser melhor do que passar horas respondendo perguntas de jornalistas entusiastas, ávidos por todos os detalhes de sua vida? Ao contrário de muitos, Sol não considerava a presença da mídia maçante, mas quase reconfortante. Era, afinal, a atenção que sempre ansiara. "Você precisava ter visto, Nico! Eles estavam desesperados! Queriam saber tudo sobre o que eu estou achando da Althara, os meus looks para os próximos dias e até aquelas fics que lançaram recentemente." O ar orgulhoso não escondia seu contentamento. "Eu não consegui responder a todos, é claro. Eram tantos! Mas prometi que voltaria amanhã para novas perguntas. Eu não sei como farei para atender a todos, sinceramente."

[solbourbon]

Piscina, w/ @emannalise

Ódio. Tudo nela me dá ódio. O nariz. A voz. Que ódio. Não haveria maneira melhor de definir seus sentimentos em relação à princesa, emoção essa que vinha alimentando há tantos anos que María sequer se recordava de uma época em que não se detestassem. A disputa pelas manhãs ao lado de Sergei - que era seu melhor amigo e apenas seu - e o último pedaço de torta de chocolate roubado no castelo de Liechtenstein eram apenas alguns dos muito embates entre elas ao longo dos anos. Mais do que isso, eram somente a introdução do que seria uma épica história de rivalidade. E um novo capítulo iniciava naquela manhã, em frente à raia três da piscina destinada aos treinos de natação. "Eu sei que você é um tanto quanto obcecada por ter tudo o que é meu, mas essa é a minha raia. Você deveria buscar outro esporte, Anne. Não quer acabar passando vergonha na frente de tantas câmeras como naquela competição do colégio, uh?"

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📓 FANFIC #08 — “Espadas e selfies! ”

Protagonistas: @stefanado & @solbourbon

Capítulo 7 – É apenas um sorriso

A cerimônia de premiação diplomática no Palácio de Cristal estava impecável. Tapete vermelho, flashs, chefs estrelados e... Tefinho odiando cada segundo.

Ele estava com a farda perfeitamente ajustada, a expressão de sempre (carrancuda, ameaçadora e muito pouco social) e os braços cruzados ao lado da pilastra de mármore. Sua missão da noite? Garantir a segurança — e a sanidade — da princesa Maria Ensolarada, sua prometida. Por razões políticas, claro. Nada emocional. Que absurdo.

— O que ela tá fazendo com aquele... influencer de terno lilás?!

Ele apertou os punhos.

Maria estava a poucos metros dele, cercada por gente brilhante demais, falando alto demais, e sorrindo demais para aquele tal de Vicente Luna, que tinha acabado de postar um story com ela dizendo: “Gente, olha esse look! A Princesa Ensolarada é um raio de sol real! ✨👑”

Tefinho viu o vídeo. Três vezes. No silêncio da sua sombra na parede.

Maria, por sua vez, parecia flutuar. Seu vestido amarelo canário fazia jus ao nome. Ela ria, cumprimentava, elogiava, fazia piadas — e parecia nem notar que Tefinho existia naquela noite.

Até que notou.

— Estéfano? — ela se aproximou com um copo de espumante na mão e um brilho nos olhos que fazia a austeridade dele ranger os dentes. — Você está com a mesma cara desde que chegamos.

— Não é uma festa particularmente divertida — ele resmungou.

— Não? Achei que você estava adorando observar meu flerte inofensivo com o Vicente Luna. Ele tem 4 milhões de seguidores, sabia?

— Parabéns pra ele. Eu tenho o controle da artilharia costeira do reino. Números também.

Ela riu. Riu mesmo. Riu de jogar a cabeça para trás. E Tefinho odiou. E também amou.

— Você está com ciúmes — ela disse, entre um gole e outro. — Isso está escrito na sua testa. Logo abaixo da sobrancelha franzida.

— Eu não sinto ciúmes — ele respondeu, cruzando os braços com ainda mais força. — Eu sou apenas... observador. E protetor. É meu trabalho.

— Ah, entendi — ela disse, dando um passo mais perto, com o perfume de flor cítrica misturando-se ao orgulho dele. — Então não tem nada a ver com o fato de que o Vicente colocou a mão na minha cintura quando a gente tirou a foto.

Ele a encarou. Firme. Silencioso. Perigosamente silencioso.

— Você quer que eu peça desculpa por ser simpática, Tefinho?

— Eu quero que você seja... menos acessível. — Ele hesitou, coçando a nuca. — Menos... abraçável.

— Mas eu sou abraçável! — ela sorriu. — Você devia saber disso melhor do que ninguém, não?

Ele desviou o olhar.

— Você é minha prometida, Maria.

— E isso quer dizer que você tem passe livre pra ficar com essa cara de mal-humorado sempre que eu sorrio pra alguém?

— Sim. — Ele respondeu, seco. — Exatamente isso.

Ela soltou um suspiro divertido e, num gesto ousado, ficou na ponta dos pés, aproximando o rosto do dele. Seus narizes quase se tocaram.

— Então da próxima vez que estiver com ciúmes... — ela sussurrou — tenta não parecer um segurança de boate mal paga. E sim meu noivo.

E antes que ele pudesse responder, ela sorriu — aquele sorriso que ele fingia odiar — e foi embora, com o vestido amarelo balançando como uma bandeira de guerra.

Estéfano ficou parado. Sério. Mudo. E absurdamente apaixonado.

[solbourbon]

María havia perdido as contas de quantas das frutas proibidas havia experimentado - provavelmente não sua melhor ideia, porém, como resistir a tentações tão doces? Ao final da noite, porém, o andar cambaleante e a visão turva vieram cobrar seu preço. E o percurso até o próprio quarto parecia um desafio demasiado complexo para ser executado. Isso, é claro, não tivesse o rapaz vindo em seu resgate. Ela não sabia ao certo como havia parado em seus braços, ou se seu quarto era de fato à esquerda como havia indicado, mas o aconchego daquele toque lhe foi extremamente bem-vindo em meio ao girar constante do mundo ao seu redor. "Isso é ótimo. Essa cama é boa, muito macia!" Suas palavras soaram um tanto arrastadas, os dígitos deslizando pela colcha de tonalidade anil. "Você já experimentou? A sua é assim tão boa?" Ela indagou com um ligeiro menear de cabeça, o cenho franzido ao notar certa dificuldade para focar a atenção nas feições masculinas. Fora necessário dois homens para carregá-la? Ou... três? Seu olhar acompanhou os movimentos do moreno, presa à gentileza com que ele empregava ao desfazer-se de seus saltos. E só então ela pareceu se dar conta de como seus pés doíam. "Hum, muito melhor." Disse com um ronronar, os olhos fechando-se em apreciação. "Eu... Sim. Água. Mas não precisam todos vocês buscar. Eu só preciso de um copo." Explicou, apontando para a figura repetida do homem.

@solbourbon disse "Can I please stay here? Just for one more night?"

Quando foi abordado pela princesa de Castilla, claramente já mais alterada, fez a cortesia de a levar aos próprios aposentos. Foi um caminho difícil e ele não tinha certeza alguma de que estavam no quarto dela mesmo, apenas havia seguido as direções dadas por ela enquanto a levava no colo tal como um príncipe encantado. Mas isso era puramente para que não tivesse que andar com ela aos tropeços e fosse mais rápido, em breve teria de ir atrás das próprias princesas e evitar que acabassem em situação parecida, ainda que detestasse ser o aquele que findava a diversão. Quase riu com a fala alheia quando a colocou sentada sob a cama com cuidado, arrancariam o couro dele se a princesa se machucasse. ❝Imagino que ficará aqui até o fim do Althara, alteza... Se esse realmente for seu quarto, espero que sim... Não quero problemas depois.❞ Disse ainda que imaginasse que ela sequer fosse lembrar do que ele dizia no dia seguinte, em um suspiro se colocou de joelhos diante dela e passou a auxiliar para tirar os sapatos que ela usava. Não entendia como as mulheres tinham apreço por utilizar aquelas máquinas de tortura, mas admirava a força de vontade. ❝Devo buscar algum edredom para vossa alteza ou talvez um copo de água para deixar ao lado da cama?❞

[solbourbon]

Corredores, w/ @eunaovouembora

Milhares de comentários e mensagens diretas a levaram à história publicada há apenas alguns dias - tempo suficiente para que "Sempre você!" e "princesa ensolarada" aparecessem como trending topics das redes sociais. Como resultado, as métricas de suas contas estavam nas alturas, com um crescimento exponencial. E a principal pergunta que permeava seus vídeos era: quem é Ricardão? Postagens antigas foram divulgadas ao passo que novas teorias se formavam, com dezenas de versões mirabolantes, incluindo uma que alegava que o personagem poderia ser inspirado em um dos Choi, dada a relação de amor e ódio entre eles. "Não, não fui eu que escrevi essa obra de arte, mas estou distribuindo autógrafos como a princesa ensolarada." Ela disse para a vermelha, tão logo a jovem se aproximou. "Tenho certeza de que você também já leu a fic, não é? Uma das mais comentadas e compartilhadas do século, eu ouso dizer. Mas era de se esperar, claro. Eu sou a protagonista."

[solbourbon]

Suíte 104, w/ @sergeiyusupov

Era difícil imaginar alguém que desconhecesse a inseparabilidade de María e Sergei - uma que, inclusive, havia iniciado a comunidade Magei e já contava com milhares de apoiadores. Caminhadas durante a madrugada, encontros antes de seus compromisso e mesmo escapadelas para um jantar à luz de velas acompanhavam as dezenas de aparições do russo em suas redes sociais, consolidando a imagem de ambos. E, agora que tinham a oportunidade de desfrutar de ainda mais tempo juntos, era apenas natural que retomassem alguns antigos hábitos, como o de sempre se encontrar antes das refeições - tal qual faziam na época de colégio. Afinal, como resistir à oportunidade de ser acordada pelos toques cálidos do príncipe? Imagine, então, seu desapontamento quando não foram os lábios do russo a tirá-la de seu estado sonolento. "Já são sete e dois, dusha moya. Não acredito que você se atrasou. Você sabe que eu gosto muito mais de ser despertada com os seus beijinhos do que com a presença dos criados." Ela anunciou em meio a um bico, tão logo o rapaz cruzou a porta que dava acesso aos seus aposentos. "Se continuar assim, vai ter que passar a dormir aqui."

[solbourbon]

𝒕𝒉𝒆 𝒄𝒂𝒔𝒕𝒊𝒍𝒍𝒂 𝑻𝑯𝑹𝑶𝑵𝑬

Man hands on 𝒎𝒊𝒔𝒆𝒓𝒚 to man.    It 𝘥𝘦𝘦𝘱𝘦𝘯𝘥𝘴 like a coastal 𝑺𝑯𝑬𝑳𝑭. Get out as 𝒆𝒂𝒓𝒍𝒚 as you can,     And DON'T have any kids yourself.

This Be The Verse —— Philip Larkin

@vaicatalatinha & @drymartina & @semprevencia & @alealejandrc & @solbourbon

[solbourbon]

Flashback, Night Circus

Uma nobre que se prezasse certamente se atentaria às suas próprias afirmações a fim de evitar intrigas desnecessárias, em especial em um evento como Althara. Sol, porém, dificilmente se enquadraria naquela definição. Mais do que isso, a princesa encontrava algum divertimento em arrancar reações como a da Durand, extremamente genuína como poucos ali. Sentimento esse que apenas potencializou-se com os elogios que logo lhe foram direcionados. O que poderia dizer? María gostava de ser recordada constantemente de seus muitos talentos. "É sempre um prazer conhecer um dos meus raios de sol. E, ainda mais por isso, eu me sinto na obrigação de te ensinar o que é diversão." Anunciou com um sorrisinho. "A começar por essa fruta que você deixou de lado."

@solbourbon disse "You really don't know how to have fun, do you?" na sala das frutas proibidas.

❝Eu?!❞ Foi o que disse quase que por instinto em um tom extremamente ofendido, foi mais forte do que a Durand pode suportar, mas logo a jovem arregalou os olhos em quase desespero. ❝Quer dizer... Desculpa, alteza, eu não... Eu...❞ Começou em quase desespero, pelos santos, se Laurent a visse em meio a uma conversa que poderia ser mal interpretada com uma princesa, a mataria. Ela tinha certeza disso, justamente por isso acabou se sentindo ainda mais desconfortável na própria pele, o pé direito raspando no chão enquanto alternava o apoio de um pé para o outro. Optou por apenas tentar mudar de assunto, colocando a fruta que tinha em mãos de volta ao lugar, estava incerta sobre comê-la ou não. ❝Eu sou sua fã, sabia? Quer dizer, eu posso dizer isso? Acho seus posts fantásticos. Sempre compartilho com meus amigos, sabe?❞

[solbourbon]

📓 FANFIC #02 — “Sempre Você! ”

Protagonistas: @solbourbon & @ricccrdao

Capítulo 1: Nós Já Nos Matamos Antes

Os corredores do Palácio Real de El Escorial cheiravam a cera de vela, flores cortadas e perigo.

Maria Ensolarada andava como se o mundo inteiro estivesse abaixo dos seus pés — porque estava. Era a princesa da Espanha, dona de uma aura magnética e herdeira de uma postura que você ou nascia com ou morria tentando possuir. Mas ninguém ousava encará-la com tanta ousadia quanto ele.

Ricardão.

O novo guarda. Vermelho como a guerra, como o sangue dos mártires que pintavam as tapeçarias reais. Vermelho como o erro que nunca deveria ter cruzado o caminho dela.

— Você deveria me reverenciar, não me encarar — ela disse ao vê-lo no corredor da Ala Oeste, onde só os mais próximos tinham permissão para circular. — E você deveria me temer, mas continua falando — ele respondeu, sem desviar os olhos.

Maria soube ali. No primeiro segundo. Soube, como uma lembrança esquecida batendo de volta no peito: eles já se conheciam.

Ele já tinha matado por ela. Ela já tinha morrido por ele. E agora estavam de novo ali — respirando o mesmo ar, fingindo que eram estranhos.

Mas o mundo não esquece o que o destino escreveu.

Ela sonhava com ele.

Todas as noites, desde que Ricardão entrara no castelo. Sonhos em que ele a chamava por outro nome. Em que segurava sua mão, ou seu pescoço, ou sua espada. Sonhos em que morriam juntos. Ou se beijavam entre escombros. Ou queimavam ao som dos sinos de Roma.

Ela acordava com a garganta seca e os lábios ardendo. E o pior era que, ao vê-lo de manhã, ele olhava de volta como se também soubesse.

— Você me odeia tanto assim? — ele perguntou certa noite, de guarda na porta dos aposentos dela. — Eu te odeio desde antes de nascer — ela respondeu. — Então por que me olha como se quisesse me tocar?

Ela não respondeu.

Mas na noite seguinte, ele apareceu na sacada dos seus aposentos. E pela primeira vez em mil vidas, ela deixou.

Deixou que ele tocasse sua mão. Deixou que os dedos vermelhos se entrelaçassem nos fios azuis. E quando os lábios dele encostaram nos dela — suaves, como um reencontro prometido por eras —, ela sentiu tudo voltar: as fogueiras, as juras, as mortes, os beijos.

Tudo. Cada vida. Cada amor.

— Somos maldição — ele sussurrou contra o pescoço dela. — Não — ela corrigiu, com um sorriso que feria mais que espada. — Somos inevitáveis.

E pela primeira vez naquela vida, a princesa azul e o guarda vermelho pararam de lutar. Não porque o mundo permitiu. Mas porque, mesmo que o mundo ardesse, eles arderiam juntos.

[solbourbon]

Flashback, Night Circus

Havia algo no autocontrole masculino que despertava admiração e frustração em iguais medidas na princesa. Era mais do que o puro fato de ele ser capaz de resistir às suas investidas - algo que, por si só, já lhe era irritante - era também a certeza de que havia alguma veracidade nos rumores que rondaram o relacionamento deles. Soledad jamais seria uma opção apropriada para o herdeiro de Tanarvia. E, como alguém que nunca lidara bem com abandonos, a única saída era ser a primeira a partir. "You should know better by now." As palavras deslizaram por seus lábios em uma doçura provocativa. Seu olhar, preso ao do príncipe, acompanhou o mordiscar lento com um interesse genuíno, atenta aos sinais que seu corpo buscaria acobertar. No entanto, nem mesmo todo seu esforço permitia-lhe ler o moreno propriamente. Com uma passada para frente, María findou a distância entre eles, o desafio brilhando nas orbes azuladas ao envolver com os lábios a metade final do doce que ele tinha em mãos. A boca feminina tocou os dígitos alheios com suavidade, quase uma promessa, antes de endireitar a postura. E a necessidade que a atingiu, foi desorientadora, por pouco não a conduzindo de volta ao calor do Draganis. "Outro doce. Veremos quem será o primeiro a sucumbir."

@solbourbon disse "I don’t play fair, remember?" na confeitaria dos pecados.

Todas aquelas atrações não lhe apeteciam, mas ainda assim ali estava ele sendo arrastado para elas e tendo de fazer parte mesmo que a contragosto. Detestava aqueles joguinhos sociais, mas o que ele não estava disposto a fazer para conseguir uma noiva que se provasse ideal? Imaginava com tudo, que Soledad estava longe do ideal em imagem, mas isso não o impedia de ser cortês e se deixar levar pelo charme da loira vez ou outra. ❝Não? Interessante saber disso... ❞ Pontuou casualmente enquanto pegava um dos doces e o mordia, não foi uma surpresa quando o doce dito como beijo lento o despertou o desejo de beijá-la. Contudo, ele duvidava que fosse necessário qualquer doce para que essa vontade florescesse em quem quer que fosse. No entanto, ele não se moveu ou fez qualquer ação, era detentor de um grande autocontrole para a frustração de muitos. Apenas abriu um pequeno sorriso na direção da loira, esperando que fosse ela a comer o próximo doce, como se a convidasse a tentar resistir aos impulsos também. ❝Me diga então, qual será sua próxima jogada, princesa?❞