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Sonho Rio
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sonhorio · 6 years ago
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Sonho Rio é um guia de um Rio de Janeiro que não existe mais. 
Construído inteiramente com textos e documentos da época, o livro cataloga e reconstrói a vida cultural da cidade entre as décadas de 1950 e 1990. 
São roteiros e sugestões de programas pela cidade, críticas de antigos lugares (bares, restaurantes, boítes, boutiques, atrações), textos que detalham os bairros como eles eram, rua por rua. Uma colagem de fragmentos, um passeio por uma cidade perdida.
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sonhorio · 6 years ago
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sonhorio · 6 years ago
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26-10-1957
Nesta época do ano, quando o calor é forte, o bom é sair-se da cidade e procurar o Esquilos, lá na Floresta da Tijuca, e São Conrado, para o "galleto al primo canto" do Bar Bem, ou o Dina, na Barra da Tijuca, para os camarões torrados. E de passagem, em uma das barracas à margem da estrada, umas ostras com vinho branco gelado.  Nessas horas, a vida torna-se melhor.
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sonhorio · 6 years ago
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28-08-1968
Foi inaugurado o Drive-In Castelo do Joá, logo após a curva de mesmo nome, na estrada que leva de São Conrado à Barra da Tijuca. Lugar para 300 carros, garções poliglotas e bebidinhas ao preço de lanchonete. De quebra, uma visão panorâmica do mar. Dentro de duas semanas começará a funcionar também - para as tardes e noites de verão - uma pista de dança ao ar livre. E dentro de um mês, uma boate de hi-fi.
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sonhorio · 6 years ago
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sonhorio · 6 years ago
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09-09-1967
Querendo conhecer pessoalmente os personagens-vedete da vida carioca, pode ir ao restaurante Antonio’s. É o lugar da moda. Lugar também onde se come bem. Fica na Bartolomeu Mitre e, se você assume o risco de ter o carro multado, pode estacionar sôbre a calçada.
Escolha uma mesa na varanda ou dentro do pequeno bistrot. Os pedidos são feitos aos maitres Florentino e Manolo. No bar, onde os papos são intermináveis, garrafas das melhores marcas de uísque o esperam: Monk’s, Something Special, Ancestrol, Bucchanan. À mesa, decida entre vinhos chilenos, franceses, nacionais. Todos os pratos à base de cremes são deliciosos. Às vêzes, dá a sorte de haver um sauce béarnaise (raro, no Rio) perfeito. Ou uma torta de limão fresquinha, vinda do alemão Kurt. 
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sonhorio · 6 years ago
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11-02-1973
Se você quer ir à praia e não tem maiô, não há problema. Vá às dunas do barato, em Ipanema, entre Farme de Amoedo e Teixeira de Melo, onde todo mundo se banha de calça comprida, bermuda, vestido, túnica, frente única, mas maiô, que pobreza!
É que a faixa de praia que fica atrás das dunas levantadas pelas obras do interceptor oceânico é o ponto de reunião diurna do underground carioca e, nas areias escaldantes, os cabelos encaracolados repousam contemplando o Sol, no maior dos baratos.
O lugar quente fica à esquerda do interceptor e até o vendedor de mate já sabe que tem que mudar os slogans com que anuncia o seu produto e passa apregoando a bebida na base do "é isso aí, bicho" e "quem não toma mate não tá cum nada, vai marcar".
Quem vai só apreciar o folclore, fique na areia. Quem gostar do banho de mar, aproveite as marolas, mas tome cuidado, pois é preciso vencer duas espécies de obstáculos até chegar à rebentação: as crianças que ficam na beira, pegando jacaré com suas tabuinhas de isopor e, mais adiante, os marmanjos cujo barato é despencar nas ondas, fazendo surf com tábuas mais pesadas e mais perigosas.
O pessoal do surf e do jacaré chega mais cedo. Os curtidores saem da toca mais tarde e começam a aparecer lá pelo meio-dia. E confraternizam todos, atrás dos montes, a salvo dos olhos críticos dos que passam de carro pela Vieira Souto.
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sonhorio · 6 years ago
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sonhorio · 6 years ago
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sonhorio · 6 years ago
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Sonho Rio na mídia
Joaquim Ferreira dos Santos
O Globo (13/06/2019)
É tanta notícia ruim, tanto prefeito chinfrim, que o pesquisador Rafael Cosme, de 34 anos, vivia se perguntando. Existiu mesmo a cidade maravilhosa de que tanto se falava? O Rio de Janeiro que eu sempre hei de amar? Pois Rafael, depois de cinco anos mexendo em jornais velhos na Biblioteca Nacional, garante que esta cidade agora submersa existiu mesmo e como prova escreveu um guia sobre os points que, ao lado da beleza estonteante da natureza ao redor, construíram este mito internacional.
É um guia de turismo ao passado, um passeio - não de patinete, nem bicicleta de aplicativo - pela cidade desaparecida, os lugares em que turistas e moradores se divertiam. São cenários que o cinema e os viajantes espalharam pelo mundo como uma referência mundial de felicidade, a crença de que o paraíso existia e ficava do lado de baixo do Equador. “Eu queria passear por essa cidade que eu não conheci”, diz Rafael. São endereço que a própria cidade, de tão cotidiana era essa bem-aventurança, pouco registrou e já esqueceu.
Você sabia que houve uma pista de gelo administrada pelos padres da paróquia nos fundos da igreja de Nossa Senhora da Paz e os jornais convidavam a população a deslizar ao frio dela como se, além da sorte grande de ser carioca, fôssemos também Fred Astaire e Sonja Henie. Houve muito mais, tudo impossível de se imaginar sob os Crivellas e Witzel dos tempos atuais.  A seguir uma lista de alguns desses locais (são centenas deles), de épocas diversas, conforme Rafael Cosme apresenta em seu guia, que a princípio tem o nome de “Sonho Rio”, e ainda permanece sem editora. O texto está como o pesquisador encontrou nos jornais e revistas que consultou.
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sonhorio · 6 years ago
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25-02-1965
O Beco das Garrafas, ou simplesmente o Beco, é um espaço entre dois edificios na Rua Duvivier, com quatro lojas de um dos lados, tôdas transformadas em boates. Ali estão o Bacarat, o Little Club, o Bottle's e o Ma Griffe.
O apelido do lugar é devido ao costume dos moradores do edificio de prostestarem contra o barulho, atirando garrafas na curriola que se forma tôdas as noites na porta dos bares. A única defesa contra este tipo de protesto é a marquise que protege as quatro entradas. Há também uma viatura da Radiopatrulha estacionada por perto, mas até hoje os ninhos da artilharia ainda não foram localizados, acobertados que estão pela camuflagem da noite.
Apesar de existir há algum tempo, só agora o Beco está ganhando notoriedade como um conjunto, como quartel da moderna música carioca e, atualmente, ali estão em cartaz três shows de bossa nova.
Antes da invasão da bossa nova, o Beco reunia o pessoal do jazz, gente de barbicha, revista down beat embaixo do braço e calça Lee desbotada, que ia para ouvir e tocar de graça nos conjuntos do Bottle's e nas matinês do Little Club. Luis Eça, Sérgio Mendes, Johnny Alf, Lenny Andrade, hoje todos integrados na bossa nova, faziam parte das bandas de jazz daqueles tempos. O Bottle's era o único frequentado exclusivamente por jazz-maniacos, que também se reuniam no Manhattan, situado em outro beco, o do Joga a Chave Meu Amor, que afinal de contas não é beco, é rua: a Carvalho de Mendonça.
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sonhorio · 6 years ago
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sonhorio · 6 years ago
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Sonho Rio na mídia
Agência EFE (25/06/2019)
Guia de turismo recupera atrações de um Rio de Janeiro que não existe mais
Motivado pela saudade do que nunca viu ou vivenciou, um pesquisador carioca conseguiu uma façanha: catalogar 575 lugares do maior cartão postal do Brasil, o Rio de Janeiro, entre as décadas de 1950 e 1990.
Rafael Cosme nasceu e cresceu no Rio, mas encontrou em sua pesquisa locais que mudaram e, hoje, funcionam para ele como uma biografia da cidade maravilhosa, que passa por momentos de crise econômica, social e de segurança.
O livro é definido pelo autor como "um guia de turismo de um Rio de Janeiro que não existe mais" e é roteirizado com textos e documentos da vida cultural da cidade "utilizando retalhos de sua romântica memória pública", como descreve Rafael.
O mergulho pelo passado resultou em uma “utopia”, como o próprio autor classifica, entre a capital de hoje e a de 60 anos atrás. Para isso, ele passeou por documentos públicos da Biblioteca Nacional, fotografias e slides fotográficos encontrados em feiras e mercados de pulgas do Rio de Janeiro - um acervo único que o levou a cinco anos de pesquisa ininterrupta e solitária.
"Eu mergulhei nisso [no projeto] mais do que vivi a minha vida (…) O que eu quis fazer foi viver o Rio que eu não vivi, uma espécie de obsessão com a cidade”, contou em entrevista à Efe.
A publicação reúne programações culturais e críticas de espaços atualmente desativados, como bares, restaurantes e atrações que um dia formaram a identidade dos cariocas e da cidade maravilhosa.
O pesquisador destaca que a leitura dos textos é uma "caminhada pelos bairros como eles eram" por meio de listas com opções de lazer.
"Ao contrário da metrópole em formação que era de se esperar, encontramos no Rio de Janeiro uma cidade profundamente apaixonada por si mesma; se descrevendo com um carinho íntimo e sensorial geralmente reservado para casais de namorados, jovens amantes", escreveu o pesquisador.
Inspirado nos trabalhos literários do alemão Walter Benjamin e do poeta americano Kenneth Goldsmith, Rafael preparou um diário que reconta o Rio de Janeiro. Em cada página se encontra data, o lugar e a descrição turística do espaço a ser apresentado para oferecer uma viagem no tempo.
Entitulado provisoriamente de “Sonho Rio”, o projeto é uma continuação à ode de amor que Rafael faz ao Rio de Janeiro, já que, há alguns anos, lançou um disco chamado “Sonho Gávea”, homenageando o tradicional bairro carioca.
Segundo Cosme, a ideia do livro surgiu "acidentalmente" por sua paixão pela história da capital fluminense e, como ele descreve, foi “um passeio para mim mesmo”.
Graças à digitalização do acervo da Biblioteca Nacional, a pesquisa se desenhou nesses últimos cinco anos, se não poderia ter levado 20 devido ao volume de material encontrado.
O livro, que começou a ser desenvolvido em 2013, ainda está sem editora.
Nos escritos, o leitor encontra uma espécie de poesia diferente, urbana e sem rimas, que descreve bairros tal como eram: desde a Barra da Tijuca deserta às galerias de Ipanema; das casas de Jazz em Copacabana às pistas de patinação e boates góticas.
"Assim é o Sonho Rio – textos descritivos, expondo uma cidade mais sensível e sentimental que a dos dias de hoje, explicando e ao mesmo tempo combatendo a falta de memória crônica que existe em nós cariocas; um ser tão acostumado com paixões intensas e passageiras que, como observamos nos textos do livro, incorpora elas ao seu dia a dia", apontou o autor.
A obra é organizada em ordem cronológica e funciona como um diário para dar a sensação ao leitor de que a cidade foi se transformando. "É uma maneira única de contar a história da cidade contemporânea e perdida. Um livro de história, turismo, poesia e saudade", finalizou.
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sonhorio · 6 years ago
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Rafael Cosme é pesquisador, colecionador de memórias da cidade. Vive para documentar e encontrar fragmentos e relíquias de lugares que não existem mais.
manter viva a cidade que insiste em morrer
Instagram: http://www.instagram.com/villlalobos/
Previsão de lançamento: Verão 2020
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sonhorio · 6 years ago
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