sou eu, emanuel.este é meu espaço pessoal virtual, onde eu posso escrever pensamentos, mais por diversão e por terapia. realizando o sonho de ter um site.então, esses aí embaixo são meus textos. são eu.
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postergosa e anciã
só quando for necessário, mas ainda sinto necessidade disso a toda hora. talvez esteja eu criando necessidades incessantes e desnecessárias. talvez esteja eu brincando com o meu destino, nunca estive eu nesta posição e sinto que posso fazê-lo, mas ainda tenho um pé atrás como se para me segurar e me dar um base maior, como se estivesse um daqueles torneios de gladiadores e estivesse eu dentro da minha carruagem temendo cair, mas ainda segurando-me das 6 patas, 4 do cavalo e 2 minhas que estão em posição defensiva, como se assegurando-se ainda por cair, estejam em uma tentativa fracassada de se manter de pé, até enquanto durarem, as rédeas ainda estão firmes.
(parte 1) é engraçado, parece que meus braços são finos e que as rédeas mesmo que duras e sérias, não conseguem segurar tanto peso. tanto o meu, da carruagem, do cavalo, das rodas ou até do ar - que antes era leve agora está pesando sobre meus ombros e não me deixam engrandecer meus braços às rédeas do cavalo
o ar ainda é arrebatador e a água recém saída do meu corpo ainda está deixando as rédeas molhadas e lisas.
vou cair, mas não caio.
mas não sei se ainda vou cair, mesmo tendo noção da possibilidade de cair. e se cair, será normal, será necessário.
mas se eu aguentar, será incrível.
nesse meio tempo estou em saias justas de couro e não sei se elas me deixam mais seguro, por serem mais rijas ou mais molhado pois o couro me estressa a pele fazendo-a chorar. não sei se declarei-me bem. não sei se estou me sentindo bem, mas estou face a face com essa situação postergosa e anciã.
postergosa pois demora muito a passar, não estou só caindo, estou caindo em algo lento. em algo que pensara não cair, em algo que provavelmente eu não queria cair, mas penso, tolero a queda, ela, como já disse, é necessária, e sempre esteve em minha mente, sempre foi óbvia.
a queda desistente veio antes da queda óbvia.
anseio a queda pois ela é insistentemente anciã. seu postergar não deixa com que meus olhos relaxem.
meus olhos tendem a olhar ao que mais lhe chama a atenção, e o que mais lhe chama a atenção agora é o interior, o interior deteriorado e ácido. quebrado e salgado. vívido e amargo.
a areia que entra nos meus olhos o forçam a relaxar, forçam as veias. não tenho mais vontade de escrever, não tenho mais vontade de encontrá-lo. sinto muito aos que lêem.
nunca lhes fui preferência, nunca lhes fui prioridade, portanto, só lhe posso dizer: (parte 2) não caí.
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carta a G1, a ventania.
oi G1, tudo bem?
fiz o que podia ter feito, e se pude o que pude.
e se não foi o suficiente, que pena.
podia ter sido legal, mas não foi.
podia ter sido interessante, mas não foi.
foi frio, podia sentir a fumaça gelada saindo de você e chegando até mim junto com o seu perfume. aprendi infelizmente a tratar realidade enquanto realidade e não como o que eu gostaria que ela fosse.
sinto muito, talvez você pudesse ser aquele que eu iria contar como foi meu dia, as brincadeiras que eu fiz com meus alunos, as piadas de tiozão que eu gosto de contar, mas não vai ser pra você. você não vai poder me conhecer como eu te permiti, e é assim mesmo. você era um museu que eu adoraria conhecer, mas que nos dias que eu me arrumei para ir, estava fechado e chovendo. acabei molhando meus sapatos, e meus olhos.
no fundo eu sabia que não iria acontecer, já fui sabendo que poderia estar fechado. já fui consciente de que poderia dar com meus burros n'água. então, talvez por conta disso não gaguejei, talvez por conta disso não fui tão impulsivo, ponderei e fui corajoso ao ir bater à porta. o porteiro foi gentil, mas suas informações não foram.
e está tudo bem, meus sapatos e meus olhos já secaram, sol não faltou. que mais posso eu fazer? nada.
ainda vamos nos reencontrar frequentemente, sabemos um a voz do outro e talvez elas se tornem familiares entre si, talvez falem uma em cima da outra, numa discussão. ou talvez quando meus ouvidos sentirem as ondas sonoras que saem de suas cordas vocais e enfim se tornem o timbre mais agradável que eles já puderam ouvir, e dessa vez será falando o nome do que os faz uso (eu), eles se sentirão felizes.
acostumei-me a não te ter, e como nunca tive, passará, então, como ventania: nem furacão nem brisa.
passa, muda algumas coisas de lugar traz rejubilo, mas não tão brutal como o furacão. não tão superficial como a brisa.
vento quente ventando ventania vê quem tanto via, acaba vendo quem tanto te via, fria ventania.
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de novo, eu acho que tenho vocação para ser amigo, de:
- oi (tenho uma certa proximidade) tudo bem? olha tô querendo te fazer uma pergunta, tu já fez o EJC? - não, ainda não. - pois, me passa teu nome, número e endereço, pra gente entrar em contato. tá livre em julho? to. - que bom, tu faz o que? da vida?
e aí a conversa vai fluindo... pra no fim só ter mais um amigo novo, ou um conhecido que já troquei papo.
de volta, acho que tenho vocação pra fazer amigo, mas nunca pra ir pro próximo passo.
de amigo já estou cheio, de conhecido também, converso com pessoa toda hora, sei falar sobre assuntos diversos quando tenho vontade. sinto que quando me vier alguém muito bacana eu vou tratar como nada ou não perceber. eis o meu medo, minhas orações serem atendidas, mas eu não notar. minhas orações sendo atendidas do jeitinho que eu as imagino e eu não perceber.
tenho medo de perder a esperança. tenho medo da vida me amargar tanto que eu já nem mais queira conhecer ninguém, que eu me feche de tudo e de todos de novo. esse é meu medo maior.
iria comenta sobre uma tal crosta que se faz em meu coração, mas já desisti, é irrelevante.
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tenho mais nada a dizer sobre assunto nenhum. acho que vou continuar a estudar o modo que eu vou fazer minha novela, talvez isso me desestresse. muito embora hoje tenha sido um dia de feriado completamente normal. não conversei com ninguém além de minha mãe e não quis sair de casa por motivo algum.
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sempre me protegi e sempre protejo os outros, quando posso.
sinto que nos últimos momentos de solteirice desvairada, vi-me em uma encruzilhada, bem como sempre me vejo, bem como sempre foi. nessa encruzilhada, eu decido por não decidir, e deixo que Deus me valha, e vejam só. não aconteceu mais nada.
sinto muito, mas tenho em mim uma crosta espessa, uma que com certeza já a devo ter comentado aqui, quando se trata de relacionamentos fictícios meus que dão errado, esses são os mais comuns a mim. talvez esteja eu sendo dramático demais, mas no carnaval somos todos muito dramáticos, excessivos, e eu vou me valer do meu excesso e excedo o que eu quiser e puder.
minha crosta desta vez é feita de pedra marrom avermelhada que tem gosto salgado e líquido. esse é o formato por enquanto de meu coração amoroso ou que busca algum homem para ser seu par, essa é a sua atual situação. para minha sorte ou desfrute, tenho dois, o já comentado e outro que uso para amigos, parceiros de estrada, mas que são efêmeros. aos efêmeros, mostro minha efemeridade, tenho-a sempre à mão caso algo aconteça.
logo, ambos funcionam juntos e são voluntários. ambos têm consciência do que lhes convém e do que pode vir a ser seu ou do outro.
sinto uma saudade ansiosa nos dois, mas o pedregoso sente mais. o pedregoso é firme e aguenta até onde der, até onde der, e ele tem suas limitações.
vejam só, não sinto mais nada romântico por ninguém. já desisti de todos. dos que me chaleram, dos que eu chaleram. dos que não deixaram chaleirar, e dos que não chalero, mas espero o chalero.
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ouvi a maçaneta terminar de cortar a gente.
já entrei nesse lugar tantas e tantas vezes, mas nunca acho resposta alguma, ninguém consegue voltar no tempo e consertar erros do passado ou pedir desculpas e começar de novo. e você tá certo de não me querer por perto, sou carrancudo , não sei não ser debochado, talvez pela minha inocência e inexperiência infantil, me sinto feio ainda. sempre me sinto assim, preciso perder peso. talvez meu corpo não aguente. talvez eu mesmo não aguente mais. tenho fome de mim. um desejo impossível, bem como grande parte dos meus desejos. é irritante. às vezes eu sinto tanta vontade de me despedir, de não me pedir mais, de não pedir mais do meu corpo.
ele sempre foi algo meio alheio a mim, isso é interessante, mas nunca me entendi como mulher, sempre como bendito é o fruto entre as mulheres, mas sempre um homem, não sou trans. mas tenho uma relação meio esquisita com meu corpo é engraçado. é meu. não tenho muito o que dizer sobre ele, ele faz as coisas que eu quero ou preciso fazer. sou bonito só de rosto. de corpo... são outros quinhentos.
quando eu abri o tinder pela primeira vez, lá estava ele, ele era o único mais próximo mesmo... mas eu me sinto cada vez mais alheio a ele, às experiências dele, sinto-me frio a ele. sabe: ele não é pro meu futuro, eu sei disso, mas queria ele no meu passado como algo maior e não como um arrependimento. vou sair desses aplicativos. se ele tiver entrado, já deve ter topado por mim, e se não aconteceu nada, o nada é a resposta. eu precisava me manter nessa parte do cérebro, ela é mais clara, mas eu me sinto frio demais nela, na outra tem vibrações, ruins, mas pelo menos tem alguma coisa, preciso trazer pra ela alguma alegria alguma cor, algo meu que seja quente, mas acho que no momento em que eu trouxer isso a ela, ela perderá as rédeas de si mesma e findará como a outra e não terei nada mais de racional ou espiritualizado em mim.
vou desinstalar o tinder e o grindr, não sirvo pra isso, não sirvo pra namorar, sirvo só pra minha normal, talvez meu cérebro perca todos os parafusos que ainda lhe restam, mas algum dia isso vai perder a graça completamente. valho-me disso, sabe? se os outros viram uma parte minha diferente no ejc é porque eu nunca fui a muitas festas, as festas/eventos que eu vou são da igreja, ou eu mesmo fiz uma festa pros meus amigos aqui em casa, mas pra conhecer gente, pra ver gente nova, eu nunca vou. eu sou uma pessoa legal, mas que precisava também se desestressar. é isso. e não adianta eu fazer por mim mesmo porque depois é bem pior, e aumenta mais o estresse, a culpa, as sensações estranhas, os pensamentos estranhos. preciso de alguém. mas não pode ser qualquer alguém. na realidade, estão todos certos: tá carente? adota um gato/cachorro/bicho de estimação; mas eu já os tenho, se algum dia inventassem gente de estimação que tenha conexões reais, vibrações bacanas com a gente, que também pudessem fazer conchinha, chameguinhos e os terminais, ia ser melhor. acho que estou sendo paciente até demais pra isso. sim, tenho reclamado, mas também tenho esperado, não é isso que mandam a gente fazer? não é isso que dizem que é bom fazer? num é isso? minha adolescência tardia vem aí, bem como a minha infância veio tardia, a adolescência segui-la-á.
levo coisas muito a sério. sério demais. e outras sério de menos.
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não poderia eu dizer que é o fim, se algo nem começo teve. poderia?
é tão difícil ser algo querível. sabe? eu queria um amor com um começo fácil, que os dois sentissem e fossem um ao encontro do outro. uma coisa mais combinado sem ter combinado. é tão difícil isso aqui.
nem que seja só paixão recíproca. é aquela coisa: "é tão ruim gostar sem ser gostada." e eu acho que eu já vivi tanto isso, monas. tanto mas tanto mas tanto que me acho meio vazio às vezes. e nas outras vezes eu me pego simplesmente jogando tudo pro ar e proclamando: não me quer é? vou até parar de respirar... depois disso, surjo novamente com ar penoso e cansado de tentar de novo. talvez ele já tenha tentado muitas vezes e eu nunca reparei. o que eu acho impossível, visto que lhe sempre olho.
talvez tenha exagerado um pouco e esteja colocando o carro na frente dos bois, querendo o bolo sem ter debulhado o milho, metido os pés pelas mãos, entre outras que me fugiram ou que nunca vieram.
ainda tenho questões com meu corpo, meu principal aliado e inimigo. sinto-me desquerível por conta dele, todas as outras partes de mim estão queridas, estão em suas melhores versões. suas formas aprimoradas, suas formas boas, em comparação com o que tínhamos antes.
bem, não estou 100%, mas ninguém está.
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é sempre assim mesmo, né? é sempre assim. nada acontece de verdade. tudo se passa em mim, dentro. nada fora. nada acontece verdadeiramente. estou cansado de ver, mas não agir. mas hoje eu percebi que não era para eu ter agido mesmo. não sirvo para agir assim. assim eu me machuco mais ainda. pensei hoje que quando a internet acabar, e isso vai acontecer, muitos problemas, perigos, indícios, serão levados a outros meios de comunicação, como foi com o jornal, rádio, tv, e logo em seguida internet. por todos eles, nós fomos passivos, passivos de uma ideia, passivos, porque não era para ser. passivos de lascívia inerente que não é inumana. somos humanos por natureza. enquanto eu não mudar, vou permanecer igual. igual. mas isso não é obvio? isso não é o que já era para ser? está demorando demais. é uma novela longa, muitos personagens já saíram pois não viam futuro no roteiro. o autor, com certeza um gay vislumbrado com senso de controle que lhe foi tirado desde a cesária. não queria nascer, não era a hora. mas foi tirado. e assim está fazendo novamente, agindo pelas consequências d'atos d'outrem. sinto muito, chará. mas é sempre assim mesmo. é sempre assim. não vai funcionar, a merda já tá feita, só falta esperar endurecer para limpar.
não foi dessa vez de novo. e vão me mandar tentar de novo, ver o que vai dar, de novo. reinventar-me de novo. é impossível. não me sinto mais sozinho, mas sou rodeado de outros que me ajudam, mas são incapazes, pela doçura da vida de continuar.
sinto muito, mas chegou ao fim o G1, portal de notícias da globo.
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adoro algumas partes de ser adulto. estou enviando e-mail... nunca pensei fazer isso. achava-me numa condição tão menor que nunca seria conveniente mandar e-mail de texto só explicando meu ponto, só sendo eu e pedindo. foi uma ação e tanto. valeu meu dia, valeu meu mês todin.
já dizia meu amigo íntimo, nelson rodrigues: jovens, envelheçam!
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coração na areia
em mim, morava uma alegria imensa. mas desde que você se foi, já não consigo mais me ser. se sou, sou um pedaço do que você era e nada mais, nada mais sobrou de ti só eu. ainda te procuro como quem procura resoluções para perguntas interminavelmente pensativas, como quem procura em si algo que nunca lhe foi.
por que você tinha que ir? porque você tinha que ir. não admito isso a mim com tanto fervor como antigamente me falavam quando o assunto é você. e também me falavam para nunca mais ir àquela praia, mas eu voltei depois pra te procurar, mesmo sabendo que você não estaria mais lá, te vi entrar na porta que ninguém pode sair. meu corpo lá estava, mas eu? eu mesmo não estava. te procuro nessa areia fria de uma noite silenciosa e escura. sentei-me aqui num coqueiro e me lembrei do teu cheiro de coco, suave e branco. por que você tinha que ir?
por que eu tinha que ficar? mandaram-me esquecer-te, mas não posso. por que que eu devo esquecer-te? me diga, de onde estiver, por que devo esquecer um pedaço de mim que não está mais aqui e que eu procuro, uma parte minha que não posso mais ter. diz-me quem estiver aí em cima que não for surdo e mudo. DIZ-ME, DIZ-ME, DIZ-ME.
ao sentar vejo brilhando um pedaço de vidro já sem dignidade nenhuma, já sem vida. nele, morava uma alegria imensa. e ele está esperando por um pedaço que lhe falta. seus pedaços devem estar em outros lugares daquela praia deserta. aproximo-me dele já sem forças nas pernas e declaro em minha mente: encontrei-te, coração. encontrei, coração, a parte que te falta e cai em seu companheiro, vidro. com as poucas forças que o corpo, não eu, ainda tinha, ele se virou sem coração para cima e riu. ficamos eu, meu corpo, o vidro, meu coração e a areia.
no outro dia vi em rodapés de jornais: morre Renato Góes Sousa Menezes, aos 19 anos, vítima de um atentado contra si na orla da litorânea. semanas antes, sua namorada, Ana Pessoa dos Santos também não resistiu aos ferimentos após cair em pedras da mesma praia. mais informações sobre seu velório não serão divulgadas a pedido da família. Renato era acusado de tê-la matado por crime passional. e então parei de ler.
não quis eu mais ler uma vírgula. virei-me e encontro meu avô Teteu dizendo-me: -pensei que você ia custar mais um pouquinho… respondi: vô ainda tô meio zonzo. ele logo treplicou: ande logo que tem alguém esperando para falar com você.
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irrelevante. já parou pra pensar que geralmente eu procuro ajuda me ajudando. minhas figurinhas mais usadas voltaram a ser sobre suicídio. acho que meu coração não vai parar em questão de segundos só porque eu tomei 4 remédios fraquinhos como eu. tô cansado. sem nada pra fazer, começo a endoidar. e não adianta, tento arranjar coisas pra fazer, mas sinceramente, não adianta. nada tem adiantado, minha mente tá muito cansada de acreditar em coisas que ela não vê. não vê resultado, não vê progresso, não vê futuro. no fundo, não vê nada. só escuta que é melhor fazer assim... assado... molhado, seco, longe, rápido, quente, saudável, indissoluvelmente cansada. desgosto-me tanto que acredito com certeza que nem somos um mesmo país, e sim, uma grande tchusma que se gladia por conceitos abstratos. cansei da abstração. sou irrelevante para a ação cósmica. para Deus sou só mais um, que me dá mas sem me perguntar o que eu quero. tô cansado de ser o certinho com algumas rachaduras, devo abraçar essas rachaduras, nunca lhes dei chance. irrelevante.
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>>>>>>>>>>>>>>>melhor de 2024 <<<<<<<<<<<<<<<
paixão prolongada
já havia desistido desta velha máquina bombeadora quando enfim alguém começou a operá-la = vi-te, e desde então, nela nunca mais se encontrou ferrugem alguma.
quando penso em felicidade, encontro-me num cantinho a chorar em êxtase dela. num cantinho a buscar esta tal felicidade, que ora já tive, ora não mais, encontro-me em tronco oco e mucoso.
queria escrever um texto feliz sobre esta paixão prolongada que tivera sentido.
não pude.
a máquina bombeadora nunca cessou. nunca calou. meus calos, cansados e calados, cansam de mover-se e sangram.
sangram de mim. sangram de prolongada paixão. sangram sangue, como quem sempre sangra. zangam.
zangam de mim. zangam de prolongada paixão. zangam zanga, como quem sempre zanga.
zango por paixão. zango por mim. zango por não. zango por sim.
é tarde, como tudo é, como sempre é. como sou.
a máquina cansou-se. tudo cansou-se. cansei-me. o sangue empedrou-se. a zanga sanou-se.
a minha felicidade não mais está no cantinho a chorar, bem como eu estivera. essa está lubrificando aquela com suas antigas lágrimas.
está bem. ela está bem. danificou-se, mas já estão consertando. fico feliz por ela. fico feliz por mim.
paixão prolongada prolongou-se por períodos próprios inapropriados e penou-se, perdeu-se, parou-se por parar.
<<<<textos escondidos embaixo do tapete azul>>>>
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eu queria criar dois textos, um sobre duas meninas na piscina à noite e outro sobre o dom casmurro no natal.
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