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spookyco · 1 year
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Todas As Teorias Possíveis e Impossíveis Sobre "O Iluminado"
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"O Iluminado", dirigido por Stanley Kubrick e lançado no ano de 1980, é um dos filmes mais icônicos da história do cinema. Mesmo aqueles que não são fãs do gênero de terror, reconhecem imediatamente esse clássico e a sua importância. Seja pelas cenas memoráveis ou pela trama cativante, "O Iluminado" deixou sua marca na indústria e continua inspirando milhares de obra até hoje.
No ano de 2020, "O Iluminado" faz seu aniversário de 40 anos e continua à ser um dos terrores psicológicos mais enigmáticos de todos os tempos. Ao contar a simples história de uma família que decide se isolar em um hotel durante um rigoroso inverno, somos apresentados à um universo de mistério, tensão e teorias, diversas e diversas teorias.
O que mais surpreende em "O Iluminado" é que cada pessoa que o assiste tem suas próprias interpretações sobre os fatos. Apesar disso, existem algumas interpretações mais famosas que outras. Aqui, reunimos as 9 teorias da conspiração mais famosas sobre "O Iluminado". Passando por interpretações infernais, genocídio nativo americano e até mesmo pouso na lua, essa obra rendeu teorias de todos os tipos. Confira abaixo e escolha a sua preferida:
1 - O Hotel Overlook é o inferno
Stanley Kubrik, o diretor de "O Iluminado", é conhecido por ser extremamente detalhista em suas obras. Ainda assim, percebemos ao decorrer do filme diversos elementos de layout que parecem mudar constantemente. Como por exemplo, na cena em que Wendy e Jack estão no saguão conversando. Por vezes, vemos uma cadeira ao fundo aparecendo e desaparecendo entre os quadros. Outra mudança improvável, é quando Halloran está apresentando o hotel ao casal Torrance e eles entram num refrigerador e depois saem de um diferente do outro lado da sala. No final das contas, o que esses detalhes ínfimos querem dizer? Não é possível que tenha sido somente um erro de continuação?
Conhecendo a visão minuciosa do diretor, é improvável. Nessa teoria, essas mudanças sutis de layout se dão pois Jack está no inferno revivendo para sempre o último inverno de sua vida. A partir do momento em que Jack assina seu contrato de trabalho, ele estabelece um pacto com o diabo. Sua revisita ao episódio de sua morte é sua punição eterna, por isso ele é constantemente assombrado por visões fantasmagóricas e por seus maiores medos pessoais. Outro fato que corrobora com essa teoria é uma das frases mais intrigantes ditas por Jack logo no começo do filme: "Quando eu vim aqui para a entrevista, era como se eu já estivesse aqui antes".
2 - Jack é o diabo
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Essa outra teoria infernal baseia-se, principalmente, na icônica foto mostrada no final do filme. Nesta foto, responsável por mais dezenas de teorias, Jack aparece cercado de pessoas num cenário que remete à Baphomet, uma divindade pagã que representa o diabo. Segundo essa teoria, Jack encontra-se na mesma pose que Baphomet em um cartão de tarot.A foto que rendeu milhares de teorias.
3 - É tudo um pesadelo da mente de Jack
Jack, apesar de ser um personagem intrigante, nada mais é do que um escritor alcoólatra com bloqueio criativo. Nessa teoria, tudo o que acontece no Hotel Overlook é apenas um pesadelo da mente conturbada de um artista que não consegue produzir.
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Tudo o que acontece no hotel, em suma, seriam frutos de uma alucinação na mente de Jack, que os atravessar entre o passado e o presente tenta encontrar formas de justificar suas reais intenções. Sob a pressão do álcool e do confinamento, Jack expressa suas frustrações à espíritos afim de conseguir justificativas para eliminar sua família, que nada mais seriam que obstáculos ao seu sucesso.
4 - O filme é um espelho
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Ao decorrer da obra, somos constantemente apresentados à espelhos ou à elementos espelhados. A primeira visão que Danny tem do hotel Overlook, por exemplo, é na frente de um espelho. Jack, ao visitar o quarto 237, só percebe que está beijando um cadáver ao se olhar no espelho à sua frente. Já a infame palavra "Redrum" é o contrário de murder e só percebemos isso ao a vermos refletida no espelho. Outro elemento que reforça esse teoria são as gêmeas Grady, que parecem ser imagens espelhadas uma da outra. As gêmeas espelhadas parecem uma representação dessa teoria.
Todos esses elementos de espelhos nos leva à teoria de que o hotel Overlook em si seja um espelho, e que todas as pessoas que estão dentro dela estão sendo torturadas por seus próprios defeitos abusivos. Jack, por exemplo, é um artista alcoólatra frustrado e, tendo suas características tóxicas sendo refletidas sobre ele mesmo, foi corrompido.
Mais um dos elementos que fazem parte dessa teoria é a cena em que Danny refaz seus passos no labirinto para escapar de seu pai assassino. Essa cena é a demonstração de que encontramos a verdade ao olharmos para trás ou através de espelhos.
5 - Jack se tornou parte do Overlook
A última cena do filme, em que Jack Torrance aparece em uma fotografia do hotel comemorando o ano novo de 1927, rendeu diversas teorias sobre o verdadeiro significado da obra. Uma delas diz que aquela fotografia representa o último pensamento e desejo de Jack antes de morrer: ser incorporado ao Overlook. Ao morrer congelado, Jack tornou-se o cuidador eterno do hotel e entrou para a sua história. Como o próprio Dick Hallorann diz em uma das cenas: "They are not real. They are just pictures in a book (Eles não são reais. Eles são só fotos em um livro)."
6 - É uma crítica ao genocídio dos nativos americanos
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A icônica visão de Danny do elevador ensanguentado
Em 1987, o jornalista Bill Blackmore argumentou que "O Iluminado" fazia referência ao genocídio dos povos nativos americanos e sobre a repreensão que eles sofreram durante a colonização dos EUA. Existem alguns elementos no filme que reforçam essa teoria.
Durante toda a obra, somos apresentados à elementos óbvios da cultura indígena. Desde as decorações até as latas de bicarbonato de sódio da despensa que carregam um logotipo de um nativo americano com cocar de guerreiro. Até mesmo o dia em que a mudança climática acontece, 4 de julho, pode representar uma referência ao Dia da Independência e ao fato dessa data não se aplicar aos indígenas do país.
Além disso, logo no início do filme, o gerente do Overlook faz um tour com a família Torrance e menciona que o hotel foi construído encima de um antigo cemitério indígena. As famosas visões das enxurradas de sangue saindo do elevador seriam uma representação desse cemitério e das milhares de almas enterradas debaixo do hotel.A icônica visão de Danny do elevador ensanguentado.
7 - Kubrick foi contratado para forjar o pouso na lua
Essa teoria é uma das mais malucas e envolve um dos conspiracionismos mais famosos do mundo: o de que o homem nunca pisou na lua. Supostamente, o governo dos EUA contratou Stanley Kubrick para forjar o pouso do homem na lua após os seus feitos em "2001: Uma Odisseia no Espaço" (1968). Por isso, "O Iluminado" seria nada mais do que uma "confissão" do seu trabalho feito para a NASA.
Alguns elementos do filme corroboram com essa teoria. Como por exemplo, as pilhas de suco em pó Tang visíveis na despensa, bebida usada em voos espaciais, ou o desenho do Apollo 11 bordado em um dos agasalhos de Danny. Outro elemento interessante é o fato de que Kubrick adaptou o quarto 217, como era originalmente no livro, para quarto 237, que seria uma representação da distância entre a Terra e a Lua (237.000 milhas).
8 - É uma crítica ao holocausto
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Da mesma forma que o jornalista Blakemore teorizou sobre o genocídio indígena, o historiador Geoffrey Cocks comparou "O Iluminado" com o um massacre histórico. Segundo Cocks, o filme é uma representação do holocausto, o genocídio em massa realizado contra milhares de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
Alguns elementos do filme que serviram de base para essa teoria baseiam-se principalmente na trilha sonora da obra. Segundo o historiador, as músicas utilizadas parecem ter sido inspiradas pelo terror do holocausto.
Além disso, outro símbolo que chamou atenção foi a máquina de escrever de Jack, da marca alemã Adler (que significa águia em alemão, um forte símbolo nazista). A forma como Jack utilizada a máquina para escrever seus textos, de forma mecânica, também seria uma representação do extermínio frio e sistemático das vítimas do holocausto."All work and no play makes Jack a dull boy"
9 - Os Iluminatti mataram Kubrick
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Outra teoria absurda é de que a sociedade secreta Iluminatti acabou matando Kubrick por conta do uso de referência visuais a símbolos maçônicos em "O Iluminado". No filme, podemos notar muitas vezes o uso de elementos que se destacam na forma de olhos e triângulos. O carpete, encostos de cadeira, degraus, telhados e até mesmo o modo de filmagem afunilado dos corredores.
Segundo essa teoria, Stanley Kubrick teria usado desses elementos para "apimentar" sua obra, o que acabou aborrecendo os Iluminatti. Por isso, a sociedade secreta o matou e fizeram com que tudo parecesse um ataque cardíaco. Será mesmo?!
E aí, qual é a sua teoria favorita sobre "O Iluminado"? Você realmente acredita em alguma delas ou tem sua interpretação própria? Independente de conspirações, a obra de Stanley Kubrick vai sempre permanecer como uma das mais icônicas do cinema mundial.
Fontes: Rolling Stones / Macabra TV / República do Medo
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spookyco · 1 year
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Fatos Reais: A verdadeira História do Exorcismo de Emily Rose
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“O Exorcismo de Emily Rose” é um filme de terror considerado como um dos mais populares e assustadores pelo público geral. Um dos principais fatores que fizeram do filme uma obra tão popular foi o fato de ter sido baseado em fatos reais. 
O filme conta a história de Emily Rose, uma jovem estudante de família cristã, que após começar a ter alucinações e comportamentos estranhos foi submetida à sessões de exorcismo por acreditar estar possuída por demônios. Na obra, a personagem tem surtos durante seu tempo na universidade e aceita ser exorcizada por livre e espontânea vontade. Durante uma sessão de exorcismo, Emily morre e o padre que realiza o ritual é acusado de assassinato. O trama se desenvolve a partir do olhar da advogada de defesa do padre, que começa a acreditar que o caso de Emily Rose não era algo que a ciência pudesse explicar.
A obra conta com vários momentos icônicos e assustadores, como por exemplo: acontecimentos estranhos exatamente às 3h da manhã, cenas de contorcionismo bizarros, Emily falando em línguas macabras, lençóis sendo puxados, entre outros…
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Emily Rose, na verdade, é Annelise Michel, uma jovem alemã de família radicalmente cristã que tinha apenas 16 anos quando seus problemas começaram. A história de Annelise despertou em 1968, quando foi inicialmente diagnosticada com epilepsia após uma série de convulsões sem explicações aparentes. Posteriormente, a garota desenvolveu um quadro de depressão e precisou ser internada. 
Até então, Annelise fazia tratamento com medicamentos. Porém, tudo mudou aos 20 anos quando ela começou a ouvir vozes após abandonar a igreja. Desde então, sua família se convenceu de que aquilo tratava-se de uma possessão demoníaca. Dessa forma, o tratamento médico foi cessado e Annelise retornou para casa, onde seus pais buscaram auxílio da igreja.
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Porém, só 2 anos depois do primeiro contato dos padres com Annelise, o bispo Josef Stangl concedeu autorização para que o padre Arnold Renz realizasse o exorcismo em sigilo absoluto. Dessa forma, deu-se início ao que seriam os dez meses de exorcismo, resumidos em 67 sessões que duravam cerca de 4 horas cada. Os sacerdotes acreditavam que Annelise estava possuída por 6 demônios: Lúcifer, Caim, Judas, Nero, Hitler e padre Fleischmann.
Mesmo com todos os meses de rituais, Annelise Michel veio a falecer no dia 1º de julho de 1976, aos 23 anos. Na autópsia, foi constatada a sua morte por desnutrição e desidratação. Além disso, foi descoberto que a garota possuía pneumonia, tinha os ligamentos dos joelhos rompidos e pesava apenas 30 quilos. Atualmente, Annelise está enterrada no Cemitério de Klingenberg,  localizado em Klingenberg am Main, Alemanha.
No mesmo ano, após o falecimento de Annelise, o Estado tomou conhecimento do caso e acusou os pais de Annelise e os padres Ernst Alt e Arnold Renz de homicídio por negligência. Os promotores do caso alegavam que a morte da vítima poderia ter sido evitada até uma semana antes de seu falecimento.
Durante o julgamento, forem exibidos vídeos e imagens das sessões de exorcismo de Annelise. Ao final, todos os réus foram considerados culpados. Porém, os pais foram absolvidos da pena após a justiça entender que a perda da filha já era castigo suficiente. A Igreja, por outro lado, foi condenada a pagar uma multa e os padres pegaram três anos de prisão em liberdade condicional.
Após a tragédia e o reconhecimento do caso, iniciou-se um debate na Alemanha sobre os limites da liberdade religiosa e dos direitos parentais. Em 2005, após o lançamento do filme, os pais de Annelise declararam que ainda acreditavam que a filha tinha sido possuída e que sua morte foi uma libertação.
E aí, acharam a história real tão assustadora quanto a do filme? Compartilhe essa matéria com seus amigos que não conhecem a história de Annelise Michel e deixe seu comentário abaixo sobre esse caso!
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spookyco · 1 year
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A Verdadeira História da Casa Mal Assombrada de "Invocação do Mal"
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Com o novo fenômeno das transmissões ao vivo proporcionadas pela quarentena, não poderia faltar uma live para os amantes de terror! Por isso, entre os dias 8 e 16 de maio, a The Dark Zone Network irá fazer transmissões ao vivo de dentro de uma das casas mais assombradas dos Estado Unidos: a casa que inspirou o filme "Invocação do Mal (2013)". 
"Invocação do Mal" é um filme de 2013 dirigido por James Wan que deu origem à uma franquia assustadora e popular no cinema de terror. O primeiro longa da franquia conta a história de um casal e suas 5 filhas, que se mudam para uma casa em uma fazenda localizada em Harrisville, Rhode Island. À medida de fenômenos estranhos começam a acontecer na casa, o casal Ed e Lorraine Warren - renomados demonologistas - interveem para ajudar a família em apuros.
Um dos fatores que mais atraem atenção no filme é o fato dele ser baseado em fatos reais. Porém, em muitos filmes como "O Exorcismo de Emily Rose", sabemos que a verdadeira história é modificada para adequar-se em frente às câmeras. Portanto, qual é a verdadeira história da casa mal assombrada de Invocação do Mal e da família que inspirou o longa?
A família Perron
Em 1971, Carolyn e Roger Perron se mudaram junto com suas 5 filhas para Harrisville, Rhode Island. Acomodados em uma propriedade de 81 mil m² chamada de Fazenda Arnold, a casa contava com 14 quartos e havia sido construída em 1736.A verdadeira casa que inspirou "Invocação do Mal"
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A verdadeira casa que inspirou "Invocação do Mal"
Imediatamente depois que se mudaram, a família começou a perceber acontecimentos estranhos na casa. Começaram levemente, com Carolyn notando vassouras desaparecendo, se mexendo sozinhas e montes de poeira se acumulando na cozinha. Enquanto isso, as filhas ouviam ruídos no assoalho da cozinha e relataram terem avistado espíritos pela casa.
No começo, os espíritos vistos eram relatados como "poucos sólidos" e "opacos". Alguns eram até gentis, deixavam cheiros de flores pela casa e davam beijos de boa noite nas crianças. Um dos espíritos, apelidado pelas meninas como Manny, era querido por elas e sua atividade preferida era ficar as observando brincar, sorrindo e parada em um canto.
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A cozinha da Fazenda Arnold em 1971
Entretanto, nem todos os espíritos mostravam-se inofensivos como Manny. A família relatou que presenciaram cama, telefones e vários outros objetos levitando, batidas brutas na porta da frente e puxões de perna e cabelo durante a noite. Dentre todos os espíritos presentes na casa, o que mais era temido pela família era o de Bathsheba Sherman.
Quem foi Bathsheba Sherman?
Ao perceber os acontecimentos estranhos na casa, Carolyn pesquisou o passado da casa. Em seus estudos, a matriarca da família Perron descobriu que a Fazenda Arnold pertenceu a mesma família por oito gerações, e em que todas elas aconteceram mortes inexplicáveis e horrorosas no local. Algumas crianças se afogaram no lago próximo, alguns se enforcaram no porão e outras foram assassinadas. Já Bathsheba Sherman se enforcou em uma das árvores atrás do celeiro da propriedade.
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A Família Perron
Bathsheba Sherman realmente existiu e foi residente da Fazenda Arnold em meados dos anos 1800. Nascida em Rode Island e casada com Judson Sherman, a vida de Bathsheba foi descrita como solitária e conturbada. Haviam rumores de que Bathsheba era satanista e estava envolvida com o assassinato de uma criança da vizinhança, mas nada nunca foi comprovado. Além disso, a mulher também era conhecida por torturar, esfomear e hostilizar seus funcionários de maneira agressiva.
Para a família Perron, o espírito que os atormentava era o de Bathsheba pois ela se considerava a matriarca da casa e se sentia ameaçada por Carolyn, que ocupava o seu lugar naquele momento. Apesar de odiar Carolyn, o espírito amava Roger. Enquanto acariciava e era inofensiva com o Sr. Perron, com sua mulher Bathsheba praticava torturas e agressões.
De acordo com Andrea Perron, uma das 5 filhas, muitas vezes a família presenciava fortes cheiros de peixe apodrecido e camas flutuando longe do chão. Além disso, o Sr. Perron relatava que sentia uma presença fria e grudenta atrás dele toda vez que visitava o porão, por isso evitada ir àquela parte da casa. Porém, como o aquecedor quebrava de forma constante e misteriosa, ele sempre era obrigado à retornar ao andar debaixo.
Após inúmeras tentativas falhas de expulsar a Sra. Perron da casa, Bathsheba tentou possuir seu corpo. A partir da percepção da família sobre a possessão da mãe, os mesmos chamaram Ed e Lorraine Warren, famosos demonologistas da época, para interviram no caso.
O envolvimento dos Warren
Pelos mais de 10 anos que a família Perron morou na Fazenda Arnold, Ed e Lorraine Warren prestaram inúmeras visitas para investigar a casa. Em uma das visitas, Lorraine - considerada uma grande médium - realizou uma sessão para tentar entrar em contato com os espíritos da casa. Durante essa sessão, Carolyn Perron apresentou sinais de possessão, falando em uma língua irreconhecível e levitando do chão em sua cadeira.
Após essa sessão, Roger Perron dispensou os Warren do serviço alegando preocupação com a saúde da esposa. Ao contrário do que é mostrado no filme, o casal Warren não conseguiu livrar Carolyn e a família da possessão. A família Perron continuou a viver na casa até 1980, ano em que conseguiram dinheiro suficiente para se mudarem. Durante os anos que continuaram morando lá, os fenômenos paranormais foram diminuindo, até cessarem completamente.
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Ed e Lorraine Warren
A casa atualmente
Atualmente, a casa palco de inúmeras mortes e mistérios é propriedade de Cory e Jennifer Heinzen, casal investigador de fenômenos paranormais. Para o jornal Sun Jornal, Cory relatou que já presenciou portas abrindo sozinhas, barulhos estranhos e passos nos corredores.
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Cory e Jennifer Heizen
Embora tenham presenciados fenômenos paranormais, o casal e sua família são fascinados pela propriedade, dizendo terem se apaixonado pelo grande espaço, pelo lago no fundo e pela serenidade do local. A família planeja restaurar a casa e, futuramente, transformá-la em um local de passeios paranormais.
E aí, o que você achou dessa história? Tão assustadora quanto a do filme? Compartilhe nas suas redes sociais e com seus amigos que gostam da franquia de Invocação do Mal!
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spookyco · 1 year
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Filmes de Terror Com Mulheres F*das
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Filmes de terror são comumente estrelados por personagens mulheres que necessitam de resgate ou são as primeiras a morrer. Também é comum ver mulheres sendo representadas de maneira sexualizada, estúpida e ingênua, características que não representam a realidade de muitas. 
Por isso, no dia 8 de março (Dia das Mulheres) resolvemos celebrar e enaltecer alguns filmes de terror que possuem mulheres f*das! Muitas dessas atrizes dão vida à personagens empoderadas e que não correm do perigo. Nessa Dia das Mulheres, está na hora de falarmos sobre representação feminina forte e consciente, que representam as reais situações de mulheres que enfrentam machismo, relacionamento abusivos, sistemas opressores e questões sobre maternidade. 
Os filmes de terror indicados abaixo são provas de que é possível levantar debates nesse meio ao colocarem mulheres como protagonistas. Portanto, celebre o dia de hoje lutando contra o mal junto à essa mulheres! 
Midsommar: O Mal Não Espera a Noite
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“Midsommar: O Mal Não Espera a Noite” é um filme de 2019 dirigido por Ari Aster. O trama conta a história de Dani (Florence Pugh) que está em um relacionamento em ruínas com seu namorado Christian (Jack Reynor). Ao sofrer uma grande tragédia na sua vida, Dani resolve viajar com Christian para conhecer uma remota comunidade na Suíça.
Ao chegar lá, Dani começa a enfrentar seus traumas e seu relacionamento deteriorado. Convivendo com pessoas de costumes estranhos e até mesmo assustadores, a protagonista se pergunta se merece permanecer em um namoro não valorizado e se ela mesma estava satisfeita com a vida que estava levando. 
Apesar do desenvolvimento psicologicamente pesado e assustador, comum dos filmes de Ari Aster - como “Hereditário” -, muitas mulheres podem se identificar com a confusão de identidade e a dor do relacionamento de Dani. O filme é excelente em mostrar o forte crescimento da personagem e como ela caminha para sua independência. “Midsommar: O Mal Não Espera a Noite” é um ótimo filme para celebrar a libertação feminina. Nota IMDB: 7,1/10 Nota Spooky Co.: 8/10
A Bruxa
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“A Bruxa” é de 2015 e foi dirigido por Robert Eggers, o mesmo diretor do mais recente longa “O Farol (2019)”. A história conta a vida de uma família de New England em meados de 1630, que vive isolada e é fortemente devota ao cristianismo. As coisas começam a ficar estranhas quando o caçula de cinco filhos desaparece e a plantação da família morre. Quando sinais demoníacos começam a aparecer a família se volta contra a filha Thomasin (Anya Taylor-Joy) que é acusada de bruxaria.
Historicamente, a bruxaria é associada à mulher para representar uma figura desviante e pecaminosa. No século XVI, a Igreja Católica perseguia mulheres por meio da Inquisição com a desculpa de que elas seriam bruxas. Por isso, existem elementos de sexualidade e independência feminina que são associadas ao satanismo durante o filme. A protagonista Thomasin interpreta bem o papel de uma mulher que explora essas questões ao mesmo tempo que está inserida em um cenário perturbador.
Além de ser um ótimo filme de terror psicológico e tensão, “A Bruxa” é bem sucedido em iniciar um debate sobre a associação da figura feminina com o mal. Nota IMDb: 6,9/10 Nota Spooky Co.: 7,5/10
Um Lugar Silencioso
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“Um Lugar Silencioso” estreou em 2018 e foi dirigido por John Krasinski. O filme se passa em um cenário pós-apocalíptico onde o mundo foi dominado por criaturas que não conseguem ver, mas conseguem ouvir muito bem. Uma família formada pelos 2 pais e seus 2 filhos são obrigados a viver em completo silêncio para não encontrarem seus terríveis destinos.
Durante o filme, somos apresentados à uma dos protagonistas, a matriarca da família Evelyn Abbott (Emily Blunt). Evelyn sobrevive ao apocalipse grávida (!!!) após já ter perdido um filho. Um dos momentos mais tensos do filme acontecem quando ela está prestes à entrar em trabalho de parto. Além desse, Evelyn faz bem o seu papel de mulherão da p**ra ao enfrentar criaturas mortais ao mesmo tempo que desempenha sua maternidade.
O filme é torna-se incrível ao construir um suspense através do silêncio e as cenas de tensão são de roer os dedos! Confira Evelyn em “Um Lugar Silencioso” e não perca a estreia de “Um Lugar Silencioso II” que estreia no Brasil em março. Nota IMDb: 7,5/10 Nota Spooky Co.: 8/10
O Babadook
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“O Babadook” é um filme australiano de 2014 dirigido por uma mulher, Jennifer Kent. A história conta a vida da mãe solteira Amelia (Essie Davis) e de seu filho Samuel (Noah Wiseman). A trama se desenrola quando mãe e filho começam a ser perseguidos por uma entidade de um livro infantil que eles liam juntos, o Babadook.
“O Babadook” aborda brilhantemente questões sobre maternidade. A protagonista encontra-se em um estado quase depressivo depois de perder o marido no mesmo dia que ganhou seu filho, além de ter que lidar com uma criança que a sufoca e isola do resto do mundo. Quando Amelia começa a ser perseguida pelo Babadook ela imediatamente tem o instinto de proteger o filho. Porém, ela passa a ser assombrada por muito mais que um espírito ao se deparar com suas próprias questões de mãe e mulher.
“O Babadook” surpreendeu muitos com uma forte personagem assustador e uma protagonista que muitas mulheres mães podem se identificar. Nota IMDb: 6,8/10 Nota Spooky Co.: 7/10
O Silêncio dos Inocentes
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“O Silêncio dos Inocentes” é de 1991 e foi dirigido por Jonathan Demme. O filme conta a história de uma jovem trainee do FBI, Clarice Starling (Jodie Foster) que está tentando avançar na carreira. Clarice é então colocada em um caso para investigar uma série de assassinatos atribuídos à um serial killer e para isso deve pedir ajuda à um outro infame assassino, Hannibal Lecter.
Clarice faz-se uma protagonista extremamente forte e presente apesar de ser constantemente diminuída por seus superiores. Inicialmente, o supervisor de Clarice a manda para conversar com Hannibal unicamente pelo fato dela ser mulher e pensar que poderia reduzi-lo à dizer coisas. A agente, entretanto, acaba fazendo um trabalho surpreendente tanto com Lecter quanto com seu caso de serial killer. Clarice acaba se tornando um ótimo exemplo de uma mulher que triunfa em um meio dominado por homens.
Para quem gosta de filmes investigativos, recheados de suspense, assassinos seriais e uma protagonista badass, “O Silência dos Inocentes” é um clássico atemporal! Nota IMDb: 8,6/10 Nota Spooky Co.: 9/10
Gostou das indicações? Conhece algum filme de terror com protagonista mulher que não foi citado acima? Então deixa sua recomendação aí nos comentários!
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spookyco · 1 year
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O Que É Pós-Terror: Inovação ou Mito?
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Em 2017, um novo termo surgiu no gênero do terror. Cunhado por Steve Rose, um crítico de cinema do The Guardian, o termo "pós-terror" foi criado para exemplificar a sensibilidade do filme "Ao Cair da Noite (2017)" e como ele se destacava entre as demais obras do gênero.
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"Ao Cair da Noite" (2017)
A "criação" de Steve deu origem à uma discussão que pendura até hoje no gênero e abriu os olhos do público geral à um novo movimento. Filmes como "Corra! (2017)" foi indicado à diversos Oscar's, levando a estatueta de "Melhor Roteiro Original". "The Lighthouse (2019)", de Robert Eggers, também foi alvo de indicações à diversos prêmios e chegou a ser o vencedor no prêmio de críticos em Cannes. Outras obras como "Hereditário (2019)", "Nós (2019)", "O Babadook (2014)" e "A Bruxa (2015)", por exemplo, foram bem recebidas por críticos e pelo público, despertando a atenção geral por supostamente trazerem novas propostas e inovação ao gênero de horror.
Muito do que chama atenção nesses filmes são os fatos deles não se inclinarem aos famosos jumpscares, aos excessos de cenas gráficas e sangrentas ou quaisquer outros clichês associados ao gênero. Chamados por muitos de "terror sério", o pós-terror se debruça sobre roteiros bem construídos e temas complexos como maternidade (O Babadook), relacionamentos abusivos (Midsommar), racismo (Corra! e Nós), religião (A Bruxa), entre outros.
Apesar do termo ter sido criado e fazer sentido para alguns, muitos se perguntam se o pós-terror pode ser considerado um subgênero do terror e se de fato ele é tão inovador assim. Para continuar entendendo o significado do termo e as polêmicas que o envolvem, precisamos estratificar os subgêneros e entender o que é terror como um todo.
"Pós-terror" e os subgêneros
Gore
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Jogos Mortais (2004)
O subgênero do "Gore" embarca os filmes que usam da violência física para causar medo ou horror. Violência visual, muito sangue, canibalismo e desmembramentos são alguns elementos parte desse subgênero que é composto por filmes como Jogos Mortais, Uma Noite de Crime e Centopeia Humana.
Slasher (Assassinos)
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O subgênero "Slasher" também usa muitas vezes de violência visual e baldes de sangue, porém com um elemento essencial a mais: assassinos. Filmes de perseguição que apresentam personagens aterrorizantes e complexos como Hallowen, Pânico e Sexta-Feira 13 fazem parte desse subgênero.
Monstros
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Entre os séculos 20 à 60, o subgênero de "monstros" era amplamente popular e deu origem à personagens que perpetuam até hoje, como Frankenstein, Drácula, O Homem-Invisivel, entre outros.
Sobrenatural
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Um dos subgêneros mais populares da atualidade, o "sobrenatural" embarca muitos temas envolvidos com possessão demoníaca, bruxaria, fantasmas, entre outros. Responsável por grande parte dos blockbusters de terror da atualidade, os filmes sobrenaturais se popularizaram e geraram bilheterias milionárias. Obras como Invocação do Mal, O Exorcista, O Exorcismo de Emily Rose, entre outros, são parte desse gênero e utilizam de elementos que são geralmente associados ao terror: muito sangue e jumpscare.
Psicológico
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Já o subgênero "psicológico" diz respeito à aqueles filmes de terror que perturbam a mente e mexem com as nossas concepções da realidade. Conhecidos por causar ansiedade, calafrios e desconforto, muitas das obras de subgênero psicológico não utilizam de violência gráfica, sangue ou jumpscares para causar medo aos espectadores. Ao em vez disso, os filmes de terror psicológico confiam em enredos complexos e bem construídos, que embarcam histórias próximas da realidade e temas profundos.
Se analisarmos todas as obras consideradas como "pós-terror", podemos perceber que elas se encaixam perfeitamente na categoria de terror psicológico. Filmes como Babadook, Corra!, Hereditário, entre outros, são muito mais pertencentes à esse subgênero do que ao pós-terror.
Mito ou Inovação?
Apesar de ter citados filmes relativamente recentes como exemplos de terror psicológico, esse gênero não é nada atual.
O Bebê de Rosemary (1968), por exemplo, trata de questões religiosas e sociais sem nunca mostrar a face do mal. Suspiria (1977), O Iluminado (1980) e Psicose (1960), são outros exemplos de filmes que marcam a história do terror se atrelando ao subgênero psicológico, e que hoje em dia poderiam ser facilmente considerados como "pós-terror".
Por que, então, mesmo com esse gênero existindo a tempos, está sendo considerado uma inovação agora?
Como todo gênero e indústria, o cinema de terror também passa por saturações. O que está acontecendo agora é um reflexo de obras que estouraram todos os seus recursos ao ponto de transformá-los em clichês. A onda de filmes de terror sobrenaturais que carregam em suas narrativas histórias de possessão e excesso de jumpscares fizeram com que o gênero se saturasse. Dessa forma, cada obra que tenha um roteiro mais elaborado e que cause medo sem se apoiar em sustos, causa excitação e comoção. O público, apresentado à algo que não está acostumado, é comumente levado à acreditar que o que lhe está sendo apresentado é inovador.
O prefixo "pós" que o pós-terror contém carrega um significado de algo além do nosso tempo, que sai do tradicional. O pós-terror, porém, não é "pós" em nada. Ele é apenas um outro termo criado para algo que já existe na indústria a muito tempo.
A Polêmica do Pós-Terror
A criação do termo gerou muita discussão e polêmica no cinema de terror. Isso porque o pós-terror gerou uma onda segregadora no meio e dividiu os espectadores em dois grupos: aqueles que acreditam que o pós-terror não é terror e os que acreditam que o pós-terror é um terror erudito.
Pós-Terror Não É Terror
Ao enquadrar filmes como Corra!, Hereditário, A Bruxa, Corrente do Mal, entre outros, no pós-terror muitos desconsideram as obras como parte do gênero de terror. Por possuírem roteiros bem construídos, enredos complexos e temáticas relevantes, esses filmes são constantemente tidos como suspenses, dramas ou qualquer outro gênero que não seja terror.
Isso se dá porque o terror é considerado por muitos como um gênero caricato, simplista e vazio de conteúdo. Então, ao se depararem com filmes de terror elaborados e conteudistas, o público geral tende a desassocia-los do horror.
"O Meu Terror É Melhor Que O Seu"
Já o outro grupo reconhece filmes, como os citados acima, como de terror. Porém, por serem de "pós-terror" e embarcarem questões mais complexas sem utilizarem de jumpscares ou outros "clichês", muitos consideram essas obras superiores às de outras categorias, como o sobrenatural, gore ou slasher.
É preciso, porém, ter cautela com esse tipo de pensamento tendencioso pois ele desqualifica todo o resto do gênero. Precisamos reconhecer que, da mesma forma que esses filmes trazem diferentes abordagens para o meio, os outros subgêneros também trazem, por mais que sejam apoiados em recursos conhecidos (sangue, possessões, sustos, etc). É inegável, por exemplo, a importância da franquia Inovação do Mal para o cinema como um todo, além de ser evidente a nova visão que obras como A Bruxa de Blair e Atividade Paranormal trouxeram para o meio.
O gênero de terror é um espaço democrático e inclusivo que embarca todo tipo de história, desde às menos convencionais até às demoníacas. Dizer que filmes de terror premiados, complexos e não-tradicionais são "pós" os distancia do seu gênero de origem, quase como que os classificarem como terror fosse um insulto.
No fim das contas, o pós-terror foi necessário para incitar discussões mas não deve ser tomado como um gênero inovador ou revolucionário. O que o pós-terror propõe já está na indústria a muito tempo mas só agora está ganhando a devida atenção. O que precisamos fazer é valorizar o cinema de terror como um espaço de obras relevantes e de qualidade, que como um todo merece destaque e reconhecimento.
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spookyco · 2 years
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Roman Polanski: É Possível Separar A Obra do Artista?
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Roman Polanski é um diretor, produtor, roteirista e ator nascido na França. Apesar da nacionalidade francesa, Polanski morou por muitos anos e consagrou sua carreira nos Estados Unidos. O diretor é mundialmente reconhecido por obras que marcaram o cinema e servem de referência até os dias de hoje, como “O Pianista (2002)”, “Chinatown” (1974) e “O Bebê de Rosemary (1968)”. Roman também ficou conhecido por ser o viúvo de Sharon Taton, atriz americana que foi assassinada pela gangue do ínfimo serial killer Charles Manson em 1969. Quando Sharon foi morta, ela estava grávida de 8 meses do seu primeiro filho com Roman Polanski.
“O Bebê de Rosemary” é uma das grandes obras do diretor e influenciou grandes filmes como “O Exorcista”. Ainda hoje, esse longa de Polanski é reconhecida como marco do cinema de horror. Como uma infeliz coincidência com o assassinato de Sharon Tate pela gangue satânica de Charles Manson, “O Bebê de Rosemary” conta a história de uma mulher que fica grávida graças à um grupo demoníaco e acaba dando luz ao anticristo.
Por um lado, as obras de Polanski tiveram grande importância no meio artístico e sua influência é irrefutável. Por outro lado, a vida pessoal do diretor levanta polêmicas e controvérsias. Em 1977, Roman Polanski confessou ter estuprado uma menina de 13 anos e foi condenado à 50 anos de prisão nos Estados Unidos. Mesmo com a confissão e a condenação, o diretor fugiu do país e se abrigou na França, que tinha um acordo para negar extraditar seus cidadãos para a América do Norte.
Até hoje, Roman é considerado fugitivo da lei e nunca pagou por seus crimes. Mais tarde, despontaram novas denúncias de mulheres afirmando terem sido sexualmente agredidas por Polanski em suas infâncias e adolescência.
Recentemente, Polanski foi premiado em uma das maiores cerimônias francesas de cinema, o César. Ao saber da premiação do diretor, muitas mulheres do meio artístico francês - atrizes, diretoras, produtoras, entre outras - deixaram o espetáculo imediatamente. Além disso, houveram protestos contra as indicações de Polanski, que por conta das represálias, nem sequer apareceu para receber o prêmio. Semanas antes da cerimônia do Prêmio César, a diretoria da premiação se demitiu coletivamente como um ato de protesto contra as indicações de Roman e a falta de igualdade de gênero.
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             Protestos conta Polanski durante a premiação francesa César
Com tantas questões acerca das polêmicas envolvidas com o nome de Roman Polanski, é preciso se perguntar: é possível separar a obra do artista? É inegável e irreversível o legado de Polanski no cinema de horror. Porém, também é inegável a monstruosidade de seus atos e a revolta por sua constante impunidade.
Não estou aqui para dar nenhum veredito. Cultura é algo extremamente pessoal e flexível, por isso não pode ser imposta o total “cancelamento”. As referências que nos moldam são construídas ao longo da vida e influencia a maneira que lidamos e vemos alguns tipos de arte. Por vezes, quando já construído esse processo, é difícil desvincular e romper as relações entre obra e artista.
Para ilustrar esse dilema, foi feito um estudo psicológico com estudantes ingleses em 2010. Foram apresentados aos estudantes duas telas sem que fossem revelados as artistas por trás delas. Uma tela era de autoria de Adolf Hitler e a outra era do ex-Beatle, John Lennon. Sem saber quem eram os artistas donos da obra, grande parte dos estudantes elogiaram a tela de Hitler, falando sobre a bela paisagem e os bonitos traços arquitetônicos. Já sobre a tela de Lennon, os alunos julgaram inferior e com traços infantis.
Uma semana depois, os mesmos alunos foram apresentados as mesmas telas e revelados os artistas por trás delas. Dessa vez, o grupo não deu tanto mérito à pintura de Hitler e encontrou motivos para elogiar a obra de Lennon. O exercício comprovou que a personalidade por trás das artes pode sim influenciar como o espectador consome o conteúdo.
Tendo esse experimento em vista, podemos perceber que a personalidade e vida pessoal de um artista nunca será totalmente desvinculada de sua arte. Grande parte do seu conteúdo é reflexo de seus ideais e crenças, o que o artista representa na arte também representa o que ele é.
Dito isso, ainda é impossível negar a influência e importância de Roman Polanski no cinema de horror. Devemos, porém, continuar enaltecendo suas obras? Devemos continuar agindo com impunidade por causa de sua influência? Devemos relevar crimes monstruosos por conta de obras revolucionárias?
A resposta para essa pergunta é individual e mutável dependendo das crenças de cada um. Porém, é sempre importante manter o debate sobre a linha tênue que separa a obra do artista para que possamos ter consciência social do que consumimos. As obras não são auto criadas, existem pessoas e crenças por trás de todas elas. Resta a cada um escolher o caminho que se quer levar e o mais difícil de tudo: se comprometer à sua escolha.
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spookyco · 3 years
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Protagonismo Feminino: O Papel e a Evolução das Mulheres no Terror
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Mulheres são comumente representadas e vistas em filmes de terror. Algumas personagens como Laurie Straode de "Halloween" (1978), Alice Hardy de "Sexta-feira 13" (1980) e Sidney Prescott de "Pânico" (1996) ganharam o carinho do público ocupando papeis essenciais nas tramas.
Apesar da importância reconhecida dessas personagens, pouco se discute sobre o que está por trás das suas representações. Com o debate sobre representatividade feminina cada vez mais em voga, é imprescindível debater o papel dessas personagens e como elas são um reflexo da sociedade em que estão. Por isso, nesse post a Spooky Co. falará sobre o papel e a evolução das mulheres nos filmes de terror.
O Protagonismo Feminino
A questão do protagonismo feminino no cinema de terror não se trata de visibilidade ou voz. Uma pesquisa desenvolvida pelo Instituto Geena Davis de Gênero da Mídia realizada em 2015 aponta que o horror é o único gênero em que mulheres tem mais visibilidade que homens, representadas por 53% do tempo de tela. Além disso, mulheres possuem 47% das falas proferidas em filmes de terror.
Apesar dessas estatísticas, o cenário por trás das câmeras é bem diferente. Uma pesquisa pela Woman and Hollywood aponta que dos 100 filmes com as maiores bilheterias de 2019, 12% deles foram dirigidos por mulheres, 20% escritos e 2% possuíam mulheres como diretoras de fotografia. Essas estatísticas nos fazem questionar se de fato as mulheres que ocupam as telas estão sendo fielmente representadas.
O Papel das Mulheres no Horror
O cinema de horror, como tantos outros, é permeado por estereótipos e clichês. Muitos deles são refletidos nas personagens em geral, mas principalmente nas do gênero feminino.
Em filmes mais clássicos e antigos, principalmente os entre anos 1930 e 1990, podemos encontrar muitos exemplos de personagens femininas que seguem um padrão. Geralmente, nos deparamos com uma personagem virgem e inocente que escapa no final, ou uma amiga com atitudes questionáveis que não sobrevive ou uma mulher qualquer que morre sem ao menos sabermos sua história, entre tantas outras.
Uma coisa em comum em grande parte dessas personagens mulheres é que, geralmente, suas narrativas são mais violetas e suas mortes mais gráficas se comparadas às dos personagens masculinos. Outra característica em comum é a superficialidade dessas personagens, que na maioria das vezes não possuem uma história pessoal bem construída.
A historiadora e pesquisadora da Universidade Federal do Paraná e especialista em cinema de horror, Gabriela Larocca, contou ao portal TAB que "Os dois clichês mais enraizados são: de um lado a mulher como monstro, que representa os perigos do feminino enraizados no corpo e, de outro, a mulher como vítima, o feminino como sinônimo de fragilidade e a necessidade do amparo masculino". A seguir, exploraremos um pouco sobre esses clichês.
Scream Girls
Com origem em meados de 1930 durante a época de cinema mudo, o termo Scream Girls ou Scream Queens só se tornaria popular décadas depois. Como o próprio nome diz, a característica mais marcante desse tipo de personagens são seus gritos estridentes e impactantes.
Geralmente, as Scream Girls não possuem uma história bem desenvolvida. Pouco se sabe sobre elas e seus antecedentes, o que faz dela uma personagem rasa e pouco interessante. O papel dessas mulheres na trama é, principalmente, servir de vítima para o antagonista. Suas mortes são fatores essenciais para a movimentação do enredo.
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Marion Crane de "Psicose" (1960)
Uma das Scream Girls mais marcantes do cinema é, provavelmente, Marion Crane do filme "Psicose" (1960). Pouco se sabe sobre a personagem mas todos se lembram muito bem de como ela morre. Uma característica importante de sua cena fatal é o fato de Marion aparecer nua - símbolo comum no horror da fragilidade e exposição feminina.
Final Girls
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Já as Final Girls, termo cunhado por Carol J. do Trevo no livro Men, Women, and Chainsaws: Gender in the Modern Horror Film (1992), são personagens que sobrevivem no final da trama, mas somente após passarem por uma jornada violenta e difícil nas mãos do antagonista.
As Final Girls entraram em voga no começo dos anos 1980, com a ascensão do gênero slasher. Assassinos e serial killers como Freddy Krueger, Jason ou Michael Myers faziam enorme sucesso, e precisavam de suas infelizes vítimas para se consagrarem.
Ao contrário das Scream Girls, as Final Girls já possuem uma narrativa mais bem construída e são personagens levemente mais complexas. Nos slashres, nos distanciamos da visão do assassino e firmamos uma ligação com essas personagens femininas, fazendo com que torçamos para elas até o final.
Com as Final Girls, podemos entender seus medos, angústias e vivências. Apesar delas serem acessíveis, há alguns elementos estenotipados que constroem suas narrativas. Geralmente, as Final Girls são mulheres virgens, que não bebem e nem usam drogas. Suas imagens são fortemente atreladas à uma figura inocente e angelical e, muitas vezes, essa é a justificativa - direta ou indireta - do que porque só elas sobrevivem no final.
As Condutoras do Mal
Em contraposição à figura inocente e angelical das Scream e Final Girls, as Condutoras do Mal são mulheres monstruosas. Percebemos isso ao ver como é comum a associação da figura feminina com o grotesco e com a bruxaria, por exemplo. Além disso, também é comum que personagens femininas tenham alguma conduta relacionada à sexualidade que interfere em sua narrativa.
"Carrie" (1976) por exemplo, descobre seus poderes sobrenaturais - que viriam a matar seus amigos mais tarde- após a sua primeira menstruação. Em "A Morte do Demônio" (2013) a personagem principal é possuída através da sua vagina. Já em "O Bebê de Rosemary" (1968) o herdeiro do demônio só é concebido após um ato de estrupo. Repetidamente no cinema vimos mulheres sendo acometidas por atos sexuais - sejam esses comuns, como a menstruação, ou violentos, como o estupro - e estes são grande parte da representação do mal entrando na vida das personagens.
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"Carrie" (1976)
De onde elas vem?
A partir dessas personagens, podemos entender um pouco mais do porque elas foram representadas dessa certa forma e de onde elas vem. A historiadora e especialista em horror Gabriela Larocca estudou a representação do corpo feminino em três filmes do gênero: "Halloween" (1978), "Sexta-feira 13" (1980) e "A Bruxa" (2015). A partir de seus estudos, Larocca contou ao portal TAB que as final girls, principalmente, surgiram a partir de um contexto muito claro dos Estados Unidos.
"Os anos 1960 e 1970 foram marcados pelo feminismo de segunda onda, além do movimento LGBT, o estudantil, as reações contra a guerra do Vietnã, causando uma contestação da ordem e das hierarquias", lembra. "A pílula anticoncepcional era aprovada, as mulheres começavam a sair mais para trabalhar, o número de divórcios aumentava", contou Larocca.
A historiadora cita ainda que "A partir do final da década de 1970 e no começo dos anos 1980, há um revés de tudo isso, um forte movimento conservador que vai tentar recuperar o que chamaram de 'excessos', com uma luta muito forte no campo do gênero".
São durante esses anos que o governo republicano de Ronald Reagan, junto à sua mulher Nancy Ragan, faziam uma campanha fervorosa à favor dos laços familiares tradicionais. Por isso, o cinema como ferramenta de debate social, refletiu esse cenário. Os filmes de horror acabaram surgindo como uma maneira de discutir medos e ansiedades do novo papel feminino e da família, aponta Larocca.
Larocca ainda aponta que, nesses filmes, há um excesso de violência gráfica contra o corpo feminino. Enquanto as mortes das mulheres são extremamente violentas, as mortes dos homem são geralmente representadas fora de tela. Além disso, é comum cenas onde mulheres morrem logo após terem transados e nuas, representando mais uma vez o símbolo de fragilidade e vulnerabilidade.
A Nova Onda de Mulheres no Terror
Apesar de estereótipos e clichês continuarem sendo propagados no terror, podemos perceber uma nova onda de mulheres no gênero. Essas personagens femininas são mais complexas, ambíguas e independentes, porém isso quer dizer que elas estão livres dos estereótipos que as precederam? Está realmente havendo uma melhora da imagética feminina no cinema de horror?
Filmes como "Midsommar" (2019), "Nós" (2019) e "O Homem Invisível" (2020), por exemplo, mostram personagens femininas bem diferentes das final girls. São personagens que colocam em questão o debate de bem versus mal, que trazem aspectos sociais e psicológicos profundos, entre tantos outros elementos que as aproximam das mulheres da realidade. Além da aproximação, essas são mulheres que subvertem a violência e a sexualidade agressiva impostas aos seus papeis por tanto tempo.
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Midsommar (2019)
Apesar disso, a historiadora Gabriela Larocca prefere não falar em uma melhora linear na representatividade da mulher no cinema de horror. Para ela, existem exemplos bons e ruins ao longo da história. A personagem de Sydney Prescott de "Pânico" (1996) é um exemplo, uma vez que ela é uma final girl que não corresponde totalmente às características angelicais e virginais desses estereótipo.
Larocca não acredita que a indústria esteja repensando os seus valores, e sim somente seguindo aos novos padrões do mercado. Representatividade é um assunto que o público está exigindo de forma mais atenta, por isso os filmes que abordam temas representativos tem ganhado mais destaque em meio às bilheterias.
Seja qual for a intenção, é fato que as mulheres precisam de representatividade realista, tanto nas frentes como de trás das câmeras. Quanto mais cineastas e personagens femininas tivermos, mais provaremos que a ideia de que mulheres não gostam de filmes de terror está totalmente errada.
Essa matéria foi inspirada na entrevista de Gabriela Larocca para o portal TAB Uol.
Artigo escrito por Marina Araújo @marinarujo
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