stefanado

[stefanado]

Esse é um starter para @solbourbon

Havia saído do brunch depois de algum tempo, esperando que achassem seu medalhão. Ainda que não devesse, se enfiou no meio do mato em busca de Sol. Já havia se dado conta de que ela havia ficado como caçadora. E ainda que lhe fosse agradável a ideia de ser ela quem encontrasse seu medalhão, ele não se importava se esse não fosse o caso. Apenas queria encontrá-la naquele momento — e depois de alguns minutos, conseguiu. Era quase como se houvesse algo que o puxasse na direção dela, quase como um fio invisível que os ligasse. Ou talvez fosse o fato de que, desde que namoraram, era como se ele orbitasse em torno dela. Não era um homem de grandes palavras. Geralmente, as conversas eram com ela falando e ele ouvindo — como o bom ouvinte que sempre fora, atento a todas as palavras que saíam dos lábios de Maria, mesmo que fosse difícil manter a atenção quando os lábios rosados se mexiam de forma quase hipnótica. E talvez tenha sido por essa sensação que veio o ímpeto, que o fez agir sem pensar em absolutamente nada. Ainda que certo de que não deveria haver muitas câmeras por ali — talvez nem houvesse uma onde estavam, se tivessem sorte. O prazer que sentiu ao colar os lábios aos de Sol, outra vez depois de tanto tempo, era indescritível. O gosto doce dela se impregnava nele como uma toxina, se espalhando por todo o corpo. E era como se todo o seu ser fosse tomado por um fogo que o incendiava por inteiro — o suficiente para empurrá-la contra uma das árvores e erguer o corpo diminuto dela. A destra agarrou com vontade a coxa da loira e a ergueu. Quando o ar se fez necessário aos pulmões e o beijo teve de ser partido, encostou a testa na dela e permaneceu com os olhos fechados por mais alguns segundos. ❝Tem ideia do quanto meu corpo sente a falta do teu? Da falta que você faz? Te ver à distância é uma tortura. Sua mera presença me deixa inebriado — e tudo que mais quero é sentir teu cheiro assim tão perto, provar da tua pele e escutar a sinfonia que deixa teus lábios a cada toque.❞

Abriu os olhos à medida que falava, descendo uma trilha de beijos pelo pescoço da princesa, enquanto a mão descia lentamente até a barra do short que ela usava. Uma breve massagem no local, em uma espécie de tortura e pedido ao mesmo tempo. Cada toque deixado lhe trazia uma onda de choque ao corpo — como se fosse necessário para se manter vivo. Ou talvez ele só fosse muito mais emocional do que deixava transparecer. O tecido do short era tão fino que exigia algum autocontrole para não ceder ao impulso de rasgá-lo e arrancá-lo do corpo feminino. Pelos santos, como ele sentia falta de ver e traçar cada mísero detalhe do corpo da espanhola. Aos seus olhos, ela era como uma escultura divina — uma feita para caber perfeitamente em suas mãos e ser venerada. Os beijos subiram até o pé do ouvido da princesa de Castilla, e um sussurro rouco e grave foi deixado ali: ❝Se existe qualquer parte de ti que deseja parar, que fale agora... Serei incapaz de parar no momento em que meus dedos se afundarem em ti. Você sabe que sou incapaz de me controlar quando tenho tamanha perfeição diante dos meus olhos.❞

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Não tinha por que se meter, mas ainda assim quando viu que a pessoa próxima de Matheo estava a um passo de ter uma sincope por algo tão bobo e pequeno, o Draganis se viu interferindo. Primeiro foi a adaga que surgiu rodopiando perto da jovem estressada a assustando, a presença de Stefan surgindo logo depois de braços cruzados era mais que o suficiente para que ela se afastasse batendo o pé. ❝Não deveria provocar as crianças. São mais sensíveis.❞ Comentou com certa pitada de deboche, quando os olhos encontraram o rosto do mais jovem. ❝Não esperava que fosse voltar para participar do Althara, dentre todos os franceses você era o último que eu esperava ver por aqui. Talvez esse seja o motivo do pouco acolhimento, os outros também devem estar surpresos com sua paresença.❞

   ᘛ     featuring    :    você!    ᘛ     scenary    :    você  decide,  meu  amor

❛   wow.   eu   achei   que   o   povo   aqui   seria   mais   receptivo.   mais   acolhedor...   ❜         a   palavra   se   acomoda   debochada   em   sua   língua,  e   mathéo   não   consegue   conter   o   meio   sorriso   que   se   forma   no   canto   de   seus   lábios   antes   de   assopar   a   fumaça   de   seu   cigarro   para   longe.   ele   deixa   então   a   bituca   cair   no   chão   tendo   chegado   há   pouco   tempo,   quase   que   saido   diretamente   do   onde   rebelle,   o   francês   ainda   está   se   adaptando   a   ilha.   vendo   o   que   ela   ainda   tem   de   interessante   para   um   pobre   príncipe   entediado.         ❛   agora,   mon   cher(i).   que   tal   cortar   a   reclamação   e   me   falar   o   que   é   que   acredita   ser   minha   culpa?   já   adiando   que   sou   quase   um   anjo!   ❜         faz   um   gesto   de   erguer   a   mão   direita,   solene,   mesmo   quando   a   fagulha   em   seu   olhar   praticamente   desmente   tal   declaração.   99%   anjo,   mas   aquele   1% ...

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O Draganis poderia ser sensível nas poesias que escrevia em segredo, mas em suas palavras ou ações? Sempre deixava a desejar, talvez pela forma que foi criado, a falta da mãe ou por ter passado tempo demais voltado ao lado militar... Tudo parecia contribuir para sua falta de tato. Não queria ativamente magoar as pessoas, contudo, não sabia como não o fazer e era por essa razão que preferia a solitude e os papéis, ou as armas que lhe traziam algum senso de conforto. ❝Receio que aparente dessa forma, mas nem mesmo os mais esquivos conseguem escapar dos enviados do inferno.❞ Brincou um pouco mais em desdém, detestava os fanáticos religiosos, considerando o quão exagerados e irrealistas todos eles pareciam. Stefan não possuía muita paciência para pessoas assim. A pergunta alheia lhe veio como uma surpresa, ainda assim a expressão não demorou a tornar a neutralidade. ❝Bem dentro do possível, apenas com os mesmos velhos problemas, caso contrário não me veria aqui... E você? Alguma mudança boa em sua vida desde a última vez que nos vimos?❞

* Mesmo contando com uma lista substancial de relacionamentos fracassados, Alma podia se orgulhar de sempre ter se entregado a cada um deles e contribuído para que tudo se desenrolasse da melhor forma possível. Embora fosse alguém que evitava problemas, ainda parecia ter um magnetismo orgânico para atrair pessoas que não dispunham da mesma consideração e respeito por seus sentimentos. Ou talvez apenas fosse uma característica particularmente masculina. De qualquer forma, dentre todos seus términos, ressentia apenas aqueles que não a haviam respeitado. O que considerava ser o caso de Stefan. Apesar de seus sentimentos em relação a ele, não conseguiu evitar que um riso fraco se manifestasse em reação à sua brincadeira. Ainda era perspicaz e esquivo. “ ── Tenho certeza de que conseguirá evitá-lo sem dificuldade. Este parece ser um talento natural que carrega. ” Insistiu na provocação, mas agora trajando um sorriso mais leve nos lábios, quase como se divertisse com aquilo. Rir sempre seria uma alternativa mais interessante do que se debulhar em lágrimas por alguém que não a valorizava. “ ── Como tem estado, Stefan? ” Perguntou com honestidade e estima, inclinando a cabeça ligeiramente para o lado enquanto o fitava com o olhar curioso.

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Não costumava se aproximar e falar com as pessoas, evitava ao máximo que podia a interação social para que não falasse a coisa errada e acabasse com problemas diplomáticos. Uma assistente lhe fazia falta, mas tão pouco gostava da ideia de ser dependente de uma e tinha plena ciência de que se tivesse uma seria difícil para ele manter as coisas estritamente profissionais. Porém, sentia que precisava ao menos conversar um pouco e por isso se aproximou da turca com uma taça em mãos. ❝Não é preciso desculpas.❞ Garantiu sem problemas, se ela seguisse distraída muito provavelmente não perceberia suas gafes sociais e isso era ouro par ao Draganis. Estendeu uma das taças que tinha em mão para ela, não sabia dizer se era algum suco ou tipo de licor, apenas pegou a primeira coisa colorida que viu na mesa e que não parecia ser tóxico. ❝Apenas vim lhe oferecer uma bebida, me parecia um pouco tensa a distância, mas pode ter sido apenas meus olhos, é claro.❞

this is a starter for everyone !! - brunch

O medalhão havia sido camuflado muito porcamente entre alguns arbustos baixos, e Bahar utilizou o tempo restante auxiliando algumas outras pessoas, que igualmente haviam sorteado coração, a esconder os seus. Mentalmente, fazia uma lista de onde os pares mais vantajosos para Sarp escondiam, bolando alguma forma de dar instruções para ele. Depois do tempo para esconder os medalhões acabar, Bahar retornou para o local indicado. A inversão de papéis a desconcertava mais do que gostaria de admitir. Ela, que sempre estivera no controle da busca — pelas alianças certas, pelos acordos velados, pelas palavras exatas — agora era o prêmio. O alvo. O objeto da procura. Incomodava. Não por vaidade — essa ela sabia esconder com perfeição — mas por instinto. Estar no centro de uma caçada, mesmo simbólica, fazia seu corpo manter uma tensão sutil nos ombros, como se o traje de academia — composto por uma calça legging e uma camiseta mais longa — fosse uma armadura fina demais para protegê-la. Estava tão absorta nesses pensamentos que não percebeu a aproximação da figura até ouvir a voz ao seu lado. ❛ Me perdoe. ❜ Ela virou-se com um pequeno sobressalto, erguendo os olhos. ❛ Eu… me distraí. Pode repetir, por favor? ❜ O sorriso que ofereceu depois era educado, sereno. Mas o olhar — sempre tão atento — permanecia ligeiramente em alerta. Afinal, o jogo havia começado, e ela, por uma vez, era o prêmio. E em uma corte como aquela, não sabia o quão bem aquilo era visto.

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A reclusão social era costumeira para o Draganis, não era do tipo que fica no meio de fofocas e conversas desnecessárias, era prático demais para isso. No entanto, a presença de Catalina não lhe gerava incomodo em geral e por isso já era imensamente grato, se permitia ficar mais relaxado a medida do possível para ele. ❝Demolidora, então?❞ Indagou em curiosidade e não julgamento, apenas considerando que era uma informação a ser retida ao fundo de sua mente e não apenas algo jogado ao vento. A herdeira de Castilla nunca lhe pareceu ser alguém que jogava conversa fora ou deixava coisas sem nexo ao vento, mesmo quando em humor. Não se incomodou quando ela se sentou ao seu lado, apenas terminou mais raposa de origami e se voltou para a princesa, agora sim sua atenção inteiramente voltada para ela. ❝Acredito que o mais importante seja reconhecer o erro, princesa, mas acredito que ele ainda possa ser remediado.❞ Ofertou em um tom que era um misto de galante e humor, daqueles do qual parecia não importar a resposta seguiria inabalado e em paz consigo mesmo. A mulher ao seu lado era uma beldade sem igual, mas estava longe de ser a única mulher na vida de Stefan, assim como ele jamais seria o único homem viável para ela. ❝Realmente me soa como maldição, percebe agora por que preferi a companhia dos origamis? São silenciosos. Contudo, me diga, quem ainda acredita nessas tolices? Ou melhor dizendo, quem teve a audácia de lhe importunar?❞

Catalina já estava farta do som de risadinhas abafadas e teorias absurdas sussurradas como segredos de Estado. As garotas ao redor falavam com o mesmo fervor de quem apostava jóias em um tabuleiro de guerra — só que, ali, a moeda era o afeto de algum nobre encantador o suficiente para encontrá-las na floresta. Tinha seus usos, claro. Ela sabia bem disso. Mas, sinceramente… havia limites. Por isso, aproximou-se da mesa onde Stefan estava, levando consigo um cálice intacto e uma expressão de quem precisava urgentemente ser poupada de mais um monólogo sobre “destinos cruzados”. Não esperava a invasão de raposas de papel — o que, no mínimo, era peculiar o suficiente para reter sua atenção. Observou-o dobrar mais uma com a precisão de quem estava habituado, como um pequeno ritual de concentração, até que ele notou sua presença. ❛ Não. Mas dizem que sou boa em desfazer coisas que os outros montam com tanto cuidado. ❜ Comentou em tom humorado, ainda que Alejandro não pudesse confirmar que ela apenas brincava — inúmeras foram as vezes que desfizera as brincadeiras dele, por puro prazer. Puxou uma cadeira para se sentar, mesmo sem ser convidada, afastando-se ligeiramente da mesa para que não tomasse espaço e arruinasse a obra dele. ❛ Nos últimos dez minutos, cheguei a conclusão de que cometi um grande erro ao não ter te beijado, como se fosse a última vez, naquela barraca de circo. ❜ Levou o cálice aos lábios, sem beber, relembrando o breve momento dos dois na noite de circo. ❛ Porque, sinceramente, devo estar amaldiçoada. Que outra coisa explica ter que ouvir mais meia hora de histórias sobre como o amor verdadeiro pode ser encontrado entre folhas úmidas e galhos tortos? ❜

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Apesar de não ser um homem muito social, podia-se dizer que havia tido sua cota de relacionamentos espalhados pelo globo, talvez pensando em futuras noivas ou não. Claro, nenhum romance havia acabado exatamente bem, mas alguns eram inteiramente por culpa dele. E sinceramente, ele não sabia lidar muito bem com os relacionamentos antigos que ele havia posto um fim, onde ele havia realmente ferrado com as coisas, parecia exigir uma sensibilidade que ele não tinha naturalmente. ❝Posso fazer das suas palavras as minhas, Alma.❞ Foi o que disse simplesmente, assim como ela ignorando a necessidade de qualquer cumprimento ou formalidade. Haviam pessoas demais ali, nobres demais e ele detestava lidar demais com nobres, pior ainda quando eram príncipes e princesas. Reconhecia a provocação contida na fala alheia, mas não deixou que fosse direcionada apenas a si mesmo, retrucar apenas geraria mais desgosto. Então, iria para uma verdade jogada como uma piada leve, o que era oposto a toda a postura de Stefan. ❝Mas não se preocupe, tenho certeza de que não somos os únicos a considerar um desprazer ver a cara do príncipe de Anatólia.❞

𝒘𝒉𝒐: @stefanado

𝒘𝒉𝒆𝒓𝒆: brunch.

* A taça de espumante repousava entre os dedos esguios, enquanto a melodia cadenciada dos saltos contra o assoalho harmoniava com as passadas elegantes de Alma, anunciando sua aproximação. O sorriso estampando nos lábios era vivo como o brilho no olhar — fixado na figura que já acompanhava seu deslocamento pelo salão — pois não seriam romances fracassados a lhe roubar a paz de espírito. “ ── Quando me dispus a vir até aqui, achei que minha maior surpresa seria descobrir que já estava prometida a alguém... ” Dispensou cumprimentos e apresentações, imaginando serem irrelevantes para Stefan. Uma pausa breve permitiu esquadrinhar as feições alheias, como se buscasse por algo diferente em seus traços. “ ── Mas, meu choque mesmo foi encontrar tantos rostos familiares na ilha. ” Concluiu a anedota, logo emendando a justificativa para a confissão espontânea. “ ── E não posso dizer que todos me deixaram satisfeita. ” A provocação era feita com serenidade na expressão, pois não sabia se podia se dizer sentida pelas mazelas causadas pelo rapaz. Afinal, o tempo passava e varria certos ressentimentos com ele.

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Sorriu com certa arrogância por que gostava de ouvir que sempre distraía, que sempre causava um efeito nela mesmo que odiasse admitir. De certo modo fazia com que ele se sentisse vingado, afinal, ela havia abandonado ele. ❝Ameaçando? Jamais faria isso com a irmã de um amigo meu.❞ Deu de ombros como se não fosse nada, como se ela estivesse exagerando a situação mais do que era necessário. Se fosse ameaça, ele ameaçava todo mundo de forma quase igual naquele ponto. ❝A dinâmica atual nos requer esperar apenas, pode se distrair a vontade. Seu irmão já é grandinho.❞ Em outras palavras, pegaria mal para o herdeiro de Velraisse se parecesse precisar constantemente da proteção e atenção da irmã mais nova, o faria parecer dependente e fraco. A faca seguia girando em torno dela, não pretendia parar com sua provocação tão cedo, especialmente não quando ela parecia tentar tanto resistir. A observou parar a lâmina e deixou que analisasse, imaginando que memórias preencheriam a mente alheia. ❝Mas nem todos se distrairiam pelos mesmos motivos que você. Sei que é sua favorita, lembro de ter de impedir o furto.❞

"— Sempre me distrai." A voz não tinha contentamento, e talvez houvesse mais preocupação e remorso do que outros de fora entenderiam. A faca não lhe causava dor, repúdio, medo. Nenhuma dessas emoções. Bem, talvez o medo. Mas um diferente e menos parecido com o que era normal e esperado. Não ia se machucar com a faca voando nas laterais de sua cabeça, Stefan não faria isso. Ele faria pior, e ela iria gostar. Era isso que era, era isso que sempre ia ser. "— Assim parece que está me ameaçando." Relembrou ele, bebericando o chá do brunch enquanto tentava esquecer da presença forte e atrativa do homem ao lado. "— Talvez exija minha atenção a dinâmica que está acontecendo, planos futuros, meu irmão... Preciso sempre estar atenta caso alguém precise de mim, Stefan." Sorriu, e não tinha nenhuma vontade naquele sorriso. Não quando aquela arma estava tão perto e seu corpo reagia com mais vontade do que era adequado.

"— Sabe muito bem porque está me distraindo, ainda que eu acha que todos se distrairiam com...bem, uma faca." Gentilmente tocou a arma, parando sua órbita e admirando a lâmina. "— Ou talvez porque essa seja uma das minhas favoritas da sua coleção. Quase roubei pra mim quando achei a primeira vez." E claro que ele usaria a favorita dela.

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JORDAN CALLOWAY

FIRE COUNTRY One Last Time

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@solbourbon disse "We’re getting dangerously close now."

Era um coração e não deveria ter se esgueirado para entrar na floresta depois que os caçadores foram procurar os medalhões, mas Stefan não era adepto de seguir as regras tanto assim quando estas não lhe eram convenientes. Queria saber onde Sol estava e se não havia se machucado, sabia que alguns poderiam ser malucos ali e queria que a jovem ficasse bem e inteira. Contudo, quando avistou a loira, logo percebeu que tinha uma aranha no ombro dela, mas para não lhe alertar apenas respondeu ela brevemente e começou a se aproximar até que a encurralasse contra uma árvore. A mão gentilmente indo até o ombro dela e descendo pelo braço até que a aranha subisse na mão dele e com um comando simples do poder a faca subisse até a mão, e transportasse a aranha até a árvore na direção oposta. ❝Você não gosta da proximidade?❞ Indagou quando o olhar se voltou para o rosto dela, a mão agora acariciando a face da princesa com firmeza e gentileza. A destra sendo conduzida até a cintura dela e a firmando ainda mais contra a árvore, junto do corpo dele que fazia pressão apenas o suficiente para que ela sentisse o calor que emanava dele. ❝Não sente saudades?❞

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@devineobjection disse "You’re distracting me, you know."

❝Estou?❞ Indagou em um arquear de sobrancelhas, ainda que o sorriso no rosto do Draganis estivesse longe de parecer inocente, ainda que ninguém jamais entenderia do que poderia se tratar aquela troca. A faca que anteriormente girava ao lado da cabeça dele se moveu lentamente contornando a princesa de Velraisse, não de forma ameaçadora, mas como se a sondasse girando em torno dela como se fosse sua órbita, como se fosse guiada para ela. ❝Por favor, princesa, me diga, como estou lhe distraindo? E o que exige tanto sua atenção assim?❞

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@karvdag disse "You’re playing with my patience."

Estavam esperando para serem sorteados e por algum azar do universo, o Karadag e ele estavam postos próximos um do outro. Possivelmente já era o suficiente para azedar o humor de ambos, ainda que costumassem manter alguma compostura. Contudo, era perceptível que a irritação alheia era crescente a medida que a faca de Stefan girava como fidget spinner ao lado de sua cabeça, vez ou outra apontando na direção de Sarp por pura coincidência. A frase alheia não foi recebida com surpresa ou qualquer hostilidade, a expressão se manteve neutra quando se virou para encarar o outro. ❝Não costumo brincar com coisas pequenas e efêmeras, Karadag... E acredito que paciência seja uma virtude honrosa para futuros líderes, não acha?❞

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@vaicatalatinha disse "Why waste your energy on them?"

Havia aprendido a fazer origami pelo tanto que Mikhail havia lhe enchido a paciência sobre eles, ao ponto de que havia memorizado como fazer os mais variados tipos de bichinhos com aquela arte. Não via o melhor amigo em lugar algum, mas imaginava que ele gostaria de achar um monte de origamis quando encontrasse aquela mesa em questão, então estava há cerca de uns dez minutos apenas fazendo origamis de raposas. Tanto, que quase não ouviu a fala de Catalina tamanha sua concentração no trabalho manual, ponderou por alguns segundos antes de responder. ❝Mantém as mãos e a mente ocupadas... Você sabe fazer?❞

[stefanado]

@amayitaon disse "Keep pushing, and you’ll regret it."

Estava em um canto, ou melhor, o que poderia ser considerado um canto em um espaço aberto. Já havia escondido seu medalhão, agora apenas observava os outros fazerem o mesmo, buscava Mikhail para o ajudar ou algo assim. Mas acabou passando por Mayi que aparentemente estava em uma discussão com outro coração, o Draganis apenas observou inicialmente o desenrolar da cena sem se intrometer. Decidiu interferir apenas quando viu que talvez fosse ficar ofensivo demais para a rede televisiva, a faca saindo do bolso e cortando na direção das duas como uma chamada de atenção. ❝Chega. Vá.❞ Disse ele para a outra pessoa, que não pareceu pensar duas vezes antes de correr para longe, deixando a princesa com ele. Os olhos castanhos se voltaram para a mais jovem, a expressão dele neutra como sempre. ❝O que exatamente ela estava fazendo para lhe incomodar? Era sério?❞

[stefanado]

Flashback

O Draganis nunca foi bom em deixar ir... Como ele bem poderia dizer, foi a espanhola que acabou tudo, ele mesmo não acabou nada e por isso ainda orbitava ao redor dela. Mesmo que agora de modo muito mais contido, parte de si gostava de saborear a forma que ela ainda buscava o puxar para perto. Era certo que a loira sempre esteve distante do esperado para Tanarvia, mas Stefan muito pouco concordava com a corte e sabia que aquilo que coração quer muitas vezes não é o ideal. Observou os lábios dela enquanto falava, uma saudade inflamada no peito de quando ainda podia os tocar com todo seu desejo, sentir o gosto de seus lábios que eram mais doces do que qualquer um servido naquela confeitaria. O aproximar dela e a forma que ela comeu o que restava do doce, era o suficiente para que sentisse o calor se expandir por todo o corpo e para que tivesse de conter o impulso de enlaçar a cintura dela. ❝Consegue resistir? Por que não prova primeiro dessa vez?❞ Indagou em provocação, querendo testar os limites do autocontrole dela, já havia sido abandonado e com isso achava que o mínimo era ver o desejo transbordando daqueles olhos azuis antes que ele mesmo se permitisse ceder. Antes que se entregasse ao desejo arrebatador de tomar seus lábios e colar o corpo ao dela, a vontade enlouquecedora de sentir o calor alheio e inalar o cheiro dela mais uma vez... Ainda que aquele lugar jamais lhe renderia a privacidade necessária para que fizesse tudo que possuía vontade. Pegou um doce sem sequer olhar o que havia escrito em cima e estendeu para a loira, um sorriso nos lábios do Draganis. ❝Vamos... Quero ver se consegue resistir.❞

Flashback, Night Circus

Havia algo no autocontrole masculino que despertava admiração e frustração em iguais medidas na princesa. Era mais do que o puro fato de ele ser capaz de resistir às suas investidas - algo que, por si só, já lhe era irritante - era também a certeza de que havia alguma veracidade nos rumores que rondaram o relacionamento deles. Soledad jamais seria uma opção apropriada para o herdeiro de Tanarvia. E, como alguém que nunca lidara bem com abandonos, a única saída era ser a primeira a partir. "You should know better by now." As palavras deslizaram por seus lábios em uma doçura provocativa. Seu olhar, preso ao do príncipe, acompanhou o mordiscar lento com um interesse genuíno, atenta aos sinais que seu corpo buscaria acobertar. No entanto, nem mesmo todo seu esforço permitia-lhe ler o moreno propriamente. Com uma passada para frente, María findou a distância entre eles, o desafio brilhando nas orbes azuladas ao envolver com os lábios a metade final do doce que ele tinha em mãos. A boca feminina tocou os dígitos alheios com suavidade, quase uma promessa, antes de endireitar a postura. E a necessidade que a atingiu, foi desorientadora, por pouco não a conduzindo de volta ao calor do Draganis. "Outro doce. Veremos quem será o primeiro a sucumbir."

[stefanado]

Que não conseguisse dormir era rotineiro, tanto por detestar dormir quanto pela insônia que lhe perseguia desde os anos iniciais do treinamento militar. Se não fossem pelas câmeras, possivelmente estaria no quarto de Mikhail, contudo estarem constantemente vigiados lhe deixava mais desconfortável e paranoico. Então, como não poderia fazer o que bem entendesse, optou pela companhia do príncipe de Velraisse. O Lefevre não era do tipo tagarela ou que pedia muito da sociabilidade do Draganis, então, era o mais apropriado quando queria ficar em paz. ❝Pior é para aqueles que não vão ser pedidos essa semana e nem na próxima.❞ Constatou com um micro sorriso divertido, ainda que o desespero matrimonial alheio não fosse tanto assim de seu interesse. Stefan buscava uma noiva sim, precisava de uma, mas também não pretendia passar por mais estresse do que o necessário pra isso. ❝Infelizmente, sim.❞ Respondeu em tom neutro, sabia do quão protetor o amigo era com a irmã, motivo exato pelo qual nunca contou do relacionamento que teve com Devine, prezava a própria vida. ❝Mas sempre pode empurrá-los para outras pessoas ou veneno... Mas esse pode acabar sobrando pra você de todo modo.❞

ㅤ⠀⠀˛ㅤ⠀⋆ㅤ⠀⩨͢ㅤ⠀ᶜ͟ˡ͟ᵒ͟ˢ͟ᵉ͟ᵈ⠀𝚂𝚃𝙰𝚁𝚃𝙴𝚁ㅤ⠀ꗃㅤ⠀@stefanado  .

               a  varanda  do  palácio  oferecia  uma  visão  privilegiada  do  nada  absoluto  .  à  noite  ,  especialmente  ,  a  escuridão  engolia  a  ilha  inteira  ,  com  o  mar  negro  se  fundindo  ao  céu  sem  estrelas  .  o  vento  cortante  chicoteava  as  pedras  e  os  cabelos  de  laurent  ,  mas  ele  não  se  incomodava  .  ao  redor  deles  ,  o  palácio  dormia  —  ou  fingia  dormir  .  sempre  havia  alguém  acordado  .  tramando  ,  vigiando  ,  enlouquecendo  .  o  ciclo  interminável  daquele  teatro  .  ao  seu  lado  ,  stefan  também  olhava  para  o  horizonte  .  ele  era  um  dos  poucos  que  não  ficava  insuportável  depois  de  cinco  minutos  de  conversa  ,  então  o  lefevre  permitia  sua  presença  sem  muita  reclamação  .  encostado  no  parapeito  ,  ele  tragou  o  cigarro  entre  os  dedos  ,  a  brasa  iluminando  seu  rosto  por  um  instante  antes  da  fumaça  se  dispersar  no  ar  .       ‘   sabe  o  que  me  conforta  ?   ’       pausa  .  outro  trago  .  depois  ,  um  meio  sorriso  frio  se  desenhou  no  canto  de  sua  boca  .       ‘   pensar  que  ,  agora  mesmo  ,  tem  pelo  menos  três  nobres  chorando  no  travesseiro  porque  perceberam  que  ninguém  vai  pedir  suas  mãos  essa  semana  .   ’       se  endireitou  ,  ajeitando  a  gola  do  casaco  .       ‘   acha  que  se  eu  empurrar  algum  pretendente  da  devine  da  varanda  ,  alguém  notaria  ?   ’       era  uma  piada  .  ou  algo  perto  disso  .  o  tom  era  leve  ,  mas  o  olhar  tinha  um  brilho  incômodo  ,  daqueles  que  deixavam  a  dúvida  no  ar  :  ele  estava  brincando  ...  certo  ?

[stefanado]

❝Nem mesmo um cego espera ver gentileza em mim.❞ Um fato realmente, nem mesmo Mikhail esperava ver algo e isso que ele era consideravelmente mais gentil com o melhor amigo. A postura de Stefan seguia rígida e imutável, não via por que fazer sala ou falsidade com alguém que não gostava, apenas não fazia nada com o jovem por que evitava conflitos entre nações e por que tinha enorme consideração por Alek, se não fosse isso... A pergunta no tom doce e o olhar gélido não lhe incomodaram, via o Yusupov como um garotinho com ameaças leves. ❝Não é exatamente o ápice do intelecto sugerir a burrice do futuro monarca de Tanarvia ou qualquer outra nação, mas compreendo que para alguns não exista muito raciocínio antes de abrirem a boca.❞ Deu de ombros como se fosse algo irrelevante, toda aquela conversa com ele sequer estaria acontecendo se não fossem obrigados. Negou a cabeça, sem expressar muito mais do que discordância. ❝Não gosto de piscina e você teria arma atravessando seu corpo antes que conseguisse me congelar por inteiro, afinal, jamais estarei isento de autodefesa.❞

"--- Sua gentileza é comovente e do tamanho de Liechtenstein." O sorriso foi totalmente falso, algo não comum pra ele. Muito menos a amargura em cada frase que era falada. Tentou manter o sorriso, a expressão, a energia....mas como diria o pai, sérvios não serviam pra sorrisos. Talvez fosse por isso que sempre estivessem solitários. "-- Entendo....." Deu um suspiro e pensou em se conter, mas não teve como. "-- Você é burro?" O tom era tão gentil que poderia ser disfarçado de uma pergunta amena. Se não fosse o olhar gélido. "-- Apenas uma pessoa burra falaria isso. Não por ser eu, mas é que dizer isso num todo é idiota." Deu de ombros, olhando a piscina. "-- Quer entrar? Prometo não te congelar vivo. Afinal, não sou ameaça."

[stefanado]

Flashback

Apenas ouviu as palavras dela e deixou que ressoassem em sua mente, não tomava aquela informação como algo muito grandioso ou absurdo, mesmo quando sabia de tudo que cercava a princesa de Castilla. Não era do tipo que buscava grandes informações de fora, sabia mais o que acontecia dentre os Balcãs, contudo, sabia o suficiente de Catalina por conta do período que havia namorado com Soledad, sabia da conexão com o Magisterium e o que deveria ser esperado dela. O Draganis estava longe de ser do tipo que exigia santidade de uma mulher ou cultuava uma imagem que não existia, era realista demais para que se prendesse a ideais e coisas fora da realidade. ❝Sempre esperam demais por que não conseguem atingir o que esperam de si mesmos, infelizmente, é muito comum.❞ Constatou com simplicidade, não partilhava muito daquela mentalidade, contudo, Stefan estava longe de ser adepto de qualquer coisa que fosse muito social. Cresceu ouvindo julgarem sua falecida mãe, todos os boatos e as coisas horríveis que falavam sobre ela. Por que o tanto que a mãe se esforçou nunca foi o suficiente para Tanarvia, ela nunca conseguiu chegar ao ideal que tinham dela e com isso, Darko detestava todos eles. ❝O fácil não costuma levar ao melhor resultado, isso posso lhe confirmar, ao menos.❞ Aconselhou mesmo que estivesse longe de ser um sábio, a atenção se desprendeu da Bourbon e foi para além da tenda, uma presença sutil, mas com um olhar marcante a distância. Era o suficiente para que o Draganis reconhecesse que era hora de se retirar, contudo, por consideração a Castilla se permitiu o mínimo da educação. Pegou uma das mãos de Catalina e deixou um beijo nas costas dela, suave e rápido, jamais se excedendo do que era correto. ❝Peço desculpas, princesa, mas tenho alguém me aguardando... Espero poder ver mais da verdadeira Catalina, se assim me for permitido.❞

Encerrado

𝒇𝒍𝒂𝒔𝒉𝒃𝒂𝒄𝒌 ( night circus )

Por um momento, Catalina nada disse. Nem um sorriso, nem um franzir de cenho. Apenas aquele silêncio contido que precede os terremotos — e que poucos, muito poucos, saberiam reconhecer como tal. Seus olhos estavam nele, mas pareciam ver algo além. O eco da frase de Stefan reverberava em algum lugar entre a têmpora e o orgulho: “teria sido mais fácil ser um tirano.” Fácil. Uma palavra perigosa. ❛ Não sou uma santa. ❜ A frase veio como uma oferenda proibida, sussurrada entre os dois com a reverência de um segredo que não queria ser contado — e, ainda assim, precisava existir. A entoação não era um pedido de desculpas, tampouco uma provocação. Era uma constatação. Como quem assume algo que o mundo inteiro preferia negar. Catalina não recuou de imediato. Permaneceu próxima, as pálpebras semiabaixadas, como se ainda calculasse os efeitos de suas próprias palavras antes de deixá-las ecoarem em definitivo. Quando finalmente se afastou, foi com a elegância habitual, mas havia algo a mais — uma sombra discreta que parecia acompanhá-la agora, como um véu de fumaça que a precedia. ❛ La estrella de Castilla, não é isso que dizem? ❜ A voz retomou o tom usual, gentil e distante. ❛ É curioso como gostam de elevar mulheres a altares... e depois se escandalizam quando descobrem que elas sangram. ❜ Olhou de lado, os dedos deslizando pelo próximo papel ainda não escolhido. Nenhuma pressa. Nenhuma intenção de tornar aquilo mais leve. Apenas o ritmo de quem conhecia o próprio peso — e aprendera, cedo demais, a usá-lo como armadura. ❛ Talvez a tirania não seja a única coisa que pareça fácil, Stefan. ❜