Tumgik
sublime-earthquake · 9 months
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Eu te vi pela primeira vez
Meus olhos arderam como se tentassem enchergar algo que não existe
E nisso eu acreditei por anos
Era apenas um devaneio, como pudera existir um ser tão limpido
Uma presença tão sonora que eu pude asssitir todos os shows que eu nunca fui
Eu pude assistir todos os filmes de minha vida, e todos apresentavam você no final
Eu escrevi poemas sem mesmo saber ler
E li poemas que nunca escrevi
Eu pude cantar sem voz, pois mesmo no silêncio, a plateia de meu coração conseguia escutar o refrão de seu nome
Sua voz
Soava como as canções de ninar de minha falecida avó
Era o tom mais suave de uma sinfonia, eu poderia dormir em tuas palavras e sonhar em sua boca
Eu entrei em hipnose ao observar o fundo eclético de seus olhos
Eu sonhei acordado milhares de fantasias em que você era minha
E quando acordava te via me fazendo companhia
As conversas de noite me fazia de vitima da quadrilha mais bela nos becos de sua presença
Era tão doce sua companhia ao dormir, fazendo o pesadelo sumir e reprimir cada gota do balde de ansiedade que pairava acima de minha cama
Meus episodios depressivos era tão pouco detalhe quando sua presença era toda a serotonina que eu precisava
Dopamina
Endorfina
Oxitocina
Não precisava de vitamina quando sua conversa era a refeição mais saudaveis do meu cardápio
Sua beleza era tamanha que me cansava os braços antes mesmo de tocar
Mais ainda a energia não faltava quando era contigo o meu luar
Era um leilão de memórias felizes e você sempre dava os maiores lances
Uma pena você ter se afastado tanto de meu alcance
Quando nosso fim chegou
Tua presença era inverno
Suas palavras eram a ventania fria que me fazia derreter cada vez mais
Teus sentimentos, gélidos como o inferno, tornaram-me em mais uma lembrança de verão
E quando você me disse
Quando você me disse
Que não teria como existir um "Nós"
Nós se formaram em meu estõmago, como se tuas mãos de gelo invadissem minha boca, atravessando minha garganta e, com seus dedos congelantes, agarrava meu coração palpitante, que batia como
os sinos de uma igreja no dia do Julgamento Final
Era como engolir toda a água do mar e ainda sentir-se sem "sal"
Era o trovão de uma noite nebulosa
Batia como tambores apocalípticos em minhas orelhas e as cortinas dessa enorme peça se fechavam diante aos meus olhos
Quando as batidas pararam, era tudo Noite e eu me convenci de que você teve sucesso
Eu me senti tão vazio quanto as promessas de um político
Tão vazio quanto um balão de festa que, mesmo cheio de ar, ainda não consegue flutuar
Eu morri inúmeras vezes naquele dia, em uma fração de segundos eu presenciei cada funeral dedicado a mim
E então o som retornou aos meus ouvidos
O ar retornou aos meus pulmões, eu senti o seu cheiro de praia
Eu senti teu toque em meus ombros, eu finalmente senti como era ser tocado pela morte
E então eu relaxei minhas pálpebras
Eu abri meus olhos
E te vi pela primeira vez
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sublime-earthquake · 10 months
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Asas
Eu tinha 13 anos
Quando os eventos mais estranhos começaram
Ou talvez eu quem tenha aberto os olhos
Eu tinha 10, a primeira vez que desejei morrer
Foi quando eu pude ver o sorriso de meu pai sumir
Foi a primeira vez que o vi chorar
Foi a primeira vez que passei uma noite inteira ao lado de um caixão
Parte do homem mais importante, para mim, se foi junto com sua mãe
Não foi muito depois que os sonhos me visitaram
Em especial, aquele sonho
Aquele sonho em que eu estava de pé, num mundo cinza
Aquele em que a única cor era você
Aquele em que você estava à beira de um prédio de infinitos andares
Eu te vi criar imensas asas, puras como o olhar de uma criança
Brancas como a neve num dia frio de setembro
Eram grandes, como se quisessem acolher todo o mundo e proteger-lhes de si mesmo
Você se jogou do prédio, como uma lágrima cristalina caindo num mar negro de desespero, era como um quartzo sendo banhado à preces
Eu senti tamanho medo, eu corri andares abaixo, eu desci em direção ao inferno para confrontar o Diabo em pessoa
Como você pôde ter roubado nosso maior anjo para si?!
Mas eu encontrei apenas cinzas
Uma cidade em ruínas, prédios mais baixos que o chão
Era tão decrépito que poderíamos chamar de Eu
Entre os escombros eu te procurei, eu clamei seu nome e gritei sua presença
Mas o único retorno que tive foi o badalar de um sino de igreja que exclamava: Venha!
O som tão alto ecoava no vazio da minha alma
Era o som de seu nome mas soava... Morto
...
Em meio ao sol gélido como a meia noite
Eu vi as velas de uma capela
Os fiéis ajoelhados rezavam sobre o Descanso Eterno
No meio, um caixão tão branco que poderia ser o próprio paraíso
...
Eu acordei chorando aquela noite
Sempre acreditei que era você naquele caixão
...
Poucos dias depois, eu estava em seu velório
Naquele dia, eu enterrei uma parte minha junto a ti
E todos os dias eu sinto minhas asas baterem
Elas tentam me erguer desse chão frio
Elas tentam me levar até você
Mas você me disse para esperar
Pois aquela cama branca não era sua
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sublime-earthquake · 10 months
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Flores
Mergulhei-me em teu mar de Flores
Banhei-me em tuas pétalas
Alimentei-me de teu pólen
E me prendi em teu caule
Acabei por me afogar em seus espinhos
Cada gota de meu sangue carmesim
Flutuou em seu jardim florido
Chorei Lágrimas-de-Cristo
Suei Flores Esqueleto
Sangrei Rosas e curei-a Amarela
Meus Dedo-de-Anjo suplicaram luz
Regou-me areia e pó e plantou-me Aguapé
Cavei fundo para encontrar tuas raízes
Mas tudo que achei foram Cravos
Toquei suas pétalas de seda
E tu me perfurou com uma promessa Acácia
Quando meu jardim crescer
Irei lhe encher de todas as flores
Menos uma
Menos Tu
Pois teu Vermelho Rosa é de meu sangue que se alimentou para crescer
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sublime-earthquake · 1 year
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Esse poema não é meu.
Desculpa, mas não dá pra seguir
Esse poema não é meu, não fui eu que escrevi
Na verdade, esse poema é de alguém que não pôde estar aqui
Esse poema é de uma criança carente
Não de atenção, ou de paixão
Mas de aceitação e compaixão
De braços abertos e compreensão
Uma criança ingênua, que, cansada de lutar, preferiu só desistir
Uma criança que desde o começo nunca teve a chance de realmente existir
Que usou um disfarce, uma máscara, um manto, uma casca
Que nem ela mesmo sabia que carregava
Esse poema não é meu
Foi escrito por mãos calejadas, apesar da idade
Por costas rasgadas a facas e furada em massas
Nasceu sem a chance de ter claridade
Infelizmente essa criança escreveu o poema pela metade
E então me passou a caneta, pra eu dar continuidade
E agora eu posso contar a história de alguém que nasceu sem poder existir
Nasceu pra lutar só podendo desistir
Nasceu pra apanhar, sem revidar, somente pra cair
Coitada dessa criança
Pois nasceu sem poder ser o que quer, ser o que é
Porque ela nasceu pra obedecer
Nasceu pra escrever sua história breve num papel reciclado
Uma história contada mil vezes e sempre com o mesmo resultado
Uma criança que não podia amar, nem ser amado, porque só de ser ela mesma, coitada, já era um pecado
Arrasado
Eu tô arrasado por ter que contar essa história em frente a vocês
Porque essa criança nasceu nesse mundo já perdendo a vez
Nasceu diferente mas de início já foi presa
Só por ser diferente de vocês
A criança entende sua preocupação, suas asas abraçam a ela igual um guardião
De escudo e espada erguidos em prontidão
Mas sua proteção exagerada tirou dela sua única motivação
Sua guia frenética impediu dela a única vontade do seu coração
Hoje essa criança tá morta e no seu lugar tem só um caixão
Guardando seus restos mortais, suas ideias, vontades e sua paixão
Seu corpo real, sua veracidade, sua existência é em vão
...
Foi mal rapaziada, não vai dar pra seguir
Esse poema não é meu
Não fui eu quem escrevi
Ele é de alguém que não pôde estar aqui
Que não pude estar aqui
Que queria estar aqui
Esse poema não é meu
Infelizmente esse poema sou eu.
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sublime-earthquake · 1 year
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Conquista!
Soem as trombetas!
Icem as bandeiras!
Hoje partiremos em mais uma jornada!
"Mas senhor, mal recuperamos as pernas da última cruzada!"
Pois suas mortes serão em vão se não ergueres tua espada!
Nós atravessamos reinos, vilarejos, terra e mar! Não será agora a hora de fraquejar!
"Mas senhor, os cavalos mal param em pé!"
Pois quem tomou conta de recrutar essa ralé?
Quem ousou gastar recursos em uma raça que eu nem sei qual é?
Alimente-os com maçãs, cenouras e trigo, que seja! O horizonte sangrento pode ser sua inspiração, então veja!
Olhe os corpos sem vida no chão, veja as lágrimas e o sangue que corre em sua mão! Depois de tanta conquista, seu destino é o mesmo, caído e jogado, largado no chão! Existe glória maior?
"Mas senhor, nossa moral está baixa e nossos soldados estão na pior! Com tantos danos e perdas, por que acha que levaríamos a maior? Suas famílias clamam o retorno e de tratar seus queridos, a batalha à frente é muito grande para se enfrentar com tantos feridos!"
Pois é por eles que tanto lutamos! Se voltarmos agora, colocaremos em risco aqueles que amamos!
"Engano!"
Se voltarmos agora, abaixamos a guarda!
"Para!"
Se pararmos agora, não haverá mais 'casa'!
"Não! Por onde passamos só deixamos terror e destruição! Ninguém aqui sequer se lembra de como é se deitar num colchão! Caixão, é o mais perto que encontramos, nosso suor escorrendo e nossas famílias chorando! Sujando nossas cabeças e nosso peito martelando!"
Treinando! Quanto mais nós sofremos, mais resistentes ficamos! Esse é o único caminho para que nenhuma batalha percamos! Levanta, soldado, levante! Enxugue o sangue da testa e avance! Minhas ordens são claras e nelas não há nenhuma nuance! Alcance!
"Esqueça! Não sacarei a espada para arrancar outra cabeça!"
Então pereça! Sua fraqueza te trará a ruína por não cometer outra chacina! Imagina! Um soldado, guerreiro, que desonra sua sina!
"Desista! Sua batalha é sem sentido! Trazendo um jovem pro campo e tirando da esposa um marido! Não! Não serei arrastado como um cão para outra luta em vão! Tudo porque, quando eu tava na merda, você me tornou o teu campeão, mas chega! Suas idéias doentias não entrarão mais em minha cabeça!"
E você vai conseguir sozinho?
"Não ligo. Desde que você não esteja comigo, criando mentiras e histórias pra no final sempre me deixar sozinho!"
Você nunca se livrará de mim, assim que a tristeza apertar e a fome chegar, irá me procurar assim! Sou o único que pode te salvar, mesmo que você se negue a enxergar.
"Que seja! Me traga a morte num copo de cerveja! Participarei do banquete na morte que você me privou na vida! Lutarei contra o destino mesmo sendo uma batalha perdida, só de não te ter controlando meus atos já é uma guerra vencida! Estou voltando pra casa."
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sublime-earthquake · 1 year
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De nada
Não tem de quê
Para todas as vezes que pensou em me agradecer
Para todas as vezes que pensou em como eu pude não te esquecer
Todas as vezes que mergulhei nos lençóis do oceano de minha cama
Torcendo que você aparecesse para me socorrer
Não se preocupe com isso
Foi mais que meu prazer te receber e perceber que comparecer não é sinônimo de pertencer, quem dera eu saber
Que sua frágil presença era tensa e alimentava minha crença guardada em uma dispensa, pensa!
Como era divertido te ter ao meu lado, acordado pelado sequelado de um amor velado
Atrelado à seus lábios, selado e flagelado em um sentimento desmantelado mesmo quando fui acautelado...
Não agradeça pelas noites em pé, escrevendo o rodapé de seu diário ralé, inventando histórias de um chalé com nossos cachorros Maria e José
E eu que premido dormido me senti agradecido por um centímetro de tecido do seu longo véu de atenção
Oprimido e sumido, sorria deprimido, destemido que esse momento subsumido fosse motivo de, algum dia, me presentear com um sorriso não carcomido
E não foi em vão, que escrevi com carvão no chão a história de um pavão que não mais escondia suas penas num porão, com medo de tê-las confundidas com um esfregão, não!
Que ele poderia se erguer, sem doer e corroer, sem seus ossos moer, roer, esmoer pois agora ele é o que deveria ser...
Feliz!
Mas como ser Feliz?
Numa poesia cheia de rimas você é a matéria prima da criação exímia de um campo de palavras frias num jardim cheio de avarias
Você é razão de eu ter um esfregão preparado para limpar uma escada sem corrimão, onde eu não me preocupo de escorregar e cair de cabeça no chão!
Porque eu vou imaginar e lembrar como era bom descansar em seu colo e ter sua mão à me acariciar, quem dera eu pudesse voltar!
Para esse lugar
Onde você não precisava me agradecer
De nada.
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sublime-earthquake · 1 year
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Onde está?
Quando procurou-me pela primeira vez, o que desejava encontrar?
Quando desejou-me pela primeira vez, o que procurou encontrar?
Uma chance, minúscula, ambígua, fez-me desejar encontrar aquilo que nunca procurei, aquela que nunca desejei.
No fim, esforcei-me para lhe mostrar e te ajudar a encontrar o desejo que procurava realizar, a pessoa com a qual você de fato merecia estar.
Mas não era eu.
Depositando meu tempo e atenção, lhe apresentei tudo de meu coração, te acaricio, amor, te cantei com paixão e em adição tornei-me teu cão que buscava aceitação e talvez uma cama à deitar que não fosse um caixão.
Canção? Perdi a razão em busca de emoção que me tornou o vilão numa história da qual jurava ter depositado toda minha compaixão. Não.
Você gritou, ditou e formou uma história e se distanciou daquilo que vivemos, mudou.
Me julgou e jogou o que procurávamos construir, afogou meus pensamentos e revogou meus sentimentos, prorrogou suas respostas e de costas caçoou das propostas. Ridicularizou.
Me ridicularizei. Corri atrás, mais do que devia. Voltei atrás, mais do que já havia. Estaca zero, mais do que vazia. Mania. Macia mentira que plantei no solo fértil de minha mente, acreditei fielmente e cegamente que ter você de repente me tiraria esse efeito dormente, essa dor crescente e dúvida ardente.
No final, concordemos que estraguei tudo também.
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sublime-earthquake · 1 year
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Você
Chega então a noite, e tudo se apaga. E então, pouco tempo depois, surge uma nova fonte forte de luz.
Iluminando o ambiente, angelical, divino. E lá estava você. Tudo que era você. Enxerguei-a, linda. Meus olhos se encheram com lágrimas quando à percebi, e a vi se aproximar. Seus passos eram lentos, uma beleza incomparável. Elegante.
De perto, senti tua fragrância. Ah, as memórias que me trouxe.
A sutileza de tua beleza, o suave contorno de teu aconchegante sorriso.
E assim sua mão se estendeu, me colocando em estado de choque. Meu coração disparado, ansioso, parecia saltar a cada batida, e você se aproximava. Eu pude te sentir, e você sequer me tocou ainda.
E me tocou. Sua suave palma acariciou minha face, gentil, e então repousou sobre meu rosto, me fazendo ferver em alegria.
E quando falara comigo, sua voz, qual imaginei eu o tom mais doce, soou dolorosa. Fôra um disparo em meu peito.
"Me perdoe..."
E assim, repentinamente, me enxerguei num abismo sem fim. Caí, sem noção de quando tocaria o chão. O frio absoluto que tomou conta de minha mente, fez-me contorcer em desespero e desamparo. Minha vista se escureceu, em um precipício inimaginável.
E foi aí. Eu toquei no chão com tanta força, despedaçando-me em milhares de pequenos e abstratos pedaços.
Quebrado. Abro os olhos.
Afogo meu rosto nas lágrimas que encharcam meu travesseiro. Mais uma vez você vem me visitar, e eu esperando você ficar de vez...
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sublime-earthquake · 1 year
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Graça.
É cômico.
Quando acordo, quero dormir. Quando durmo, quero sonhar. Quando sonho, quero te ver. Quando te vejo, quero acordar.
Tomou à minha cabeça a ideia de te encontrar. Mas ainda não era a hora certa.
Tomou à minha cabeça a ideia de confiar em ti. Mas ainda não era a hora certa.
Construí castelos com cascalhos. Construí praias em pântanos. Te tornei a rainha de meu reino, e te coroei com uma declaração.
Meu coração, sua coroação, um adorno que exaltara seu posto.
Mas eu sangrei. Cada pedra me feriu, a água insalubre me adoeceu.
Mas você me fez viver. Pela primeira vez.
Agora, meu peito arde em dor e lágrimas, pela memória da qual não posso esquecer.
Quando acordo, quero dormir. Quando durmo, quero sonhar.
Quando sonho, começo a sorrir. Do sorriso, me ponho à chorar.
Quando choro, me lembro de ti. Quando lembro, me volto a amar.
Quando amo, me lembro o que é sentir. Quando sinto, quero acordar. Quero acordar.
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sublime-earthquake · 1 year
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Queda
Desde a vez em que soltou minha mão, sinto-me em queda livre. Meus pés não sentem mais o chão.
Meu corpo flutua, se eleva, é ar. Ar que não respiro, é preso, sufocante. Meus pensamentos se inflam em minha cabeça, me erguem do chão como um balão.
O vento bate forte aqui em cima. Meu corpo se torna gélido aqui em cima. Minha vista se embaça aqui em cima. Não há nuvens ou pássaros.
Meus olhos procuram, cansados, qualquer imagem sua. Sua presença é como frio, ausência de calor. A pressão me esmaga.
Desde a vez em que soltou minha mão, sinto-me em queda livre. Agora eu toquei no chão, e meus pés se sentem mortos.
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sublime-earthquake · 1 year
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Opção, não prioridade.
E no fim das contas, te foi a melhor decisão repousar às mãos daquele mesmo quem à quebrou, ao invés daquelas qual passou noites em claro cortando-se enquanto tentava juntar teus cacos.
E nós sabemos, para qual você voltará assim que quebrar-te novamente.
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