Don't wanna be here? Send us removal request.
Text
preciso QUERER alguma coisa.
preciso ansiar os lances pra jogar de forma que a possibilidade da vitória me faça vibrar internamente e repentinamente acorde minhas células.
preciso sair dessa cama e viver de forma que minhas ações sejam verdadeiras suficientes pra eu armazenar as situações à ponto de aos 90 anos lembrar dos meus dias.
preciso sentir o mínimo de atração pela alegria para assim então estar em paz chakral (não é assim que eles chamam?)
preciso aplicar o tesão que sinto com o aleatório - o exótico - o inesperado em âmbitos mais comuns e vivíveis.
preciso aprender a lidar com o tempo, troço estranho que insisto em não me acostumar, insisto em socar mentalmente dentro de uma gaveta velha com a doce ilusão de que a ferrugem da maçaneta vai impedir o escape dos segundos que se somam e resultam em nada além de história.
0 notes
Text
fique bem
essa rotação planetária, esse vai e vem eterno que é calculo para alguns, poesia para outros. bem vindo ao mundo daqueles que aqui sempre estiveram! não sei ao certo sobre o que se trata. mas sei que vai ser sempre assim. de uma forma ou de outra, tudo estará te esperando.
viver numa fase de estagnação em que seu único desejo é fumar um cigarro e ficar deitada no marasmo. perceber a insignificância humana diante tal situação. entrar em colapso mental de tanto pensar e não criar força suficiente para levantar e mudar. é a partir desse momento que todos à sua volta começam a se preocupar. não pense que pelos reais motivos. eles se preocupam com o tal do futuro. lugar escuro em que se insere a certeza de que tudo o que não acontece no exato momento, certamente acontecerá. ilusão.
escrevo por não ter o que fazer.
flw.
0 notes
Text
Deixe-me ir.
Acordei numa desorientação tamanha que tudo a minha volta me pareceu estranho. Essa matéria que me rodeia acordou sem sentido. Essa idéia de tempo também se diluiu nos meus sonhos. Como podem 60 segundos mentais prolongarem-se a ponto de nossa percepção os sentir como uma eternidade que desliza em instantes? Tudo o que é agora já não é mais. Foi. O que viria a ser é o que é agora. Só queria entender um pouco. Entender sem nóias, entende? Sem ter que me sentir num labirinto inértico limitado por meus pensamentos acorrentados. Sentimento esse que me engole e suga os dias. A tal da razão só serviria pra inferiorizar a questão (leia-se ignorar, deixar de lado, desmoralizar o problema só porque é complexo demais pro lado direito da cachola). E é isso que o mundo tende a fazer, esqueçamos qualquer pensamento que não possa ser resolvido de imediato. É perda de tempo. Tempo, tempo, tempo (leia-se grana). Eis que eu, com minha pequena cabeça, residente de uma cidade que equivale a uma organela celular no meio de um universo em movimento, com limitações emocionais que me fazem chorar a qualquer hora do dia, acordo com essa agonia ecoando em minha pele. É tão sinistro que cá estou cinco horas depois de ter acordado, tentando entender de qual é, qual foi, qual será. Não procuro respostas, procuro um mínimo de esclarecimento e assimilação. It is hard, bro. Tanto transpor idéia em letra quanto esclarecer letra em idéia. Sinto um alivio repentino, um desejo que brota from nowhere de me mudar, fugir, evaporar, desaparecer por uns instantes. E lá vem ela de novo com essa história, com esse choro que não cessa. ‘Pare com isso menina, vá viver! Você tem tanto trabalho pra fazer, seu futuro depende do seu presente, não o desperdice com bobagens filosóficas!’ É. E esse é meu lado realista batendo de frente com minhas necessidades artísticas que ficam se acumulando na rotina corrida. Paremos então pra pensar na possibilidade de que rotina é uma forma de aprisionamento anti-vida. É isso ai! É o que meu outro eu diz. O eu-CAOS. Você não pode fazer trabalho nenhum! Não precisa fazer nada disso menina. O que você precisa é fazer o que necessita. É parar, pensar, tentar observar o que realmente se passa! Sem julgamentos precoces. E lá vem o tempo apitando de novo... A necessidade de ter uma ancora mágica. Não pra cavar meus pés no chão, mas pra me levar até as profundezas e deixar que eu me torne gota sem pressa.
1 note
·
View note
Text
odeio despedidas.
tenho agora o poder das palavras.
complicado vai ser expressar esse vazio
ontem tudo se foi, como um pó que evapora com hora marcada
sentirei sua falta
seus olhos, seu riso bobo, seus beijos
sentirei falta de tudo aquilo
de todos aqueles universos particulares que se mesclavam no palco
agora não tenho mais nada
só me resta a dor da saudade e o choro que não quer cessar
eu queria que esse adeus fosse um até logo
mas no fundo sei que não é assim
sei que tenho que seguir em frente, que o que passou já ficou no passado
temo não conseguir e entrar num tobogã sem fim de melancolia.
mas como algum dia escreveram: 'o medo é um modo de fazer censura'
é, não posso me censurar à vida.
adeus e até logo (?)
0 notes
Text
serrinha
o inverno confisca nossos corpos para dentro
as chaves se fecham, as portas estatizam-se
o espaço externo é alieno ao que se sente por dentro
lá todos somos um
toda sua folhagem invernal cala nossas vozes
o vento uivante desperta nossa viagem à nós mesmos
lá todos somos um
toda roda só é porque estamos de mãos dadas
o canto conjunto vira uma só voz que alerta a vizinhança
nosso casúlinho que logo será serra de novo
logo deixará de ser inverno, logo a cobrança do recolhimento se cessará
e a porta estará sempre aberta
lá, lá todos somos um.
0 notes
Photo

de onde eu vim
só tem mar
onde eu vim parar?
3 notes
·
View notes
Text
encontro.
fomos de encontro ao nada.
corremos pela estrada.
direções diferentes.
perdeu-se o sentido.
um deserto de silencio que piorava a situação..
era como se nada que fosse falado pudesse mudar nossos destinos.
adeus!
0 notes
Text
presságio.
de alguma forma, naquele dia, em algum lugar. nós sabiamos.
e choramos feito crianças.
olho no teto, coberta na garganta.
o mesmo pensamento nos rondando e as lágrimas escorrendo sobre o rosto.
de alguma forma, alí. nós sabiamos.
sem certeza alguma, era claro o que ia acontecer.
o fim estava próximo
e de alguma forma nós sabiamos.
0 notes