Tumgik
summerpeter · 5 years
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Falling Deeply Into the Sky...
Eles me encontraram queimando no topo da montanha. 
Jogaram água fresca em mim, limparam minhas vestes e me envolveram no ar. Me seguraram e eu tentei abrir os braços. Esperavam que eu flutuasse. Me soltaram e eu caí. 
Gritei por segundos pela gravidade, escutando ao vento o som do meu estrondo antes de chegar no fundo do abismo. 
Fiz força para levantar e lá encontrei a Porta para a minha Solitude. Ela estava trancada e eu não tinha a chave. 
ALOHOMORA QUE EU QUERO PASSAR
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summerpeter · 5 years
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As Lágrimas Caíram
Meu choro sempre foi como o orgasmo de alguém que nunca conseguiu achar o ponto certo. 
Contido e preso, querendo jorrar. 
De repente você desapareceu e eu explodi em pranto. 
Meus soluços foram ouvidos por toda a vizinhança. 
Você não sabe como sinto a sua falta. 
Você não sabe como quero te ver bem. 
As Lágrimas Caíram. Finalmente.
Você não tem ideia de como é importante pra mim. 
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summerpeter · 5 years
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O Jacundá Explorador e o Príncipe de Pedra
Era uma vez um Jacundá curioso, que nadava sempre em busca de algo a mais. E seu rio não era tão grandioso e esplêndido como ele gostaria.
Em uma noite, quando ele fazia seu processo corriqueiro, escutou uma voz. Essa voz concedeu a ele um pedido. O Jacundá então, pediu que pudesse sair da água para conhecer o resto do mundo lá fora. 
A voz concedeu o pedido a ele, mas afirmou que ele não poderia sair da água em forma de peixe. Dessa forma, a voz transformou ele em um grande homem jovem. Quando a Jacundá viu, estava em terra, olhando o rio que ele habitava lá em baixo, com olhos humanos. 
A voz falou que ele poderia conhecer tudo, mas que deveria tomar cuidado com as coisas em que tocaria. “O mundo terreno pode ser muito mais cabuloso do que o mundo fluvial”. Foi o que ela disse. 
Mesmo assim, o Jacundá não teve medo. O que ele teve na verdade foi uma espécia de nervoso e excitação. Havia muita coisa para ele ver. 
Ele percebeu que mesmo em forma de homem, ainda possuía algumas características suas. Ainda possuía corpo alongado e boca grande. De alguma forma, ainda sentia a sua essência. 
E assim, ele correu. 
De uma floresta, foi parar em um grande campo. Conheceu muitas plantas e espécies das quais ele nunca imaginava. Correu mais e foi parar em uma pequena estrada. Viu coisas grandes passando de tempos em tempos, e depois reconheceu outros humanos dentro delas. Naquela época ele ainda não sabia que eram humanos dentro de automóveis. E foi correndo mais, até que chegou em uma grande cidade. Lá ele ficou perdidamente encantado com tamanha grandeza. Tamanha estrutura. Naquele momento ele só sabia correr até achar mais coisas. Foi em uma dessas corridas que acabou parando em um lugar muito similar a outro que ele já havia conhecido. Foi parar em um campo, mas não era o mesmo campo. No outro campo, não havia nada. Neste em que ele estava agora, o Jacundá Humano viu algo que o chamou atenção. 
Ele foi se aproximando mais da coisa até que pudesse reconhecê-la. Mas ela não era igual a nada que ele já tivesse visto. Parecia um homem, mas os homens se movimentavam. A criatura estava totalmente parada, inerte. Não conseguia fazer nada. Mas estava vestida, contudo suas vestes eram cinza, assim como o seu rosto. O Jacundá conseguiu associar aquela criatura com uma mistura de pedra com homem, e essa mistura o intrigou. De repente, ele percebeu que a única coisa que não era cinza na criatura eram os olhos e a boca. 
O Jacundá Humano olhou fixamente para a boca do Homem Pedra. De repente, ela se moveu. O Homem Pedra começou a falar com ele, e o Jacundá falou para ele também. De repente, os dois estavam conversando, de uma forma muito peculiar. O Homem Pedra contou ao Jacundá que nunca conseguiu fazer isso com ninguém. 
O Jacundá pediu que o Homem Pedra contasse a história dele. A resposta que ele deu intrigou o Jacundá. O Homem Pedra disse que haviam coisas que ele simplesmente não conseguia dizer, e isso tinha a ver com sua condição. 
-Que condição? - o Jacundá era curioso. 
O Homem Pedra contou então o que ele conseguia dizer; Contou a história do que havia acontecido com ele. E o Jacundá descobriu que o Homem Pedra era, na verdade, um príncipe. Mas não um príncipe desses que vão herdar coroas e reger países. O Príncipe era, simplesmente, um príncipe. Um príncipe de encantos singulares que vivia para ver a beleza do mundo, assim como o Jacundá, mas que havia nascido em um lugar com regras muito estranhas. Um lugar que era comandado por homens brancos impiedosos. O Jacundá não entendia a diferença entre a cor dos humanos, mas do jeito que o Príncipe falou, aquilo parecia fazer alguma diferença. E ele continuou contando. Um desses homens insanos começou a caçar meninos que ele via que podiam ter alguma importância de mudar o mundo. O Príncipe foi um desses meninos, pois com tudo que aprendeu olhando a beleza do mundo, conheceu também a parte tenebrosa, e estava disposto a tentar fazê-la sumir. Mas o homem mau o acorrentou, o transformou em pedra e o jogou no campo. 
O Jacundá ficou triste com a história, e lembrou do que a voz havia falado pra ele, sobre o mundo terreno não ser tão legal quanto ele poderia imaginar. Perguntou ao Príncipe de Pedra se ele sabia se havia um jeito de desempedrá-lo.
Ele respondeu que não. 
O Jacundá Humano não sabia o que fazer, mas continuou ali, conversando com ele. Dentre todas as coisas que havia visto no mundo terreno, o Príncipe era certamente o que mais havia encantado e impactado ele. O Jacundá não queria sair dali. De alguma forma, os dois conseguiam se comunicar, de uma forma que certamente o homem mau que o empedrou não imaginaria. 
O Peixe-Homem-Bocudo então decidiu olhar com mais força nos olhos do Príncipe. E quanto mais olhava, mais conseguia enxergar muita coisa que havia ali dentro. Tantas coisas belas. Coisas que ele nunca imaginaria ver. Havia sido cativado.
Chegou um momento depois de algum tempo em que o Jacundá não aguentava mais. Precisava vê-lo, tê-lo e senti-lo por completo, como o Príncipe que ele conseguiu perceber que ele era. Chorou e o abandonou pela primeira vez. Então ele chamou pela voz.
Perguntou pra ela o que ele poderia fazer para libertar o Príncipe. 
Infelizmente, a voz disse que ele não poderia fazer nada.
-Mas eu consigo olhar nos olhos dele! Eu consigo me comunicar com ele! Não é possível que eu não possa fazer algo! - ele contestou, agitado. 
-Eu disse a você que o mundo terreno era diferente do que você imaginava. Existem muitas coisas que você não compreende da natureza daqui. E você é um peixe de água doce, como sempre foi, não esqueça disso. Você continua sendo o mesmo. Você está aqui, mas sua natureza não mudou. Você não pode esperar que consiga quebrar um encanto que não é da sua natureza. 
O Jacundá Humano não queria aceitar. 
-Mas existe uma forma de quebrar a maldição, não existe?
-Sim.
-E eu posso encontrá-la? 
-A natureza achará um jeito para que o próprio príncipe encontre. Você é um peixe, mesmo que esteja aqui, e deve se preocupar com o seu objetivo em vida de acordo com o que você é. Nada você pode fazer sobre isso neste tempo. 
O Jacundá explodiu em lágrimas. Voltou para o Campo e abraçou o Príncipe. De alguma forma, o Jacundá conseguia sentir a energia corporal verdadeira dele, como se ele já não estivesse mais na condição de pedra. 
Mas ele estava. E o Jacundá chorou mais uma vez, como nunca pensou. 
Então, ele correu mais uma vez.
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summerpeter · 5 years
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Karma & Amor Próprio (Running for Love)
Se você passa pela mesma situação duas vezes, algo está errado. E você deve prestar atenção. 
Não escrevo aqui faz quatro dias. Sinto que devo dar uma coesão temática em cada capitulo que crio. Na sexta-feira, um fato muito importante aconteceu, mas por algum motivo existia um raio em mim de que não deveria falar sobre isso naquele momento. Talvez algo não tivesse se fechado na minha mente. 
Agora eu entendo o porquê. 
Vamos voltar um pouco. 
Quando eu disse que sentia que não era meu destino estar no Leme, eu estava completamente certo. Mas foi um pouco diferente do que eu esperava. 
Acordei com uma rota. Meus amigos me perguntaram se eu iria com eles para a praia. Eu senti que deveria aceitar. Almocei, arrumei as coisas e fui tomar banho. Não me senti bem. Tentei arrumar a minha barba. A cortei no meio. Tive uma crise. Tirei ela toda. 
Já estava bem atrasado a essa altura. Liguei para Ludimilla e avisei que demoraria. Na mesma hora o ônibus chegou. Eu já estava fora de casa. Um engarrafamento consumiu meia-hora em Bonsucesso e me levou a adormecer no ônibus. 
Quando cheguei no Gran Cafofo de Vila Isabel, descobri que ninguém mais iria para o Leme. A Paulinha havia passado mal. Bom, de alguma forma eu já havia sentido que Leme não era o Meu Destino. Não sabia que não era o de todos. 
Pedi um café. Conversamos. Buscamos água. Ela estava suja. Alexandra, Ludi e Fernando estavam lá. Me convidaram para um evento que seria na hora da novela das nove. Eu aceitei ir. Jantamos Estrogonofe de Berinjela. Fernando e Alexandra me disseram uma coisa importante. 
Eu me senti mais vivo. Todos foram se arrumar e eu liguei pra ele na cozinha. Ninguém viu. 
Alexandra colocou o Rare para escutarmos em seu celular. Dançamos um pouco. Quando vimos, já era hora de descer e ir para o evento. 
Entramos no Uber. Alê sentou na frente. Eu estava na ponta esquerda, Ludi na ponta direita e Fernando no meio de nós. Peguei meu fone e disse que iria ter um momento. Nós rimos sobre o fato. 
-Eu não sei se eu já contei pra vocês que eu sempre preciso escutar música e refletir nos transportes - revelei, como se ninguém já não soubesse. 
-Menino, eu já te vi de fone escutando música até no meio da Balada. Foi no dia em que te conheci. 
Eu ri. Não lembrava que estava de fone naquele dia. 
-Gente, você deve ter me achado muito chato, né? - ri mais uma vez. 
Brincamos mais um pouco sobre meus hábitos doidos e eu coloquei o fone. Escutei Rare, Dance Again e Look At Her Now no caminho. Estava viciado. E animado. 
Mal sabia eu que estava prestes a passar por tudo aquilo de novo. 
                                                     ***
Chegamos no Sapagode. Estava bem tranquilo. As pessoas eram bonitas. A festa foi montada no fim de uma rua, onde havia um bar. O show em si ainda não havia começado. As meninas foram buscar bebida. Eu e Fernando ficamos conversando. 
Falamos sobre várias coisas. Perguntei a ele algo sobre as horas que não me lembro agora. Ele me perguntou se eu já queria ir embora e eu respondi que não. Ele me disse que a Dona Sincronicidade me levou pra lá por algum motivo. Era uma grande verdade e agora eu já tenho conhecimento de tudo. 
As meninas voltaram. Não acharam a bebida. Pediram corote pelo Uber Eats. Enquanto não chegava, todos sondaram o local e as pessoas, fizeram vários planos. E eu me vi envolto em pensamentos. Eles não saíram de mim depois. 
Alexandra ficou bêbada rapidinho. Ludi começou a rir. E eu estava em outro lugar. Agora eu vejo como estava rodando, correndo e rolando sem afundar. Eu poderia ter acabado em um túnel sem saída. 
-Meu bem, eu tô com pena de você. Você quer ir embora? - Fernando perguntou. 
Na hora, eu ainda tinha esperanças de que tivesse algo a mais para fazer ali, então recusei. Porém, minutos depois, pedi pra ele pedir um Uber para mim. A verdade é que eu só precisava estar ali para ir embora. Foi no caminho de volta que tudo aconteceu. 
Quando pedi para ir embora, Fernando me disse que a Ludi que tinha crédito para pedir o Uber. Eu esperei. Só fui ver em casa que estava na Fosfobox de novo naquela hora. 
Lembro que eu estava me divertindo. Tocou Hung Up. Tocou Can Get You Out Off My Head. Ludimila havia acabado de torcer o pé e estava com gelo sentada quando decidiu flertar com uma menina que eu ainda não sabia que se chamava Ruane. As músicas que eu gostava pararam de tocar. E eu fui desaparecendo dali. Os pensamentos simplesmente vieram. Vieram de uma forma que eu não conseguia mais dançar. Eu parei. Eu estagnei. Eu só queria sentar. Saí dali. Boo e Fernando continuaram na pista. Eu sentei. E lá permaneci até o fim quando eles já queriam ir. Saímos da boate. 
-Teve um menino que ficou sentado a festa inteira e não dançou, tava de fone - eu ouvi um garoto dizer quando abrimos a porta. 
-É, eu vi. Deve ser porque ele era negro e na festa não toca música de negro - um amigo dele respondeu. 
Eu não lembro o que eu pensei quando escutei isso. Eu estava pensando demais em outras coisas. 
Nosso Uber chegou. Eu estava tão pra baixo. Mas aquela viagem foi bem pra cima. Até o motorista se divertiu ouvindo a história da Ludi, que torceu o pé e se encrushou com uma beldadelzinha fofa que era a cara da sua ex. E depois dessa viagem tão inusitada e desta festa tão marcante, nós chegamos ao antigo apartamento do Fernando, onde vivemos tantas coisas, e eu nem me lembro como fui para a casa naquela noite. Eu não me lembro o que aconteceu  e como eu me senti no dia seguinte. Mas eu lembro que lá no meio de tudo, daquele momento importante, enquanto eu pensava, Fernando veio até a mim junto com Boo, e perguntou se eu não queria mais curtir a festa. Eu lembro de dizer que só estava pensativo. 
E era verdade. Mas não contei pra ele em quem eu estava pensando. 
Ele não sabia que eu estava pensando em um menino meio desajustado do meu trabalho e nos sentimentos que eu tinha por ele. Ele não sabia que eu estava tentando negar a mim mesmo que aquele menino me afetava falhando miseravelmente, já que eu estava sentado em uma festa paralisado por ele ter chegado a minha cabeça de forma arrebatadora. Ele não sabia que meses depois ele ia me dizer que aquele garoto possivelmente sentia algo por mim e eu por ele. E ele não sabia que ia acontecer tudo que aconteceu depois, mas já estava escrito. Já estava escrito. E hoje eu percebo uma dorzinha dentro dessa história, mas essa dor não é sobre Fernando e nem sobre o menino que estava vagando pelos meus pensamentos. Essa dor é sobre eu mesmo. 
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Todo o amor e energia que você guarda dentro de si deve ser expresso para o mundo com sabedoria. Você deve expressar isso para todas as partes, para todas as pessoas, mas cada pedaço e centímetro deve ser direcionado de forma correta. Esse direcionamento deve ser bem formulado por você mesmo. Você precisa saber como dar esse amor sem esperar nada em troca. Você precisa saber os limites do que essas pessoas, esses lugares, essas partículas, podem fazer com você. Assim, você saberá quantas doses poderá ceder e de que forma poderá liberar. Isso tem a ver com a preservação do outro e a sua preservação mútua. 
E se um dia você encontrar que alguém não se preserva, você deverá reconhecer que essa pessoa não conseguirá te preservar. Seu dever será compreender isso e oferecer um amor compreensivo. Sua compreensão e sabedoria serão suas forças. Busque o conhecimento e preserve-se cercando-te de quem te preserva, e oferecendo a energia da clareza para quem não consegue. 
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Ludimila pediu o Uber. Ele chegou. Ela disse que ele pararia na esquina. Fui pra lá esperar. Ele não apareceu.
Voltei e disse que ele não estava lá. Ela olhou o aplicativo. Dizia que ele já estava no ponto. Confirmei a placa. Fui de novo.
Nada. 
Ela se comunicou com o motorista pelo aplicativo. Ele disse que estava com a seta ligada, na parte de trás da rua. Ela viu um carro com a seta ligada por lá e me apontou. Eu fui. 
Quando cheguei, a placa e o modelo não batiam. O fim da rua era escuro e não me passava energias boas. Eu corri. Me senti adrenalizado. Senti algo como uma febre de fulgor indo para uma direção totalmente errada. Eu não tropecei, mas senti como se tivesse. 
Voltei para Ludimila. Ela olhou o celular. O cara foi embora. 
Chamamos outro. Era um Senhor simpático e parecia ter grande energia. Ela me deixou no automóvel. O automóvel me deixou na Praça Tiradentes. 
I felt lost. 
Mesmo sabendo que estava indo para a Lapa pegar o 497, I felt lost. I knew I was going in the wrong direction. That night showed me that. I was lost. I was running for love. Waiting for a love that is a false god. 
Segundo minha pesquisa superficial e pouco infundada, a mitologia grega diz que existem três tipos de amor. O amor Eros, que seria o amor romântico, ligado ao sensual. O amor Philia, que seria o amor de amizade e companheirismo. E o amor Storge, que estaria mais para o lado do laço familiar. 
Eu demorei tanto tempo pra perceber que meu Eros estava totalmente errado. Foi por isso que naquele dia no Centro, me perguntaram se eu sabia o que era o Amor. 
All this time, I was running. 
Running Scared, looking for love. 
Running for a love that is a false god. 
I just wanted a real love giving an exacerbated, uncontrolled and, then, false love. Giving it to an empty space. Waiting for safety giving safety to the fear. Giving safety to the confusion. 
All my Eros was wrong. 
All my Sex was wrong. 
My Sex gave strength to the folkness of danger. And I had a curious time to realize my heart was sick. 
My heart was sick and so does my eros, my sensual word. I’m still working on it.
Eu cheguei em casa e queria chorar, mas não chorei. Não me afoguei na ilusão de que um amor limitado poderia ser verdadeiro, mas me afoguei na ilusão de que um amor limitado poderia me fazer feliz. 
No dia seguinte, tive uma folga com a minha mãe e a minha irmã. Assistimos Minha Mãe É Uma Peça 3 e o filme é emocionante. 
No domingo, não fiz nada de útil. 
Na segunda, fui no Gran Cafofo de novo. Encontrei Alexandra. Ela fez café pra mim. Conversei com Ludimila. Saí do apartamento com Alê e conversei com ela até o ponto. Ela pegou o ônibus e eu segui para o ponto chave da minha explosão iminente. Por sorte ela foi bem mais suave do que eu imaginava. Dona Sincronicidade está me colocando no lugar certo. Obrigado. 
Eu deveria encher um copinho de café, mas enchi um canecão de cerveja e deixei muitos possíveis goles derramarem pela mesa. O canecão já não aguentava mais. 
Surpreendentemente, eu me vi chorando por isso. 
Não me sinto bem. Não sei como será o dia de amanhã e os próximos depois. Não sei como estarei me sentindo, mas o que sei é que estou recebendo consciência. As coisas estão mudando. 
Até Peter Pan um dia precisa crescer.
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summerpeter · 5 years
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Facing the Truth.
As vezes a verdade é só algo muito comum, e ela realmente tá ali, mas você não percebe. 
A gente espera que a verdade seja algo completamente mirabolante, um plot twist na nossa vida. Mas as vezes a gente já tem consciência da existência dela, só não acreditamos.
Porque as vezes encarar a verdade significa aceitar que isso se opõe ao que o seu coração pede. Nossos desejos podem ser perigosos. E desejos as vezes são vorazes. 
O tempo acalma os desejos e essa calma nos coloca na cena. A cena em que visualizamos todas as situações, e percebemos o óbvio, o racional. O que a fome não deixa a gente perceber. A verdade. 
E quando imaginamos a verdade, muitas vezes pensamos em uma grande revelação, um TUDO QUE VOCÊ ACHAVA QUE ERA VERDADE NA VERDADE É MENTIRA, mas na maioria das vezes, ela simplesmente não anula o que você já conhece, mas te faz ver aquilo de outra forma. Uma forma mais equilibrada. 
Essa é a consciência da verdade como verdade. 
E absorver isso leva tempo, mesmo que você já saiba. 
Hoje o dia passou como um flash. Vou chamar ele de “Dia de Vinte Minutos”. 
A parte mais marcante foi refletir sobre solitude e o que isso de fato significa. É tão complexo. 
Ter amigos tão incríveis é excepcional e eu não sei nem como descrever como amo. Mas existem momentos em que me sinto sozinho. E não sei explicar o significado disso. Espero que não pareça algo negativo. É só algo que ainda não aprendi a lidar. É como se existissem partes de mim que eles não vão compreender e tá tudo bem. 
Acho que eu sou o tipo de pessoa que gosta de expressar coisas que as pessoas não vêem necessidade e aí está o ponto. Existem referências que acho que só eu uso. E nos últimos tempos o que eu aprendi é que, não devo esperar retorno da expressão dessas coisas. Isso não significa falta de inclusão. Só significa que há uma parte de mim que é só minha. Então eu devo aproveitá-la comigo mesmo. E ainda estou aprendendo como fazer isso. 
O álbum novo da Selena Gomez saiu e me deixou realmente impressionado. Não quero falar muito sobre ele agora porque quero viver experiências com ele. O disco me deixou bem mais energizado. Me fez ter vontade de sair e ver lugares novos hoje. Acho que o pessoal irá para o Leme, e eu sinto que não é meu destino estar lá. Ainda verei o que farei.  
Lucas apareceu e chamei ele pra sair. Ele não está na vibe, quer curtir a sua casa. Eu entendo. Estou com bastante saudade, mas pelo visto meu destino é sair em busca de algo escutando o Rare. A música pop pode ser tão poderosa. 
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summerpeter · 5 years
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As Vezes Eu Não Suporto o Meu Telefone...
Saber o que alguém significa pra você é muito importante. 
Noite passada eu tive um desses momentos onde a gente percebe que a vida é uma narrativa e faz total sentido. Tudo isso porque eu decidi assistir um filme chamado Show de Verão. 
Lá pra meados dos anos 2000, eu e minha irmã sempre alugávamos filmes nas locadoras do bairro. Se viver pra assistir filmes infantis e outros aleatórios faz de você uma criança cinéfila quando se tem sete ou oito anos, sim, eu era uma criança bem cinéfila. E locadoras eram tão empolgantes. Era uma pena que não podíamos alugar mais de dois filmes, nem na locadora onde cada filme custava dois reais e cinquenta centavos. Lembro de uma vez em que encontramos a vizinha no meio de outra rua aleatória, e ela estava com o saco de pano da locadora, levando quatro DVDs. Eu achei um luxo. 
Em uma dessas idas, aluguei um filme da Xuxa e minha irmã alugou o dito cujo, Show de Verão. Eu não assisti nada dele além de duas cenas. A primeira é, justamente, a cena de abertura, que ficou gravada na minha mente por anos. Uma moça se banhando em uma piscina enquanto toca Não Sei Viver Sem Ter Você do CPM 22 e o letreiro do filme aparece. Em um dos momentos em que minha irmã testava o DVD, eu via essa cena. Mas não cheguei a ver o filme todo porque não me interessava. Eu realmente não me lembro como cheguei a assistir a segunda cena, mas se minha memória não está me sabotando, foi voltando da rua depois de ir brincar e colocando o DVD e passando simplesmente por eu sempre ter tido uma mão nervosa. E aí eu descobri que o filme tinha umas cenas bem fortes pra minha idade. Foi o que a minha mãe disse. Eram apenas algumas cenas de nudez. Mas ela não me deixou chegar perto daquele DVD mais, até que ele foi devolvido dias depois. 
O filme voltou a aparecer na minha vida nos últimos anos, quando eu constatei a fascinação que eu tinha pelo verão. Logicamente, um filme brasileiro com a temática veranesca escrachadamente exposta no título iria me chamar muita atenção. Descobri ele completo no Youtube em 2018. Por algum motivo, que tenho absoluta certeza que foi o trabalho e cansaço, eu não assisti ele na época. Mas lembrei dele de novo esses dias. E é aí que tudo fez sentido. 
Tudo na vida acontece na hora certa, no momento certo, por um motivo certo. Se você duvida disso, aproveite a sua dúvida, porque logo logo isso irá se mostrar pra você. Assistindo Show de Verão ontem, tive uma experiência única. Ele dialogou comigo de forma muito assertiva, graças ao momento em que estou vivendo. Agora entendo porque eu não o assisti em 2018 e nem quando eu era criança. Um ciclo que se abriu na minha vida quando ouvi falar nesse longa pela primeira vez, e certamente se fechou ontem. 
A trama gira em torno de um verão inesquecível, desses que mudam a nossa vida. A personagem principal é uma Operadora de Telemarketing completamente louquinha, interpretada pela Angélica. E eu não sabia de nada do filme antes de começar a vê-lo. Quis gritar com esse fato. E também pelo fato da personagem gostar de misturar pizza salgada com doce. Quero dizer, podemos ser amigos agora? 
Eu sou muito suspeito pra falar desse tipo de filmes. Porque eu amo e talvez para mim, quanto mais “bobos”, melhor. Mas esse filme é realmente especial. Não só por ele ter um significado especial para mim nesse momento e eu já ter uma história com ele desde criança. Ele apresenta uma mensagem muito profunda e essa mensagem é passada com nuances e detalhes muito interessantes, que certamente me pegaram. A trilha sonora é impecável. É engraçado como eu terminei ele imaginando que se o filme não existisse, eu provavelmente poderia ter tido a ideia de fazê-lo. E assisti-lo agora só me fez ter a confirmação de que esse é um grande e lindo verão. Mudanças muito positivas e coisas maravilhosas estão para acontecer. 
Nada disso é coincidência. I mean, teremos um show grátis em copa e ipa toda semana durante esse mês. Um verdadeiro Show de Verão. No último sábado foi o da ANAVITÓRIA e foi um momento mágico. Fazia tempo que eu queria ir em um show delas. Eu tenho um pressentimento que eu e essas duas meninas ainda seremos bastante amigos um dia. 
No próximo sábado tem o show do Baco. Eu e minha irmã estamos combinando de ir. Pensava que nesse dia estaria na praia com os meus amigos, mas aparentemente, eles mudaram para domingo. Então teremos dois programas na praia no fim de semana. Eu espero que tudo dê certo e não chova. 
Estávamos combinando também uma mesa de bar na sexta para os meus amigos conhecerem o Lucas, mas acho que não vai rolar agora. Não combinamos mais nada e acho que preciso dar um espaço pra ele. É difícil perceber que minha prolixidade pode sobrecarregar as pessoas as vezes. Ainda estou aprendendo o momento de não falar muito e ser mais conciso. Mas eu tô tão ansioso pra ver eles bebendo juntos. Vai ser tão lindo. 
O dia de hoje foi um típico dia pra rolar. Estou tentando não sair todos os dias para controlar melhor o meu dinheiro. Isso significa que em muito tempo, eu simplesmente fico em casa. E olha, devo confessar que eu desaprendi de ficar em casa. É como se não houvesse mais nada pra fazer além de abrir o whatsapp e checar as outras redes sociais. É como um vício eterno, que te engole e não te satisfaz. É simplesmente louco, porque enquanto estou fazendo isso, fico pensando em como quero terminar de ler um livro, assistir um filme, pesquisar algo novo, mas simplesmente não faço isso e continuo rolando aquela timeline como se algo novo fosse aparecer. E não. Não vai. Por isso que acho tão importante estar escrevendo agora. Desenhar essas situações de alguma forma me faz ter força maior para organizar essa doideira. 
É tão triste que hoje estejamos presos nessa dinâmica. Nós não temos tempo pra nada além do que já está escrito e automaticamente planejado na nossa rotina. E mesmo quando temos todo o tempo do mundo, nós estamos gastando ele com essas atividades pré-ordenadas. Esse é o meu caso. Eu não tenho nenhuma obrigação de verdade no momento em minha vida. E o que estou fazendo? Absolutamente nada. Até minha mãe está indo para bailes todos os dias. 
Bom, talvez eu esteja exagerando. Ou não. O problema é que minha vida se tornou esse 8 e 80 nos últimos tempos. Existem dias em que eu saio de casa e tudo acontece e o mundo gira, e dias em que eu simplesmente estou em casa parado no tempo. 
Ainda bem que estamos no verão e tudo isso está prestes a mudar. 
E por isso escrevo também. Quero equilibrar minhas atividades dentro de casa. Quero sentir o mundo girando aqui dentro. Estou ansioso para todos os eventos que tenho planejado, mas quero construir coisas aqui em residência. Em outros verões eu estaria criando algum jogo super mirabolante ou estaria jogando guitar hero e comendo doces até o fim da noite. E me sentindo pleno. Mas em outros verões da época da minha adolescência eu também praticamente não estaria saindo de casa. Chegou a hora de equilibrar as coisas. 
Eu quero realizar projetos mais palpáveis aqui dentro, mas tenho tido forças pra assistir filmes e isso já é muito bom. Hoje mais cedo reassisti Como Arranjar Uma Namorada Para o Papai, e esse filme me fez pensar em muita coisa. 
Pra começar, eu descobri que nutri uma mentira na minha cabeça desde que era criança. Assisti o filme plenamente e no fim com os créditos vieram os nomes de cada personagem com o nome dos atores. E foi aí que eu percebi que a personagem da Mary-Kate era na verdade a Ashley e vice versa. Eu estou me sentindo tão estranho! Porque eu assisti esse filme mil vezes na minha vida infantil e nessas mil vezes, eu tinha certeza que a personagem que eu achava que era a Mary-Kate era a Mary-Kate e a personagem que eu achava que era a Ashley era a Ashley e não é! E agora estou me perguntando se eu não as troquei em todos os filmes mais antigos. Porque, lógico, nos filmes mais recentes, elas já estão mais velhas e é impossível confundir. Eu sempre distingui as duas pela cor do cabelo e característica dos personagens. A Mary-Kate tinha o cabelo loiro mais escuro e sempre fazia as personagens mais ousadas e descoladas. Bom, acho que não. Parece que eu confundi. E me sinto tão idiota! Como passei esse tempo todo tendo certeza de algo? Como que a minha cabeça simplesmente decidiu quem era quem todas essas vezes e eu estava errado? 
Vale lembrar que na dublagem elas sempre tinham vozes diferentes, bem diferentes, e geralmente eles colocavam as mesmas vozes em todos os filmes. Ou trocavam? Agora já não sei mais de nada. Vou ter que averiguar. Averiguar e refazer isso na minha cabeça. Caramba, meu eu criança desenvolveu uma grande confusão. Eu pensava que era tão íntimo das duas. 
O filme é muito divertido, lógico, sempre foi. Mas sempre que assistimos  filmes que marcaram nossa infância depois de mais velhos, percebemos várias coisas que não havíamos percebido. E com esse não foi diferente. Ele me fez refletir bastante sobre como nós nutrimos e lidamos com o sentimento que temos pelas pessoas. E quanto mais eu assisto essas comédias românticas, mas eu fico pensando sobre como é engraçado. Como é engraçado se apaixonar. Amar alguém. É sempre da mesma forma e a gente sabe, mas isso não nos dá nenhuma facilidade a mais em lidarmos com esse sentimento. Dessa forma, sempre é algo novo, mesmo que sempre seja a mesma coisa. 
Por isso é muito importante que entendamos o que nós realmente sentimos pelas pessoas. É um processo de reflexão importante. Porque só a partir daí, nós entendemos como lidar com esses sentimentos. Cada pessoa é diferente e você nunca vai sentir nada por alguém como você sente por outras pessoas. A necessidade de colocar as coisas em uma caixinha faz com que a gente sempre tenda a resumir o sentimento por alguém como algo único, uma única coisa, que mesmo que seja profunda, acaba sendo analisada e observada de uma forma superficial. E como a música do Castello Branco diz: não existem regras para amar alguém. No fim, essa é a verdade. 
Isso me faz perceber como é importante nunca compararmos o nosso relacionamento e sentimentos que temos por uma pessoa com relacionamento e sentimentos que temos por outra. 
Nossa energia com a energia de outro alguém sempre criam uma coisa única. Então a magia sempre é única. Não precisamos colocar isso em uma caixinha. Isso me faz refletir mais uma vez sobre como é importante não só refletirmos sobre nossos sentimentos pelas pessoas, como também devemos nos dar a permissão de sentirmos tudo que sentimos por elas, a partir do momento em que isso é consciente. 
E aí vem um desafio. Porque se uma pessoa que você ama muito te causa dor por algum motivo, você vai precisar viver esse sentimento. E viver ele significa resolvê-lo. E não internalizá-lo. 
Se permitir sentir a dor as vezes é difícil, ainda mais no mundo de hoje, onde as pessoas buscam cada vez mais a fuga da dor. Mas é necessário. E deve ser feito com muito cuidado. Pois se permitir viver essa dor significa que você deve passar por ela. Viver até acabar. E se ela não acaba, significa que algo está errado. Significa que você não está vivendo ela de verdade. Podemos dizer que é como o processo de espremer o suco de uma laranja. Viver a dor é deixar todo aquele suco sair. É um processo de cura. 
Mas tudo isso é um processo natural. Sentir alegria significa viver e sentir dor também. Viver significa passar pelo processo. Sentir alegria significa passar por uma etapa. Sentir dor também. E no fim, tudo isso faz algum sentido e nos dá algo maior do que somos. 
No fim, tudo isso nos leva pro lugar certo. 
Meu quarto tem estado cheiroso. Faz tempo que não sinto uma energia tão boa dele. Tenho que parar de procrastinar e arrumar tudo logo. 
Parando pra pensar, esse não foi um dia só pra rolar. Muita coisa importante aconteceu aqui...
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summerpeter · 5 years
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Não Sou Muito Bom em Dar Títulos Para as Coisas...
Tive a ideia de começar esse projeto quando estava comendo Biscoito Trakinas com Leite Condensado hoje cedo. O gosto do Trakinas é tão aconchegante. Algumas pessoas dizem que o Trakinas não é mais a mesma coisa de antes. De fato, não é. Algumas coisas mudam. Muitas coisas mudam. O Trakinas pode estar um pouco diferente, mas ainda é Trakinas. Ainda é gostoso, e bem barato. E com Leite Condensado então? Nossa. Uma Delícia. Mas estou fugindo do assunto que realmente quero tratar aqui. 
Eu queria começar falando do Trakinas porque queria que essa introdução fosse como o início de um filme de verão que passa na Sessão da Tarde. Quantas vezes você não comeu um Trakinas, ou um biscoito que você gosta, assistindo a Sessão da Tarde? Se você estudava no turno da tarde, talvez não muitas. Mas será que você não chegava a tempo pra Malhação? É quase a mesma coisa. 
Estou falando sobre esses símbolos porque todos eles pra mim de alguma forma significam verão. E eu não paro de pensar sobre o verão. Muita coisa está acontecendo. E todo mundo está pegando fogo, de alguma forma. Everybody’s on fire.
 Eu não quero falar sobre as coisas ruins que estão acontecendo no mundo, embora eu devesse. Como eu disse, eu quero que isso aqui seja como um filme de verão que passa na Sessão da Tarde, ou como a Malhação. Jovem. Clichê. Tastes Like Trakinas. Nós não devemos fingir que essas coisas não existem, mas também não devemos deixar que elas tomem conta da nossa vida de forma que nos afete negativamente. Então vamos lá. 
Essa é realmente a verdade. Everybody’s on Fire, e digo isso em todos os sentidos. Todos os meus amigos estão vivendo alguma coisa importante. Isso é empolgante. Mesmo que essas coisas não sejam exatamente boas, são desafios, e o verão está aí. Tudo está se colocando no lugar, de alguma forma. Eu consigo sentir. 
De alguma forma, sinto que escrever sobre isso é importante. Escrever sobre esse tempo, e aproveitar a escrita para organizar algumas coisas na minha cabeça. Sabe, algumas coisas mudam e outras não. Por exemplo: a Sessão da Tarde e a Malhação. Elas ainda existem. Fico pensando que, caramba. Quando eu tiver trinta anos, a Sessão da Tarde pode ainda existir e a Malhação também. Mas eu não vou olhar pra elas da mesma forma. Então, sinto que preciso escrever sobre isso porque eu preciso ter relatos escritos da minha juventude. Principalmente nesse verão que vai ser o verão mais lindo de todos e um dos mais importantes. Amen Uhu. 
Ontem a noite eu tive uma sensação. Estava pensando sobre estar em casa no verão, como se fossem ferias. Minha mãe está em casa o dia inteiro, e eu havia me esquecido como era isso. Ano passado estava trabalhando em Janeiro. Quando eu observo essa situação de estar em casa, sem trabalhar, junto com a minha mãe, em um estado de “mordomia”, isso me faz lembrar de todos os verões, e me faz perceber como eles são importantes. Os verões mais remotos, que passava brincando com os meus primos. Os verões do início da minha adolescência, onde eu ia pra casa dos meus amigos que moram no mesmo bairro e vivia aventuras com meus outros amigos do twitter (quem viveu o #jogodoclaus sabe). O verão em que assumi minha sexualidade, me apaixonei, e raspei a minha cabeça... Olhando para todos eles, eu sinto que esse é o último. Esse é o meu último “Verão Juvenil”. 
Quando digo isso, não quero dizer que não vou ter mais experiências lindas sendo jovem nos verões, até porque para mim, essa é a filosofia da estação. Estou dizendo que as coisas estão mudando e isso é perceptível. Esse verão é a despedida dos “verões de mordomia”. 
Não sei se estou me fazendo entender. Mas essa sensação é muito forte. Hoje mesmo fui na rua e tive um momento de observar a minha vizinhança escutando uma música do Castello Branco. E foi um momento muito profundo. Eu percebi que não observava essas ruas de onde moro fazia muito tempo, e mais uma vez eu senti que isso era o fim de um ciclo. Ano passado já foi um ano de perda de inocência pra mim. Parece que agora estou encarando essas coisas. Agora eu sou um Jovem Adulto. Isso significa que aos poucos essas coisas vão se transformar em outras. Um dia eu vou sair da casa da minha mãe. Um dia eu vou parar de andar por essas ruas frequentemente. Novos cenários vão aparecer. E eu vou tomar as rédeas de tudo, de verdade. É isso que quero dizer. 
Então é momento de aproveitar. Porque, logicamente, um dia eu sentirei saudade dessa casa. Dessas ruas. Até dos vizinhos. Então pra que ter pressa? Um grande desafio que está me sendo dado agora é viver no fluxo natural. Então vamos fazer isso. Escrever será muito bom. 
E vamos lá! Olhem para todas as possibilidades que temos na cidade do Rio de Janeiro pegando fogo. Muita coisa linda está para acontecer. Para todos nós. Eu não sei quem de fato vai ler isso, mas se você está lendo agora, sabe que é verdade. Esse verão é muito, muito importante pra você. Então absorva a luz do sol. Absorva e não deixe que ela te queime. 
Acho que está bom para uma introdução. Eu quero que esse projeto seja a epítome de tudo que amo nos verões, mas logicamente, não vou conseguir resumir isso aqui. Muita coisa será dita nessa obra e, provavelmente, as coisas mais importantes serão ditas nos detalhes mais pequeninos. Quero que meus amigos estejam como personagens regulares, então acredito que no próximo post eu vá falar sobre eles. E é importante avisar que não sei com qual frequência estarei fazendo posts, e eu tô sentindo falta dele agora , mas vamos deixar que o fluxo natural faça sua parte. Vamos pensar apenas no presente. 
Não sei se minha escrita está muito confusa e/ou redundante, mas o objetivo aqui é apenas fazer o registro deste tão importante e lindo tempo. E fazer o registro de como eu estou, então, não vou corrigir muita coisa. Estou planejando assistir algum filme de verão agora, então talvez depois conte o que eu achei. 
Aí ó I told you my friend That I can see your soul Não te apavora É que o agora powerful
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summerpeter · 5 years
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O Primeiro Dia do Ano Foi Assim. 
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