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Comecei o dia por ir à missa das 11h30, no Convento de Mafra, com cantares Africanos. Ao sairmos, apercebemo-nos de que estava a ocorrer um flash mob onde muitos dançavam hip hip, outros sevelhanas. Nesse dia, havia música no ar.
Dirigi-me ao supermercado para fazer umas compras para a semana, com esperança de que a florista estivesse ainda aberta e com flores bonitas para te oferecer. Não foi o caso.
Já a caminho de casa, lembrei-me de que o Mercado poderia ainda estar aberto e estava! Apenas O Floristo estava aberto.
Muitos se encontravam na fila. Dei por mim a pensar: a vida pode ser muito agitada, mas quando queremos, conseguimos estar mais de uma hora à espera de um ramo de flores. Aguardamos não pelo ramo, mas pelo sorriso que iremos encontrar ao oferecê-lo à nossa Mãe, seja esse sorriso visto ou imaginado com ternura.
Escolhi três túlipas alaranjadas que representam os teus filhos e para acompanhar: muitas flores brancas da mesma família que a Sra. Clemência costumava ter no seu jardim e nos oferecia mensalmente, na altura da entrega da renda. Estas flores brancas representam os netos (para já 4!) e todos os seres que estão por vir e que irão ouvir falar de ti.
Assim que pousei as compras em casa, almocei rapidamente, porque estava ansiosa por te ir levar este raminho. Quando nos voltámos a encontrar fisicamente, lavei a tua campa, tal como nos últimos dias te lavava a cara e os braços. Sempre gostei muito de cuidar de ti e esse sentimento mantém-se. Mudaste de forma, mas a tua presença é inubitável. Quando pousei as flores, fiquei com receio que voassem. Foi aí que peguei num vaso de barro que se encontrava vazio, retirei o papel simples acastanhado do ramo, preenchi o vaso com o papel e dobrei os caules das flores , colocado-as ao centro e agora apoiadas pelo papel. Penso que ficou "tout mignon", como gostavas!
Rezei pela família, por cada elemento. Rezei por ti.
Vivo a vida serenamente, mas com uma ânsia de voltar ao teu encontro, na casa do Pai. Sonho com esse momento e sinto-me em Paz.
Um grande beijinho, da Tua Bisnica / Anjo Papudo.
Dia da Mãe' 25 | 4 de Maio
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Photo

Hanging the Laundry out to Dry, 1875, Berthe Morisot
Size: 33x40.6 cm Medium: oil on canvas
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