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O SAPATO ENCANTADO DE NILVANDA

Numa manhã de julho chuvosa, durante a semana, fui obrigado à comparecer à universidade para resolver pendências relacionadas a assuntos financeiros. Saí de casa e tomei um banho na rua (o segundo do dia). O primeiro foi no banheiro da minha casa, com água encanada que caía do chuveiro. O segundo foi na avenida Murilo Dantas, mais precisamente na frente da universidade, com água da chuva misturada a areia e cascalhos que se acumulam na via. Este banho foi por causa da pressa de um motorista que queria pegar o sinal verde ainda aberto.
Depois disso tudo, eu só queria amarrar o motorista do veículo numa linha férrea e esperar passar um trem. Todo ensopado, eu não sabia se entrava na universidade ou corria atrás do causador disso tudo. Mas como eu correria né? Nesse momento, acredito que ele já estava bem longe. Só com outro carro eu conseguiria alcançá-lo. Já irritado, resolvi adentrar na instituição e fui rumo ao setor financeiro. No caminho, eu só pensava em entregar minhas documentações pendentes e ir embora. Quando eu chego no local e abro a porta, uma surpresa: várias pessoas ocupavam as cadeiras do ambiente, esperando atendimento. Definitivamente aquele não era o meu dia.
Zangado, nem dei bom dia a atendente e peguei uma senha. Sentei na penúltima fileira do auditório, onde pelo menos não tinha ninguém ao meu lado. Na minha cabeça, apenas a recordação de um banho na rua. Tudo que eu mais queria era sair dali e que, até eu fosse atendido, ninguém sentasse ao meu lado. Não bastou nem 10 minutos e uma moça sentou ao meu lado. Ela me cumprimentou com um bom dia e perguntou se eu aceitava comer uma bolacha que ela saboreava. Em seguida, perguntou o meu nome. Eu respondi e perguntei o nome dela. Ela disse: “Nilvanda.”
Seu nome exótico chamou minha atenção, mas outra coisa chamou mais atenção ainda: seus sapatos. Tratava-se de um sapato feminino de camurça, bem largo e cinza. Lembrava um pombo. Meus olhos pareciam não ter outro lugar para olhar, senão os sapatos de Nilvanda. Embora não a conhecesse, parecia que já tínhamos nos visto há anos. Confesso, gaguejei só de falar em seus sapatos. Mas precisei ir direto ao ponto. Comecei com um “Posso te perguntar uma coisa?”. Ela balançou levemente a cabeça.
- Esses sapatos são os mais bonitos que já vi em toda minha vida. Onde você comprou?
- Ah, esses?! Sabe o calçadão da João Pessoa, no Centro? Pois então, comprei numa loja lá. Mas não lembro o nome da loja, acredita?
Cada palavra que saia da boca de Nilvanda, era como música para os meus ouvidos. Não sei o que o destino queria me dizer. Mas conhecê-la foi a melhor coisa do meu dia. Depois de toda a raiva causada pelo motorista idiota, tudo parecia sumir. Apenas pensava em quem realmente era aquela mulher e o que estava fazendo ali com os seus lindos sapatos. Ela parecia deslocada, como se não pertencesse àquele lugar. Olhava para os lados a cada 4 minutos. Ela era a única que se destacava no local.
De repente me chamaram para resolver minhas pendências. Eu só sabia acenar para a balconista. O efeito que Nilvanda provocara em mim foi arrebatador. Não aguentei de curiosidade, recorri a atendente. “Você por acaso já viu essa mulher aqui antes?”. Ela desviou o olhar para observar Nilvanda. E quando seus olhos me retomaram, esbugalhados, ela balançou a cabeça com um não. Para minha má sorte, precisaria primeiro realizar um pagamento na tesouraria, para depois resolver de vez minha pendência. Antes de me dirigir à tesouraria, acenei pra Nilvanda com um sinal de “volto já”. Após cerca de 8 minutos na tesouraria, retorno ao setor financeiro e levo um choque. Nilvanda sumiu sem deixar rastros.
Na mesma hora me levantei da cadeira onde estava sentado e foquei nas mesas de atendimento. Para minha surpresa, nada de Nilvanda. Aquilo mexeu comigo, pois eu queria saber quem era aquela mulher, de onde ela era e o que ela foi fazer lá. Infelizmente, o destino não permitiu que nós terminássemos a nossa conversa, mas me deu a oportunidade de ver um sapato que eu jamais tinha visto. Não fiquei encantado à tôa. É culpa do poder do sapato encantado de Nilvanda.
#Tumblr
#Crônica
#SapatoEncantado
#Pombo
#Nilvanda
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O MÍNIMO: RESPEITO





Em época de segundo turno de eleições, a sociedade brasileira, inevitavelmente, é dividida em três lados: eleitores a favor do candidato Fernando Haddad (PT), eleitores a favor do candidato Jair Bolsonaro (PSL) e eleitores que não enxergam uma solução em nenhuma das opções. A Eleição para presidente do Brasil, desde o resultado do primeiro turno, se tornou ainda mais uma competição não só entre os dois concorrentes, mas também entre os eleitores. Estes lutam incansavelmente pela defesa da figura escolhida para representar o país. No entanto, diante da proteção de algum candidato ou da abstenção política, uma característica chama atenção em alguns indivíduos: a falta de respeito.
Considerando a ausência de tal sentimento, tem-se de um lado os seguidores de um candidato que se diz a favor do país, mas apoia a tortura e idolatra militares da ditadura de 64. No outro, os apoiadores de um partido que afundou o Brasil por causa da corrupção e que não cansa de fazer promessas. Entre as duas partes, há aqueles que se veem de mãos atadas à votar em uma política não favorável a seus conceitos, a fim de salvar o pingo de sanidade do país. Vale reforçar que tais divisões estão associadas ao ponto de vista de pessoas que sequer respeitam a opinião alheia.
Seguindo outra perspectiva, tem-se eleitores do candidato Fernando Haddad, eleitores do candidato Jair Bolsonaro e eleitores que não enxergam, tanto no PT, quanto no PSL, uma solução para o Brasil. Estes últimos, por sua vez, encontram no voto nulo ou no não-comparecimento às urnas uma forma para manifestar a insatisfação com os partidos políticos. Com uma parcela da população não votando em um dos dois candidatos ou não cumprindo o papel de cidadão, apresentando-se à urna, um deles comandará o país pelos próximos quatro anos. Independente da escolha alheia, o respeito deve ser colocado em prática, considerando assim a opinião de qualquer indivíduo, desde que este não esteja munido de atitudes preconceituosas e discriminatórias.
A partir de tais escolhas políticas, considera-se, por alguns, perda de tempo o ato de discutir com a sociedade em razão do cenário eleitoral ou a tentativa de transformar a posição política de indivíduos. Muitos eleitores são emotivos, ou seja, votam no candidato que conhece positivamente e transmite confiança. Será que vale a pena mesmo se “desgastar” e faltar com respeito às outras pessoas pelo simples motivo de opiniões distintas?
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FAMÍLIA CURIOSA E PREOCUPADA

A convivência com familiares nem sempre é saudável para os indivíduos, principalmente quando estes não toleram excesso de curiosidade. Pessoas consideradas intrometidas existem em qualquer lugar, no entanto, este não deixa de ser um dos aspectos negativos do ser humano. Entre os cidadãos jovens, por exemplo, não é difícil encontrar algum que possui um tio ou uma tia que não vê há um bom tempo e gosta bastante de perguntar sobre a vida pessoal.
Em grande parte dos casos, estes jovens são muito cobrados por suas respectivas famílias. O grande problema é que em sua maioria, estes, não se sentem tão a vontade para desabafar ou conversar abertamente sobre qualquer assunto com seus familiares. Ao invés de respeitarem esse espaço, os parentes começam com os interrogatórios, que acabam deixando os jovens mais introvertidos e fechados. Não está errado querer saber mais sobre os membros mais novos da família, mas o limite à privacidade é algo muito relevante, e que precisa ser levado a sério, principalmente quando se percebe um certo desconforto por parte dos adolescentes.
Nesse sentido, muitos destes jovens preferem compartilhar os sentimentos com os amigos e conhecidos. Às vezes, o desabafo ocorre com alguém que se vê pela primeira vez, a exemplo de um motorista de aplicativo. Estes, por sua vez, utilizam a receptividade e o carisma como uma estratégia para o destaque na empresa. Atrelado a isso, está o desejo da juventude em falar acerca de assuntos que jamais falariam no ambiente familiar. Afinal, é normalmente comum de qualquer ser humano sentir a necessidade de desabafar sobre o que está se passando, o que está sentindo e novas experiências. Um dos fatores também presente é a indiferença em casos em que os filhos se abrem com seus pais e muitas vezes não são levados a sério.
Assim, aquelas conversas geralmente são consideradas apenas como um papo de jovem, alguém que ainda não sabe nada da vida e consequentemente também não sabe do que está falando. Esses julgamentos afastam ainda mais pais e filhos, sobrinhos e tios, netos e avós, realidade esta bem presente na sociedade.
REFERÊNCIA
https://pt.dopl3r.com/memes/engra%C3%A7ado/eu-no-natal-puta-merda-que-saco-minha-familia-perguntando-coisas-sobre-mim-credo-eu-no-uber-e-e-por-isso-welllington-que-eu-acho-que-tenho-essas-paranoias-enfim-voce-acredita-em-deus/144588
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O PODER DO MEME

Muito se sabe que, no Brasil, os indivíduos conseguem fazer piada com qualquer situação. Qualquer situação mesmo. Seja um momento feliz ou um momento triste, o brasileiro encontra espaço e tempo para fazer brincadeiras. Mas e quando essas piadas atingem uma pessoa? Será que é saudável para quem lança a chacota e para o alvo?
O meme acima abre espaço para discussão sobre a fama de cai cai do jogador Neymar Júnior, camisa 10 da seleção brasileira. O atleta, que dispensa apresentações, é considerado um dos maiores craques do mundo e consequentemente, é sempre bem marcado em suas partidas. Na última Copa do Mundo, muitos memes deste tipo foram gerados, e acabaram tomando uma proporção mundial.
Em fevereiro deste ano, Neymar torceu o tornozelo e sofreu uma fissura no pé, o que causou a sua internação por alguns dias, em um hospital da cidade de Belo Horizonte. Mesmo assim, o jogador foi liberado para atuar na Copa do Mundo de 2018. Responsável por elevar a expectativa dos torcedores da seleção brasileira, Neymar virou motivo de piadas após suas frequentes quedas nos estádios, durante as partidas.
Após o término de cada jogo do Brasil, a Internet era bombardeada por memes acerca das caídas do craque. Milhares de internautas zombavam as atitudes do jogador na Copa do Mundo, ao mesmo tempo que o criticavam. Muitos indivíduos acusavam Neymar de trapaceiro ou sensível, por exemplo. A maioria das pessoas não procurava entender a situação do jogador naquele momento, apenas o xingava e o menosprezava, como se somente ele fosse o responsável por algum declínio do time.
Entre tantos memes, este foi mais um que viralizou. Nele foi feito uma referência a dança de um grupo de funk. Na foto, Neymar se encontra junto as irmãs metralha, do Bonde das Maravilhas, que ficaram conhecidas pelo famoso quadradinho de oito, pose esta aparentemente feita pelo jogador.
Nesse sentido, percebe-se a criatividade do brasileiro e a capacidade dele em construir uma imagem negativa de alguém. Após a Copa do Mundo, Neymar concedeu entrevistas a alguns veículos de comunicação, entretanto, só ele sabe o que sentiu ao ver cada meme acerca das suas quedas. Assim, observa-se o tamanho do poder do meme.
#NeymarJunior
#CopaDoMundo
#Memes
#Tumblr
#Jogador
REFERÊNCIA: Museu de Memes
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A FACADA
Manhã de segunda-feira na cidade Céu. Alguns habitantes do local se reuniram na porta da ex-vereadora Marielle Franco e do seu ex-motorista Anderson para conversar. Ao abrir a porta da sua residência situada no paraíso das nuvens, a ex-vereadora se depara com o ex-governador de Pernambuco e ex-candidato a presidência do Brasil, Eduardo Campos, o ex-ministro Teori Zavascki, o ex-governador do estado de Sergipe, Marcelo Déda, a ex-apresentadora Hebe Camargo, o ex-cantor Cristiano Araújo e o ex-presidente do Brasil Castelo Branco. Todos estes gritavam por Marielle. Ela pediu calma e perguntou o que eles tanto queriam. A ex-apresentadora Hebe Camargo responde:
- Ué, você não viu? Durante toda a madrugada, a TV Esperança está cobrindo o atentado contra o candidato a presidência do Brasil, Jair Bolsonaro. Estamos na expectativa para saber se ele vem morar com a gente.
- A coisa está feia lá embaixo. – diz o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos.
Curiosa com a notícia, Marielle decide ir até a entrada da cidade para tentar averiguar a situação no Brasil. Ao chegar lá, pega um telescópio e observa a movimentação na cidade de Juiz de Fora, interior de Minas Gerais:
- Putz, o clima está mesmo tenso! - diz Marielle.
Eduardo Campos, que não é bobo nem nada, a acompanhou para saber mais:
- Eu ouvi burburinhos que ele não passa desta noite.
E a socióloga retruca:
- Ora, ora como podemos saber?! Essas coisas só acontecem na hora certa!
- E não acha que seja a hora dele?! Afinal nós bem vimos as suas artimanhas... - debocha Eduardo.
- Ah ta, e quem é você meu caro?! Deus? Deixe de resmungos e vamos dar as novas ao pessoal.
Ao voltarem, eles foram bombardeados de perguntas. Mas o cantor Cristiano, que não parava de roer as unhas, tentou colocar ordem na bagunça:
- Não percebem que quanto mais perguntam, mais tempo vai demorar para eles falarem! Fiquem quietos!
E todos se calam. E então ele pergunta:
- E então, poderei eu ficar cara a cara com aquele doido?!
Castelo Branco o indaga.
- Como pode se referir assim ao candidato a presidência? Eu até queria poder disfrutar um momento com ele.
- Esta é a melhor maneira que posso me referir a ele. Onde está com a cabeça Castelo? Não tenho nenhuma vontade de compartilhar espaço com ele. Apenas quero olhar em seus olhos e falar umas boas verdades. Acredite, é desejo de muitos aqui. - afirma o cantor.
- Pelo visto não querem que eu os informe da situação atual dele não é?! Bom, vou voltar para minha casa, de onde vocês não deveriam ter me chamado. - fala Mariele.
- Calmaaa, não vai nos dizer?! - pergunta Hebe.
- Ué, mas Eduardo também foi. E aparentemente está mais empolgado para lhes contar do que eu. - articula Marielle.
Sem paciência, Hebe diz:
- Fala logo, perua feminista!
Irritada, Marielle parte para cima de Hebe e as duas saem no tapa. Marcelo Déda tenta apartar a briga e grita com elas. O ex-presidente Castelo Branco ri da situação e Marcelo Déda solta:
- Do que você está rindo, seu velho?
Inconformado, Castelo Branco fala:
- Mais respeito, por favor! Eu sou um dos moradores mais antigos desta cidade e não tolero este tipo de comportamento.
O ex-ministro Teori Zavascki se intromete e diz que se Marcelo Déda continuar com falta de educação, e Marielle Franco e Hebe Camargo continuarem brigando, darei ordem de prisão. Os três se comportam e Eduardo Campos decide contar o que viu na entrada da cidade. Ele fala que o político Jair Bolsonaro foi encaminhado para um hospital da cidade de São Paulo e que está sendo monitorado por médicos. Após escutarem as informações passadas pelo ex-governador de Pernambuco, todos decidem ir até a entrada da cidade para acompanharem em tempo real o que acontecia mais embaixo:
É impressão minha ou tem alguém vindo? - sugere Déda.
- Provavelmente. Olha como os portões estão tremendo! Mas todos os dias morre gente lá na terra. Ou seja, todos os dias ganhamos novos vizinhos. - grita Hebe.
De repente, eles observam manifestações contra Bolsonaro e demonstrações de carinho para o mesmo. Em seguida, a jornalista Graça Araujo, que chegou recentemente ao local, conta que Bolsonaro está se recuperando e até já fez, nos dedos, um sinal de arma. Ao ver a foto que estava circulando na céunet, Marielle pergunta:
- Será que foi ele quem me matou?
Hebe Camargo diz que sim e Castelo Branco intervém:
- Se Bolsonaro vem morar com a gente ou não, só o nosso presidente Deus é quem poderá dizer. Por enquanto ele está lá na terra, se recuperando da facada.
#Narrativa
#Blog
#Meme
#Bolsonaro
#MarielleFranco
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ADEUS

Manhã de domingo. O Sol obrigou boa parte das pessoas a passarem o dia na praia. Outras preferiram almoçar num restaurante ou dar uma volta no parque. Algumas preferiram passar uma manhã de domingo ensolarado no museu. Uma destas pessoas é Adriana. Nordestina, 19 anos, filha de família simples, se mudou para o Rio de Janeiro a fim de conseguir um emprego melhor. A paraibana acordou de bom humor, algo que era bem raro de se ver. A garota tinha combinado com alguns de seus amigos para irem ao Museu, porém ela foi a única que arranjou coragem e tempo para ir àquela hora da matina. Não se podia medir tamanha felicidade da jovem. Ela que tinha acabado de sair da escola pública onde estudava no sertão da Paraíba, adorava história e tudo que envolvia o passado. Sendo assim, o Museu era um dos seus lugares favoritos. O que ela não sabia é que esta não seria mais uma visita comum.
A caminho do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, a moça encontrou, na rua, um tatuador ambulante, cujo nome era Ginaldo. Ele tinha 24 anos e frequentou a escola até o 1° ano do Ensino Fundamental. Abandonou o colégio para trabalhar com os pais, os quais precisavam de ajuda no sustento da família. Hoje, vê o talento de tatuar pessoas como forma de garantir o pão de cada dia. Ao passar pela calçada onde estava o tatuador, Adriana para e conversa com ele:
- Olá, tudo bem?
- Oi! Tudo! Quer fazer uma tatuagem? – responde o tatuador.
Surpresa com a adivinhação do rapaz, a garota diz:
- Nossa, estava querendo sim. Fiquei um pouco na dúvida se faria ou não faria, mas já que você perguntou... Quero sim!
Após receber uma resposta afirmativa, o tatuador fez propaganda do seu material super flash, o qual não exigia da pessoa cuidados especiais, pois em menos de 10 minutos a tatuagem ficava pronta para ser exposta. Encantada, Adriana fala:
- Eu quero uma nas costas. Escreva a palavra Família.
O trabalhador obedece o pedido da jovem e tatua o corpo dela. No entanto, escreve a palavra “Familha”, achando que está correta. Por ser uma tatuagem nas costas, Adriana não conseguiu observar. Feito o trabalho, a moça pagou o tatuador e continuou caminhando em direção ao Museu. Ao chegar lá, fica encantada com a linda estrutura do local. Nesse momento, é surpreendida por um guia, que logo se apresenta:
- Olá, turista! Me chamo Horácio e sou guia na cidade. Posso acompanhá-la?
Surpresa com a abordagem do rapaz, Adriana solta:
- Como sabe que sou turista?
O guia responde:
- Pela sua cara! Seus olhos brilharam quando você pisou aqui.
Ao perceber a curiosidade de Horácio, a garota fala:
- É, sou turista mesmo. No mês passado dei adeus a minha família que mora no sertão da Paraíba e resolvi morar no Rio de Janeiro para melhorar de vida. Mas ainda sinto muita falta dos meus pais e dos meus 12 irmãos, sabe?
- Do... Doze irmãos? – pergunta o guia, surpreso com a quantidade de irmãos que a moça tinha.
- Sim, qual o problema? Você também não tem irmão? – indaga Adriana.
Horácio diz que possui irmãos, mas apenas 2.
- Que bom! Eu amo tanto meus pais e meus irmãos, que resolvi fazer esta tatuagem, olha. – fala Adriana, virando-se para o guia turístico e mostrando a tatuagem.
O rapaz fica sem acreditar no que viu e fala que gostou muito da tatuagem. Os dois começam o passeio pelo Museu. Adriana se encanta com diversas obras raríssimas e se sente confortável com a boa vontade do guia, que não media esforços para explicar a origem e as curiosidades de cada peça do Museu. Em um ambiente, a jornalista Sandra Annenberg, acompanhada do esposo William Bonner, também jornalista, visitavam o Museu. Fã do trabalho dos dois, Adriana os aborda:
- Sandra, William, posso tirar uma foto com vocês? Amo o trabalho de vocês!
Os dois aceitam e posam para uma foto com a fã. Feliz com o acontecimento, Adriana se empolga e sem querer se desequilibra. Imediatamente, Sandra e Bonner a seguram. Ao segurá-la, Sandra observa a tatuagem dela, se assusta e diz:
- O que é isso? Que deselegante!
- Assassinou a língua portuguesa! – solta Bonner.
Sem entender, Adriana pergunta o que está acontecendo. Sandra e Bonner desconversam. Nesse momento, a apresentadora Fátima Bernardes aparece no Museu e ataca o casal de jornalistas. Inconformada com o término do relacionamento com Willian Bonner, ela xinga os dois. Em seguida, Sandra e Fátima saem no tapa e ninguém intervém. Bonner ri da situação e filma com o seu aparelho celular. Insatisfeita com o que estava vendo, Adriana tenta separar as duas, mas sem sucesso. De repente, a escultura de um dragão ganha vida e, irritada com a briga, cospe fogo. O fogo logo queima as cortinas do Museu e se espalha pelo ambiente, deixando todos apavorados. Os visitantes correm para o lado de fora do Museu. Durante a correria, Willian Bonner grita:
- Onde está você, Fátima Bernardes?
Sandra Annenberg escute e diz:
- Tentando marcar um Encontro com a Fátima Bernardes enquanto corremos risco de vida? Que deselegante!
Em menos de 5 minutos o prédio estava em chamas. Milhares de obras foram destruídas. No estacionamento do Museu, a polícia fez questão de ouvir os depoimentos dos visitantes que estavam na área interna antes do incêndio. A primeira pessoa escolhida para ser ouvida foi a paraibana Adriana, que estava de costas para os policiais, assustada com a quantidade de curiosos aglomerados no lado de fora do Museu. Ao ver a tatuagem da moça, o policial grita:
- Achei a pessoa responsável pelo incêndio, gente!
Sem entender, ela pergunta o que fez. O policial responde:
- Por sua causa, a sociedade dará adeus à língua portuguesa. Por sua causa, a sociedade dará adeus ao Museu Nacional. Por sua causa, sua familia dará adeus a você! Adeus!
O policial algema a cidadã e a coloca no camburão. No lado de fora do Museu, um dos curiosos era o tatuador Ginaldo, que, após ver a cena da moça sendo presa, gritou:
- Adeus, mundo! Adeus! Nunca vou me perdoar! Adeus!
Todos olham para o rapaz, que se joga na frente de um caminhão do corpo de Bombeiros.
#Narrativa
#Blog
#Superpoliticalizando
#MuseuNacional
#LínguaPortuguesa
REFERÊNCIA: https://br.pinterest.com/pin/512003051367491068/?lp=true
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UBER 5 ESTRELAS

Segunda-feira ensolarada em Salvador, na Bahia. O relógio marcava 8 horas da manhã. Depois de uma semana inteira viajando pelo país fazendo vários shows,a cantora Ivete Sangalo ganhou um dia de folga. Todos os seus funcionários foram dispensados para curtirem o dia de descanso, seu esposo foi trabalhar, seu filho mais velho estava na escola e suas filhas gêmeas foram passar o dia na casa da avó. Assim, Ivete estava sozinha no apartamento. Ao acordar, lembrou que precisava ir ao supermercado fazer as compras do mês. Após tomar banho e se arrumar, a cantora resolveu chamar um uber através do seu aparelho celular. O veículo demorou 45 minutos para chegar, pois o trânsito na capital baiana estava um caos. Ao entrar no uber, Ivete cumprimenta o motorista:
- Bom dia, meu querido!
O motorista responde:
- Bom dia pra quem? Pode me chamar de Frederico.
-Nossa! Acordou com pé esquerdo meu filho?!. Me leve ali na Barra, por gentileza! - responde Ivete.
- Ah, você é aquela cantora ne?! Que o povo gosta... Irene...Arlete?!
- Ivete meu querido! Agora adiante por favor, que eu estou com pressa! - diz a cantora.
Quando o carro cruza a rua, Ivete vê o cantor Léo Santana saindo de um hotel e grita pela janela:
- Meu amigo Léo, chegue aqui que vou te levar comigo para a Barra.
- Meu bem, como você ta? Olhe só, que coisa boa! Vou aproveitar, porque eu estava indo para lá mesmo. E com esse trânsito qualquer ajuda é bem vinda. - responde Léo.
Léo e Ivete não se viam há um bom tempo e não faltava assunto para aqueles dois. No entanto, o motorista que não estava em um dos seus melhores dias, não estava gostando daquela agitação e exclamou: - Misericórdia! Esse trânsito não anda e para compensar preciso suportar este falatório de vocês!
Léo se assusta com a grosseria do motorista e o indaga:
- Mas o que é isso? Que grosso! Ô Ivete, você não conhece um motorista melhor que esse não?! Ninguém merece isso em plena manhã.
Ivete que já tinha notado o jeito ignorante do motorista, afirma a Léo:
- Na verdade só continuei com esse porque estava com pressa e não tinha outro perto da minha área.
- Seu cantorzinho de axé! Se quiser sair e não me importunar mais, eu faço questão de abrir a porta! - grita o motorista. Léo fica revoltado com o atrevimento do homem e não tolera mais um insulto sequer. Ele acaba soltando umas boas verdades para o rapaz:
- Antes de mais nada, tenha respeito! Eu sou um dos maiores cantores do Brasil.
Ivete interrompe e em um tom de brincadeira, diz:
- Um dos maiores, literalmente.
Léo olha para a amiga e solta:
- Poxa, Veveta! Eu estou aqui estressado e você ainda fala isso. Não me deixa mais irritado, por favor.
Ivete pede desculpas a Léo, que volta a falar com o motorista:
- Seu incompetente! Você nem devia estar trabalhando com gente. Imbecil! Com apenas um murro, eu te quebro todo. Não farei isso porque estou com pressa. Ignorante!
Léo se despede de Ivete e abre a porta do carro. Coincidentemente, um táxi está parado logo atrás e ele vai em direção ao veículo. Ao falar com o motorista, percebe que há passageiros. Trata-se do cantor Bell Marques, que estava com os dois filhos, Pipo Marques e Rafa Marques, no banco de trás para levá-los à faculdade. O artista cumprimenta o amigo:
- Fala, Léo, beleza? O que está fazendo aí no meio da rua? Cuidado para não ser atropelado.
Léo conta o que aconteceu no uber e Bell o convida para entrar no táxi. O cantor senta no banco da frente e começa a falar sobre a rotina cansativa de shows. O táxista intervém:
- Por que você está falando de cansaço? Eu trabalho o dia inteiro e ainda participo de manifestações contra a regulamentação do uber, e não reclamo de exaustão.
Envergonhado, Léo diz:
- Nossa, verdade! Desculpa, cara! Não foi minha intenção.
Sem o intuito de criar problemas, o taxista responde:
- De boa, meu rei!
Enquanto isso, no uber, Ivete reclama da demora para chegar ao supermercado, na Barra. O motorista oferece balinhas. Após ingerir uma bala de hortelã, Ivete começa a passar mal.
- Está bem? Mas o que houve? - O motorista se preocupa.
- Não foi nada. Apenas agilize, pois estou aperreada e preciso comprar algumas coisas. Meu armário está quase vazio. - responde a cantora.
O motorista percebe que já passou dos limites e apenas consente. Em meio ao tráfego, ele liga a TV do carro. Logo, descobre que estava acontecendo uma manifestação de taxistas em Salvador, a qual causava, naquele momento, o transtorno no trânsito da capital baiana. Ele percebe que Ivete começa a prestar atenção na reportagem e resolver conversar pacificamente com ela. Ela, que desde o início não tinha ido com cara do tal sujeito, estranha a simpatia do motorista.
- Olha só, você sabe ser educado, não é? Pois trate de ser assim! - exclama a baiana.
Eles finalmente chegam ao destino. Após receber o dinheiro pelo deslocamento, o motorista esclarece as coisas:
- Eu vou ter que pedir desculpas pela minha ignorância no caminho todo. Sei que agi mal, mas você entende como são as coisas não é? O estresse da vida junto com essas manifestações para os motoristas de Uber pararem de rodar é demais. Se não for incômodo, poderia dar cinco estrelas quando for me avaliar no aplicativo e esquecer deste péssimo incidente?
A cantora que já tinha acumulado muita paciência ao longo do caminho, sai do carro e fala de forma debochada:
- Eu não darei as 5 estrelas e ainda sairei do carro bem menininha. Beijos, querido!
#superpoliticalizando
#memes
#uber5estrelas
#narrativa
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JANTAR DESORDENADO
O relógio marcava quase oito horas da noite e não se ouvia nada no Palácio da Alvorada, a não ser sobre o jantar dos políticos. Todos que faziam parte da organização estavam ansiosos e nervosos, inclusive o presidente do Brasil, Michel Temer, idealizador da reunião. Durante toda a semana, este foi o assunto discutido na imprensa e nas ruas. Todo mundo gostaria de participar de um jantar ao lado de figuras importantes, mas somente convidados teriam acesso. O primeiro a chegar, foi o senador por Sergipe, Valadares Filho, acompanhado do seu tio Jackson Barreto. Imediatamente, Michel Temer os recepcionou com um super abraço. Donald Trump foi o último a entrar, afinal, ele era a estrela da noite. Temer não soube disfarçar tamanha alegria e disse: �� - Meu caro amigo, você demorou tanto que pensei que não viesse. - disse ele.
Trump tentando disfarçar aquele clima pesado no ar, arrisca no seu pouco entendimento em português e exclama:
- Ora Temer, tu realmente achou que isso pudesse acontecer? Aqui estou! - com um estranho tom na voz.
Ambos se sentam e começam a colocar os assuntos em dia . Em um certo momento, é servido espaguete e, ao colocar um pouco no prato, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, não perde a oportunidade em comparar Michel Temer com o alimento. Surpreso com a associação, o presidente do Brasil, grita:
- Mas que pouca vergonha, Nicolás! Eu te convido para um jantar na minha residência e você solta uma dessas. Que coisa!
A fim de acalmar a situação, o ex-governador de Sergipe, Jackson Barreto, diz que Temer só estava brincando. Trump se intromete, e diz que Jackson Barreto não tinha nem capacidade para saber sobre o que estavam falando. Por conta do péssimo português de Trump, Jackson fica sem entender. No mesmo momento, Nicolás Maduro se irrita e diz que se Temer não liberar a entrada dos venezuelanos ao Brasil, hipnotizará o político Jair Bolsonaro, para que ele possa atirar em todos. Atônito, Temer solta:
- Por favor, não vamos quebrar este clima amigável do jantar. Depois conversaremos sobre isso. Vamos comer!
De repente, Barack Obama se engasga.
- Viu só o que estão causando? Vamos dar um basta nisso tudo, o jantar foi cancelado! - exclama Temer.
Todos os políticos se assustam, não só pelo término do jantar, mas, contudo pela formalidade e grosseria de Temer. Jackson Barreto rapidamente o indaga.
- Ma...mas Senhor presidente acabamos de iniciar! Nem sequer falamos de política ainda... Acha que viemos de tão longe para isso?!
Temer o olha friamente, sem qualquer compaixão e acena que sim com a cabeça. No entanto, o clima fica tenso demais e todos os convidados vão embora um por um. A única pessoa que não quis sair foi Donald Trump. Ele disse que a comida estava boa demais e que seria um pecado desperdiçá-la. Temer olhou para ele indiferentemente e ficou calado. Depois de se empanturrar de comida, o presidente dos Estados Unidos disse:
- Temer, eu percebi que você ficou nervoso quando Nicolás falou sobre a fronteira entre o Brasil e a Venezuela.
Temer desconversa e Trump diz para ele ficar tranquilo. Ele fala também:
- Eu sei como resolver isso.
Temer pergunta como. Trump responde:
- Construindo um muro, ué. Você não aprende nada comigo mesmo, não é?
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O que sobrou da melhor viagem do ano

Era um belo dia de 12 de junho, e estava no dia da viagem do casal. Marcelo e Laura planejaram por meses. O destino era nada menos, nada mais do que uma cidadezinha do lado que seus parentes moravam. Eles sempre acostumaram a ir de carro, mas um imprevisto os fizeram ter que apelar para aquela velha Kombi guardada em sua garagem. Laura sempre lembrara ao marido dos tais problemas que aquela Kombi enfrentava, mas de alguma forma ele nunca a escutava. Até porque o veículo sempre foi usado como segunda opção.
Durante a viagem, eles perceberam que a Kombi estava precisando de gasolina e decidiram parar em um posto de gasolina, que era na verdade, o único da região. O casal quase nunca assistia televisão, consequentemente era raro estarem informados sobre diversas situações presentes no país.
Ao chegarem no posto, Marcelo logo viu o preço e gritou loucamente:
– Nossa, olha só! Estamos com sorte! É o dia da promoção para colocar 10 litros no tanque!
E Laura, totalmente admirada diz:
– Sim! Não podemos perder, vamos aproveitar!
Entretanto, a alegria dos dois acabou logo. (Alegria essa, sempre fácil de ver quando eles viam uma promoção a frente. Não que eles não tivessem dinheiro, mas gastar não estava nos planos do casal. Que dava tchau até de mãos fechadas.) Quando o frentista os avisou que aquele era o preço de 1 litro para colocar gasolina no veículo.
O frentista, que estava indo comer no seu tempo livre, realmente ficou admirado. Afinal, naquela circunstância qual alma viva sequer não estava sabendo do aumento do preço do combustível e da seguinte paralisação dos caminhões em todo país. O movimento teve tanta repercussão que era difícil encontrar algum lugar que não falasse disso, literalmente.(A dupla só nunca escutou nada sobre isso porque sempre andavam de carro, com o som no volume mais alto.) Mas, Laura e Marcelo, eram um bando de desinformados que quase nunca encostavam em um controle remoto. E não deveriam estar sintonizados as notícias.
Laura que tinha se afogado no refrigerante em casa, precisou ir ao banheiro. E Marcelo continuou a pensar no que realmente deveria fazer. Até que... TCHANRAM! Ele resolve pôr outro tipo de combustível na Kombi. O que ele não sabia era que de fato, aquela Kombi estava com problemas e mudar seu combustível, não parecia uma boa ideia.
O frentista finalmente coloca o álcool no carro. Marcelo vai beber uma água na velha loja de conveniências. Até que sua esposa chega e o pergunta:
– E aí? O que resolveu do carro?
– Eu não pude colocar gasolina com aquele preço absurdo. – disse ele. – Então coloquei álcool.
– O quê? - Laura se apavora. – Você esqueceu da quantidade de problemas que aquele carro tem? Se ele der uma pani, nosso passeio está cancelado!
– Ah! Então era sobre isso que você falava quando citava a Kombi? Eu só escutava até a primeira palavra... Mas relaxa! Já ta tudo bem. Já pedi até para o frentista ligar a Kombi para irmos de uma vez.
E então eles vão em direção a Kombi. Ou o que pelo menos sobrou dela. Lá estava capotada a 2 km mais a frente.
– Viu?! É por isso que não fazemos nenhuma mudança em relação a ela! – exclamou Laura.
O frentista, que atendeu os dois de início, estava em seu horário de almoço assistindo as novas do país. E então ele grita de dentro da loja:
– Olha, que sorte a de vocês! A paralisação acabou de ser suspensa, vocês vão poder voltar a pôr gasolina!
– Seria ótimo se nós ainda tivéssemos uma Kombi. – debocha Laura
– Seria melhor ainda se o preço da gasolina realmente tivesse baixado!
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Photo

ORIGEM
O meme acima surgiu durante a paralisação nacional dos caminhoneiros, os quais protestavam contra o aumento abusivo no preço da gasolina. Diante disso, na internet, muitos usuários se divertiram com a quantidade de imagens lançadas sobre o assunto. Entre elas, o meme do veículo kombi capotado depois de um possível acidente, que faz alusão a um indivíduo morto depois de tomar um susto com o valor do combustível. Em outras palavras, a pessoa que criou o meme relacionou o automóvel com a reação de boa parte da sociedade brasileira depois da elevação no preço da gasolina. Nesse sentido, percebe-se o potencial que uma simples foto tem em gerar repercussão, mesmo em um momento considerado difícil por muitos.
OUTROS EXEMPLOS
O meme da greve dos caminhoneiros obteve muita repercussão. Outro exemplo bastante interessante é o do famoso personagem do Posto Ipiranga, interpretado pelo ator Antônio Duarte, que sempre tinha a resposta na ponta da língua para qualquer informação pedida por alguém na estrada. Mas em meio ao contexto da paralisação dos caminhões e com a falta de combustíveis, ele parece não ter mais soluções para todas as perguntas.
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