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Quando eu cheguei na França o colar que minha mãe me deu em 2022/23 se partiu, assim mesmo no aeroporto, antes mesmo de pisar em terra. Naquele corredorzinho que você não sabe direito em que espaço-tempo você habita. Fiquei triste, mas houve um milagre: porque logo depois eu conheci Ana, que me trouxe em segurança até Villeurbanne.
… eu cheguei pro mato e num aniversário coletivo. Fazia um friozinho de primavera e choveu no domingo, o que me deixou muito satisfeita.
Escovaram meus dentes e eu ri como uma criança. Vi o céu com estrelas e senti o cheiro da lavanda en vraie. Também havia muitos sapos e pouco pássaros. Anoitecia às 22h, o que me deixou confusa. Sem saber em que parte do mundo eu estava, fui seguindo. Fui fluindo e comi crepe no fim da estadia. Escrevi e meditei como alguém que se agarra ao próprio corpo no sentido de se agarrar às bases de uma construção na beira do rio…
Lyon me recebeu grande como ele é. Não me deu bicicleta na primeira semana. Talvez na segunda. Hoje vou levá-la pra reparar.
Cami dorme embaixo do espelho-lua.
Ainda não são 6h. Acordei com vontade de remar no Rhone. Porque em algum lugar do meu coração posso pegar um uber moto, atravessar o Jurunas e ver o sol nascer no Guamá.
Tá quente como Belém e agora é aquele momento em que a cidade não acordou direito e você tem a leve impressão de ser maestro do tempo.
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Acordei com vontade de fazer arroz. É raro eu ter vontade de comer em pratos grandes, por isso desconfio de que estou feliz.
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Obrigada, Parque Lage!
Eu não imaginava, mas nesse dia a minha vida mudou pra sempre. Fotos do Phe 🫶🏼
2024 fez dez anos
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