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Achlys riu com a colocação de Atlas, balançando a cabeça. Talvez sua nova sobriedade tivesse dado a impressão errada de que ele era mais responsável, e a ideia de que alguém acreditava nisso o divertia. Um mês praticamente sóbrio, com apenas duas recaídas — para quem bebia todos os dias, isso já era um progresso.
Ele se permitiu um pequeno momento de satisfação, sabendo que, por menor que fosse, era algo. E agora, até suas recaídas pareciam parte do processo. Quando Atlas insinuou dúvida sobre sua nova postura, Achlys ergueu uma sobrancelha, sem esconder a provocação em seu olhar. "Então me diga," ele começou, o tom irônico. "Como foi que eu acordei na praia hoje de manhã? Falha na matrix?"
𝐪𝐮𝐚𝐧𝐝𝐨: manhã seguinte ao luau. 𝐬𝐭𝐚𝐫𝐭𝐞𝐫 𝐚𝐛𝐞𝐫𝐭𝐚 ☽ … ❝Atlas não tinha costume de consumir bebidas alcóolicas. Até deixava guardado em Eous uma garrafa de vinho, mas era a mesma garrafa em meses. Meio copo era o máximo que conseguia beber antes de começar a ficar enjoado e ter alguns sinais de intoxicação. Quando pegou o prato e a primeira coisa que veio em mente foi Yutao, tinha a sensação exata do que aparecia no prato, e estar certo o fez soltar um xingamento baixo. Haejangguk, uma sopa coreana específica que vez ou outra via o pai comendo; uma das únicas receitas que viu Zion se esforçar muito pra aprender. De novo, Atlas nunca foi se embebedar, como também não se via como uma pessoa escandalosa quando bêbada, muito pelo contrário. Atlas entrava em um estado de contemplação, e as chances das coisas que aconteciam nunca mais saírem da sua cabeça, em um sentido literal, eram preocupantes. Responder perguntas de pessoas que acabaram sim ficando bêbadas e fazendo coisas era parte engraçado e parte desanimador. " Não, @, ninguém fez isso, e muito menos você, pode ficar tranquile. "

ou manda um OI para um inter no luau (0/1) ou inter aleatória/plot :D
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FLASHBACK
Achlys reconheceu no olhar dela o mesmo vazio que via em si mesmo, refletido no espelho. E, em seu âmago, sentia uma profunda tristeza por ela. Era horrível o que o mundo fazia com pessoas como eles—moendo seus sonhos, paixões, tudo o que os tornava humanos. Aquilo era um dos muitos motivos pelos quais odiava o acampamento. Em Nova Iorque, ao menos, ele conseguia se sentir humano; ali, no acampamento, era apenas um peão nas mãos de seu pai. Isso só acrescentava à lista de ressentimentos que carregava contra Tanatos, uma lista já extensa.
Ele riu com a resposta dela, previsível, algo que ele próprio faria. Simplesmente assentiu, sem grandes palavras. Achlys nunca fora bom em afirmações e, honestamente, não acreditava que qualquer coisa que dissesse faria alguma diferença.
Quando riu novamente, não foi porque as palavras dela eram engraçadas, mas porque ele conhecia aquele sentimento. Tinha mentido para si mesmo, fingindo que nada o afetava, por tanto tempo… até que a morte de seu meio-irmão Flynn o quebrou por completo. Se o inferno existisse, Achlys sabia que queimaria lá por tudo o que fizera a Flynn—e agora, jamais teria a chance de se desculpar. Todos morriam, e, lentamente, Achlys se via mais e mais sozinho. Os deuses sabiam que a solidão o aterrorizava mais que o próprio inferno, pois, ao menos lá, ele não teria que sofrer sozinho. Na vida, porém, estava sempre sozinho.
"A água sempre bate na bunda," ele murmurou, concordando com ela. Não importava quanto tentasse se anestesiar ou fugir, a dor o alcançava de qualquer forma. "Indiferença não ajuda. It's fucking overrated." Agora, sem o entorpecimento, sua alma parecia clamar por qualquer sensação—até mesmo formas diferentes da dor.
Ele assentiu em agradecimento silencioso, sabendo que sua antiga companheira de copos já o havia visto bêbado antes. Não era algo de que se orgulhava, mas, naquele momento, estava claro que não era só a bebida que o quebrava. Ele estava em pedaços, e o cantil em suas mãos era uma tentativa desesperada de se anestesiar. Ele queria sentir, desejava isso com todo o seu ser, mas, quando finalmente sentia, parecia sempre ser demais. "A não enlouquecer," brindou, antes de tomar mais um gole. O efeito vinha rápido, sua resistência já baixa, mas o alívio não era completo. Não era suficiente.
No fundo de sua mente, uma ideia terrível se formava. Sabia que sequer deveria considerar aquilo, mas enquanto sentia o toque de Maya, tudo o que queria era mais—mais de seu toque, mais de seu calor, mais de seu conforto. Uma de suas mãos, hesitante, acariciou a dela, seus olhos presos nos dela, lutando internamente. Ele sabia exatamente onde queria afundar suas dores.
"Should I?" ele sussurrou, a pergunta mais para si mesmo do que para ela. Estava cansado da dor, precisava de algo diferente. Repousou uma mão na nuca de Maya enquanto a outra deslizou pelo pescoço dela, segurando-o suavemente. Sua mente oscilava entre a vontade de devorar seus lábios e o impulso de colocar distância entre eles, tentando resistir ao que seu corpo desejava. "Fuck, Maya," ele murmurou, a voz baixa e cheia de angústia. "Tell me to walk away."
flashback
Infelizmente, não era dessa forma que a Martínez pensava, e também não era de hoje. Durante a vida inteira, se tinha um pensamento recorrente na mente de Maya, era justamente o questionamento de que tinha algo de errado com ela, só isso justificava não parar em um lar adotivo, por exemplo. Depois que se descobriu semideusa, pensou que era isso então, que finalmente as coisas se encaixariam em seu lugar. Mas estava enganada, quanto mais tempo passava no acampamento, mais percebia que também não pertencia ali, não tinha aquele senso de irmandade que a maioria compartilhava. "Vamos apenas concordar em discordar.", limitou-se na resposta, um sorriso curto sendo direcionado ao mais velho, antes que se dissolvesse para que os lábios fossem ocupados pela boca da garrafa.
Assentiu as palavras dele, sem saber muito como rebater a informação, ela era péssima em demonstrações de afeto, mas sentia o mesmo por Achlys, aquele conforto de estar na presença de alguém que a aceitava exatamente como era, que não julgava seus atos como se fossem sempre falhos, ou coisa assim. "Vou fazer o possível para não fingir, pelo menos não com você. Os últimos acontecimentos não me afetaram tanto assim.", e ela sabia que era egoísmo, principalmente com ele que havia perdido um irmão, "Consegui passar por tudo com o mínimo de indiferença. Mas uma hora a água bate na bunda. Não é assim que dizem?", não importava, ela apenas tinha descoberto que não era tão impenetrável assim, suas barreiras começavam a ruir, deixando-a cada vez mais desconfortável.
"Não estou aqui para julgá-lo, querido.", também não tinha moral para fazê-lo. O máximo que poderia e que faria, era garantir que alguns limites não fossem ultrapassados, pois se importava com ele. Passaria o restante da madrugada ao seu lado, se fosse preciso, arrancaria o cantil de suas mãos se ele teimasse em continuar, mas não o julgaria por buscar um ponto de paz no meio do vício, ou algo que amenizasse a dor que o corria por dentro. Assentiu as palavras que se seguiram, tomando seu tempo para absorver o que lhe era compartilhado: pouco, mas não precisava cavar os detalhes, questionar o que o deixava a ponto de enlouquecer, pois já não estavam todos assim? A mão repousou sobre a dele que segurava o cantil, o polegar deslizando na pele, num afago singelo ao que o olhar buscava as íris do mais velho. "Está tudo bem, podemos não enlouquecer juntos.".
Naqueles poucos segundos de troca mutua de carinho, Maya permitiu-se abraçar o silêncio e só apreciar o afago do outro, ao mesmo tempo que seguia, agora deslizando os dedos pelo braço dele, alcançando uma nova camada de pele sempre que descia e subia outra vez. Um suspiro rompeu os lábios e, consequentemente, o silêncio da Martínez. O olhar ainda se prendia ao dele, seu olhar baixo e entristecido. "Posso? Então me diga como, Achlys.", as palavras proferidas num tom tão baixo, que assemelhavam-se a um murmúrio.
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FLASHBACK
"Não espero nada," Achlys retrucou rapidamente, a língua afiada como de costume. Era engraçado para ele quem havia se tornado com o tempo—toda aquela confiança e arrogância estavam a anos-luz de distância do menino introspectivo que um dia fora. Aquele garoto ainda vivia em algum canto da mente dele, mas agora só surgia em momentos raros, como esse, onde Achlys fazia um esforço para ajudar alguém. O menino de antes tentara desesperadamente salvar sua mãe, mas, ao falhar, a semente de ódio e autodestruição cresceu dentro dele. Hoje, Achlys se via como alguém que destruía tudo o que tocava, mas não dessa vez. Pelo menos, podia ajudar com os joelhos da semideusa.
"Voluntário?" Ele riu suavemente enquanto pegava o frasco de soro e começava a lavar gentilmente os joelhos de Antonia. Sabia que, por mais cuidadoso que fosse, ainda seria desconfortável. "Não sou voluntário. Precisaria me importar mais para trabalhar de graça." A verdade é que, há anos, Achlys havia se distanciado de qualquer responsabilidade ou comprometimento. Ele não se prontificava a ajudar ninguém por nada, talvez por isso se sentisse tão apático, tão morto por dentro.
"Se acostumar com a dor não é uma má ideia quando se é semideus," comentou com a familiaridade de quem já aceitava a dor como parte inevitável da vida. Ele próprio não a temia. "Não sou nenhum profissional…" continuou, enquanto terminava o curativo do primeiro joelho. Tinha mais prática em tratar ferimentos do que gostaria de admitir—tendências herdadas de sua mãe, que o haviam tornado muito mais familiarizado com a dor do que com o conforto. "Mas tenho a impressão que está tudo certo. Talvez só passe algo neles depois pra cicatrização. You're all set."
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀[ flashback ]
não deveria estar fazendo graça em momentos como aquele, mas antonia transitava entre os mistos de sentimentos que a consumiam naquele momento.⠀⠀"⠀⠀então não espere que eu diga isso novamente.⠀⠀"⠀⠀lançou antonia, brincando. ele parecia estar bem intencionando em ajudar antonia e ela queria ser ajudada sem ser julgada, porque já teria que arcar com mais tarde. era muito para uma noite mas manter o bom humor com ele era quase automático. não o conhecia tão bem, mas já haviam conversado poucas vezes. largou sua gaze quando ele parecia estar melhor avaliando as feridas nos joelhos. eram fundas mas não o suficiente que a fizessem precisar de pontos, ao menos era o que ela esperava. assentiu quando ele a respondeu, mas também agradeceu silenciosamente. ⠀⠀"⠀⠀é voluntário há muito tempo?⠀⠀"⠀⠀indagou, pensando em mudar um pouco de assunto. ela era péssima em fazer aquilo, mas estava se esforçando. manou a cabeça.⠀⠀"⠀⠀na verdade, sim. mas acho que acostumei com a queimação dos cortes que só sinto se tento me mexer.⠀⠀"⠀⠀entregou um frasco de soro que estava ao seu lado e estendeu na direção dele. ⠀⠀"⠀⠀você acha que eu já vou poder voltar para meu chalé hoje mesmo?⠀⠀"
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"Se reclamar ou pechinchar, vai ter que pagar dez. Juros, sabe como é, né?" Achlys disse, cinicamente, enquanto sentia a camisa ser jogada contra seu rosto. Ele tirou o tecido e riu, sua atenção agora totalmente focada em Alina. "Eu já ia te perguntar de onde você tirou essa camisa. Tava procurando por ela." Claro, fazia sentido. Ele era um visitante frequente no chalé de Nyx.
Achlys a observou de cima a baixo antes de cruzar os braços, inclinando a cabeça de lado com um sorriso provocador. "E não fale sobre meu namorado, a não ser que queira tomar o lugar dele. É isso que quer, Alina?" Algo lhe dizia que Alina preferiria beber o oceano com um canudo a ter qualquer coisa a ver com ele, e isso, de certa forma, a tornava ainda mais interessante. Ele apreciava a sagacidade dela em silêncio.
"Eu espero que você não esteja falando em jogar meu namorado de um penhasco, porque, se for, vou ter que fazer uma oferenda pro Hades," zombou, mas, no fundo, todos sabiam o quanto Achlys protegia Aleksei. O filho de Nyx era uma das poucas pessoas que ele realmente estimava. Ele então inclinou-se um pouco para frente, com um brilho malicioso nos olhos. "Sabe, Alina, eu tava aqui me perguntando… De onde vem esse ódio todo? Minha mãe sempre me disse que ódio é sinal de amor reprimido."

Frequentemente Alina ia ao chalé de Thanatos para encontrar Josh antes das caminhadas noturnas, mas naquela noite em questão, buscava por outro filho do deus da morte que parecia estar esperando por ela no momento em que ela colocou os pés dentro do chalé. "Cinco dracmas, é?" Lançou um olhar fulminatne a Achlys e logo enfiou a mão dentro da bolsa, retirando dali uma camisa que ela sabia pertencer a ele e a atirou diretamente em seu rosto. "Meu pagamento vai ser jogar essas coisas que você anda deixando espalhadas pelo chalé de Nyx depois de visitar seu namorado bem no meio dessa sua cara de pau." Devido a amizade que ele nutria com o irmão, Achlys era uma presença constante no chalé, e assim como os irmãos, não era um alguém lá muito organizado. "Juro que se colocar você e o Maria Fumaça não tem como decidir quem dá mais vontade de empurrar da colina."
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@nyctophiliesblog
Quando não tinha nada para fazer e o tédio tomava conta de sua mente, Achlys sempre recorria ao mesmo remédio: atazanar a paciência de alguém. Naquela noite, sentia como se o universo estivesse lhe dando um sinal assim que viu a filha de Nyx adentrar o chalé de Thanatos. Levantou-se de sua poltrona e caminhou até ficar mais próximo de Alina, mas mantendo uma distância segura. Como quem não quer nada, recostou-se na parede e cruzou os braços.
"Essas são horas?" perguntou com um tom provocador, uma pitada de humor na voz. "Este chalé não é a casa da mãe Joana, não." Era no mínimo cômico ouvir isso vindo dele, que frequentava o chalé de Nyx tanto ou mais que a outra, sempre atrás de Aleksei, seu melhor amigo. Ele ergueu uma sobrancelha, e estendeu a mão. "Cinco dracmas, pode passar. Isso aqui não é albergue, não."
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FLASHBACK
"Não há absolutamente nada de errado com você, Maya," disse Achlys com firmeza, acreditando profundamente nessas palavras. Ele entendia o que era sentir-se tão danificado que a ideia de redenção parecia inalcançável. Ele sabia o tipo de destino que o aguardava na morte e já havia feito as pazes com isso; com o inferno. Mas Maya não era como ele, e ele admirava isso nela.
"Você não precisa fingir comigo, pelo menos. Eu não diria isso pra maioria desse acampamento, porque, honestamente, não me importo com a resposta. Mas se pergunto a você, é porque quero saber." Ele deu de ombros, deixando claro que suas ações não eram movidas por educação ou cortesia. Na maior parte do tempo, ele fazia questão de ser grosso e criar o maior número possível de inimizades.
Quando sentiu o olhar dela repousar sobre seu cantil, a culpa o atingiu. Ele não estava orgulhoso de estar bebendo, mas tudo parecia demais—ele sentia demais, sofria demais, e precisava de alguns minutos de paz, mesmo que essa paz fosse falsa. E ele sabia que era falsa. "Só por hoje, entende?" A tristeza em seus olhos escuros não lhe permitia mentir. Achlys sentia que seu coração estava partido em tantos pedaços que mal sabia como começar a reconstruí-lo. Após tanto tempo anestesiado, sua alma clamava por sentir—qualquer coisa, até mesmo a dor que o consumia. "Não é... Não deveria, e amanhã não vou beber, mas hoje é diferente, eu preciso... se não quiser enlouquecer." Ele quase sussurrou a última frase, envergonhado de admitir aquilo em voz alta.
Ele conhecia aquele sentimento muito bem, e talvez por isso, mesmo hesitante, Achlys tocou as costas dela, acariciando-a suavemente. Odiava ver que ela estava se sentindo da mesma forma que ele. Puxou-a para um abraço de lado, tentando oferecer algum conforto. "Sentir não é o problema, Maya. O problema é o que você está sentindo, e isso é algo que você pode mudar." Ao menos, era o que Achlys estava tentando fazer, mesmo que através do álcool.
Diante o elogio trocado, a Martínez apenas se limitou a um sorriso igualmente gentil. "Não posso dizer que sempre odiei o lugar, mas o conceito, os deuses e o babaca que me deixou apodrecer por anos sem saber o que tinha de errado comigo.", obvio que se referia a Anteros, o problema com a divindade nunca foi escondido dos outros, pelo contrário, falava aos quatro ventos sobre, mas não queria encher os ouvidos de Achlys com aquilo. Virou-se minimamente no sentido dele, estudando sua expressão enquanto respondia ao questionamento dela, e algo simplesmente não parecia encaixar entre a resposta verbal e aquilo que seu rosto tentava esconder. "Nunca está, a diferença é que tem dias que eu consigo fingir um pouco melhor.", replicou ao dar de ombros. "Eu só quero que esse circo acabe, ou peguei fogo de uma vez. Não aguento mais tanta tensão.", completou num desabafo, mirando o cantil que ele estendia em sua direção com um sutil arquear de sobrancelha.
"Achei que tivesse parado.", comentou sem querer soar como uma critica. Conseguia entender que alguns vícios eram mais fortes que outros, que o álcool oferecia uma saída necessária naquele momento, mas ainda se preocupava com o que isso poderia desencadear em Achlys. Suspirou, tirando de trás do corpo a garrafa que tinha escondido. "Achei tanto que coloquei isso aqui atrás, pensando que talvez não fosse tão ideal assim beber na sua frente.", comentou com um riso fraco, encostando a garrafa no cantil de outrem, como num brinde que antecedeu o movimento de levá-la até os lábios para um longo gole. E ela estava precisando daquele gole.
"Eu só não queria sentir, sabe?", era uma questão retórica, pois se tinha alguém que conseguia entender suas meias palavras, esse alguém era ele. Desde que aquela maldita fenda se abriu, que a ameaça de um traidor começou a se tornar algo concreto, que Maya simplesmente não conseguia não se deixar atingir pelos problemas do acampamento, e ela sempre foi tão boa em não se atingir por todo aquele caos. "As coisas eram mais simples quando eu só tinha que treinar e passar o resto do dia fazendo qualquer coisa como um fantasma por aqui, sem ser notada, ou sem essa merda toda respingar em mim.".
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FLASHBACK
Achlys riu ao ouvir as palavras dela, achando estranho estar certo, já que, por conta de suas tendências e ações, raramente ouvia algo assim. "Acho que você é a primeira pessoa do mundo a dizer isso," disse com leveza, sem mágoa, pois sabia que muitas de suas ações estavam longe de serem corretas. Mas agora, mesmo com suas boas intenções, ele não podia consertar o passado, mas talvez pudesse mudar o futuro, e por ora, isso era o suficiente.
Abaixou-se, ficando de joelhos, para visualizar melhor a ferida. Estaria mentindo se dissesse que não estava curioso sobre como ela havia se cortado daquele jeito, mas respeitou o espaço dela. "Não é da minha conta," deixou claro, não julgando e sem necessidade de saber os motivos, apenas queria ajudar. Focar toda sua atenção no curativo parecia mais gratificante do que continuar preso em sua mente, oferecendo uma distração necessária.
"Está doendo muito?" perguntou, limpando o ferimento com delicadeza, tentando não causar mais dor. "Soro? Álcool? Tem alguma coisa pra gente lavar?" Sabia que não seria indolor, mas era necessário para evitar complicações.
aceitar ajudava era como concordar que ela não conseguiria fazer sozinha e, para a filha de atena, quase uma ofensa profunda. apesar da dor e de como debilitava estava, já havia passado por alguns episódios parecidos antes. seriam semanas até a pele cicatrizar por completo, considerando a camada que havia perfurado, após mais umas semanas até não haver cicatriz alguma, caso tivesse sorte. poderia pedir uma poção aos curandeiros para esconder as cicatrizes, mas gostava de se lembrar como e porque havia as adquirido quase deu uma risada ao ouvi-lo mencionar sobre os demais feridos, não porque achou engraçado, mas os afetados eram tantos que haviam virado um grupo. ⠀⠀"⠀⠀claro, você está certo.⠀⠀"⠀⠀estendeu a mão com a gaze na direção dele, dando de ombros. antonia tinha uma percepção de como havia chego ao local, a última coisa que lembrava-se era o seu soluço constante e a voz de ian a chamando e nada daquilo era bom.⠀⠀"⠀⠀eu não queria me machucar. não assim.⠀⠀"⠀⠀afirmou, um pouco envergonhada. os sinais de penitência auto infligida eram quase imperceptiveis, fazia o favor de esconder bem.
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Death by Casey
#tô devendo mais que político após eleição tô devendo chat e interações me perdoem#até ask eu tô devendo sos#eu preciso ir numa sessão do descarrego amanhã vou entrar mais cedo e terminar as respostas#Pfvr não desistam de mim tô dando meu melhor e vou responder tudo asap me desculpem
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🧸 - Does your muse own any sentimental objects from their past? What makes it/them so special?
O travesseiro mais encardido do Acampamento Meio-Sangue pertence a ninguém menos que Achlys Whitlock. Ele tem o travesseiro desde os seis anos de idade (não importa quantas vezes o lave, ele sempre fica amarelo), junto com seu ursinho de pelúcia, Sr. Cookies, que ganhou quando ainda era bebê. Achlys odeia admitir, mas não consegue dormir sozinho. Se estiver dormindo com alguém, ele esconde o Sr. Cookies no fundo de sua gaveta de cuecas, mas quando tudo fica escuro e o semideus precisa abraçar algo, é o Sr. Cookies que volta a ser seu companheiro de sono quando a cama do filho de Thanatos esta vazia. Achlys tem alguns problemas de apego por conta de sua infância, e talvez porque ambos o confortavam tanto quando criança, hoje, como adulto, o semideus provavelmente choraria se tivesse que se desfazer de qualquer um dos dois. Ninguém sabe sobre isso.
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who was the one family member your muse always looked up to, if any?
Como qualquer criança Achlys sempre olhou para a mãe, indepentemente dos erros da mesma, era necessario até mesmo para sua sobrevivência que de aguma forma se conectasse com ela. existem coisas de Anne que eram belas, mesmo que o tempo tenha apagado a maior parte dos seus bons traços, Achlys vê na mãe um exemplo de exatamente do que espera nunca se tornar.
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hc + 🐈 for a pet/animal-themed headcanon
Embora negue piamente, Achlys adora animais. Quando era criança, um tio distante de segundo grau lhe deu um rato de presente de aniversário, já que o menino não tinha nenhum amigo. Achlys nomeou o rato como Peste Bubônica, e para a infelicidade de sua mãe, o rato viveu por quatro longos anos. Achlys o treinou e ensinou jogos como pega-pega e esconde-esconde. Após a morte do rato por velhice, Achlys resgatou um coelho que nomeou de Mr. Waffles. Esse foi seu companheiro dos 14 até os 26 anos de idade. Após a morte do coelho, Achlys decidiu não ter mais nenhum animal, pois não suportaria o peso de perder novamente algo que amava.
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🎄 CHRISTMAS TREE — what is your oc's favorite holiday?
Achlys odeia feriados em geral, pois eles sempre o lembram de quão disfuncional sua família era. Ele nunca recebeu presentes de Natal ou Páscoa e nunca comemorou nada além do Halloween, quando criava suas próprias fantasias na infância. Nunca foi a pessoa mais coordenada, então optava por fantasias simples, como um fantasma de lençol ou um robô feito de caixas. Vale destacar que o problema nunca foi dinheiro; Achlys é herdeiro e nunca teve dificuldades financeiras. O verdadeiro problema era a negligência de sua mãe, que só se importava com sua própria imagem. Portanto, se tivesse que escolher, Achlys provavelmente optaria pelo Halloween, já que foi o único feriado que conseguiu aproveitar vez ou outra quando criança.
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VICTORIA JUSTICE & CASEY DEIDRICK
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Achlys balançava o cantil de vinho nas mãos, os olhos fixos no líquido que refletia as luzes ao redor. Ele sabia que estava se rendendo ao antigo vício, mas a dor era tão constante e esmagadora que ele não conseguia resistir. Cada gole oferecia um breve alívio, uma fuga temporária da realidade que parecia o aprisionar em um ciclo interminável de autossabotagem e destruição. A sobriedade, algo que ele tanto desejava alcançar, parecia mais distante a cada segundo. Estava consciente de que, se não parasse, acabaria caindo de novo no poço escuro do alcoolismo. Mas a verdade era que ele não tinha forças para lutar naquele momento.
O pânico rastejava sob sua pele, uma presença constante e ameaçadora. Ele sabia que estava à beira de outro flashback, e a simples ideia de reviver aquelas memórias aterrorizantes o fazia tremer. Mais um gole de vinho, na tentativa desesperada de adormecer os demônios que o assombravam. Quando finalmente avistou um rosto conhecido, seu coração aliviou um pouco.
"Oh, hello gorgeous!" Achlys cumprimentou, o sorriso tentando disfarçar a dor em seus olhos. Não era um elogio vazio, beleza era algo que não faltava a Maya. Em meio ao caos que se desenrolava, aquele rosto familiar trazia um pouco de conforto, ainda que momentâneo. Ele notou o cansaço no olhar dela, uma expressão que ele reconhecia muito bem. Parecia que todos ao redor estavam exaustos, desgastados. Era um pequeno consolo saber que ele não estava sozinho em sua dor.
"Tem sempre alguma coisa, né? Sempre odiei esse lugar," murmurou, a amargura evidente em sua voz. Ele havia evitado o acampamento sempre que podia, preferindo a caótica liberdade de Nova Iorque ao confinamento que o lugar representava. Mas agora estava preso ali, sem escapatória. Ele levou o cantil aos lábios mais uma vez, tentando engolir a verdade amarga junto com o vinho. "Bem," mentiu, a palavra soando vazia e forçada. "Está tudo bem com você?" perguntou, o tom preocupado, embora sutil. "Esses últimos dias têm sido uma loucura, né? Imagino como as coisas estão lá fora...Quer?" estendeu a mão oferecendo o cantil com vinho.
where: varanda - chalé de Thanatos
with: @tachlys
Já tinha dois dias que tudo tinha acontecido, dois dias que seguiam sem respostas, mas isso não era novidade alguma naquele lugar. Talvez Circe estivesse certa e quando os deuses começassem a abrir suas bocas, as coisas desandariam ainda mais. Era impossível saber ou escolher o que seria melhor. Dois dias, e Maya finalmente tinha sido liberada dos cuidados dos curandeiros, graças a poção de Natalia e todo o restante, podia voltar a circular livremente pelo acampamento. Em mãos, tinha uma garrafa de um blend novo que um dos filhos de Dionísio estava tentando aperfeiçoar. Não era tão ruim quanto esteticamente parecia, descia queimando na garganta, exatamente do jeito que Maya gostava e precisava naquele momento.
Não sabia o quanto tinha andado, não tinha destino definido, a mente parecia um zona cinzenta. Foi quando os olhos repousaram na imagem de Achyls em meio a penumbra. Tinha algo mais filho de Thanatos do que aquilo? Ela não saberia dizer, apenas aproximou-se de qualquer forma. Sabia dos seus problemas com álcool, por isso escondeu a garrafa atrás do corpo. "hey handsome.", anunciou a aproximação, subindo os degraus da varanda do chalé alheio, para acomodar-se ao seu lado. Um longo suspiro foi emitido pelos lábios, expressando o cansaço acumulado dentre os últimos dias. "Sabe, quando cheguei nesse lugar, eu sabia que era perfeito demais para ser verdade.", observou, "anyways.. como você está?"
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ZENDAYA’S ACTING… GIVE HER ALL THE AWARDS
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↝ I cannot bear my sorrow, I hate who I was before and fear I won't live to see the day tomorrow, someone tell me if this is hell? p.o.v. achlys
@silencehq trilha sonorahow can i escape this endless labyrinth of suffering?tw: ptsd/tept, flashbacks, luto, perda, morte.
A noite era um inimigo íntimo de Achlys, um tempo que ele preferia evitar, mas que inevitavelmente o alcançava. O vazio do teto acima dele parecia refletir o abismo que sentia por dentro. Mesmo estando sóbrio, ajudando no acampamento, e treinando até a exaustão, a dor persistia. Ela se infiltrava em seus pensamentos, corroendo-o de dentro para fora.
O álcool era uma antiga companheira, uma fuga temporária que ele conhecia bem, mas sabia que nunca seria suficiente para escapar verdadeiramente. O alívio que trazia era fugaz, e quando a embriaguez passava, a dor parecia ainda mais afiada.
Fechando os olhos, ele não encontrava a paz, mas sim o rosto de Penny, uma lembrança que se recusava a desvanecer. Mais de uma década havia se passado, mas os detalhes permaneciam tão vívidos quanto antes. Penny, a filha de Afrodite, era a única que conhecera o verdadeiro Achlys, o garoto que escondia seu maior segredo, aquele que cometera atos impensáveis para salvar sua mãe. E, ao contrário do que ele sempre temeu, ela não o rejeitou. Ao contrário, ela o acolheu.
A lembrança de seus braços ao redor dele, das mãos dela acariciando seu rosto, e daquelas palavras simples, mas devastadoras, "você é bom, Achlys, eu sei que é" o assombravam. Nunca antes alguém o fizera sentir-se digno, e aquela aceitação foi tanto um bálsamo quanto uma maldição. Penny o conheceu, o viu por inteiro, e mesmo assim o aceitou, o que só tornava a perda mais dolorosa.
Ele sentia falta dela, da forma como os cabelos loiros e indomáveis emolduravam o rosto, dos olhos expressivos escondidos atrás dos óculos, da risada que iluminava até os dias mais sombrios, e dos beijos que carregavam uma ternura que ele nunca mais encontrou. Achlys olhava para as próprias mãos, que tremiam ligeiramente. Como podia ele, acabar destruindo tudo e todos que amava?
In a little while i'll be gone, the moment's already passed, yeah, it's gone and I'm not here.
A culpa e a dor eram companhias constantes para Achlys, sombras que se arrastavam com ele em cada passo. Enquanto estava sentado na cama do chalé, o desespero o tomou por completo, o choro silencioso escapando sem permissão. Seu pé batia nervosamente no chão, uma tentativa inútil de manter o controle sobre uma mente que estava à beira do colapso. A visão turva o levava de volta ao passado, para o dia em que o destino, cruel e impiedoso, arrancou Penny de sua vida de forma brutal.
As palavras que ecoavam em sua mente eram uma maldição. "Eu te amo." Penny morreu logo após dizê-las, e ele, em sua própria loucura, professou seu amor para um corpo sem vida. Aquele dia o havia marcado de forma irreparável, e desde então, as palavras que uma vez carregavam tanto significado foram pronunciadas apenas uma vez mais, para outra pessoa. Mas a culpa, como um parasita, não o deixava esquecer que foi sua própria incapacidade de controlar seus poderes que levou à morte de Penny.
Achlys havia tentado explicar a Quíron o que aconteceu, mas como poderia? Como poderia descrever o horror de sentir a vida da mulher ser drenada pelas próprias mãos, mesmo que acidentalmente? Ele havia tirado a vida de alguém que amava, e isso o perseguiria até o dia de sua morte. Cada vez que tentava se convencer de que poderia ser bom, de que poderia ser diferente, a realidade o lembrava de que ele era um ceifador, que trazia morte onde quer que fosse.
A respiração acelerada, o peito ardendo em dor, eram sensações familiares. Mas o que realmente o aterrorizava era o inevitável retorno àquela noite, quando ele segurou o corpo sem vida de Penny e soluçou em desespero. A lembrança era tão vívida que, por um momento, ele quase acreditava que estava vivendo tudo novamente. Foi Aleksei, seu melhor amigo, que o trouxe de volta à realidade naquele dia. Mas Achlys se perguntava se Aleksei o via como o monstro que ele acreditava ser. Anne, sua mãe, sempre dizia que ele era igual ao pai, e ele começava a acreditar nisso. Talvez sua sina fosse realmente a destruição, a morte.
Tentou trabalhar na respiração, contando de um a dez e de dez a zero, mas nada parecia funcionar. O rosto molhado pelas lágrimas era um lembrete da dor que ele carregava. Sentia-se impotente, preso em um ciclo de autossabotagem do qual não conseguia escapar. O peso da maldição de Afrodite, que parecia apenas confirmar o que ele sempre soube no fundo: seu amor era amaldiçoado, e ele estava condenado a trazer destruição para aqueles que se aproximavam.
Em um esforço desesperado para escapar daquela dor, Achlys decidiu fazer alguns push-ups. Precisava sentir algo, qualquer coisa, que não fosse aquela angústia sufocante. Cada movimento era uma tentativa de focar em algo físico, algo que ele pudesse controlar, algo que não o lembrasse do monstro que acreditava ser. Enquanto seus músculos queimavam com o esforço, ele se concentrava na dor física, uma bem-vinda distração do caos que se desenrolava em sua mente. Mas, mesmo enquanto fazia isso, sabia que a dor emocional estava apenas temporariamente adormecida, pronta para ressurgir assim que ele parasse.
#parece que eu escrevi um monte de coisa desnecessária mas vai ser necessário pra entender a task 3 dele#pov.#quantos mais povs eu consigo escrever até eu deixar ele lelé da cuca?
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