Tumgik
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divxtes-blog · 10 years
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a helping hand. || Matthew&Taylor
ғᴀᴢɪᴀ ᴜᴍ ʙᴏᴍ ᴛᴇᴍᴘᴏ ǫᴜᴇ ᴍᴀᴛᴛʜᴇᴡ ɴãᴏ ᴠɪᴀ ᴀʟɢᴜᴍᴀ ᴄᴏɪsᴀ ᴅᴇ ɪɴᴄᴏᴍᴜᴍ ᴇᴍ ʙʀᴀᴅᴄʟɪғғ. Claro, tirando o evento do ano novo -- o qual resultou em seu pior inimigo contorcendo-se de dor na cama de seu quarto, deixando o americano desesperado e sem saber exatamente o que fazer (mas isso é uma outra história) --, aquela escola andava silenciosa demais para seu gosto. Quer dizer, silenciosa pela sua perspectiva. Sua rotina estava realmente começando a virar uma rotina, no sentido mais puro da palavra, e ele tinha medo de afogar-se em tédio completo -- Matthew era do tipo que odiava desperdiçar dias inteiros fazendo nada. Por isso, quando levantou-se da cama naquele dia, pensou se, por acaso, não poderia acabar alterando algumas de suas próprias probabilidades em uma tentativa de ver se o seu dia não acabava se tornando mais emocionante.
Acabaria por descobrir depois que jamais deveria ter feito aquilo.
Era um fim de tarde relativamente frio aquele de sexta-feira. Os corredores estavam cheios de alunos que estavam aproveitando o final das aulas e do início do fim de semana, conversando alegremente sobre o que fariam dali a pouco. "Festa no meu quarto, meninas!", "Vamos dar um pulo na floresta, por diversão?", "Amor, tenho uma surpresa..." era o que mais ouvia. Blá blá blá blá blá, todos por ali eram tão chatos e comuns. Aparentemente nada ali poderia deixá-lo animado, nada de diferente poderia acontecer, ninguém poderia parar para conversar com ele, todos os seus conhecidos sumiram de sua vista e ninguém era uma boa vítima o suficiente para que pudesse aplicar o seu tão famoso joguinho de sorte e azar. O americano estava ficando entediado (fato que podia ser nitidamente observado pela sua brusca mudança de postura do início de sua caminhada por aquele corredor até o final da mesma -- no começo, estava de cabeça erguida, confiante, animado; no término, de cabeça baixa, olhos cansados, derrotado), e aquilo era algo que ele jamais poderia permitir que acontecesse. O que iria fazer se não conseguisse uma diversão de carne e osso? Ficaria na internet o resto da noite? Montaria e desmontaria castelos de cartas? Brincaria com seus dados até não poder mais?
Não, não, suas probabilidades não poderiam tê-lo decepcionado; elas tinham reservado uma situação inusitada para o moreno. Mas talvez, quem sabe, nem tivesse sido elas mesmo quem tivessem colocado uma garota de cabelos absurdamente alaranjados no caminho do garoto, andando no mesmo sentido, porém, na direção oposta da sua; talvez quem pudesse ser realmente o encarregado de toda essa situação fosse seu velho inimigo karma. Ah, o karma... Até o dia em que Matthew consiga expandir o seu poder ao ponto de controlar essa energia, ele a odiará profundamente.
De qualquer forma, o encontrão que esses dois protagonistas da situação tiveram logo no fim do tal corredor em que ambos andavam por não deveria ter sido inusitado: Matthew e a tal ruiva até então desconhecida apenas estavam distraídos com seus devidos pensamentos e esbarraram um no outro. Contudo, algo a mais acontecera ali, algo que o bilionário não pôde compreender: Quando o toque entre os dois foi feito, juntamente com o contato visual, a garota desmaiou. Como se tivesse levado uma pancada na cabeça, fechou os olhos e estatelou-se no chão. Assustado e sem reação, Matthew ficou olhando para o corpo da garota -- que felizmente ainda respirava -- aos seus pés, piscando diversas vezes. Tudo havia sido rápido demais para que ele pudesse processar. E, quando por fim recuperou-se do choque, pouco tempo depois, ajoelhou-se ao lado dela, com as mãos trêmulas, para que pudesse observá-la melhor: Pele extremamente pálida, fios laranja-berrantes e repicados, feições delicadas; não era alguém que ele conhecia (lembraria-se muito bem daquela cor de cabelo). Olhou ao redor da cena: As pessoas aparentemente não haviam percebido nada do que havia acontecido; para elas, Matthew olhava para apenas uma menina que estava dormindo no chão, nada demais. Qual seria a probabilidade de alguém desmaiar no meio de um corredor e ninguém mais perceber?
Sem querer levantar suspeitas maiores, aproveitou que seu quarto não estava muito longe e tomou a menina nos braços, levando-a para lá -- afinal, já passara uma vez uma noite na enfermaria e, por experiência própria, sabia muito bem o quão ruim eram aquelas macas (e também porque estava curiosíssimo com que havia acontecido; não era burro o suficiente para deixar-se acreditar que aquele desmaio havia sido exatamente inocente -- afinal, foi um encontro de dois mutantes; sabe-se lá o que poderia ter acontecido).
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Demorou um certo tempo para que a garota acordasse; certo tempo esse que foi o suficiente para deixar Matthew ainda mais curioso e intrigado sobre ela e sobre o desmaio. O que diabos havia realmente acontecido ali?
Contudo, ela finalmente acordara, para alegria do moreno. Ao perceber o mínimo movimento por parte da outra, rapidamente inclinou-se em sua direção (estava sentado em uma cadeira posicionada ao lado de sua cama, onde ela estava repousada), abrindo o seu sorriso mais simpático e preocupado de todos -- principalmente naquele tipo de situação, não poderia deixar com que seu disfarce de garoto bonzinho pudesse deixar-se ser corrompido. ❝Bom dia, Bela Adormecida.❞ cumprimentou, brincando, mesmo que sua voz ainda tivesse um quê de preocupação. ❝Está tudo bem com você? Você desmaiou do nada, sabe...❞
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