Tumgik
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divxtes-blog · 10 years
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a variable in the damn game. || Matthew&Hope
ᴍᴀᴛᴛʜᴇᴡ sᴇɴᴛᴇ ᴍᴜɪᴛᴏ ᴏʀɢᴜʟʜᴏ ᴅᴀ ᴍᴀsᴄᴀʀᴀ ǫᴜᴇ ᴄᴏɴsᴇɢᴜɪᴜ ᴍᴏɴᴛᴀʀ ᴘᴀʀᴀ sɪ ᴇᴍ ʙʀᴀᴅᴄʟɪғғ. Talvez nunca mais conseguisse fazer aquilo de novo: Parecer um garoto inofensivo para uma maioria esmagadora -- que jamais perceberia ou pensaria que ele teria traços sociopáticos --, enquanto, apenas para uma minoria extremamente selecionada, mostraria sua real personalidade (sendo que essas pessoas não se tornariam nada mais do que simples passatempos do bilionário; ou, como no raríssimo caso de Eleanor Carter, uma excelente amiga). E, por mais que tenha algumas pessoas dessa minoria que tentam desmascará-lo para as outras, o americano sempre consegue fugir das perguntas indiscretas, dar uma desculpa aqui e ali sobre suas ações, e acabar saindo ileso (dando destaque para o caso com Nathan Braddock -- o maior e melhor inimigo que poderia levar para o resto de sua vida). Seu perfeito disfarce jamais seria reproduzido; não uma segunda vez, não tão bem daquele jeito. Tudo era calculadíssimo nos mínimos detalhes, e era incrível como, usando apenas um mínimo de matemática básica -- e um empurrãozinho do próprio poder --, conseguia prever tudo o que as pessoas fariam. E, assim, seu plano continuava infinita e perfeitamente.
Mas é claro que sempre existem algumas exceções.
Uma delas era Hope Delacour, uma menina que havia conhecido fazia alguns meses. Não que ela fosse alguém especial -- ela só era mais uma das malditas variáveis x e y que costumavam atrapalhar os planos do americano de conseguir fazer as reações das pessoas ao seu redor se encaixarem em uma fórmula perfeita de constantes k. O por quê disso? Simplesmente porque Hope era uma das pessoas que não poderia, de jeito algum, conhecer o seu lado verdadeiro (ela era uma garota que poderia muito bem atrapalhar dois ou três planos do moreno com outras pessoas, e ele sinceramente não queria isso). Porém, ela era aparentemente muito insistente com todas aquelas perguntas sobre sua vida pessoal e aquelas farpas de conotação romântica que os dois trocavam às vezes -- e que Reyes era obrigado a devolver para manter as aparências de um garoto tipicamente normal.
Era nisso que estava pensando quando resolveu sair um pouco de seu quarto (nem sempre passar um dia inteiro conversando com suas cartas era algo saudável), caminhando distraidamente e sem rumo algum pelos limites de Bradcliff, girando os dados vermelhos da sorte nos dedos. E não bastou muito para que visse sua maldita incógnita passeando sozinha pelo pátio aberto, rindo debochadamente ao vê-la; suas probabilidades talvez estivessem pregando uma pegadinha nele, não era possível. Lá estava ela, física e metafisicamente (em seus pensamentos, no caso): Uma das peças desobedientes de seu joguinho de xadrez interminável. Por fim, o americano suspira, esboçando seu melhor sorriso de garoto simpático, andando até a morena, que, felizmente, encontrava-se de costas para ele -- afinal, é isso o que um bom amigo faria, certo? Cumprimentaria a outra, para que pudessem conversar sobre algo agradável (apenas para ela não ter dúvidas de que Matthew era uma pessoa amigável e inofensiva -- ele repetiria esse processo quantas vezes fosse necessário), e depois os dois iriam embora, cada um seguindo seu próprio caminho, sem desconfianças.
...Certo?
Aproveitou que estava por trás dela para que colocasse ambas as mãos por cima dos olhos de Hope, fazendo com que, assim, ela não visse mais nada -- uma típica brincadeira que combinava muito bem com as agulhadas que os dois trocavam. ❝Adivinha quem é?❞ perguntou, em um tom brincalhão, dando uma curta risada logo em seguida.
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