#— [ 별 ] :: you and i go on a moon tour

[ssibyeol]

— THIS IS AN OPEN STARTER !

Byeol estava em um canto do apartamento de Jihoon com um copo de cerveja na mão. Observava as pessoas com alguns acessórios e pinturas de neon e sorria de lado, contente por estar em um cantinho escuro sem o mínimo de resquício de pintura, estava bem assim. Observava, sem deixar de sorrir, as pessoas conhecidas e desconhecidas, os rostos familiares e os mais do que familiares: os das pessoas que ela adorava. Byeol se sentia completa por estar de volta, mesmo sabendo que tinha muito trabalho pela frente e que era alguém diferente agora. Suspirou baixinho, não queria pensar nas reformas que precisava fazer em seu apartamento (agora próprio!) para que se tornasse mais confortável e menos perigoso, não queria pensar nas conversas que precisava ter com as pessoas que deixou para trás sem se despedir e as que machucou de alguma forma, não queria pensar nos rostos bonitos que teria que encarar com culpa. Byeol preferia não pensar em nada disso, pelo menos por enquanto. Deu um gole demorado em sua cerveja, soltando um palavrão por ter ficado tempo demais observando os arredores e esquecer de beber. A cerveja estava quente e, diferente da maioria das pessoas que conhecia, ela odiava cerveja quente. Se virou para ir em direção a mesa de bebidas, talvez experimentar algo novo, pensou, mas no instante em que se virou, bateu de frente com alguém, amassando o copo vermelho entre os corpos e entornando a cerveja em si e na pessoa a sua frente. "Caralho!", praguejou, a feição preocupada. "Me desculpa!", ergueu as mãos na direção de muse, preocupada. "Porra, me desculpa mesmo, eu não prestei atenção! Tô toda molhada de cerveja também, que merda!", praguejou mais uma vez e então fitou muse. "Vou pegar uma toalha pra gente, ok? Deve ter alguma no banheiro, né?", perguntou na esperança de que muse soubesse respondê-la.

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inspiration: ser cobaia da culinária duvidosa de byeol.

Byeol suspirou e colocou as mãos na cintura, o avental com a frase got it, chef! e com o rostinho em desenho de jeremy allen white parecia até uma piada de mal gosto diante os pratos apresentados. Ela olhou para @choimiyoung, sua companhia da noite, e suspirou. Nem mesmo se deu ao trabalho de explicar os pratos ou o que tinha feito. "Ta, eu tô oficialmente adiando minha promessa pra daqui a dois anos até lá aprendo a cozinhar e faço um jantar decente pra gente", umedeceu os lábios e a encarou. "Onde você quer comer? É por minha conta", falou séria e retirou o avental, incrédula que alguém pudesse ser tão fodidamente ruim na cozinha como ela. "Mas espera... Será que a gente não deveria experimentar nem um pouquinho?", mordeu o lábio pensativa. "Pode ter ficado bom, apesar de feio, né?"

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inspiration: ajudar byeol em uma missão muito importante: fazer com que ela consiga engolir um comprimido para a febre.

"Não, eu não posso fazer isso!", como uma criança, Byeol cruzou os braços do outro lado da sala de seu apartamento, o rosto inchado por causa do choro e da gripe. "Por que você acha que eu só tomo remédio em gotas, @blindfoldme?", ela cerrou os olhos, encarando a amiga com atenção. "Eu tenho a garganta pequena, apesar de muito habilidosa...", riu de si mesma, na verdade fazia piada e ria de nervoso. Byeol engasgou quando pequena com um comprimido que a mãe lhe deu e, desde então , criava uma grande resistência quando se tratava de tomar remédios. Ficou séria de repente, bateu as mãos nas pernas e sapateou como uma criancinha de cinco anos. "Olha a grossura desse comprimido! Eu não vou tomar, Jiwon! O médico que vá pra casa do caralho, por mais certo que ele esteja!", praguejou com lágrimas nos olhos.

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inspiration: fugir de um guaxinim com a byeol às 04:00 da manhã depois de beber algumas garrafas de soju.

"Então esse é você!", Byeol dizia, a voz embargada por causa da bebida. "Mesmo fechado desse jeito, descobri que você não é tão tolerante a álcool quanto pensei!", ela riu. Não podia falar muito de @yooyeonsik, até porque ela não estava em bom estado também. Parada na frente do idol, ela sorria. Conheceu Yeonsik quando debutou na UNI.VERSE, na época ele e o irmão eram trainees de outra empresa. "Uau, quando penso em como te reconheci fico assustada, sabia?", Byeol o fitava nos olhos sem tirar o sorriso dos lábios. "Mas quem diria que aquele garotinho de cara fechada estaria me ouvindo tagarelar às quatro da manhã em um Complexo fodido como esse..." estalou os lábios e soltou uma risadinha em seguida. Pensava no quanto desabafou com Yeonsik enquanto ele a fazia companhia, coitado, não deve ter sido fácil escutar tanto. Estava prestes a pedir desculpas quando algo chamou sua atenção. Byeol olhou na direção do barulho e a tranquilidade no peito sumiu quando viu algo se mexer no arbusto, ao lado do banco em que estavam. "Ei... você viu isso?", perguntou ao vizinho, não hesitando em dar alguns passos até ele. "Yeonsik-ah, você também viu algo mexendo naquele arbusto?"

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A música ambiente era chata, completamente desconexa com as conversas animadas da noite. Byeol fazia uma bebida com a assinatura própria: limão, soju e um pouco de cerveja, ela gostava, fazer o quê? Olhou ao seu redor, procurando algum cantinho para se enfiar ou alguém para pedir um cigarro e foi então que seus olhos brilharam ao ver @firefistshion. Como uma adolescente protagonista de um filme teen, Byeol gritou o nome do amigo e correu em direção a ele, se rendendo a vontade de pular em seu colo e abraçá-lo, como costumava fazer antes de mudar do Complexo. Shion era um amigo muito especial, um parceiro que Byeol admirava e gostava em níveis extremos, então encontrá-lo na festa era mais do que incrível. "Shion!", fechou os olhos enquanto o abraçava e riu de si mesma, mas sem se mover. "Puta que pariu, não acredito que é você! Por que não me disse que viria, seu filho da puta?", ela afastou o tronco e deixou um beijos estalado na bochecha dele. "Eu senti sua falta, cacete!", sorria largo, sem querer disfarçar sua alegria. "Como você tá? Tem se alimentado direito? Tá se cuidando no trabalho? Se divertindo essa noite? Me conta tudo!", pediu animada, quase como se não tivesse trocado mensagens horas antes.

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this is a closed starter ! 001, plot drop.

tw: incêndio, dificuldade para respirar, breve crise de pânico, citação a despersonalização, momentos de desespero.

Byeol abriu a porta do apartamento enquanto bocejava. Exausta era pouco para definir como ela se sentia. Era a semana final de preparação do comeback das garotas com quem trabalhava na empresa e, apesar da pré-venda dos álbuns ter batido mais um dos recordes da companhia — o primeiro a esgotar mais de 100.000 cópias em menos de meia hora —, ainda havia muito o que fazer.

De última hora, Byeol teve uma ideia brilhante. No passado, para um projeto seu, trabalhou em uma sample que continha inúmeros depoimentos de mulheres dos mais diversos países, das mais diversas idades e classes sociais falando sobre o amor de fã. E, como no álbum haveria uma música dedicada a todes es fãs das garotas, uma sample como essa parecia promissora para uma interlude.

Então após encontrar o arquivo, tirou as roupas e dormiu sem qualquer cerimônia.

tw!

Quando acordou, Byeol tossia incomodada com o ar que parecia uma grande merda. Será que estava gripando? Se deu conta de que não tinha nada a ver com a própria saúde quando o nariz começou a coçar e o cheiro de queimado a acordou por completo. Agora, sentada na cama, Byeol piscava os olhos com dificuldade, respirava com mais dificuldade ainda e assimilava os barulhos de sirenes com as vozes alteradas não longe dali. Um alto estalo a fez saltar da cama, não parecia perto, no entanto, não longe o suficiente para ela permanecer ali.

Não olhou para os lados. Byeol entendeu e prontamente correu para a porta. Não queria nem saber onde era o incêndio ou a da sample que teria que levar no dia seguinte para o trabalho, ela se preocupava em sair do apartamento velho.

Assim que parou na porta e viu a maçaneta vazia, Byeol se perguntou onde estava a chave, lembrava de tê-la colocado dentro da bolsa, mas enquanto mexia nela, na procura desesperada, se deu conta de que não estava ali. Seu celular? Descarregado. Suas chaves? Sumidas.

Quando entrava na transe de seu trabalho, a persona Byeol produtora musical, evitava falar com amigos, voltar para casa e fazer qualquer coisa que não envolvesse música. Ficava tanto tempo focada em seu trabalho, procurando a perfeição, tentando fazer tudo mais do que bem feito, que esquecia de todo o resto. Por isso, talvez, ninguém tenha percebido sua volta arrastada no início da madrugada, ela não avisou e os vizinhos já se acostumavam com a ausência de semanas de Byeol. Se alguém a chamou, ela não ouviu. Também pudera! Quando Byeol tirava algum tempinho para descansar dormia como uma pedra, resultado de uma mente cansada e um corpo dolorido.

Pensou em várias coisas em uma fração de segundo: ligar o celular com o carregador, ir até a janela e gritar socorro, socar as paredes e pedir ajuda, mas a que mais pareceu inteligente foi a de arrombar a porta. Chutou-a uma, duas, três, quatro e perdeu a conta na quinta vez. Nada acontecia. Lembrou-se de um dos vovôs marceneiros do Complexo dizendo que as portas eram boas porque foram feitas nos anos setenta com madeira cara. O esforço fez ela tossir ainda mais e com a fumaça cada vez mais densa, Byeol precisou apoiar as mãos no joelho para respirar o suficiente.

Foi até a cozinha e molhou um pano, o segurou cobrindo o nariz e a boca. Viu isso em algum filme e pensou ser uma boa ideia, não teve muito tempo de avaliar se era mesmo, porque logo em seguida utilizava talheres, chaves de fenda, enfeites pesados e até mesmo uma das cadeiras de metal da mesa de jantar para tentar arrebentar a fechadura. Cada mínimo esforço a deixava com mais dificuldade de respirar.

Byeol não lançou um palavrão, não xingou ao céu e ao inferno, não fez uma piadinha sequer. Ela estava tão assustada que as lágrimas escorriam sem ela nem mesmo perceber. E em um último ato de desespero, jogou o peso do corpo na porta mais de uma vez e só parou porque sentiu uma dor absurda em seu ombro direito.

Foi então que gritou por socorro, socou a porta com o braço bom, chutou-a com força, lançou os mais diversos objetos para quebrá-la, mas nada. Novamente, cada mísero esforço dificultava a respiração em meio a fumaça cada vez mais densa.

Byeol então travou. Tomada pelo medo e pânico, ela parou de pé em frente a porta, o coração a mil, o braço machucado e o pano úmido já sujo. Era como se, por um momento, ela tivesse saído de si.

E ela só voltou quando a porta abriu de forma brusca e Byeol deu de cara com @firefistshion.

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Byeol não sabia se deveria ou não ir até o apartamento de @wxrmhcxrt, mas ao invés de pensar demais sobre isso, vestiu seu short jeans, uma blusa de moletom, sua botinha de cano médio cheia de frufrus pretos e caminhou até o apartamento B4 da Aurora. Quando se deu conta, já batia na porta com um sorriso simpático nos lábios. Assim que viu o rosto alheio, fez um bico de forma divertida. "Um passarinho vermelho me disse que você não tá em um bom dia, é verdade, Danbi-ya?", voltou com o sorriso simpático para a vizinha. "Tenho um ótimo remédio pra trazer a paz de volta e...", pegou o celular do bolso traseiro do short e olhou as horas. "Bom, não são nem nove horas ainda, então tá tudo tranquilo... se você topar, é claro", deu de ombros, não era como se estivesse em um bom dia, mas não era dos piores, por isso mesmo pensava: “por que não ajudar uma amiga que, talvez, estivesse precisando?” "E aí, o que me diz? Se achar que tô sendo entrona pode me mandar pra puta que pariu que eu vazo daqui, mas eu te garanto: o remédio é efetivo pra um caralho", sorriu convidativa, afinal, não era de mentir.

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Byeol pode ouvir a música tocar quando chegou no corredor, ainda segurava a maçaneta de sua porta e observava o movimento das pessoas porta a fora do apartamento vizinho. O cantor começava sua canção: “Oh my she's a long way from suburban towns”. Ela não conseguiu deixar de sorrir, sentiu falta daquelas festas no lugar em que mais pode ser ela mesma até então.“Came to the city for the love, got her hurtin' now”. Sentiu falta das pessoas que a acolheram e das que a irritaram também. “Oh my, she's a long way from suburban town”. Byeol era louca e insana de voltar para o Haneul, mas normalidade nunca fez parte de sua vida, de qualquer forma. “Long way, really long way from suburbia”.

Aproveitou a música que conhecia para se mover quando a batida se iniciou, mexia os lábios sem conseguir se conter e acompanhava a canção que tanto gostava: “Small town love, fall down love, not medicated. Drink too much, think too much, thoughts drownin' me. I'm too high, please don't cry, stop doubtin' me, you don't know love, you just show love, stop doubtin' me”. Parou ao lado da porta, sem muita coragem para prosseguir, seu coração estava a mil, assim como sua mente, mas ela sabia que precisava procurar o rosto da única pessoa na qual se despediu pessoalmente quando foi embora, afinal odiava despedidas. Procurava por @gcevl, seu melhor amigo. Uma pá de coisas passavam pela cabeça da, agora, produtora e compositora musical. “Self-love, he don't love himself, tryna love me, cuff me, told the truth to him, he don't trust me. Self-love, he don't love himself, tryna love me, cuff me, told the truth to him, he don't trust me”. Ela respirou fundo não era do seu feitio fugir, então ela não o faria. Assim que parou em frente a porta, viu o amigo e sorriu largo, nem mesmo se combinassem dariam de cara um com o outro como tinha acabado de acontecer. Byeol queria chorar. Parecia irreal ter o amigo por perto de novo, por isso, não pensou duas vezes e caminhou em passos largos até ele. “Oh my, she's a long way from suburban towns, came to the city for the love, got her hurtin' now”. O abraçou sem pensar duas vezes, não reconhecia a pessoa com quem ele conversava, mas não se importou. “Oh my, she's a long way from suburban town, long way, really long way from suburbia”. O abraçava com força, os olhos cheios a entregando. Não queria se soltar de Gaeul nunca mais, ela amava tanto seu melhor amigo e sentiu falta dele como nunca antes, porém, naquele momento, seu peito enchia de alegria e Byeol se permitia relaxar. "Senti tanto sua falta, Gaeul-ah! Porra, que saudade!", ela murmurou ainda abraçada com ele.

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‘ this is a closed starter ! plot drop, parte dois.

"Obrigada, mais uma vez, por topar dividir um quarto comigo, @jiyullie ", Byeol sorriu de lado, saía do banho com os fios molhados, o pijama de estampa de corações vermelhos vestido e a toalha na mão esquerda, a que estava boa. "Você pode me ajudar aqui, rapidinho?", pediu segurando a tipóia preta. "Eu nunca sei como abotoar as partes direito, acabo arrumando uma bagunça do caralho...", confessou e riu baixinho. Por cima dos ombros, olhou para Kiki que parecia dormir profundamente em sua nova caminha, Byeol se sentiu orgulhosa por tê-la presenteado com alto tão útil. "A Kiki tá bem? Ela comeu direitinho hoje?", voltou a olhar para a vizinha. Ela era muito grata por Jiyul ter pego Kiki para criar, doía sempre que tinha de deixar a gatinha na frente do Complexo. "Sabe, li uma entrevista esses dias. Eu ouço uma mesma música todos os dias e descobri que o cantor compôs para a sua cachorrinha que morreu. Sempre me perguntei como era esse amor grandão que as pessoas sentem por seus bichinhos e nunca entendi, nunca pude ter um cachorro ou um gato, porque raramente ficava em casa, o que não mudou muito, mas mesmo com a Kiki vivendo com você, eu sinto que ela é minha companheira também, sabe?", Byeol riu sem graça, talvez estivesse patética, emotiva daquele jeito, mas desde o incêndio estava mais sensível que o normal. Suspirou pesado e franziu a testa em uma tentativa de não parecer tão estranha, ou melhor dizendo: tão solitária. Deu seu largo sorriso em seguida e se recompôs. "Eu só to falando que... tô feliz por me sentir assim. E também feliz que vocês duas estão bem".

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this is a closed starter ! 004, plot drop.

Byeol olhava para frente. Sentada ao lado de @gcevl, segurava o braço direito com o ombro recém colocado no lugar por Korain. Estavam a caminho do hospital, pois não sabia dizer por quanto tempo inalou fumaça e por precisar, provavelmente, de raio-x no ombro que machucou ao tentar arrombar a porta do próprio apartamento. Ela não dizia uma palavra. Queria agradecer a presença do amigo, deitar o rosto no ombro dele e aproveitar que estava bem e viva, mas sua cabeça ainda estava uma bagunça. Depois de um tempo, o único sinal que ela conseguiu mandar para Gaeul, como forma de agradecimento pela companhia e parceria foi entrelaçar seu dedo mindinho ao dele, ambas as mãos apoiadas nas pernas de seus respectivos donos. Ela desceu o olhar para a mão do amigo e os olhos encheram. Byeol já havia desabado nos braços de Shion, mas o choro não durou muito por causa da senhora Lim. Agora, no entanto, o silêncio era tão grande que a vontade voltava com tudo. Por estar na presença de Gaeul deixou as lágrimas fluírem, bem ali, no banco de trás de um Uber.

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this is a closed starter ! 003, plot drop.

Sentada no meio fio do passeio em frente ao Complexo, Byeol olhava a fumaça densa que, mesmo de madrugada, deixava um rastro chamativo. Sua cabeça estava a mil, ela não conseguia fixar o pensamento em uma única coisa, pois várias passavam por sua mente. Ao seu lado, @brightsilverstar, mantinha o silêncio junto a ela. Byeol não sabia o que dizer, não estava no melhor momento para afagar os outros, considerando que não conseguia nem tirar a si mesma do transe em que entrava sem perceber. Olhava para o nada e pensava em tudo. Na sua vida, nas escolhas que fez e fazia, no trabalho, no que tinha acabado de acontecer, em Shion... Era muita coisa para lidar e não era sua primeira vez lidando com situações emergenciais como aquela. Sem pensar muito, deitou a cabeça no ombro da musicista e juntou seu braço ao dela, como uma criança que não queria soltar. "Você... você também ainda tá assustada?", murmurou, foi a única coisa que conseguiu perguntar.

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inspiration: shake bololo com a byeol (ir em um barzinho chique em itaewon rir da cara dos burgueses enquanto bebe).

"Obrigada, docinho!", Byeol sorriu para o barman pela pechincha. Ela nunca foi de pedir desconto nas coisas, a não se que quisesse muito algo, porém como o bar em que estavam em Itaewon, a casa dos jovens mimados de Seul, não era lá muito barato, ela sabia que podia contar com Saewon, o gerente com quem trabalhou por alguns anos. Ela sabia os truques, os macetes e tinha os contatos, então, mesmo que pudesse pagar a conta, agora que sua condição financeira melhorou, por que não descontar do bolso do seu ex-chefe milionário que nem na Coreia morava? Voltando a mesa, sentou-se na cadeira em frente a @wildxflowerz com um sorriso de vitória. "Acho que esse é dos bons", disse sem ter muita certeza, por não conhecer muito da bebida. "Vai me acompanhar, né?", arqueou as sobrancelhas de forma desafiadora.

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inspiration: ser plus one de byeol no casamento da chefe.

"Uau, olha só pra você!", Byeol sorriu de lado, fez coraçãozinho com os dedos para o vizinho no instante em que o viu. "Que gatinho!", riu brincalhona enquanto segurava a alça da mala de rodinhas em uma mão e, agora, com a outra, retirava os óculos escuros. "Bonito como sempre, né, Jeongmin?", disse em tom divertido, mas não mentia. Era impossível qualquer pessoa no mundo achar @jeognmin feio. "Obrigada por topar essa loucura comigo", ela riu, tentava não demonstrar que estava sem graça em se entregar a pressão social escrota das colegas de trabalho em “ter” um namorado. Não que Byeol se importasse tanto a ponto de mentir que tinha um, não a toa seu plus one era o que ela dizia para as colegas ser seu “ponto seguro” (sim, ponto mesmo e não porto) e ela só o fazia para que parassem de lhe encher o saco e tentar lhe arrumar encontros às cegas. Ela não tinha um contatinho e apesar de ter, no passado, tido uma breve história com Jeongmin, ele não era o tal “ponto seguro” que ela tanto insistia com as colegas de trabalho, até porque, spoiler alert: o seu ponto seguro não existia. "Animado pra passar um final de semana em Busan? Eu sinceramente tô eufórica pra comer, beber e viver comonumanrainha nesses dois dias. Soah, minhas chefe, caprichou, viu?", sorriu de lado, não forçava simpatia, mas fazia questão de ser a melhor companhia possível em agradecimento a Jeongmin. "Como uma das madrinhas eu já vi o hotel, o preço do buffet... Acho que nunca fui em um casamento tão chique", riu baixinho. "Na verdade... eu acho que nunca fui a um casamento", ela franziu a testa com a revelação chocante até para ela. "Você já?"

[ssibyeol]

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inspiration: praticar caminhada noturna com byeol.

"Você já ouviu essa música deles?", Byeol emprestou um dos fones para @gyubean, mostrando sua música favorita de sua banda favorita. "Essa é a minha favorita. A letra fala sobre uma pessoa solitária que encontra o conforto em si mesma pra seguir em frente, é linda!", sorriu largo, falava e mantinha o ritmo da caminhada com sua parceira de exercícios. "Inclusive o que tá achando das caminhadas noturnas? Fiquei feliz que você quis dar uma chance pra esse rolê", riu baixinho. "Desde que comecei a ter a vida um pouquinho mais saudável lá em Daegu, não largo esse hábito. Parece que mando todos os pensamentos fodidos embora quando tô caminhando e a insônia foi pra casa do caralho, durmo bem melhor", assentiu.

[ssibyeol]

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Byeol estava parada no início do corredor F da Torre Aurora. Olhava mais a frente enquanto arrumava a cesta com algumas frutas e outras coisas gostosas de comer. Caralho, quando se tornou a pessoa que levava uma cesta de frutas para os outros como pedido de desculpas? Normalmente apareceria com um soju, falaria uma porrada de palavrões e chamaria a outra pessoa para fumar no banco mais afastado do Complexo. Mas a verdade era que agora ela podia fazer mais e para pessoas importantes para ela, como @danilcc, Byeol, lá no fundo, não se importava em parecer brega ou clichê. Depois do que ele disse na festa, antes dela o usar como depósito de desabafo, não sabia se ele estava bebendo ou fumando, então se atentou a isso também. Mais um ponto para as frutas. Chegou a dar um passo para frente, três pra trás, virar de costas, descer alguns degraus, subir novamente e quando encostou a testa na parede descascada do corredor xingou a si mesma mentalmente. Abaixou-se no corredor e fitou a parede. Como ela pôde falar com Daniel daquela forma? Ele, definitivamente, não merecia ouvir metade daquelas coisas. "Puta que pariu, Oh Byeol!", se xingou mais uma vez e encostou as costas na parede, permanecendo de cócoras enquanto passava os dedos entre os fios e jogava a franja para trás. "Vamos, filha da puta, você é mais mulher que isso! Sei que tá envergonhada pra caralho, mas vamos lá, porra, você consegue, você tem sangue de...", parou de falar no instante em que escutou uma das portas serem abertas. Imediatamente ficou de e pé, se atrapalhando com os saltos da bota de cano longo, mas se recompôs rapidamente para cumprimentar o casal de vizinhas que passou por ela. Byeol segurou a cesta com ambas as mãos, a abraçando contra o corpo, envergonhada das próprias ações e a situação só piorou quando uma das mulheres falou para a namorada algo sobre como sua ex-melhor amiga foi covarde em não pedir desculpas pelo erro. É, o universo adorava pisar, sapatear e esfregar Byeol no chão como se fosse um chiclete mastigado. Ela respirou fundo, era melhor do que aquilo e Daniel merecia um pedido de desculpas, além de algumas explicações, se assim quisesse — não o culparia se não quisesse falar com ela depois de duas semanas e meio do acontecido. Então, finalmente tomando a coragem, deu três batidinhas na porta, esperando que ele estivesse em casa e não a tratasse mal.

[ssibyeol]

o apartamento C2 da torre TWILIGHT não está mais vago. quem se mudou para lá foi OH BYEOL, que tem VINTE E OITO ANOS e, aparentemente, trabalha como COMPOSITORA e PRODUTORA MUSICAL. estão dizendo que se parece muito com KANG SEULGI, mas é bobagem. não esqueça de dar as boas vindas!

ㅤㅤㅤㅤ⟡ ㅤㅤHISTÓRIA

Depois de Byeol participar de um reality musical infanto-juvenil e roubar o coração de todos os jurados, Starr, stage name com o qual foi batizada, tornou-se conhecida no país inteiro. Não demorou para fazer parte de uma agência de entretenimento, que se interessou em transformá-la na futura queridinha do K-Pop. No entanto, Byeol não durou nem mesmo seis meses no lugar, já que foi expulsa por não aguentar calada o que acontecia. 

Porém, mesmo fora da empresa, manteve sua reputação e fama por algum tempo, até debutar em uma banda de k-indie junto de outras quatro garotas, o que lhe rendeu o lançamento de um único mini-álbum. No entanto, o conceito galáctico não foi bem aceito, assim como o álbum, intitulado "UNI.VERSE". O disband não demorou nem dois anos e, dessa forma, tão rápido quanto alcançou a fama, Byeol caiu no esquecimento. 

Ao escolher por seguir a vida na capital, Byeol deixou para trás o sonho de se tornar uma estrela famosa no mundo da música. Se tornou professora de uma escola do ensino fundamental, além de dar aulas particulares e cantar em diversos lugares pela noite, o que a manteve financeiramente por anos. Porém, após o surgimento de uma incrível oportunidade, Byeol se mudou para Daegu, onde trabalhou como compositora de um grupo feminino de K-Pop por um tempo.

Agora, cheia de experiência, foi promovida a compositora e produtora de uma grande empresa, o que a fez voltar para Seul.

ㅤㅤㅤㅤ⟡ ㅤㅤHEADCANONS

+ Byeol voltou para o Haneul depois de pouco mais de um ano morando e trabalhando em Daegu.

+ Ela trabalha em um estúdio como letrista, compositora e produtora de música. Ela ama o que faz.

+ A mãe de Byeol morreu quando ela tinha 23 anos.

+ Byeol já trabalhou em diversos lugares, principalmente em casamentos, bares, festas e qualquer lugar que precisasse de uma cantora.

+ O pai de Byeol abandonou a família antes dela nascer. Ela e o pai não mantém contato e Byeol odeia a possibilidade de encontrá-lo em qualquer lugar. Se refere a ele como seu progenitor.

+ Ela tem um apego emocional muito grande pelo Complexo, foi ali que conheceu novas pessoas as quais pode chamar de amigues, se apaixonou depois de muito tempo e aprendeu muita coisa.

+ Byeol é completamente apaixonada em filmes de terror só gênero slash. Sua franquia favorita é "Pânico".

+ Ela também ama música dos anos 80, principalmente rock e hard rock. Ela também gosta muito de indie rock e, atualmente, indie pop.

ㅤㅤㅤㅤ⟡ ㅤㅤPERSONALIDADE

Byeol é uma mulher decidida que sabe o que quer, às vezes se perde em algum momento da vida, mas não demora a pegar as rédeas e enfrentar o que for preciso para ficar bem. Ela é naturalmente impulsiva, intensa, irritada e explosiva, como boa ariana do segundo decanato, no entanto, atualmente ela só quer paz. Não abaixa a cabeça para as pessoas que são mal-educadas e nunca começa uma briga, mas se atacar, ela ataca de volta — não importa quem seja. Ela também é animada, alegre, festeira e não dispensa uma boa cerveja ao lado de uma boa companhia.

ㅤㅤㅤㅤ⟡ ㅤㅤINSPIRAÇÕES

Fleabag | Hot Priest | Daisy Jones | Rose Dewitt Bucket (Dawnson) | Seo Yeonjoo | Jin Youngseo | Choi Sekyung | Cho Samdal | Crystal Palace | JJ Maybank