Tumgik
#── ⋅⋅⋅ ──── ᴀʙᴏᴜᴛ; ʟᴏɴᴇ ᴡᴏʟꜰ
rxmlpin · 1 year
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A wolf is never alone. He always carries his pack.  ── ⋅⋅⋅
Witchella; Hogsmeade, 1978.
@pprongsz @padfoock @wormtraitor
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lukepearsonfmp · 6 months
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𝐋𝐨𝐧𝐞 𝐖𝐨𝐥𝐟 𝐚𝐧𝐝 𝐂𝐮𝐛
ᴛʜᴇ "ʟᴏɴᴇ ᴡᴏʟꜰ ᴀɴᴅ ᴄᴜʙ" ꜰɪʟᴍ ꜱᴇʀɪᴇꜱ ʀᴇꜰᴇʀꜱ ᴛᴏ ᴀ ᴄᴏʟʟᴇᴄᴛɪᴏɴ ᴏꜰ ꜱɪx ᴊᴀᴘᴀɴᴇꜱᴇ ᴍᴏᴠɪᴇꜱ ᴡʜɪᴄʜ ᴡᴇʀᴇ ʀᴇʟᴇᴀꜱᴇᴅ ɪɴ ᴛʜᴇ 1970ꜱ. ᴛʜᴇꜱᴇ ꜰɪʟᴍꜱ ᴀʀᴇ ʙᴀꜱᴇᴅ ᴏɴ ᴛʜᴇ ᴍᴀɴɢᴀ ꜱᴇʀɪᴇꜱ ᴏꜰ ᴛʜᴇ ꜱᴀᴍᴇ ɴᴀᴍᴇ ᴄʀᴇᴀᴛᴇᴅ ʙʏ ᴋᴀᴢᴜᴏ ᴋᴏɪᴋᴇ ᴀɴᴅ ɢᴏꜱᴇᴋɪ ᴋᴏᴊɪᴍᴀ. ʜᴇʀᴇ'ꜱ ᴀɴ ᴏᴠᴇʀᴠɪᴇᴡ ᴏꜰ ᴇᴀᴄʜ ᴏꜰ ᴛʜᴇ ᴛʜᴇ ꜰɪʟᴍꜱ: "ꜱᴡᴏʀᴅ ᴏꜰ ᴠᴇɴɢᴇᴀɴᴄᴇ" (ᴋᴏᴢᴜʀᴇ Ōᴋᴀᴍɪ: ᴋᴏᴡᴏᴋᴀꜱʜɪ ᴜᴅᴇᴋᴀꜱʜɪ ᴛꜱᴜᴋᴀᴍᴀᴛꜱᴜʀᴜ) - ʀᴇʟᴇᴀꜱᴇᴅ ɪɴ 1972, ᴛʜɪꜱ ꜰɪʟᴍ ɪɴᴛʀᴏᴅᴜᴄᴇꜱ ᴏɢᴀᴍɪ ɪᴛᴛŌ, ᴛʜᴇ ᴘʀᴏᴛᴀɢᴏɴɪꜱᴛ, ᴀɴᴅ ʜɪꜱ ɪɴꜰᴀɴᴛ ꜱᴏɴ, ᴅᴀɪɢᴏʀŌ. ɪᴛ ꜱʜᴏᴡꜱ ᴛʜᴇɪʀ ᴊᴏᴜʀɴᴇʏ ᴀꜱ ᴛʜᴇʏ ᴛʀᴀᴠᴇʟ ᴛʜᴇ ᴄᴏᴜɴᴛʀʏꜱɪᴅᴇ ꜱᴇᴇᴋɪɴɢ ʀᴇᴠᴇɴɢᴇ ᴡʜɪʟᴇ ᴡᴏʀᴋɪɴɢ ᴀꜱ ᴀꜱꜱᴀꜱꜱɪɴꜱ. "ʙᴀʙʏ ᴄᴀʀᴛ ᴀᴛ ᴛʜᴇ ʀɪᴠᴇʀ ꜱᴛʏx" (ᴋᴏᴢᴜʀᴇ Ōᴋᴀᴍɪ: ꜱᴀɴᴢᴜ ɴᴏ ᴋᴀᴡᴀ ɴᴏ ᴜʙᴀɢᴜʀᴜᴍᴀ) - ʀᴇʟᴇᴀꜱᴇᴅ ɪɴ 1972, ᴛʜɪꜱ ꜱᴇQᴜᴇʟ ꜰᴏʟʟᴏᴡꜱ ɪᴛᴛŌ ᴀɴᴅ ᴅᴀɪɢᴏʀŌ ᴀꜱ ᴛʜᴇʏ ᴄᴏɴᴛɪɴᴜᴇ ᴛʜᴇɪʀ Qᴜᴇꜱᴛ ꜰᴏʀ ʀᴇᴠᴇɴɢᴇ, ᴇɴᴄᴏᴜɴᴛᴇʀɪɴɢ ᴠᴀʀɪᴏᴜꜱ ᴘʀᴏʙʟᴇᴍꜱ ᴀʟᴏɴɢ ᴛʜᴇ ᴡᴀʏ. "ʙᴀʙʏ ᴄᴀʀᴛ ᴛᴏ ʜᴀᴅᴇꜱ" (ᴋᴏᴢᴜʀᴇ Ōᴋᴀᴍɪ: ꜱʜɪɴɪᴋᴀᴢᴇɴɪ ᴍᴜᴋᴀᴜ ᴜʙᴀɢᴜʀᴜᴍᴀ) - ʀᴇʟᴇᴀꜱᴇᴅ ɪɴ 1972, ᴛʜɪꜱ ꜰɪʟᴍ ꜱᴇᴇꜱ ɪᴛᴛŌ ᴀɴᴅ ᴅᴀɪɢᴏʀŌ ꜰᴀᴄɪɴɢ ɴᴇᴡ ᴄʜᴀʟʟᴇɴɢᴇꜱ ᴀɴᴅ ᴛʜʀᴇᴀᴛꜱ ᴀꜱ ᴛʜᴇʏ ᴡᴏʀᴋ ᴛʜʀᴏᴜɢʜ ᴛʜᴇ ᴅᴀɴɢᴇʀᴏᴜꜱ ʟᴀɴᴅꜱᴄᴀᴘᴇ ᴏꜰ ꜰᴇᴜᴅᴀʟ ᴊᴀᴘᴀɴ. "ʙᴀʙʏ ᴄᴀʀᴛ ɪɴ ᴘᴇʀɪʟ" (ᴋᴏᴢᴜʀᴇ Ōᴋᴀᴍɪ: ᴏʏᴀ ɴᴏ ᴋᴏᴋᴏʀᴏ ᴋᴏ ɴᴏ ᴋᴏᴋᴏʀᴏ) - ʀᴇʟᴇᴀꜱᴇᴅ ɪɴ 1972, ᴛʜɪꜱ ꜰɪʟᴍ ꜰᴏʟʟᴏᴡꜱ ɪᴛᴛŌ ᴀɴᴅ ᴅᴀɪɢᴏʀŌ ᴀꜱ ᴛʜᴇʏ ᴄᴏɴꜰʀᴏɴᴛ ʜɪɢʜ ᴘᴏᴡᴇʀ ᴇɴᴇᴍɪᴇꜱ ᴀɴᴅ ᴄᴏɴꜰʀᴏɴᴛᴀᴛɪᴏɴꜱ ᴛʜᴀᴛ ᴛᴇꜱᴛ ᴛʜᴇɪʀ ᴀᴄᴛɪᴏɴꜱ. "ʙᴀʙʏ ᴄᴀʀᴛ ɪɴ ᴛʜᴇ ʟᴀɴᴅ ᴏꜰ ᴅᴇᴍᴏɴꜱ" (ᴋᴏᴢᴜʀᴇ Ōᴋᴀᴍɪ: ᴍᴇɪꜰᴜᴍᴀᴅᴏ) - ʀᴇʟᴇᴀꜱᴇᴅ ɪɴ 1973, ᴛʜɪꜱ ꜰɪʟᴍ ᴛᴀᴋᴇꜱ ɪᴛᴛŌ ᴀɴᴅ ᴅᴀɪɢᴏʀŌ ᴛᴏ ɴᴇᴡ ᴛᴇʀʀɪᴛᴏʀɪᴇꜱ ᴀꜱ ᴛʜᴇʏ ᴄᴏᴍᴇ ᴀᴄʀᴏꜱꜱ ʙᴇᴛʀᴀʏᴀʟ ᴀɴᴅ ᴅᴀɴɢᴇʀ ɪɴ ᴛʜᴇɪʀ Qᴜᴇꜱᴛ ꜰᴏʀ ʀᴇᴠᴇɴɢᴇ. "ᴡʜɪᴛᴇ ʜᴇᴀᴠᴇɴ ɪɴ ʜᴇʟʟ" (ᴋᴏᴢᴜʀᴇ Ōᴋᴀᴍɪ: ᴊɪɢᴏᴋᴜ ᴇ ɪᴋᴜᴢᴏ! ᴅᴀɪɢᴏʀŌ) - ʀᴇʟᴇᴀꜱᴇᴅ ɪɴ 1974, ᴛʜɪꜱ ꜰɪɴᴀʟ ꜰɪʟᴍ ɪɴ ᴛʜᴇ ꜱᴇʀɪᴇꜱ ᴄᴏɴᴄʟᴜᴅᴇꜱ ᴛʜᴇ ꜱᴇʀɪᴇꜱ ᴏꜰ ɪᴛᴛŌ ᴀɴᴅ ᴅᴀɪɢᴏʀŌ ᴀꜱ ᴛʜᴇʏ ꜰᴀᴄᴇ ᴛʜᴇɪʀ ᴜʟᴛɪᴍᴀᴛᴇ ᴄʜᴀʟʟᴇɴɢᴇ ɪɴ ᴀ ʜɪɢʜ ᴛᴇɴꜱɪᴏɴ ʙᴀᴛᴛʟᴇ. ᴛʜᴇ "ʟᴏɴᴇ ᴡᴏʟꜰ ᴀɴᴅ ᴄᴜʙ" ꜰɪʟᴍ ꜱᴇʀɪᴇꜱ ɪꜱ ᴋɴᴏᴡɴ ꜰᴏʀ ɪᴛꜱ ᴇxᴘʟᴏʀᴀᴛɪᴏɴ ᴏꜰ ᴛʜᴇᴍᴇꜱ ꜱᴜᴄʜ ᴀꜱ ʜᴏɴᴏʀ, ʟᴏʏᴀʟᴛʏ, ᴀɴᴅ ᴛʜᴇ ꜱᴘᴇᴄɪᴀʟ ʙᴏɴᴅ ʙᴇᴛᴡᴇᴇɴ ᴀ ꜰᴀᴛʜᴇʀ ᴀɴᴅ ʜɪꜱ ꜱᴏɴ. ɪᴛ ʀᴇᴍᴀɪɴꜱ ᴀ ᴄʟᴀꜱꜱɪᴄ ᴇxᴀᴍᴘʟᴇ ᴏꜰ ᴊᴀᴘᴀɴᴇꜱᴇ ꜱᴀᴍᴜʀᴀɪ ᴄɪɴᴇᴍᴀ ᴀɴᴅ ʜᴀꜱ ɪɴꜰʟᴜᴇɴᴄᴇᴅ ɴᴜᴍᴇʀᴏᴜꜱ ꜰɪʟᴍ ᴍᴀᴋᴇʀꜱ ᴀʀᴏᴜɴᴅ ᴛʜᴇ ᴡᴏʀʟᴅ.
ɪ ᴡᴀᴛᴄʜᴇᴅ ᴏɴᴇ ᴏꜰ ᴛʜᴇ ᴛʀᴀɪʟᴇʀꜱ, ɪ ʟɪᴋᴇ ʜᴏᴡ ɪᴛꜱ ɪɴ ᴄᴏʟᴏᴜʀ ʙᴜᴛ ʏᴏᴜ ᴄᴀɴ ꜱᴇᴇ ᴛʜᴇ ᴀɢᴇ ᴏꜰ ᴛʜᴇ ꜰɪʟᴍ ᴀꜱ ɪᴛ'ꜱ ɴᴏᴛ ᴠᴇʀʏ ʜɪɢʜ Qᴜᴀʟɪᴛʏ ᴀɴᴅ ᴛʜᴇ ᴄᴏʟᴏᴜʀꜱ ᴀʀᴇ ꜱʟɪɢʜᴛʟʏ ᴏꜰꜰ. ɪ ᴄᴏᴜʟᴅ ᴘʀᴏʙᴀʙʟʏ ᴛᴀᴋᴇ ᴛʜɪꜱ ᴏʟᴅ ʟᴏᴏᴋ ᴀɴᴅ ᴍᴀᴋᴇ ᴍʏ ᴄᴏᴍɪᴄ ʟᴏᴏᴋ ʟɪᴋᴇ ɪᴛ'ꜱ ᴏʟᴅ. ᴀ ʟᴏᴛ ᴏꜰ ᴛʜᴇ ꜱᴄᴇɴᴇꜱ ɪɴ ᴛʜᴇ ᴛʀᴀɪʟᴇʀ ᴀʀᴇ ᴏᴜᴛꜱɪᴅᴇ, ɪɴ ꜰᴏʀᴇꜱᴛꜱ. ɪ ᴅᴏɴ'ᴛ ᴛʜɪɴᴋ ɪ ᴄᴀɴ ɢᴀᴛʜᴇʀ ᴍᴜᴄʜ ᴀʙᴏᴜᴛ ʙᴀᴄᴋɢʀᴏᴜɴᴅꜱ ꜰʀᴏᴍ ᴛʜɪꜱ, ʙᴜᴛ ᴛʜᴇʀᴇ ᴀʀᴇ ᴀ ꜰᴇᴡ ꜱᴄᴇɴᴇꜱ ɪɴ ʜᴏᴜꜱᴇꜱ ᴏʀ ɪɴ ᴀ ᴛᴏᴡɴ, ꜱᴏ ɪ ᴄᴏᴜʟᴅ ʟᴏᴏᴋ ᴀᴛ ᴛʜᴀᴛ ᴛᴏᴏ
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rxmlpin · 1 year
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Remus sempre fora assombrado por uma impressão particularmente mórbida. 
Não era bem um ato voluntário. Estava mais para um pensamento intrusivo, que às vezes achava meios de invadir sua mente quando ele se encontrava particularmente vulnerável. Era algo em que pensava quando acordava no meio da noite, na alta madrugada, depois de um sonho ruim. Uma sensação sobrepujante que lhe tomava o peito toda vez que abria os olhos depois de uma noite de lua cheia. Como um constante zumbido no ouvido, que às vezes até chegava um pouco perto do silêncio, mais jamais desaparecia completamente. 
Mas ele tinha aprendido a conviver com isso. Chegava até a passar meses sem se permitir refletir muito a respeito. Havia encontrado maneiras muito inteligentes de contornar aquela intuição, que costumeiramente se tornava mais pálida quando ele estava na companhia dos amigos ou sob o som ensurdecedor de seus fones de ouvido. 
Mesmo assim, aquela sensação incômoda estava sempre lá, à espreita, esperando pacientemente pelo momento em que finalmente deixaria de ser ignorada. 
ᴘᴏᴠ  ── ⋅⋅⋅ ──── ᴛᴀꜱᴋ 2  / Hogsmeade, 1978
It is the quality of one’s convictions that determines success, not the number of followers.  ──── R J Lupin
Lupin atirou a toalha manchada dentro da pia e encarou o próprio reflexo. O rosto machucado que o encarou de volta era marcado por profundas olheiras e parecia ter envelhecido uma porção de anos em apenas algumas horas. 
Aquela era provavelmente a primeira vez em que um lobisomem tinha visto no céu algo mais assustador do que uma lua cheia. 
Anestesiado, abriu a torneira e esperou. A água atingiu com violência o tecido da toalha, transformando as rajas de sangue em manchas difusas e mais claras. Em um gesto automático, fechou novamente o registro e então torceu o tecido, vendo a água suja pelo próprio sangue escorrer pela louça branca. 
Então começou tudo de novo. Levou o tecido úmido ao peito, onde uma nova risca vermelha se somava às cicatrizes mais antigas. Limpou o sangue que brotava ali aos poucos, ignorando a sensação de ardência e então seguindo para o vergão na lateral do rosto. Dali foi para a mão esquerda, onde um novo corte se somava àquele que ele mesmo tinha se causado durante a lua cheia daquele mês, apenas três noites antes. 
Não sem uma boa dose de ironia, Remus ponderou que pelo menos para essas cicatrizes ele não precisaria inventar alguma nova mentira. 
Abriu a torneira de novo. Lavou a toalha e começou todo o processo mais uma vez. A varinha permanecia em cima da bancada, abandonada e inútil conforme ele seguia fazendo todo o processo manualmente, do mesmo jeito que sua mãe trouxa fazia quando ele era pequeno e acordava machucado depois de mais uma transformação. Com paciência. Sem magia. O automatismo dos movimentos era bem-vindo e permitia que ele pudesse se ocupar com alguma coisa; estancar, mesmo que apenas por um momento, toda a onda de choque que lhe entorpecia a mente e o coração. 
Mas Remus sabia que era apenas questão de tempo até ser tomado novamente pelo choque de realidade. Sabia que aquilo era apenas um paliativo para algo que já estava morto, uma tentativa fraca de permanecer afundado na ilusão de apatia. Sabia que nunca mais conseguiria abafar as vozes que rondavam sua cabeça desde criança, sussurrando ao pé de seu ouvido aquela sensação angustiante que agora se parecia muito mais com uma certeza do que com uma mera impressão. 
Antes de desviar o olhar do próprio reflexo, Lupin mais uma vez foi abatido pelo velho pressentimento de que morreria muito, muito jovem.
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rxmlpin · 1 year
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Shrieking Shack ── Hogsmeade, 1978. 
You bleed just to know you're alive ── ⋅⋅⋅
Remus respirou fundo. Ergueu a varinha e o enorme Salgueiro Lutador paralisou-se em um movimento interrompido no ar, domado e inofensivo, suas folhas secas sibilando um murmúrio constante através de fortes rajadas do vento. Em passadas largas, ele então atravessou o gramado seco e, por força do hábito, deu uns tapinhas afetuosos no tronco da árvore antes de escorregar pela passagem entre as raízes.
Já havia se passado muitos anos desde que ele tinha feito isso sozinho pela última vez. Tinha sido uma grande dificuldade convencer seus amigos a não o acompanharem naquela noite, precisando recorrer a todo tipo de chantagem e ameaça de azaração para impedi-los de segui-lo quando deixou o Salão Comunal ao final da tarde. Sabia muito bem que não seria perdoado tão cedo por causa disso, mas seria mais fácil lidar com a mágoa dos amigos do que com a raiva de si mesmo caso fizesse James, Sirius e Peter perderem o primeiro dia de festival, que já aconteceria logo no dia seguinte.
Com as vestes tomadas pela poeira, Remus avançou pelo breu da passagem até encontrar a velha porta de entrada para a Casa dos Gritos, a qual ele empurrou sem dificuldade para se lançar na sala empoeirada daquele casebre que ao longo dos anos tinha se tornado seu porto-seguro e sua prisão. A pouca luz que ainda incidia pelas janelas rapidamente ia se desfazendo em sombras, anunciando a chegada silenciosa da noite que vinha rastejando pelas paredes. Já sentindo o coração palpitando, Lupin tirou a jaqueta e a camisa sujas de terra e atirou-as para dentro de uma das cômodas, fechando a gaveta com violência em um estrondo que repercutiu em ecos assombrados pelos andares acima.
Remus soltou um grunhido insatisfeito. Odiava a acústica daquele lugar e agora percebia que havia passado tempo demais sem se lembrar daquele detalhe simplesmente porque havia se habituado a passar aqueles últimos momentos antes da transformação com uma boa dose de distração e até um certo bom-humor.
Posicionando-se no centro da sala, no mesmo ponto onde o tablado exibia uma coleção de arranhões, Remus flexionou os dedos das duas mãos repetidas vezes, tentando aliviar a tensão enquanto sentia a adrenalina vagarosamente envenenando seu sangue e dilatando suas pupilas. A essa altura já conseguia ouvir os próprios batimentos cardíacos, que rugiam agressivamente como tambores sob suas orelhas. 
C’mon, Remus, you can do this.
Podia fazer isso sozinho de novo, sabia que podia; só precisava se lembrar como. Sabia que não teria os amigos ao seu lado para sempre, sabia que o último ano estava voando a alta velocidade e sabia também que, como quase tudo na vida, aquela era uma sorte que estava fadado a perder. Eventualmente teria de se acostumar à mesma velha solidão da qual tinha sido resgatado pelos amigos, a mesma velha solidão que agora lhe rodeava naquela casa vazia como um fantasma. Era apenas questão de tempo; mais cedo ou mais tarde precisaria começar de algum ponto.
Mas o primeiro passo é sempre o mais difícil.
Respirando fundo, Remus fechou os olhos e esperou. Foi tentando se distrair pensando em coisas banais, conversas indistintas e tarefas desimportantes, mas não conseguiu deixar de notar o silêncio impositivo e foi pouco a pouco se sentindo cada vez mais dominado por aquele vazio, incapaz de se botar para prestar atenção em qualquer coisa senão no momento em que a lua cheia finalmente cruzaria a linha do horizonte.
Remus não tinha como enxergar o céu lá fora, mas algo dentro de si sempre sabia quando a hora chegava e dessa vez não foi diferente. Abrindo os olhos novamente, ele teve apenas alguns segundos para encarar o próprio reflexo no espelho estilhaçado antes de uma dor violenta e familiar lhe tomar todo o corpo como um relâmpago. Suando frio e curvando-se de agonia, levou as mãos aos olhos e um uivo dolorido lhe escapou pela garganta, um som que em nada se parecia com sua própria voz.
Era insuportável.
Apertando mais os dedos contra as órbitas, começou a implorar em silêncio para um deus em que não acreditava, tentando sumir na própria cegueira, desaparecer naquele mar de breu. Mas logo sentiu as pontas das unhas começarem a se afundar em seus olhos e precisou afastar as mãos do rosto, quase muito certo de que já não conseguia mais respirar.
Mesmo assim, antes de perder completamente a consciência, Remus achou que viu as silhuetas de um cervo, um cão e um roedor cruzarem correndo a porta que ele tinha se esquecido de trancar.
Mas então ele já não era mais humano e tudo ficou preto.
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rxmlpin · 1 year
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O lugar era simplesmente enorme. 
Enorme, escuro e frio. Um labirinto de prédios arquitetados com precisão para fazer bruxos comuns, como Remus, sentirem-se incrivelmente pequenos diante da imponência do Ministério da Magia. Uma estratégia visual muito convincente de que nada - e nem ninguém - poderia desafiar a tradição marcada profundamente naquelas paredes. Um lembrete sutil, mas muito poderoso, de que todas as coisas no mundo da magia deveriam permanecer exatamente como eram e sempre foram.
──  Perdido em pensamentos, sr. Lupin?
Remus suprimiu um sobressalto, divisando a silhueta de Minerva McGonagall ao seu lado. Não havia percebido que ela se aproximava até então.
──  Pensando em onde ir, professora  ── mentiu, fingindo buscar alguma informação no panfleto que segurava em uma das mãos, ignorado até aquele momento. ── Não consigo me decidir.
──  Não consegue se decidir ou não consegue se interessar?  ── perguntou Minerva, arqueando uma das sobrancelhas.
Remus olhou para ela com surpresa, uma reação que foi o bastante para provar que a professora tinha lido seus pensamentos com precisão. Agora seria simplesmente desrespeito, além de covardia, tentar contorná-la com mais alguma bobagem. Remus suspirou e assentiu com a cabeça.
──  Sabe que não há lugar aqui para pessoas como eu, professora.
Minerva ergueu uma das sobrancelhas.
──  Pessoas como você, Lupin? O que quer dizer?
──  Com todo o respeito, professora, acho que a senhora sabe exatamente a que estou me referindo.
É claro que Minerva sabia que Lupin era um lobisomem; ele, afinal, só tivera a possibilidade de estudar em Hogwarts porque a própria McGonagall e Dumbledore tinham encontrado uma saída para ele, ainda que por baixo dos panos. Não fosse por ela, não haveria Salgueiro Lutador, não haveria Casa dos Gritos, não haveria qualquer forma de Remus poder seguir uma vida normal. 
──  Sua... condição ── começou Minerva, rígida como sempre ── não é uma sentença, Lupin. 
──  É uma maldição.
──  Mas não é quem você é ── disse ela, firme.  ── Seus amigos já não lhe provaram isso?
Remus comprimiu os lábios, encarando os próprios sapatos. De repente, o som dos milhares de passos e vozes ao seu redor foi se silenciando, como se ele tivesse mergulhado nas profundezas de um lago. O desprezo de Lupin pelo Ministério da Magia era muito mais profundo do que uma divergência de opiniões; era por causa de pessoas como aquelas que ele havia vivido uma vida isolada, desprotegido por todos senão pelos próprios pais, precisando mudar de casa constantemente e se afastar novamente assim que estabeleciam alguma familiaridade ao novo ambiente. Lobisomens eram uma das classes de bruxos mais marginalizados no mundo bruxo; que tipo de interesse Remus poderia ter de se juntar àqueles que nunca lhe estenderam a mão?
── Acho que, se pudesse escolher... ── foi dizendo, quase como se falasse apenas consigo mesmo ── ... faria algo diferente. Não sei, professora. Mudaria muitas coisas se pudesse. Mas não aqui. Não no Ministério. 
──  Então onde?
── Não sei, na verdade ── admitiu Remus, encolhendo os ombros.  ── Mas gostaria de poder trabalhar com alguma coisa que me permitisse mostrar as coisas da maneira como as vejo. Sei que estou viajando um pouco...  ── riu baixo do próprio discurso, sem coragem de encarar a professora e encontrar seu olhar de julgamento.  ── Mas acho que gostaria de criar um novo tipo de... exemplo. Provar que é possível fazer coisas boas mesmo quando se é diferente dos demais. Mostrar que há milhares de formas de se ver, aprender e compreender alguma coisa. 
── Você quer ser o cinza no espaço entre o preto e o branco, Lupin. Dar voz e visibilidade para aqueles no meio dos extremos. Me parece sábio, considerando os tempos de hoje  ── disse Minerva, fazendo um meneio de cumprimento com a cabeça. Era o primeiro elogio que Lupin ouvia dela em toda a sua vida. Minerva pareceu pensar por um momento e, então, olhou para ele com aqueles afiados olhos de gato.  ── Acredito que você se encaixaria perfeitamente.
Remus encarou a professora com descrença. 
──  Não acho que eu me encaixaria aqui no Ministério, professora. Nem em um milhão de anos.
Minerva, pela primeira vez na história da vida de Remus, abriu um sorriso que ele nunca tinha visto.
── Eu não estou me referindo ao Ministério, Lupin. Claro que não.  ── Ela deu dois tapinhas no ombro dele e, com um piscar de olhos, tratou de se explicar antes de finalmente sumir meio à multidão.  ── Estou me referindo a Hogwarts.
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rxmlpin · 1 year
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Tonight I'll change, change into what / What I hate the most / This sickness that takes over my mind, kills me inside / When all that I want is something more / And you think of me; so, what can I do, and where could this go? (...) When I was young, I'd hide from the world; all those lonely nights / I still can't believe my friends transformed to help me get by / I'm just too much for one to love
── ⋅⋅⋅ ──── Lupin' Tale; Oliver Boyd and the Remembralls
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rxmlpin · 1 year
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You win, you lose, you sing the blues / There's no point in buying concrete shoes / I refuse / And I always wanna die, sometimes / Oh, am I me through geography? / A face collapsed through entropy / I can hardly speak / And when I try, it's nothing but a squeak / On the video / Living room for small / If you can't survive, just try ────
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rxmlpin · 1 year
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There are nights when the wolves are silent and only the moon howls. ── ⋅⋅⋅ 
Aparentemente, anos após a primeira queda de Lord Voldemort, o Profeta Diário ainda escreve matérias sobre Remus Lupin. Pertencente à Ordem da Fênix, o bruxo era mestiço e, quando em Hogwarts, pertenceu à casa de Godric Gryffindor.  Alguns criticavam sua melancolia, outros ressaltavam sua inteligência.
── O que sabemos sobre: 
Remus John Lupin é o professor de Defesa Contra as Artes das Trevas de Harry Potter e seus amigos no terceiro ano. Ao longo dos meses, acaba tornando-se uma espécie de referência para Harry, de quem inevitavelmente se aproxima; não apenas por genuinamente gostar do garoto, mas também pela similaridade inacreditável entre o menino e o pai, James. É a primeira pessoa a contar para Harry sobre os Marotos e a destacar a semelhança dos olhos do menino com os de Lily, tornando-se para Harry alguém de valor e confiança depois de revelar-se um grande amigo de seus pais e seu padrinho, Sirius Black. É considerado um professor de métodos questionáveis, apesar de eficientes, prezando sempre pela prática em detrimento da teoria, algo que está completamente de acordo com seu jeito de levar a vida. É querido pelos estudantes por seu jeito jovial, divertido e também absolutamente inabalável diante da presença de Severus Snape, sendo o único docente a sutilmente questionar sua autoridade e fazer graça de suas maneiras. Remus é membro da primeira Ordem e um dos responsáveis pela ascensão da segunda. Alguns anos antes da guerra, apaixona-se por Nymphadora Tonks, com quem tem um filho, Teddy, pouco antes da última batalha. Finalmente é morto na segunda guerra bruxa, durante a Batalha de Hogwarts, tornando-se o último dos Marotos a morrer.
��─ Principais pontos sobre a personalidade: 
Em um grupo inconsequente de adolescentes à flor da pele, é sempre necessário que alguém seja o responsável por segurar as pontas dos demais e avisar quando algo está passando dos limites. Nos Marotos, Remus cumpre esse papel com louvor, sem perder o senso de humor afiado e sua própria malícia pelo caminho. É tido pelos amigos como o "cabeça" da turma e gosta de manter essa fama em dia, já que inevitavelmente precisa abrir mão do orgulho nas noites de lua cheia e aceitar ser ajudado ao invés de ser aquele que oferece ajuda - algo que não consegue se acostumar a fazer, apesar da insistência dos amigos. Não gosta de se sentir vulnerável, o que o torna naturalmente estudioso, buscando estar sempre um passo adiante de seus oponentes. Mesmo assim, sua tendência ao sarcasmo e um certo desprezo pelas regras por vezes ofuscam seu desempenho acadêmico, ainda que suas boas notas não passem batido para os professores mesmo diante da quantidade inexplicável de vezes em que se mete em confusão. Apesar de ser uma pessoa introvertida e propensa à melancolia, Remus é visto como alguém gentil e fácil de se estar por perto, o que o torna naturalmente apto à liderança mesmo que na maioria das vezes não se considere digno disso.
── Curiosidades: 
O comportamento de Lupin é completamente influenciado pelo ciclo lunar. Nos dias anteriores à lua cheia, Remus costuma assumir uma postura mais mal-humorada, reclusa, pessimista e hiperfocada. Depois da transformação, volta para o convívio dos demais como se tivesse sido atropelado por um carro, mas imensamente mais manso e também menos incisivo a respeito das próprias opiniões. Seus melhores dias são os de lua nova e lua minguante, quando está longe de se transformar e se sente uma pessoa normal novamente. 
Ele come uma barra de chocolate inteira depois de cada noite de transformação. É a única coisa que consegue fazê-lo se sentir melhor na manhã seguinte. 
Contrariando todas as expectativas e a lógica, Remus tem um gato que é extremamente apegado a ele. Resgatou o animal alguns anos atrás e de alguma maneira nunca conseguiu se livrar dele, mesmo que já tenha tentado doá-lo inúmeras vezes. A essa altura já está conformado e devidamente afeiçoado, mesmo que de vez em quando se pergunte o que o Gato, que nunca chegou a receber um nome, acharia se pudesse vê-lo como lobisomem. Ainda assim, é curioso que Gato sempre se aproxime dele depois das transformações, ao invés de se afastar, como seria de se esperar. 
Tem inúmeras pequenas cicatrizes espalhadas pelo corpo, a maioria já em linhas embranquiçadas por serem mais antigas e, portanto, quase invisíveis. As que mais se destacam são uma risca clara sobre o arco do nariz, que atravessa de uma bochecha a outra; um risco inclinado na mandíbula direita e uma marca menor e mais discreta sob o queixo. Diz que foram causadas por Gato, justificativa que todos aceitam sem desconfiança já que o animal é bastante arisco e tem fama de ter garras bastante afiadas.
É o perfeito exemplo do introvertido que foi adotado por um extrovertido; e o extrovertido, nesse caso em especial, é Sirius Black. Foi Sirius quem trouxe Remus para o grupo que depois se tornaria os Marotos, depois de ver Remus tomar uma segunda advertência por entregar uma redação com a grafia completamente espelhada durante uma detenção em que os alunos tinham que redigir um pergaminho de 1 metro e meio sobre Leonardo da Vinci.
Remus adora desenhar e frequentemente é visto fazendo rabiscos nos pergaminhos das aulas.
Da mesma maneira que foi Sirius quem introduziu Remus a James, foi Remus quem trouxe Peter para os demais. Peter ganhou sua simpatia depois de salvá-lo de ser flagrado por um monitor fora do toque de recolher, puxando-o pelo casaco para uma passagem secreta que Remus nunca tinha visto. 
De tanto utilizar o Mapa do Maroto, Lupin e os Marotos sabem andar por Hogwarts a esmo mesmo quando não estão sob posse dele. 
Completamente apaixonado por música, Remus gosta de estudar com fones de ouvido e eventualmente acaba estendendo essa prática para sua vida adulta, razão pela qual suas aulas em Hogwarts costumam ser acompanhadas de playlists animadas com músicas de sua juventude.
O único instrumento que Remus sabe tocar é gaita.
Lupin se destaca em Defesa Contra as Artes das Trevas (DCAT) e possui um talento natural para identificar objetos enfeitiçados por magia negra.
Suas bandas favoritas são The Rolling Stones e Pink Floyd (trouxas) / Goo Goo Dwarfs (bruxos).
── Bicho-papão: A lua cheia.
── Espelho de Ojesed: Remus vê a si mesmo deitado tranquilo sobre a grama, iluminado sob a luz de uma lua cheia que não o machuca.
── Clubes e atividades extracurriculares em Hogwarts: Clube de duelos e Estudos Espectrais.
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rxmlpin · 1 year
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[ cosmopolitan ]  what is their happiest memory ever?
A primeira vez em que viu os três amigos como animagos. É a única memória com a qual Remus consegue produzir um patrono.
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rxmlpin · 1 year
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Good times for a change / See, the luck I've had can make a good man turn bad / So please, please, please / Let me, let me, let me / Let me get what I want this time / Haven't had a dream in a long time / See, the life I've had can make a good man bad / So, for once in my life let me get what I want / Lord knows, it would be the first time ── ⋅⋅⋅ 
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rxmlpin · 1 year
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If you had a Time Turner, would you use it? What would you use it for?
Remus impediria o pai de desafiar Fenrir Greyback.
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rxmlpin · 1 year
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🐧 describe yourself in 3 words
gentle brave haunted
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