Tumgik
#⚡ missões
zeusraynar · 5 months
Text
♟️CHESS by Hans Zimmer
MISSÃO: Encontrar Asclépio em Veneza.
INFORMAÇÕES: Os semideuses devem viajar até Veneza e encontrar Asclépio, entregar para o deus os ingredientes para que ele faça a poção para Rachel. Os ingredientes estão dentro de pequenos frascos transparentes, são um dente de Drakon e alguns espinhos de Quimera.
INTEGRANTES: Julian (@thearios) e o olhar sempre atento de @silencehq.
RELATO EM PRIMEIRA MÃO DE RAYNAR e DE JULIAN
Tumblr media Tumblr media
Resignação não era algo muito bem atrelado à imagem dos filhos de Zeus. Sentimentos e atos que em nada combinavam além do derradeiro significado ao fim de tudo. Algo acontecia, algo seria inexorável e algo provocava profundamente seu estado de espírito. Há quem diga que o gigante do chalé 1 parecia mais calmo, andando de um lado para o outro sob a supervisão dos seus. Outros garantem que Raynar Hornsby tinha alcançado algum lugar diferente depois de, enfim, ser convocado para a missão em nome do pai. Porém, para os pouquíssimos que realmente o conhecia, ele não estava tão longe de uma fúria quente quanto o sol. E era meio previsível, certo? Para alguém que não gostava de ser mandado, de uma hora para a outra, estar de mala e cunha pronto para pegar um avião?
E foi com essa fúria contida, metal quente tornando-se branco e evaporando, que ele manteve a expressão pétrea no rosto esculpido. O cinza de seus olhos ficando tão escuro quanto as tempestades ao redor do avião, brilhando em raios e trovões cada vez que algo vivo transformava-se em poeira dourada. Contratempos? Um respirar profundo, uma localização espacial e pronto. Acabava. Dando espaço para reflexão de... Do quê? O que mais tinha ao alcance que pudesse colocar tudo a perder sem prejudicar cada uma das cabeças ao redor de si? Raynar tratou de controlar a si próprio, os poderes voláteis, e... 
O número de lâmpadas ao redor do pescoço em menos de 5.
Raynar sequer rosnou ao ser parado, mais uma vez, na saída do voo. O metal da lança, disfarçada de bengala; usado para justificar o passo lento. Para os de fora, era um rapaz muito jovem fadado a uma vida difícil, de necessidades de adaptação. Para o filho de Zeus? A lentidão deixava-o atento e pronto, usando da segunda espada para eliminar os monstros que naturalmente eram atraídos para o seu cheiro e de seus companheiros. 
Ficando para trás, ele ouvia bem e não os perdia de vista, contando-os sempre que um saía muito da sua linha de visão. E quando entraram na ruela... Pelos Santos... Ele se recusou a adentrar demais. “ 🗲 ━━ ◤ Vigia. ◢ Falou em voz baixa, rouca, vasculhando nas expressões de cada transeunte algum sinal de perigo, dessas tais de 'filhas de Asclépio'. Um símbolo em latim, uma escultura grega, alguma declamação poética de cunho dramático e cheio de alegorias.
Mas foi uma senhora prestativa que se aproximou. Sorrindo de orelha a orelha, ela perguntou de sua história e apontou para a perna 'machucada'. Contou sobre o próprio martírio, os boatos de Veneza, a viagem milagrosa e o fim do suplício. Ela apontou para outras pessoas, essas igualmente aliviadas e extasiadas; curtindo uma vida que lhes tinha sido negada. Raynar aceitou o encarte com um sorriso raro, colocando-o sobre o coração e dispensando a senhora. Graças aos Santos, porque sua expressão tornou-se azeda e distante ao voltar-se aos companheiros. “ 🗲 ━━ ◤ O que me diz de um retiro? ◢ Habilmente lançou o encarte na direção do grupo, a pele ao redor dos braços chiando com a estática conhecida. “ 🗲 ━━ ◤ Não gosto daqui. ◢ E antes soubesse que aquele era o mais seguro que se sentiria depois que desse aquele primeiro passo para o novo destino.
Nunca tinha desejado ser baixo, mas a estatura proeminente atraía olhos demais para si; colocando-o numa vitrine dolorosa. Aquelas pessoas buscavam um fim de suas doenças e aflições, e ele parecia querer roubar o prêmio de mais trágico. Com cuidado, melhorou o passo e juntou as pernas, cobrindo-se com os outros... Mas não tinha como evitar. Os sorrisos de pena e compreensão, de uma torcida silenciosa acompanhando cada movimento do grupo até a sala com cheiro de desinfetante. 
Não gostava dali também. 
O espaço local ainda era pequeno, fechado; claustrofobia irracional fazendo-o erguer a cabeça e procurar o céu. O teto cerrando pessoas demais num espaço confinado sem possibilidade de trovões. E ele sabia que aquele temor era compartilhado pela companheira de equipe. Jules estava fascinado demais com a profissão de Asclépio, arrebatado pela criança indefesa e, pelos santos, brilhando como um personagem do filme de Peter Pan. Raynar? Segurava a bengala com mais força, os nós dos dedos ficando brancos enquanto calculava saídas e planos de emergência.
O próprio nome anunciado não o assustou de forma alguma. Sua natureza arisca aos deuses os colocavam na área cinzenta de ‘perigo se provocado’, uma que removia a reação completa para um reconhecimento distante. Com os olhos, tentou comunicar sua insatisfação para Jules, mas ele estava tão… Entregue. Seguindo-os, Raynar sentou de má vontade e esperou. Metade da atenção no que já esperava daquela conversa desnecessária. Metade no ruído ‘familiar’ do lado de fora, acostumado aos poucos minutos que tinham permanecido ali. 
As mãos abertas sobre as pernas eram contempladas. Unhas curtas, anel de compromisso materno, pêlos esparsos saindo do casaco leve até os pulsos. Veias marcadas, pulsando com a delicadeza da voz de Asclépio e arrepio. Pequenas bolinhas surgindo em ondas, espalhando-se pelos braços e costas. Curto-circuito nos nervos que o colocaram em pé e a arma descoberta nas mãos. O barulho da cadeira caindo foi engolido pelos tremores secundários quando se levantou de supetão.
Uma breve mesura. Um aceno de cabeça educado. Um particularmente envenenado para Jules. “ 🗲  ━━ ◤ Eu deveria estar do lado de fora. ◢ E o filho de Zeus fazia seu caminho para o lado de fora, acrescentando-o na frente de combate automaticamente. Compartilhavam do mesmo tempo de acampamento, da mesma experiência em missões, e - ele esperava - da mesma vontade de voltar para o acampamento com o sucesso em suas costas.
Raynar procurou a origem do som antes de ouvir os avisos da companheira de equipe. Pessoas gritando e correndo entre as macas espalhadas. A audição reconheceu objetos quebrados e metal retorcido, mas focou no que diziam em italiano. “ 🗲  ━━ ◤ O que eles estão dizendo? ◢ Perguntou mais alto para a garota, que apontava para a escultura no ponto mais distante do lugar. Quer dizer, onde estivera uma escultura grega de um deus parecido demais com o que tinha acabado de falar. Aquele ponto tinha um buraco triangular e profundo, a poeira ainda suspensa no ar.
Ele até tentaria seguir o rastro destrutivo dali se não fossem duas coisas. A pelagem escura e ninhada, parecendo dreads, interrompida por um par de chifres grossos e pesados. E Jules colocando o nome na suspeita que apareceu em sua mente. Catóblepa. A cabeça tão pesada que o focinho quase se arrastava no chão, um pescoço longo terminando no corpo robusto de uma mula graúda. Ou um cavalo? Não fazia diferença quando a dinâmica mudava imediatamente. “ 🗲  ━━ ◤ Precisamos tirar essas pessoas daqui. ◢ Alguém tinha falado, mas ele insistiu no recado ao pegar uma cadeira e arremessar na direção do bicho. Por pouco, não conseguindo salvar mãe e filho de verem o último monstro de suas vidas.
Tumblr media
Entrar em modo de combate e contenção de danos foi tão fácil quanto respirar. Raynar já partiu para a porta mais próxima e arrebentou das dobradiças com o peso do corpo. Liberando a vazão da fuga em algo mais fácil de ultrapassar. Assim feito, enganchou as mãos na parte de baixo da mesa e virou o tampo, criando um corredor protetor para os que se amontoavam contra as paredes. Aquele monstro despertava algo de touro para si e o que melhor usaria contra?
As camas próximas ficaram peladas.
Os lençóis torcidos eram amarrados pelas pontas, cada volta colocada sobre o ombro do filho de Zeus. Agora era hora de usar sua visão periférica e a audição, ainda mais com o esvaziamento que permitia um eco melhor. Uma localização mais precisa. As botas de Raynar arrastaram-se no piso de pedra, trocando de posição quando a mula avançava e vinha na sua direção. Merda! Jogando no chão, girando para escapar dos chifres e sem conseguir um ângulo para cravar a lança. A proteção da pelagem grossa parecendo mais complicada do que um simples animal da fazenda.
Os olhos azuis de Hornsby encontraram os de Jules e ele viu, os objetos erguidos e apontados pelo semideus dando ideia do que aconteceria. Isso! Raynar pegou mais uma cadeira e arremessou contra a criatura, a semideusa do outro lado fazendo o mesmo. Copos e garrafas e pequenos utensílios refletindo no rosto do bicho. Conduzindo para a luz emitida pelo filho de Apolo.
Era de se esperar uma revolta homérica. Ninguém gostava de ficar cego de uma hora para a outra. O trio precisou suar para manter a contenção do monstro. Pulando camas caídas e cadeiras retorcidas, trabalhando no ponto cego da criatura e avançando. A semideusa apontou para uma bolsa caída na visão do catóblepa, o brilho denunciando um espelho de bolso milagrosamente intacto. Raynar assentiu com o plano, transmitiu a mensagem para Jules e ergueu três dedos no ar.
A corda feita de lençóis foi arremessada como um laço. Seu grande círculo facilmente encaixando ao redor da cabeça pesada, que deu um solavanco com o puxão dado pelo filho de Zeus. Raynar jogou-se para trás, trazendo-a consigo enquanto ouvia a semideusa correr até a bolsa e tirar o espelho.
Foi tão rápido que quase não deu tempo. Os reflexos ímpares de Raynar o colocaram em pé e em movimento, alinhando-se na confiança de que ia no caminho certo e jogava-se no pescoço da mula. O braço livre segurou o da semideusa que se aproximava do mesmo jeito, só que com o espelho na mão direcionado para um dos olhos do monstro. A cabeça era larga demais para uma coisinha tão diminuta. Pensou ele com urgência. Era para ter procurado um outro. Completou ao segurar o chifre e sentir o solavanco.
E uma parada.
As patas do lado direito tremeram e cederam, o trio inexoravelmente caindo por cima da metade morta da criatura. Metade? Chegou a pensar, o olhar cinzento indo para Jules e emoldurando-se com a sobrancelha arqueada. A semideusa saiu da zona de impacto antes de ser esmagada, mas não antes de passar o espelho para Raynar e ele entender o que precisava ser feito. As bordas adentrando a palma da mão com a força que segurava, o espelho foi colocado no olho restante, refletindo o poder mortal para quem o provocava.
Num instante tinha toneladas de criatura contra o peito. No outro, areia dourada desfazia a silhueta da mula e escorria por frestas invisíveis no chão de pedra.
E é claro a voz do Deus interrompeu o pesado compasso da respiração dos semideuses em missão para anunciar o que queriam… A poção estava pronta e Raynar não via a hora de pegar o avião mais rápido de volta para o acampamento. Não entendam errado, ele não via a hora de voltar a fazer missões. Mas do acampamento, sem um item tão precioso quanto a poção que acompanhava feito uma água. O recipiente de vidro entregue para quem melhor cuidaria dele. E uma breve troca de olhares entre os dois semideuses selou o acordo.
Eu vou na frente. Você protege a poção da Oráculo.
Só que… Os pêlos do braço arrepiarem novamente. Dessa vez com tanta força que o filho de Zeus coçou a nuca irritada, esfregando as roupas para controlar a estática não neutralizada pelas lâmpadas do colar. “ 🗲  ━━ ◤ Precisamos ir agora. ◢ A semideusa assumiu o outro flanco de Jules, sendo Raynar o ponto um pouco mais deslocado para frente. O primeiro a ver o lado de fora e parar. Tirar a lança do modo defesa para o completo ataque.
As pessoas que achavam terem salvo gritavam com vigor redobrado, correndo para todos os cantos enquanto eram usadas de brinquedo para a serpente alada de duas cabeças. As mandíbulas fechando centímetros antes de morder seus braços e pernas. Aumentando o terror, triplicando a angústia. Chamando os semideuses do lugar protegido para uma nova aventura do lado de fora. Infelizmente, para os mortais, o trio estava ocupado com a missão.
Porém, também infelizmente para a serpente, Raynar Hornsby exibiu um sorriso de orelha a orelha. Rasgando o rosto de tal forma que ele ficava ameaçador. Tanto que refletia aquele chamado provocativo com um chiado no peito. Uma vibração interna e completa, transcendendo além de si na explosão de trovões no céu escuro de Veneza. Clarões de cor sem provocar chuva. Em desafio, ele mediu a criatura de cima para baixo, e num fio de voz; anunciou suas intenções.
Tumblr media
“ 🗲  ━━ ◤ Você vai morrer, Anfisbena. ◢
Hornsby lembraria daquele instante com toda clareza do mundo. De investir contra o monstro gigantesco com a confiança de que ele não ultrapassava a altura de sua cintura. A lança, dividida em duas, brilhando em cada mão dos braços abertos. Lançados para trás em busca de impulso. Ainda saberia a pedra que tinha usado para pular e arquear para trás, louco e maníaco, esperando o avanço do focinho arreganhado. Presas enormes banhadas em saliva, com a pontinha da língua ofídica pedindo… Implorando… Pelo o que faria.
O frenesi da batalha apossou-se do filho de Zeus no mesmo instante. Seu corpo respondendo aos instintos mais básicos de preservação e eliminação da ameaça. Alguém tão grande e forte conseguindo ser flexível nos desvios, rolando no chão e levantando poeira. Enchendo a rua turística de buracos das tentativas frustradas da serpente, de garras daqueles dois pés de galinha ao correr atrás das presas. Raynar lançava a responsabilidade para a semideusa de segundo a segundo, trocando de inimigo para distrair. Mudar o padrão para que não decorasse suas técnicas.
Para que Jules terminasse de esvaziar o espaço e ele começasse a machucar.
O primeiro furo apareceu na asa esquerda do bicho. A flecha quebrou contra as escamas douradas do pescoço. Flechas. O segundo furo foi mais longe, pegando na ponta da asa. E Raynar não precisava do terceiro para entender que entrava na fase que queria. Trocou o modo que empunhava as lanças, de espada para meia lança, e…
A de ouro celestial foi na direção do focinho, já prevendo que seria aparada; só para a de bronze celestial passar girando no tecido translúcido furado. A criatura berrou, enfurecida, avançando para cima do filho de Zeus e permitindo à semideusa desferir mais um golpe na cabeça traseira. Expondo-a para a flecha certeira de Jules na órbita ocular desprotegida. Hornsby não precisou enxergar o que tinha acontecido para saber que tinha dado certo. Quer pegar um pedaço? Lute mais um pouco.
E ele não precisou enxergar quando seu corpo foi capturado pelas mandíbulas cruel da serpente alada. Ele devia ter previsto que não era uma distração tão grande. Sedento por uma destruição sua, a lança juntada dava o comprimento necessário para cortar a asa que ainda permanecia intacta. A lâmina enfiada no ponto frágil, flexível e mole para que pudesse voar sem dificuldades. Mal tendo tempo de levantar os braços, tirando-os da zona de impacto e de aprisionamento. Antes o tronco do que… Do que os únicos membros capazes de soltá-lo. O queixo tensiona com o impacto, a musculatura tensa mexendo por baixo da pele do rosto. Segurando silencioso o esmagamento.
Achava mesmo que não viria preparado?
A armadura coberta segurou o pior do ataque, preservando suas costelas, mas não foi páreo para o fio de navalha das presas. Ele contou até cinco antes da dor se tornar difusa e incongruente demais para continuar, seus dedos forçando contra os olhos da criatura para que o soltasse. A lança, que tinha caído por conta do ataque, apareceu no bolso na forma de dracma (sua forma disfarce) e logo foi expandida. Contudo, antes de ser usada, a Anfisbena o arremessou longe.
O ar o recebeu, mas não controlou sua queda. O baque da cabeça reduzido pelo braço dobrado usado de apoio. O resto do corpo, ou melhor, cada nervo reagindo à dor que o cegou por um curto segundo. Pelos santos. Não tinha tempo para ficar caído. Não tinha paciência para recuperar o fôlego e se deixar recuperar do golpe. Por quê? Porque o céu ainda não tinha emitido um de seus raios e a visão estava iluminada, brilhando com a força das dez lâmpadas acesas do colar de aviso. Raynar não tinha usado um miligrama de suas habilidades e… Tudo estava. O quê?
O tempo realmente tinha passado enquanto se colocava apoiado em um joelho, as mãos empurrando para que se levantasse. Aqueles segundo (ou segundos) alguma coisa tinha acontecido e a cobra retorcia numa pira incendiária. A semideusa balançando a espada, impedindo seu avanço para as ruas que os mortais tinham corrido. Não era uma visão ofuscada. Não quando seu olhar cinzento caía em Jules e ele estava devidamente colocado. Com o arco na mão e mais uma flecha incendiária engatada.
A visão liberou seus outros sentidos. O filho de Zeus é inundado pelos sons que o afogavam e aos seus sentidos. Rugidos desesperados, gritos femininos e a multidão ainda sem saber o que estava acontecendo. Preciso voltar. De pé, arrastava-se de volta para a batalha, caminhando diretamente para a criatura.
Só que ele precisava ajustar, angulando seus passos trôpegos para a beira do canal ali perto. A Anfisbena soltou um último grito de dor e se virou para as águas, mergulhando no imundo rio em busca do alívio do corpo em chamas. Oh. As passadas ficaram mais firmes, o sorriso voltou para o rosto. A lança expandindo e escorregando pela mão do dono, parando perto demais do início afiado da outra ponta. “ 🗲  ━━ ◤ AFASTEM-SE DA ÁGUA! ◢ Apontou para Jules, para a semideusa, firmou o que queria dizer e se jogou atrás da serpente.
Estava escuro e turvo demais para encontrá-la rapidamente, mas tinha uma carta na manga. O sangue das feridas escurecia as águas ao redor de si, criando um halo que esperava ser irresistível para o monstro. Dois, três, cinco segundos. Raynar podia esperar um minuto inteiro se quisesse, quanto tempo fosse necessário para morder a isca. E quando o fez, o focinho aberto e dourado a poucos metros de si, o filho de Zeus já a esperava com os braços abertos.
Do céu, relâmpagos e trovões uniram-se numa demonstração de poder proveniente do divino. O que não tinha usado até ali concentrado numa chuva particular para aquele pedaço. Aquele canal ausente de vida e saúde. As lâmpadas ao redor do pescoço explodindo de uma vez só quando a eletricidade tocou a água. Quando a eletricidade emanou do seu corpo. Quando cada fio de alta tensão e poste elétrico ouviu o chamado de Hornsby. A água iluminou de dentro para fora, uma sopa elétrica descomunal. Mortal.
A boca aberta estava negra, carbonizada do lado mais vulnerável e frágil. Uma carcaça flutuando no meio das partículas de sujeira e pedaços de lixo da dita cidade tão bonita. Que ponto turístico, hum! Um que melhoraria com a mão fantasmagórica do semideus para segurar a madeira do cais e se içar para fora. Um braço segurando o flanco machucado e o outro trêmulo de esforço, tanto de nadar quanto de… continuar. Aceitou, com muita resistência, a ajuda do grupo, resmungando a cada passo.
Da dor. Do desconforto. Do cheiro.
Raynar mirou os olhos azuis tempestuosos em Jules. Determinação enraivecida emanada no meio do cansaço que ameaçava levá-lo. “ 🗲  ━━ ◤ É bom que você me remende decentemente, ou não chegaremos em casa. ◢ 
A semideusa riu com as palavras do filho de Zeus e este, bem, sorriu como se nada tivesse acontecido. Afinal, tudo seria resolvido com três dias hibernando no chalé, em casa.
8 notes · View notes
addietive · 7 months
Text
Tumblr media Tumblr media
⚡🌪️ RAIOS E TROVÕES! Você está olhando para uma cria de ZEUS, que faz parte do CHALÉ UM e tem VINTE E SETE ANOS. ADDISON BRYANT é instrutora (machado) e lider da equipe vermelha de corrida com obstáculos. Você pode encontrá-la treinando pra caramba ou tramando a queda dos deuses em seus momentos de ócio.
⚡ BIOGRAFIA
Zeus e Ares se mostraram interessados em Anneliese Bryant durante o tempo que ela serviu ao Exército dos Estados Unidos como Sargento, mas em épocas diferentes, encontrando-a em sua residência localizada em Malibu. No caso, o Rei dos Deuses apareceu depois, consumando sua relação com a mortal que, até então, não vislumbrava a ideia de ter uma filha e interromper a carreira militar bem-sucedida na qual ascendia a cada nova missão, mas que se viu tendo de abandonar muitos de seus projetos pessoais quando se descobriu grávida e, posteriormente, viu-se completamente sozinha na maternidade.
Aos poucos, Anneliese foi sendo acometida pela depressão, tentando encontrar suporte na única companhia que realmente tinha até então: a filha. Os avós de Addison também serviram ao Exército, mas a avó de Addie havia falecido em missão e o avô dela, por sua vez, encontrava-se em uma casa de repouso especializada em veteranos da guerra visando atendimento humanizado aos traumas deles, de modo que não havia, realmente, mais ninguém com quem Addison pudesse ficar para que a mãe retomasse sua rotina e seus afazeres até que ela adquirisse idade o suficiente para ficar com babás e Anneliese confiasse sua única criança a outra pessoa. Episódio que se repetiu cada vez que elas precisaram se mudar, por conta da retomada do trabalho da Srta. Bryant, retornando à sua rotina como oficial do exército.
Todavia, sua mãe nunca havia escondido o fato de que Addie era uma semideusa. Detalhe este que povoou a mente dela por toda sua infância, elucidando melhor os fatos peculiares que lhe aconteciam, mas que também foi necessário ser exposto por conta do perigo que corria e de toda a exposição a que foi submetida como filha de Zeus, ainda que Anneliese tivesse a criado com maestria a ponto de usar a própria cria para servir em missões particulares dos Estados Unidos, em missões de infiltração, ainda que Addison não tivesse lá muita ideia do que aquilo poderia significar e significava, afinal: havia se tornado a arma de estratégia mais poderosa de sua mãe, que, por sua vez, havia lapidado uma ótima futura soldada, de modo que, quando ingressou no Acampamento aos dez anos de idade, Addie se adaptou facilmente à rotina do lugar.
TW: Menção a suicídio.
A parte mais difícil foi realmente deixar para trás a mãe que, até alguns anos mais tarde, continuou servindo militarmente, mas que se viu completamente desnorteada sem a presença da única família que, de fato, lhe restava. Além disso, Anneliese começou a demonstrar muito apego às histórias vividas com Zeus conforme sua idade avançava, tornando-se completamente presa dentro dos próprios pensamentos e da própria mente; o diagnóstico de Estresse Pós-Traumático veio durante um inverno que Addison passou junto da mãe, ao qual ambas assistiram ser justificado pela carreira militar e por todos os anos de comprometimento com o governo dos Estados Unidos, sendo este o último acontecimento significativo antes que Anneliese tirasse a própria vida, cerca de cinco anos atrás, algum tempo após a morte do avô de Addison também.
TW: Fim da menção.
Depois disso, a assiduidade de Addison no Acampamento se intensificou. Agora, por um motivo diferente: assistir ao desespero da mãe, observando a maneira como ela fora um mero peão na história de Zeus, sem valor ou amparo algum ao final da vida, encheu seu coração de uma raiva que, na verdade, ela guardava há muito tempo, mas que nunca havia conseguido verbalizar ou transparecer tão facilmente, além da frustração por ter visto o quanto seus irmãos e outros semideuses também sofriam pelo parentesco divino sem tanta consideração assim dos pais pelos mestiços que haviam colocado no mundo.
O silêncio no Olimpo, então, agravou o rancor de Addison em relação aos deuses: ela estava determinada a entender o que estava acontecendo e, mais do que isso, resolver a situação com as próprias mãos, logo após o pronunciamento durante o fatídico jantar que trouxe à tona a existência da nova profecia.
⚡ PODERES: Metamorfose. Zeus era conhecido por suas metamorfoses, então não é tão surpreendente que Addison tenha herdado esta característica do pai, podendo então se transformar fisicamente, de maneira idêntica, tanto na aparência quanto na voz e afins, em qualquer humano, semideus ou animal, se for o caso, com a limitação de que o processo de transformação é extremamente exaustivo para Addison que nunca conseguiu passar mais do que cinco horas transformada (quando em uma missão).
⚡HABILIDADES: Força sobre-humana e fator de cura acima do normal.
⚡ ARMA: Um machado produzido com ouro imperial, com os nomes de Addison e de sua mãe entalhados em cada lateral do cabo da arma. É uma arma consideravelmente pesada quando empunhada, de modo que somente seus irmãos poderiam erguê-lo quando não está em sua forma usual: um anel delicado usado no dedo mindinho dela.
Membro da Equipe Vermelha de Corrida com Obstáculos;
Instrutora de arma (machado).
⚡ PERSONALIDADE
Em geral, Addie é bastante tranquila e gentil. Entretanto, quando provocada ou desafiada de qualquer forma que seja, pode se tornar tempestiva e realmente complicada de lidar, uma vez que tem a mesma postura competitiva e combativa do pai. Tende a ser mais reservada e gosta bastante de observar os movimentos e opiniões das pessoas, chegando a ter um perfil mais diplomático que o dos irmãos.
Aliás, por ser a única mulher dentro do chalé, Addie tem uma postura que pode ser lida mais ainda como intransigente: jamais permitiria que alguém a comparasse de maneira inferior aos outros filhos de Zeus, então ela realmente dá o melhor de si em absolutamente tudo o que faz.
É extremamente dedicada também com seus relacionamentos; a bem da verdade, Addie está sempre desejando recrutar novas mentes rebeldes para seu plano insano de enfrentar os deuses em algum ponto de sua vida, então ela tenta ser o mais atenciosa e companheira possível, ainda que tenha seus momentos, mesmo que raros, de isolamento.
O lance dela é ver gente e estar no meio do povo. Não pelo viés da bagunça, mas sim, pelo de se informar e também observar pessoas diferentes que vem de lugares diferentes, o que, aliás, juntando com o combo de ter nascido nos Estados Unidos, talvez a torne meio inconveniente com comentários esteriotipados ou limitados da mente de uma cidadã norte-americana que, ainda que tenha conhecido outras culturas, realmente aprecia e defende com unhas e dentes a sua própria (o que talvez a coloque em situações polêmicas, mas olha só de quem é filha também...)
⚡ OUTROS
Ela vem de Malibu; então qualquer coisa que envolva praia e dias ensolarados, é com ela;
É bissexual, mas com uma preferência drástica por mulheres; suas inclinações lésbicas são gritantes. Não é que não goste de homens, mas... Para atrai-la, eles têm que se destacar muito mais, o que faz com que ela tenha se relacionado com 3 ou 4 durante toda a vida, seja dentro ou fora do Acampamento;
É relativamente próxima de outros filhos da guerra e do combate, como os de Athena e Ares, devido a sua natureza competitiva e capaz de apelar, ciente de que só estas proles poderiam lhe dar o que deseja no sentido de treinar e se preparar sem preocupações;
Mesmo que tenha um machado, ela é realmente boa manuseando espadas médias, curtas ou longas; sua fraqueza está mais em abordagens de defesa, já que ela realmente prefere atacar e atordoar do que executar um movimento de recuo e contenção; isso só porque seus movimentos costumam ser bastante assertivos, mas quando não, Addie realmente poderia se colocar em uma situação delicada numa batalha real;
Tecnicamente, ela é casada. Isso aconteceu em uma missão, situada em Las Vegas, na qual, depois de beber um pouco demais além da conta, acabou se casando com outro semideus (conexão aberta!!!). Nunca tratou de resolver isso, mas é uma história que conta aos risos, já que não existe realmente o fator romântico e infinito do amor nessa empreitada;
Tem 1, 70 de altura;
Possui cerca de 25 tatuagens espalhadas pelo corpo. Normalmente, cobrem cicatrizes antigas ou novas;
Seus cabelos são pretos e, atualmente, possui uma mecha vermelha na lateral deles;
É bastante vaidosa quando não está no contexto de treinamentos e de levar o próprio corpo ao ápice com exercícios e treinamento, o que pode gerar certa estranheza em quem acha que ela não seria do tipo que se cuida ou se produz toda quando quer;
Foi muito explorada pela mãe que usava seus poderes em missões do Exército. Addie era como uma Arma Secreta e talvez essa seja a única parte de sua vida sobre a qual não fala tão abertamente, porque lhe causa dor e muita tristeza;
Ainda por conta do trabalho da mãe, Addison conheceu vários países e se mudou com frequência antes de frequentar o Acampamento;
Como boa norte-americana, ela só fala inglês mesmo.
17 notes · View notes
silentbet · 1 year
Text
💡Como Jogar nas Missões Betano❓❗
0 notes
silencehq · 6 months
Note
Agora que tá perto do horário não rola um spoiler real das missões?
Vale na tradição de spoilers por emoji? Alguns são bem diretos e estou entregando muito até. 🏝️🐶🐦‍⬛⚡🌩️🕳️🦂🐜
Tumblr media
3 notes · View notes
zeusraynar · 7 months
Text
˗ˋˏ ⚡ ˎˊ˗ Say I wouldn't do this anymore but I can't help it, I get bored.
Tumblr media
2 notes · View notes
zeusraynar · 2 months
Text
Tumblr media Tumblr media
⚡CAMADA 5: BENÇÃO OU MALDIÇÃO
Você tem uma maldição ou benção? Sim.
Qual deus te deu isso? Hécate.
Essa benção te atrapalha de alguma forma? 5 anos e nenhuma vez atrapalhou. Ele mantém em segredo e hoje, com todo o problema com Hécate e os traidores, é grato por manter escondido.
No caso de benção, que situação ocorreu para você ser presentado com isso?
Se tem um semideus mais preocupado em respeitar a Névoa, seu nome só poderia ser Raynar Hornsby. Cada pecinha usada fora do terreno protegido do acampamento era pensada na forma que seria distorcida e usada ao seu favor? A lança moldava-se num cajado estiloso de inválido, a proteção dos joelhos numa prótese metálica. Como filho de Zeus, cada vantagem era um passo para vitória. Uma chance de vida. E quando suas missões focaram em resgastes (suas preferidas, por sinal, até virou professor!), a mente quebrou e re-moldou em algo mais fluído... Mais consciente da magia que nublava a visão e alterava memória. Foi numa missão particularmente complicada que Raynar se viu dependendo daquela magia. As duas semideuses, uma sendo filha de Hécate, tremendo de medo atrás do corpo avantajado do filho de Zeus. Ele lembrava de tentar acalmá-las, mas os cães infernais circulavam o esconderijo enquanto sirenes de polícia aproximavam-se. Seria preso ou morto, não era incrível? Porém, antes que terminasse de transformar os monstros em poeira dourada, a Névoa condensou e uma silhueta feminina se formou. A partir daquele dia, Raynar Hornsby recebeu a benção de Hécate. Pelo respeito do seu domínio, ganhou a habilidade de manipulação da Névoa. Seria capaz de controlar e manipular o véu que os protegia e escondia, influenciando as memórias e salvaguardando os resquícios divinos de suas ações.
16 notes · View notes
zeusraynar · 3 months
Text
Tumblr media
⚡I take my whiskey neat, my coffee black and my bed at three
ou as 10 camadas dessa cebola albina temperamental
⚡CAMADA 1: BÁSICO E PESSOAL
Nome: Raynar Benedik Hornsby.
Idade: 29 anos. Data de aniversário é 25 de abril, o que me faz um taurino? Não sei o que isso quer dizer, não me perguntem.
Gênero: Homem cis gênero.
Pronomes: Ele / dele.
Altura: Dois metros e treze centímetros. 2,13 m.
Parente divino e número do chalé: Do adúltero mais conhecido pelos quatro cantos, Zeus. O chalé 1, quando deveria ser o último.
⚡CAMADA 2: CONHECENDO OS SEMIDEUSES
Idade que chegou ao Acampamento: 13 anos, mas deveria ter sido bem antes. Onde eu vivia, em Aspen, o clima ajudava muito a me deixar escondido. E eu acho que alguns semideuses tiravam férias por lá, porque monstros visitavam e desapareciam.
Quem te trouxe até aqui? Sátiros de helicóptero. Minha presença foi, enfim, notada e monstros mobilizaram-se para me eliminar. Como eu vinha acumulando poder desde os 8, 9 anos; meu cheiro ficou meio impossível de não ser notado. Minha mãe entrou em contato com o acampamento e eles vieram me buscar. Não foi fácil e eu não entendi muito bem, porque meu toque fazia a neve chiar e o metal aquecer. E tudo ficou meio confuso depois da picada do tranquilizador.
Seu parente divino te reclamou de imediato ou você ficou um pouco no chalé de Hermes sem saber a quem pertencia? Eu fiquei mais de um ano preso no chalé de Hermes. Meus poderes se manifestaram no primeiro dia de acampamento, quando os efeitos do tranquilizante desapareceram. Meu temperamento não ajudava muito no controle também. Vamos dizer que era óbvio eu ser filho de Zeus, mas ele não quis olhar para mim até mandar uma oferenda bem ofensiva.
Após descobrir sobre o Acampamento, ainda voltou para o mundo dos mortais ou ficou apenas entre os semideuses? Se você ficou no Acampamento, sente falta de sua vida anterior? E se a resposta for que saiu algumas vezes, como você agia entre os mortais? Descobri não muito tempo depois que o hotel foi dizimado. Os monstros cuidaram das pessoas vivas e meu poder, a primeira manifestação, criou um curto-circuito que o fez incendiar. Eu... Eu me culpo ainda pela morte delas, mas Quíron me ajudou a lidar com isso. Nenhum monstro sobreviveu ao incêndio e isso me traz um pouco de paz. Mesmo se tivesse uma vida mortal, não voltaria. É um perigo grande demais, para mim e para os demais. Sou um campista exclusivo, só saindo em missões e tarefas menores.
Se você pudesse possuir um item mágico do mundo mitológico, qual escolheria e por quê? A Armadura de Aquiles, feita por Hefesto. Impenetrável, certo? O calcanhar cuido eu.
Existe alguma profecia ou visão do futuro que o assombra ou guia suas escolhas? Minha existência já não é uma profecia e uma visão do futuro? Não deveria existir, minha vida está fadada ao fim e cada dia é um assombro de possibilidades contra meu favor. Coisa suave.
⚡CAMADA 3: PODERES, HABILIDADES E ARMAS
Fale um pouco sobre seus poderes: Bom, eletrocinese é bem simples. Sou capaz de controlar, gerar e absorver a energia elétrica.
Quais suas habilidades e como elas te ajudam no dia a dia: Quando Zeus, enfim, me reclamou como filho; parei de usar. Usar no sentido de depender. Meu treinamento em combate corpo a corpo e com armas superam, e muito, minhas prioridades. Eletrocinese é último caso e sempre para avisar aos outros para não chegar perto.
Você lembra qual foi o primeiro momento em que usou seus poderes? Inconscientemente, no meu resgate pelos sátiros. Minha mãe e eu fugimos pelos fundos do hotel, onde ficava a casa de máquinas. Meus raios sobrecarregaram o sistema e provocaram um incêndio. Conscientemente, depois que surtei na Casa Grande. Quíron tentou explicar, mas eu não estava pronto. Foi alguns dias depois, quando a fofoca da minha 'existência' espalhou pelo acampamento. Eram tantas perguntas e provocações que eu... Não aguentei. Eu pedi para que se afastassem! Não me responsabilizei por quem levou choque.
Qual a parte negativa de seu poder: Ele é muito atrelado aos meus sentimentos e emoções, de um jeito que é irônico. Dar eletricidade para a prole de um deus naturalmente cabeça quente e irritadiço? As lâmpadas me ajudam a focar, porque a resistência delas é alta, mas... É difícil. O meu poder é grande demais.
E qual a parte positiva: Sou excelente para cobrir rastros eletrônicos e tecnológicos. Sou um complemento da névoa, queimando ou perturbando o sistema de vigilância. E eu sinto onde estão as câmeras. Escutas? Espionagem? Aqui não.
Você tem uma arma preferida? Se sim, qual? Kataros, minha lança de duas pontas. Visualmente, parece duas espadas ligadas pela empunhadura. As lâminas mais grossas, a empunhadura mais comprida. Ela se divide, uma de bronze celestial e uma de ouro imperial.
Acredito que tenha uma arma pessoal, como a conseguiu? Numa missão de resgate. Nessa época era o que mais fazia, impedir outros semideuses de ter uma recepção tão dura quanto a minha. Não foi particularmente difícil, mas desafiador o suficiente para precisar de um plano mais complexo. O lugar onde estava escondido os dois semideuses era uma espécie de caverna do tesouro. Eu não ia pegar nada, porque sabemos bem a probabilidade de estar amaldiçoado ou enfeitiçado, mas Hermes liberou o espólio. Um para cada um de nós três, o grupo de resgate. Ah, os filhos eram dele. Os Ferreiros ajustaram do jeito que eu queria e ela está aí. Katharos, em grego, significa limpa, pura. Uma arma limpa no fogo, sem pecados ou defeitos. Imaculada.
Qual arma você não consegue dominar de jeito algum e qual sua maior dificuldade no manuseio desta? Arco e flecha. Não combina comigo, não faz sentido na minha cabeça. Ela exige delicadeza e sobriedade, estado de espírito controlado e coisa e tal. Eu sou burro, cortante, esquentado. Só... Não. Já quebrei arcos demais para aceitar que minha pontaria é exclusiva de arremessos.
⚡CAMADA 4: MISSÕES
Qual foi a primeira que saiu? A clássica de recuperação de artefato mágico. A instabilidade do meu poder me fez escolher uma missão com menos pessoas envolvidas. Precisei recuperar a lira encantada de uma ninfa, porque ela participava da orquestra que tocaria no casamento de algum abençoado por Apolo.
Qual a missão mais difícil? A anterior ao pior momento da minha vida. Foi um resgate de um semideus tão complicado, tão cheio de obstáculos, que eu quase entreguei a crianças às parcas. Ele tropeçou, bateu a cabeça e perdeu os sentidos; cães infernais brotavam de todos os cantos e tudo parecia querer a morte desse menino. Queimei a maior oferenda para meu pai nesse dia, sem nem saber quem era, xingando com todas as letras. Zeus me reclamou no dia seguinte, assim que acordei, e desde então tenho a suspeita de que ele fez de propósito. Uma missão para me testar ou qualquer coisa sádica nessa linha.
Qual a missão mais fácil? Foi a primeira. O tempo e todas as outras missões deixaram essa bem fichinha em comparação. De sensação, foi a escolta de um carregamento para o Júpiter.
Em alguma você sentiu que não conseguiria escapar, mas por sorte o fez? Não.
Já teve que enfrentar a ira de algum deus? Se sim, teve consequências? Não, e não por falta de tentar.
⚡CAMADA 5: BENÇÃO OU MALDIÇÃO
Clique aqui!
⚡CAMADA 6: DEUSES
Qual divindade você acha mais legal, mais interessante? Nenhuma.
Qual você desgosta mais? Zeus.
Se pudesse ser filho de outro deus, qual seria? Têmis, deusa das leis. Da justiça.
Já teve contato com algum deus? Se sim, qual? Como foi? Se não, quem você desejaria conhecer? Asclépio. Fala demais, de um jeito rebuscado e lírico demais, e dá nos nervos. Dionísio, sem comentários. Hermes, ligeiro nas palavras, mas compartilha o pensamento de que tempo é dinheiro. Têm outros, não muito marcantes para discorrer sobre.
Faz oferendas para algum deus? Tirando seu parente divino. Se sim, para qual? E por qual motivo? Minha única oferenda foi para meu pai, depois de mais de um ano sem saber quem era. Não dei nomes, só queimei e esbravejei para quem me deu vida. Depois disso, no máximo, ajudo a carregar oferendas para outros semideuses.
⚡CAMADA 7: MONSTROS
Qual monstro você acha mais difícil matar e por qual motivo? Carcinos. Não adianta saber onde acertar se o caranguejo gigante é mais esperto que uma cria de Atena. A carapaça dura ricocheteia toda e qualquer investida e, quando tenta pegar por baixo, ele solta o corpo sobre você querendo amassar. Eu e esse caranguejo dançamos, mas consegui enganá-lo ao dividir minha lança e deixar uma metade no ponto exato da descida.
Qual o pior monstro que teve que enfrentar em sua vida? Lâmia. Tudo relacionado a Zeus é terrível. Ela tem um faro para filhos deles que descobri rapidinho a extensão. Ela não liga para nada além de destruir e sua resistência? A considero pior porque seus objetivos são bem mais tenebrosos que monstros comuns.
Dos monstros que você ainda não enfrentou, qual você acha que seria o mais difícil e que teria mais receio de lidar? Caríbdis. O tamanho? Os dentes? Manda a irmã para mim, mas não me coloca num barco passando pelo território dela.
⚡CAMADA 8: ESCOLHAS
Caçar monstros em trio ( X ) OU Caçar monstros sozinho ( )
Capture a bandeira ( ) OU Corrida com Pégasos ( X )
Ser respeitado pelos deuses ( ) OU Viver em paz, mas no anonimato ( X )
Hidra ( X ) OU Dracaenae ( X )
⚡CAMADA 9: LIDERANÇA E SACRIFÍCIOS
Estaria disposto a liderar uma missão suicida com duas outras pessoas, sabendo que nenhum dos três retornaria com vida mas que essa missão salvaria todos os outros semideuses do acampamento? Sim.
Que sacrifícios faria pelo bem maior? Qualquer um.
Como gostaria de ser lembrado? Aguentou muito e não foi nada simpático. Incrível.
⚡CAMADA 10: ACAMPAMENTO
Local favorito do acampamento: Arena de treinamento. Ela ganha da parede de escalada só pela versatilidade e variedade.
Local menos favorito: Enfermaria. Tenho recuperação mais rápida que a maioria então, se parei na enfermaria... A situação não está boa e eu não posso voltar às minhas atividades normalmente.
Lugar perfeito para encontros dentro do acampamento: Riacho de Zéfiro. Longe da movimentação do acampamento, ninguém vai para lá conscientemente. É escorregadio e frio, meio distante. Perfeito.
Atividade favorita para se fazer: Simulação de Ataques. Era minha atividade preferida antes de virar instrutor de resgaste (e continua sendo depois de assumir o cargo). A verdade é que eu gosto de sair em missão, a simulação é uma forma de não perder o costume.
13 notes · View notes
zeusraynar · 1 month
Text
no calor do que precisa ser feito com @aidankeef
Para o filho de Apolo responsável pelo turno atual da enfermaria, Raynar comunicava sua saída. Desde o desespero geral das cabeças faltantes, o filho de Zeus não tinha parado um segundo nas idas e vindas do campo de batalha. Carregando com cuidado os feridos, ajudando a montar locais improvisados para os primeiros cuidados, quebrando o pescoço para acompanhar os irmãos em suas missões pessoais. Santos, o pescoço do semideus doía tanto que era difícil mexer; a mão esfregando com força a base. ⸤ ⚡ ⸣ ⸻ Essa é uma bela maneira de lembrar que os três dias em Circe não passaram de miragem. Aquele trabalho todo para ganhar uma massagem e isso acontece. , Estavam avisados? Sim. Estava ileso? Também sim. Estava feliz com isso? Era complicado. O temperamento leve da praia sumindo com a mesma velocidade de uma vela apagada; carranca pura em suas expressões. ⸤ ⚡ ⸣ ⸻ Circe tocou a gente pra fora hablando tudo. Essa merda de fenda fechou com seis dentro. Nenhum monstro notou a minha existência. Porra da galera achando que dá pra cavar um buraco até lá. E eu beijei Natalia. , Raynar quase desistiu de contar aquele último fato, mas... Se não fosse o primeiro a contar... Não seria nada fácil o resto de sua vida. ⸤ ⚡ ⸣ ⸻ Eu vou encerrar por hoje, beleza? Falou. ,
Tumblr media
6 notes · View notes