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#🎸 𝗹𝗶𝗼𝗻𝘀𝘁𝗮𝗿 / development
archive-roareedi · 2 years
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! treasure hunt . . . gosto muito de te ver, leãozinho, mas cadê você?
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Quando se cresce, é normal soltar-se de manias e hobbies antigos. Roupas, brinquedos, comidas favoritas… Tudo muda, porque é impossível não mudar conforme descobre o mundo e disso o King entende, como o filho do meio ele não teve qualquer pressão ou mimo exagerado, apesar de ter a mesma idade da caçula, então tal transição foi bem tranquila e fácil de notar. Os lábios de cor e giz de cera foram substituídos pelas latas de spray e as demais tintas, os papéis colados na geladeira passaram para as paredes, da forma mais literal possível, pois o garoto começava a desenhar nas paredes de seu quarto em busca de deixar tudo como sua cara; como quem ele era. Expressão sempre foi importante e de todas as formas, felizmente, vinha de uma família que se expressar através da arte era muito comum, seus pais sempre incentivaram e gostavam de ver as crianças se expressando e apesar das escolhas do único menino, ainda aplaudiram e elogiaram. 
Apesar dessas mudanças, tem uma coisa que não mudou ou sumiu, o amor do rapaz pela pelúcia de leão. Foi um presente de Nala assim que nasceu, existem fotos e mais fotos onde ele está grudado com a bendita pelúcia, um leãozinho que já estava surrado, mas que não era desfeito por seu dono. É seu fiel companheiro das melhores aventuras e dos momentos difíceis, na infância, seu fiel confidente de todos os medos e problemas. Na adolescência, o momento de calmaria por um aperto e agora, como adulto, apenas uma lembrança de uma infância feliz e um ótimo calmante para dormir com serenidade. Só apertar o bichinho nos braços e dorme sem problemas, como se estivesse em casa, e mesmo que o brinquedo nunca amanheça em sua cama - e sim, no chão -, ainda é importante!
Então ao acordar e não encontrar o tão famoso leãozinho, o medo surgiu. Lembrava de ter dormido com ele, bem preso em seu abraço após finalizar uma música, mas agora não estava ali e já tinha revirado toda a cama, até embaixo da mesma, mas sem sinais. Nem podia perguntar para ninguém sobre o paradeiro de sua pelúcia, pois ninguém sabia, fora suas irmãs e talvez, nem elas, porque achava pessoal demais para sair contando… Como nunca dividiram o quarto, não tinha como as meninas terem ciência do bichinho felpudo; uma coisa boa ou nem tanto, porque não teria ajuda para encontrar. Podia contar para o melhor amigo, mas nem ele sabia, algo tão restrito, agora parecia uma ideia ruim ter escondido, mas também pensava, se ninguém sabia da existência de Muff - a pelúcia - como ele tinha desaparecido? Era uma ótima pergunta e que recebeu a pior resposta, o vazio de não saber o que pensar.
Não era apenas uma pelúcia de infância, com tanto significado e sentimentalismo de sua parte. Na patinha esquerda do leãozinho, Deece costurou uma palheta, a favorita de seu pai, que lhe foi emprestada em sua primeira apresentação de violão. Ele nunca devolveu, inventou mil desculpas até conseguir unir as duas coisas mais preciosas de sua vida, e até hoje, jura de pé junto que devolveu o objeto e que Simba o perdeu. 
Tentava não pensar muito, pelo menos, não até estar 100% acordado e enquanto escolhia sua roupa do dia, uma surpresa surgiu no fundo do armário, uma frase se formava em uma espécie de pozinho mágico, igual os das fadas dos livros de estudo, uma frase tão estranha, “algumas pessoas fazem tatuagens com objetos que tem nesse lugar”. Tudo bem, ele tinha algumas tatuagens enfeitando seu corpo, desenhos que gostava e que geraram uma briga daquelas na mansão dos King, mas não compreendia o que aquilo estava querendo dizer. Pessoas faziam tatuagens de diversas coisas e em diversos locais, como adivinharia aquilo? Ou melhor… O que aquilo significava? 
Só que não parou por aí, porque enquanto assistia alguns vídeos em seu Youfly, um anúncio bem estranho surgiu em forma de pop-up em sua tela, um filme non-maj e uma numeração, que devia ser a minutagem do filme mostrado e por curiosidade - porque Daudi era extremamente curioso com tudo -, acabou assistindo a sugestão por inteiro, porque aquela minutagem lhe deixou interessado, nunca pensou que um filme sobre uma pessoa se descobrindo princesa fosse ser interessante. Mas ainda não sabia o que tudo aquilo significava, ainda não pensava em como ligar tais informações e conforme o dia passava, descobria não ser o único que tinha perdido alguma coisa só que diferente dos colegas, King não conseguia dizer, tamanha a vergonha de assumir que tinha uma pelúcia. 
A última dica foi decisiva, “a mãe de duas pessoas da academia deve sentir falta do que fazemos aqui”, era o que precisava e apesar do tempo que perdeu ao listar quem tinha um irmão apenas, acreditou ter encontrado o destino final de seu Muff. As pistas direcionaram ao local que não visitava tinha meses, talvez fosse hora de tirar alguns objetos do armário e mirar em alvos.
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