Tumgik
#- Imaginário Medieval.
xolilith · 2 months
Text
Qual livro iremos ler no clube do livro rios de prosa?
Observação: eu irei disponibilizar a obra escolhida em PDF!
1. Carmilla
autor: Sheridan Le Fanu
Cerca de quinze anos antes de Drácula, um livro sobre vampiros marcou a literatura gótica e estabeleceu-se entre os clássicos de horror: Carmilla, de Joseph Sheridan Le Fanu. Aliás, não um livro sobre vampiros, sobre “a vampira”.
A lasciva personagem que dá título ao conto tornou-se uma das mais impactantes figuras do imaginário vampiresco na história.
A obra é narrada por Laura, jovem que vive isolada com o pai em um castelo na Estíria – região do antigo império austro-húngaro.
Uma hóspede inesperada, entretanto, despertará os sentimentos amorosos da jovem Laura, ao mesmo tempo que lhe causará certo terror ao trazer de volta antigos pesadelos da infância.
Carmilla é um conto sobre sedução e horror, criaturas ancestrais e o despertar da maturidade, amor e repulsa.
Um clássico excitante para os amantes do gênero.
Tumblr media
2. O nome da rosa
Autor: Umberto Eco
Itália,1327. O frei Guilherme de Baskerville recebe a missão de investigar a ocorrência de heresias em um mosteiro beneditino. Porém a morte de sete monges em sete dias, em circunstâncias insólitas, muda o rumo da investigação. Primeiro romance do autor, publicado em 1980 tornou-se um sucesso de vendas, fazendo com que o italiano, conceituado professor de semiótica, alcançasse prestigio internacional como romancista. Marcada pela ironia de Eco, a narrativa é repleta de mistérios com símbolos secretos e manuscritos codificados.
Eco retratou um episódio fictício, que ocorre durante a Idade Média, em que o riso é dado como proibido. O enredo d'O Nome da Rosa gira em torno das investigações de uma série de crimes misteriosos, cometidos dentro de uma abadia medieval. Com ares de Sherlock Holmes, o investigador, o frade franciscano Guilherme de Baskerville, assessorado pelo noviço Adso de Melk, vai a fundo em suas investigações, apesar da resistência de alguns dos religiosos do local. Até que então desvenda as causas dos crimes, estando ligadas à manutenção de uma biblioteca que mantém em segredo obras apócrifas, obras que não seriam aceitas em consenso pela igreja cristã da Idade Média, como é a obra risonha criada por Eco e atribuída romantescamente a Aristóteles. A aventura de Guilherme de Baskerville é desta forma uma aventura quase quixotesca.
Tumblr media
3. O perigo de estar lúcida
Autora: Rosa Montero
Com base na sua experiência pessoal e na leitura de inúmeros livros sobre psicologia, neurociência, literatura e memórias de grandes escritores, pensadores e artistas, Rosa Montero nos oferece um estudo fascinante sobre as ligações entre criatividade e instabilidade mental. O leitor descobrirá nestas páginas a teoria da “tempestade perfeita” — aquela que prega que na explosão criativa são postos em cena fatores químicos e situacionais irrepetíveis — e presenciará o processo de surgimento de ideias que a autora, desfrutando de suas vivências, habitou diretamente, e durante anos, um território nas vizinhanças da loucura.
Tumblr media
4. O prazer do texto
Autor: Roland Barthes
Quem suporta sem nenhuma vergonha a contradição? Ora, este contra-herói existe: é o leitor de texto; no momento em que se entrega a seu prazer. Então o velho mito bíblico se inverte, a confusão das línguas não é mais uma punição, o sujeito chega à fruição pela coabitação das linguagens, que trabalham lado a lado: o texto de prazer é Babel feliz". Em um escrito caleidoscópico, quase um bloco de anotações, Barthes analisa o prazer sensual do texto para quem lê ou escreve.
Tumblr media
7 notes · View notes
angelanatel · 12 days
Text
Curso: “A representação do Mal nas Religiões”
Carga horária: 10 horas Aulas gravadas para assistir quando quiser.
Neste curso iremos estudar a representação e/ou personificação do mal em diferentes religiões e crenças. , os contextos, formas, funções e diferentes tipos de ofício profético nos antigos Israel e Judá, bem como a base mitológica e implicações sócio-histórico-políticas da profecia, contextualizando essa ação a partir de textos bíblicos, extrabíblicos, arqueologia e historiografia.
Conteúdo do curso - Satan (hebraico) no Antigo Testamento. - O mal na literatura apocalíptica e o desenvolvimento da ideia de Diabo no Novo Testamento. - Metáforas para o mal no imaginário de diferentes culturas. - O dualismo Deus e o Diabo no pensamento colonial. - O que é mau no Hinduísmo. - A personificação das forças antagônicas no Budismo. - Iblis/Shaitan no Islamismo. - Ahriman no Zoroastrismo. - O Banquete de Platão. - Lucifer nos textos bíblicos. - Imaginário Medieval. - História da Feiúra e representações do mal. - Universo sobrenatural dos povos mediterrâneos, celtas, germânicos, eslavos e escandinavos. - Divindades de povos colonizados transformados em entidades malignas. - Literatura e transcendência do mal. - O Diabo na Teologia e na Dogmática. - O mal no racionalismo científico. - Demonologia. - Pânico satânico.
Métodos de ensino e aprendizagem - 9 horas de aula distribuídas em 3 transmissões. - Orientação para leitura, estudos e pesquisa semanais. - Plataforma online com material digital para pesquisa interdisciplinar.
O curso inclui: - Atendimento personalizado. - Aulas gravadas para assistir quando quiser – não é necessário que o aluno esteja presente nas transmissões ao vivo. - Certificado de conclusão.
Pré-requisitos: Ter acesso à internet.
PARA RECEBER O ACESSO AO PACOTE COMPLETO EM SEU E-MAIL: efetue o pagamento de R$ 114,00 e colocar seu nome completo e endereço de e-mail na descrição do pagamento (ou enviar comprovante por e-mail).
Formas de pagamento: 1.Pix ou PayPal: [email protected] 2. PicPay: @angelanatel 3. Mercado Pago: link.mercadopago.com.br/angelanatel 4. PagSeguro – https://pag.ae/7Z1DF27g4 Obrigada.
0 notes
betcococasino · 5 months
Text
Quais são os melhores jogos de slots disponíveis no slots.win em 2024?
🎰🎲✨ Receba 2.000 reais e 200 rodadas grátis, além de um bônus instantâneo para jogar jogos de cassino com apenas um clique! ✨🎲🎰
Quais são os melhores jogos de slots disponíveis no slots.win em 2024?
Jogos de slots clássicos
Os jogos de slots clássicos são uma parte essencial da cultura dos cassinos, tanto em estabelecimentos físicos quanto online. Esses jogos são conhecidos por sua simplicidade e pela nostalgia que evocam em muitos jogadores. Os slots clássicos geralmente apresentam símbolos tradicionais, como frutas, sinos, barras e o número 7, e têm um visual que remete às máquinas de slots originais.
Uma das características mais marcantes dos jogos de slots clássicos é a sua jogabilidade direta e fácil de entender. Mesmo para os jogadores mais inexperientes, esses jogos oferecem uma experiência acessível e emocionante. Basta girar os rolos e torcer para obter combinações vencedoras de símbolos.
Além da simplicidade, os jogos de slots clássicos também oferecem a chance de grandes vitórias. Embora não tenham tantos recursos bônus quanto os slots mais modernos, eles ainda podem pagar generosos prêmios em dinheiro. Muitos jogadores apreciam a emoção de ver os símbolos alinharem-se perfeitamente e acionarem um grande prêmio em dinheiro.
Outro aspecto atraente dos jogos de slots clássicos é a sua disponibilidade em uma variedade de plataformas. Hoje em dia, é possível encontrar uma ampla seleção desses jogos em cassinos online, permitindo que os jogadores desfrutem da emoção dos slots clássicos a qualquer hora e em qualquer lugar.
Em resumo, os jogos de slots clássicos continuam a ser populares entre os jogadores de cassino de todas as idades. Sua jogabilidade simples, potencial de grandes ganhos e disponibilidade em plataformas online garantem que esses jogos permaneçam como favoritos por muitos anos. Seja você um jogador experiente ou apenas começando, os slots clássicos oferecem uma experiência de jogo divertida e emocionante.
Temas de fantasia em slots
Tema de fantasia é uma escolha popular entre os desenvolvedores de jogos de slot, cativando jogadores com mundos imaginários e personagens mágicos. Esses temas transportam os jogadores para universos encantados, cheios de mistério e aventura, onde a sorte e a habilidade se encontram.
Um dos temas de fantasia mais explorados nos slots é o mundo da mitologia. De deuses e deusas a criaturas lendárias, os jogadores são levados a jornadas épicas repletas de símbolos icônicos e recursos emocionantes. Jogos com temática de mitologia muitas vezes apresentam gráficos deslumbrantes e trilhas sonoras envolventes que imergem os jogadores em uma experiência verdadeiramente mágica.
Além disso, temas de fantasia também incluem contos de fadas e histórias de fábulas. Personagens como fadas, bruxas, princesas e dragões são frequentemente destacados, criando um ambiente de conto de fadas que atrai jogadores de todas as idades. Esses slots muitas vezes apresentam elementos de magia e aventura, com recursos especiais que aumentam a emoção e as chances de ganhar.
Outro tema popular de fantasia em slots é o mundo dos contos épicos e da fantasia medieval. Com castelos imponentes, cavaleiros corajosos e criaturas míticas como grifos e unicórnios, esses jogos transportam os jogadores para uma era de cavalaria e magia. Os recursos bônus frequentemente refletem elementos dessa época, oferecendo aos jogadores a chance de desbloquear tesouros escondidos e ganhar grandes prêmios.
Em suma, os temas de fantasia em slots proporcionam uma experiência de jogo emocionante e envolvente, onde os jogadores podem escapar da realidade e explorar mundos extraordinários cheios de aventura e magia. Com uma variedade de temas disponíveis, há sempre um slot de fantasia pronto para transportar os jogadores para uma nova e emocionante jornada.
Recursos de bônus em slots
Os recursos de bônus em slots são elementos essenciais que adicionam emoção e variedade aos jogos de caça-níqueis online. Esses recursos oferecem aos jogadores a chance de aumentar seus ganhos, desbloquear rodadas extras e experimentar uma jogabilidade mais dinâmica e interativa.
Um dos recursos de bônus mais comuns é o símbolo curinga, também conhecido como wild. Esse símbolo pode substituir outros símbolos no jogo, criando combinações vencedoras que de outra forma não seriam possíveis. Além disso, alguns slots oferecem multiplicadores de wild, que aumentam ainda mais os ganhos quando um wild é parte de uma combinação vencedora.
Outro recurso popular é o scatter, que geralmente desencadeia rodadas de giros grátis quando três ou mais aparecem em qualquer lugar nos cilindros. Durante essas rodadas grátis, os jogadores podem ganhar prêmios sem apostar dinheiro real, aumentando assim suas chances de ganhar sem arriscar mais fundos.
Além disso, muitos slots modernos apresentam jogos bônus interativos, onde os jogadores são levados a uma tela separada e convidados a participar de uma atividade especial para ganhar prêmios adicionais. Esses jogos bônus podem variar de simples escolhas de objetos a mini-jogos mais complexos que exigem habilidade e estratégia.
Os recursos de bônus em slots adicionam uma camada extra de entretenimento e oportunidade aos jogos de caça-níqueis, tornando a experiência de jogo mais emocionante e gratificante para os jogadores. Com uma grande variedade de recursos disponíveis, os jogadores podem desfrutar de uma experiência única a cada jogo e aumentar suas chances de ganhar grandes prêmios.
Gráficos e animações de alta qualidade
Gráficos e animações de alta qualidade desempenham um papel crucial na criação de conteúdo visualmente atraente e envolvente. Seja em vídeos, jogos, apresentações ou sites, a qualidade dos gráficos e animações pode fazer toda a diferença na experiência do usuário.
Quando se trata de gráficos, a qualidade é fundamental. Imagens nítidas, cores vibrantes e detalhes bem definidos são essenciais para cativar a atenção do público e transmitir a mensagem desejada. Além disso, a alta qualidade dos gráficos pode ajudar a estabelecer a credibilidade e a profissionalidade de uma marca ou produto.
As animações também desempenham um papel importante na comunicação visual. Movimentos suaves e realistas podem tornar a experiência do usuário mais imersiva e memorável. Seja criando um simples logotipo animado ou desenvolvendo sequências complexas para um vídeo promocional, a qualidade das animações pode fazer com que o conteúdo se destaque em meio à concorrência.
Para garantir gráficos e animações de alta qualidade, é essencial contar com profissionais qualificados e utilizar as ferramentas certas. Softwares de última geração e técnicas avançadas de design podem ajudar a criar resultados impressionantes que atendam às expectativas do público-alvo.
Além disso, é importante manter-se atualizado com as tendências do mercado e as inovações tecnológicas. Novas técnicas e tecnologias estão constantemente surgindo, e aproveitá-las pode ajudar a elevar ainda mais a qualidade do seu conteúdo visual.
Em resumo, investir em gráficos e animações de alta qualidade é essencial para criar conteúdo visualmente impactante e eficaz. Ao priorizar a qualidade e buscar constantemente melhorias, é possível criar experiências visuais que cativam e inspiram o público.
Variedade de apostas e linhas de pagamento
Claro, aqui está o artigo:
Uma das partes mais empolgantes de jogar em cassinos online são as diversas variedades de apostas e linhas de pagamento oferecidas nos jogos. Esses elementos não apenas adicionam emoção e diversidade à experiência de jogo, mas também oferecem aos jogadores a oportunidade de explorar diferentes estratégias e aumentar suas chances de ganhar.
As apostas variam de acordo com o jogo e podem incluir opções como aposta mínima, aposta máxima, apostas laterais e muito mais. Por exemplo, em jogos de caça-níqueis, os jogadores podem escolher o valor da sua aposta por linha de pagamento e quantas linhas de pagamento desejam ativar. Essa flexibilidade permite que os jogadores controlem o tamanho das suas apostas de acordo com seu orçamento e preferências pessoais.
Além disso, as linhas de pagamento também desempenham um papel crucial na determinação dos ganhos dos jogadores. Elas representam as diferentes combinações de símbolos que resultam em prêmios e podem variar de jogos simples com poucas linhas de pagamento a jogos mais complexos com centenas ou até milhares de maneiras de ganhar. Quanto mais linhas de pagamento um jogo tiver, mais oportunidades os jogadores terão de formar combinações vencedoras.
É importante que os jogadores compreendam as diferentes opções de apostas e linhas de pagamento disponíveis em cada jogo para maximizar sua experiência de jogo e suas chances de ganhar. Experimentar diferentes estratégias e explorar as diversas opções de apostas pode adicionar uma camada extra de diversão e emoção à experiência de jogar em cassinos online.
0 notes
headlinerportugal · 1 year
Text
A dança à chuva dos corações celtas – Dia 1 do Festival Folk Celta 2023 | Reportagem
Tumblr media
Budiño em comunhão com o público | mais fotos clicar aqui Sob a ponte medieval avistam-se corações celtas. A XVI edição do Folk Celta, onde a chuva e o manto de neblina tão típicas da região do Alto Minho inauguraram o espaço do festival de Ponte da Barca, não podia ter começado melhor. O primeiro dia de concertos (passada sexta-feira, 28 de julho) começou com o quarteto de folk atlântico Böj, que apresentou o seu último álbum “Lúa”, editado em  2019.
O quarteto teve ainda como convidado especial o violinista e amigo Cibrán Seixo, que se juntou à banda para tocarem o tema “Júpiter”, uma homenagem ao clássico de Gustav Holst.  A plateia dançou ao som dos galegos com a chuva a juntar-se à festa, mas que em nada atrapalhou os espíritos celtas, esta acabou por assistir também ao concerto dando-lhe um toque do imaginário do norte da Europa, deixando o público rendido, dançando hipnotizado pelos sons das flautas de Fausto Escrigas López-Dafonte e Ricardo Mouriño, espicaçadas pelo brilhante violino de Cibrán Seixo e a guitarra de Rúben Gómez.
Tumblr media
Böj em palco | mais fotos clicar aqui Uma mistura perfeita entre canções de embalar corações celtas e batidas de animar os espíritos da dança tradicional, onde o som reconfortante do bodhran (instrumento musical de percussão irlandês) nas mãos de Pablo Vergara nos aqueceu a alma. Foi, por certo, um momento que nos fez viajar por épocas encantadas com bosques verdejantes típicos do norte da península. 
Com uma alegria contagiante e um ambiente de festa e palmas, um verdadeiro “alívio para uma dor bocal e outras doenças” como entoou o quarteto, que terminou o concerto com o público a gritar “más, más, más” por entre palmas, dança e guarda-chuvas no ar. 
Os mirandeses Galandum Galundaina, pela terceira vez presentes no festival, foram os segundos a atuar e os que muito prometeram…e cumpriram! Debaixo de um véu de guarda-chuvas, um público ansioso esperou pelo grupo mirandês, esta noite com um convidado especial - Leo Santos. Iniciou-se então, uma viagem através do som dos chocalhos dos animais da serra guiados pelo pastor mirandês diretamente para as portas de Ponte da Barca. 
Tumblr media
A chuva não travou os Galandum Galundaina nem o público | mais fotos clicar aqui A serra desceu ao rio Lima e do microfone ouve-se “Quanto chove nesta terra!” e deu-se início ao som peculiar da sanfona nas mãos de Paulo Preto. De repente, fala-se mirandês no Alto Minho e juntam-se gerações em uníssono entre passos e compassos ao ritmo dos sons das Terras de Miranda. Em “Fraile Cornudo�� uma ala do público entoou a canção do início ao fim num mirandês perfeito e em “Pingacho” a plateia abriu alas para o baile tradicional que continuou em “Canedo” onde os foliões levantaram os braços num vira que vira em roda a girar saltando de braço em braço sempre a cantar. Tocaram êxitos desde o primeiro álbum ‘L’ Purmeiro’, ao último ‘Quadrada’ editado em 2015. 
A animação dos rapazes de Miranda do Douro foi contagiante e fez até o mais tímido levantar o pé e dançar. Com mãos no ar, rodas, risos, saltos e gargalhadas, a pandeireta de Alexandre Meirinhos marca o ritmo e o público responde com palmas e sai a melodia da flauta de João Pratas que entoa alegria vibrante, os bombos aquecem os corações e batem forte ressoando nos nossos peitos e o rabel (instrumento de cordas friccionadas da família do violino) de Paulo Meirinhos transporta-nos para o verdadeiro som das tradições por nós abraçadas.
Tumblr media
Paulo Preto, um dos 5 elementos dos Galandum Galundaina | mais fotos clicar aqui Os tambores aquecem o peito e a melodia das flautas fazem-nos voar e numa verdadeira dança fluida, somos mirandeses e canta-se “Júlia” o mais recente single da banda, onde a mistura dos sons mais tradicionais comunga com o toque da guitarra na perfeição. Não queriam acabar, mas estava quase na hora e numa primeira tentativa despediram-se com “Nos tenemos muchos nabos” com o público a entoar em tom de despedida gritando bem alto o refrão. Por fim, num universo de carneiros, chocalhos e nabos despediram-se, desta vez a sério, com a promessa de um abraço de grupo e com “A Cantiga da Burra” de autoria do músico e cantautor Sebastião Antunes, que se iniciou à capela, a plateia acompanhou e de seguida os instrumentos gritaram, o público acolheu e o chão tremeu. 
Tumblr media
Alexandre Meirinhos, um dos 5 elementos dos Galandum Galundaina | mais fotos clicar aqui Pouco passava da meia-noite quando se iniciou o último concerto desta primeira noite de festival.  Os sons oníricos de Budiño encantaram um público já bem aquecido que depois de um merecido descanso fora-se aproximando timidamente. 
À medida que a flauta encantava e a batida entoava, a plateia foi-se compondo e, mais uma vez, uma onda de boa energia celta foi contagiando as margens do rio Lima. O músico galego, muito bem acompanhado pelos seus quatro músicos afinadíssimos - Inés Salvado, Tania Caamaño, Andrés Boutureira e mais uma vez Cibrán Seixo - teve o grande desafio de atrair um público que já tinha dado toda a energia anteriormente, e conseguiu! 
Tumblr media
Budiño bem acompanhado em palco | mais fotos clicar aqui Ele, Xosé Manuel Budiño, em tons de magenta e os restantes músicos todos de branco, com o poder da Gaita-de-foles marcante do músico de origem galega, encantou o público que pode sonhar acordado no final de uma noite de abertura que não podia ter sido melhor. Divulgando o seu mais recente álbum ‘Branca Vela’, editado este ano,  o músico recordou aqui os sons e os bailes típicos da sua infância. 
A euforia deu lugar ao encantamento e entre sons de introspeção e o fascínio do violino de Cibrán Seixo, surgia de quando em vez a batida frenética do folk celta que fazia mais uma vez o público render-se e ficar “con ganas de bailar”. 
Budiño, acompanhado por duas brilhantes cantoras e músicas do conhecido quarteto De Vacas, Inés Salvado e Tania Caamaño, formaram um verdadeiro trio em uníssono que deu voz às palavras do compositor. 
Tumblr media
Inés Salvado e Tania Caamaño a deliciarem o Alto Minho | mais fotos clicar aqui Este espetáculo trouxe-nos fantasia, histórias de dragões a aprender a voar, dança em palco, sons tradicionais misturados de uma forma brilhante com o sintetizador de Andrés Boutureira que transformaram o recinto num verdadeiro dance floor céltico. Fechou o concerto com a cantora Tania Caamaño à capela envolvendo o público que rapidamente se despediu em grande a cantar em conjunto e a pedir mais e mais baile, mais e mais corações celtas encantados.  Assim acabou a primeira noite do festival Folk Celta e nós ficamos embalados e preparados para continuar a sonhar por aí em terras do Vale do Lima. 
Foto-reportagem completa deste dia: Clicar Aqui
Tumblr media
O público sempre bem animado | mais fotos clicar aqui Texto: Catarina Rocha Fotografia: Tiago Paiva
0 notes
falisboaadm · 2 years
Text
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
Quando digo que o período mais fantástico da religião é o Medieval, não digo metaforicamente, mas na íntegra. Esse período inspirou as artes e também a religião monoteísta, todas. Até porque antes disso, a base para tudo foi a mesma que inspirou as religiões politeístas, desde a egípcia, passando pela greco-romana até a hinduísta na índia, pois Shiva em sua representação, significa a essência do poder éter, cíclicos da transformação posterior a destruição e, início revelado à partir do oculto, masculino e feminino, yin e yang em sua forma andrógena, uma herança clara da figura de Lilith nas contribuições religiosas monoteísta posteriores, dada na figura de Lilith. https://www.serpentesagrada.com/post/shiva
https://www.eusemfronteiras.com.br/yin-e-yang-como-forcas-primordiais/
Da Babilônia para a Bíblia;
(...)Uma interpretação é que esse primeiro ser criado era andrógino, uma criatura que era simultaneamente homem e mulher e foi separada depois.
Outra leitura é de que houve duas Evas: Adão não gostou da primeira e Deus a substituiu por outra.
Embora esta última versão tenha surgido cedo, a associação com Lilith demorou a aparecer, apesar de ela já estar viva no imaginário da região pelo menos um milênio e meio antes de a Bíblia começar a ser escrita (séculos VI-V a.C).
A menção mais antiga ao seu nome aparece na Epopeia de Gilgamesh – a mais antiga obra épica escrita – e em A Árvore Huluppu, um poema épico sumério encontrado em uma tabuleta em Ur que remonta a aproximadamente 2 mil a.C.
Como escreveu a especialista em literatura bíblica Janet Howe Gaines, “suas origens obscuras estão na demonologia babilônica, onde amuletos e encantamentos eram usados para neutralizar os poderes sinistros deste espírito alado que atacava mulheres grávidas e bebês”.
“Lilith logo migrou para o mundo dos antigos hititas – últimas Dinastias Egípcia e de linhagem Síria, Turca e Iraquiana, são os povos mesopotâmicos, descendentes diretos do Neandertais, remontam as civilizações mais antigas do mundo incluindo os fenícios que deram origem aos alfabetos Egípcio, árabe, grego, latino e hebraico -, egípcios, israelitas e gregos.”
Isso provavelmente explica por que no Livro de Isaías ela aparece sem nenhuma apresentação: uma indicação de que o escritor confiava que os leitores a conheciam.
Bíblua Sagrada;
(...)Gênesis (1:27) "E Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou, e disse: frutificai e multiplicai-vos".
Isso ocorre no sexto dia da Criação. No sétimo, Deus descansou.
Mais adiante, conta que ele colocou "o homem que havia se formado" no Éden, e só depois...
Gênesis (2:18) "E disse o senhor Deus: Não é bom que o homem esteja sozinho; darei uma ajuda idônea a ele.”
2:21 "E o senhor Deus fez um sono profundo cair sobre Adão, e ele adormeceu. Então ele pegou uma de suas costelas e fechou a carne em seu lugar;
2:22 e da costela que Deus tomou do homem, fez uma mulher e a levou ao homem”.
O que aconteceu com aquela fêmea criada no sexto dia?
Seu nome aparece apenas uma vez, em Isaías (34:14).
“Os gatos selvagens se juntarão a hienas, e um sátiro clamará ao outro; ali também repousará Lilith e encontrará descanso.”
Mas nos manuscritos do Mar Morto, o testemunho mais antigo do texto bíblico encontrado até agora, Lilith também aparece na Canção para um sábio, um hino possivelmente usado em exorcismos.
Talmude;
(...)Também foi mencionada no Talmude da Babilônia (cerca de 500-600 d.C.), uma coletânea de discussões, relatos de grandes rabinos e meditações sobre passagens da Bíblia.
Essa Lilith talmúdica tinha, como a babilônica, cabelos longos e asas, e encarnava práticas sexuais consideradas insalubres.
(...)Nabucodonosor - No Alfabeto de Ben Sirá, Lilith é a protagonista de um episódio que conta que quando Ben Sirá foi atender o filho doente do rei Nabucodonosor da Babilônia, inscreveu em um amuleto os nomes dos três Anjos da Saúde: Senoy, Sansenoy e Semangelof.
Quando Nabucodonosor perguntou quem eram os anjos mencionados no amuleto, Bem Sirá contou que pouco depois de Deus criar o homem, Adão, e a mulher, Lilith, eles começaram a discutir.
Lilith: “Não me deitarei por baixo.”
Adão: “Não me deitarei debaixo de ti, mas acima de ti, porque és apenas digna de estar na posição inferior enquanto eu, na superior.”
Lilith: “Somos iguais, pois ambos fomos criados da terra.”
Quando Lilith se deu conta de que não chegariam a um acordo, ela pronunciou o Tetragrama – as sílabas sagradas do nome inefável de Deus – e voou para longe.
Adão orou ao seu Criador e disse: “Senhor do Universo, a mulher que me deste fugiu de mim!”
Deus então enviou os três anjos para dizer a ela que, se não voltasse, cem de seus filhos morreriam diariamente.
Lilith, no entanto, se recusou e disse que havia sido criada para “enfermar as crianças: se são meninos, do nascimento até o oitavo dia de vida terei poder sobre eles; se são meninas, desde o nascimento até o vigésimo dia”.
Mas ela jurou que cada vez que visse nos bebês os nomes ou imagens dos anjos em um amuleto, não faria mal.
Essa é a versão mais conhecida da passagem de Lilith pelo Paraíso. E a mais polêmica.
Isso porque muitos estudiosos não reconhecem O Alfabeto de Bem Sirá como uma representação do pensamento rabínico.
Cabala Judaica ;
(...)Outros textos posteriores que incorporam Lilith na história da criação, como o Zohar, escrito por volta de 1300 d.C. na Espanha, um dos dois livros fundamentais do pensamento místico judaico conhecido como Cabala.
Esse texto afirma que essa criatura andrógina inicial foi dividida, criando seres humanos distintos: o homem, Adão, e a mulher, "a Lilith original, que estava com ele e concebeu dele".
Quando viu Adão com sua rival Eva, em um ataque de ciúmes, ela foi embora, transformando-se em um súcubo que seduzia homens solitários e roubava seu sêmen para gerar crianças demoníacas, deixando-as infectadas com doenças.
Mas foi um texto anônimo escrito em algum momento entre os séculos oito e dez que acrescentou mais detalhes sobre esse primeiro relacionamento.
(...)O relato de Lilith em si leva a debates sobre mitologia versus história, textos sagrados e adições não sagradas, assim como a discussões controversas entre aqueles que consideram a Bíblia como a palavra de Deus e aqueles que a veem como parte do rico acervo cultural universal que admite não só uma história de origem, mas muitas outras.
(...)Por milênios, Lilith tem continuado a voar pelo mundo com essas asas que ganhou quando não pôde ser igual, refletindo a visão que sucessivas gerações têm da mulher.
Uma mostra é o soneto que o artista Dante Gabriel Rossetti escreveu no século 19 para acompanhar a sua admirada obra Lady Lilith.
"Imóvel permanece; jovem, enquanto o mundo envelhece; e, delicadamente ensimesmada, atrai os homens a contemplar a rede brilhante que tece, até que seu coração e corpo e vida com ela fiquem presos."
- Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/articles/cy0rx10e28po
Outras fontes
https://escamandro.wordpress.com/2015/10/26/a-pornochanchada-medieval-do-alfabeto-de-ben-sira/
"O conhecimento é um néctar maravilhoso que de tão bom, não deveria ser a bebida nature apenas dos sábios. As artes e literatura sempre andaram de mãos dadas, assim como a maravilha da instrução religiosa, utilizada a princípio para o bem da edificação do ser, até que a ganância descobriu em tudo isso uma ferramenta poderosa de manipular o simples, nesse momento tudo se voltou para o mal, diferenças foram criadas, pessoas divididas e tudo que era bom e pertencente a todos passou a ser de gozo duma classe privilegiada. Assim nasceram os escravos, que eram até então senhorios e moravam na África..."
(Flávio Antonio Lima Lisbôa)
0 notes
segundocemi · 4 years
Photo
Tumblr media Tumblr media
Imagens acima: ilustrações do Manuscrito em Pergaminho “Codex Manesse”,  cerca 1300 a 1340 d.C. feito em Heidelberg, Alemanha.
OLAR! Rufem os tamborem! E as cornetas... e os sinos...e os tabuleirosde xadrez!!!
 Nós vamos iniciar nosso tumblr fazendo uma revisão dos assuntos que já estudamos em sala de aula no começo do ano, para garantir que todo mundo relembre tu-do e assim possamos avançar junt@s na matéria. Tudo bem?
A sequência de assuntos que veremos aqui então será:
- Arte Medieval (Europa) - revisão
- Arte do Renascimento (Europa) - revisão da parte que já vimos e continuação
- Barroco Europeu (Europa)
- Barroco Mineiro (Brasil <3)
________________________________________________
Tumblr media
            ARTE MEDIEVAL: LUZ E TREVAS/ REAL E IMAGINÁRIO
Começamos relembrando esse período artístico que eu amo muito, que é a Arte na Idade Média europeia. Muitas cores, pouco realismo, este era o padrão da maior parte da representação artística da época. Quer fosse sagrada (representando passagens da bíblia e cenas religiosas) ou profana (todas as cenas não-religiosas: ações do cotidiano, romances, cenas de cavalaria, cenas de batalhas, ilustrações de livros trovadorescos, cenas musicais, etc), a gente consegue reconhecer facilmente quando um desenho ou uma pintura é ARTE MEDIEVAL! Características:
As figuras, (pessoas e animais) são representadas em duas dimensões (2D), parecem coladas no fundo do desenho.
Sem volume, sem profundidade.
Muitas cores, cores fortes e puras (muito azul, vermelho, roxo, amarelo. verde, laranja, rosa, dourado... Essa é a parte que eu pessoalmente gosto mais! As cores da Arte Medieval são lindíssimas, em poucos períodos vemos tanta riqueza de tons!).
Pouco sombreado - porque sombreado a gente faz para dar a ideia de 3D, de volume, lembram?  Portanto, sem volume, sem sombreado.
Muitas vezes as figuras são pouco expressivas... todo mundo tem quase a mesma carinha. olha de novo o desenho lá em cima.
Geralmente crianças eram representadas com a mesma cara do adulto, só que em tamanho menor (olha lá de novo o desenho).
Muitas vezes retratam criaturas fantásticas, seres mitológicos, seres estranhos que são metade gente, metade animal, histórias mirabolantes! Essa parte eu amoooo também: tem peixe mordendo a cabeça da pessoa, tem dragão, unicórnio, hipogrifo, peixe tocando harpa, coelho batendo tambor, sereias, pessoas aladas, anjos pra tudo quanto é lado, morcegos de mil patas. É Lindo. Representar a realidade tal qual vemos NÃO era uma grande questão para os medievais.
Fantasia e imaginação: sim, ou claro? Clarooo, para todo lado, misturadas com batalhas reais, com mapas, com passagens religiosas. Era um mix maluco entre real e imaginário. E religioso. E mágico.
Tem livro medieval só dedicado a representações de animais e criaturas fantásticas, são os chamados bestiários.
 Vocês já sabem, mas é bom lembrar: muuuuitas histórias, jogos, RPGs, filmes e livros que fazem tanto sucesso hoje em dia se baseiam em contos e lendas desse período. Os castelos medievais, os contos, as roupas, as armas e escudos, os animais fantásticos... até hoje possuem o dom de encantar crianças, jovens e adultos! E professoras... de artes...
Observação: Com isso não quero dizer que a Idade Média foi um período só de maravilhas, né, gente? Todas e todos sabemos, por tudo que vocês já estudaram em História (e a gente já comentou em Artes esse ano),  que alguns autores até a chamam de Idade das Trevas! Nesse período a Igreja Católica dominava tudo ali, mandava queimar pessoas inocentes, vendia “pedacinho de terreno no céu” para os crédulos... as pesquisas científicas não eram incentivadas... e se você descobrisse algo que ia contra o senso comum, era capaz de mandarem matar, acusando de heresia ou bruxaria! :/
 Além disso, as pessoas comuns não sabiam ler, nem escrever... os dentes eram bem sujinhos... não tinha desodorante, não tinha água encanada, não tinha esgoto... o cheirinho devia ser uma beleza! A medicina e os tratamentos de saúde eram bem precários, e devido a todos esses fatores, somados às constantes batalhas por territórios, a expectativa de vida nesse período era bem baixa. 
MASSSSS...  A ARTE ERA BELÍSSIMA, VIVA, COLORIDA, CHEIA DE DETALHES MIMOSINHOS NA BEIRADA DO PAPEL... FLORES, LISTRAS COLORIDAS, DETALHES EM FOLHAS DE OURO... TINHA MANUSCRITOS DE 500 PÁGINAS TOTALMENTE ILUSTRADO, LIVROS DE PLANTAS QUE NEM EXISTEM NA VIDA REAL (MAS DEVERIAM EXISTIR PORQUE SÃO PERFEITAS), ANIMAIS LENDÁRIOS E FANTÁSTICOS... Podem até chamar de Idade das Trevas e algumas vezes com razão, mas a arte era exatamente o contrário: luminosa, vida, cheia de cores. 
Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa, né mores?! A gente não precisa querer estar lá sendo explorada e ameaçada de morte por heresia e sem desodorante e sendo enganada e sendo queimada e maltratada, mas pode amar a arte medieval mesmo assim, né?
*suspiros de amor pela arte medieval na quarentena*
2 notes · View notes
Text
Ignorante Pela Própria Natureza
Há um tríptico (paineis tríplices numa conformação retrátil e é removível) sobre o altar na Igreja de São Nicolau na Estônia do século XIII, esse tríptico a contém a representação alegórica da Dança Macabra feita pelo pintor de alemão Bernt Notke no século XVII. A Danse Macabre é uma alegoria do final da Idade Média, que é representada tantos nas artes plásticas quanto na literatura para discutir a universalização e democratização da morte. A morte é um fênomeno implacável, ela não faz distinção de classe, idade, prestígio social, a dança une todos involuntariamente. O quadro supracitado é a narritiva que evidencia essa visão de mundo, é interessante é a composição é toda feita numa fita linear, isso coloca todos no mesmo nível, embaixo há volumes de pergaminhos abertos com passagens da dança e nomes daqueles que entram na dança, as letras góticas e as letras iniciais escritas de vermelho é uma referência as iluminuras. A morte sempre é representada por esqueletos cuja indumentária é maltrapilha, alguns segurando instrumentos e tocam para dançar, outros levam os mortais para dança, segura seus caixões. E assim segue intercalado, da esquerda para direita: a morte, o papa, a morte e o rei segurando as duas espadas temporal e espiritual, a morte e a donzela, a morte e o camponês, a morte e o burguês. A composição é praticamente circular. A morte é indubitável, impreterível, esse imaginário de morte faz parte de todo o contexto medieval, sobretudo, depois da grande praga bubônica de 1348, a conivência com a morte.
Hoje Sábado (28) só na Lombardia foram registrados 542 mortos nas últimas 24 horas. Só perde de ontem, que teve 547 mortos. Itália deve passar dos 10 mil mortos. Equivale a 35 mil no Brasil, se levarmos em conta as populações dos dois países. E a doença talvez ainda não esteja no pico na Itália. O pico deveria ter sido na última Quinta-feira (26), mas dadas as circunstâncias, estamos entre a cruz e a espada. Na realidade brasileira, já registramos 114 mortes.
Historiador Philippe Ariès defende na obra A História da Morte no Ocidente, a morte foi fundamental para cristalizar um o pensamento do homem moderno, do cristianismo, a individualidade e a maneira como lidamos com nossos ritos fúnebres. A morte sempre nos coloca em perspectiva, ela é o desconhecido. “Durante a segunda metade da idade média, do século XII ao século XV, deu-se uma aproximação entre três categorias de representações mentais: as da morte, as do reconhecimento por parte de cada indivíduo de sua própria biografia e as do apego apaixonado as coisas e aos seres possuídos durante a vida. A morte tornou-se o lugar em que o homem melhor tomou consciência de si mesmo”. A convivência com a morte no mundo medieval era algo extraordinário, os cemitérios cuja acepção da palavra significa dormitório em grego, era o lugar do festim, da dança, do namoro, um festim quase a madeira de Rabelais. Ao final disso tudo, você deve estar se perguntando onde esse autor quer chegar, o que tem a ver a dança macabra, o imaginário medieval sobre a morte com os eventos de hoje?
O pensamento medieval não acabou, a nossa relação com a morte ainda é visceral, o nosso distanciamento se faz com o corpo e se liga a espiritualidade. Essa linha tênue é o que nos separa para os dias de hoje, na Itália os corpos daqueles que morrem pela contaminação por coronavírus não podem ser sepultados, os ritos fúnebres são preteridos, quanta indignidade? Morrer só, pois o isolamento se torna praticamente uma virtude, o corpo permanece eternamente insepulto, visto que seu destino é o crematório. O nosso imaginário cristão ocidental nos coloca com os dois pés dentro da tradição e nos diz quanto os cemitérios são importantes. Quando Antígona tenta enterrar o corpo do seu irmão Polinice, é proibida por seu tio Creonte, Antígona havia perdido seus dois irmãos, Etéocles recebe as honrarias e as moedas para o barqueiro, quanto Polinice não é, seu corpo é deixado ao leu, pútrido e desonrado, os filhos de Édipo assistem seu próprio destino funesto. A rápida resposta de Antígona para essa hýbris cometida por seu tio, é sepultar o irmão e ela ainda diz, “o senhor é apenas o rei dos vivos e não dos mortos, sobre eles não há nenhuma jurisdição”. Essa passagem teatral de Sófocles ilustra o pensamento sobre a morte, coloca a continuidade no mundo medieval e que chega até nós, nos faz pensar como um corpo insepulto é um grande crime e uma grande tragédia, é através desse trecho canônico da tradição que podemos pensar se queremos pagar esse preço, mas não para um corpo, mas para lotes de corpos, insepultos e em massa. Temos moedas funestas suficientes? Parece que vamos nos enveredar por esse caminho tortuoso.
Verdade seja dita, o Brasil Colonial nunca acabou. A lógica escravocrata, oportunista, desigual, irracional e barbara é a tônica da elite brasileira que busca mais do que tudo se manter encastelada, é uma continuidade moderna. “O Brasil não pode parar”. Ignorantes pela própria natureza. Nos últimos dias estamos sendo duplamente bombardeados: primeiro por informações que nos alertam sobre o coronavírus a maneira devastadora que o vírus se alastra, o morticínio, sobretudo, somos colocados em perspectiva para pensar as tais curvas de Gauss, e como o seu achatamento é a melhor alternativa para arrefecer o caos no Sistema Único de Saúde, parede piada, mas é único mesmo, se colapsar não tem outro. Pois, num possível colapso, não adianta se quer ter plano de saúde na rede privada, uma vez que está também estará cheia. Bom o segundo bombardeamento que deixaria a Luftwaffe com inveja, é a maneira como um seleto grupo de empresários, políticos e até mesmo parte de sociedade civil apoia o imediato retorno das atividades econômicas, esses bradam sem qualquer comprovação que a contaminação pelo COVID-19 nada mais é que uma “gripezinha”, um “resfriadinho”, aquele que chancela todas essas falas, incrivelmente é o homem que deveria assumir a ciência, os técnicos e o protagonismo para combater essa moléstia, mas ele consegue ir na contramão de tudo, e isso só glorifica como a sua figura é patética, tacanha, e irrelevante. Sua irrelevância política, social e histórica precisa ser declarada agora, e ele precisa ser defenestrado do poder, é a urgência e a justa medida que esse cargo suscita. A morte dos indivíduos é literalmente um sacrifício que eles estão dispostos a pagar.
Em Nova York onde já se considera o novo epicentro de contágio do coronavírus já são 517 mortos na cidade devido ao novo coronavírus, sendo 317 nos últimos três dias. Esse vírus não pode ser subestimado. Sobretudo, quando não há tratamentos comprovados, não há vacinas, apenas profilaxias que precisam ser respeitadas. Nos últimos dias houve uma série de comparações encontre a COVID-19 e a Influenza H1N1, os dados mostram que a gripe de 2009 durou cerca de 18 meses, matou cerca de 18 mil pessoas nesse intervalo e que havia um medicamento para arrefecer o impacto do vírus, quando chegou ao Brasil, levou trinta dias para levar a primeira pessoa a óbito. A pandemia de COVID-19, em apenas três meses já fez 30 mil óbitos e são 659 mil caos. Só no Brasil foram 2433 casos e 57 mortos no primeiro mês. No dia seguinte ao primeiro mês, foram registradas mais 20 mortos e mais de 500 novos casos. Contra dados não há demagogia, é preciso muita cautela e deixar esse debate para os especialistas e os técnicos. Os dados aqui servem para ilustrar essa deletéria social e a incompatibilidade do discurso pró-vida da elite, quando na realidade oferecem a morte, uma morte macabra.
As carreatas que ocuparam as ruas do sul do Brasil nos últimos dias é um escândalo, o estranhamento é não participar dessa carreata carros populares, transporte público lotado. O Brasil não pode parar, para aqueles que detém o monopólio da produção, os que possuem empregados, a saúde alheia dane-se, as patroas não iram sair de seus apartamentos e palacetes para circular nas ruas, mas vão expor os trabalhadores, que viram expor suas famílias. A lógica de da elite brasileira é genocida (sem ser generalizante). Os gritos que ecoavam dos carros luxuosos era “Queremos trabalhar”, será? É hora de ter consciência de classe e por tudo o que for necessário, ficar em casar, espalhar essa moléstia é crime previsto em Código Penal. Em Curitiba a cena mais dantesca é uma senhora dentro de uma Hilux com uma bandeirinha do Brasil, eu não sei que amor patriótico é esse que quer a morte dos mais pobres, isso é lesa-pátria, lesa-humanidade, é o Brasil na esteira da contramão do mundo. Não sei se isso é falta de consciência ou se a estupidez, a tormenta e a mentira se tornaram o espectro da política polarizada brasileira, a verdade é libertadora, o autoritarismo e o culto ao Estado é a escravidão. O presidente da República ainda usa essas imagens para insuflar ainda mais esses antagonismo, como se essa pequena fração representasse o Brasil. Jair Bolsonaro que foi duplamente batizado, que viajou até o rio Jordão para mergulhar nas águas que banham o corpo de Cristo, parece precisar de um terceiro batismo, pois ao que tudo indica ele se banhou nas águas do equívoco, Bolsonaro precisa encontrar o amor ágape, aquele que Cristo bradou ao ser crucificado, para a humanidade, por sua redenção. Como se não bastasse, ele só consegue lesar a humanidade. O presidente precisa seguir as orientações dos seus técnicos, ao invés de desautoriza-los. Há algo de pobre no reino de Brasília. Todo Estado tem algo de pobre, uma febre de rato, se todos que tem uma sensibilidade política próxima a de Hamlet hão de se rebelar. O Brasil está numa arena enérgica política, uma política regrada pela imbecilidade, e isso fica mais evidente quando notamos a bipolarização que rasga o nosso tecido social. Hão de dizer que a esquerda é o arauto da esperança para o retorno da democracia e um estado cujas ações vão para atender os mais pobres. Na contrapartida, hão de dizer também que a direita é o justiceiro para uma fração política partidária ligada à corrupção. É preciso encontrar a parcimônia para tentar estabelecer o nosso primeiro fio de civilização, não é a consciliação de classes, mas é entender que o único caminho para evitar uma guerra civil é um Estado de Bem Estar Social. A vulgarização da nossa política chega ao máximo quando empresários chegam ao ímpeto de pedir um Plano Marshall brasileiro, uma reestruturação econômica financiada pelo Estado, no texto passado já havia citado a esquizofrenia latino americana do empresariado apoiado na iniciativa pública. Isto é o patrimonialismo. Parece que há um desligamento total da realidade, uma incongruência política e econômica, essa dialogicidade é irresponsável, indefensável e criminosa.
Estamos à beira de uma guerra civil, o tecido social se deteriora quando ambos os lados não querem ouvir mais nada. A bipolaridade faz parte da narrativa política, faz parte da retórica, bem e o mal, Deus e o Diabo, céu e terra. Cria-se uma lógica impositiva e ambivalente. É uma porta, por ela se entra, mas também sai. A corrupção é algo sistematizado, e ela vai além da espoliação do patrimônio público, ela está profundamente ligada a nossa história a prática política, ao obliterar o mínimo aos que mais necessitam damos o aval para corrupção, ao negar leitos aos que irão padecer caso o caos na saúde pública se concretize é uma grande irresponsabilidade. É hora de o Brasil parar, é horar de mantê-lo custe o que custar, é preciso usar a máquina pública para que o prejuízo econômico seja arrefecido nas camadas mais pobres, é preciso um controle fiscal a estruturação do lastro das micro, pequenas e médias empresas. É fundamental honrar aqueles que estão morrendo. É preciso um olhar cirúrgico pra realidade brasileira, os que mais anseiam devem ser atendidos e não os já privilegiados, os carros importados, os “cidadãos de bem” não precisam encontrar um equilíbrio político e precisam aceitar a justiça social, extirpar esse mal que é a nosso ímpeto escravocrata. No final das contas em um Estado negligente onde os cães ladram, a caravana passa. Não podemos jamais esquecer que a morte é uma verdadeira democrata, ela jamais esquece daqueles que insuflam a sua própria manifestação, ela também nunca lhe convida para dançar é uma convocação, essa dança todos sabem os passos e ninguém pode recusar.
Gabriel Costa Pereira é Professor e Historiador da Arte na rede particular de ensino, é pesquisador dos temas estética, arquitetura e política nazista, esse ensaio foi escrito no dia 28 de março de 2020.
1 note · View note
Text
BOTTICELLI RE-IMAGINADO
Sandro Botticelli viveu entre 1445 e 1510. Fez grande sucesso num ateliê em constante agitação. No entanto, ao contrário de seus famosos colegas renascentistas como Raphael, Tiziano, Leonardo da Vinci e Michelangelo, que desde então nunca deixaram de ser lembrados e consagrados, Botticelli foi esquecido durante trezentos anos. A razão? Mítico, freudiano ou surrealista demais?  Pois foi em tempos vitorianos, quando virou uma paixão dos pré-rafaelitas, que ele voltou à moda e nunca mais saiu de cena. Hoje não é apenas visto como um cult da modernidade mas até mesmo como um artista moderno ou melhor pré-moderno. É exatamente o seu fascínio e o alcance de sua influência no imaginário de artistas contemporâneos como Andy Warhol, David La Chapelle, Cindy Sherman, René Magritte, cantores como Bob Dylan, cineastas e designers do mundo da moda como Elsa Schiaparelli e Dolce & Gabana, o que impulsionou esta exposição atualmente na Gemalde Galerie em Berlim e que será inaugurada no dia 5 de março próximo, no Museu Victoria&Albert em Londres e que alí permanecerá até 3 de julho. Na Inglaterra será a maior exposição do artista desde 1930. Incluirá pintura,  moda, filme, desenho, fotografia, tapeçaria, escultura e gravura; um total de 150 trabalhos, sendo 55 obras do próprio Botticelli. Segundo Martin Roth, diretor do V&A, “Sandro Botticelli é um dos grandes artistas do Renascimento e, 500 anos depois de sua morte, sua imagística fez um longo caminho para voltar a representar um ideal de beleza contemporâneo.” Na mostra veremos, através de obras ousadas e de vanguarda, como tem sido explorada as muitas sobrevidas do pintor medieval através da cultura popular. Ou seja como Botticelli pode ter se tornado uma figura cultuada ainda no século 21. Um exemplo é o trabalho fotográfico de autoria de David La Chapelle, de 2009, considerado kitsch e opulento, batizado de O Renascimento de Venus, título que tranquilamente apropriou de uma obra de Botticelli. Foi para um tour da cantora e compositora Lady Gaga que a dupla Dolce&Gabbana criou para a artista um vestido inspirado naqueles que vestiam “ ou não”   as retratadas do pintor medieval como Pallas Athena, Venus, Simonetta Vespucci e tantas outras. Estarão presentes também na exposição, a litografia “O Nascimento de Venus” de Andy Warhol e as fotografias de Rineke Dijkstra que retratam adolescentes adotando poses de Botticelli. Durante a mostra se poderá ver um clip do filme de James Bond, Dr.No, de 1962, onde  Ursulla Andrews emerge das aguas tal qual a famosa Venus de Botticelli. Teremos a oportunidade de escutar a canção de Bob Dylan, “Sad–Eyed Lady of the Lowlands” e também aquela onde o cantor explica como a “ Sobrinha de Botticelli “prometeu estar com o pintor quando ele pintasse sua obra prima  “. Uma das pinturas que poderá ser vista no V&A é aquela chamada Retrato de uma Dama conhecida como Smerelda Bendinelli ( c1470-5), comprada pelo pré-rafaelita Dante Gabriel Rossetti na Christie’s, em 1867, por vinte libras esterlinas. Segundo o jornalista Jonathan Jones, em artigo no The Guardian, este retrato, o único no acervo do V&A, bastaria para justificar a relação entre o número de obras e elementos expositivos aparentemente tão disparatados, com a obra do pintor renascentista e sua modernidade. “Não se trata apenas de um exemplo, entre tantos ao longo da história, de um retrato de mulher”.   Chama a atenção o fato de os olhos da retratada olharem para fora da tela, de forma tão direta que, no passado, chegou a ser interpretado como um mau olhado  ou malocchio na língua nativa de Botticelli. Teria provocado, em sua época, um verdadeiro medo do olhar feminino. Um sentimento nada estranho aos homens nos dias feministas de hoje. E este quadro seria, em Botticelli Re-imaginado, o grande testemunho da afinidade de Botticelli com o mundo moderno. Consta que Rossetti teria pago mais quatro libras para que esta hoje tão icônica tela fosse limpa. Durante muito tempo acreditou-se que ele próprio tivesse retocado o cabelo da retratada para que se tornassem vermelhos, como era do gosto dos pré-rafaelitas e o que viria a contrariar uma crença dos tempos medievais que associava o cabelo vermelho ao mal. Porém, nas pesquisas feitas para a exposição, ficou esclarecido, por meio da técnica de refletografia infravermelha, que tratava-se de um velho mito e que Rossetti decididamente não tocou na cor original pintada por Botticelli três séculos antes. Segundo Ana Debenedetti, curadora de pintura do museu londrino, é preciso esclarecer que o cabelo da retratada não seria de fato vermelho, mas teria um tom amorangado, ou seja, o que se costuma chamar de “louro veneziano”, muito comum no período. De qualquer modo é sabido que Rossetti adorava este retrato e que ele o inspirou na  série que depois pintou de enormes telas de belas mulheres como a La Ghirlandaia, que hoje pertence à Galeria Guildhall e que foi cedida para a exposição. Em vida, sabe-se que Rossetti tinha o retrato de Smerelda pendurado na parede de sua casa no bairro de Chelsea, exatamente quando o culto à Botticelli fervia. Daí talvez a razão de ser esta obra tão crucial para a mostra Botticelli Re-imaginado, que consegue, de forma extremante bem sucedida, documentar esta estranha relação entre a modernidade e um pintor do século 15.   Sabe-se que antes de morrer, Dante Gabriel Rossetti vendeu a tela por 330 libras para seu patrono Constantine Yonides, então conhecido colecionador, que, por sua vez, a legou em testamento para o V&A em 1901. Ainda segundo Jonathan Jones, mais do que um culto moderno, Botticelli poderia  ser visto como um artista de fato moderno. Nós, inconscientemente o aceitaríamos como um artista que trata do nosso desconforto e da estranheza das coisas. E cita a frase de um texto de 1870, de autoria do crítico vitoriano Walter Pater, dizendo que as mulheres de Botticelli “são de certa maneira anjos, mas passando a sensação de deslocamento e de perda, ou seja um sentimento de exilio”. Uma sensação nada desconhecida de mulheres e – porque não também – de homens contemporâneos. A vênus de Botticelli seria uma exilada, uma beleza triste entre as ondas, vivendo de certo modo entre o céu e a terra, se movendo em nossa direção assim como nós a ela. Ainda Jones, em seu texto, esclarece que a melancolia em seus olhos e a “sombra” sobre a beleza, é o que faria de Venus uma mulher moderna. Botticelli seria um surrealista do século 15, um artista capaz de transformar o sonho em realidade. Suas pinturas mostram os deuses pagãos em figuras vivas com uma intensidade ingênua que perturbam e invadem a imaginação de quem as fita. Consta ainda, segundo o artigo do The Guardian, que o artista teria desejado que algumas de suas pinturas como a conhecida Venus and Mars  e também suas obras primas pagãs como a famosa Spring ( Primavera) fossem parar na National Gallery e ali atuassem como um mágico chamariz. Ainda segundo Jones, estes trabalhos podem causar no visitante um efeito real, como se a observação de uma obra de arte pudesse ter o efeito de nos atingir e nos transformar como pretende também a arte contemporânea. E lembra um poema de Rainer Maria Rilke onde o poeta conclama as pessoas a serem capazes de mudar suas vidas por meio do poder da arte. Num mundo tão cheio de fundamentalismos como aquele em que vivemos hoje, Botticelli talvez se encaixasse feito luva com sua personalidade turbulenta e  atrapalhada, ou seja, a mesma do homem moderno. Depois de criar suas sublimes visões do mito pagão, ele se tornou um seguidor do profeta revolucionário Savonarola. Rejeitou a beleza sensual e se dedicou a ilustrar a obra de Dante Alighieri. Segundo ainda Jonathan Jones, o mundo muda e Botticelli muda com ele. “Seria o poeta de nossas almas exiladas“.              
2 notes · View notes
canalalentejo · 2 years
Text
O imaginário do artista italiano Alex Cattoi em exposição em Monsaraz
O imaginário do artista italiano Alex Cattoi em exposição em Monsaraz
“The keys of time – the mystery of memory” é o título da exposição de escultura em cerâmica e acrílico que o artista italiano Alex Cattoi está a apresentar até ao dia 24 de setembro na Igreja de Santiago, em Monsaraz. A mostra pode ser visitada diariamente das 9h30 às 12h30 e entre as 14h e as 17h30. Alex Cattoi levou à vila medieval 40 peças para esta exposição que fala de universalidade, de…
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
adeuspassado · 6 years
Text
Meditações sobre História da Arte
A História da Arte está sempre associada com a História da Civilização. A cultura ocidental não é um fato homogêneo, temos que considerar quatro grandes complexos culturais: culturas arcaicas (minóicos, micênicos, dóricos, os primitivos helenos, ítalos, celtas e germanos); a cultura clássica (centrada em Atenas, Alexandria e Roma); a cristandade ocidental (no seio dos povos latinos e germânicos, na Irlanda e no Império Bizantino); e o ocidente moderno (a partir do século XVII).
A chamada "cultura ocidental" elaborou "sistemas de pensamento" que buscam ordenar e classificar, historicamente, as etapas do "desenvolvimento artístico". Cada "momento histórico" (a cultura ocidental é uma questão de nível histórico) gera "A" arte que lhe corresponde. O conceito de arte passa por uma "evolução histórica". Mas a "consciência histórica" da Arte é um atributo da modernidade. Essa forma de pensar, que admite a existência de História da Arte, Grande Arte, sobretudo "Belas-Artes", nasceu no século XVIII (ver Johann Joachim Winckelmann). É a chamada "filosofia das Luzes" que vai sistematizar uma "visão histórica" da "Arte". O significado moderno do termo "arte" (= belas-artes) provém desta "filosofia iluminista". Há uma "historiografia dominante" (originada no século XVIII) que acaba fazendo um encadeamento sucessivo de Classicismo, Idade Média, Renascimento, Barroco, Neoclassicismo e Romantismo. Como se tudo isso fossem fases de uma única Civilização. Esse encadeamento diacrônico da "Arte Ocidental" é fruto de uma visão que podemos nomear de "a visão neoclássica da arte", uma visão historicista e academicista. A "filosofia das Luzes" não é outra coisa senão uma forma de Neoclassicismo que, ao rejeitar o Barroco, rejeita a civilização cristã ocidental. O iluminismo é no fundo a tentativa de se criar uma nova sociedade, uma nova cultura. O liberalismo "clássico" é o início da ruptura, é mesmo um componente do "espírito revolucionário" dos tempos modernos.
A Arte Grega é para nós, "ocidentais", um paradigma do belo artístico; ver a "Antiguidade Clássica" como "modelo" da "Arte" é uma perspectiva histórica que acompanha o Ocidente desde o século XV; temos um olhar comparativo que toma por parâmetro a "arte clássica", mesmo se for para condená-la. O etnocentrismo é inescapável. Por isso, quando se fala de "fundamentos da arte", sempre se retorna aos postulados de Aristóteles e Horácio. A mitologia grega, com a simbólica que lhe acompanha, é até hoje uma fonte da criação artística; mas é preciso compreender que na origem da arte grega está presente um forte componente religioso; para os antigos gregos, o ato de o sol deixar cair sobre nós sua luz era como se ele estivesse "semeando uma luz divina" (Aristóteles).
Há cinco grandes estilos da arte (que se desenvolvem como períodos históricos sobrepostos) no contexto da cristandade ocidental: a arte bizantina, o românico, o gótico, o renascimento clássico e o barroco. É comum dizer que o séc. XVII é marcado pelo "Barroco". O barroco foi o último momento de gênio da cristandade. Aquilo que é entendido por "período barroco" pode ser caracterizado pela idéia de "Homem em Conflito" (o pano de fundo é o duelo Reforma vs. Contra-Reforma). É comum também contrapor o Barroco ao Renascimento. Se o primeiro expressa o "Homem em Conflito" (na verdade a Cristandade em conflito), o segundo representaria o "Homem em Equilíbrio" (o pano de fundo é o humanismo cristão que busca uma harmonia entre a Natureza e a Graça, entre a fé religiosa e a studia humanitatis). O humanismo, diga-se de passagem, é uma invenção do cristianismo. A civilização ocidental helênica, assim como o mundo greco-romano, dividia os homens em gregos e bárbaros, em livres e escravos, sem uma imagem mítica de unidade do gênero humano, e principalmente sem um sentido escatológico de salvação universal. A mudança mais sensível que a "historiografia das idéias" indica na passagem da Antiguidade para a "Idade Média" é a formação do conceito de "Humanidade" (humanitas é termo do latim medieval). Entretanto, no âmbito da teoria da arte, a cristandade "medieval" não produziu nada, conceitualmente falando, que ajudasse a interpretar o sentido da arte em geral ou definir uma "arte cristã", isto é, não havia sequer uma fronteira que definisse uma distinção clara entre arte, artesanato e técnica. O conceito de "belo" nem mesmo tinha função para classificar as artes, pois a classificação mais utilizada apenas distinguia as "artes mecânicas" e as "artes liberais".
O problema intrínseco em estudos sobre a "História da Arte" é o uso de categorias do iluminismo, é ser levado a perceber o "fenômeno estético" através de uma "perspectiva neo-clássica". (Foi o romantismo uma ruptura e uma rebelião em relação a esta "visão iluminista"? Penso que num certo sentido, o romantismo é uma crítica difusa a um momento específico que a civilização européia vivia: a Evolução Industrial). O neoclassicismo, o imaginário bucólico ou pastoril da Arcádia, de algum modo corresponde ao racionalismo moderno, pois temos aqui uma arte que é feita sob regras estritas, assim como as emergentes academias científicas buscam um método com regras definidas. Na opinião de Ferreira Gullar, "os diferentes caminhos seguidos pela arte, a partir do século XVIII, não foram escolhidos pelos intelectuais ao sabor de sua vontade, no exercício de uma total liberdade", pois o artista "responde a problemas fundamentais que a História coloca, concretamente", logo, "a problemática da arte é uma parte da problemática geral da História em cada época". Temos que investigar assim quais são os caminhos escolhidos pelos artistas modernos e que influências históricas condicionaram as suas decisões.
A História da Arte no Ocidente Moderno apresenta uma pluralidade que pode ser reagrupada em quatro grandes vias. 1-) a via da subjetividade: Romantismo, Simbolismo, Impressionismo, Decadentismo, Primitivismo, Fauvismo, Expressionismo. 2-) a via da representação verossímil: Realismo/Naturalismo, quase toda a grande literatura desde Charles Dickens e Dostoiévski, a Fotografia, o Cinema "documental", desde os primeiros filmes dos Irmãos Lumière, o Neo-realismo italiano, a Nouvelle Vague francesa. 3-) a via do formalismo: Parnasianismo, Cubismo, Abstracionismo, Arte Concreta, Bauhaus. 4-) a via da revolução social: Futurismo, Dadaísmo, Surrealismo, Letrismo, Internacional Situacionista, Fluxus, Provos, Punk. O pano de fundo ou antecedente histórico imediato destas "vias" é o academicismo neo-clássico, que os artistas modernos não se cansam de rejeitar, sem contudo fazê-lo desaparecer. Aliás, o "estilo de arte clássica" é o contraponto necessário de toda a arte moderna. Para Claudio Willer, "ao longo de dois séculos e meio, desde William Blake e da primeira geração romântica até hoje, tivemos modos de revolução romântica". De certa forma, como simples oposição ao classicismo, toda arte moderna é "romântica".
O Romantismo nasce como uma reação à mediocridade da vida burguesa moderna, de certo modo uma "reação anti-iluminista", uma evasão ou fuga para o primitivo, o natural, o infinito, com a valorização do sentimento religioso, da identidade histórica nacional e das "origens", buscando o "refúgio num passado em que todos os valores se realizavam" (A. Hauser). O artista romântico, apegado ao mesmo tempo à Natureza e a Tradição, inicia uma espécie de batalha espiritual contra a "objetividade burguesa" (Ferreira Gullar) e a vida prática moderna. O Romantismo certamente é matriz de um "sentimento anti-capitalista", sem contudo adotar as perspectivas do jacobinismo ou do igualitarismo iluminista (Rousseau certamente teve influência sobre os românticos, mas não com o Contrato Social ou o Discurso sobre a Desigualdade entre os Homens). O romântico, valorizando o sujeito ou a individualidade (e nesse ponto seguindo a tendência geral da modernidade), faz uma "profissão de fé da audácia e do desprendimento, da vagabundagem e do sonho" (Ferreira Gullar), e nesse ponto se afasta de qualquer obediência à "vontade geral", ao "ideal republicano" ou propostas de revolução social. De fato, o romantismo em geral nunca foi revolucionário; nas origens desse movimento, na Alemanha, os românticos se voltam contra a revolução francesa, o exército napoleônico e defendem a Restauração.
Os intelectuais socialistas tiveram uma atitude mista em relação ao romantismo, uma parte o via como totalmente reacionário, a maioria considerava que a novidade do romantismo foi valorizar a espontaneidade, a afetividade, os sentimentos, a "naturalidade" na vida moral e a liberdade total da criação estética, e que tais características tinham o efeito de "encantar a burguesia". Até o fim do século XIX questionava-se até que ponto o "sentimentalismo romântico" não foi apenas a codificação de tendências surgidas no seio da burguesia moderna, criando um "espaço do coração" (substituto da religião?), da impulsividade, da "vida na natureza" (temática comum ao Arcadismo), que correspondia a uma demanda de "lazer" ou "ócio" da própria burguesia, e assim permanecia intimamente condicionada pelos "ritmos" do capitalismo emergente.
Com o avanço do capitalismo e da secularização, os ideais românticos se tornam cada vez mais "fora de lugar". O artista refinado, herdeiro de um passado clássico ou romântico que desmorona pouco a pouco com a chegada da sociedade industrial moderna, se sente deslocado, chega mesmo a se enxergar como sendo "uma monstruosidade, qualquer coisa fora da natureza", conforme afirma Flaubert, para quem "a arte é a única coisa verdadeira e boa da vida". Essa atitude, essa entrega total ao fazer artístico, vai originar a noção "a arte pela arte". Por outro lado, a sensibilidade dos poetas simbolistas vai desaguar no Decadentismo (que não foi apenas um movimento artístico propriamente dito, mas uma espécie de atmosfera intelectual que reuniu muita gente em torno da idéia ou sentimento de decadência da civilização, inclusive os adeptos da "arte pela arte"). No fim do século XIX, tanto o decadentismo quanto o simbolismo, pintores pós-impressionistas ou autores como Oscar Wilde, vão falar em "arte pela arte", atitude que Ferreira Gullar entende como uma "fuga", equivalente à fuga para o passado dos românticos. Essa fuga poderia ser uma viagem sem volta para a Polinésia ou então o ópio, o haxixe, o absinto, os "audazes estupefacientes" (como escreveu Anatole Baju, o fundador da revista Le Décadent littéraire et artistique). Certamente, não é inerente ao fazer artístico rejeitar qualquer função social da arte. Mas precisamos identificar o que causava essa atitude. O fato é que o artista, no contexto do capitalismo e secularismo, parece experimentar uma falta de sentido, uma profunda perda de significado existencial (provavelmente aqui está um fator para o surgimento do teatro do absurdo, da literatura de Kafka e de toda uma plêiade de escritores existencialistas tematizando o absurdo, o tédio, a banalidade ou a náusea perante a existência). Mas, se a vida afunda no absurdo, se "o homem não é nada e a obra, tudo" (Sartre), se o sujeito vê desaparecer o sentido da sua vida, a "arte pela arte" aparece como uma compensação, uma tentativa de resgatar algum valor na existência. Nietzsche, porém, ao criticar esse conceito, dirá que a arte tem um sentido vital, que a arte não é feita só pela arte, que ela é um modo de exercer ou estimular a vontade de potência.
No século XIX, quase em simultaneidade com o aparecimento da Fotografia, veremos se desenvolver o Realismo estético. O realismo-naturalismo divide as opiniões, há quem diga que não há "ruptura" com o paradigma clássico (pois temos as mesmas regras de perspectiva), e há quem veja novos modelos de representação. O realismo estético também foi utilizado no âmbito de um discurso marxista ou socialista (p. ex. Gustave Courbet). Surge, nesss debate sobre o realismo, uma questão sobre o que determina a "mensagem" ou "sentido" da obra de arte, se é a "forma" ou o "conteúdo" da obra. A resposta de artistas socialistas como Brecht é que forma e conteúdo nunca estão de fato separados. Outra questão que os socialistas precisavam responder era esta: é possível uma "estética socialista" ou "arte proletária" verdadeiramente crítica ao capitalismo? Uma conclusão a que muitos socialistas chegaram foi esta: A arte revolucionária não pode ser forjada numa linguagem acadêmica neo-clássica.
Francisco de Goya antecipou uma representação fora dos cânones clássicos ou realistas. Mas é somente com o Impressionismo que será difundido em larga escala um padrão de imagem diferente das representações acadêmicas, românticas ou realistas até então predominantes. Muitos impressionistas são ligados ao movimento socialista ou anarquista. Com o impressionismo ocorre uma reviravolta na maneira de expressar a existência, foi um estilo realmente novo que de certo modo acendeu o ímpeto de originalidade, de "superação de formas", nos artistas modernos. Por outro lado, há uma herança do romantismo no impressionismo, nos temas, ambientações, situações, mas principalmente na valorização da perspectiva, da Subjetividade do artista.
Talvez a maior de todas as contestações contra o "mundo burguês", no séc. XIX, seja obra do Simbolismo; foi através de Baudelaire, Rimbaud e Lautréamont que se deu início a caminhada para o Modernismo do séc. XX e suas "vanguardas artísticas". Mas esses movimentos de vanguarda têm caráter muito distinto. O expressionismo, o principal herdeiro do romantismo, teve uma influência bastante ampla no panorama das artes (pintura, literatura, teatro, cinema); o fauvismo, o cubismo e o abstracionismo foram movimentos praticamente limitados ao campo das artes plásticas; o futurismo, o dadaísmo e o surrrealismo não foram simples "movimentos de arte", mas sim de revolução social ou cultural que se engajavam, entre outras coisas, numa atividade artística. Entre estas vanguardas, a que foi mais radical em sua proposta de destruir ou subverter os "valores estéticos" ou culturais, encarados como extensões do capitalismo e das "políticas burguesas", é o Dadaísmo.
A "vanguarda" (avant-garde) como conceito artístico ou literário é um fenômeno relativamente recente (o termo é de origem militar, e depois foi transladado para o contexto político). A idéia de "vanguarda artística" pertence ao Ocidente moderno, em geral para designar o Impressionismo, o Simbolismo, o Expressionismo, o Cubismo, o Fauvismo, o Abstracionismo, o Futurismo, o Dadaísmo e o Surrealismo. Esse conjunto de movimentos ou tendências artísticas delimita o conceito histórico de "vanguarda artística", e nenhuma discussão sobre este termo faz sentido sem referência ao contexto histórico do Ocidente moderno (em especial o período conhecido como Belle Époque). Segundo Ferreira Gullar, "a expressão avant-garde tende a designar obras em que preponderam a pesquisa e invenção estilística". Essa conceituação, quando aplicada ao trabalho de Francis Ponge, James Joyce ou Thomas Pynchon, não significa classificar a obra num Ismo determinado. Muitas obras de vanguarda estão à margem dos movimentos de vanguarda.
De acordo com Claudio Willer, "movimentos de vanguarda deram prosseguimento ao simbolismo, em lugar de negá-lo". Na Europa, a Primeira Geração de Vanguarda teria sido: Simbolismo, Impressionismo, Expressionismo, Pós-Impressionistas, Fauvismo, Cubismo, Futurismo, Abstracionismo, Construtivismo, Dadaísmo e Surrealismo. A Segunda Geração de Vanguarda seria a seguinte: Não-figurativismo, Letrismo, Neo-realismo (cinema), grupo COBRA, os Surrealistas portugueses, Boris Vian, o Colégio de Pataphysica, Internacional Situacionista, o Nouveau Roman, a Nouvelle Vague, o grupo Oulipo, Pierre Schaeffer, Stockhausen, Jean Dubuffet, Pop Art, Fluxus. A Terceira Geração se inicia nos anos 70 com o Punk, em seguida Stewart Home e o Neoísmo, Projeto Luther Blisset e Coletivo Wu Ming, Lars Von Triers e o Dogma 95, além da arte eletrônica, incorporando elementos de robótica, e da web art no contexto da "cibercultura". Nos EUA o caso é diferente, e a "Primeira Vanguarda" foi antes Emerson, Thoreau, Whitman, Poe e Melville, o Realismo/ Figurativismo Americano (Edward Hopper), alguns poucos futuristas e impressionistas, além de Man Ray, Gertrude Stein, Ezra Pound, Henry Miller etc. A Segunda Vanguarda Americana foi: Orson Welles, a Geração Beat, o Free Jazz, John Cage e o Happening, Rock and Roll, Pop Art, Fluxus, o Living Theater, Jonas Mekas, o Underground nova-iorquino, a Arte Psicodélica, a New York School of Poets ou The last avant-garde. A Terceira onda de vanguarda segue o Neo-Dadá, e prossegue com Mail Art, Punk, George Clinton e Funk Psicodélico, Afrofuturismo, Hip Hop, William Gibson, o Cinema Fantástico, Hakim Bey, Neoísmo, David Lynch, John Zorn, Arte Eletrônica, o arquiteto canadense Frank Gehry e o grupo Critical Art Ensemble. No Brasil a idéia de vanguarda teria início com a Semana de 22, em seguida Poesia Concreta, Cinema Novo, Roberto Piva e a Geração 60-70 (que lançou escritores como Jorge Mautner, Claudio Willer, Bruno Tolentino, Carlos Nejar, Álvaro Alves de Faria, Rodrigo de Haro, Dalton Trevisan, J. J. Veiga, Murilo Rubião, Waly Salomão, Paulo Leminski, Glauco Mattoso), Neoconcretismo, Oiticica e Tropicália, Teatro Oficina, Cinema Marginal, Gilberto Mendes, Hermeto Pascoal, Mangue Beat e Madeirismo. Na América Hispânica podemos destacar os muralistas mexicanos, Frida Khalo, Jorge Luis Borges, Fernando Birri, León Ferrari, Sergio Mondragón e a revista El Corno Emplumado (México), o Manifesto Tzántico (Equador), o grupo El Techo de la Ballena (Venezuela), Miguel Grinberg e a revista Eco Contemporáneo, Octavio Paz, Roberto Matta, Raoul Ruiz, Alejandro Jodorowski, entre outros.
O conteúdo da obra de arte não pode estar completamente dissociado da realidade histórica. A forma ou estilo na arte se alimenta de algum modo da realidade histórica e social, ou simplesmente do "mundo dos fatos". Ferreira Gullar certamente compreendeu isso, ao afirmar que "a prova de que furtar-se aos fatos é que esclerosa as formas e esteriliza os artistas está na própria poesia concreta, que se estagnou num número extremamente reduzido de variações formais". A mesma estagnação atingiu o cubismo e os diversos estilos de arte abstrata. O formalismo ou "maneirismo" nas artes, a ênfase excessiva no como e o descaso pelo quê, empobrece o significado da arte e sua função social.
Mas, afinal, o que é arte? Ao se perguntar "o que é arte?", o teórico não se afasta de um "pensamento latino" que termina por estruturar sua "visão de mundo". Esse problema é do começo ao fim a questão da língua e dos conceitos herdados pelo "falar e pensar em português". Essa interrogação, certa forma de estruturar uma "reflexão estética", depende da nossa linguagem, e a linguagem nunca é neutra ou simplesmente "objetiva", mas um a priori cultural que condiciona nosso modo de pensar. A "arte" é uma realidade do Ocidente, uma categoria cujo sentido não é estático, mas histórico, e que na modernidade oscila entre a "reprodutibilidade técnica" massificada e a busca de originalidade formal ou estilística, "vanguardista", a par da transformação do artista em celebridade da mídia.
Os críticos da modernidade procuram mostrar os aspectos alienantes do maquinismo industrial. Entende-se que alienação, isto é, perda da liberdade, tecnocracia e burocracia caminham juntas na modernidade. A máquina, o computador, como fator de burocratização da existência. Cibernética como instrumento da burocracia, tanto no Estado como nas Corporações privadas. Numa sociedade totalmente organizada, no mundo da Administração Total, a ratio capitalista se desnuda a si mesma como irracional (Theodor Adorno). Os movimentos de vanguarda no campo artístico pretendem, segundo a Escola de Frankfurt, se opor a essa "sociedade administrada, incompatível com a arte". Não penso que a sociedade moderna seja incompatível com a arte, pois ela mesma determina um tipo de arte, e as vanguardas, antes de serem plenamente autônomas, são produtos dessa sociedade moderna. (Sartre dizia que um intelectual é um produto da sociedade, alguém que é parte da sociedade, mas que não deixa de contestá-la; essa me parece ser a situação das vanguardas).
A arte moderna está marcada por secularismo, agnosticismo, estranhamento, vazio e absurdo. Parece haver um aspecto anti-metafísico na arte moderna. O positivismo influenciou o panorama das artes? O romantismo e o simbolismo, que não deixavam de representar o sujeito em contato com a transcendência, parecem não ter podido evitar que certa mentalidade cientificista contaminasse as artes. O cientificismo, quando apareceu no séc. XIX, imaginava a Ciência como a resposta definitiva para todos os problemas humanos. A arte, para se renovar, deveria acompanhar a Ciência. Por isso, o realismo fotográfico, sendo um fruto do "desenvolvimento tecnológico", foi aceito como paradigma estético por muita gente. Por outro lado, num viés esquerdista, o desenvolvimento tecnológico é considerado fruto da "visão de mundo burguesa". Desdobra-se então todo um imaginário de demonização da máquina. Até hoje vemos ficções sobre a "tirania da máquina" (p. ex. Matrix). O que está em questão é a imagem que se faz do mundo moderno, isto é, do capitalismo moderno. O ponto central do capitalismo não é de modo algum a "propriedade privada dos meios de produção". A evolução industrial é o cerne do capitalismo. A inovação tecnológica, a engenharia, a pesquisa da natureza aplicada à fabricação de novos instrumentos, portanto o "crescimento das forças produtivas", esse o eixo do capitalismo. O "espírito" do capitalismo deve muito mais a Leonardo da Vinci do que a Lutero. E é desse espírito de inventor que nasce o Cinema. A indústria do cinema, que reúne uma enorme variedade de artefatos ópticos e acústicos, coloca a questão da relação do artista com a tecnologia. Portanto, o problema do sujeito diante do artefato técnico (em princípio, o kinetoscópio ou cinematógrafo). A tecnologia do cinema não se separa da sociedade capitalista que a constituiu; a posição do sujeito, do artista, diante da tecnologia é um modo determinado de se situar no sistema capitalista. As "vanguardas artísticas" (repito que futurismo, dadaísmo e surrealismo não são meros movimentos de arte) se dividiam, no começo do século XX, entre integração e repúdio à máquina. A crítica ao capitalismo é inseparável de uma crítica ao regime tecnológico que perpassa o "Sistema", e que é como o seu coração. O capitalismo é por essência tecnocrático, e a tecnocracia é hoje um sistema totalitário, no sentido de possibilitar um domínio total sobre a vida humana. (A possibilidade não é a efetividade, e penso que todo o projeto de Francis Bacon, a "dominação da natureza", tem algo de demencial e ilusório).
A autoconsciência é necessária na Arte? O que é ser um autor? A questão da "autoria" está sendo transformada pela Cibercultura. No "ciberespaço" o caráter autoral da obra de arte perde ênfase, e se desloca para a manipulação e/ou reprodução da "obra" (uma imagem, uma narrativa, um programa). Vivemos numa era de partilha de informações, e assim de aparente generalização do plágio, da cópia, da edição de imagens e textos. Entretanto, a "questão da autoria" não nasceu com a informática, pois desde Lautréamont que existe a contestação à noção de "propriedade intelectual" e "autor". No século XX tal crítica reaparece em William Burroughs e nos Situacionistas, sem falar em Barthes e Foucault. Também devemos lembrar que nos anos 60 do passado século a performance nomeada "Happening" colocava em foco a interatividade e transformação da "obra". Tal procedimento "criativo" tem sua origem mais provável no movimento dadaísta, cujas apresentações no Cabaret Voltaire já são os primórdios do Happening. Contudo, o problema do autor é nos dias de hoje marcado pela dimensão tecnológica da computação e mídia eletrônica. A maneira como Guy Debord pensava o plágio, o desvio, a alteração de textos e reconstrução dos enunciados, nunca foi devidamente articulada com a questão da técnica e o fato de que a relação entre sujeito e tecnologia implica a mediação de classes sociais.
Temos no século XXI alguma idéia nova do que seja Poesia? Dizia Aristóteles que "a poesia é mais filosófica e de caráter mais elevado que a história, porque a poesia permanece no universal e a história estuda apenas o particular". Não creio que o Ocidente moderno pense dessa forma, sobretudo porque o evolucionismo levou a imaginação a sonhar uma História Universal, desde o mítico Big-Bang, e porque o lirismo moderno, o "fluxo de consciência", o surrealismo focaram em particularidades e idiossincrasias do indivíduo. Por outro lado, a poesia permanece sendo essencialmente ficcional, sem a preocupação factual da história. Heródoto escreveu o que aconteceu e Homero o que poderia ter acontecido. A poesia moderna dificilmente poderia ser descrita em termos de unidade. A multiplicidade de caminhos poéticos se mostrou tão grande ao longo do séc. 20, que em 1987 o italiano Enzo Minarelli formulou a ideia de Polipoesia. Para ele, a palavra poética toma características de "multipalavras", de múltiplos significados, o ritmo verbal tem relação com a dança, a mímica, a gestualidade, e a palavra pode ser recombinada, através da gravação, com efeitos eletrônicos de computador, ganhando uma ambiguidade oral (a palavra perde suas sonoridades convencionais). Tenho a impressão que um certo atomismo verbal, e a exploração do silêncio (penso em Carlos Moreira e o projeto Caixa de Silêncio), vão pautar a poesia contemporânea.
A cultura ocidental moderna criou o conceito de Estética (Baumgarten, século XVIII). Estética, o conhecimento sensível, seria o fundamento epistemológico de qualquer teoria da arte; ademais, o máximo conhecimento sensível é o belo. O belo sensível teria um duplo aspecto: o belo natural, o belo artístico. Ademais, o belo é um valor conexo ao bem; e a beleza produz uma sensação de prazer. A beleza é ordem objetiva. "O belo é uma manifestação secreta das leis da natureza" (Goethe). A beleza, para o senso comum, é tudo o que agrada imediatamente, sem exigir qualquer reflexão. Mas a beleza talvez não seja o "agradável", o que é puramente subjetivo, isso poderia levar a ilusões. Há mesmo entre os modernos certa desconfiança em relação à beleza. Penso no Rimbaud da primeira página de Uma Temporada no Inferno. Outro exemplo: "Precisa-se distanciar a beleza e o espírito, se não se quer se transformar em escravo da primeira" (Goethe). Nisso Goethe está sendo anti-dionisíaco. Baumgarten, por sinal, ao enfatizar o conhecimento sensível, perde de vista o aspecto puramente conceitual da arte (e toda a literatura não é arte conceitual?), sem falar que o belo sensível, na arte, é ponte para a beleza supra-sensível. Me parece que o clássico Banquete é um guia melhor para a teoria da arte, enfim, é preciso retornar a Platão.
"Segundo Nietzsche, ainda não se compreendeu o que significa a vida de um artista" - Deleuze. A vida de um artista moderno tem algo de patético e niilista. E isso aparece na obra. Na literatura, em James Joyce por exemplo, pode-se examinar o que decorria da particularidade existencial (a cegueira), ou da sua ligação com a problemática nacional ou cultural da época em que viveu (o nacionalismo, a guerra, a emancipacão feminina). A criação artística nunca está desligada da história geral dos homens. Fazer a biografia intelectual dos artistas modernos, como parte de uma História do Pensamento, poderia ser um meio de investigar o quanto eles se afastam da idéia de Cristandade ou da idéia de Tradição. Um bom número de movimentos, Futurismo, Dadá, Surrealismo, Letrismo, Beat generation, Pop Art, Fluxus, Punk, Neoísmo, parecem revelar o patético niilismo da arte ou da vida moderna; artistas como Duchamp, Cocteau, Picasso, Dalí, Miró, Paul Klee, Kandinsky, Jackson Pollack, Jean Dubuffet, Hélio Oiticica, ao contrário do artista tradicional, não produzem obras para o culto religioso, nem se dedicam seriamente a representar o Sagrado (Dalí pode fazer uma exceção nesta ou naquela obra de temática religiosa, mas isso não muda o conjunto de sua obra, embora ele tenha flertado com uma visão tradicional em seu Libelo contra a arte moderna); escritores como Proust, Breton, Sartre, Camus, Céline, Joyce, Pound, Henry Miller, Kerouac, Charles Bukowski, Kafka, Hermann Broch, Thomas Bernhard, Robert Musil, Hermann Hesse, Thomas Mann etc., parecem envolvidos com crises existenciais insolúveis; cineastas como Eiseinstein, Buñuel, Kubrick, Godard, Glauber Rocha, Pasolini, Scorsese ou Cronenberg, parecem empenhados antes de mais nada a representar um desajuste social ou psicológico; o teatro e a dança, com Stanislavski, Grotowski, Artaud, Ionesco, Beckett, o Living Theater, Isadora Duncan, Martha Graham, a influência do Butoh, Pina Bausch, Merce Cunningham, querem acima de tudo "quebrar paradigmas"; a música popular americana, nascida no coro de igrejas, foi se afastando cada vez mais dessa base: os spirituals deram lugar ao Blues, Jazz, Rock, Funk, sem falar da politização do folk, Bob Dylan, a influência dos Beatles, o experimentalismo do Velvet Underground, o gênero Disco, até chegarmos em Madonna e outras aberrações "pop"; a música erudita, o Dodecafonismo, Edgar Varèse, John Cage, Stockhausen, Pierre Boulez, Iannes Xenákis, Philip Glass, parece empenhada em destruir o legado de Mozart e Beethoven. Enfim, Erasmo de Roterdam iria se divertir em escrever um novo elogio à loucura, dedicado aos modernos.
1 note · View note
chiga666 · 2 years
Photo
Tumblr media
#sigam a @ajulianaschmitt "Nos tornamos espetáculo para o mundo, para que grandes e pequenos vejam claramente a que estado serão reduzidos, qual seja sua condição, seu sexo ou sua idade. Por que então, miserável, tu és cheio de soberba? Tu és pó e ao pó retornarás, cadavér fétido, alimento e esmola para os vermes." Inscrição sobre a escultura funerária (transi) do Cardeal Jean La Grange, começo do século XV. Museu do Petit Palais, Avignon. 🤘🏻 Quer saber mais? Tem no meu livro "O imaginário macabro" (Alameda, 2017) 😉🖤 #morte #macabro #terror #punk #cruzcredo #morri #idademedia #medieval https://www.instagram.com/p/CfKqHiML8kU/?igshid=NGJjMDIxMWI=
0 notes
carlospereirajunior · 2 years
Text
O MITO DE MERLIM SEGUNDO ROBERT DE BORON
A personagem de Merlim fez sua primeira aparição na literatura ocidental através da obra do clérigo galês GEOFFREY DE MONMOUTH (1100-1155). Por volta de 1135 surgem as PROPHETIA MERLINI, posteriormente incorporadas a HISTÓRIA REGUM BRITANNIAE (1136). Em 1148 aparece a VIDA MERLINI cuja a autoria, embora discutível, também é atribuída a GEOFREY. Foi por intermédio de sua obra que Arthur, até então um folclórico chefe guerreiro que se destacara no combate aos invasores saxões durante o século VI, converteu-se em um poderoso monarca comparável a personalidades como Alexandre, o Grande, e Carlos Magno. Uma das fontes das quais GEOFREY se valeu para a composição de sua obra foi certamente a HISTÓRIA BRITTONUM de NENNIUS DE MÉRCIA, mas muito pouco se pode falar sobre as referências literárias e folclóricas que inspiraram o autor. Curiosamente, a preocupação relativa e poética com dados históricos ou seculares de suas obras contradiz uma característica dos continuadores da dita “matéria da Bretânha”, ou seja, a intemporalidade dos personagens e seu universo vívido. Essa peculiaridade lhe distancia das canções de gesta ou de outras composições medievais como a anônima CANÇÃO DOS NIBELUNGEN ou a CANÇÃO DE ROLAND. A HISTÓRIA REGUM BRITANNIAE é pouco depois do seu aparecimento na Inglaterra traduzida para o francês pelo normando WACE DE JERSEY sob o título de ROMANCE DE BRUTUS. A tradução apresenta alguns elementos inexistentes no original como, por exemplo, a primeira menção a mesa redonda de Arthur. Ao longo dos séculos XII e XIII, a partir da Inglaterra e especialmente da França, cria-se e divulga-se pelas cortes da Europa toda uma literatura que transforma e aperfeiçoa a crônica, recriando as lendas folclóricas da antiga Bretânha perpetuadas pela tradição oral.[1] O mais significativo literato que, depois de GEOFREY DE MONMOUTH, ocupou-se da chamada “matéria da Bretânea” foi o francês CHRÉTIEN DE TROYES em cuja a obra, porém, a figura de Merlim aparece de modo velado na imagem de misteriosos eremitas que surgem significativamente no caminho dos cavaleiros de Arthur durante suas andanças e aventuras. A associação definitiva entre Merlim, a Távola Redonda e a lenda do Graal, pelo que se sabe até o momento, foi estabelecida por um outro francês chamado ROBERT DE BORON. Sua obra, ao contrário da de CHRÉTIEN, é de cunho claramente teológico, justapõe a imagem do profeta de origem misteriosa a imagem do santo Graal criando entre elas uma unidade enigmática. É justamente a partir do MERLIM de ROBERT DE BORON, escrito entre duas outras obras, JOSÉ DE ARIMATÉIA e PERCIVAL OU A QUESTÃO DO SANTO GRAAL , que pretendo tecer minhas considerações. Em linhas gerais, estou inteiramente de acordo com a leitura de MARIE LOUISE VON FRANZ que vê na dualidade da origem de Merlim, filho do diabo e de uma virgem pura temente a Deus, a concidentia oppositorum que o faz portador do princípio da totalidade de modo muito similar ao mercúrio alquímico. Este fato torna-se mais compreensível quando associado ao drama do velho rei pescador. Na leitura da citada autora, o rei moribundo do Graal, representa a atitude cristã envelhecida. Sua ferida na coxa, na região genital, alude ao problema da natureza e da sexualidade não solucionado pelo cristianismo e ao estado de dissociação característico da consciência cristã frente a repressão dos conteúdos anímicos personificados pelo imaginário pagão. Merlim parece atuar no sentindo da superação da unilateralidade do ideal de espiritualide cristão mediante a imagem do Graal como personificação de uma nova totalidade que se insinua de modo contraditório e misterioso no imaginário medieval. Na interpretação de EMMA JUNG [2], o obscuro profeta dos tempos de Arthur, é um ser luciferiano, semelhante a mefistófeles, um representante do “intelecto in statu nascendi”, uma personificação viva do logos e, simultaneamente, portador da numen naturae enquanto um deus de duas faces análogo a Hermes ou ao mercurius duplex da alquimia. O Merlim de ROBERT DE BORON realiza esta ambigüidade de modo realmente exemplar. Ele estabelece
sobre o mito cristão uma interpretação distinta e complementar a dos evangelhos canônicos e da Igreja. Merlim usurpa assim, mesmo que veladamente, o lugar de cristo como mediador entre o homem e Deus. Coisa que ele mesmo confessa: “...E farei tantas coisas e falarei tanto, que me tornarei o ser mais ouvido nesta terra, depois de Deus”[3] Além disso, como esclarece ao eremita Blaise, que “mete por escrito” a lenda do Graal: “...Entretanto este livro não estará revestido de autoridade, porque o senhor não tem autoridade, visto que não pode ser um apóstolo. Os apóstolos não meteram em escrito senão o que viram e ouviram de Nosso Senhor, ao passo que o senhor, o faz é meter no livro o que viu e ouviu por meio de mim. E assim como eu sou obscuro para as pessoas a quem não quero esclarecer, assim seu livro será cheio de segredos e poucos haverá que os desvendarão.”[4] Este caráter obscuro e ambíguo de Merlim marca toda a narrativa. Filho de um incubo e de uma virgem, anunciado por um concílio de demônios, instrumento da vingança dos mesmos contra os profetas que anunciaram a vinda de Cristo, Merlim descarta, entretanto, a possibilidade de uma regressão ao paganismo e realiza, por intermédio da obra do Graal, um caminho alternativo de redenção que tem como centro a Távola Redonda. O segredo do Graal, nesta versão associado as palavras trocadas entre Jesus e José de Arimatéia, em momento algum é revelado. [1] [2] 2- Cf. JUNG, Emma. Anima e Animus. SP: Cultrix [3] 3- BORON, Robert de. Merlim, p.70. [4] 4- Ibidim,p.56.
Carlos Pereira Jr
0 notes
angelanatel · 12 days
Text
Tumblr media
Curso: “A representação do Mal nas Religiões”
Carga horária: 10 horas Aulas gravadas para assistir quando quiser.
Neste curso iremos estudar a representação e/ou personificação do mal em diferentes religiões e crenças. , os contextos, formas, funções e diferentes tipos de ofício profético nos antigos Israel e Judá, bem como a base mitológica e implicações sócio-histórico-políticas da profecia, contextualizando essa ação a partir de textos bíblicos, extrabíblicos, arqueologia e historiografia.
Conteúdo do curso - Satan (hebraico) no Antigo Testamento. - O mal na literatura apocalíptica e o desenvolvimento da ideia de Diabo no Novo Testamento. - Metáforas para o mal no imaginário de diferentes culturas. - O dualismo Deus e o Diabo no pensamento colonial. - O que é mau no Hinduísmo. - A personificação das forças antagônicas no Budismo. - Iblis/Shaitan no Islamismo. - Ahriman no Zoroastrismo. - O Banquete de Platão. - Lucifer nos textos bíblicos. - Imaginário Medieval. - História da Feiúra e representações do mal. - Universo sobrenatural dos povos mediterrâneos, celtas, germânicos, eslavos e escandinavos. - Divindades de povos colonizados transformados em entidades malignas. - Literatura e transcendência do mal. - O Diabo na Teologia e na Dogmática. - O mal no racionalismo científico. - Demonologia. - Pânico satânico.
Métodos de ensino e aprendizagem - 9 horas de aula distribuídas em 3 transmissões. - Orientação para leitura, estudos e pesquisa semanais. - Plataforma online com material digital para pesquisa interdisciplinar.
O curso inclui: - Atendimento personalizado. - Aulas gravadas para assistir quando quiser – não é necessário que o aluno esteja presente nas transmissões ao vivo. - Certificado de conclusão.
Pré-requisitos: Ter acesso à internet.
PARA RECEBER O ACESSO AO PACOTE COMPLETO EM SEU E-MAIL: efetue o pagamento de R$ 114,00 e colocar seu nome completo e endereço de e-mail na descrição do pagamento (ou enviar comprovante por e-mail).
Formas de pagamento: 1.Pix ou PayPal: [email protected] 2. PicPay: @angelanatel 3. Mercado Pago: link.mercadopago.com.br/angelanatel 4. PagSeguro – https://pag.ae/7Z1DF27g4 Obrigada.
0 notes
gamextreme · 3 years
Text
Esse sábado foi um tanto quanto inusitado, sonhei com P e nele a unica coisa dita por ele foi "adeus"... Acordo imediatamente e vejo 5 ligações não atendidas e uma mensagem de Joaozinho dizendo pra eu atender, que era urgente...
Pelo bem da minha sanidade, era eles me convidando pra ir pra House de Maia jogar RPG com eles!!! Uma hora depois eu já estava lá heueheuehe
Eu fui o game master, minha história seguiu os contos de lovecraft e durou mais de 7 horas, acabando por volta das 2 da manhã!! E já marcamos próxima week para iniciarmos um RPG no clássico estilo medieval!! Divertido foi eu ter acabado dormido por lá:
Tumblr media
Ao meu lado: Joaozinho 😂😂😂😂😂
Não dormi na casa de ninguém desde que sai do Neves, curiosamente... Até mesmo antes so o fiz na casa de João Pedro, cuja família inteira era amiga da minha na época (ia todo mundo junto)... Então meio que nunca passei por algo assim de verdade
Ao acordar me lembrei de diversas coisas que não gostaria... Tive de ficar ouvindo um pouco das musiquinhas para me acalmar e seguir normalmente, em resumo, estes curtos momentos me recordam daquela época...
Quanto ao mundo imaginário da UF, ao menos, uma professora decidiu me adotar para um projeto 😍😍😍!!! O objeto de estudo são as álgebras de Jordan (Sim, da matemática!!!) Entaaaaoo finalmente terei algo para estudar sem lembrar de você a cada linha.... So tem o pequeno problema do trabalho sobre gravitação, um vídeo que devo produzir até o dia 5 e não me provoca nenhuma vontade em o fazer....
Estou tentando ao menos ficar mais motivado.... Nas aulinhas menos dolorosas eu busco estar sempre falante e presente, mas somente isso não é o suficiente...
Nada é o suficiente
Recentemente inclusive passei por outro momento de "procura" por um novo jogo para me distrair... Lol, Minecraft, CastleClash, DF, The Forest, Chess, Albion, Project Zomboid foram os que em algum momento mantinham minha mente ocupada... Ainda não achei qual será o próximo que me fará parar de pensar demais sobre todas essas coisinhas
Tumblr media
Nem mesmo as fofuras que me faziam ficar horas as observando estão mais sendi eficientes... Mal estou a entrar no Insta e compartilhar, como fazia, para todas as peoples diferentes imagináveis...
Fazem 41 dias desde a última vez q falei com P, por esse app muito mais tempo... Fora isso, ninguém também falou nada sobre o meu "sumiço"... Então, não deve fazer diferença videos de pandinhas 😥
São tão phophinhos, só querem bolinhos, bamboo, abraços e uma 📦...
Como alguém pode não gostar de 🐼??
0 notes
Text
A 'homoerotização' do martírio de São Sebastião
Tumblr media
Canonizado pela igreja, a figura de São Sebastião se configurou para o catolicismo como um grande símbolo de resistência cristã em tempos de perseguição religiosa durante parte do império Romano. Perseguido e alvejado a flechadas pelos soldados de Diocleciano, Sebastião não foi morto, porém assim fora eternizada sua imagem como mártir. Após insistir na pregação cristã, foi novamente sentenciado pelo imperador romano, desta vez culminando em sua morte a pedradas. Desde então, diversas representações de tal iconografia foram reproduzidas em diferentes momentos e espectros do campo das artes.
Foi durante o início do período medieval, entre 527 e 565, que surgiram as primeiras representações artísticas do santo. "A recorrência da representação do santo, seminu, voluptuoso e andrógino, desde o século XIV foi tolerada pela Igreja, considerando a influência da Antiguidade Clássica e também o fato de que São Sebastião era padroeiro das pestes, pois simbolizava o triunfo sobre a morte pelas flechadas" (SANTOS, 2016). Com o início do período da contrarreforma, a igreja decidiu substituir a imagem do santo pela figura de São Roque, por ser considerada mais decente e sábia na tarefa de protetor das pestes. Isso já elucidava o impacto dos pensamentos e representações estéticas da arte barroca que levaram a ver o "sexualmente explícito" na nudez.
“Num dos concílios provinciais realizados no continente americano ecoando essa virada— como o de Santo Domingo, em 1622 — determinou-se que nas pinturas sagradas se evite toda lascívia e se afaste toda superstição, e que tanto as representações como as relíquias dos santos não se adornem, nem se esculpam ou pintem com beleza torpe ou procaz” (SIBILIA, 2014). Foi apenas durante o período barroco que sua figura viria a ser dramatizada, e propositalmente erotizada, sintomaticamente já acompanhando a nova lógica de pensamento do período moderno. Não a toa, com as manifestações no final do século XX, são Sebastião viria a ser considerado um "santo gay" devido suas representações coincidirem com toda uma cultura de padrões estéticos da figura masculina homossexual criada no contemporâneo. É justamente nesta virada entre o período medieval e o moderno que se tornava cada vez mais perceptível nas representações das artes plásticas o início do fenômeno que viríamos a enxergar hoje como “pornificação” do corpo, mesmo tendo erotismo e religião coexistido na arte desde a Antiguidade Tardia. Isto se deve justamente às mudanças de lógica de pensamento advindo da construção e consolidação das regras que viriam a moldar as sociedades no mundo ocidental moderno e passariam a regir a nudez através da vergonha, não mais por uma lógica punitiva de coerção. 
Durante a efervescência cultural e libertária no final dos anos 60 nos Estados Unidos, diversos diretores LGBTs da cena underground - como Andy Warhol, Kenneth Anger e Jack Smith -, se propuseram a representar o corpo masculino no cinema experimental, fazendo críticas e sátiras com diversos arquétipos do universo gay masculino, como a figura dos motociclistas estadunidenses e cowboys, que perpassavam pelo imaginário popular. Derek Jarman, homossexual e politicamente ativo nas artes, se propôs a reproduzir a imagem do santo no polêmico “Sebastiane” de 1976, representando a vida de Sebastião sobre uma narrativa e estética "camp" bastante características de representação da figura masculina homossexual nas artes.
A construção desse ideal de corpo masculino viril e erotizado por artistas LGBTs já vinha sendo arquitetada por diversos outros artistas antecessores ao movimento no cinema, como os ilustradores Tom da Finlândia e George Quaintance, e fotógrafos como Bob Mizer e Bruce Bellas, que no início do século XX, moldariam toda uma forma de representação artística - os “beefcakes” -, em diversas revistas masculinas, tendo como grande influência a figura fisiculturista de atletas gregos, como Mílon de Crotona; cultura esta cujo ideias de representação foram perpetuadas até os dias de hoje, assolando diversas áreas como o campo da publicidade e da venda de um estilo de vida fitness e “saudável”.
Tumblr media
“[...] enfim libertados das severidades de outrora, porém suavemente intimados a se enquadrarem nos moldes do fítness para estarem à altura do que deles se espera. Ou seja: para poderem desfrutar dos sacrossantos prazeres da sua condição encarnada, deverão obedecer à reluzente moral da boa forma.” (SIBILIA, 2008)
Mesmo com alguns aspectos moralizantes ao redor da dessacralização de figuras religiosas, a chamada moral da boa forma ainda é um dos fatores principais para que algumas representações sejam melhor aceitas do que outras. A utilização de corpos fora de tais padrões de beleza ainda causam estranhamentos e repulsas devido a forte projeção histórica ao redor do corpo definido, malhado, padrão. As representações artísticas do atual universo LGBT masculino nada mais elucidam uma forte cultura moldada desde os períodos antigos, mas que apenas viriam a ter significados mais amplos com uma forte reivindicação dos direitos civis e igualitários do público LGBT, que ao finalmente se entenderem e apresentaram assim como indivíduos, foram estigmatizados e sujeitos a uma forte pressão social de performance e representação de seus corpos na mídia, em que, a fim de legitimar seu papel na mesma, acabaram por tornar-se cúmplices de seus parâmetros de controle, reproduzindo seu discurso coercitivo daquilo que pode ser ou não digno de ser exposto.
Referências Bibliográficas:
SIBILIA, Paula. O que é obsceno na nudez? Entre a Virgem medieval e as silhuetas contemporâneas. Revista FAMECOS, Porto Alegre, v. 21, n. 1, pp. 24-55, janeiro-abril de 2014.
SIBILIA, Paula. O corpo reinventado pela imagem. Revista Trópico, São Paulo, novembro de 2008.
SANTOS, Alexandre. Tensionamentos entre religião, erotismo e arte: o Martírio de São Sebastião. PPGAV/UFRGS, Porto Alegre, v. 21, n. 35, maio de 2016.
Luis Monteiro
4 notes · View notes
aquitemluta · 3 years
Photo
Tumblr media
XUXA E O ANTI-HUMANISMO É estarrecedora declaração de Xuxa e a mentalidade que ela reflete. Essa atitude de dizer uma barbaridade que reflete convicções desumanas, e já desqualificar preventivamente "esse pessoal dos direitos humanos", era típica de uma galera que serviu de escada para o bolsonarismo. Mas depois de Bolsonaro, em que o anti-humanismo virou política e discurso de Estado, achei que isso tivesse parado. Parece que não. Claro, essa mentalidade é parte importante do nosso imaginário nacional. A ideia medieval de que há certas pessoas descartáveis e que são um desperdício de vida, como os criminosos, é bem sedimentada no país. Mas tem também o anti-humanismo "descolado & disruptivo" do xóvem pet lover, segundo a qual animais e plantas são legais, enquanto os condenados nem são humanos nem legais. Não concordo com a tese de que esse modo de pensar é o que, "lá no fundo", representa os brasileiros. Fosse assim, não ficaríamos tão chocados. Ainda há no país pelos menos uma Kombi cheia de pessoas 33 (3ª década do 3ª milênio) que tentam segurar a porta do nosso patamar civilizacional contra as hordas do século XVI. Por outro lado, concordo com a tese de que a malignidade que é o bolsonarismo não surgiu do nada e nem chegou por acaso. Estava aqui o tempo todo. Para ser justos, Xuxa pediu desculpas ontem mesmo. Não sou partidário do "foi-honesto-quando-fez-merda-não-foi-sincero-quando-pediu-desculpas", que é a tese dos justiceiros. Não gosto de justiceiros, sou "desse pessoal dos direitos humanos". Xuxa não me interessa e não tenho ódio dela. O q me interessa é essa mentalidade e essa atitude, que são tristes, é que...oops escapou pela boca de Xuxa. E que é condenável. Quando as pessoas não se sentem constrangidas em sua malignidade é sinal de que os bons perdemos a luta. A desumanidade só se atreve a se expressar tranquilamente quando acha que o seu lado está ganhando, que não sofrerá punição social, e que todo mundo concorda que há novos valores que agora mandam no pedaço. Wilson Gomes #AquiTemLuta https://www.instagram.com/p/CM8xRVCHrnu/?igshid=e9z7b30qrsfl
0 notes