Tumgik
#Afonso dorido
adrianoesteves · 1 year
Text
youtube
3 notes · View notes
musicshooterspt · 7 months
Text
Reportagem - Velho Homem, Teatro Municipal do Porto
Velho Homem toma-nos pelas mãos para que viajemos pela “Espuma dos Dias”
Foi espumando sentimento e união, que Velho Homem fez o seu concerto de estreia, ontem 10 de Novembro de 2023, no Understage do Teatro Municipal do Porto. “Espuma dos Dias” é o álbum de estreia deste projecto que reúne Afonso Dorido (indignu e Homem em Catarse) e Francisco Silva (Old Jerusalem e The June Carriers) para exaltar coisas simples e fundamentais que tanto nos passam despercebidas.
Foi nesse sentido que tudo se iniciou, também, no concerto de ontem. À entrada do recinto ouviam-se, em pano de fundo, pequenos sons que se poderiam confundir, facilmente, com a chuva que teima em correr pela cidade do Porto. Esses sons mantiveram-se até à aparição de Velho Homem, que se fez acompanhar do baixista Miguel Ramos (Supernada, Retimbrar e colaborador de Manel Cruz e Jorge Palma), a “âncora” também integrante nas gravações do projecto. Feitas as apresentações e a explicação de que a perfomance começaria de ‘mansinho’ e acabaria de forma mais intensa e, portanto, sem seguir a ordem do álbum – Velho Homem passou à acção e levou-nos a viajar pelo que tanto nos é invisível na correria de todos os momentos.
Numa simbiose entre guitarras com melodias nostálgicas e viajantes cujo baixo unia magistralmente, durante cerca de uma hora percorremos os caminhos e atalhos sem mapa deste Velho Homem que fala tanto e com tão poucas palavras: não fosse “Faina” a única música com letra cantada ou “Convence-me”, a que nos agracia com as tão verdadeiras palavras de Ana Deus (Três Tristes Tigres e Osso Vaidoso).
Com a inclusão de gravações numa sala de parto em Coimbra (“Maria Miguel”), de um pescador em Esposende (“Faina”), de uma lavandaria no Alentejo (“Lavandaria Almodôvar”) ou, até mesmo, as gravações de um jornalista que captou Fernando Chalana (“Pequeno Genial”), a rotina esteve sempre presente e mostrou como serviu de inspiração para as criações que, como explicou Afonso Dorido, são expressão de “como fomos livres neste projecto”.
Neste mar submerso de correria e sem calma em que vivemos, Velho Homem fez-nos navegar, devanear, sentir, ir e voltar mas, sem dúvida, ficar no momento presente no seu concerto de estreia. Evocando uma escuta cheia de significado, o concerto de estreia celebrava, igualmente, os 17 anos da Amplificasom, que foi quem editou e lançou “Espuma dos Dias”, a 3 de Novembro de 2023.
O projecto contou, ainda, com o apoio da DGARTES e da AVA Guitars, tendo-se desenvolvido numa combinação entre field recordings gravadas em diversos locais e uma residência artística na Sala Estúdio_Perpétuo (Porto). O primeiro trabalho de Velho Homem foi gravado e misturado no Largo Recording Studio por Ruca Lacerda (Mão Morta, GNR, Pluto) e masterizado nos Sundlaugin Studios, na Islândia, por Birgir Jón “Biggi” Birgisson (Björk, Sigur Rós, Spiritualized).
Depois do concerto de estreia, Velho Homem tem já presença marcada na Galeria Zé dos Bois (Lisboa), no dia 1 de Dezembro.
“Espuma dos Dias” está disponível no Bandcamp em CD, LP e streaming/download digital.
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
Fotos e texto: Catarina Moreira Rodrigues
3 notes · View notes
headlinerportugal · 1 year
Text
O sítio do asterisco vermelho - Dia 1 do NOS Alive 2023 | Reportagem
Tumblr media
Red Hot Chilli Pepers, os headLiners da noite // Foto oficial NOS Alive @ Arlindo Camacho Uma voz soa nos altifalantes da estação de Aveiro e anuncia que está prestes a dar entrada na linha número 4 o comboio intercidades vindo do Porto e com destino a Santa Apolónia. Boa, estou no local certo, pensei eu. Agora é só estar atento e entrar na carruagem 21. Instantes depois, missão concluída com sucesso.
São 13:31 horas e o comboio dá início à sua marcha e eu, ainda, procuro o lugar número 18. Isto de viver numa cidade onde a falta de transportes públicos é gritante, tem as suas desvantagens. Quando posso usar o comboio, pareço uma barata tonta, mas nada que não se resolva!
Finalmente, encontro o lugar, sento-me, acomodo-me e respiro. Agora é desfrutar o melhor possível a viagem e daqui a umas horas chegarei ao tão aguardado destino: Passeio Marítimo de Algés. Sim, isso mesmo, rumo em direção ao NOS Alive.
Tumblr media
Ambiente em frente ao Palco NOS | mais fotos clicar aqui Esta será a minha segunda vez no NOS Alive, mas será uma experiência completamente diferente. A primeira vez foi no longínquo ano de 2010, fui com a minha alma gémea e fomos de propósito para ver umas das nossas bandas preferidas, precisamente a banda que inspirou o nome do Alive, os Pearl Jam. Desta vez, rumo sozinho e fui em representação da headLiner (com acreditação oficial), para a qual escreverei alguns textos que pretendem ser a minha perspetiva sobre este festival, um dos maiores do nosso país.
A experiência será diferente, mas sei que o mundo Alive será idêntico ao de 2010, muita música, muitos rostos diferentes, felicidade, boa disposição, amor. Serão três dias onde farei uma pausa da minha vida quotidiana e mergulho no mundo encantado do rock n’ roll. Assim o esperava, poucas horas antes de fazer a minha entrada no recinto.
Tumblr media
O símbolo do dia, o asterisco vermelho | mais fotos clicar aqui Quinta-feira, dia 06
Já tinha percebido na carruagem 21 (a que me trouxe até Lisboa) qual o principal motivo das muitas das pessoas que rumavam este ano ao NOS Alive. Assim que me fui aproximando e depois quando entrei no recinto, as t-shirts com um grande asterisco vermelho dissiparam qualquer dúvida que tivesse. Grande parte dos milhares de pessoas que se encontravam no Passeio Marítimo de Algés estavam lá por uma razão bem forte: o quarteto californiano Red Hot Chilli Peppers, um dos headLiners deste ano.
Mas nem só dos RHCP se alimentam os que pelo recinto passeiam. A variedade é enorme e o mais difícil mesmo é escolher qual concerto ver a seguir. A qualidade não é um fator eliminatório até porque nesse campo está tudo muito equilibrado, num nível elevado. A escolha, deste ou daquele, prende-se mais com o gosto pessoal de cada um e/ou a vibe que cada um está a sentir no momento. O melhor é deixar-se seguir pela batida, riff ou energia que irradia de cada palco deixando-se levar pelo momento, é garantidamente uma opção acertada.
Tumblr media
Afonso Dorido como Homem em Catarse // Foto oficial NOS Alive @ Mariana Silva Entre tudo aquilo que aconteceu no primeiro dia do NOS Alive, destaque inicial para o concerto intimista do Homem em Catarse no Palco Coreto, projeto a solo do multi-instrumentista e compositor Afonso Dorido.
A contagiante melodia dos Club Makumba, banda formada por Tó Trips (guitarra), João Doce (bateria), Gonçalo Prazeres (saxofone) e Gonçalo Leonardo (baixo e contrabaixo) animou imenso todos aqueles, e foram muitos, os que marcaram presença no Palco WTF Clubbing.
Tumblr media
Club Makumba para uma imensa plateia // Foto oficial NOS Alive @ Sara Falcão Yaya Bey uma artista, ainda pouco conhecida, de R&B mostrou os seus ritmos sedutores. Já os Throes + The Shine, com a sua batida louca e constante e Jacob Collier com a sua surpreendente energia explosiva no Palco WTF Clubbing também brilharam.
O rock delicioso dos Spoon no Palco Heineken era imperdível, eles que tocaram temas incontornáveis como “Wild” e "Inside Out”.
No palco principal, já só ouvi um pouco dos The Driver Era, duo norte-americano composto pelos irmãos Rocky Lynch e Ross Lynch mas do que ouvi gostei, espero poder encontrá-los em breve. Os Puscifer, formação que conta com o bem conhecido Maynard James Keenan (dos Tool e A Perfect Circle), chegaram divertidos mas levam muito a sério o rock n’ roll que nos dão.
Tumblr media
Dan Auerbach e Patrick Carney, os The Black Keys // Foto oficial NOS Alive @ Arlindo Camacho The Black Keys distribuíram riffs perfeitos por todos, Dan Auerbach e Patrick Carney tocaram temas de vários álbuns percorrendo a sua vasta discografia. São já mais de 20 anos de The Black Keys. “Lonely Boy”, a última tocada, não faltou nem podia. “Fever”, “Weight of Love” e “Gold on the Celing” entraram igualmente na setlist de 16 temas.
Red Hot Chilli Peppers provaram que velhos são os trapos, dando um concerto delicioso. Mostraram que são uma banda que não ficou presa no sucesso do passado, tendo trazido algumas músicas mais recentes, casos de "Black Summer" e "The Heavy Wing" do álbum 'Unlimited Love’ de 2022.
Tumblr media
Anthony Kiedis, o incrível vocalista dos Red Hot Chilli Peppers // Foto oficial NOS Alive @ Arlindo Camacho Claro que, todos os grandes hits do passado foram tocados e fizeram vibrar os milhares que viajaram até Lisboa para os ver, com um destaque para o “Under the Bridge” já tocado no encore. Realce especial por me ter “teleportado” até ao longiquo ano de 1991.
Para muitos a noite não acabou aqui e continuaram a abanar o corpo até que a energia acabasse. O primeiro dia está feito e foi louco. Que venha o próximo.
Foto-reportagem do ambiente, dia 6: Clicar Aqui
Tumblr media
Texto: Jorge Resende (Revisão e apoio de texto genérico por Edgar Silva) Fotografia: Jorge Resende e fotos oficiais
2 notes · View notes
oacasodaspalavras · 1 year
Text
youtube
[Rodrigo Leão · Afonso Dorido · Miguel Dias] Silente, Ventre, 2023
3 notes · View notes
altamontpt · 2 years
Text
Homem em Catarse - Sete Fontes (2021)
Sete Fontes pode ser um postal do Minho mas é sobretudo uma viagem em que encontramos um local de introspeção e quase ficamos suspensos no tempo. Talvez sejam resquícios de um confinamento em que o mundo parou.
Gravado em Braga, com o apoio do projeto de criação artística do “Gnration”, Sete Fontes é o resultado da experiência do primeiro confinamento, e como diz o próprio “o seu filho da pandemia”. Em Abril de 2021, Homem em Catarse lançou o seu terceiro trabalho de longa-duração. A nível conceptual, este novo disco aproxima-se de Viagem Interior, de 2017, onde assistimos a uma volta sonora ao país.…
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
musicaemdx · 4 years
Text
A maturidade melódica de Homem em Catarse, deixa-nos "sem palavras, cem palavras"
A maturidade melódica de Homem em Catarse, deixa-nos “sem palavras, cem palavras”
Afonso Dorido é um compositor inteiro. Sobrepõe os ritmos com respeito e mexe nas notas com pinças para que encaixem na perfeição. Há sempre um som que alimenta a telae que segura a estrutura da música, do início até ao fim. Introduz os elementos melódicos nas cordas e assume a altivez das notas com consciência. Replica com carinho os acordes doces e quentes, que neste álbum se mostram com muita…
View On WordPress
0 notes
headlinerportugal · 9 months
Text
De suavezinho não teve nem um bocadinho – Dia 2 do Suave Fest 2023 | Reportagem Completa
Tumblr media
Graça Carvalho dos Indignu // Foto @ Rui Torres - @cadernetamusical_ O átrio das salas de ensaio do Teatro Jordão foi o local, requisitado à última hora, como plano B para evitar constrangimentos devido à previsão de chuva. Ironicamente neste passado sábado à noite nem chuviscos caíram, ao invés do acontecido na noite transata. Aquele local é efetivamente resguardado, tem um tom bastante industrial e escuro porém a acústica não é, nem de perto nem de longe, a mais favorável. Sobretudo para sons com riffs de guitarras mais intensos e baterias com ritmo bem mais acelerado.
Dia 2 - sábado, 15 de setembro
Giliano Boucinha apresentou o seu projeto a solo Tyroliro em formato duo com o baterista Igor. Apesar do recinto estar literalmente com meia dúzia de pessoas o concerto inicial da noite arrancou às 21h, a hora exatamente prevista no cronograma. A rigidez da situação deveu-se ao facto de Giliano ter outro compromisso em Braga no qual tocou com Palas no gnration cujo evento iniciava-se às 22h.
Durante 30 minutos, a atuação mais curta da noite, o duo tocou algumas canções da discografia de Tyroliro com particular ênfase para ‘Jabali’, a edição mais recente ocorrida no ano passado. Temas como "Sal Que Tira o Mal" e "Quero é Só Fumaça!" foram interpretados.Este segundo tema teve direito a "efeito especial" pois um dos alarmes do espaço disparou e esteve ativo durante alguns longos segundos.
A sala foi enchendo aos poucos, na parte final, já estava mais composta. Provavelmente não esteve mais preenchida pois algumas pessoas tiveram dificuldade em descobrir o local pois não estava sinalizado. A entrada não se fazia pelo lado da fachada principal do teatro, o acesso era pelas traseiras.
Após uns longos 40 minutos de pausa foi altura para a segunda atuação. Pelas 22:11h, perante já talvez duas ou três centenas de pessoas, o quarteto Indignu, proveniente de Barcelos, fez a sua aparição em palco para entusiasmo geral. Afonso Dorido (guitarra), Graça Carvalho (violino), Ivo Correia (bateria) e Pedro Sousa (baixo) trouxeram o seu post-rock à moda minhota até Guimarães.
Tumblr media
Ivo Correia dos Indignu na bateria // Foto @ Rui Torres - @cadernetamusical_ Pessoalmente foi a terceira vez que os vi em Guimarães, depois de concertos na Blackbox da Plataforma das Artes e no São Mamede em dia de aniversário do Oub’Lá. Curiosamente foi também a terceira vez que os vi em 2023, as outras ocasiões foram no Rodellus e no Vodafone Paredes de Coura.
Logo no início Afonso Dorido, abrindo os braços e gesticulando, solicitou que as pessoas se chegassem mais perto do palco. Um pedido prontamente aceite e que resultou numa proximidade cúmplice.   
Os Indignu são uma daquelas bandas pelo qual tenho um carinho especial, gosto bastante da intensidade dos seus temas instrumentais e da impetuosidade com que as interpretam ao vivo. Neste passado sábado foi mais uma dessas ocasiões e a atuação, cumprida com distinção, foi sentida por toda a gente perante uma assistência em número generoso.
Tumblr media
Afonso Dorido, o irrequieto guitarrista dos Indignu na bateria // Foto @ Rui Torres - @cadernetamusical_ Afonso Dorido, como habitualmente, foi o mais expansivo dos quatro. Chegou mesmo a sair do palco e vir à frontline tocar. Inclusive literalmente cedeu a sua guitarra a membros da audiência, por alguns instantes, para espanto das pessoas. Durante a performance, o guitarrista aproveitou a ocasião para dizer que eles têm “Guimarães no coração", um sentimento que é recíproco pelos fãs que têm na Cidade Berço.
São cinco os elementos dos Ganso e não faltaram à chamada vimaranense. Pela segunda vez tocaram na cidade depois do L’Agosto em 2017. Não foi das minhas apresentações preferidas, no entanto, registei para memória futura um ambiente vívido e bem alegre durante toda a atuação. Na assistência marcaram presença algumas boas dúzias de fãs.
Tumblr media
João Sala, uma das vozes dos Ganso // Foto @ Rui Torres - @cadernetamusical_ “Sorte a Minha” e “Gino (O Menino Bolha)” os singles mais recentes, lançados em 2022, fizeram parte do alinhamento. Outros temas que animaram a toda a malta foram “Domingueira” que teve honras de "estreia absoluta da versão rockeira". Outros temas tocados foram, por exemplo, “Não Te Aborreças” ; Pistoleira e “Sono, Leva-me Longe”.
Não têm estado muito ativos os Fugly por isso foi mesmo de não deixar passar a oportunidade. Eles encerraram a parte da programação dos concertos do Suave Fest na versão de 2023.
Jimmy Feio, Rafa Silva, Nuno Loureiro e Brito estavam visivelmente felizes em palco e deram o máximo de si. As grandes malhas da sua discografia não faltaram como “Millennial Shit” ou “Take You Home Tonight” tocadas logo na parte inicial.
Tumblr media
Jimmy Feio, Rafa Silva e Nuno Loureiro: o trio de vozes e dos instrumentos de cordas // Foto @ Rui Torres - @cadernetamusical_ Pela passagem de “Mom”,a homenagem essencial a todas as mães. “Hit A Wall” ; “Morning After” e “Punks” foram também interpretadas. A sequência da setlist foi bem pensada, porventura, não a mais provável tendo em conta o maior sucesso de certos temas. O final do concerto foi bonito com o público a cantar conjuntamente com a banda já perto das duas da manhã.
O rock alternativo dos Fugly é tipo um comboio de alta velocidade, assim que inicia marcha segue sempre de forma pujante cujas vozes de Jimmy, Rafa e Nuno dão um boost guerreiro. Uma atuação potente que de suavezinho não teve nem um bocadinho tal como quase todas as restantes atuações.
Tumblr media
Brito, o bem equipado baterista dos Fugly // Foto @ Rui Torres - @cadernetamusical_ Nota positiva para a organização do Suave Fest a cargo do Associação Convívio. A apontar de menos bom a questão da falta de sinalização do acesso aos concertos de sábado. Felizmente na noite de sexta-feira correu bastante bem porém foi mesmo por um triz… A chuva miudinha quase que pareceu programada, só surgiu no início e no final do último concerto.
Para o próximo ano será a 10ª edição do Suave Fest pelo que a expetativa sobe naturalmente de tom. De nossa parte vamos continuar atentos à programação da associação, não ficamos só por este bonito evento.
Tumblr media
Nuno Loureiro, o membro mais concentrado dos Fugly // Foto @ Rui Torres - @cadernetamusical_ Nota final: agradecimento ao Rui Torres pela disponibilização das fotografias utilizadas neste artigo. Podem seguir o seu trabalho, nomeadamente fotografia de concertos em @cadernetamusical_. Podem encontrar nesta página de Instagram bonitas fotos de ambos os dias do Suave Fest 2023.
Texto: Edgar Silva Fotografia: Rui Torres - @cadernetamusical_
0 notes
headlinerportugal · 10 months
Text
A explosão do (post) Rock elevou os ânimos ao céu - Dia 4 do Vodafone Paredes de Coura 2023 | Reportagem
Tumblr media
Já recuperado da intempérie da noite/madrugada da 3ª jornada rumei novamente a Paredes de Coura para o derradeiro dia. Com algum receio do clima fui mais protegido porém o clima esteve num perfeito ameno. Sem chuva, de tarde com um gracioso calor no ponto certo e durante a noite com uma ligeira brisa sem ser suficientemente incomodativa.
No recinto ainda existiam resquícios do clima agreste: terreno pesado com a erva ainda algo ensopada. Nada que pusesse em causa ou causasse desconforto, as pessoas até nem se coibiram de se sentarem pela encosta abaixo.
A minha chegada aconteceu perto já das 17:30h, horário para o arranque com os Indignu. Um debute mais cedo relativamente aos dois dias anteriores. Deu, logo aí para notar, que iria ser um dia com uma maior afluência de gente. Já contava com esse “efeito Lorde”.
Tumblr media
Ambiente em Sleaford Mods | mais fotos clicar aqui Formados em 2004 em Barcelos os Indignu são um quarteto formado por Afonso Dorido (guitarra), Graça Carvalho (violino), Ivo Correia (bateria) e Pedro Sousa (baixo). Durante as últimas semanas deixaram posts nas suas redes sociais pela ansiedade e imensa vontade em pisarem o palco do Vodafone Paredes de Coura.
Afonso Dorido sente as músicas com uma intensidade personalizada. Como em outras ocasiões até toca a sua guitarra de joelhos e deitado em palco. Ele que vive de uma forma muito particular os concertos revelou a “emoção muito grande” de estar ali. Tal era extensível aos outros membros dos Indignu.
Mais uma estreia de sonho neste marcante festival lusitano, é sem dúvida, um marco na carreira de qualquer banda portuguesa. Durante os 45 minutos a que tiveram direito tocaram 4 temas: "Devolução da Essência do Ser", "Urge Decifrar No Céu", "Marcha sob Marte" e "Levitação do Sahara". Temas instrumentais intensos e extensos que permitiram mostrar o seu notável post-rock à moda minhota.
Ele é já uma instituição da música mundial, especialmente no campo da soul. Aos 73 anos Lee Fields tem ainda energia inesgotável para transmitir às pessoas. Era um desejo já antigo de João Carvalho, o responsável pelo festival.
Tumblr media
Lee Fields num belíssimo momento | mais fotos clicar aqui
Ele que fez lembrar o falecido Charles Bradley, cujo concerto em 2015 neste festival é ainda recordado por quem teve a felicidade de lá ter estado.
O norte-americano do soul apresentou-se com a sua vasta banda de 6 elementos nos quais os instrumentos de sopro foram componente essencial. Por entre músicas mais mexidas como “Ladies” ou baladas sentimentais a atuação seguiu de vento em popa.
Em "What did I do" contou com o soberbo coro e afinado do público. Já em "Forever", uma incurável canção romântica, os braços levantaram-se e a encosta registou um lindo cenário. Lee Fields cumpriu com classe a sua missão.
Tumblr media
Yin Yin em estreia nacional | mais fotos clicar aqui Apesar de não constar da minha lista, acabei por ir cuscar a atuação do quarteto neerlandês Yin Yin já que me agradou o som que escutava ao longe. Nesta primeira performance em Portugal a banda dos Países Baixos agarrou firmemente o público. As pessoas foram acompanhando e intercalando com palmas, sinal que o funk psicadélico destes Yin Yin foi recebido de braços e ouvidos bem abertos.
A interminável irreverência do vocalista Jason Williamson é coadjuvada por Andrew Fearn e o post-punk que produzem é uma espécie de chapada que ressoa na cara durante algum tempo e que demora a passar. As letras são altamente politizadas e até mesmo duras, não é à toa que o último álbum se intitula ‘UK Grim’ (traduzindo: Reino Unido Sinistro). A faixa que dá o nome a esse LP até foi logo a primeira apresentada.
Tumblr media
Sleaford Mods na sua 2ª passagem pelo festival | mais fotos clicar aqui Na verdade é Jason quem faz todas as despesas em cima do palco com a sua voz, já Andrew parecia um pugilista em aquecimento. A atuação dos Sleaford Mods foi divertida, apenas e nada mais do que isso. A ausência de reações mais positivamente exacerbadas por parte das pessoas foi um sinal disso mesmo. Não fica para a história do festival, disso não há dúvidas.
Em hora propícia ao jantar, antes da fase principal do cardápio musical do dia, os Crack Cloud conseguiram reter imensa gente no Palco Yorn. Pelo que me pude aperceber o sexteto (todos alinhados, até o baterista) estava a ter uma performance com bastante nível. Finalmente vi Explosions in the Sky em Portugal. No próximo mês vão lançar o novo disco ‘End’ e o concerto por cá surge numa altura dourada para um belo ‘sneak peek’. Não foi o caso disso, fizeram antes uma “viagem” pelos vários álbuns da banda, especialmente pelos mais antigos.
Tratou-se de uma atuação única este verão na Europa já que a tournée de promoção desse álbum só irá acontecer depois de 15 de setembro.
Tumblr media
Explosions In The Sky rubricaram uma das melhores atuações do festival | mais fotos clicar aqui Christopher Hrasky (bateria), Mark Smith (teclados), Michael James (guitarra/teclados) e Munaf Rayani (guitarra) juntaram-se em Austin nos Estados Unidos da América e o seu post-rock instrumental caloroso e vibrante inspirou muitos músicos por todo o mundo, como por exemplo, os “nossos” First Breath After Coma. Aliás, a faixa que dá o nome à banda lusa, foi mesmo a primeira do alinhamento. Eles foram acompanhados por Jay Demko, elemento de suporte ao vivo.
Eles não vinham a Portugal há bastante tempo, estavam visivelmente satisfeitos por cá estarem. Munaf Rayani até arranhou uma saudação num português bem percetível.
Tumblr media
Munaf Rayani dos Explosions In The Sky | mais fotos clicar aqui Tratou-se, sem dúvidas, de explosão catártica do que pode ser considerado como algum do melhor post-rock do planeta traduzido através de temas como "Six Days at the Bottom of the Ocean" ou "Memorial".
Na interpretação de “Your Hand in Mine” produziram um momento mais solene e introspetivo. Já em outros temas como "Birth and Death of the Day" ou “Great Death” ouvi a ascensão das guitarras a um plano etéreo.
A atuação no final foi coroada com luzinhas no ar, aquelas lanternas que o sponsor principal do festival costuma oferecer. A audiência, pontuou dessa maneira, a excelência da performance com uma despedida iluminada dos céus.
Os Les Savy Fav são Tim Harrington (voz), Seth Jabour (guitarra), Syd Butler (baixo) e Harrison Haynes (bateria) e para satisfação de João Carvalho, organizador do Vodafone Paredes de Coura, finalmente estiveram no evento ao fim de 7 ou 8 tentativas.
Tumblr media
O furação de categoria 5 Tim Harrington | clicar aqui A atuação dos Les Savy Fav vive, em larga medida, nas explosões meio insanas (ou completas se assim o quisermos dizer) de Tim Harrington. O vocalista é uma força desmedida da natureza e não fica quieto um segundo, como por exemplo, quando cantou “I Want You” no meio do público provocando um ambiente insano que só o punk rock permite.
Ponto curioso na interação com os fãs, através de um código QR convidaram todos a aparecer no ecrã gigante como se fosse uma reunião no Zoom. Algo que aconteceu recorrentemente durante o concerto para animação geral.
"Patty Lee", "Hold On to Your Genre" e "Dirty Knails" foram alguns dos temas que os Les Savy Fav deixaram como amostra para quem não os conhecia. A partir de agora, para mim e muitos outros, uma banda que ficou para registo futuro.
Tumblr media
Wilco em palco | clicar aqui Jeff Tweedy e o baixista John Stirratt são os membros remanescentes da formação inicial dos Wilco. Esta banda norte-americana já atravessou décadas porém o legado do seu rock alternativo e indie rock gizado em Chicago continua bem vivo. São já 12 álbuns editados deste 1995.
Esta instituição de Chicago e do bom rock norte-americano que são os Wilco rubricaram uma performance memorável, como se tratasse de um masterclass de como fazer e tocar rock. Nesta demonstração fizeram questão de tocar algumas das mais remarcáveis canções da sua história como "Jesus, Etc.", numa bonita interpretação acompanhada de luzinhas no ar, ou a bem conhecida "Impossible Germany". As canções novas foram igualmente abordadas, a faixa que dá o nome ao mais recente trabalho discográfico "Cruel Country", foi uma delas assim como “I Am My Mother”.
Tumblr media
Jeff Tweady, o vocalista dos Wilco | clicar aqui "A Shot in the Arm", canção de 1999, fechou o set de um dos concertos que fica para a história do festival em 2023.
A neozelandesa Lorde leva já 14 anos de atividade na música e ela ainda só irá completar 27 primaveras em breve. A carreira já vai longa e com muito sucesso. A artista veio à Europa fazer, literalmente, meia dúzia de datas e uma das que escolheu foi a de Paredes de Coura para surpresa da organização. Tal terá sido por causa de gostar muito de Portugal, algo que referiu com emoção durante a sua performance. Lorde já atuou por mais 2 vezes em solo lusitano (Rock In Rio 2014 e Primavera Sound em 2018), alturas em que sentiu uma vibe diferenciada nos fãs portugueses. Terá sido essa uma das razões para a escolha do Vodafone Paredes de Coura para fecho desta mini tournée.
A entrada em palco registou-se com um pequeno atraso num cenário de grande aparato visual no qual um círculo gigante preenchia o palco. Os seus músicos ficaram “perdidos” no background, por entre a parafernália e o foco total ficou em Lorde. Teve até uma câmara em constante presença atrás de si enquanto cantava os seus temas.
Tumblr media
A tradicional festa no final do festival, aconteceu após o concerto de Lorde | Foto de Hugo Lima @hugolimaphoto
|| Lorde não permitiu que os meios oficiais fotografassem o seu concerto. ||
Começou com "Royals" e prosseguiu com "Solar Power" ela que insistentemente puxou pelo público do “Porto”. Para gáudio das suas fãs, entre jovens adolescentes e adultas na casa dos 20s, desceu ao fosso para as cumprimentar o que suscitou uma mini loucura na frontline. No momento seguinte tivemos “Team” para de seguida desacelerar a fundo com a triste canção "Liability" no qual existiu um momento de ligação em que as pessoas acenderam as suas lanternas para dar-lhe um pouco de luz num período introspetivo.
Depois de ter apresentado duas músicas novas, o final aconteceu com “Green Light” num concerto para um público feminino jovem presenteado com os condimentos certos de um show por uma diva pop.
Seguiu-se a apresentação do mini filme sobre a edição que acabava de terminar, tal como é habitual a seguir ao último concerto do headliner, com a mistura de confettis e bolas gigantes das cores do main sponsor. Um habitué no festival e uma ocasião sempre bastante festiva e adorada por toda a gente.
O Vodafone Paredes de Coura regressa em 2024 entre os dias 14 a 17 de Agosto. Estão já prometidas bandas com historial nesta vila do Alto Minho.
Tumblr media
A concentração do público em Crack Cloud | mais fotos clicar aqui
--- Considerações finais
- Tal como o festival nos habituou, desde os WCs à restauração, os espaços funcionaram bem e notei uma maior preocupação com a limpeza de todos os locais. Este ano, pela menor afluência, foi até mais fácil circular.
- As bandas portuguesas, pela sua alta qualidade, não ficam a dever em nada às suas congéneres estrangeiras. Merecem ter slots mais relevantes, refiro-me a tocarem no palco principal e noutros horários nomeadamente na antecâmara dos grandes headliners.
- Considero que há demasiadas bandas/artistas por dia e uma atuação de 45 minutos é relativamente curta. Menos bandas e mais tempo de atuação pode ser positivo, do ponto de vista dos festivaleiros.
- Alguns horários são muito tardios, de registar que ter headliners entrarem quase às 2 da manhã é exagerado. Inclusive ter atuações a começarem às 4 da manhã é igualmente muito puxado. Há pessoas que vão só pelos concertos e no final têm de regressar a casa. Nem todos estão de férias.
- Os intervalos entre as atuações principais, em todos os dias foi demasiado longo. Na sexta-feira, devido ao temporal, foi até uma fase de resistência para quem esperou para assistir a Little Simz.
Foto-reportagem completa deste dia: Clicar Aqui
Tumblr media
A boa disposição do público no último dia | mais fotos clicar aqui Texto: Edgar Silva Fotografia: Tiago Paiva
1 note · View note
headlinerportugal · 11 months
Text
Caldo verde, bifanas e concertos incríveis à chuva – Dia 1 do Festival Rodellus 2023 | Reportagem
Tumblr media
Nuno Duarte, vocalista e guitarrista dos USG | mais fotos clicar aqui Rodellus para mim já é uma espécie de Meca anual dos festivais de verão. Já são 5 anos a marcar presença no festival mais rural de Portugal. Quando falo marcar presença falo mesmo em viver em todo o esplendor do que o festival de Ruilhe tem para nos oferecer. Neste ano de 2023 comecei esta vivência única de música e amizade com uma primeira paragem obrigatória pelo campismo.
Passava pouco das 21h, desta sexta-feira dia 28 de julho, quando cheguei ao corredor de tendas já montadas, obrigando-me a serpentear pelos já muitos abrigos ali montados. Praticamente quando começamos a tirar as fundações do meu aposento para aqueles 2 dias intensos, começo a sentir as primeiras gotas na minha face. O tempo foi passando e a chuva foi começando cada vez mais a fazer sentir-se sem piedade, mas nem o tempo inesperado fez-me demover de acabar a montagem daquele tão importante e indispensável ritual que ano após anos me faz andar quilómetros.
Tumblr media
Afonso Dorido, o intrépido guitarrista dos Indignu | mais fotos clicar aqui Já com o receio de não conseguir apanhar o concerto dos Indignu, assim que todas as fundações da tenda estavam bem fixas, pus-me a correr por entre as ruas de Ruilhe até chegar ao recinto que se ergue pelas margens do rio Este e por entre campos de milho. Após o atraso inevitável digno de uma sexta-feira, assim que percorro a pequena ponte que nos leva ao recinto do Rodellus, consigo avistar ainda a banda barcelense a tocar os últimos acordes. Sempre intenso, o inquieto Afonso Dorido e a sua guitarra sempre com a sua postura punk e estridente foram contagiando as já algumas centenas de pessoas que começavam a popular o bonito recinto.
Na bagagem a banda trouxe-nos ‘adeus’, disco intenso como um bom disco de post-rock deve ser, transportando esse sentimento para o festival mais rural de Portugal. A setlist foi curta ao invés do comprimento dos temas. “Devolução da essência do ser” foi o primeiro tema interpretado, outros que não faltam foram “Urge decifrar no céu” e “Sempre que a partida vier”.
Tumblr media
Indignu com mais uma incrível atução | mais fotos clicar aqui Toda esta correria por entre o relvado molhado, abriu-me o apetite. Como um bom festival que vive o campo, não poderia faltar o caldo verde e uma boa bifana. As baterias carregaram-se para uma das bandas que pouco conhecia (ou nada), mas que, no entanto, já percorrer essas estradas fora desde 2007. E ainda bem que foram carregadas à máxima potência, já que os dUASsEMIcOLCHEIASiNVERTIDAS fizeram o favor de as descarregar de imediato.
Uma descarga de energia veio projetada sem pedir licença para cima de mim. Como disse, não conhecia nada do quarteto de Lisboa, mas logo nas primeiras linhas de baixo a minha presença corporal ficou afixada ao eixo da terra, completamente perplexo por toda aquela explosão sonora. Desde a fusão do free-jazz com post-rock fazendo lembrar Black Midi, ou passando mesmo pelo noise-rock e estridente dos Lightning Bolt, os dUASsEMIcOLCHEIASiNVERTIDAS ofereceram um cocktail de isto tudo e muito mais.
Tumblr media
Desmarques dos dUAS sEMIcOLCHEIAS iNVERTIDAS | mais fotos clicar aqui Para cima do palco trouxeram o último ep 卌. Difícil de pronunciar ou soletrar? Não interessa, o que interessa é que façam o favor de ouvir uma das excelentes surpresas que o Rodellus trouxe. Energia contagiante de um som tresloucado e que cativou o público que foi começando a preencher a terra molhada. Sempre liderados ora pelo saxofone tenor ou pelo saxofone alto, a força bruta era tal que olhando para a cara dos muitos presentes era palpável a admiração, os sorrisos e os headbanging que iam acompanhado o kick da bateria. 
A chuva não deu tréguas, nunca, nem 1 minuto. A água já escorria face abaixo e nem um impermeável conseguiria salvar qualquer ser humano da total molha. Nada disto demoveu as centenas de pessoas que iam continuando a chegar ao recinto. Eu, depois da descarga brutal de energia que tive com os dUASsEMIcOLCHEIASiNVERTIDAS, a solução seria apenas voltar à zona de restauração, pedir mais um fino e abrigar-me da chuva intensa que se fazia sentir.
Uma das bandas mais interessantes do panorama recente da música portuguesa, ia subir em palco pouco tempo depois do meu descanso merecido. Falo dos Unsafe Space Garden. Quem já os viu ao vivo sabe do que falo, quem ainda não viu, deveria. Logo nos primários segundos é bem percetível ao que vem a banda vimaranense. Muito interventivos e de cartazes com mensagens de amor em riste, vão agitando as águas que ainda caiam do céu, sem nunca ter dado tréguas.
Tumblr media
Unsafe Space Garden simplesmente fantásticos | mais fotos clicar aqui Um concerto dos Unsafe Space Garden vai para muito além da música tocada. Ver o conjunto de 6 músicos vestidos a rigor no qual a cor e alegria que reluzia das suas vestes, fez transportar a minha infância para aqueles metros quadrados. Em palco apresentaram-nos o seu novo belo disco ‘WHERE’S THE GROUND’, e quem já o ouviu, consegue imaginar (ou não) a incrível teatralidade que todos os elementos deixam em palco, empurrando-nos para a narrativa do seu mundo colorido. Liderados pela incrível voz de Alexandra, um pouco infantil e mesmo inocente, contrasta de uma forma punk com o som das guitarras a rasgar riffs, de sons grandiosos e dos ritmos psicadélicos fazendo lembrar uma das bandas mais interessantes que ouvi no panorama internacional, os Crack Cloud.
Tumblr media
Alexandra, a irreverente vocalista, teclista e tudo mais dos USG | mais fotos clicar aqui Estava molhado da cabeça aos pés, mas estava feliz. Posso dizer que vi ali um dos melhores concertos do ano de uma das bandas que o headLiner segue desde o seu início.  
O dia já ia longo, a noite ainda mais, mas não poderíamos partir para os nossos molhados aposentos sem antes ver Scúru Fitchádu. O artista de nome Marcus Veiga praticamente sempre acompanhado pelo seu ferrinho, instrumento oriundo de Cabo verde, trouxe-nos o seu funaná com um toque bem punk, noise, sujo. Algo completamente tresloucado que anda no limbo entre a dança do funaná ou fazer um moche pit. Alias, foi exatamente esses dois lados tão opostos, que de certo modo se tocam com Scúru Fitchádu, que foram visíveis por entre as centenas de pessoas que não arredaram o pé deste primeiro dia do Rodellus.
Tumblr media
Scúru Fitchádu sempre com energia para "dar e vender" | mais fotos clicar aqui Um dia longo de muitas descobertas, muita chuva e muitos sorrisos. Mas faltava ainda um dia intenso de vida no campo.
Foto-reportagem completa deste dia: Clicar Aqui
Texto: Luís Silva Fotografia: Jorge Resende
0 notes
headlinerportugal · 1 year
Text
De regresso ao Museu de Lamas esteve o Basqueiral | Reportagem Fotográfica
Tumblr media
Nos dias 16 e 17 de junho a Basqueiro – Associação Cultural e o Museu de Lamas uniram-se e proporcionaram ao público a 6ª edição do festival multicultural Basqueiral. Ao todo passaram 13 projetos musicais por Santa Maria de Lamas, vila portuguesa pertencente ao município de Santa Maria da Feira. Aos nomes consagrados da praça lusitana como são os casos dos Mão Morta, dos e Três Tristes Tigres e dos barcelenses Indignu juntaram-se projetos emergentes como Unsafe Space Garden, Cobrafuma ou Sereias. Do maior contingente internacional de sempre no )g> houve a presença dos irlandeses M(h)aol, da dupla Petbrick (composta pelo bem conhecido brasileiro Igor Cavalera e ainda o britânico Wayne Adams Basqueiral Baba Ali. Outros nomes do cartaz foram Alex Silva (músico, compositor e engenheiro de som original da Galiza), Angélica Salvi (a 0Lamas, vila portuguesa pertencente ao município de Santa Maria da Feira.
Destaques de sexta-feira
Formados em 2004 em Barcelos os Indignu são um quarteto formado por Afonso Dorido (guitarra), Graça Carvalho (violino), Ivo Correia (bateria) e Pedro Sousa (baixo). Proporcionaram um dos momentos mais surpreendentes com a sua performance na primeira noite do evento com o seu post-rock.
Tumblr media
Graça Carvalho dos Indignu | mais fotos clicar aqui Ao vivo têm uma chama bem intensa. Eles que são uma nossas bandas nacionais favoritas e que temos acompanhado ao longo dos anos pois são mesmo incríveis. Eles que também vão tendo reconhecimento além das fronteiras nacionais: no passado mês de maio tocaram no dunk!festival em Ghent na Bélgica. Ao primeiro dia tocaram os Mão Morta. Tal como sempre, com a sua incessante e pungente forma de exteriorizar o momento, Adolfo Luxúria Canibal revela-se um mestre e maestro. Um dos míticos músicos da nossa praça musical, super bem coadjuvado pelos restantes 5 elementos da banda. Sem dúvida que é aconselhável, pelo menos uma vez, vê-los e ouvi-los ao vivo.
Tumblr media
Adolfo Luxúria Canibal e os seus Mão Morta com a sua habitual energia contagiante | mais fotos clicar aqui Liderados por Adolfo Luxúria Canibal, os Mão Morta são já uma “instituição” portuguesa. O projeto existe desde 1984 e a sua longevidade deve-se ao seu sentido permanente de originalidade e irreverência. Outro dos fatores é a reinvenção, os seus elementos têm-se envolvidos em diversos projetos paralelos que partem da base Mão Morta. Lançado em 2019 ‘No Fim Era o Frio’ continua a ser o motivo para os diversos concertos que vão dando. Conforme Adolfo já revelou gostam “demasiado da música para viver à custa dela”. Ali Ardekani, nativo dos EUA com raízes iranianas, forma a dupla Baba Ali com o britânico Nik Balchin. Eles usufruíram da oportunidade lusitana para a apresentação do seu segundo álbum ‘Laugh Like A Bomb’ que editaram no passado mês de abril. Um trabalho discográfico alicerçado nos estilos disco e post-punk ao qual o público lusitano dançou e desfrutou.
Tumblr media
A dupla Baba Ali | mais fotos clicar aqui
Foto-reportagem completa de sexta-feira: Clicar Aqui
Destaques de sábado
Alexandra Saldanha e Nuno Duarte são o núcleo dos Unsafe Space Garden, banda oriunda de Guimarães. São acompanhados em palco por mais 4 bravos músicos. Felizmente o seu crescimento tem sido exponencial e agora estão num ponto de maturação, quiçá, acima do expectável.
Tumblr media
Unsafe Space Garden com a sua habitual energia contagiante | mais fotos clicar aqui Não se levam a sério e pedem em palco para não os levarmos a sério. Aí reside um pouco a sua magia, são extrovertidos e divertidos de uma forma altamente intelectual. São igualmente impressionantes nas suas performances ao vivo sendo bastante teatrais, algo que foi apreciado no Basqueiral desta edição de 2023
Formados na década de 1990 os Três Tristes Tigres são um dos nomes marcantes do panorama musical português. Os temas lançados nessa altura como “Zap Canal”, “O Mundo a Meus Pés” ou “Espécie” perduram até aos dias de hoje. Este projeto esteve “adormecido” durante cerca de 22 anos anos tendo reaparecido em 2020 com a edição de ‘Mínima Luz’, o mais recente álbum. Desde então os Três Tristes Tigres têm em Ana Deus e Alexandre Soares o seu núcleo duro e voltaram igualmente aos concertos com banda completa.
Tumblr media
Três Tristes Tigres de Ana Deus e Alexandre Soares | mais fotos clicar aqui Uma das revelações do Basqueiral neste 2023 foram os M(h)aol. Eles aproveitaram esta chance em Portugal para apresentação do seu primeiro álbum ‘Attachment Styles’ lançado no passado mês de fevereiro. A sua performance foi uma extraordinária surpresa, desenrolaram um som muito porreiro, bastante cru com óbvias influências punk. Uma banda feminista, dos seus 5 elementos são mulheres, liderados pela vocalista Róisín Nic Ghearailt. Os restantes elementos são Constance Keane, Jamie Hyland, Zoe Greenway and Sean Nolan todos eles naturais da República da Irlanda.
Foto-reportagem completa de sábado: Clicar Aqui
Texto: Edgar Silva e Jorge Resende Fotografia: Jorge Resende
0 notes
musicaemdx · 2 years
Text
sete fontes, de Homem em Catarse, ao vivo em Lisboa, Barreiro e Covilhã
sete fontes, de Homem em Catarse, ao vivo em Lisboa, Barreiro e Covilhã
Homem em Catarse, desde 2013 o projeto a solo do multi-instrumentista e compositor Afonso Dorido, lançou em 2021 o terceiro longa-duração – sete fontes –, fruto de uma residência artística no gnration (Braga) e que figurou em diversas listas de melhores discos nacionais, do ano de 2021. Agora e depois das primeiras apresentações do novo disco,  chega a hora de Lisboa e do Barreiro. Para Março…
Tumblr media
View On WordPress
1 note · View note
headlinerportugal · 4 years
Text
Quatro concertos seguidos de Triciclo | Reportagem
Tumblr media
Molarinho dos Baleia Baleia Baleia [Mais fotos aqui] As atividades culturais regressaram a Barcelos e em grande estilo! O município local preparou uma extensa programação para os meses de julho, agosto e setembro com diversas opções culturais: teatro, música, dança e cinema. Com o lema “Prá Frente Barcelos” e cumprindo com as normas da Direção Geral da Saúde, foi preparado um recinto com todas as condições de segurança no qual o uso de máscara foi obrigatório, apesar de ser um local ao ar livre.
Para toda a informação do evento seguir o link: “Prá Frente Barcelos”
O espaço escolhido foi a frente ribeirinha de Barcelos, local mítico da cidade, um dos sítios chave do famigerado festival Milhões de Festa no qual teve o seu principal local de concertos.
Tumblr media
A frente ribeirinha de Barcelos [Mais fotos aqui] Na primeira noite, a 23 de julho, a dupla Gãrgoola composta por João Miguel Fernandes e pelo barcelense Filipe Miranda (ex. elemento dos Kafka). Este projeto teve a honra de abertura deste ciclo de curadoria ‘Triciclo’ com 4 datas seguidas, todas incluídas no vasto programa designado ‘Prá Frente Barcelos’. De 23 a 25 de julho o inicio aprazado era as 22 horas e no dia 26 às 18 horas.
A segunda noite, a 24 de julho, outro projeto musical também ele “fora da caixa” ocupou o palco. Falo pois dos Baleia, Baleia, Baleia dupla irreverente composta por Manuel Molarinho (baixo e voz) e Ricardo Cabral (bateria).
Em mais uma noite de um atípico verão estar à beira rio revelou-se bastante agradável se bem que com o andar da noite a temperatura esfriou…
Apesar de ter ecoado a música do italiano Eros Ramazzotti na fase pré concerto, não amoleci o suficiente com aquele típico som de “música para fazer filhos”. O que pretendia mesmo era escutar o som cru, despretensioso e desconcertante dos Baleia, Baleia, Baleia. Desconcertante também pelas letras…
Tumblr media
Ricardo Cabral dos Baleia Baleia Baleia [Mais fotos aqui] Como seria de esperar o trabalho de estreia do duo foi profundamente explorado. De “Bebé Nesté” e “Quero ser um Ecrã” (segundo e terceiro temas tocados) até ao final épico com “Interdependência” houve a oportunidade pelo meio para estrear novos sons. Um novo trabalho discográfico está a ser “cozinhado”, novos temas como “Ego Sistema” e “O Meu Novo Deus” foram tocados sendo duas provas inequívocas do que aí vem será imperdível.
Molarinho esteve sempre fiel a si mesmo. O seu estilo comunicativo é imbatível e sempre entre o irónico e cómico. Uma imagem de marca pois claro.
“Só preciso de ti”, como diz a letra de “Interdependência”, foi o sinal inequívoco de que as bandas precisam de público físico e que o regresso aos concertos é também sinal de vitalidade dos melómanos …
Tal como na noite anterior o clima esteve bem agradável até começar a esfriar, ainda assim óptimo para estar ao ar livre. Neste último sábado, 25 de julho, os White Haus foram a proposta musical.
Tumblr media
João Vieira, mentor dos White Haus [Mais fotos aqui] Além de João Vieira, o mentor do projeto, a banda apresentou-se em formato quarteto com dois elementos naturais de Barcelos: Graciela Coelho no teclado e André Simão em funções de multi-instrumentalista. Gil Costa ficou encarregado da bateria.
A formação trouxe até à frente ribeirinha de Barcelos os seus sons altamente dançáveis. Devido à necessidade de ocupar lugar marcado sentado, não foi propriamente a melhor experiência pois as músicas puxavam por um pézinho de dança. Durante cerca de 1 hora o foco foi o álbum ‘Body Electric’, o álbum mais recente lançado no ano passado.
Com o decorrer da performance ao fundo do palco eram projetados visualzers das músicas. Dada a posição invulgar do projetor, situado mesmo em frente ao palco e posicionado ao nível da plateia, as sombras dos artistas e dos instrumentos foram igualmente projetadas dando um visual peculiar.
Tumblr media
Afonso Dorido, o Homem em Catarse [Mais fotos aqui] Já para domingo, 26 de julho, uma bonita matiné ao final da tarde com a “prata da casa” marcou o encerramento desta curadoria ‘Triciclo’ e que marcou o seu regresso pós pandemia. Afonso Dorido (membro dos Indignu) com o seu projeto a solo Homem em Catarse aproveitou para mostrar o seu mais recente trabalho discográfico ‘sem palavras | cem palavras’.
‘sem palavras | cem palavras’ álbum em análise aqui no HeadLiner 
A frente ribeirinha em Barcelos revelou-se um local bastante aprazível, se bem que pela proximidade ao Rio Cávado, as noites tornaram-se um bocadinho frescas. Ainda assim e tendo em conta as noites quentes tropicais que temos vivido frequentar este local foi, sem qualquer dúvida, uma opção formidável.
Vejam toda a foto-reportagem pelo Diogo Meira e João Machado: clicar aqui
Tumblr media
Texto: Edgar Silva
Fotografia: Diogo Meira e João Machado
0 notes
headlinerportugal · 4 years
Text
Homem em Catarse – ‘sem palavras | cem palavras’ | HeadLiner On The Moon #4
Tumblr media
HeadLiner On the Moon é uma rubrica de análise de trabalhos discográficos elaborada por João Tavares do blogue Man On the Moon no qual são originalmente publicadas. Nesta parceria os álbuns lançados nas últimas semanas terão um olhar sempre atento e uma audição sempre sagaz!
Nota Introdutória
Já faz uns anos que conheço o Afonso Dorido (sem ele me conhecer) de outro mundo musical do qual sou fã, os indignu (banda de post rock) no qual é guitarrista. A partir dai fui olhando de lés a lés no que ele ia criando. O Homem em Catarse entrou-me no ouvido numa noite em que ele tocou no aconchegante Oub’Lá (bar em Guimarães) começando aí a descoberta de outra faceta do artista.
O primeiro contacto pessoal com ele surgiu num evento organizado pela Gig Club, uma Listening Session no dia 23 de Janeiro, no qual ouvi pela primeira vez este ‘sem palavras | cem palavras’.
Fazendo um contraste ao seu primeiro LP ‘Viagem Interior’, um trabalho que nos faz viajar por entre os campos alentejanos áridos e de se perder de vista ou entre os montes verdejantes que se difundem entre os rios de trás-os-montes, o ‘sem palavras | cem palavras’ leva-nos numa outra viagem. Uma viagem mais introspectiva, uma viagem que para a concretizar só nos basta fechar os olhos, clicar no play, começar em “Tu eras apenas uma pequena folha” e deixar-nos levar pela poesia sem palavras onde o destino é incerto e simplesmente idealizado por nós.
por Luís Silva (gestor e administrador do HeadLiner)
Tumblr media
Homem em Catarse é o alter ego musical do músico Afonso Dorido, um exímio guitarrista que começou a sua aventura musical há já meia década com ‘Guarda Rios’, um EP auto-editado. Dois anos depois veio o tão aguardado registo de estreia em formato álbum, um trabalho intitulado ‘Viagem Interior’ e que nos oferecia um percurso às principais cidades de Portugal profundo. ‘sem palavras, cem palavras’ é a sua nova etapa discográfica, um disco com um brilho raro e inédito no panorama nacional, feito por um projeto que não conhecia antes de ouvir este trabalho, mas que já percebi que é exímio a compor canções que cirandam entre os altos e baixos da vida e que nos mostram como é, tantas vezes, muito ténue a fronteira entre esses dois p��los, entre magia e ilusão, como se a explicação das diferentes intersecções com que nos deparamos durante a nossa existência fossem alguma vez possível de ser relatada de forma lógica e direta.
Logo na deliciosa intimidade que sobressai do piano de “Tu eras apenas uma pequena folha”, percebe-se que o Afonso não tem pudores em servir-se da música como um veículo privilegiado para nos mostrar, de modo realisticamente impressivo, o seu ímpeto criativo e como isso lhe alimenta a urgência que o seu âmago sente de comunicar connosco.
youtube
“Yo La Tengo”, faixa de ‘sem palavras | cem palavras’
Depois, a simplicidade melódica e o imediatismo planante das cordas que se entre cruzam na lisérgica “Hey Vini!” e o banquete sintético de forte cariz progressivo que conduz “Hotel Saturnyo”, acabam por personificar com excelência a (apenas) dicotomia de um título, que pode transmitir a ideia de que a idealização do conteúdo do registo não teve como premissa essencial o desejo de transmissão de ideias concretas, quando aquilo que acontece, ao longo da audição do trabalho, eminentemente instrumental, é, exatamente, um bombardeamento constante de pensamentos, conceitos e até opiniões, tenhamos nós, ouvintes,a predisposição para nos deixarmos enlear e enfeitiçar por estas canções.
O disco prossegue e se a crueza e a simplicidade acústica de “Marie Bonheur” parecem evocar a verdade eterna que todos reconhecemos de que tudo é passageiro, a fragilidade perene que tremula nas teclas que nos instigam em “Calle del Amor”, a simultaneamente intrigante e sedutora destreza maquinal e orgânica em que assenta “Yo La Tengo” e a luz que nos faz sorrir sem medo do amanhã que fica defronte ao que sabe a frenética “Danças Marcianas”, são mais momentos altos que comprovam a notável abrangência autoral de um artista que assina neste ‘sem palavaras I cem palavras’ um álbum extremamente comunicativo e repleto de composições contemplativas, que criam uma paisagem imensa e ilimitada de possibilidades que compete a nós destrinçar ou, em alternativa, idealizar, já que as duas abordagens são sempre possíveis na música de Homem em Catarse. Espero que aprecies a sugestão...
Tumblr media
Capa do álbum ‘sem palavras | cem palavras’ Tracklist:
Tu eras apenas uma pequena folha
Hey Vini!
Hotel Saturnyo
Lembro-me de ti mesmo quando não me lembro
Marie Bonheur
Calle del Amor
Yo La Tengo
Danças Marcianas
Mar Adentro
Casa dos pequenos pássaros
Ouvir o álbum: homememcatarse.bandcamp.com/
Avaliação pelo HeadLiner: ⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐
(8 numa escala máxima de 10)
———————————————————————————————–——
Review escrita por João Tavares.
### Autor do blogue Man On The Moon no qual publica, desde 2008, análises bem pertinentes às bandas e artistas mais interessantes do momento. Sem dúvida uma das leituras mais aconselháveis sobre música indie e alternativa em português de Portugal. ### Outras análises musicais em: stipe07.blogs.sapo.pt/
0 notes
headlinerportugal · 5 years
Text
Parabéns e muitos anos de vida, Oub’Lá | Reportagem
Tumblr media
Como frequentadores mais assíduos do Oub’Lá, já com uma boa relação com o staff, fomos mais cedo até ao bar, bem no coração da cidade, dar as primeiras mostras de amor e dar os parabéns pelo 1º ano de vida daquele bar que era para ser chamado de Crocky. O bolo não faltou, a nada tímida vela não faltou, os finos eram só pedir... Ficou só a faltar o rock, estava mesmo reservado para mais à frente na noite...
Eram por volta das 23:30 horas quando, após um pequeno atraso, as portas da mítica sala vimaranense São Mamede abriram-se como acesso somente à plateia. Nada que demovesse o já pequeno aglomerado de pessoas que queriam começar a festa bem cedo. Sabes que estavas a entrar para um evento do bar Oub’Lá, quando aos primeiros passos no salão de festas começas a ouvir Quim Barreiros a soar das colunas. Sentimos que estava  garantida a real festa!
A primeira banda que veio ajudar “apagar as velas” daquele bar vimaranense que tendo vindo a mexer com a cena musical da cidade berço, foram os aveirenses Cosmic Mass. Na verdade quando vimos o quarteto a entrar em palco adentro confundimos por momentos com os Titus Andronicus, muito culpa pelo vocalista Miguel Menano que mostrava claras parecenças com o vocalista da banda de punk/rock norte-americana.
Miguel Menano deu logo rapidamente nas vistas pela sua indumentária invulgar para uma noite muito fresca de uma primavera recente. Camisinha vermelha com bolinhas brancas e de mangas arregaçadas, calções azuis e ténis brancos de uma conhecida multinacional.
Tumblr media
Por entre tiradas multilingues do seu vocalista, os Cosmic Mass demonstraram não ter receio de mostrar o seu stoner rock rasgado por riffs adentro. A banda apresentou o seu 1º longa duração lançado no inicio de Março: ‘Vice Blooms’. A sala ainda estava a preencher-se mas aqueles que já estavam dentro não viram goradas as suas pretensões de uma apresentação bastante interessante e bem positiva.
A noite ainda não ia meio (mas já era hora bem avançada) quando entrou provavelmente a banda com maior currículo do cardápio. Com 4 trabalhos discográficos já  editados e na bagagem inúmeros concertos por essa estrada fora, apresentaram-se os Indignu. Vindos de Barcelos com o seu post-rock. ‘Umbra’ um dos grandes álbuns do ano passado.
Tumblr media
Na história deste concerto dos Indignu teve um tema em jeito de reflexão pela catástrofe dos incêndios de 2017. Assim Afonso Dorido (guitarrista e na foto acima) quis frisar com “Mar de Outubro”, sendo o porta voz da formação. Aliás Afonso demonstrou-se igual a si mesmo na pele Indignu, sempre bastante enérgico. Uma boa apresentação destes barcelenses se bem que sentimos que nem toda a gente na sala esteve a dar-lhes a devida atenção...
Italia 90, será referência ao campeonato do mundo na Itália em 1990? O nome pode dizer pouco (ou mesmo rigorosamente nada) a quem não conhece este trio britânico (assim apresentou-se em Guimarães) mas muito a quem tenha assistido a um concerto destes punks hooligans (no bom sentido). As últimas oportunidades em Portugal aconteceram no recente passado mês de março e foram três. Depois da passagem pelo MIL em Lisboa e no Mercado Negro em Aveiro, seguiu-se a última desta rodada a qual vamos debruçar-nos um pouco agora a seguir... O concerto destes britânicos teve um pouco de tudo: problemas técnicos com o microfone do vocalista e com o som do baixo, o que não deu para refrear os ânimos quentes (no bom sentido da expressão) da banda e do público. Ainda a forte interacção do vocalista: chegou a descer do palco e vir interagir com o pessoal e ao final apoteótico em palco a encher-se a convite do próprio.
Tumblr media
Foi também giro ver membros dos Cosmic Mass a curtirem o som e a dar-lhes energia positiva mesmo em cima do palco, ainda que, do lado dos bastidores. Esta performance dos Italia 90 foi uma espécie de hino ao punk: em que nada é perfeito, até bem pelo contrário, contudo mesmo tudo é sentido de forma muito vibrante e sempre com aquele selo irreverente. Foi, sem dúvida, o momento da noite no qual tivemos o pico de público, já a hora mudado há algum tempo. Ficamos com a memória de um revivalismo punk. Definitivamente “Punk's Not Dead”, está definitivamente bem vivo. Resta-nos agradecer pela sua performance e desejar que regressem sempre que quiserem a Portugal.
Para fechar a festa em grande veio um ícone das noites boémias desse Portugal fora. Tivemos DJ Quesadilla e o seu dançarino de serviço, um dinossauro que por noite/quase de dia adentro queimaram os últimos cartuchos daquela que foi o 1º de muitos anos de vida do Oub’Lá. Assim o esperamos!
Tumblr media
Para primeiro ano de vida devemos dar os parabéns e congratular toda a equipa do Oub’Lá pela coragem em fazer acontecer uma festa desta envergadura logo à passagem do primeiro aniversário.
Também o bar já se tornou num “spot” para conhecidos músicos da zona e que não faltaram à festa. Bonito verificar esta ligação quase umbilical.
Muitos parabéns Oub’Lá e que este tenha sido apenas e só o primeiro de muitos e bons anos! Estaremos, como habitualmente, sempre atentos e acompanharemos presencialmente.
A seguir podem visualizar duas galerias completas de fotos desta noite:
Fotos de João Machado:  clicar aqui
Fotos de Jorge Nicolau:  clicar aqui
Texto: Luis Silva e Edgar Silva Fotografia: João Machado e Jorge Nicolau
0 notes
headlinerportugal · 3 years
Text
Catártico regresso dos Indignu | Reportagem
Tumblr media
A luz verde para o desconfinamento de cinemas, teatros, auditórios e salas de espetáculos foi dada pelas autoridades no passado dia 16 de abril. Desde então o meu regresso pessoal a eventos culturais, nomeadamente musicais, tem sido bastante contido.
Nesta última sexta-feira, dia 28 de maio, vi apenas o meu segundo concerto desde a reabertura. Esta escolha recaiu num concerto dos Indignu [Lat.], banda que já tinha visto anteriormente por duas vezes. Estas reportagens podem ser visualizadas aqui: Post Rock à moda minhota em força no Hard Club em dezembro de 2018 e Parabéns e muitos anos de vida, Oub’Lá em abril de 2019.
Tumblr media
Foi, portanto, a primeira vez que os vi como única banda do evento. Aconteceu à terceira ocasião em Guimarães num concerto que teve lugar na Black Box do Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG), local mais conhecido pelos vimaranenses como Plataforma das Artes.
Sem dúvida que é mesmo muito bom estar a regressar às salas de espetáculos e aos concertos a vivo. Mesmo que o contexto não seja o que mais me agrade. Isto é, concertos tão cedo, como este que aconteceu a uma sexta-feira às 19:30h. Num dia de semana e num horário assim imagino que seja uma logística complicada para muita gente…
Num final de tarde de muito corrupio automobilístico e pedestre, lá consegui chegar ao local da realização do evento para comprar o meu ingresso, apenas de 3€. Um valor simbólico e que não reflete a qualidade dos artistas nem da sua performance, da sua incrível performance!
Tumblr media
Os elementos da banda foram parcos em palavras e naquelas que exprimiram, pela voz de Graça Carvalho: "Não imaginam o que é estar aqui convosco...". Efetivamente notou-se uma satisfação enorme nos 4 elementos em palco pelo seu regresso aos concertos, sobretudo em Graça e Afonso. Graça Carvalho (violino e teclas), Afonso Dorido (guitarra e teclas), Ivo Correia (bateria) e Pedro Sousa (baixista) deram corpo aos Indignu [Lat.] ao vivo, algo que já não acontecia desde o final de 2019. Imenso tempo sem o calor da interação com as pessoas, público este que preencheu a grande maioria dos lugares disponíveis.
Direi que é um luxo, no panorama lusitano, termos uma banda assim, representantes do Post-Rock com esta enorme qualidade. Têm um som instrumental que nos coloca praticamente em transe até mesmo quando passamos dos acordes pujantes da guitarra às melodias nas quais Afonso e Graça ficam a sós em palco para versões em modo duo. Proporcionam momentos arrepiantes como aconteceu em “Chovem Pedras De Fogo do Céu” com Afonso ao piano e Graça no violino.
Tumblr media
Um concerto que passou pelos álbuns ‘Umbra’ de 2018 e ‘Odyssea’ de 2013 cujo tema de abertura foi “Onde As Nuvens se Cruzam”.
No encore uma tocante e mais curta interpretação de “No Fim Ninguém Quer Trevas Excerto” em formato duo com Afonso na guitarra e Graça no violino. Para o final ficou guardado o tema “Santa Helena” e o merecido aplauso da plateia.
Afonso Dorido com a sua energia do estilo “rolo compressor” e Graça Carvalho com a sua devida graciosidade ao violino, o núcleo duro do projeto, sempre bem acompanhados por Pedro Sousa e Ivo Correia proporcionaram-nos, acredito que toda a gente terá saído bem satisfeita, um início de fim-de-semana em beleza.
Ainda é para mim algo bizarro entrar numa sala de espetáculos de dia… Saindo ainda com luz solar alta porém com performances deste género até isso será entranhado enquanto assim tiver de ser.
Tumblr media
 Setlist
Onde as nuvens se cruzam
Clausura dos que sentem
Nem só das cinzas se renasce
Marcha sob Marte
Montanha negra
Chovem pedras de fogo do céu
Levitação do sahara
 Encore:
No fim ninguém quer trevas excerto
Santa Helena
Tumblr media
Texto: Edgar Silva Fotografia: Jorge Nicolau
0 notes
musicaemdx · 4 years
Text
As escolhas de Homem em Catarse
As escolhas de Homem em Catarse
Homem em Catarse (Afonso Dorido) lançou no passado dia 24 de Janeiro o seu segundo longa duração, “cem palavras, sem palavras“. Depois de uma homenagem a algumas cidades do interior do país, “Viagem Interior”, Homem em Catarse compôs  sobre um poema que escreveu “Cem Palavras”. Afonso Dorido é também guitarrista e compositor da banda barcelense Indignu desde 2010.
Perguntámos ao Afonso o que é…
View On WordPress
0 notes