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#Batuque RS – Divulgando a Religião Afro para Iniciados e Simpatizantes
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Batuque RS – Divulgando a Religião Afro para Iniciados e Simpatizantes -
ANÚNCIOS DA ÉPOCA DA ESCRAVIDÃO MOSTRAM POR QUE O BRASIL PRECISA ACERTAR AS CONTAS COM O PASSADO
AS ELITES BRASILEIRAS parecem ter um hábito secular de pôr uma pedra sobre o nosso passado. Apesar de sermos o país com a maior população negra fora da África, quase não há museus sobre o tema e mal estudamos o assunto nas escolas. O desconhecimento do brasileiro médio em relação aos horrores e às consequências da escravidão é enorme. O esquecimento não é um acaso, é um projeto.
O Brasil é o país mais importante na história da diáspora africana. Foram mais de 4 milhões de escravizados que desembarcaram em nossos portos, principalmente nos do Rio de Janeiro, Salvador e Recife, entre 1530 e 1850.
Na primeira metade do século 19, mais de 2 milhões de africanos aportaram no Brasil. Era uma multidão de gente. No censo de 1872, o primeiro de nossa história, o país tinha 10 milhões de habitantes e mais da metade (58%) da população era formada por pretos e pardos, incluindo livres, libertos e escravizados.
Os escravizados, nascidos no Brasil e na África, foram a mão de obra utilizada na criação da riqueza derivada do açúcar, do algodão, do ouro, do diamante e do café, principais produtos de exportação do país. Mas eles eram também empregados domésticos, amas de leite, sapateiros, barbeiros, vendedores de rua, pedreiros, pescadores, alfaiates, ferreiros. As ruas e as casas brasileiras do século 19 transbordavam escravidão.
Em 1872, apenas 0,08% dos escravizados eram alfabetizados. Isso, por si, só explica a ausência de relatos em primeira pessoa sobre esse drama. Por sorte, existe uma única autobiografia conhecida de um africano que passou pela experiência do navio negreiro e foi escravizado no Brasil. Ele se chamava Mahommah Baquaqua.
Nascido por volta de 1820, Baquaqua era filho de um comerciante muçulmano e frequentou uma escola religiosa localizada no atual estado de Benin. Sequestrado na África, foi trazido como escravo para o Brasil em 1845. O tráfico de escravizados já era proibido no Brasil desde 1830, graças a um acordo com a Inglaterra, e desde de 1831, por força de uma lei de iniciativa nacional. Se valessem essas leis, Baquaqua deveria ser declarado livre assim que pisasse o solo brasileiro; e seu traficante, preso. Mas esse era o mundo imaginário das leis, não o dos fatos.
Em sua autobiografia, publicada originalmente em 1854 nos Estados Unidos, Baquaqua relata o drama comum aos mais de 4 milhões de africanos escravizados que aqui desembarcaram.
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Imagem da edição do livro de Mahommah G. Baquaqua. Foto: Bruno Veras (Public domain)
O relato dos horrores vividos no navio negreiro é pujante. Baquaqua conta que ele e seus companheiros de infortúnio foram empurrados “para o porão do navio em estado de nudez”, com “os homens amontoados de um lado e as mulheres do outro”. Como “o porão era tão baixo”, eles eram obrigados a “se agachar” ou ficar sentados no chão.
Uma viagem de navio de Angola até o Recife demorava em torno de 30 dias. Amontoados e acorrentados em posição desconfortável, o porão acumulava resquícios de urina, fezes, vômitos sob um forte calor. Relatos dão conta que as pessoas nas cidades primeiro sentiam o mau cheiro desses navios antes mesmo de os verem no horizonte. “A repugnância e a sujeira daquele lugar horrível nunca será apagada da minha memória”, escreveu Baquaqua.
As terríveis condições de higiene e alimentares faziam com que a taxa de mortalidade nas viagens superasse os 10% dos embarcados. Os que morriam pelo caminho tinham seus corpos atirados ao mar, o que torna o Atlântico um gigantesco cemitério de africanos.
Baquaqua conta que “a única comida” que eles tiveram durante a viagem era um “milho encharcado e cozido”. A água também era racionada: “um pint (equivalente a 400 ml) por dia era tudo o que era permitido e nada mais”.
Houve um pobre rapaz que ficou tão desesperado por falta de água, que tentou arrancar uma faca do homem branco que trouxe a água, quando foi levado para o convés e eu nunca soube o que aconteceu com ele. Eu suponho que ele foi jogado ao mar.
A violência era crucial para manter a “ordem”. Baquaqua conta que, “quando qualquer um de nós se tornava desobediente, sua carne era cortada com uma faca”, então, “pimenta ou vinagre” eram esfregados na ferida.
Os grandes traficantes de escravos eram brasileiros e portugueses aqui residentes. Eram ricos comerciantes, cuja fortuna superava a dos produtores de açúcar e algodão. Eles eram os ricaços do Rio, Salvador, Recife etc. No Recife, na década de 1820, o maior traficante era o comerciante português Elias Coelho Cintra, que tinha o costume marcar seus escravos com a letra “E” com ferro em brasa no peito, feito gado.
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Anúncio do furto de três africanos recém-chegados (“negros novos”) de Angola, que tinham “no peito esquerdo a marca E”, de Elias Coelho Cintra. Fonte: Diário de Pernambuco, 1829
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Anúncio reporta a chegada do paquete Pernambuco, vindo de Angola, numa viagem que durou 26 dias. Embarcaram 257 cativos que se destinavam a Elias Coelho. Vinte e seis morreram na travessia. Fonte: Diário de Pernambuco, 1830
Um dos bairros ainda hoje mais miseráveis e violentos do centro do Recife é o dos “Coelhos”, nome derivado do fato daquela região ser de propriedade da família do maior traficante de escravos da cidade. Sempre que passo por aquela área, fico pensando que parte dos seus habitantes que sobrevivem em condições desumanas, muitos dos quais em palafitas à beira do rio Capibaribe, pode ser formada por descendentes dos escravizados marcados a ferro quente por Elias.
Ao chegarem no Brasil, esses africanos eram postos em quarentena em portos ou mesmo no interior dos navios. Sobrevivendo a essa fase, os escravizados eram obrigatoriamente batizados na fé católica e recebiam nomes à portuguesa. Viravam todos Josés, Franciscos, Marias, Catarinas – Baquaqua não diz qual era seu nome que teve em seus tempos de Brasil. A escravidão implica na desumanização completa do indivíduo. Perder o direito à religião e ao nome escolhido por seus antepassados é parte desse processo.
A viajante estrangeira Maria Graham, que esteve no país na década de 1820, retrata o horror da visão de uma dessas localidades.
Mal tínhamos percorrido cinquenta passos no Recife, quando ficamos absolutamente enojados com a primeira vista de um mercado de escravos. Era a primeira vez que (…) estávamos em um país de escravos; e, por mais fortes e pungentes que sejam os sentimentos em casa, quando a imaginação retrata a escravidão, eles não são nada comparados à visão desconcertante de um mercado de escravos. (…) Cerca de cinquenta jovens criaturas, meninos e meninas, com toda a aparência de doença e fome, resultante da escassez de comida e longo confinamento em lugares insalubres, estavam sentados e deitados entre os animais mais sujos das ruas.
Ao chegar aqui, sendo ainda “boçal” (termo utilizado para descrever os cativos que não dominavam o português), Baquaqua foi colocado para realizar trabalhos puramente físicos. Seu primeiro ofício foi carregar pedras para a construção de uma casa para o seu proprietário.
Depois de ganhar algum domínio da língua, Baquaqua foi para a rua vender pão. Muitos dos escravizados no Brasil do século 19 eram os chamados “pretos de ganho”, isto é, cativos que trabalhavam na rua vendendo alguma mercadoria ou realizando algum serviço, para garantir uma renda diária ao seu proprietário.
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Fotografia do acervo do Instituto Moreira Salles mostra vendedoras de rua no Rio na década de 1870. Foto: Acervo/Instituto Moreira Salles
A escravidão não era exclusividade da agricultura para exportação e o escravizado não era “mercadoria” acessível apenas aos ricaços. O Brasil era uma sociedade escravista no sentido mais preciso do termo. Os anúncios de compra, venda, aluguel e fuga de escravos eram a matéria mais ordinária nas páginas dos jornais brasileiros neste período.
Um viajante escocês que passou pelo Recife em 1820 relata sua visão:
Acho que nenhuma impressão fica mais profundamente impressa em minha mente do que a visão melancólica de centenas… de milhares de escravos negros que vi na cidade… Você não pode se mover em nenhuma direção, sem que a escravidão, com todas as suas misérias multiplicadas, prenda sua atenção. Se você anda pelas ruas, você encontra os escravos, a cada hora do dia, em centenas, gemendo e suando sob seus fardos, e gastando suas vidas miseráveis no desempenho daqueles trabalhos pesados que são feitos por cavalos na Escócia e na Inglaterra.
Sendo vendedor de rua, Baquaqua conta que tentou ser obediente ao seu proprietário para evitar castigos e ter uma existência um pouco menos miserável. Mas mesmo sendo obediente, era agredido e humilhado. E como tantos outros escravizados, na busca de uma fuga da dureza do cotidiano, abusou do álcool. Além da bebida, Baquaqua imita o comportamento de outros milhares de escravizados: foge. Porém, também como era a regra, acaba recapturado.
Homens, mulheres, jovens e crianças viviam tentando fugir. Era uma luta desigual. Alguns, com sorte, podiam se aquilombar em Catucá, o mais famoso quilombo existente no Recife na primeira metade do século 19, que tanto amedrontava o “cidadão de bem” da cidade.
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Trecho de uma carta escrita por um desembargador reclamando do “Quilombo dos negros dos palmares do Catucá”. Fonte: Diário de Pernambuco, 1829
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Mesmo “com ferro no pescoço” e com “uma ferida na canela direita”, Sebastião do Rosário tentou fugir da sua condição de escravo. Os anúncios de escravizados que fugiam eram parte obrigatória dos jornais brasileiros do período. Fonte: Diário de Pernambuco, 1829.
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Anúncio da fuga de uma criança de nove anos com “marcas pela cara” provocadas pelo uso “de uma máscara de flandres”. Fonte: Diário de Pernambuco
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Gravura mostrando um escravizado com ferros no pescoço e máscara de flandres. Ilustração: Jacques Arago/Museu Afro Brasil (São Paulo)
Baquaqua conta que, após uma recaptura, saiu para vender pão, mas usou o dinheiro arrecadado para comprar bebida. Voltando a casa do senhor embriagado e sem dinheiro. Foi violentamente espancado. Revoltado e humilhado, Baquaqua tenta o suicídio:
Eu preferiria morrer a viver para ser um escravo. Eu então corri para o rio e me joguei, mas sendo visto por algumas pessoas que estavam em um barco, fui resgatado do afogamento.
Depois disso, ele é posto à venda.
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Anúncio publicado no Diário de Pernambuco em 1830, em que anuncia: “vende-se por [ser] fujão”. O termo “ladino” significava que, apesar de o escravo ser africano, ele já dominava o idioma e os costumes locais. Fonte: Diário de Pernambuco
Baquaqua é vendido “para fora da província”. Essa era uma outra forma comum de punição e de controle dos escravizados: os que se comportavam mal eram vendidos sob a condição de serem levados para localidades distantes. Toda a sociabilidade construída pelo escravizado naquela cidade era, de repente, desfeita, em uma repetição das agruras do navio negreiro.
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Anúncio de venda de escravo no Diário de Pernambuco. Fonte: Diário de Pernambuco
Seu destino foi o Rio de Janeiro, a capital do Império e maior cidade do país. Passou então a trabalhar a bordo de um navio. Após algumas viagens – ele narra passagens por Santa Catarina e Rio Grande do Sul –, a embarcação teria como destino Nova York.
Em 1847, em solo estadunidense, Baquaqua conseguiu finalmente fugir da condição de escravizado e se tornou, mais uma vez, um homem livre. Seus companheiros no Brasil, porém, teriam que esperar até 1888 para terem a mesma sorte.
Livres, mas sem nenhuma indenização por séculos de trabalho forçado, sem acesso à terra, à educação, marcados pelo preconceito e vítimas do racismo “científico” que ganha força no final do século 19 e começo do século 20. Enquanto os imigrantes italianos que aqui aportavam aos milhares a partir de 1890 tinham passagem subsidiada, salário, terra e liberdade para trocar de emprego depois de cinco anos, os pretos e pardos não tinham nada.
Nos EUA, neste exato momento, está em debate no Congresso a questão da reparação dos descendentes de escravizados. No Brasil, diz-se ainda que cotas são “racismo reverso”. O esquecimento da escravidão é um projeto muito bem elaborado pela elite.
Fonte: The Intercept_ Brasil
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O material educativo “Nossa Luta – A perseguição dos negros durante o Holocausto” virou exposição
Pouco mais de um ano e meio após seu lançamento, o livro “Nossa Luta – A perseguição dos negros durante o Holocausto” transforma-se numa exposição itinerante para ampliar ainda mais a conscientização e lembrar a história do povo negro durante a ditadura nazista na Alemanha de Hitler. 
A mostra apresenta um panorama histórico da discriminação nazista aos afro-germânicos, com biografia de vítimas e objetos originais da época, para aproximar os visitantes de uma discussão contemporânea e bem brasileira: como se manifesta a lógica irracional do preconceito racial?
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Local sagrado para religiões de matriz africana recebe 8ª edição do evento
“Vou dizer ao meu senhor que a manteiga derramou”. Acompanhado de palmas e berimbau, o trecho da cantiga entoada na grande roda na Pedra de Xangô, em Cajazeiras, formada na manhã deste domingo (4), talvez tenha inspirado os dois capoeiristas a deslizar com mais facilidade para lançar golpes e se esquivar de outros.
Pensando em juntar a luta pela preservação cultural e ambiental da pedra e o festival de capoeira, os organizadores do Festival Utra de Capoeira Regional, que recebe praticantes do Brasil e do exterior, realizaram a oitava edição do evento num espaço considerado sagrado.
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A Pedra de Xangô, localizada na Avenida Assis Valente, em Cajazeiras 10, está ali há mais de 2 bilhões de anos. É um símbolo de luta e resistência para a população negra e os adeptos as religiões de matrizes africanas, tombado pela Fundação Gregório de Mattos em 2017 e reconhecido como Patrimônio Geológico do Brasil.
  “É preciso dar visibilidade a todas essas conquistas que o povo de Salvador, o povo negro, conseguiu viabilizar para essa área, que é remanescente de Mata Atlântica e Quilombo”, explica Maria Alice Silva, integrante do Grupo de Pesquisa Etnicidades, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Ufba.
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Maria Alice Silva faz parte do Grupo de Pesquisa Etnicidades (Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO)
O mestre Jegue Alex reforçou a importância de o evento acontecer na Pedra de Xangô e disse estar muito feliz por terem conseguido registrá-lo no calendário oficial de Salvador.
“A gente fica feliz de estar trazendo a capoeira para esse local de referência de Cajazeiras, por uma questão ambiental, preservação histórica, ancestralidade mesmo”, afirma Mestre Jegue.
Comitiva internacional Todos os anos, o Utra reúne capoeiristas de vários lugares do mundo e, neste ano, os organizadores trouxeram 20 capoeiristas de países europeus como Portugal e Espanha.
O festival dura uma semana, e o encerramento acontece no próximo domingo (11), na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Ufba, com a formatura dos graduandos de capoeira, além de duas palestras.
Depois de Salvador, a cidade de Santiago de Cali é a que conta com o maior número de negros fora da África, e a presença do candomblé por lá também é muito forte. Pensando em se aprofundar ainda mais na sua cultura ancestral, o ator colombiano John Alex Castillo está na capital baiana gravando um documentário sobre as duas cidades e, neste domingo, compareceu para entender um pouco mais desse movimento. “Para mim, está sendo um processo enriquecedor. Estou tendo a oportunidade de conhecer o trabalho de líderes, mulheres e homens, que têm uma identidade muito clara. Temos problemas parecidos e um desejo de um lugar melhor para nossa população afro”, conta.
O projeto é uma iniciativa do Grupo de Pesquisa Etnicidades com a Casa dos Olhos do Tempo e tem apoio do Ministério Público do Estado (MP-BA) no projeto APA Municipal Vale do Assis Valente e o Parque em Rede Pedra de Xangô.
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Homenagem Póstuma – Pai Joãozinho do Exu Bí (Nação Jeje)
O nosso homenageado de hoje foi e sempre será um dos maiores BALUARTES de todos os tempos dentro da nossa Religião. Um homem que deixou um grande patrimônio cultural e religioso para todos os seus filhos e descendentes, que ao longo dos anos se tornaram uma extensa Bacia. Era um homem de fé acima de tudo, de dedicação ao sagrado e ao ORIXÁ, de imensa sabedoria e fundamentos. Divulgou e promoveu a Religião e a sua Nação em muitos lugares, inclusive na Argentina e no Uruguai. Foi uma LENDA no seu tempo e seu nome está gravado até hoje na história do Batuque. Com muito respeito que hoje nós homenageamos o grande Babalorixá JOÃO CORREIA LIMA (póstuma), Pai JOÃOZINHO DE BARÁ EXÚ AJELÚ BÍ (NÍ). Pai Joãozinho era da Nação JÉJÉ, filho de Mãe CHININHA DE IBEJI, neto do PRÍNCIPE CUSTÓDIO de SAPATÁ ERUPÊ. 
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Pai Joãozinho fazia grandes obrigações e lindas festas que os antigos nos contam; xires maravilhosos que comemoravam o aniversário do seu ORIXÁ no dia 19 de maio. Ele morava na rua COMENDADOR RHEINGANTZ, 265 no Bairro MONT SERRAT, que foi o berço de grandes batuqueiros da posteridade. Pai Joãozinho tinha a característica de ensinar a todos os seus filhos de santo, inclusive as mulheres, a tocarem o JÉJÉ de aguidavi e NAGÔ no tambor. Foi um homem muito generoso, pois ajudou a criar e manter muitas crianças desamparadas, que se tornaram seus filhos de criação. Deixou uma enorme e rica GOA, e seus descentes hoje, continuam cada vêz mais aumentando. O seu nome, definitivamente, entrou para a história da nossa Religião.  Pai Joãozinho veio a falecer no dia 24 de novembro de 1971, deixando para o mundo um renome que hoje orgulha todos os descendentes da sua bacia religiosa.
Texto base: Cleber Ribeiro (Teixeirinha) de Oxalá
Qualquer informação adicional, sugestão ou dúvida, inclusive indicação de nomes para homenagens, deixe nos comentários para nos ajudar a ampliar o acervo do Batuque RS.
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Casa de Cultura Mario Quintana sediará 3º Fashion Black POA
A Casa de Cultura Mario Quintana tem várias atrações marcadas para o próximo final de semana. O evento da vez é a 3ª Edição do Fashion Black Porto Alegre. Ele busca fomentar e, ao mesmo tempo, dar visibilidade ao mercado de moda afro-brasileira, discutindo formas de atuação, sustentabilidade e o fortalecimento das marcas.
A programação ainda não foi divulgada, mas as inscrições para os Workshop já estão abertas e vão até esse domingo (11). Para maiores informações, acesse a página oficial do evento no facebook Fashion Black POA.
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  Workshop: Tornar-se Digital Influencer Facilitadora: Lydia Goes (RS) Quando: 15/08/2019 (quinta-feira) Horário: das 15h às 18h Local: Sala Sapato Florido na Casa de Cultura Mario Quintana
CLIQUE PARA SE INSCREVER (ATÉ 11/08/2019)
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Workshop: Produção de imagem com smartphone para o mercado de moda autoral Facilitador: Tiago Santana (SP) Quando: 16/08/2019 (sexta-feira) Horário: das 15h às 18h Local: Sala Sapato Florido na Casa de Cultura Mario Quintana
CLIQUE PARA SE INSCREVER (ATÉ 11/08/2019)
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Coletivo de mulheres negras lança coleção inspirada em Orixá
Mulheres negras, do axé, unidas pela ancestralidade, em busca do sustento da família por meio da reverencia aos orixás. Nasceu daí, há um ano, o Coletivo Alaafia. Composto por mulheres pretas que empreendem da moda à gastronomia, o grupo lançou, nesta quinta-feira (18), a coleção Folhas Sagradas: Os Segredos de Osànyìn, no Terreiro do Gantois, na Federação. 
Orixá da ‘invisibilidade’, Osànyìn é representado pelas folhas e inspira o conceito da coleção da Alaafia, composto por 12 looks, todos em [em tons claros e escutos], marrom e branco, lançados sob os olhares de outras filhas e mães de santo do Gantois, incluindo a ialorixá da casa, Mãe Carmen. Sem Osànyìn, não existe folha e, sem folha, não existe o candomblé, explica uma das percursoras do coletivo, Luciana Baraúna. 
“O conceito da coleção é o orixá que representa a invisibilidade. A partir disso, nós pensamos em fazer a homenagem e foi assim que nasceu a primeira coleção da Alaafia”, explica a dona da marca BaraunArtes, que é filha do Gantois. 
As peças, composições leves e despojadas, das marcas Afrolook, Cazulo e Óticas Glamour, embelezaram modelos negras, e suas curvas variadas, ligadas ao próprio coletivo, além da Deusa do Ébano 2019, Daniele Nobre. A noite tambem contou com a performance artística do rupo de teatro da coreógrafa Nildinha Fonseca, uma das primeiras dançarinas do Balé Folclórico da Bahia.
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Criado há um ano, Alaafia foi pensado por cinco mulheres negras (Foto: Betto Jr./CORREIO)
Irmãs, como se referem umas às outras, as mulheres que integram a Alaafia, garantem que o coletivo nasce da intenção de materializar a ação das “pretas de terreiro, que fazem e vendem os seus produtos para o mundo”. São doces, roupas, bijuterias e outras peças, todas feitas à mão, garantem. 
“Nossa busca é a de que as pessoas entendam que mulheres não existem para competir. Nós buscamos nos unir na busca pelo sustento de nossas famílias, fazendo o que nós sabemos fazer de melhor, construindo oportunidades”, acrescenta Marina Bonfim, que aplica os dotes culinários na Oyá Doces Delícias. 
Diferente de Luciana, que tem uma loja física da BaraunArtes no Shopping Center Lapa, no Centro, há quatro anos Marina utiliza as redes sociais, além de feiras livres, para divulgar e comercializar seus quitutes. Assim como Eliene Valle e Ângela Duarte, outras duas pioneiras da Alaafia, que já reúne pelo menos 25 negras empreendedoras. De acordo com Eliene, o grupo vai vender alguns de seus produtos na Flipelô, que acontece de 7 a 11 de agosto, na Praça das Artes, no Pelourinho.
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Coleção apresentou 12 looks (Foto: Betto Jr./CORREIO)
‘União do sagrado’ Na leitura da líder do terreiro Ilê Axé Abassá de Ogum, ialorixá Jaciara Ribeiro, “quando mulheres negras se reúnem por um bem, é uma união do sagrado”.  Nas palavras da mãe de santo, presente no desfile, as empreendedoras protagonizam um momento histórico.
“Num momento em que nós presenciamos tanto racismo, intolerância religiosa, ver mulheres pretas cultivando e enaltecendo as nossas raízes, a nossa ancestralidade, isso representa muito e é bastante especial”, afirmou a mãe de santo.
Jaciara comentou, que, historicamente, as mulheres negras se “constroem com o trabalho do que está ao alcance das mãos”, ao citar como exemplo as lavadeiras de ganho, que também buscavam renda engomando e fazendo quitutes. “É a nossa construção, nossa cultura, e a própria religião nos ensina isso”.
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Foto: Betto Jr. / CORREIO
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Foto: Betto Jr. / CORREIO
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Foto: Betto Jr. / CORREIO
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Foto: Betto Jr. / CORREIO
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Foto: Betto Jr. / CORREIO
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Foto: Betto Jr. / CORREIO
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Foto: Betto Jr. / CORREIO
Não à toa, o Gantois, um dos mais tradicionais terreiros da capital, abriu suas portas para o desfile. À reportagem, Mãe Ângela Ferreira comentou que o coletivo representa resistência.
“É um momento muito importante para todos nós, pois é a valorização de nossa cultura, de nossa ancestralidade, especialmente por ver que é algo que está crescendo, que é um negócio bem sucedido. Elas são vencedoras”, destacou ela.
Em nome de Mãe Carmen, Ângela acrescentou que a casa está aberta para o Alaafia e qualquer outro coletivo, de homens ou mulheres, que reverenciem o axé, a cultura e o potencial do povo preto.
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Desfile aconteceu no terreiro (Foto: Betto Jr./CORREIO)
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  No reality, Paula falou que tinha “medo” de Rodrigo por ele falar de Oxum
Campeã da última edição do BBB, Paula utilizou as redes sociais para dizer que tem dificuldade de conseguir trabalhos por causa da polêmica envolvendo racismo protagonizada por ela durante o programa.
No reality, a loira falou que tinha “medo” de Rodrigo por ele falar de Oxum, orixá da beleza, do amor e da maternidade na umbanda.
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Campeã da última edição do BBB, Paula utilizou as redes sociais para dizer que tem dificuldade de conseguir trabalhos por causa da polêmica envolvendo racismo protagonizada por ela durante o programa.
No reality, a loira falou que tinha “medo” de Rodrigo por ele falar de Oxum, orixá da beleza, do amor e da maternidade na umbanda. Fonte: https://bahia.ba/entretenimento/acusada-de-racismo-vencedora-do-ultimo-bbb-diz-que-tem-dificuldade-para-trabalhar/
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Uma petição online contra o livro “Orixás, Caboclos e Guias: Deuses ou Demônios?”, relançado na última sexta-feira (2), já conta com mais de 20 mil assinaturas; obra de teor preconceituoso, que já vendeu mais de 3 milhões de exemplares em todo o mundo, é alvo de uma ação do MPF que está parada na Justiça Federal.
A Igreja Universal, maior instituição evangélica do Brasil, relançou na última sexta-feira (2) o polêmico livro “Orixás, Caboclos e Guias: Deuses ou Demônios?”, do bispo Edir Macedo, fundador da igreja.
Lançado pela primeira vez em 1997 e relançado em 2005, a obra, criticada por seu teor preconceituoso ao classificar religiões de matriz africana como “seitas demoníacas”, já vendeu mais de 3 milhões de exemplares em todo o mundo.
O novo relançamento do livro teve reação imediata. Entidades ligadas às religiões de matriz afro, junto a representantes da sociedade civil, criaram uma petição online para barrar a venda e distruibuição da nova edição da obra. Para assinar, clique aqui.
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“Nós, pessoas e entidades que acreditamos na defesa dos direitos religiosos dos Povos de Terreiro subscrevemos este documento, a fim de requerer intervenção, na condição de assistentes, em ação civil pública que versa sobre a suspensão da venda ou qualquer forma de circulação do livro ‘Orixás, Caboclos e Guias: Deuses ou Demônios?’, do bispo e fundador da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), Edir Macedo”, diz a petição, já assinada por mais de 30 mil pessoas, que traz ainda, de forma detalhada, o histórico judicial que envolve o livro. Em 2005, em virtude do primeiro relançamento, o Ministério Público Federal da Bahia ajuizou uma ação civil pública na Justiça Federal do estado . À época, os argumentos utilizados pelos Procuradores da República, Sidney Madruga e Cláudio Gusmão, davam conta de que a obra, além de preconceituosa e discriminatória, “dedica quase que a totalidade de suas páginas a promover ofensas às religiões afro-brasileiras”.Segundo o MPF, trechos da publicação tratam as religiões de origem africana como “seitas demoníacas”, “modo pelo qual o demônio age na Terra” ou “canais de atuação dos demônios”. Nos autos, os procuradores afirmam que o bispo responsabiliza a Umbanda, o Candomblé e a Quimbanda “pela destruição do ser humano” e pelo uso de entorpecentes.contra a Igreja Universal.
A ação, após recursos de apelação, no entanto, encontra-se parada há mais de 14 anos. Na petição, as entidades e sociedade civil pedem para que o relançamento do livro seja suspenso, já que não há uma definição final da Justiça sobre o caso.
A nova tiragem do livro, de acordo com a Igreja Universal, é de 800 mil exemplares e, já no lançamento, mobilizou cerca de 980 mil pessoas em eventos realizados em templos da instituição espalhados pelo Brasil.
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Homenagem Póstuma - Zé da Saia (Nação Jeje)
O nosso homenageado de hoje foi um dos grandes BABALORIXÁS, conhecido pela sua sabedoria, seu fundamento, sua rigidez e seriedade dentro do Axé. Famoso pela veracidade e beleza do seu Orixá. Vinha de uma bacia antiga e precursora de sua Nação. Tive a felicidade de conhecê-lo e passar alguns aniversários meus comemorando junto com seu ORIXÁ, que fazia Aniversário no mesmo dia em que eu nasci. 
Ele e sua filha de Santo, MANA DA IANSÃ, foram testemunhas do meu apronte, em 1976.
Tenho a honra de hoje homenagear o grande Babalorixá, JOSÉ AILTON DE VASCONCELOS (Póstuma), mais conhecido como Pai ZÉ DA SAIA, de SOGBÔ EDUMBA-DEÍ.
Era da Nação JÉJÉ, da Bacia de Pai JOÃOZINHO DO BARÁ EXU BÍ, mas antes também foi da Bacia de PAI MÁXIMO DE ODÉ. 
Foi uma lenda na Cidade de RIO GRANDE, onde deixou sua marca e raízes muito fortes.
Posteriormente, fixou-se na Rua CONDOR, na VILA SÃO JOSÉ, em PORTO ALEGRE.
Grandes obrigações e lindos batuques no dia 9 de novembro, quando sempre comemorava, mais do que ninguém o Aniversário do seu Orixá. 
A ele é atribuído a introdução dos bombachões dentro do nosso Batuque.
Deixou muita gente feita no Santo.
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Texto base: Cleber Ribeiro (Teixeirinha) de Oxalá
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No Brasil, a chance de um negro ser pobre é o dobro da de um branco. A conclusão é da pesquisa “A desigualdade racial da pobreza no país”, divulgada nesta semana pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, órgão de pesquisa do governo) com base em dados de 2004 a 2014. Segundo o levantamento, a chance de um preto ser pobre era de 2,1 em relação a um branco em 2014. Para um pardo, essa relação chega a 2,6. O estudo aponta entretanto que a desigualdade racial entre os pobres foi reduzida nesse período. “Persiste elevada, a despeito de ter havido redução no período, tanto da desigualdade de brancos em relação a pretos e pardos quanto da desigualdade entre pretos e pardos”, afirma o estudo.
Ao considerar dados até 2014, a pesquisa não reflete os possíveis impactos da crise econômica que atingiu o país a partir daquele ano, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Os dados-base para o estudo foram as PNADs (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). Para o IBGE, a soma de pretos e pardos compõem o grupo de negros. A pesquisa do Ipea, entretanto, faz recorte dividido entre os dois subgrupos. Autor do estudo, Rafael Guerreiro Osori explicou porque os pardos são mais vítimas da pobreza que os pretos. “No Brasil, a gente tem uma composição racial muito diferente ao longo do território. No Norte e no Nordeste, onde a população é mais pobre, você tem mais pretos e pardos. A proporção de pretos varia bastante de estado a estado, mas ela varia um pouco menos que a de pardos, ou seja: a proporção de pardos varia mais no Norte e no Nordeste. Como a pobreza está muito concentrada nas regiões, há essa diferença.” Osório acredita que, apesar de na década estudada ter existido redução da pobreza, as diferenças raciais poderiam ter sido mais reduzidas, e que a distância entre as raças ainda chama a atenção. “A queda foi de tal ordem que, em 2014, os pretos e pardos se aproximaram dos níveis de vida de um branco em 2004. O que aconteceu é que eles chegaram onde os brancos estavam no começo da década”, relata.
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Um menino observa os fogos na virada de ano novo em Copacabana | Foto: LUCAS LANDAU
O trabalho, entretanto, não investigou as causas dessa redução. Mas para o autor, há hipóteses de que a redução se deva a um conjunto de fatores econômicos. “É possível constatar que, tanto para pretos quanto para pardos, não houve apenas redução da pobreza, mas também da desigualdade de oportunidades de escapar da pobreza, em relação aos brancos.” O estudo mostra que, quanto mais pobre, maior foi a redução da desigualdade. Para quem vive com menos de US$ 1 ao dia, a desigualdade caiu de 20% a 40%. Para as linhas em torno de US$ 3, a queda foi menor, em torno de 10%. De US$ 4 em diante, nota-se maior redução da desigualdade entre pardos e brancos, aponta o estudo. Os valores usados para o dólar têm como base dezembro de 2011, com valor corrigido hoje para R$ 5,05. O pesquisador conclui que o Brasil ainda é marcado por profundas desigualdades. “O mundo ideal é aquele em que todos têm a mesma chance de ser pobre e de escapar da pobreza, e isso está longe no Brasil. De um modo geral, ela continua muito maior entre pretos e pardos aqui”, afirma.
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Homenagem Póstuma: Mãe Eulinda de Oyá (Nação Oyo-Jeje)
Foi graças ao PRETO VELHO VOVÔ LESBÃO, da nossa homenageada de hoje, que no dia 01 de setembro de 1941 foi fundada a SOCIEDADE BENEFICENTE VOVÓ LESBÃO. Com ela, foi plantada uma raiz, saudável e forte, que cresceu, fortificou e virou uma linda árvore frondosa, dando ótimos frutos.
Estamos aqui hoje, para homenagear não somente a pessoa religiosa, de conhecimento e fundamentos, mas também uma grande guerreira, a Yalorixá EULINDA DE ARAÚJO SANTOS (póstuma), Mãe EULINDA DE OYÁ BEMÍ.
Mãe Eulinda era da Bacia de Pai ACIMAR DE XANGÔ TAYÓ, que até então era da Nação OYÓ. Quando o Pai JOÃOZINHO DO BARÁ sentou o BARÁ EXÚ LODÊ para o Pai Acimar, passaram, a partir daquele momento, a denominarem-se de Nação OYÓ-JÉJÉ. 
Posteriormente, a sociedade passou a se chamar SOCIEDADE BENEFICENTE REINO DE OYÁ BEMÍ.
Mãe Eulinda, comemorava com grandes obrigações e lindos batuques, no dia 4 de dezembro, o aniversário do seu ORIXÁ. Faleceu no dia 16 de dezembro de 1978.
O seu patrimônio cultural e religioso foi herdado por sua nora e também filha de Religião, a Yalorixá Mãe JANE DE OXUM BOMÍ. Atualmente, essa responsabilidade é do seu neto e também seu filho de Santo, o Babalorixá OSCAR FRANCISCO SANTOS, Pai CHIQUINHO DE OXALÁ MOCOXÉU (MOKÓŞÉU).
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Texto base: Cleber Ribeiro (Teixeirinha) de Oxalá
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A cultura afro-brasileira, sua influência e luta por espaço e reconhecimento
O Brasil é o país que tem a maior população de origem africana fora da África e, por isso, a cultura africana é uma das maiores influências no nosso país, principalmente, na música, culinária, religião e outros aspectos sociais brasileiros.
A influência africana, somada a dos portugueses e dos indígenas, recebe o nome de cultura afro-brasileira.
Na primeira metade do século XVI a escravidão teve início no Brasil, os portugueses traziam mulheres e homens negros africanos de suas colônias na África para utilizar como mão de obra escrava nos engenhos de açúcar do Nordeste.
Os escravos tinham uma vida muito difícil, passavam as noites nas senzalas acorrentados, eram constantemente castigados, açoitados, as mulheres eram frequentemente estupradas pelos fazendeiros e capitães do mato, além, obviamente, de serem proibidos de praticar suas religiões ou de realizar suas festas e rituais.
Mesmo com essas grandes dificuldades, imposições e restrições, não deixaram a sua cultura raiz se apagar. Escondidos realizavam seus rituais, festas, danças, músicas e desenvolveram até uma forma de luta, a capoeira. O negro também reagiu à escravidão, buscando uma vida digna. Foram comuns as revoltas nas fazendas em que grupos de escravos fugiam, formando nas florestas os famosos quilombos. O mais famoso foi o Quilombo de Palmares, comandado por Zumbi.
  Os escravos tinham uma vida muito difícil, passavam as noites nas senzalas acorrentados, eram constantemente castigados, açoitados, as mulheres eram frequentemente estupradas
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HOMENS E UMA MULHER NEGRA. PINTURA DO HOLANDÊS CHRISTIAEN COUWENBERGH, 1632
A escravidão foi abolida em 1888, porém os resquícios de desvalorização da cultura afro não, no início do século XIX, as manifestações, rituais e costumes africanos eram proibidos. Bem nessa época que o samba nasce, na Bahia, mas toma força e se desenvolve no Rio de Janeiro, porém sendo perseguido.
Durante a década de 1920, por exemplo, o simples ato de caminhar pelas ruas carregando um instrumento musical, ou ser visto dançando ou cantando samba, poderia acarretar numa prisão, principalmente se a pessoa fosse negra. Não havia tipificação na legislação da época, mas essas prisões eram em sua maioria de negros, sambistas, capoeiras e adeptos de religiões afro-brasileiras.
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O negro também reagiu à escravidão, buscando uma vida digna. Foram comuns as revoltas nas fazendas em que grupos de escravos fugiam, formando nas florestas os famosos quilombos. O mais famoso foi o Quilombo de Palmares, comandado por Zumbi
Os ranços da discriminação e da segregação social não serão apagados tão cedo da nossa memória, lembro que o Rap passou por uma perseguição parecida, e recentemente o Funk foi o alvo, com uma sugestão de lei que o tornaria um crime de saúde pública contra crianças, adolescentes e a família, isso cem anos depois, ainda vemos casos de racismo, preconceito e rejeição a culturas do universo afro.
As religiões africanas foram, e são, até hoje muito perseguidas, porém suas manifestações sobreviveram aos batizados e conversões católicas da época da escravidão, e pode-se dizer que são fenômeno relativamente recente na história religiosa do Brasil. O Candomblé e a Umbanda são as religiões afro-brasileiras mais conhecidas e praticadas.
Outra grande contribuição da cultura africana se mostra à mesa. Pratos como o vatapá, acarajé, caruru, mungunzá, sarapatel, baba de moça, cocada, bala de coco e muitos outros exemplos são iguarias da cozinha brasileira e admirados em todo o mundo, além da maravilhosa feijoada, originada das senzalas, era feita das sobras de carnes que os senhores de engenhos não comiam.
Somente a partir do século XX, manifestações, rituais e costumes africanos começaram a ser aceitos e celebrados como expressões artísticas genuinamente nacionais, tais como as que citei, a música, a religião e a culinária. A contribuição negra para o Brasil não foi apenas braçal, apesar do país ter sido erguido sob o suor de mãos negras, temos que desmistificar esse olhar folclorizante e enxergar que a cultura brasileira e mundial é o que é devido à enorme influência do povo africano.
Entre os cinco títulos de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, que o Brasil têm, estão o Samba de Roda, a Capoeira e o Frevo, manifestações culturais majoritariamente influenciada pela cultura africana, os outros dois são manifestações indígenas.
Fonte
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O Alaafia lançou coleção Folhas Sagradas em evento no Terreiro do Gantois
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Coleção é inspirada no orixá Osànyìn (Foto: Betto Jr./CORREIO)
Mulheres negras, do axé, unidas pela ancestralidade, em busca do sustento da família por meio da reverencia aos orixás. Nasceu daí, há um ano, o Coletivo Alaafia. Composto por mulheres pretas que empreendem da moda à gastronomia, o grupo lançou, nesta quinta-feira (18), a coleção Folhas Sagradas: Os Segredos de Osànyìn, no Terreiro do Gantois, na Federação. 
Orixá da ‘invisibilidade’, Osànyìn é representado pelas folhas e inspira o conceito da coleção da Alaafia, composto por 12 looks, todos em [em tons claros e escutos], marrom e branco, lançados sob os olhares de outras filhas e mães de santo do Gantois, incluindo a ialorixá da casa, Mãe Carmen. Sem Osànyìn, não existe folha e, sem folha, não existe o candomblé, explica uma das percursoras do coletivo, Luciana Baraúna. 
“O conceito da coleção é o orixá que representa a invisibilidade. A partir disso, nós pensamos em fazer a homenagem e foi assim que nasceu a primeira coleção da Alaafia”, explica a dona da marca BaraunArtes, que é filha do Gantois.
As peças, composições leves e despojadas, das marcas Afrolook, Cazulo e Óticas Glamour, embelezaram modelos negras, e suas curvas variadas, ligadas ao próprio coletivo, além da Deusa do Ébano 2019, Daniele Nobre. A noite tambem contou com a performance artística do rupo de teatro da coreógrafa Nildinha Fonseca, uma das primeiras dançarinas do Balé Folclórico da Bahia.
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Criado há um ano, Alaafia foi pensado por cinco mulheres negras (Foto: Betto Jr./CORREIO)
Irmãs, como se referem umas às outras, as mulheres que integram a Alaafia, garantem que o coletivo nasce da intenção de materializar a ação das “pretas de terreiro, que fazem e vendem os seus produtos para o mundo”. São doces, roupas, bijuterias e outras peças, todas feitas à mão, garantem. 
“Nossa busca é a de que as pessoas entendam que mulheres não existem para competir. Nós buscamos nos unir na busca pelo sustento de nossas famílias, fazendo o que nós sabemos fazer de melhor, construindo oportunidades”, acrescenta Marina Bonfim, que aplica os dotes culinários na Oyá Doces Delícias. 
Diferente de Luciana, que tem uma loja física da BaraunArtes no Shopping Center Lapa, no Centro, há quatro anos Marina utiliza as redes sociais, além de feiras livres, para divulgar e comercializar seus quitutes. Assim como Eliene Valle e Ângela Duarte, outras duas pioneiras da Alaafia, que já reúne pelo menos 25 negras empreendedoras. De acordo com Eliene, o grupo vai vender alguns de seus produtos na Flipelô, que acontece de 7 a 11 de agosto, na Praça das Artes, no Pelourinho.
“Num momento em que nós presenciamos tanto racismo, intolerância religiosa, ver mulheres pretas cultivando e enaltecendo as nossas raízes, a nossa ancestralidade, isso representa muito e é bastante especial”, afirmou a mãe de santo.
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Coleção apresentou 12 looks (Foto: Betto Jr./CORREIO)
Jaciara comentou, que, historicamente, as mulheres negras se “constroem com o trabalho do que está ao alcance das mãos”, ao citar como exemplo as lavadeiras de ganho, que também buscavam renda engomando e fazendo quitutes. “É a nossa construção, nossa cultura, e a própria religião nos ensina isso”.
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Não à toa, o Gantois, um dos mais tradicionais terreiros da capital, abriu suas portas para o desfile. À reportagem, Mãe Ângela Ferreira comentou que o coletivo representa resistência.
“É um momento muito importante para todos nós, pois é a valorização de nossa cultura, de nossa ancestralidade, especialmente por ver que é algo que está crescendo, que é um negócio bem sucedido. Elas são vencedoras”, destacou ela.
Em nome de Mãe Carmen, Ângela acrescentou que a casa está aberta para o Alaafia e qualquer outro coletivo, de homens ou mulheres, que reverenciem o axé, a cultura e o potencial do povo preto.
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Desfile aconteceu no terreiro (Foto: Betto Jr./CORREIO)
Fonte: https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/coletivo-de-mulheres-negras-lanca-colecao-inspirada-em-orixa/
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Homenagem Póstuma - Pai Eliseu de Ogun Adiolá (Nação Cabinda)
O nosso homenageado de hoje foi uma pessoa de quem eu gostava e admirava desde que era menino. Tive a sorte de com ele conviver e ainda tê-lo como meu Padrinho de OBÉ. 
Foi um grande entre os grandes, um homem que conhecia como poucos os segredos do AXÉ e do ORIXÁ. 
Com muito orgulho e carinho que hoje temos a honra de homenagear o grande Babalorixá ELISEU ARAÚJO COSTA (póstuma), Pai ELISEU DE OGÚN ADIOLÁ NIKÉ. 
Pai Eliseu foi pronto quando tinha 16 anos, na Nação IJEXÁ, pelo Babalorixá MANOELZINHO DE XAPANÃ, mas depois de algum tempo foi para o CABINDA de Mãe MADALENA DE OXUM DEMÚN.  Não se adaptou à nova família, migrando definitivamente para AXÉ de Pai TATI DE BARÁ, que também era CABINDA.
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Os grandes Batuques do dia primeiro do ano e as obrigações do dia 23 de abril, quando comemorava o aniversário do seu ORIXÁ, eram festas maravilhosas e inesquecíveis. 
Pai Eliseu morava na rua MARTINS DE LIMA, 1056 na VILA SANTA MARIA, PARTENON.
Deixou uma GOA enorme, com muitos filhos, netos e bisnetos e uma extensa nova geração de religiosos que dele descendem.
Faleceu no dia 9 de julho de 1983, aos 86 anos de idade.
Texto base: Cleber Ribeiro (Teixeirinha) de Oxalá
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  Record é condenada e vai exibir série de programas sobre religiões-afro
Serão 4 programas que serão exibidos de madrugada
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REDAÇÃO DA COLUNA ESPLANADA • BRASÍLIA
Depois de 16 anos de luta contra ofensas e racismo religioso sofrido pela Record, as religiões afro-brasileiras terão seu direito de resposta. Serão 4 programas chamados: “Voz das Religiões Afro”.
Cada programa terá três reprises, programa 1 (09/07; 06/08; 03/09); programa 2 (16/07; 13/08; 10/09); programa 3 (23/07; 20/08; 17/09) e programa 4 (30/07; 27/08; 24/09), todos no mesmo horário. Mesmo a programação sendo de madrugada as pessoas apostam nas redes sociais como a melhor forma de socializar a resposta contra o racismo religioso.
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Mãe Carmen de Oxum dá depoimento em programa sobre religiões de matriz africana na Record News.
O primeiro programa A Voz das Religiões Afro será exibido nesta quarta, às 2h30. Os outros três serão transmitidos, no mesmo horário, nos dias 16, 23 e 30 de julho. Eles também serão reprisados nos meses de agosto e setembro. Em sua página no Facebook, o Colégio de Umbanda Sagrada Pena Branca de São Paulo comemorou o resultado. “Dezesseis anos de luta! Esse horário foi usado para nos atingir, e eles conseguiram espalhar tanto ódio contra o povo das religiões afrobrasileiras. Então conseguiremos ecoar também… Serão quatro programas para mostrar que religiões afrobbrasileiras merecem respeito. Todos merecem!”, postou o grupo em suas redes sociais. De acordo com a ação do MPF, os programas da Igreja Universal promoveram a “demonização das religiões de matriz africana, valendo-se de diversas agressões a seus símbolos e ritos”. Depois de recorrer e perder, a Record e a Record News firmaram acordo em janeiro deste ano, encerrando o embate judicial.
Além da Record ser liberada da exibição, a duração dos programas também foi reduzida: antes, eles deveriam ter uma hora cada.
  Programa 1
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O maior festival de mulheres negras da América Latina estreia na capital paulista trazendo programação gratuita com mesas de debates, oficinas, música, feira e muito mais
O Latinidades – Festival da Mulher Afro Latino Americana e Caribenha faz sua estreia em 2019 em São Paulo. Pela primeira vez uma edição inteira acontecerá fora de Brasília, onde o evento vem sendo realizado há mais de uma década. A 12ª edição será entre os dias 23 e 27 de julho, no Centro Cultural São Paulo com programação gratuita variada e festa de encerramento com shows na Casa Natura Musical, a única atração com venda de ingressos.
O evento consolidou-se como o maior festival de mulheres negras da América Latina, promovendo diálogos fundamentais e um intercâmbio cultural entre estados brasileiros e países. Mais do que um festival, a iniciativa tem sido uma plataforma de impulsionamento de trajetórias de mulheres negras nos mais diversos campos de atuação.
O Latinidades pauta o fortalecimento de identidades, da formação política e técnica, do empreendedorismo e estímulo à produção artística, cultural e intelectual de mulheres negras. Aprogramação oferece mesas de debates, vivências, oficinas, shows, feira e, principalmente, muita reflexão. A abertura do festival no CCSP traz a força dos tambores femininos do bloco Ilú Obá De Min.
Todas as atividades precisam de pré-inscrição pelo site https://www.afrolatinas.com.br/
A edição de 2019 traz o tema Reintegração de Posse. Uma inspiração que vem da historiadora, multiartista e ativista Beatriz Nascimento, do quilombo urbano Aparelha Luzia e da sua idealizadora, Erica Malunguinho. Reintegração de Posse é o tema pensado para refletir sobre tudo aquilo que foi contribuição da população negra nas ciências, na tecnologia, nas artes, na política e em todos os campos do conhecimento e, assim construir, coletivamente, caminhos para o futuro livre de racismo, sexismo, LGBTfobia e outras formas de opressão.
O Latinidades coloca em evidência a produção de conhecimento de mulheres negras e a sua importância na sociedade. Ao mesmo tempo em que denuncia o racismo e machismo e as condições a que são submetidas no continente africano e na diáspora.
“É uma grande alegria chegar com o festival em São Paulo, cidade de onde o público marcou presença desde as primeiras edições. O Latinidade, mais uma vez, vai articular conexões, fortalecer redes e apresentar uma mostra expressiva da produção artística e intelectual de mulheres negras com uma programação multilinguagens. Em 2019 temos dez países envolvidos: Moçambique, Guiné Bissau, Angola, Camarões, Jamaica, República Dominicana, Argentina, Estados Unidos e Brasil. Pela primeira vez realizaremos uma edição inteira fora do Distrito Federal e este é um desafio e tanto, depois de doze anos. O carinho que já estamos recebendo por aqui, nos fortalece ainda mais. Estamos mais firmes que nunca e, não à toa, buscamos inspiração em Lélia Gonzalez e Erica Malunguinho para o tema reintegração de Posse”, compartilha Jaqueline Fernandes, coordenadora geral do evento.
A concentração de atividades ocorre na semana de 25 de julho, data estabelecida como o Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha desde 1992.
A Feira Latinidades funcionará no decorrer de todo o evento no CCSP e traz diversas empreendedoras negras do Afrolab, projeto da Feira Preta. As mesas e debates trazem como convidadas intelectuais, pesquisadoras, ativistas, escritoras e produtoras culturais (confira a grade da programação abaixo).
No final da semana, o Festival celebrará com show no CCSP e na Festa Latinidades na Casa Natura, que encerra a edição com muita música e moda afro.
Acesse release detalhado Festa Latinidades
Latinidades é realizado pela Griô Produções e Instituto Afro Latinas, em parceria com diversas organizações sociais e redes de mulheres negras no Brasil, África e América Latina. Tem apoio do Centro Cultural São Paulo, Oxfam, Fundo Elas, Casa Natura, Instituto Vladmir Herzog e Cese.
Durante seus 12 anos de atividades, o Festival Latinidades atingiu um público direto de mais de 300 mil pessoas, sempre com o objetivo de buscar a visibilidade das mulheres negras e sua representação digna em todos os espaços, além do fortalecimento e valorização da história e da cultura negra.
SERVIÇO
12ª edição Festival Latinidades
Dias: De 23 a 26 de julho de 2019 (terça-feira à sexta-feira)
Local: Centro Cultural São Paulo (CCSP)
Endereço: Rua Vergueiro, 1000 – Paraíso, São Paulo – SP
Telefone: (11) 3397-4002
Classificação etária: livre
Entrada gratuita
Serviço
Latinidades – Festa de Encerramento
Data: 27/07/2019
Local: Casa Natura Musical
Endereço: Rua Artur de Azevedo, 2134 – Pinheiros
Horário: 20h (abertura da casa: 19h)
Classificação etária: 16 anos
Ingressos: lote 1: R$ 30,00/R$ 15,00 (meia-entrada). Lote 2: R$ 40,00/R$ 20,00 (meia-entrada). Lote 3: R$ 50,00/R$ 25,00 (meia-entrada). Lote 4: R$ 60,00/R$ 30,00 (meia-entrada).
Venda oficial de ingressos online apenas pelo site: https://bileto.sympla.com.br/event/61297/d/65863/s/341653
*Para descontos de portais parceiros, informe-se no site dos mesmos.
BILHETERIA OFICIAL – sem cobrança de taxa de conveniência (Terça a Sábado das 12h às 20h. Segundas e Domingos, somente em dias de show).
Mais informações: https://casanaturamusical.com.br/calendario-de-eventos/2019/7/27/latinidades-nbsp-o-festival-da-dispora-negra-festa-de-encerramento
PROGRAMAÇÃO Latinidades 2019
Dia 23 de julho (terça-feira)
Abertura do Festival Latinidades
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  14h – Saudação às ancestrais e acolhimento: cortejo com o Bloco Ilú Obá de Min.
Local: Sala Jardel Filho  https://www.afrolatinas.com.br/eventos/abertura-com-bloco-afro-ilu-oba-de-min/
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      Das 14h às 19h –  Feira Latinidades Afrolab
Afrolab é o projeto da Feira Preta voltado ao empreendedor negro.
Local: espaços anexos da Sala Adoniran Barbosa
https://www.afrolatinas.com.br/eventos/feira-afrolab/ 
  Mesa de abertura
15h – Ancestralidades como pertencimento: as religiosidades negras e práticas de resistência
Local: Sala Jardel Filho
Debate sobre as diferentes tradições religiosas, discutindo ancestralidade, espiritualidade, posse de patrimônio, identidade, luta política e intolerância racial.
Debatedoras: Analia Santana (Irmandade do Rosário dos Pretos – Salvador/Brasil), Ekedi Sinha (Terreiro da Casa Branca/ Ilê Axé Iyá Nassô Oká – Salvador/Brasil), Juliana Maia Victoriano (Comunidade Batista de São Gonçalo – Rio de Janeiro/Brasil) e Iyá Karen D’Osún (Tradição Africana – São Paulo/Brasil). Mediação – Elizandra Souza.
https://www.afrolatinas.com.br/eventos/ancestralidades/?tickets_process=#buy-tickets
Mesa
17h – Eu me vejo em nós: imagens, escritas da gente negra e o poder sobre as nossas histórias
Local: Sala Jardel Filho
Se nossos passos vêm de longe, quem foram e são as mulheres e homens que nos conectam com o passado? Neste debate, uma oportunidade de pensar junto com artistas, pesquisadoras e professoras sobre as experiências de memória e registro ao longo do tempo e vivências indispensáveis para nossa singularidade e vínculos de coletividade.
Debatedoras: Deborah Willis (Fotógrafa e Historiadora – Nova York/EUA), Rosana Paulino (Artista Plástica – São Paulo/Brasil), Miriam Victoria Gomes (Professora de Literatura –Argentina/Cabo Verde) e Fernanda Oliveira (Historiadora e Atinuké – Pelotas/Brasil). Mediação – Allyne Andrade.
https://www.afrolatinas.com.br/eventos/eu-me-vejo-em-nos/
Apresentação
19h – 1ª Mostra de Autoestilismo do CCSP
Local: Sala Jardel Filho
Orientação: Jaergenton Corrêa (curador de moda do CCSP)
Mostra de estilismo autoral com desenvolvimento crítico em experimentos performativos e protótipos realizados a partir da utilização e idealização de roupas e acessórios identitários. Resultado do projeto em oficinas e rodas de conversa, onde referências culturais herdadas em família, manifestações comunitárias e elementos da paisagem urbana foram potencializadores pelos processos criativos dos participantes. https://www.afrolatinas.com.br/eventos/1a-mostra-de-autoestilismo-do-ccsp/
Dia 24 de julho (quarta-feira)
Vivência
10h – O Toque da Empoderada: Caminhos Diretos ao Prazer
Local: Sala Jardel Filho
Condução: Diane Ghogomu (EUA)
Vivência de Kundalini ioga e meditações tântricas, uma exploração sensorial a partir do movimento, meditação, fala coletiva e toque preparada por Diane Ghogomu, com o objetivo de fortalecer o poder das participantes.
https://www.afrolatinas.com.br/eventos/toque-da-empoderada/
Das 14h às 19h –  Feira Latinidades Afrolab
Afrolab é um projeto da Feira Preta voltado ao empreendedor negro.
Local: espaços anexos da Sala Adoniran Barbosa
https://www.afrolatinas.com.br/eventos/feira-afrolab/
Mesa
14h – Onde nos cabe na riqueza que produzimos? Tema: Economia, trabalho e impasses ético-psicológicos
Local: Sala Jardel Filho
Reflexão e debate sobre colonialidade, economia, trabalho e impasses ético-psicológicos vivenciados pela comunidade negra em seus confrontos e lutas pela reintegração de posse em termos de bens, serviços e trabalho.
Debatedoras: Clarice Val (Terapeuta holística – Salvador/Brasil), Ochy Curiel (Feminista negra decolonial –  República Dominicana/Colômbia) e Thiago Vinicius (Agência Popular Solano Trindade – São Paulo/Brasil). Mediação – Sueide Kintê (Jornalista Griô – Salvador-São Paulo/Brasil).  
https://www.afrolatinas.com.br/eventos/riqueza-que-produzimos/
  Mesa
16h – Em defesa de nossos territórios: trânsitos e permanências das vidas negras
Local: Sala Jardel Filho
Falar de existência e territorialidades negras, urbanas ou rurais, torna-se exercício que vai além da localização espacial de pessoas. Nesta mesa, mulheres que têm evidenciado diferentes possibilidades de representação.
Debatedoras: Keisha-Khan Perry (Brown University – Jamaica/EUA), Adriana Gomes (Comuna Panteras Negras – Planaltina/Brasil), Josemeire Alves (Casa do Beco – Belo Horizonte/Brasil) e Thabata Lorena (Mercado Sul – Taguatinga/Brasil). Mediação – Thamiris Flora (Unegro/UBM).
https://www.afrolatinas.com.br/eventos/em-defesa-de-nossos-territorios/
  Performance participativa
18h  – “Corpo Fechado para Balanço”
Local: Sala Jardel Filho
Experimentação artística participativa, coreográfica e sonora que propõe uma reflexão sobre o lugar da mulher negra nos espaços públicos e nos equipamentos culturais da cidade, partindo das relações ritualísticas do passado e da crítica ao presente.
Concepção e coreografia: Paulo Lima
Bailarina intérprete: Léya Ramos. https://www.afrolatinas.com.br/eventos/performance-corpo/
  Dia 25 de julho (quinta-feira)
Das 10h às 17h – Feira Latinidades Afrolab
Local: espaços anexos da Sala Adoniran Barbosa
https://www.afrolatinas.com.br/eventos/feira-afrolab/
Mesa
10h – Na luta é que a gente se encontra! Tema: antirracismo e lutas por direito
Local: Sala Jardel Filho
Em diversas frentes de luta, os movimentos negros e de mulheres negras se firmaram como sujeitos políticos coletivos na sociedade brasileira e na diáspora. Nesta mesa, a troca de experiências entre ativistas com trajetórias diversas na defesa de direitos e na ação antirracista, em diálogo também com gente indígena.
Debatedoras: Marivaldo Pereira (PSOL – Distrito Federal/Brasil), Lúcia Xavier (Criola – Rio de Janeiro/Brasil), Ivana Leal (MNU – Goiânia/Brasil), Sonia Guajajara (APIB – Imperatriz/Brasil) e Douglas Belchior (Uneafro e PSOL– São Paulo/Brasil). Mediação: Taina Aparecida dos Santos.
https://www.afrolatinas.com.br/eventos/na-luta/
Vivência
13h – Erótico como Poder: poder através do Prazer
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Local: Sala Jardel Filho
Experiência de terapia holística e sexual voltada especificamente para o empoderamento de mulheres negras. A oficina embarca no tema do empoderamento por meio da corporificação consciente, utilizando meditações ativas, práticas de tantra, ioga e rituais para a libertação de traumas, conexão com a paz, prazer e poder.
Condução: Diane Ghogomu (EUA)
https://www.afrolatinas.com.br/eventos/vivencia-erotico/
Mesa
15h – Somos sementes: representatividade negra e disputa política no Estado brasileiro.
Tema: participação política negra
Local: Sala Jardel Filho
Reflexão compartilhada entre políticas negras com trajetórias diversas, que estão na linha de frente das batalhas do poder público, como enfrentamento ao racismo, machismo, LGBTfobia e outras práticas de exclusão que atingem não só parte da população, mas a nação como um todo.
Debatedoras: Erica Malunguinho (PSOL – São Paulo/Brasil), Regina Sousa (PT – Teresina/Brasil)  e Olívia Santana (PCdoB – Salvador/Brasil). Mediação: Amarílis Costa.
https://www.afrolatinas.com.br/eventos/somos-sementes/
  17h – Partida para a concentração da Marcha das Mulheres Negras SP.
O Latinidades aproveita a realização do festival em SP para participar desta importante manifestação.
  Dia 26 de julho (sexta-feira)
Oficina
10h30 – Ritmos africanos
Local: Sala Jardel Filho
Condução: Kety Kim
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Uma experiência de imersão, a partir de passos simples até mesmo para iniciantes, proposta pela artista e pesquisadora Kety Kim Farafina, que vai transmitir, por meio da dança e das histórias de griôs, um ano de suas vivências no Oeste da África, mostrando a diferença entre sonoridades que, muitas vezes, são confundidas. Os ritmos vão dos movimentos de danças tradicionais, passando pelo sagrado feminino africano às danças urbanas como azonto, ndombolo e coupé décalé (ritmo contemporâneo). Kety Kim Farafina é baiana, pesquisadora de danças e ritmos africanos desde 2007, e já realizou trabalhos com mestres internacionais de renome na dança tradicional como Alsenir Soumah, Youssef Kombassa, Ifono Mohamed e Djanko Camara. https://www.afrolatinas.com.br/eventos/oficina-ritmos-africanos/
Das 14h às 19h –  Feira Latinidades Afrolab
Local: espaços anexos da Sala Adoniran Barbosa
                                                                    https://www.afrolatinas.com.br/eventos/feira-afrolab/
Mesa
14h – Estéticas do ativismo negro, arte-educação e produção cultural
Local: Adoniran Barbosa
Nesta mesa, discussões a respeito de perspectivas negras, corpos e lugares, criatividade e expressões de sociabilidade, num exercício de reconhecimento do que tem sido feito no Brasil e em outros pontos do mundo negro.
Debatedoras: Preta Rara (rapper, turbanista, professora de história, modelo Plus Size e influenciadora digital – São Paulo), Vanessa Kanga – (Festival Afropolitain Nomad – Camarões/Canadá), Carol Barreto (designer/professora UFBA – Salvador), Diane Lima (Projeto AfroTranscendence – São Paulo). Mediação: Hanayrá Negreiros (pesquisadora em indumentária e memórias negras – São Paulo). 
https://www.afrolatinas.com.br/eventos/esteticas/
  Mesa 
16h – Chega mais, parente! ‑ Diálogos com masculinidades negras
Local: Adoniran Barbosa
Racismo, machismo, sexismo são alguns dos assuntos debatidos aqui a partir das experiências de homens negros homo e heterossexuais, cis e transgêneros.
Debatedores: Túlio Custódio (sociólogo – São Paulo), Spartakus Santiago – (youtuber/publicitário – Rio de Janeiro), Lam Mattos (Ibrat – São Paulo), Sidney Santiago (Cia Os Crespos – São Paulo) e Roger Cipó (fotógrafo/educador – São Paulo). Mediação – Marilea Almeida.
https://www.afrolatinas.com.br/eventos/masculinidades-negras/
Oficina
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    17h – Amarrações e turbantes
Condução: Bangé Yhodhy (Guiné Bissau)
Espaço: Anexo Sala Adoniran Barbosa, na Feira Latinidades Afrolab
A design e ilustradora de Guiné Bissau, radicada há doze anos em Cabo Verde, vai ensinar suas técnicas e significados que variam de região para região, trazendo ao Latinidades novas técnicas de amarrações e turbantes. https://www.afrolatinas.com.br/eventos/oficina-turbantes/
    Show
19h – Eva RapDiva (Angola)
Local: Arena Adoniran Barbosa
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Eva é um dos maiores nomes da cultura hip hop angolana, a rapper ganhou prêmio de melhor artista feminina no Angola Music Awards em 2018, entre tantos outros. Sua carreira teve início nas ruas, onde participava de batalhas de freestyle, impressionando com seu repertório narrativo. Em 2013 gravou suas primeiras músicas e  desde então vem ocupando espaços do underground ao mainstream. Seu último álbum lançado em 2018 é “Eva”. https://www.afrolatinas.com.br/eventos/show-com-eva-rapvida-angola/
  Dia 27 de julho (sábado)
20h – Festa de encerramento
Local: Casa Natura Musical
Abertura com Dj Donna (DF) > https://www.afrolatinas.com.br/eventos/dj-donna/
20h30 Desfile África Plus Size (São Paulo) > https://www.afrolatinas.com.br/eventos/desfiles/
20h45h Desfile Baobá Brasil (Rio de Janeiro)
21h Desfile Pinto Música (Moçambique)
21h15 Desfile Mônica Anjos (Salvador)
21h30 Show A.M Strings (EUA) participação Laylah Arruda (Feminine Hifi) https://www.afrolatinas.com.br/eventos/a-m-strings-eua-part-laylah-arruda-feminine-hifi/
23h15 Show ZAV (Moçambique) > https://www.afrolatinas.com.br/eventos/zav/
0h Bia Ferreira e Doralyce – lançamento do show Preta Leveza (MG/PE) https://www.afrolatinas.com.br/eventos/pretaleveza/
  Release com detalhes da Festa Latinidades
BAIXAR FOTOS em alta: http://bit.ly/FotosFestivalLatinidades
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