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#Breno Silveira
elefantebu · 1 year
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O problema das cinebiografias
Por Djenane Arraes
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Nesses dias revi o filme Cazuza – O tempo não para (2004), dirigido por Walter Carvalho e Sandra Werneck. Eu conheço razoavelmente a história de Cazuza e do Barão Vermelho. Sinceramente, nunca foi uma das minhas bandas favoritas, apesar de eu reconhecer o valor de excelência de Cazuza teve como compositor. Além disso, conhecer Barão Vermelho, mesmo que minimamente, é obrigação. Mas o que me chamou atenção não foi se a cinebiografia foi bem ou mal contada, ou o fato de que o comportamento dos personagens que poderia ser considerado cool para alguns, para mim não passa de comportamento de moleques riquinhos e imbecis. O que realmente me impressionou foi a falta de capacidade dos roteiristas em produzir um texto em que se tenha um diálogo minimamente orgânico.
A impressão que o roteiro passa é de que Cazuza era o ser iluminado e genial que só falava frases de efeitos o tempo inteiro, enquanto os amigos que o cercavam falavam “é isso aí”. A direção do filme Cazuza não é boa, e a montagem também não é grande coisa. O fato de a direção escolher ora a voz original do canto e ora a voz original do ator nos números musicais foi uma decisão horrorosa. Ou se canta no filme inteiro, ou não se canta nada. Será que não aprenderam nada com as boas cinebiografias e filmes musicais que estão aí a disposição. Mas o que incomodou de verdade é a falta de capacidade de se contar uma história sólida de um personagem muito importante da música brasileira.
Isso me fez lembrar de outras cinebiografias com o mesmo problema: de Simonal, de Erasmo Carlos, de Elis Regina, de Renato Russo, de Tim Maia... umas cinebiografias são melhores que outras, mas o que elas possuem de defeito em comum é a pobreza no desenvolvimento no roteiro, que coloca o personagem como um ungido que só fala frases de feito enquanto os acontecimentos vão sendo jogados na tela. A organicidade necessária para a construção do storytelling nesses filmes é completamente ignorada, a ponto de eu pensar que a propaganda deep fake gerado por I.A da Elis Regina feita pela Volkswagen é muito superior nesse sentido. Por isso fiquei a pensar: será que os cursos de cinema estão precisando focar mais nas aulinhas de redação, ou será os cineastas também são reflexo desse mesmo mundo de frases de efeitos que é mostrado na tela?
Por incrível que pareça, a melhor cinebiografia de músicos nacionais são Dois Filhos de Francisco (2005) e Gonzaga, de Pai para Filho (2012). Em comum esses dois filmes tem a direção de Breno Silveira, que começou a carreira cinematográfica como diretor de fotografia e, depois, dirigindo videoclipes. Uma pena que ele não fará mais filmes, pois foi embora cedo demais. Pelo menos Silveira deixou a referência nacional de um bom Storytelling. Eu gostaria de ver cinebiografias de músicos e bandas nacionais que saibam contar bem uma história, não precisa ser toda ela, que possa mostrar que essas pessoas foram gente normal, e não ungidos incompreendidos. Acredito que a memória da cultura brasileira seria melhor cultivada dessa maneira.
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64bitgamer · 2 years
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lostgoonie1980 · 5 years
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95. Entre Irmãs (Entre Irmãs, 2017), dir. Breno Silveira
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imagememovimento · 7 years
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ENTRE IRMÃS (2017, dir. Breno Silveira).
| ★ ★ ★ |
Esta adaptação do romance "A Costureira e o Cangaceiro", revela-se uma boa surpresa. A produção é caprichada e se  passa entre o sertão pernambucano e sua capital - Recife. Conta a história sobre duas irmãs separadas ainda jovens. Uma delas, Luzia, de temperamento mais forte  e desbravador vai embora por força dos cangaceiros que rondam a região. Já Luzia, a mais sonhadora, pensa em casar com um rapaz da capital e sair daquela vida simples que leva. O diretor cria um paralelo sobre os rumos que a vida das duas irmãs tomam. E contou com uma boa direção de fotografia do sertão nordestino, onde o diretor pode fazer planos gerais e abertos, enquanto que na cidade grande, infelizmente, os planos são mais fechados (devido a limitação do imposta pela modernização da cidade). Mas o que mais importa, o destino das irmãs, está presente. Cada uma com sua escolha para ganhar o mundo. [#168/793]
Visto no UCI Kinoplex Recife (sala 2) em 21 de outubro. // I saw in the UCI Kinoplex Recife (#2) on Oct 21, 2017.
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jbgravereaux · 7 years
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GILBERTO GIL - TEMPO REI (documentário)          GilbertoGil EM-Audiovisual                                                                                                                                "Tempo Rei" foi dirigido por Andrucha Waddington, Lula Buarque de Hollanda e Breno Silveira. O filme foi rodado em 1996 e mostra Gil em contato com sua própria história.                                                   http://jornalggn.com.br/blog/antonio-ateu/documentario-gilberto-gil-tempo-rei                                                                                                                            "Tempo Rei" realiza viagem pela memória afetiva de Gilberto Gil : http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/12/1386102-tempo-rei-realiza-viagem-pela-memoria-afetiva-de-gilberto-gil.shtml                                                                                                                                                                                Gil relembra sua trajetória artística, recorda fatos marcantes e revela algumas intimidades. O programa tem cenas gravadas, no Rio de Janeiro, São Paulo em Salvador e Ituaçu. Inclui cenas de shows e encontros musicais com convidados muito especiais como os Filhos de Gandhi, toda a sua família, Stevie Wonder (com quem interpreta "Desafinado"), Caetano Veloso e Carlinhos Brown, entre outros. Integralmente filmado em película cinematográfica. Inclui grandes sucessos do artista como Madalena, Cores Vivas, Vamos Fugir, Procissão e Expresso 2222. Ficha técnica Filme: Tempo Rei Direção: Andrucha Waddington Duração/Ano: 90 min - 1996                                                                                                                                                 http://www.gilbertogil.com.br/sec_video.php?id=1
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depredando · 7 years
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FACES DA CONTESTASOM - Música e Censura na Ditadura Civil-Militar Brasileira (1964 - 1985): Caso #1 - Luiz Gonzaga Jr (Gonzaguinha)
FACES DA CONTESTASOM – Música e Censura na Ditadura Civil-Militar Brasileira (1964 – 1985): Caso #1 – Luiz Gonzaga Jr (Gonzaguinha)
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COMPORTAMENTO GERAL  Você deve notar que não tem mais tutu e dizer que não está preocupado Você deve lutar pela xepa da feira e dizer que está recompensado Você deve estampar sempre um ar de alegria e dizer: tudo tem melhorado Você deve rezar pelo bem do patrão e esquecer que está desempregado Você merece, você merece Tudo vai bem,…
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bloglivre-blog · 5 years
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O Gênero das Cinebiografias Musicais Brasileiras
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O Gênero das Cinebiografias Musicais Brasileiras
A cinebiografia musical vêm se mostrando um gênero promissor para o cinema brasileiro. Grandes artistas brasileiros serão homenageados em produções nacionais, como é o caso de Pixinguinha, Erasmo Carlos e Adoniran Barbosa, interpretados por Seu Jorge, Chay Suede e Paulo Miklos. O sucesso do gênero remonta ao início do cinema brasileiro, na década de 1930, quando os cantores de rádio eram escalados para protagonizar musicais como Coisas Nossas (1931), dirigido por Wallace Downey, o primeiro filme sonoro produzido no Brasil que teve boa aceitação do público. Francisco Alves atua no longa que conta com músicas de Noel Rosa.
Wallace Downey também participou diretamente de Alô, Alô, Brasil e Estudantes, filmes musicais de 1935 que catapultaram a carreira de Carmen Miranda. Desde esse período a música representa um elemento importante para a nossa linguagem cinematográfica, ela acompanha a cultura do seu tempo e está sempre em mutação. Vale lembrar que um dos maiores clássicos do nosso cinema é Orfeu do Carnaval (1959), coprodução com a França que traz a música de Tom Jobim e Vinicius de Moraes.
A primeira cinebiografia de um músico brasileiro provavelmente é Tico-Tico no Fubá, dirigido por Adolfo Celi em 1952. O filme é inspirado na vida do compositor Zequinha de Abreu, embora o seu roteiro se diferencia muito da história real de Zequinha, tomando algumas liberdades poéticas. O filme foi uma grande produção da Vera Cruz, foi necessário construir uma cidade cenográfica para a filmagem (a primeira do Brasil), mas tudo deu certo pois o filme se tornou uma das maiores bilheterias do estúdio. Um dos maiores atores do cinema nacional, Anselmo Duarte interpretou o compositor, enquanto Tônia Carrero encarnou Branca, a musa do rapaz.
Em 1955 foi a vez de Chico Viola Não Morreu, uma coprodução Brasil e Argentina que mostra a história do cantor Francisco Alves, que morreu em 1952. O cineasta uruguaio Román Viñoly Barreto dirigiu o roteiro da brasileira Gilda Abreu, Cyll Farney e Eva Wilma compõe o elenco, a bela trilha sonora é de Lyrio Panicali. Franscico Alves teve uma infância pobre, porém foi um dos cantores de maior impacto no cenário nacional, revelou gente como Cartola, Ismael Silva e Heitor dos Prazeres.
Influenciado pelos Beatles, Roberto Carlos investiu no cinema e interpretou uma versão ficcional de si mesmo, acompanhado de Erasmo Carlos e Wanderleia. O diretor Roberto Farias colaborou com Roberto Carlos em três filmes entre 1968 a 1971, o cineasta Carlos Augusto de Oliveira dirigiu o último dos quatro filmes da saga de Roberto Carlos. Em 1980, Nelson Pereira dos Santos – um dos precursores do movimento do Cinema Novo – fez algo parecido com Milionário e José Rico no filme Na Estrada da Vida (1980), em que a dupla reencena a sua trajetória para o sucesso, sempre com muito humor. Na Estrada da Vida agradou tanto que ganhou até uma continuação Sonhei com Você (1988), o único pesar é que Nelson Pereira não dirigiu desta vez, o encarregado foi Ney Santanna.
Em 1981, o cantor Teixeirinha protagonizou o filme A Filha de Iemanjá, de Milton Barragan. Na trama Teixeirinha conhece Maria, que está sendo caçada por bandidos, o cantor ajuda a mulher, após se livrarem do perigo ela revela ser filha de Iemanjá, porém foi criada por um simples canoeiro e sua esposa. Conforme o filme se desenvolve Teixeirinha e Maria começam um romance, além de se apresentarem juntos nos palcos, pois a mulher tem uma linda voz. No ano seguinte, em 1982, estreou o filme Amado Batista em Sol e Vermelho, dirigido por Antônio Meliande, no qual Amado Batista surfa na mesma onda ao interpretar uma versão de si próprio.
Entretanto foi o cineasta Zelito Viana, com o filme Villa Lobos – Uma Vida de Paixão (2000), quem deu o ponto de partida para o gênero das cinebiografias musicais. Zelito estava há vinte e cinco tentando filmar o projeto, Marcos Palmeira e Antônio Fagundes dão vida ao maestro em diferentes momentos de sua história. Em 2004, o artista homenageado foi Cazuza, da dupla Sandra Werneck e Walter Carvalho, e o resultado foi um grande sucesso de bilheteria.
Na sequência vieram 2 Filhos de Francisco (2005) e Gonzaga de Pai pra Filho (2012), de Breno Silveira; Noel Rosa – Poeta da Vila (2006), de Ricardo van Steen; Somos tão Jovens, de Antonio Carlos da Fontoura; Tim Maia (2014), de Mauro Lima; e Elis (2016), de Hugo Prata. Além dos filmes já mencionados sobre Pixinguinha, Erasmo Carlos e Adoniran Barbosa, também estão em produção longas sobre Roberto Carlos (com direção de Breno Silveira), Carlos Gomes (o mais importante compositor de ópera brasileira) e o grupo Planet Hemp.
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duelandduality · 6 years
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Carlota Joaquina, Princesa do Brasil // Carla Camurati // 1995
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mydearzombie · 7 years
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2 Filhos de Francisco: O Musical - Coletiva de imprensa do novo espetáculo conta com três números exclusivos e muito mais
2 Filhos de Francisco: O Musical – Coletiva de imprensa do novo espetáculo conta com três números exclusivos e muito mais
Todos os detalhes sobre a história mais conhecida no Brasil que agora também ganha os palcos
 Na última sexta-feira (22), fomos à coletiva de imprensa do espetáculo 2 Filhos de Francisco – O Musical, no Teatro Cetip. Para começar já adiantamos que existe uma desconstrução do modelo “certinho” de equipe de produção, o que acaba, consideravelmente, resultando em algo bem mais maduro do que se…
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joelpsouza · 7 years
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BRADESCO: Pra Frente | ASSISTENTE DE PRODUÇÃO
2017 | Rio de Janeiro, RJ, BRA Publicidade | Direção: Breno Silveira e Daniel Lieff | Conspiração Filmes
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portalfrasedodia · 2 years
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#omelhordobrasileobrasileiro Posted @withregram • @jornaloglobo Morreu, na manhã deste sábado (14), o cineasta Breno Silveira, diretor de filmes como "Dois filhos de Francisco" (2005) e "Gonzaga: de pai pra filho" (2012), sobre a trajetória do Rei do Baião. Ele estava rodando cenas do filme inédito "Dona Vitória", estrelado por Fernanda Montenegro, na cidade de Limoeiro, em Pernambuco, e teve um infarto fulminante. O diretor começou a passar mal no set, com taquicardia, chegou a ser socorrido, mas não resistiu. A equipe do filme estava na região para rodar as cenas da infância da personagem-título. A informação foi confirmada por uma pessoa da equipe de filmagem. Leia mais no link da bio. #JornalOGLobo Foto: Pablo Jacob/ Agência O Globo https://www.instagram.com/p/CdlipJVLA1M/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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ofoconoticias · 2 years
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Morre cineasta Breno Silveira, diretor de 'Dois Filhos de Francisco'
Morre cineasta Breno Silveira, diretor de ‘Dois Filhos de Francisco’
O diretor de cinema Breno Silveira, de 58 anos, morreu, na manhã deste sábado (14). De acordo com o Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, ele estava no set de filmagem de ‘Dona Vitória’, longa metragem que vinha rodando, quando passou mal.  Silveira chegou a ser levado para um hospital, mas não resistiu. A razão da morte ainda não foi informada. O profissional dirigiu “Dois filhos de…
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universomovie · 2 years
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Morre Breno Silveira, 58, diretor de 'Dois Filhos de Francisco'
Morre Breno Silveira, 58, diretor de ‘Dois Filhos de Francisco’
Cineasta teve um mal súbito no set de novo filme de Fernanda Montenegro O cineasta Breno Silveira – Divulgação Morreu na manhã deste sábado (14), em Vivência, zona da mata norte de Pernambuco, o cineasta Breno Silveira, aos 58 anos. Diretor da produtora Conspiração, ele ganhou fama pelo filme “Dois Filhos de Francisco” (2005), seu primeiro longa-metragem, sobre a trajetória da dupla Zezé Di…
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onlyexplorer · 2 years
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Brazilian filmmaker Breno Silveira dies during filming
Brazilian filmmaker Breno Silveira dies during filming
Brazilian director Breno Silveira, a regular at international festivals, died of a heart attack on Saturday while filming his latest film, his production house and local media announced. Breno Silveira, 58, film director Francisco’s two sons (2005) and Gonzaga – From father to son (2012), among others, has been a “symbol of culture and art,” its production company, Conspiração Filmes, said in a…
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itamarajunoticias · 2 years
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Além de ‘2 filhos de Francisco’: Conheça produções feitas por Breno Silveira, morto aos 58 anos 
O mundo do cinema entrou em luto neste sábado, 14, com a notícia envolvendo Breno Silveira, que estava filmando o longa “Dona Vitória”, no interior do Pernambuco, quando sofreu um infarto fulminante e morreu aos 58 anos. Conhecido por produzir o filme “2 filhos de Francisco“, que conta a história de Zezé de Camargo e Luciano, o cineasta também dirigiu “Gonzaga: de pai para filho” e “Entre Irmãs”,…
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blogencenamais · 2 years
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RIP Breno Silveira
Diretor dos sucessos 'Dois Filhos de Francisco' e 'Gonzaga: de pai para filho' estava filmando no interior de Pernambuco quando teve um infarto fulminante.
Morreu na manhã deste sábado (14) o cineasta Breno Silveira, de 58 anos. Ele estava filmando no interior de Pernambuco quando teve um infarto fulminante no município de Vicência e não resistiu. Breno estava em Pernambuco para as gravações do filme “Dona Vitória”, com Fernanda Montenegro no papel-título.
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