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#Carcinoma papilífero
delajoy · 6 months
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Diagnóstico do câncer na minha tireoide
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Completa 1 mês do diagnóstico do câncer na minha tireoide e, hoje vou trazer aqui um pouco dos meus dias desde então.
Mas antes, quero que você saiba que compartilho a minha história para despertar a atenção de todos em relação aos cuidados com a saúde de vocês e também a busca por exames que talvez vocês nunca tenham ouvido falar antes, apenas para saber mais sobre si mesmos e sempre terem a certeza de que estão tudo bem.
Desde meu diagnóstico no dia 22/02/2024 tem sido uma verdadeira maratona atrás de médicos, fazendo exames, tirando dúvidas, conversando com pessoas etc.
Os 4 primeiros dias após o diagnóstico foram os mais assustadores. Ouvir a palavra “câncer” deixa qualquer pessoa sem saber o que fazer e, bastante desnorteada.
No dia eu fiquei bastante inerte, não tinha processado a informação muito bem, no dia seguinte caiu minha ficha: Vou ter que fazer uma cirurgia e retirar a tireoide. Na hora minha pressão baixou bastante, fiquei com mal-estar. Nessa noite, não dormi quase nada, acordei angustiada, comecei a buscar sobre esse assunto na internet, até que encontrei o vídeo de uma moça que passou pela mesma coisa e fez um relato com muita leveza trazendo tranquilidade. E cada noite eu buscava algo para tentar ficar mais tranquila e conseguir dormir, pelo menos.
Depois com mais informações as coisas começaram a se ajustar na minha cabeça. Encontrei um médico, outro, outro, mais um e por fim cheguei até o Dr. José Guilherme Vartanian que me passou bastante segurança e decidi realizar minha cirurgia com ele. Aqui, eu entendi a importância de não entrar no desespero e fechar a cirurgia com o primeiro médico que encontrar. Essa é a coisa mais importante, buscar segurança e um médico que te ouça, te informe, fale sobre os métodos dele, te explique como funciona cada passo da cirurgia e passe tranquilidade com tudo isso.
Saí do consultório com a cirurgia marcada para o dia 03/04 e com um fluxo de coisas para seguir: A primeira coisa é realizar todos os exames pré-cirurgicos, prestar atenção em como estou me sentindo e se qualquer coisa estiver ruim, precisa tratar e resolver logo, pois para fazer a cirurgia é necessário está intacta com a saúde. Nesse mês eu tive infecção urinária e a sinusite que atacou forte, precisei correr para cuidar e resolver.
Faltam 10 dias para a minha cirurgia e eu preciso me manter bem, estou bem tranquila com tudo isso. Mas sinto que cada dia mais perto, fico um pouco ansiosa. E isso é perigoso, tenho acompanhado muitas coisas sobre o assunto e, algo que é bem mencionado por vários médicos é o controle da ansiedade, porque pode impactar no dia da cirurgia. E tudo o que menos quero é que seja cancelada. O foco é resolver logo e seguir os próximos passos.
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paraconsertarotempo · 4 years
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#10 | Cair duas vezes
Nunca havia caído da bicicleta até a última segunda-feira, quando levei duas quedas no mesmo dia. Uma amiga achou pouco as feridas, o roxo, o sangue: perguntou se eu acreditava que o universo queria me dizer alguma coisa com aquilo. Respondi que duas quedas já eram muita coisa para ainda precisar ser uma metáfora, um sinal, uma lição.
 A primeira foi ridícula. Fui fazer uma curva logo depois de descer a ladeira da Avenida Almirante Tamandaré. Uma curva miúda, a mesma de todos os dias, às oito e vinte e cinco da manhã. Suave. Havia muita areia espalhada. O pneu deslizou e, naqueles segundos antes do chão, não pensei em nada porque não esperava. Caí e, estatelada, levantei apenas os olhos para ver se alguém tinha me visto. Um vendedor de salgados esbravejou contra a montanha e me estendeu as mãos. Quis chorar, mas não quis que ninguém se assustasse.
Lembrei quando caí em agosto de 2008, ao receber um envelope com as palavras "sugestivo de carcinoma papilífero". Ri e perguntei para a atendente se carcinoma tinha mesmo alguma coisa a ver com câncer. Eu já tinha a certeza, só queria que a certeza de dentro pudesse ser desfeita por alguma informação oculta. Quis chorar, mas não quis que ninguém se assustasse.
Os médicos me operaram no dia 15 de setembro. Quatro nódulos, uma contaminação do nervo recorrente, uma raspagem na traqueia, uma cicatriz no meio do pescoço. Depois veio a radioiodoterapia, o isolamento no quarto do hospital, a reposição hormonal, a rouquidão. Ter de lidar com a palavra câncer. Sempre a palavra.
Em janeiro de 2009, outra cirurgia. Uma metástase – outra palavra – na região do pescoço. Coisa simples, com exceção da Síndrome de Horner. Pálpebra baixa. A cicatriz fez uma curva imensa. Considerei tudo uma queda só.
A segunda queda da última segunda-feira foi no cruzamento que parece Calcutá com seus carros e vacas que não entendem de direção e vêm de todos os lados. Ali, na Padre Valdevino com a Aguanambi, no trecho que vira a Dom Manuel, o cadarço do tênis direito enrolou no pedal. Tive alguns segundos para entender que precisava cair para me salvar. Alcancei uma calçada e não morri.
A maior queda que já tive, no entanto, foi na véspera de completar uma década da primeira descoberta. Na imagem apareceu algo sugestivo, outra vez. Na agulha, a certeza. Estava sozinha diante do papel. Quis chorar e chorei. Muito. Caminhei do final da Avenida Pontes Vieira até a Praça da Imprensa, na Avenida Desembargador Moreira. Sentei em um banco e chorei. Quando algo grande atravessa a vida, ainda que pareça a mesma coisa, tudo vira esquecimento. Só sabia chorar.
Fui operada antes do carnaval de 2017. Não lembro o dia. Quando acordei no centro cirúrgico, entupido de luz, tocava We are the champions e tive muita vontade de falar qualquer coisa, embora não conseguisse. Essa música é boa de ouvir e gritar junto, my friend. Achei bonito.
Já quis conversar com o universo. Agora, aqui, escrevo sem diagnósticos, sem moral da história. Observo as feridas que começam a descascar e fazem cócegas. A cicatriz do pescoço ficou maior. Voltei a andar de bicicleta na terça-feira.
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drasuzanavieira · 7 years
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Revisitando o risco de malignidade para nódulo de tiroide
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A reclassificação de um tipo de tumor de tiroide – antes considerado como maligno para benigno no ano de 2016 –  motivou uma nova publicação no fim do ano passado para atualizar os riscos de malignidade conforme resultados da punção aspirativa por agulha fina (PAAF) de nódulos tiroidianos. Essa mudança se refere à antiga “Variante Folicular do Carcinoma Papilífero de Tireoide Não Invasivo e…
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